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A Engenharia por Trás dos Drones Kamikazes: Tecnologia e Táticas para Operações Militares

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 7 meses atrás | 10 min de leitura

Imagem reproduzida de Gagadget

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Há algum tempo, o Exército Brasileiro vem buscando expandir seu arsenal através de cotações internacionais, visando a aquisição de dois tipos distintos de munição para suas operações militares. Um dos objetivos é adquirir munição de curto alcance, com alcance mínimo de 10 km, e também munição de médio alcance, capaz de atingir cerca de 40 km.

Dentre as possibilidades consideradas, destaca-se a compra de drones "kamikazes", conhecidos como munições vagantes, além de sistemas de controle e lançamento, cargas explosivas, simuladores de missão e treinamentos para os militares encarregados de operar esses armamentos.

Imagem reproduzida de Gagadget

Nesse contexto, o Engenharia 360 se propõe a explorar em detalhes a tecnologia dos drones "kamikazes", uma inovação no campo das aeronaves não tripuladas. O foco é compreender as finalidades que despertam o interesse do Brasil e outros governos nesse tipo de arma. Além disso, o texto busca analisar o impacto desses drones nas guerras modernas, considerando tanto sua capacidade destrutiva quanto os custos envolvidos. Continue lendo para saber mais!

Drones Kamikazes
Imagem reproduzida de Ministério da Defesa da Ucrânia, via UOL

O que são drones kamikazes?

Projetados para funcionar como armas, os drones kamikazes, também conhecidos como drones suicidas ou loitering munitions, são veículos aéreos não tripulados equipados com cargas explosivas para atacar alvos inimigos. Suas vantagens incluem menor custo de produção e operação, facilidade de uso e tempo de resposta mais rápido em emergências. No entanto, eles possuem desvantagens como perda irreparável após o ataque, precisão limitada e vulnerabilidade a interceptações inimigas.

A segurança operacional dos drones kamikazes é uma preocupação essencial para evitar acidentes indesejados. Medidas como controle remoto avançado, tecnologia de detecção e evasão, além de protocolos de contingência, são empregadas para reduzir riscos. Mas, como pode-se imaginar, questões éticas e humanitárias relacionadas ao seu uso também devem ser consideradas.

Drones Kamikazes
Imagem reproduzida de Gagadget

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Como funcionam os drones kamikazes?

Algumas características e especificações técnicas comuns encontradas em drones kamikazes são:

  • Tamanho compacto: Geralmente, drones kamikazes são projetados para serem portáteis e fáceis de transportar por militares ou unidades de combate.
  • Carga útil explosiva: Possuem uma ogiva explosiva ou carga útil embutida, permitindo que sejam usados para ataques diretos a alvos inimigos.
  • Tempo de voo: O tempo de voo varia de acordo com o modelo, mas geralmente é suficiente para permitir a localização e rastreamento do alvo antes do ataque.
  • Sistemas de orientação: São equipados com sistemas avançados de orientação e detecção que podem localizar alvos com precisão.
  • Autonomia: Podem operar de forma autônoma ou com intervenção mínima do operador.
  • Modos de ataque: Alguns drones kamikazes podem realizar ataques de mergulho, enquanto outros podem voar próximos ao alvo antes de colidir com ele.

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Tecnologia e Materiais

Os drones kamikazes são controlados por operadores humanos que monitoram o voo e identificam alvos em tempo real. Alguns drones podem alterar sua trajetória antes do ataque final, permitindo ao operador cancelar o ataque se necessário. Além disso, podem operar autonomamente após receberem instruções iniciais do operador.

Esses modelos são construídos com materiais leves como fibra de carbono, tornando-os portáteis, e são equipados com motores elétricos ou a combustão para propulsão durante o voo. E possuem eletrônicos avançados, como sistemas de comunicação, sensores e orientação para localizar e realizar suas missões - falamos mais disso a seguir.

Drones Kamikazes
Imagem reproduzida de Gagadget
Drones Kamikazes
Imagem reproduzida de Gagadget

Sistemas de orientação e detecção

Em relação aos sistemas de orientação e detecção, os drones kamikazes contam com várias tecnologias, incluindo GPS para localização precisa, sensores de câmera e processamento de imagens para identificar alvos e navegar no ambiente, sensores infravermelhos e de calor para rastrear alvos com base na radiação térmica, além de sistemas de detecção de rádiofrequência para identificar sinais de comunicação inimigos ou radares. Alguns modelos incorporam ainda Inteligência Artificial para melhorar sua eficácia.

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Fabricação e manutenção

Os drones kamikazes enfrentam desafios complexos em sua fabricação, como integração de sistemas avançados e garantia de precisão. A legislação e regulamentação também são pontos críticos. Quanto à manutenção, é essencial avaliar dados pós-missão e reparar danos físicos. Sem contar a substituição de componentes e atualização de software são importantes.

O treinamento do pessoal é fundamental. O armazenamento adequado também é importante. Por fim, é necessário abordar a fabricação e uso desses drones com responsabilidade devido às suas implicações éticas e humanitárias.

Drones Kamikazes
Imagem reproduzida de Julian Herzog, via Wikipédia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Loitering_munition#/media/
Ficheiro:IAI_Harop_PAS_2013_02.jpg
Drones Kamikazes
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Como os drones kamikazes são utilizados em operações militares e de segurança?

Os drones kamikazes podem ser utilizados em engenharia e indústria para a demolição controlada de estruturas, por exemplo.

Seu planejamento de missões envolve a seleção do alvo e a identificação de vulnerabilidades, visando um emprego estratégico que maximize o impacto. Especialmente em operações militares, são usados como ataques de precisão contra alvos inimigos, enquanto em missões de busca e resgate, são usados para localizar e avaliar vítimas em áreas perigosas.

Vale destacar que o termo "kamikaze" refere-se a drones descartáveis e não a ataques suicidas de seres humanos.

Drones Kamikazes
Imagem reproduzida de Mil.gov.ua, via Wikipedia Commons, via Army Technology

Mercado

Diversas empresas, nacionais e internacionais, comercializam drones kamikazes no mercado. Algumas delas incluem:

  • Elbit Systems: Oferece o drone kamikaze Skystriker, movido por propulsão elétrica para voar em baixas altitudes sem detecção. Pode cobrir 20 km em cerca de 10 minutos.
  • AeroVironment: Produz o drone Switchblade, utilizado pelas tropas ucranianas no conflito contra a Rússia. Portátil e leve, possui alcance de mais de 10 km e autonomia de aproximadamente 20 minutos.
  • CASC: Fabrica o drone kamikaze CH-901, capaz de realizar operações de ataque e reconhecimento, com alcance de cerca de 15 km e autonomia de 40 minutos.
  • UVision: Desenvolveu a série de drones kamikazes HERO, disponível em modelos pequenos e grandes. Os modelos menores, como Hero-30, 90 e 120, podem ser operados por um único soldado, com alcance de cerca de 15 km e autonomia de 30 a 45 minutos. Os modelos maiores são lançados a partir de plataformas em veículos terrestres ou navais.

Tendências futuras

Quanto às tendências futuras, a miniaturização deve ser buscada cada vez mais para tornar os drones kamikazes menos detectáveis. Aumentar o alcance e a duração de voo também seria relevante. Prevê-se o aprimoramento das aplicações táticas e o desenvolvimento de contramedidas para neutralizar esses drones.

Para conluir este texto, precisamos citar sobre a importância da atuação dos drones nas guerras atuais. Em 22 de agosto de 2023, um drone ucraniano atacou apartamentos e carros perto de Moscou, segundo a Rússia. Aliás, autoridades russas derrubaram quatro veículos ucranianos nas regiões de Moscou e Bryansk. Infelizmente, casos assim se repetem enquanto essa terrível guerra não chega ao fim.

Já perto de Israel, que enfrenta hoje uma tensão com o Oriente Médio por conta da guerra em Gaza, o Irã investe no Shahed-136. Este é um drone não tripulado usado em ataques contra o país da Terra Santa bíblica. Ele pesa 200 kg, tem alcance de até 1.500 km e apresenta velocidade máxima de 185 km/h. Foi fabricado a partir de 2021 pela Shahed Aviation Industries e pode transportar até 40 kg de ogivas.

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Fontes: O Estadão.

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