Para você que viu as Olimpíadas 2021 de Tóquio pela televisão e foi buscar mais informações sobre a cultura e vida do Japão na Internet. Não bateu aquela vontade de ir estudar ou até mesmo tentar ganhar a vida por lá? O 360 vai te apresentar agora algumas curiosidades sobre esse país surpreendente!

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Imagem reproduzida de Panrotas

Moradias do Japão | Como viver em grandes centros?

O Japão possui muitas florestas e montanhas. Tem uma população rural de cerca de 33% vivendo em pequenas cidades ou províncias; e uma população urbana de cerca de 67%, vivendo, em sua maioria, em grandes centros urbanos. E sua capital, Tóquio, é a metrópole com maior aglomeração populacional do mundo.

Bem, no país, o aumento da procura por imóveis levou as construtoras a oferecerem apartamentos cada vez menores. Mas, para os japoneses, nem sempre optar por morar em apartamentos pequenos é uma questão de necessidade. Às vezes, pode ser uma escolha de estilo de vida também!

A maioria dos habitantes desses grandes centros urbanos do Japão trabalha fora, sai cedo, não almoça em casa e passa o tempo livre com os amigos em parques e restaurantes. Assim sendo, muito da Arquitetura e Urbanismo do país é pensado para facilitar a vida corrida de trabalho e estudos da população. Por exemplo, espaço com poucos móveis, lavanderias coletivas e restaurantes com cardápios variados e a baixo custo.

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Imagem reproduzida de CASA CLÁUDIA

Aluguéis de apartamentos

Para você saber o tipo de apartamento que está sendo mais oferecido nos sites das locadoras de imóveis do Japão, é preciso ficar atento à combinação de letras e números. Eles usam números como 1, 2 ou 3 para descrever a quantidade de cômodos e determinadas siglas para descrever os cômodos dos apartamentos. Por exemplo: K (Cozinha), D (Sala de jantar), L (Sala) e R (Quarto). Veja os exemplos:

  • 1R : 1 quarto individual (com banheiro).
  • 1K : 1 quarto individual + cozinha (com banheiro).
  • 1DK : 1 quarto + cozinha + sala de jantar (com banheiro).
  • 1LDK : 1 quarto + cozinha + 1 sala de jantar + 1 sala de estar (com banheiro).
  • 2K : 2 quartos + 1 de cozinha (com banheiro).
  • 2DK : 2 quartos + 1 cozinha + 1 sala de jantar (com banheiro).
  • 2LDK : 2 quartos + 1 cozinha, 1 área para refeições + 1 sala de estar (com banheiro)
  • 3K : 3 quartos + 1 cozinha (com banheiro).
  • 3DK : 3 quartos + 1 cozinha + 1 sala de jantar (com banheiro).
  • 3LDK : 3 quartos + 1 cozinha + 1 sala de jantar + 1 sala de estar (com banheiro).

O preço dos aluguéis de apartamentos no Japão, como na maioria das cidades no mundo, vai depender da localização e tamanho. É aconselhável fazer uma boa pesquisa. E vale lembrar que, fora da região de Tóquio, os preços são bem mais acessíveis!

Características dos Imóveis

Entrada da Casa

Os apartamentos japoneses possuem um tipo de entrada chamada Genkan, onde você deve deixar seus sapatos antes de entrar. Ali, geralmente se encontra um pequeno armário usado para guardar os calçados.

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Imagem reproduzida de Segredos do Mundo – R7

Paredes e pisos

Quase sempre, as paredes das construções do Japão são finas. Por isso, é preciso prestar atenção com barulhos, pois a cultura japonesa preza pelo silêncio e pelo respeito com o espaço do outro. Já para pisos, é comum o uso de madeira ou linóleo, para facilitar a limpeza e a manutenção. Em contrapartida, o uso de carpete não é comum, pois a manutenção pode ser cara. Apartamentos maiores, em geral, têm pelo menos um cômodo com piso de tatame, usado como quarto dos moradores. 

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Imagem reproduzida de ArchDaily Brasil

Sala

No Japão, é mais raro apartamento com sala de estar e jantar separadas. Muitas vezes, este espaço serve também de dormitório. Nesse caso, é aconselhado o uso de poucos móveis como, por exemplo, uma mesa de centro – que também será usada para refeições – e um futon como sofá – que pode se transformar em cama. 

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Imagem reproduzida de Ei Imóvel

Banheiros

Os novos apartamentos do Japão possuem sanitários com aquecedor de assento, jatos de ducha sanitária, opções de descarga e até dispositivos sonoros (música) para disfarçar “barulhos”. Banheiros de apartamentos grandes vêm com sanitário separado do banho e até banheira- o famoso ‘ofurô’.  Já os pequenos costumam juntar o vaso sanitário com a banheira, e até mesmo com a máquina de lavar roupas.

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Imagem reproduzida de inova.jor
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Imagem reproduzida de Coisas do Japão

Quartos

Os apartamentos do Japão costumam ser medidos em tatame, cujo tamanho tradicional é de 90 cm por 180 cm (1,62 metros quadrados) por 5 centímetros. Por exemplo: uma sala ou quarto japonês pode ter entre 6 a 8 tatames (média de 10m) – apesar de já ser comum o uso de camas, é tradicional em uma casa japonesa o uso de futon. E para finalizar, em apartamentos pequenos, com apenas um quarto, as visitas são acomodadas na sala, que vira um quarto de visitas. 

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Imagem reproduzida de Pinterest
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Imagem reproduzida de Westwing

Cozinha

Você poderá estranhar o tamanho das cozinhas no Japão, em média de 4m².  Geralmente o espaço não possui mesa, usado exclusivamente para cozinhar e guardar os mantimentos. Aliás, a maioria das casas do país possui um fogão elétrico de duas bocas, sem forno. E o uso de panelas e grelhas elétricas também facilita bastante. 

Claro que, às vezes, se torna mais barato e vantajoso almoçar fora de casa, já que facilmente se encontram vários restaurantes, lancherias e pequenos armazéns por perto. Mas vale lembrar que é muito comum, no Japão, você encontrar máquinas automáticas que oferecem variados tipos de comida e de bebida. Boa opção para quem não tem muito tempo reservado para as refeições do dia.

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Imagem reproduzida de CASA CLAUDIA
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Imagem reproduzida de YouTube

Sistema de água quente e ar condicionado

Fechando com chave de ouro, precisamos citar que muitos imóveis no Japão tem aquecimento em todas as torneiras, bem como aparelhos de ar condicionado para regular a temperatura ambiente durante o verão e o inverno.

Então, depois desse “tour” pelas casas e apartamentos do Japão, ficou com vontade de visitar ou morar no país? Escreva nos comentários!


Fontes: Village House, G1, Coisas do Japão, Skdesu, Shinjuku Japanese Language Institute.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, nós, do Engenharia 360, divulgamos algumas notícias bem preocupantes diretamente do Governo Federal. A mais recente sobre a PEC 108/2019, já revogada no Congresso e que poderia retirar a autoridade jurídica dos conselhos profissionais. Mas, antes disso, a mais chocante delas, sobre a MP 1.040, aprovada na Câmara dos Deputados e que prometia derrubar o piso salarial de arquitetos, engenheiros e outros profissionais.

Nem precisamos dizer que a reação da sociedade foi imediata. No dia 2 de julho, CAU Brasil, CONFEA, FNA, CFQ e CFMV soltaram notas na imprensa alertando sobre o perigo da medida para a sociedade. Uma das justificativas para a aprovação da Medida Provisória era “a melhoria do ambiente de negócios”. Porém, na prática, poderia representar uma realidade precária das condições de trabalho dessas categorias, conduzindo os profissionais à informalidade – saiba mais sobre isso clicando aqui.

https://www.instagram.com/p/CSPK_butugH/

Qual o passo seguinte do Governo Federal quanto à MP 1.040?

O que mais preocupava a população nestes últimos dias era saber que emendas tão importantes estavam sendo aprovadas pela Câmara sem qualquer debate público. Inclusive, até foi utilizado um jargão legislativo para explicar o que estava acontecendo, “jabuti“. Traduzindo, inserção de norma alheia ao tema principal em um projeto de lei ou medida provisória enviada ao Legislativo pelo Executivo – fatos que não acontecem de forma natural.

Mas as entidades não dormiram no ponto, não! Em paralelo aos manifestos, os conselhos fizeram diversos contatos com representantes do Governo, principalmente senadores, levando suas argumentações. Muitos desses reconheceram de imediato que partes do texto da MP 1.040 não fazem muito sentido, podendo, sim, causar riscos à coletividade. Em resposta, dia 5 de agosto, a Câmara dos Deputados decidiu, ao concluir a votação da MP 1.040, preservar o salário mínimo profissional dos arquitetos e urbanistas, engenheiros, agrônomos, químicos e veterinários.

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Imagem extraída de Senado Federal

Aliás, um dia antes, o Senado Federal já havia impugnado a emenda com apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo notícias, Pacheco deve entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que matérias estranhas ao texto – conhecidas como “jabutis” – sejam retiradas da matéria.

“Esse é um procedimento indevido e inaceitável, que fere o processo legislativo, a soberania, independência e autonomia das instituições.”, “Tomarei providências em relação a isso.” – Pacheco, em reportagem de Istoé Dinheiro.

O que muda e o que permanece?

Claro que as mudanças aprovadas pelos senadores sofreram resistência da Câmara dos Deputados. Mas as partes entraram em acordo e, assim, foi aceito suprimir o trecho que revogou a Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, que estabelece que a remuneração dos profissionais. Em contrapartida, de estes textos citados, foi mantida a dispensa de RRT ou ART para instalações elétricas até 140KVA. Mas o relator, porém, anunciou ter havido um acordo com o líder do governo, Ricardo Barros, para veto presidencial a este dispositivo.

De todo modo, a decisão de reescrever a MP 1.040 e preservar o salário mínimo foi vista pelos conselhos como uma importante conquista. Certamente, o movimento dentro do Congresso gerado por estas entidades profissões fez muita diferença!

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Imagem extraída de CNP

Fontes: Istoé Dinheiro, CAUBR.

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Engenharia 360

Redação 360

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A condutividade térmica é uma característica física que quantifica a habilidade dos materiais em conduzir calor. Aqueles que apresentam alta condutividade térmica irão conduzir calor de forma mais rápida que os com baixa condutividade.

A saber, essa característica depende da pureza do material e da temperatura ambiente, ou seja, o objeto torna-se mais condutor de calor com o aumento da temperatura. Suas aplicações são variadas – como em dissipadores de calor ou isolantes térmicos – e dependem deste parâmetro. Continue lendo este artigo do Engenhara 360 para saber mais!

ciência - condutividade térmica
Exemplo da condutividade de alguns materiais | Imagem reproduzida de Protolab

Desvendando os mistérios do novo material

Em uma pesquisa publicada na Revista Science em 2021, químicos demonstram a descoberta de um novo material inorgânico com a menor condutividade térmica que se conhece. O material é o Bi4O4SeCl2, uma mistura de bismuto, oxigênio, selênio e cloro. Esse componente é a junção de dois arranjos de átomos diferentes já conhecidos, famosos por diminuir a velocidade com que o calor se move através da estrutura.

Químicos descobrem novo material com baixíssima condutividade térmica
Imagem reproduzida de Un.Liverpool

Os dois arranjos (BiOCl e Bi2O2Se) foram estudados e os pesquisadores identificaram seus mecanismos que retardam o transporte de calor pela estrutura. E combinando esses mecanismos, foi possível produzir tal material que praticamente não conduz calor.

A tarefa não é simples, visto que é preciso controlar exatamente a disposição dos átomos! A partir de incontáveis testes, a equipe escolheu interfaces químicas favoráveis para os dois arranjos, sintetizando experimentalmente um material que combinasse as duas. Aliás, os dois arranjos já apresentavam condutividade térmica baixa. Contudo, o novo composto supera e muito os originais.

Veja Também: Engenheiros desenvolvem chip que converte calor dissipado em energia utilizável

Comparando a condutividade térmica

Imagine um material que conduz calor 1000 vezes menos que o aço! É isso mesmo que você leu. Enquanto o aço tem uma condutividade térmica de 1, o novo material se contenta com um mero 0,001. Para colocar em perspectiva, a condutividade térmica da água e de um tijolo de construção é de 0,01, enquanto o ar tem apenas 0,0005.

Químicos descobrem novo material com baixíssima condutividade térmica
Cientistas obtiveram o componente a partir da combinação de duas estruturas já conhecidas | Imagem: Quinn D. Gibson et al. – 10.1126/science.abh1619

Aplicações revolucionárias

As implicações dessa descoberta são enormes. O novo material abre caminho para o desenvolvimento de:

  • Materiais termoelétricos: Convertem calor em eletricidade limpa e renovável, ideal para fábricas e outras indústrias.
  • Revestimentos de barreira térmica: Melhoram a eficiência de turbinas a gás, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis.
  • Isolantes térmicos ultraleves: Revolucionam a indústria aeroespacial e a construção civil.

O futuro da ciência dos materiais

Os pesquisadores do artigo estão entusiasmados com a descoberta. A pesquisa abre caminho para o desenvolvimento de materiais termoelétricos que convertem calor em eletricidade. Esse tipo de material pode ser aplicado em fábricas, onde máquinas e equipamentos, a partir de seu aquecimento, podem gerar energia. Algo interessante para uma sociedade sustentável.

Para o professor Matt Rosseinsky, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, “as implicações desta descoberta são significativas, tanto para a compreensão científica fundamental, quanto para aplicações práticas em dispositivos termoelétricos que coletam calor residual e como revestimentos de barreira térmica para turbinas a gás mais eficientes”.

O trabalho demonstra uma visão completamente nova do fluxo de calor em escala atômica e abre portas para que novos materiais sejam desenvolvidos nos próximos anos.

O que você acha dessa descoberta revolucionária? Deixe seu comentário abaixo e vamos discutir o futuro da ciência dos materiais e as incríveis aplicações que esse novo material pode ter!


Fontes: Inovação Tecnológica, Física.net, Science.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Recentemente, ficamos completamente chocados e super animados com as conquistas dos bilionários Jeff Bezos e Richard Branson em sua corrida espacial. Mas, enquanto isso, lá no oriente, a China realizou testes bem sucedidos para duas tecnologias novas e surpreendentes para transporte de pessoas e que merecem a nossa atenção também. O Engenharia 360 trás informações especiais sobre esses casos! Confira!

As duas novas invenções da China para transporte de pessoas

Aeronave hipersônica

Há poucos dias, a China testou a aeronave hipersônica com 45 metros – , cerca de um terço a mais de comprimento em comparação a um Boeing 737-70 – conhecida como Starry Sky-2. Ela foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Pequim e do Instituto de Engenharia de Sistemas de Naves Espaciais – entre os envolvidos, estão cientistas responsáveis pelas missões espaciais em Marte e na Lua. E seu primeiro voo aconteceu em um local não revelado no noroeste do país e durou apenas uma hora, conforme a Academia Chinesa de Aerodinâmica Aeroespacial.

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Imagem extraída de Exame

Em tese, essa máquina seria capaz de viajar o mundo em apenas uma hora. Há dois motores montados na parte superior da sua fuselagem. E, na prática, a aeronave poderia atingir quase seis vezes a velocidade do som e ser usada para:

  • transporte de pessoas;
  • transporte de mísseis;
  • interceptação de mísseis balísticos; e
  • ataque a satélites, estações espaciais ou alvos terrestres.
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Imagem extraída de SciNews em Youtube

Mas os pesquisadores estão conduzindo testes para avaliar o desempenho de todo o sistema. Por hora, sabe-se que há pontos vulneráveis no avião que podem exigir proteção extra – e esses testes de verificação de todos os componentes-chave do voo devem durar até 2025.

A previsão inicial é de que a China já opere uma frota de aeronaves hipersônicas a partir de 2035. Cada aparelho deve fazer transporte de pessoas, dez por vez – é que, apesar de seu tamanho, há pouco espaço para acomodar pessoas em seu interior.

Trem de levitação magnética

Outro lançamento recente da China é um trem de levitação magnética de alta velocidade que viaja a 600 km/h de velocidade máxima, conforme a agência de notícias Xinhua. Ou seja, para fazer o trajeto entre Pequim e Xangai, de mais de 1 mil km, levaria apenas 2,5 horas – o que de avião comercial leva 3 horas e de trem-bala leva 5,5 horas. Isso o faria ser considerado o veículo mais rápido do mundo!

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Imagem extraída de Olhar Digital
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Imagem extraída de TecMundo

O projeto desse trem foi realizado em 2016, o protótipo em 2019, e os primeiros testes bem sucedidos em 2020. Ele usa a força eletromagnética para “levitar” acima dos trilhos enquanto se movimenta, possibilitando viagens rápidas. A ideia para transporte de pessoas parece ótima, mas ainda exige altos custos. Além disso, há uma incompatibilidade dessa tecnologia com a infraestrutura atual da China.

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Imagem extraída de Melhores Destinos

Por hora, tal trem de levitação magnética funciona apenas em uma linha de teste dentro das instalações da China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC), em Qingdao, na província de Shandong. Ainda não existem linhas maglev entre cidades chinesas, impossibilitando o uso a altas velocidades, mas algumas delas já iniciaram pesquisas.


Fontes: Tecmundo, O Globo.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Acredito que todo país sonha em sediar uma Olimpíada. Mas, antes, precisa responder a uma simples pergunta – o que isto trará de bom para a nossa sociedade? Bem, ser o centro das atenções num evento assim, tão lindo e cheio de simbologia, é maravilhoso. Só que é preciso pensar nos custos e nas consequências dessa decisão, o chamado “legado” das Olimpíadas.

A escolha das cidades-sedes

Para uma cidade se candidatar a ser sede dos Jogos Olímpicos, ela deve fornecer garantias que mostrem o apoio e o compromisso de todas as esferas de governo. Deve levar em conta também a aceitação da sociedade como um todo – afinal, este será um custo que ela irá pagar. Depois, será preciso pensar nas infraestruturas de transportes terrestre e aéreo, centros de apoio para a imprensa, tempo e custo para reformas e adequação de estruturas existentes e na construção de novas instalações. Todo esse planejamento deve estar integrado com o planejamento do “legado” que se espera deixar para a cidade-sede!

Não é fácil planejar e executar obras sem se ter “surpresas” pelo caminho. Tudo envolve mobilidade urbana, licenças e vistorias, prazos e mudanças climáticas. Neste contexto, o fator “planejamento financeiro” pode pesar muito na realização e conclusão das obras!

Olimpíadas 2021
Imagem construção parte Vila Olímpica de Tóquio 2021 reproduzida de Go! Go! Nihon

Por exemplo, o processo para as eleições de escolha da cidade sede para as Olimpíadas 2016 ocorreu entre 2007 e 2009. As quatro cidades finalistas foram Chicago, nos Estados Unidos, Tóquio, no Japão, Rio de Janeiro, no Brasil, e Madri, na Espanha.  Com mais de 2/3 dos votos, em 2 de outubro de 2009, Rio de Janeiro foi escolhida como a cidade sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016. 

O custo para sediar as Olimpíadas | Planejamento x Realidade

O gasto total com as Olimpíadas Rio 2016 foi estimado, em 2015, em R$ 28 bilhões de reais. Entretanto, este valor foi inflacionado e já chegou a R$ 41 bilhões usados até agora. Até agora? Sim, as obras das Olimpíadas 2016 ainda não acabaram!

Projetos que saíram do papel

Os principais projetos do Legado Olímpico do Rio de Janeiro:

BRT

BRT (é um sistema de transporte coletivo da cidade do Rio de Janeiro), incluindo as Linhas BRT Transoeste, BRT Transolimpica e BRT Transcarioca

RIO: Duas linhas do BRT para os Jogos Rio 2016 começam a funcionar hoje -  Niterói
Linha BRT – Imagem reproduzida de Niteroi

Controle de Enchentes

Chamados de piscinões, servem para diminuir os alagamentos durante as fortes chuvas. Na região da Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio, o piscinão tem capacidade para 18 milhões de litros, 20 metros de profundidade e 35 de diâmetro. E a intenção é que as águas de chuva sejam direcionadas para esse reservatório, que depois de cheio vai sendo paulatinamente esvaziado na medida em que vai descendo o nível do rio a que ele está ligado.

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - www.rio.rj.gov.br
Obras na Praça da Bandeira – Imagem reproduzida de Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro
RioéRua: a bandeira, a praça e o bairro
Praça da Bandeira – Imagem reproduzida de Projeto Colabora

Porto Maravilha 

A proposta do Porto Maravilha previa a realização de melhorias estruturais e a criação de instalações para os navios de cruzeiros. Com foco no turismo, o projeto previa transformar a área do porto, com seus prédios antigos e docas históricas, em uma atração cheia de vitalidade. Incluía também a revitalização de áreas centrais abandonadas para serem reincorporadas ao tecido social urbano, mais infraestruturas culturais e espaços públicos como locais de interação. Hoje, nos atrativos do Porto Maravilha estão a Praça Mauá e adjacências, o Museu de Arte do Rio e Museu do Amanhã e o AquaRio – há poucos minutos da praça e do Píer Mauá, onde atracam os navios de cruzeiro.

Praça Mauá com o Museu do Amanhã | Com a ponte Rio-Niterói c… | Flickr
Imagem reproduzida de Flickr

Saneamento Zona Oeste

Coordenado pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), o projeto de saneamento da zona norte do Rio de Janeiro colocou em operação o sistema de esgotamento sanitário do Eixo Olímpico. O projeto foi um dos compromissos assumidos pelo governo do estado na candidatura do Rio como sede dos Jogos de 2016 e isso incluía a construção de tronco coletor de esgotos de 1,3 quilômetros de extensão, beneficiando diretamente os bairros Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, que não eram conectados à rede de esgotamento sanitário da Cedae, além de atender também às instalações construídas para os Jogos Olímpicos.

O novo marco legal do saneamento e os esforços para a expansão do  tratamento de esgoto na Zona Oeste do Rio - Rio Capital Mundial da  Arquitetura
Imagem reproduzida de Rio Capital Mundial da Arquitetura

Rede Hoteleira

Muitos investimentos foram realizados na hotelaria da cidade do Rio de Janeiro para atender às necessidades do Comitê Olímpico Internacional (COI). Foram solicitados 42 mil quartos para atender os clientes credenciados aos Jogos, incluindo participantes do Comitê Olímpico Internacional, dos Comitês Olímpicos dos países, das federações esportivas, dos jornalistas, dos patrocinadores e organizadores dos Jogos Olímpicos.

Hilton Barra recebe prêmio de melhor hotel de negócios do Brasil em 2018
Hotel Hilton Barra Rio de Janeiro – Imagem reproduzida de Barrazine

VLT Carioca

O VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) percorre o Centro e o Porto da cidade do Rio de Janeiro, conectando todas as demais redes de transporte metropolitano – como metrô, trens, ônibus, barcas, teleférico, aeroporto, rodoviária e terminal de cruzeiros. 

Viagem inaugural do VLT carioca 03.jpg
Imagem reproduzida de Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil – https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-08/eleicoes-2018-mobilidade-
urbana-no-rio-de-janeiro

Linha 4 Metrô

A L4 é uma linha do metrô do Rio de Janeiro que conecta a estação General Osório, na zona sul do Rio, à estação Jardim Oceânico, localizada na Barra da Tijuca, na zona oeste. Foi inaugurada em 30 de julho de 2016, e aberta à população em geral no dia 17 de setembro, quando se encerraram os  Jogos Paralímpicos 2016. Durante as competições das Olimpíadas e Paralimpíadas o acesso à linha 4 era exclusivo de quem possuía um ingresso para os Jogos Olímpicos ou fazia parte da organização dos jogos.

Legado da Olimpíada, linha 4 do Metrô do Rio sofre com falta de passageiros
Imagem reproduzida de Diário do Transporte

Centro de Operações Rio

O Centro de Operações Rio 2016, chamado de “nave-mãe”, foi projetado para monitorar o funcionamento da cidade. Ele é um espaço de monitoramento e gerenciamento de crises no Rio de Janeiro, com foco no trânsito e no clima. Mais de 600 câmeras foram instaladas para monitorar a cidade, para que fosse possível identificar problemas e repassar as informações aos órgãos competentes.

Centro de Operações Rio tem o quarto chefe em oito meses | VEJA RIO
Imagem reproduzida de VEJA RIO

Duplicação Joá

A duplicação do Elevado do Joá foi um dos principais projetos do Plano de Políticas Públicas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Com 5 km de extensão, ele garantiu o aumento da capacidade viária entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca em 30%.

Obras de ampliação do Elevado do Joá só devem ser concluídas em março de  2016 - Jornal O Globo
Imagem reproduzida de O GLOBO

A infeliz sombra das “obras olímpicas inacabadas” no Rio

Na vida de cada um, nem tudo são flores; e não poderia ser diferente quando falamos de projetos e obras. No Rio, como em outras cidades-sede de Olimpíadas, algumas obras ficaram inacabadas, projetos não deram certo e outros nem ao menos saíram do papel.

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro disse que não foi só o legado dos Jogos Olímpicos que foram “largados”, mas que a cidade também foi largada. E não interessa quem foi a culpa! Agora é preciso correr para recuperar o prejuízo!

Linha 4

Um exemplo de obras inacabadas é a Linha 4 do metrô, que liga as zonas Sul e Oeste. Após cinco anos da realização dos jogos a Estação Gávea Uma espécie de apêndice do novo trajeto, as obras seguem inacabadas desde 2015 por causa de riscos estruturais. Já falaram até em aterrar a estação, mas mesmo sob o olhar do Tribunal de Contas do Estado, o governo do Rio de Janeiro disse que abrirá nova licitação para o término das obras.

Relembre as idas e vindas da obra do metrô da Gávea - Jornal O Globo
Obra do metrô da Gavea – Imagem reproduzida de O GLOBO

BRT

Os BRTs também dão problemas hoje em dia. O sistema de transporte coletivo da cidade do Rio de Janeiro funcionou bem durante as competições e nos primeiros anos após os jogos, mas vem se degradando e apresentando péssimas condições, inclusive superlotação, mesmo em tempos de pandemia. Aliás, a BRT TransBrasil segue com obras paradas e, segundo o governo, só devem ser retomadas em agosto, com um “bom” acréscimo no seu orçamento inicial.

Meios de transporte do RJ justificam lotação nas viagens durante a pandemia  - Diário do Rio de Janeiro
Imagem reproduzida de Diário do Rio

Vila dos Atletas

A recuperação do investimento feito no empreendimento onde funcionou a Vila dos Atletas nas Olimpíadas Rio 2016 está lento, apenas um terço dos imóveis já foram ocupados. Com coberturas e apartamentos de dois, três e quatro quartos. Os imóveis possuem tamanhos que variam de 77 a 325 metros quadrados e com valores de venda entre R$ 650 mil a R$ 2,5 milhões.

Responsável por Food Safety da Vila dos Atletas da Olimpíada do Rio  conversa com o blog - Food Safety Brazil
Vila dos Atletas – Imagem reproduzida de Food Safety Brazil

Parque Olímpico

O Parque Olímpico já está apresentando sinais de abandono e degradação. A Arena do Futuro está há cinco anos sem utilização e na Via Olímpica o mato cresce. Obras iniciadas no Centro Olímpico de Tênis foram paralisadas e apresentam graves infiltrações. E salas do Velódromo foram fechadas por acúmulo de água, falta de impermeabilização e problemas na cobertura. Enfim, um descaso só!

O projeto inicial do Parque Olímpico previa a construção de cinco escolas, os chamados Ginásios Experimentais Olímpicos. Contudo, as obras – pasmem – ainda nem começaram. Segundo o governo, devem ser entregues para a população somente em 2023 e, para isso ocorrer, será necessário primeiro desmanchar o Centro Olímpico de Handebol e o Centro Olímpico de Esportes Aquáticos. O custo total previsto para desmanchar as estruturas e construir as escolas é de R$ 78 milhões.

Parque Olímpico do Rio de Janeiro – Wikipédia, a enciclopédia livre
Parque Olímpico Rio de Janeiro – Imagem reproduzida de Miriam Jeske/Brasil2016.gov.br via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Ol%C3%ADmpico_do_Rio_de_Janeiro#/media/Ficheiro:Parque_Ol%C3%ADmpico_Rio_2016_(cropped).jpg

A saber, parte da manutenção das estruturas, construídas para as Olimpíadas Rio 2016, ficou a cargo do Governo Estadual do Rio de Janeiro e outra do Governo Municipal. Nesse “jogo de empurra” é a sociedade que está pagando a conta!

Agora que estamos nos despedindo de mais uma edição dos Jogos, o que esperar do legado das Olimpíadas de Tóquio 2021? Escreva nos comentários!

Veja Também: O cenário das obras de infraestrutura no Brasil: o que pode mudar?


Fontes: G1, Wikipedia, Veja, G1 2, Agência Brasil, Panrotas, TechTudo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Muitas pessoas relatam dificuldades na hora de estudar. Talvez seja por falta de concentração, por considerar o tema difícil ou fora de sua alçada de interesse, ou simplesmente porque desconhecem alguns caminhos que facilitam o processo de estudo. Neste artigo do Engenharia 360, vamos apresentar algumas neuroestratégias que ajudam a potencializar o aproveitamento nos estudos ao máximo e conseguir mandar bem nas provas. Confira!

Como aprender aquela matéria difícil

É uma situação muito comum haver desinteresse em estudar algo que não se vê aplicação direta na sua área. Isso leva a um cenário desmotivador e constantemente vem a pergunta “pra que eu preciso saber disso?”. Nesses casos, é sua função e responsabilidade, encontrar um fator motivador para se dedicar àquela matéria “chata”, difícil. E que fatores poderiam ser?

neuroestratégias
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Fatores motivadores para o estudo

Na minha experiência de professor de Física e Matemática, diversas vezes ouvia dos alunos “mas eu sou de humanas, para que aprender exatas?”. Nesse caso, o fator motivador que eu utilizava, era o argumento de que todos de humanas irão bem nas matérias de humanas. O que levava à conclusão de que estudar e aprender exatas seria o diferencial na hora do vestibular. Impressionante como era perceptível uma maior dedicação!

No âmbito de um ensino superior, argumentação semelhante pode ser usada: aprender essa matéria é parte do processo para fazer você conseguir pegar o seu CREA!

Mas o melhor fator motivador, sem dúvidas, é aprender algo novo! No mínimo, você treinará seu cérebro e irá realizar novas sinapses. Seu intelecto agradece!

Neuroestratégias para manter o foco nos estudos

Se você tem dificuldade em manter o foco, a neurociência traz estratégias muito simples e efetivas no aprimoramento dessa competência.

Ter foco significa direcionar a sua atenção exclusivamente ao que você está se propondo fazer. Portanto, evitar distrações, notificações, redes sociais e tudo que tire a sua atenção, com certeza trará benefícios!

Outra dica bem simples é você se preparar mentalmente antes de iniciar os estudos. Uma forma bem direta de fazer isso é se propor a relaxar através da respiração. Inspire devagar, prenda a respiração e expire devagar, fazendo uns cinco ciclos desse. E, durante esse processo, diga mentalmente a você mesmo que irá dedicar os próximos minutos para aprender e absorver ao máximo o conhecimento ali disposto diante de você.

Veja Também: Saiba por que é importante os estudantes universitários trabalharem a sua Inteligência Emocional

Aprendendo através da repetição

Segundo a neurociência, nosso cérebro aprende de duas maneiras: por emoção ou por repetição.

Nosso foco neste tópico será a repetição. Tomarei o exemplo de um piloto de avião. Como uma empresa aérea confia um avião nas mãos de um piloto novato? Ele precisa provar que tem habilidade e capacidade de conduzir uma aeronave. Isso é garantido com o seu “brevet” (como se fosse a carteira de motorista do piloto).

E como o piloto faz para conseguir seu brevet? Através de horas de simulação e horas de voo supervisionadas. Ou seja, ele precisa treinar. Precisa ter experiência e proficiência adquiridas em horas de voo.

Nas matérias de exatas ocorre evento similar. Para se tornar proficiente em determinada matéria, como Cálculo III, por exemplo, o aluno deve praticar “horas de exercício”. No início, mal se consegue começar um exercício. Depois, com o treino, o aproveitamento vai naturalmente melhorando e o indivíduo se familiarizando com o tema.

“Não existe almoço grátis”; é realmente necessária dedicação e “horas de voo” nos estudos! A boa notícia é que, através desse treino, esse ganho é absorvido para futuras matérias, de modo que as horas de treino tendem a atingirem um valor mínimo ótimo!

A importância de uma mente descansada

Quantas vezes você ouviu a frase “nossa, passei a noite inteira estudando” ou coisa parecida? Evidentemente isso já aconteceu com a grande maioria que está lendo este texto.

Pois é, deixar acumular matéria implica em maior exigência de dedicação nas datas próximas à prova, o que é péssimo para o seu cérebro, uma vez que ele não estará descansado adequadamente. E mais, lembra das “horas de voo”? Elas irão faltar para uma boa fixação do conteúdo, pode ter certeza!

O mais adequado é você montar uma grade de estudos e não deixar a matéria acumular. Assim, você tem tempo adequado para estudar, consegue fixar o conteúdo e, no dia anterior à prova, descansar a mente. Enfim, na hora do “vamos ver”, mandar bem na avaliação. É a famosa máxima: treino duro, jogo fácil!

Gestão de tempo: Uma habilidade fundamental

Posso afirmar que a gestão de tempo funciona, sim. Quando estava na faculdade, havia diversos desafios a serem alinhados para conseguir estudar. Morava num lugar cujo tempo de deslocamento até a Universidade era no mínimo 2 horas, o curso era integral, precisava trabalhar para poder pagar o transporte, material didático e refeições. Além disso, havia uma vida social muito intensa dentro do Campus e não abri mão de aproveitá-la.

Fez-se necessário que eu aprendesse a gerir meu tempo útil. Do contrário, teria sido impossível estudar e me formar em cinco anos.

A gestão adequada do tempo pode ser enquadrada numa “soft skill“, que, a grosso modo, são aquelas habilidades que não aprendemos na graduação.

Se você já pratica alguma dessas dicas, escreva seu testemunho nos comentários! E se ainda não pratica para estudar, mas quer colocar em prática, conte-nos seus resultados!


Fontes: Correio Braziliense.

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Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Essa história que queremos contar sobre exoesqueleto começou na França. Antes disso, devemos lembrar que, nesta semana, iremos comemorar o dia dos pais. Por isso, nada mais propício do que apresentar esse pai, Oscar Constanza, muito amoroso e dedicado, que está ajudando a mudar a qualidade de vida de seu filho, Jean-Louis Constanza.

Jean nasceu com uma condição neurológica genética especial, que faz com que seus nervos não enviem sinais suficientes para as pernas. Em consequência, o menino não consegue andar sem ajuda. E foi justamente tentando ajudar que seu pai Oscar projetou e construiu um exoesqueleto extraordinário. Veja a seguir!

Exemplo de amor, pai constrói exoesqueleto para filho caminhar [#engenhariatransforma]
Imagem extraída de Gigazine
exoesqueleto
Imagem extraída de Guardian TV

A criação do exoesqueleto para Jean

“Um dia Oscar me disse: ‘pai, você é engenheiro robótico, por que não faz um robô que nos faça andar?'”, “Daqui a dez anos, não haverá cadeiras de rodas, ou muito menos;” – Oscar Constanza, em reportagem de G1.

O pai de Jean percebeu que o garoto precisava de alguém para ajudá-lo a andar; ou melhor, um equipamento que o desse assistência e o fizesse se sentir independente. Portanto, ele tomou uma atitude. Desenhou o protótipo de um exoesqueleto e se esforçou para tirar a ideia do papel e transformar em realidade. E, em 2012, ele ajudou a fundar a empresa Wandercraft, localizada em Paris, ao lado de dois sócios com familiares que utilizam cadeiras de rodas. Desse grupo vem surgindo boas notícias!

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Imagem extraída de G1 – Globo

“Fazemos esse trabalho porque temos certeza que em 10 anos já não haverá, haverá muito menos cadeiras de rodas. As cadeiras de rodas são uma anomalia. Homens, mulheres, seres humanos devem ser bípedes. É o fato de andarmos eretos que nos fez humanos por centenas de milhares de anos, então devemos ficar de pé.” – Constanza, em reportagem de R7.

Perspectiva de vendas

O exoesqueleto projetado por Constanza para o seu filho Jean pode, no futuro, ajudar outros jovens. No entanto, esse exoesqueleto ainda não pode ser comprado para uso pessoal. Por hora, a Wandercraft está trabalhando na produção de modelos mais leves e utilizáveis possível, que supram essa necessidade.

A boa notícia é que a empresa de Constanza não é a única a investir nessa área. Outras empresas no mundo também estão fabricando exoesqueletos. Algumas se concentram em ajudar pessoas com deficiência a caminhar, outras em diversas aplicações, como fazer com que ficar em pé se torne menos cansativo para os trabalhadores de uma fábrica, por exemplo.

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Imagem extraída de reuters
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Imagem extraída de CNN Brasil
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Imagem extraída de reuters

E você, também ficou emocionado com essa história? Compartilhe este texto para quem possa interessar!


Fontes: G1, Tribuna de Jundiaí, UOL, R7.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Em 2011, presenciamos pela televisão o terrível desastre de Fukushima. Foi aí, nesse momento, que entendemos como o país ainda defendia tanto a utilização de energia nuclear. Mas a tragédia trouxe uma oportunidade de reflexão também. Agora, tem-se uma grande ambição com relação ao hidrogênio! Inclusive, isso ficou evidente durante a realização das Olimpíadas 2021, quando a tocha e a pira olímpica foram acesas com este combustível. Saiba mais!

A tocha olímpica dos Jogos de Tóquio 2021

A tocha olímpica é um tipo de símbolo dos Jogos Olímpicos. Ela é inicialmente acesa em Atenas, local de origem do evento, por volta do ano de 776 a.C. Depois ela viaja por dias, percorrendo dezenas de cidades no país que sediará a próxima edição. Por fim, ela é carregada até seu destino, que é o topo da pira olímpica, a grande chama que fica acesa até o final dos jogos Olímpicos e Paralímpicos.

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Imagem extraída de Agência Brasil – EBC
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Imagem extraída de Esportes R7

Neste ano, a tocha utilizada nas cerimônias das Olimpíadas de Tóquio apresenta um design icônico. A peça foi desenhada pelo designer Tokujin Yoshioka e é inspirada nas flores de cerejeira japonesas e suas pétalas. Sua estrutura é composta de alumínio reciclado, feito com metal recuperado das construções após o devastador terremoto e o tsunami que atingiram o leste do Japão em 2011. E o combustível utilizado para acender sua chama foi o hidrogênio!

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Imagem extraída de Olympics
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Imagem extraída de Bernadete Alves

O hidrogênio nas Olimpíadas

O hidrogênio foi, então, essencial para acender a tocha e a pira olímpica nos Jogos de Tóquio 2021. Mas esse composto químico também foi utilizado para alimentar a vila olímpica a partir de uma usina solar na zona de exclusão criada, há uma década, após o acidente nuclear de Fukushima. E, ademais, os carros para transporte oficial dos jogos também funcionam com combustível de hidrogênio.

Os planos do Japão para o hidrogênio

Dizem os especialistas que o hidrogênio seria uma boa solução para salvar o clima das emissões de carbono. Bem, há mais de cem anos, em 1807, foi apresentado o primeiro motor movido a hidrogênio, uma alternativa para substituir o carvão. Mas duas coisas fizeram as pessoas deixarem de lado ideias como estas: outros materiais, incluindo o carvão e o petróleo, sempre foram mais baratos; depois, houve o desastre com o dirigível de hidrogênio de Hindenburg, que explodiu em 1937.

O próprio Japão defendeu, por muito tempo, o uso de energia nuclear, por exemplo. Mas, inspirado nas pesquisas e investimentos em tecnologia de países como Austrália, Coréia, Arábia Saudita, Omã e Luxemburgo, passou a acreditar no potencial do hidrogênio. Agora, o Japão, que tem a maior rede mundial de estações de abastecimento do gás, pretende usá-lo para substituir os combustíveis fósseis em indústrias pesadas, como a siderúrgica. Além disso, já investiu na distribuição do combustível.

As qualidades do hidrogênio

O hidrogênio é raramente queimado diretamente como uma fonte de combustível; em vez disso, ele é usado como condutor de energia. Na prática, ele pode estar em:

  • células de combustível dentro de motores de veículos;
  • processos industriais em que são necessárias temperaturas acima de 400°C;
  • abastecimento de caminhões, navios e aviões; e
  • produção desde cimento a aço e fertilizantes.
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Imagem de fio de aço em Freepik

“No passado, nossa tecnologia e indústria se preocuparam em extrair, distribuir e usar o petróleo. E agora, no futuro, haverá a captação, distribuição e o uso do sol — e o que tornará isso possível é o hidrogênio.” – Saehoon Kim, diretor da divisão de células de combustíveis da Hyundai, em um webinar da associação comercial britânica em 2020.

Sim, as petrolíferas enxergam o hidrogênio como uma fonte de renda em potencial, visto que a demanda por gasolina e diesel tem diminuído. Inclusive, a Airbus, segunda maior fabricante mundial de aviões, revelou no ano passado seus planos de lançar três modelos de aviões a hidrogênio, de emissão zero, que poderiam entrar em operação até 2035.

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O hidrogênio só perde mesmo para a tecnologia dos carros elétricos. Em verdade, a sua fabricação requer muita eletricidade. Desse modo, só faz sentido ao meio ambiente dependendo do tipo de energia usada para produzi-lo. Mas para outros sistemas de transporte de combustível fóssil que não podem ser facilmente conectados à rede elétrica, esse composto químico pode vir a ser a chave para a redução das emissões de carbono.

Os desafios para a produção de hidrogênio

A disponibilidade do hidrogênio é “ incerta demais para substituir os combustíveis fósseis, por exemplo(…)”, disse Falko Ueckerdt, do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático. Especialistas no setor dizem que criar cadeias de produção globais para fabricar e distribuir hidrogênio é pesado e ineficiente, especialmente quando a infraestrutura teria que ser construída do zero.

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Diante disso, talvez só valesse a pena a produção de hidrogênio no mundo para aplicações como fonte de energia com baixo teor de carbono. Já a demanda em áreas como o aquecimento de edifícios poderia dar uma vantagem ao hidrogênio azul barato e gerar “risco às metas climáticas”.

Então, o que você acha? Será que vale mesmo a pena a utilização de hidrogênio? Escreva nos comentários!

Veja Também: Esqueça os veículos elétricos: o futuro é do hidrogênio


Fontes: Casa Vogue, Diálogo Chino, Revista Casa e Jadim.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Brasil e o mundo estão diante de uma das suas maiores crises! Não é novidade que o Covid atingiu mundialmente as sociedades de maneira impactante e, em muitos casos, irreversível. Vimos, desde organizações tradicionais a recentes “perdidas”, sem saber como agir e sendo profundamente impactadas pelo cenário externo. Nesse contexto, como pensar em planejamento e estratégia? É sobre isso que iremos conversar no texto a seguir!

O impacto da Pandemia sobre as organizações

De acordo com o Pulso Empresa do IBGE, desde o início da Pandemia – considerado em março de 2020 – até agosto de 2020, 716.000 empresas fecharam as suas portas em função do novo coronavírus.

Aliás, diversas empresas, com seus planejamentos formulados até 2025, tiveram que reunir de forma emergencial seus sócios, conselhos e diretorias – enfim, todos os seus setores estratégicos para encontrar uma solução sustentável para as mudanças bruscas que tomaram a todos de surpresa. Projeções e previsões já de nada adiantaram; e os dados históricos serviam apenas para demonstrar o tamanho do impacto e a incerteza sendo o grande freio das organizações, como um todo. Assim sendo, como se planejar? Como traçar uma estratégia em um mundo completamente caótico e incerto?

Planejamento Estratégico
Imagem de Drazen Zigic em Freepik

O choque inicial

De acordo com Ansoff – autor da Matriz de Ansoff -, estratégia nada mais é do que “um conjunto de regras de tomada de decisão em condições de desconhecimento parcial”. Ou seja, o que vivemos durante o início da Pandemia nada mais foi do que um desconhecimento quase que total. Não haviam mais regras a serem seguidas. A meta era apenas sobreviver ao período nebuloso e criar um modelo de gestão e controle sustentáveis. E, diante desse contexto, se torna primordial adotar medidas objetivas para minimizar os reflexos nocivos dentro da gestão organizacional.

A fase de adaptação

Decisões governamentais de quarentena, isolamento social e restrições à movimentação das pessoas enquanto estratégia comprovadamente mais eficaz de contenção da contaminação atingiram sistemicamente a mobilidade, a gestão e o planejamento das operações das organizações. Dessa forma, torna- se cada vez mais necessária a adoção de práticas de gerenciamento e suporte a processos virtuais ou remotos.

A migração para o ambiente online foi a principal saída para as empresas permanecerem ativas no mercado, com menores custos (principalmente de estrutura) e revisando seus processos, para se adaptar ao “novo normal”. Tal movimento acarretou novas propostas de gestão. E, finalmente, o ambiente virtual se tornou uma estratégia não só mercadológica, mas também laboral.

Planejamento Estratégico
Imagem de Drazen Zigic em Freepik

O planejamento estratégico e o ambiente online

Em consequência do momento, estão sendo inseridos novos padrões de mercado e de organização produtiva. Por exemplo:

  • com a introdução de investimentos em marketing através das mídias digitais,
  • pesquisas com clientes, e
  • e-business se utilizando de dados para realizar publicidades, intensificando o relacionamento entre usuários, clientes, organizações e colaboradores.

Com isso, o teletrabalho se torna uma das principais estratégias para continuação das atividades corporativas.

Em termos estratégicos, o trabalho remoto tem a capacidade de mitigar as despesas acerca de estrutura ou manutenção. Também aumenta a qualidade de vida dos colaboradores e a flexibilidade de atendimento das demandas por parte do colaborador, e elimina o tempo de transporte do funcionário. Não é à toa que diversas empresas que adotaram tal modelo durante a Pandemia já estão entregando seus espaços físicos, ou adotando o modelo de trabalho híbrido, onde o funcionário tem dias certos na semana para estar pessoalmente no trabalho.

Apesar dos desafios de implementação, dificuldade de adaptação, perda de vínculo com a organização, dificuldade de comunicação, incerteza das avaliações e dificuldade de reconhecimentos, esse modelo tem se mostrado como o futuro do trabalho, como já disse Domenico De Masi no ano 2000 em seu livro “O ócio criativo“.

O caminho a seguir

Em resumo, a mensagem deste artigo é que não existe uma estratégia padrão a ser seguida em tempos incertos, onde há pouca informação para a tomada de decisão. Em contrapartida, existe a possibilidade de análise mensal de cenário, vivendo dia após dia – se for necessário. Além disso, encontrar o dinamismo e rapidez necessários para realizar as inovações e mudanças que se tornam primordiais para a sustentabilidade dos negócios, com o menor custo possível, o que denota a necessidade de uma busca à flexibilidade dos custos de seus processos produtivos.

De fato, é preciso se reinventar para permanecer num mercado bem mais consciente de sua responsabilidade social. Utilizar de muita empatia e tato para alcançar os clientes e para manter sua força de trabalho sadia, com o mínimo de prejuízo possível.

Se eu pudesse resumir a tendência de estratégia e planejamento para o Novo Normal, seria:

  • redução de estruturas,
  • flexibilização de processos,
  • adaptabilidade na adversidade,
  • busca pela inovação, e
  • elevado nível de empatia com as pessoas (clientes, colaboradores e parceiros em geral).

Veja Também: 4 estratégias para aumentar a produtividade no trabalho


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Engenharia 360

Ana Claudia Santos

Engenheira de Produção, Mestranda em Desenvolvimento Empresarial, MBA em Engenharia Econômica e Financeira pela UERJ e amante de música, leitura e lógica nebulosa nas poucas horas vagas.

A Pira Olímpica dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, tem um design minimalista. Ela é assinada pelo estúdio japonês Nendo, criada pelo designer japonês Oki Sato. Para chegar ao formato desejado, foram feitos muitos rascunhos para representar a inclusão e a igualdade de gênero, com o lema “Todos se reúnem sob o sol, todos são iguais e todos recebem energia”.  Enfim, fez-se uma esfera composta por hemisférios superior e inferior, cada um com cinco painéis representando os anéis olímpicos.

A foto mostra a pira olímpica fechada dos jogos de Tokyo 2020. O design que remete ao sol é assinado pelo estúdio Nendo.
Vista superior da pira fechada – Imagem reproduzida de CASACOR
Estúdio Nendo assina a pira olímpica (Foto: Reprodução/Instagram @nendo_official)
Vista lateral da pira fechada – Imagem reproduzida de Casa Vogue

O acendimento da Pira Olímpica

A tocha olímpica chegou ao Estádio Olímpico de Tóquio, onde ocorreu a cerimônia de abertura dos jogos, conduzida por um revezamento de ex-atletas e foi entregue a atleta japonesa Naomi Osaka. A estrela do tênis levou a tocha até o “calderão” que se abriu lindamente como uma flor, e, então, a chama foi acesa. A saber, a pira olímpica ficará acesa até o encerramento dos Jogos Olímpicos, que será neste próximo domingo, dia 8 de agosto.

Saiba quem é Naomi Osaka, estrela do tênis com direito a série e boneca  Barbie - Brasil 247
Tenista Naomi Osaka acende a pira olímpica de Tóquio-2020 - Folha PE
Imagem reproduzida de Folha PE

A chama da Pira Olímpica

A chama da Pira Olímpica é alimentada com hidrogênio. A queima do hidrogênio é incolor e transparente, deixando a chama invisível. Para a chama adquirir a característica cor amarelo brilhante foi usado carbonato de sódio. Vários estudos foram realizados para chegar à quantidade exata de solução e o melhor ângulo para instalação da válvula utilizada para pulverizá-la, criando uma chama com a aparência do fogo feito com lenha. 

Aliás, o hidrogênio utilizado na Pira foi produzido em uma instalação da Prefeitura de Fukushima. E placas solares foram usadas para produzir a eletricidade necessária para a eletrólise da água no processo de produção de hidrogênio.

Jogos Olímpicos de Tóquio oficialmente abertos; veja como foi a cerimônia -  Folha PE
Imagem reproduzida de Folha PE
A foto mostra o detalhe do fogo da pira olímpica dos jogos de Tokyo 2020. O design que remete ao sol é assinado pelo estúdio Nendo.
Hiroshi Iwasaki/nendo.jp/CASACOR 

O funcionamento da Pira Olímpica

Pesando cerca de 40 kg por folha, o painel externo da Pira Olímpica foi feito com placas de alumínio de 10 mm de espessura, moldadas, polidas e pintadas com tintas resistentes ao calor. A peça finalizada artesanalmente, pesa mais de 2 toneladas e tem um diâmetro aproximado de 3,5 m. E sua parte interna foi revestida por painéis de espelhos poligonais e feita à prova d’água, à prova de fogo e resistente ao calor; o material proporciona um espetáculo incrível através dos reflexos difusos da iluminação das cerimônias e da luz do fogo. 

A foto mostra o detalhe do fogo da pira olímpica dos jogos de Tokyo 2020. O design que remete ao sol é assinado pelo estúdio Nendo.
Ikki Yamaguchi/nendo.jp/CASACOR

Foram realizados vários testes de resistência ao calor e ao vento, ajustando o aparelho de forma a evitar vibrações e possíveis “acidentes”. O resultado pôde ser visto no dia da abertura das Olimpíadas, quando o “caldeirão” se abriu como uma flor e os painéis passaram uns pelos outros suavemente a uma distância de somente 3 mm. 


Fontes: Casa Vogue, Diálogo Chino, Casa Cor, Exame, R7.

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