Nota: Produção industrial no Brasil teve ligeiro aumento de 0,1% em setembro de 2023 em comparação ao mês anterior, com alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, permaneceu estável ao longo do ano, com uma queda acumulada de 0,2%. A saber, a indústria nacional ainda não atingiu os níveis pré-pandemia e está num cenário de baixo dinamismo, com resultados mistos entre diferentes setores.


A Engenharia é um campo vasto e em constante evolução, que inclui diversas áreas, como a Engenharia de Produção e a Engenharia Industrial. Cada uma dessas áreas se dedica à concepção e produção de diferentes produtos e sistemas. Abaixo estão algumas informações relevantes para quem está interessado em estudar Engenharia e ingressar no mercado de trabalho. Confira!

engenharia de produção e engenharia industrial
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Engenharia de Produção

O que se aprende no curso

O curso de Engenharia de Produção aplica princípios de engenharia e gestão empresarial para otimizar processos de produção e serviços. Os alunos aprendem matemática, estatística, engenharia de materiais e manufatura, gestão de operações e cadeia de suprimentos, planejamento e controle de produção, sistemas de informação, gestão empresarial e estratégia. Eles estão preparados para trabalhar em diversas indústrias, incluindo manufatura, logística, serviços e tecnologia.

O que faz

Um engenheiro de produção aplica conhecimentos de engenharia e gestão empresarial para otimizar processos de produção e serviços em diversas indústrias. Ele trabalha em diversos setores e suas habilidades são valorizadas em um mundo competitivo. Ademais, suas principais funções incluem analisar processos, desenvolver e implementar planos de produção, gerenciar projetos, coordenar cadeias de suprimentos, analisar dados e gerenciar equipes.

As principais áreas de atuação

As principais áreas de atuação de um engenheiro de produção incluem: gestão da produção, gestão da qualidade, logística e cadeia de suprimentos, engenharia de produto, pesquisa operacional e gestão de projetos. Essas áreas podem variar de acordo com a empresa e setor em que o profissional atua.

engenharia de produção e engenharia industrial
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Engenharia Industrial

O que se aprende no curso

No curso de Engenharia Industrial, os alunos aprendem disciplinas relacionadas à Engenharia e Administração de Empresas, como Matemática, Física, Termodinâmica, Gestão Financeira, Gestão de Projetos, Logística, Ergonomia, entre outras. Eles também estudam temas como gestão da produção, engenharia de produto, pesquisa operacional, engenharia da qualidade e sistemas de informação. O curso oferece oportunidades para realização de projetos práticos e estágios em empresas.

O que faz

Um engenheiro industrial é um profissional que aplica conhecimentos de engenharia e administração de empresas para melhorar processos produtivos e operacionais em uma organização. Ele pode trabalhar em diversos setores, incluindo manufatura, serviços, tecnologia, saúde, transporte e logística.

Suas principais funções incluem analisar processos, projetar sistemas de produção eficientes e seguros, gerenciar equipes e recursos, implementar soluções de tecnologia da informação e monitorar o desempenho de processos produtivos e operacionais para identificar oportunidades de melhoria. O objetivo final é garantir que a empresa opere de forma eficiente e eficaz, produzindo produtos ou serviços de alta qualidade e reduzindo custos e desperdícios.

Quais as principais áreas de atuação de um Engenharia Industrial?

As principais áreas de atuação de um Engenheiro Industrial incluem a gestão da produção, gestão de operações, gestão da qualidade, engenharia de produto, pesquisa operacional e gerenciamento de projetos. Também é possível atuar em outras áreas, como logística, automação industrial e segurança do trabalho, dependendo da especialização e do interesse do profissional.

engenharia de produção e engenharia industrial
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Veja Também: Engenharia Civil ou Engenharia de Produção: qual carreira mais promissora na área sanitária?

Quais as diferenças entre Engenharia de Produção e Engenharia Industrial?

A Engenharia de Produção e a Engenharia Industrial possuem algumas semelhanças em termos de abordagem, já que ambas envolvem a aplicação de conhecimentos de engenharia e gestão para otimizar processos produtivos. No entanto, existem algumas diferenças importantes entre as duas áreas:

  • Foco principal: a Engenharia de Produção tem como foco principal a melhoria dos processos produtivos em termos de eficiência e qualidade, enquanto a Engenharia Industrial tem um foco mais amplo, envolvendo não apenas a produção, mas também outras áreas da empresa, como finanças, logística e gestão de projetos.
  • Áreas de atuação: a Engenharia de Produção é mais voltada para a gestão da produção e a melhoria de processos em empresas industriais e de serviços, enquanto a Engenharia Industrial tem uma atuação mais ampla, podendo trabalhar em diversos setores, desde empresas de manufatura até empresas de serviços, atuando em áreas como gestão de operações, logística, qualidade, projetos e finanças.
  • Formação: os cursos de Engenharia de Produção e Engenharia Industrial têm algumas diferenças em termos de grade curricular, com a Engenharia de Produção geralmente enfatizando mais disciplinas relacionadas a processos produtivos e gestão da produção, enquanto a Engenharia Industrial pode ter uma ênfase maior em disciplinas como sistemas de informação, finanças e gestão de projetos.
  • Abordagem teórica e prática: a Engenharia de Produção tende a ter uma abordagem mais teórica, com ênfase em modelos matemáticos e teorias de gestão, enquanto a Engenharia Industrial é mais prática e orientada para a solução de problemas reais em empresas.

Em resumo, a Engenharia de Produção e a Engenharia Industrial têm algumas diferenças em termos de foco, áreas de atuação, formação e abordagem teórica e prática, mas ambas envolvem a aplicação de conhecimentos de engenharia e gestão para otimizar processos produtivos e garantir a eficiência e qualidade das operações empresariais.

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Fontes: Educa Mais Brasil, Profes.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você se acha muito velho para fazer faculdade? Bobagem! No Brasil, a terceira idade é comumente definida a partir dos 60 anos de idade, de acordo com o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003). Contudo, com o aumento da expectativa de vida e a melhora do sistema de saúde, é possível que essa idade referencial seja elevada para 65 anos em um futuro próximo. É importante destacar que a classificação etária da terceira idade não implica em limitações para o ingresso ou reingresso dessas pessoas no mercado de trabalho, ou no ambiente escolar.

Uma curiosidade interessante é que é possível exercitar o cérebro em qualquer idade, já que ele é um músculo que pode ser treinado. O estudo é uma ótima forma de exercício e muitos indivíduos acima de 50 anos estão voltando para a sala de aula para se manterem ativos e até realizarem o sonho da conquista do diploma de Ensino Superior. Conforme os dados do Censo da Educação Superior de 2017, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o número de idosos matriculados em cursos de graduação aumentou em 46,3%.

faculdade engenharia terceira idade
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Vantagens de fazer faculdade na terceira idade

Atualmente, há uma tendência de envelhecimento geral da população e as pessoas que chegam a essa faixa etária estão mais motivadas do que nunca. Elas desejam se manter atualizadas, têm vontade de aprender e até pensam em construir uma nova carreira após aposentadas.

Em resposta a essa demanda, as instituições de ensino estão abrindo mais possibilidades para os idosos, oferecendo cursos e programas específicos para atender às suas necessidades. Além disso, o mercado de trabalho está despertando para o potencial que a maturidade tem a oferecer, reconhecendo a experiência e o conhecimento acumulados ao longo dos anos como uma valiosa contribuição para a força de trabalho.

Não há mais desculpas para não ingressar no Ensino Superior mesmo na terceira idade! Atualmente, é possível estudar a distância, com a comodidade de não precisar se deslocar diariamente até a instituição de ensino e ainda obter um diploma reconhecido no mercado de trabalho.

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Melhores faculdades de Engenharia para pessoas terceira idade

Antes de fazer sua escolha, uma dica importante é verificar a existência de unidades de ensino em sua região, bem como encontrar as escolas com melhor qualidade em todo o Brasil.

Para isso, você pode consultar o site e-MEC, que é atualizado regularmente pelo Ministério da Educação. Nesse site, é possível encontrar uma análise detalhada dos cursos e das faculdades do país, inclusive os oferecidos na modalidade EAD. Cada curso e faculdade recebe uma nota de 1 a 5, sendo que as avaliações de 1 ou 2 são consideradas insuficientes, enquanto as notas de 3 a 5 são as melhores.

Segue abaixo uma lista de cursos de Engenharia recomendados para a terceira idade em faculdades brasileiras:

  • Engenharia Civil
  • Engenharia Elétrica
  • Engenharia Mecânica
  • Engenharia de Produção
  • Engenharia de Computação
  • Engenharia Química
  • Engenharia Ambiental
  • Engenharia de Telecomunicações

Esses cursos oferecem oportunidades para aprendizagem contínua, aprimoramento de habilidades técnicas e desenvolvimento de conhecimentos em áreas que possuem grande demanda no mercado de trabalho. Além disso, podem ser uma opção interessante para pessoas que buscam uma nova carreira ou que desejam continuar atuando em suas áreas de interesse. É importante lembrar que a escolha do curso deve considerar as aptidões e interesses de cada indivíduo.

Cursar uma graduação reconhecida pelo MEC confere diploma válido no mercado de trabalho, permitindo que profissionais da terceira idade invistam em novas carreiras e pós-graduações para ampliar oportunidades e manter-se atualizado.

faculdade engenharia terceira idade
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Como entrar na faculdade sendo da terceira idade

Voltar à faculdade na terceira idade pode ser desafiador para muitos, pois é necessário estar atualizado com os conteúdos do ensino médio e enfrentar vestibulares e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). No entanto, existem opções mais fáceis de garantir vaga no Ensino Superior, como vagas reservadas em algumas graduações para pessoas mais velhas e processos seletivos facilitados. Além disso, quem já possui um curso superior pode conseguir vaga por reingresso, sem a necessidade de fazer vestibular em algumas instituições particulares.

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Fontes: Guia da Carreira.

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Engenharia 360

Redação 360

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Uma equipe de cientistas da Universidade Johns Hopkins, liderados por Thomas Hartung, propôs construir uma máquina tipo computador para processar informações usando neurônios humanos em vez de chips de silício. Em seu estudo, foi delineada toda a agenda de inovação necessária para tornar esse objetivo alcançável. Embora reconheçam que ainda há avanços necessários em muitas outras áreas, os autores criaram o termo IO para se referir à tecnologia complementar à inteligência artificial tradicional baseada em computadores de silício.

A saber, o processo, chamado “inteligência organoide” (IO), teria o potencial de realizar operações mais complexas com menos energia. Saiba mais no texto a seguir!

Como seriam produzidos os novos computadores com neurônios humanos?

Os cientistas estão explorando a nova área de pesquisa, chamada IO (Organização Inspirada no Cérebro, melhor dizendo, nos neurônios humanos). Ela usa organoides cerebrais, ou “minicérebros”, que são pequenas esferas de neurônios criadas em laboratório a partir de células humanas comuns. Essas estruturas podem ser conectadas em redes com sensores para captar o mundo real e dispositivos de saída para produzir uma nova geração de tecnologias de computação biológica e híbrida.

neurônios humanos
Imagem de Jesse Plotkin-JSU via Jornal Extra

Aliás, a saber, os organoides cerebrais têm sido usados em estudos para entender mecanismos de doenças neurais e, para tentar “ler” a atividade dos neurônios. Alguns cientistas usam eletrodos conectados a essas culturas de células ou sensores para capturar ondas eletromagnéticas. Diz-se que a IO pode contribuir para a exploração como uma cultura tridimensional de células cerebrais, operando de maneira mais parecida com um computador, o que pode levar a avanços em nossa compreensão da fisiologia da cognição, da aprendizagem e da memória.

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Eficiência cerebral

Os cientistas comparam a capacidade do cérebro humano com o AlphaGo, sistema de inteligência artificial criado pelo Google que derrotou o campeão mundial de Go.

Para treinar o AlphaGo, foram usados dados de 160.000 jogos, enquanto um humano levaria mais de 175 anos para completar o mesmo número de jogos. Além disso, os sistemas atuais de Inteligência Artificial requerem supercomputadores que consomem cada vez mais energia elétrica, enquanto o cérebro humano consome cerca de 10 ou 20 watts de energia.

A crença dos pesquisadores é de que a computação baseada em inteligência organoide pode permitir tomadas de decisão mais rápidas, aprendizado contínuo durante tarefas e mais eficiência no uso de energia e de dados.

Quais considerações éticas podem representar uma ameaça à implantação dessa tecnologia?

Como explicado antes, os cientistas estão explorando a criação de inteligência organóide, ou cérebros em miniatura, com capacidade de aprendizado e tomada de decisões. Embora haja questões éticas e filosóficas em relação a essa tecnologia, ela tem potencial para avançar no estudo de doenças neurológicas. Ainda há muitos pré-requisitos a serem cumpridos para torná-la realidade. Todavia, os cientistas acreditam que o esforço e o investimento valerão a pena, já que a inteligência organóide poderá fazer coisas que ainda estão muito longe do “aprendizado de máquina” dos computadores de silício.

Qual é a sua opinião sobre esta inovação? Compartilhe seus pensamentos na seção de comentários e ajude a divulgar esta publicação para aqueles que possam se interessar por esse tema!

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Fontes: Extra.

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Engenharia 360

Redação 360

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Nos últimos anos, as tensões entre grandes potências têm aumentado, e a disputa pela produção de chips tem sido um dos focos dessa tensão, como mencionado anteriormente aqui no Engenharia 360. Agora, o Brasil se torna um novo protagonista nessa competição global, investindo na produção de semicondutores em seu território. Com isso, o país busca se posicionar como um importante player nesse mercado tão estratégico.

O que são seminicondutores

Seminicondutores são minúsculos processadores, materiais que possuem propriedades elétricas intermediárias entre condutores (que permitem a passagem livre de elétrons) e isolantes (que impedem a passagem de elétrons). Eles são amplamente utilizados na fabricação de dispositivos eletrônicos, como chips, centro das engenharias de tecnologias como celulares, carros autônomos, computadores, drones e equipamentos militares.

Os chips são considerados pequenos componentes eletrônicos que contêm vários dispositivos interconectados, sendo essenciais para a construção de dispositivos eletrônicos. Eles são fabricados a partir de semicondutores, como o silício, e podem ser projetados para realizar diversas funções, desde processamento de dados até armazenamento de informações. Sua produção em massa envolve processos altamente sofisticados.

chips - semicondutores
Imagem de Freepik

Durante a pandemia, a interrupção da cadeia de fornecimento gerou uma escassez mundial de supercondutores. Em resposta, muitos países estão buscando diminuir sua dependência de importações e estabelecer parcerias com fornecedores próximos geograficamente, processo conhecido como “nearshoring”.

A estratégia norte-americana

Atualmente, devido à Lei dos Chips, o Congresso americano aprovou recentemente um pacote de estímulo à indústria de chips, no valor de mais de US$ 50 bilhões. O objetivo é reduzir a dependência dos Estados Unidos em relação a países asiáticos, principalmente a China, mantendo a liderança na guerra tecnológica. Além disso, Washington impôs restrições à exportação de chips, tecnologia e equipamentos para Pequim, com o intuito de retardar o desenvolvimento da potência asiática.

As investidas dos Estados Unidos no mercado de chips parecem estar dando resultados. Em janeiro de 2023, Holanda e Japão cederam à pressão e também proibiram a exportação de maquinários de chips para a China. Além disso, os EUA têm feito parcerias financeiras com países aliados, como o Brasil. No mesmo mês, autoridades brasileiras estiveram em contato com representantes americanos para discutir investimentos na cadeia de semicondutores no Brasil. Espera-se nos próximos dias a visita de um representante do comércio dos Estados Unidos ao Brasil para tratar mais desse assunto.

chips - semicondutores
Imagem de Freepik

Parceria Estados Unidos e Brasil

O acordo entre Estados Unidos e Brasil pode ser facilitado pela Lei dos Chips recentemente aprovada nos EUA. Com a proibição de empresas americanas de participarem de negócios de fabricação ou aumento de capacidade de produção de semicondutores na China, o Brasil se torna um foco importante. Na verdade, a decisão da administração Biden é proibir qualquer indústria dos EUA de usar software, tecnologia ou maquinário americano, em qualquer lugar do mundo, ou exportar determinados chips e componentes para a China sem autorização de Washington.

A condição do Brasil no setor

Atualmente, o Brasil possui onze grandes empresas na cadeia de produção de semicondutores, porém, com capacidade limitada apenas ao backend da cadeia, responsável pela finalização dos componentes. O país não atua no frontend, etapa que envolve a fabricação do componente em si, cuja tecnologia é restrita a um número limitado de nações.

chips - semicondutores
Imagem de Freepik

Com investimentos e transferência de tecnologia, as plantas de semicondutores já instaladas no Brasil poderiam começar a atuar no frontend de semicondutores menos avançados e aumentar sua capacidade de produção. Isso seria importante para o Brasil melhorar sua posição no setor, como na fabricação de chips de quatorze nanômetros, por exemplo, para abastecer a indústria automobilística nacional. Nos últimos anos, várias montadoras tiveram que suspender suas produções no país por falta de componentes.

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Fontes: Folha de São Paulo.

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Gosta de viajar? Imagine cruzar os mares do mundo em uma grande embarcação, com direito à piscina particular. Neste começo de março de 2023, Dubai, a capital dos Emirados Árabes Unidos, recebeu a Dubai Boat Show, um dos maiores eventos de exposição de barcos e iates do mundo, ponto de encontro dos amantes da mobilidade. A novidade deste ano foram os projetos voltados à “onda verde” ao mercado de energia, como de motores elétricos.

Dubai Boat Show
Imagem reproduzida de Yacht Charter Fleet

As embarcações apresentadas na Dubai Boat Show 2023

Os novos modelos de embarcações apresentados no Dubai Boat Show 2023 são maiores, com janelas maiores, em designs mais elegantes e com decoração discreta, contrastando com navios já existentes no mercado. E algo que chamou a atenção especialmente neste ano foram os detalhes dos projetos que demonstram a preocupação dos engenheiros com o impacto ambiental dos motores e com o futuro do mercado de energia.

Dentre as duzentas embarcações exibidas no evento, cinco foram destaques em matéria especial do jornal O Globo. E o Engenharia 360 traz a reprodução desta lista para você. Confira!

Majesty 111

O Majesty 111 da Gulf Craft, apresentado na Dubai Boat Show 2023, é uma embarcação de três andares, 34,1 metros de comprimento e um preço inicial de cerca de R$ 62 mil, projeto em colaboração com o Phathom Studio, com sede na Holanda. Ela possui um interior repleto de madeira, linhas limpas, materiais naturais e toques sutis de cor. Tem seis cabines, salão, sala de jantar e cozinha, bem como uma piscina no deck superior. Há também uma pequena piscina com fundo de vidro acima do quarto principal que pode ser coberta para privacidade.

Dubai Boat Show
Imagem reproduzida de BOAT International
Dubai Boat Show
Imagem reproduzida de BOAT International

Aeolus

O Aeolus é uma embarcação projetada pelo ex-designer-chefe da Rolls Royce, Giles Taylor, e construída pela Oceanco, da Holanda. Com 131 metros de comprimento e preço de R$ 1.654.585.800, é descrito pelos designers como um santuário no oceano. A Oceanco planeja que o layout possa ser reconfigurado para futuras tecnologias energéticas, permitindo a independência de combustíveis fósseis.

Dubai Boat Show
Imagem reproduzida de Nautik Magazine

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Sunreef 80 Eco

Este veleiro elétrico, apresentado na Dubai Boat Show 2023, construído pela Sunreef Yachts na Polônia, tem o comprimento do veleiro é de 23,9 metros, o preço começando em R$ 41.349.035, e é livre de emissões e pode ser navegado por uma viagem prolongada se o tempo permitir. Os motores elétricos podem ser usados por algumas horas, enquanto as hélices geram energia e os painéis solares cobrem praticamente todo o catamarã. Inclusive, o campeão de Fórmula 1 Fernando Alonso está entre os proprietários e é porta-voz da marca. A Sunreef planeja expandir a produção para o Oriente Médio com um novo estaleiro em Ras Al Khaimah.

Dubai Boat Show
Imagem reproduzida de Sunreef Yachts

Evo 120

O iate esportivo Viktoriia, com comprimento de 36,6 metros e preço de R$ 92.621.839, foi construído pela Tecnomar da Itália, é feito de alumínio e tem uma silhueta elegante e curva. Ele tem capacidade para acomodar até 12 pessoas em quatro quartos, a área da tripulação inclui uma cabine principal do capitão com uma cama de solteiro e duas outras cabines com duas camas de solteiro.

Dubai Boat Show
Imagem de Lisa Fleisher via Bloomberg e O Globo

Nomad 101

O Nomad 101, apresentado na Dubai Boat Show 2023, construído pela Gulf Craft dos Emirados Árabes Unidos, é um barco de três decks e um flybridge, ideal para famílias ou amantes de cruzeiros que desejam fazer viagens mais longas e aproveitar o tempo no mar. O barco tem capacidade de armazenamento para dois jet skis e um barco pequeno. Seu comprimento é de cerca de 30 metros, e o preço está disponível apenas sob consulta.

Dubai Boat Show
Imagem de Gulf Craft via O Globo

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Fontes: O Globo.

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Engenharia 360

Redação 360

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Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, tem hoje o edifício residencial mais verde ou mais sustentável do Brasil. Vale destacar que uma arquitetura e engenharia ganha esta classificação quando é projetada e construída com critérios que visam minimizar o consumo de energia, também com o uso de materiais sustentáveis, gerenciamento eficiente de resíduos, utilização de fontes de energia renovável, qualidade do ar interior, conservação de recursos naturais, entre outros aspectos.

A sustentabilidade é um objetivo que pode ser alcançado através de uma combinação de práticas e medidas. Saiba mais no texto a seguir!

edifício residencial mais verde do Brasil
Imagem reproduzida de IDEA Bagé

Baixo impacto ambiental, sem abrir mão do conforto e da tecnologia

O projeto apresentado neste texto é do edifício residencial mais verde do Brasil, o único do país com certificação máxima Green Building Council Brasil (GBC) – categoria Platina do GBC Brasil Condomínio, somando 91 de 100 pontos -, referência da construção civil nacional. Ele está localizado no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, e foi projetado pelo escritório IDEA Bagé, respeitando o conceito de sustentabilidade desde a concepção da proposta.

edifício residencial mais verde do Brasil
Imagem reproduzida de IDEA Bagé

Características do edifício residencial mais verde do Brasil

Se este empreendimento é considerado o edifício residencial mais verde do Brasil, significa que, para receber a certificação GBC, apresenta diversas características específicas.

Foram utilizados materiais certificados e declarações ambientais de produto que atestam a sustentabilidade do ciclo de vida e baixo impacto ambiental da obra. Ademais, a construção conta com tecnologias que permitem a redução de custos pelo uso eficiente da água, fontes de aquecimento solar e iluminação natural, entre outras, que geram valorização patrimonial e receita extra. Além disso, a localização do edifício é privilegiada, pois está próximo de recursos, transportes e praças, e é favorecido pela vegetação nativa presente na fachada e em outras áreas do prédio.

edifício residencial mais verde do Brasil
Imagem reproduzida de IDEA Bagé
edifício residencial mais verde do Brasil
Imagem reproduzida de IDEA Bagé

Chama atenção que, apesar de todas as medidas tomadas no projeto de arquitetura e engenharia para torná-lo sustentável, este edifício residencial mais verde é considerado de alto padrão. É ainda melhor do que outros prédios similares, pois utiliza de forma inteligente recursos e energia, alcançando uma harmonia perfeita entre elementos construídos, localização, otimização dos recursos naturais, tecnologia de materiais e benefícios econômicos.

Este edifício demonstra que é possível ter um ambiente mais saudável e confortável, preservando o meio ambiente e assegurando um futuro melhor. É um exemplo de como é possível conciliar sofisticação e sustentabilidade, sem comprometer o desempenho ambiental e a qualidade de vida dos moradores.

Outras boas características do projeto de arquitetura e engenharia deste edifício mais verde do Brasil incluem:

  • sistema de painéis fotovoltaicos com capacidade de gerar toda a energia elétrica necessária para manter a área condominial e ainda abastecer em torno de 30% da energia dos apartamentos;
  • sistema de aquecimento de água central através da energia solar;
  • aplicação de Internet das Coisas (IoT);
  • sensores inteligentes que medem instantaneamente os consumos de água, energia e gás e controlam  sistemas do prédio, para o consumo consciente de água e energia;
  • fachada autolimpante e termicamente eficiente, com sacadas e brises móveis, para melhor aproveitamento da luz e melhoria do conforto térmico;
  • vidros que reduzem a entrada de calor e bloqueiam os raios ultravioleta;
  • coleta da água da chuva e da gerada pela condensação dos aparelhos de ar-condicionado para utilização em irrigação;
  • espera individual para carro elétrico em todos boxes-estacionamento;
  • bicicletário;
  • portaria autônoma virtual; e
  • iluminação 100% em LED.

Bônus | Sobre a Certificação GBC Brasil Condomínio

O GBC Brasil é uma organização sem fins lucrativos, vinculada ao movimento global World Green Building Council, presente em mais de 70 países ao redor do mundo. Sua missão é fomentar o desenvolvimento da indústria nacional da construção civil, com enfoque na sustentabilidade socioambiental, por meio da promoção de práticas construtivas que levem em consideração a eficiência energética, o uso racional de recursos naturais, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A Certificação GBC Brasil Condomínio é direcionada ao mercado imobiliário residencial brasileiro e busca fomentar a transformação do setor da construção por meio de estratégias desenvolvidas para atingir objetivos como a mitigação dos impactos da mudança climática, a melhoria da saúde e bem-estar dos moradores, a proteção e restauração de recursos hídricos e o desenvolvimento da economia verde. Trata-se de uma iniciativa que visa promover a adoção de práticas sustentáveis na construção e operação de edifícios, buscando o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a inclusão social.

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Fontes: Casa Cor.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A lenda era de que, já para a Copa do Mundo de 2014, o Brasil teria um trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. Lá naquela época, o projeto foi abandonado em meio a controvérsias e falta de interessados no investimento. Mas, agora em 2023, veio uma notícia esperançosa. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a empresa TAV Brasil a construir e operar um trem de alta velocidade entre as cidades pelos próximos 99 anos.

trem-bala
Imagem de jplenio1 em Freepik

Detalhes da negociação do trem-bala

Fase 1: Mudança na legislação

A TAV Brasil conseguiu fazer o pedido devido à mudança na legislação que ocorreu em 2021. Através da Medida Provisória 1.065/21, que posteriormente foi transformada em lei. Depois, fez-se um novo regime de autorização para o setor ferroviário brasileiro. Esse modelo permite que a iniciativa privada assuma todos os riscos relacionados à construção e operação do trem-bala, diferentemente do regime de concessão, que é controlado pelo poder público.

Fase 1: Publicação no Diário Oficial da União

A ANTT concedeu a outorga a pedido da TAV Brasil Empresa Brasileira de Trens de Alta Velocidade SPE LTDA, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) recém-criada em fevereiro de 2021 com um capital social de R$ 100 mil. No entanto, é importante ressaltar que a concessão da agência não implica na construção da ferrovia que conecta as duas principais cidades do país. Há ainda diversas etapas a serem cumpridas para o trem-bala sair do papel. Agora cabe aos responsáveis buscar investidores para tornar o projeto viável – o mesmo foi orçado em mais de R$ 50 bilhões.

Empresa é autorizada a construir e operar 'trem-bala' entre São Paulo e Rio de Janeiro
Imagem reproduzida de Melhores Destinos

Fase 3 | Perspectivas futuras

A esperança do governo federal é que cresça no país “a livre iniciativa no mercado ferroviário”, aumentando a atratividade para o setor privado realizar investimentos. “Abre-se um campo para a verticalização da cadeia de suprimentos e aumento da malha ferroviária brasileira”, defendeu no ano passado o Ministério da Infraestrutura.

Atualmente, a TAV Brasil tem planos de finalizar os estudos e projetos do trem de alta velocidade até 2024, realizar as desapropriações necessárias até 2025 e iniciar as operações por volta de junho de 2032. O objetivo é criar uma rede de transporte de passageiros em trem com cerca de 380 km, capaz de atingir uma velocidade de 350 km/h, conectando São Paulo e Rio de Janeiro em apenas 1h30. Além disso, a TAV está em negociação com as prefeituras de São José dos Campos e Volta Redonda para a criação de outras estações, e há planos para conectar ainda mais cidades no futuro, facilitando a vida dos viajantes.

Para obter mais informações sobre o projeto, recomendamos a leitura do documento completo, disponível no site da ANTT.

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Fontes: Melhores Destinos, Folha de São Paulo, InfoMoney.

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Engenharia 360

Redação 360

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Atualização: A empresa Viasat pretende lançar o satélite de Internet com a maior capacidade do mundo, nesta quarta-feira 26 de abril de 2023, por meio da SpaceX, empresa de Elon Musk. Este será o primeiro de três equipamentos que a Viasat planeja lançar para fornecer banda larga em todo o mundo, assim como a Starlink, a internet via satélite de Musk.

A ideia é oferecer conexões de internet com 1 terabit por segundo (Tbps), a maior capacidade do mundo. O ViaSat-3 é um conjunto de três satélites que farão conexões para praticamente qualquer local do planeta. O primeiro satélite, que cobrirá as Américas, começará a operar no Brasil no segundo semestre. O ViaSat-3 foi projetado para áreas rurais e fornecerá velocidades de download de 100 Mbps. O satélite será lançado pela deverá operar por 15 anos. E, por fim, terá feixes dinâmicos, permitindo que a Viasat mova a capacidade para onde é mais necessária.


Já não é de hoje que comentamos aqui, no Engenharia 360, sobre como a China está incomodada com a Internet fornecida pela Starlink, acusando a empresa de possível contribuição para a espionagem americana. Mas, antes de tudo, não vamos esquecer que dinheiro é poder. Então, se o país entende que pode perder com a frota de satélites já lançados pela Starlink na órbita da Terra, cresce o sentimento de competição. Assim, surgiu a iniciativa do planejamento de um serviço de Internet chinês para concorrer com o negócio de Elon Musk.

starlink e internet chinesa
Imagem de rawpixel.com em Freepik

Por que a Starlink representa um risco para a economia da China?

Desde 2029, a empresa SpaceX já colocou em órbita baixa mais de 40 mil equipamentos, formando uma gigantesca “constelação” da Starlink, que representa uma rede de Internet banda larga, disponível hoje para todo mundo. Então, é como se Elon Musk estivesse dominando o espaço. E é claro que, como uma grande potência, a China não ficaria contente com isso, decidindo por desenvolver a sua própria rede com satélites, a China SatNet, equipada com recursos para, inclusive, derrubar os equipamentos da rival.

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Quando será o lançamento da megaconstelação chinesa?

O lançamento desta nova rede de Internet chinesa – possivelmente chamada de Guo Wang, China SatNet ou Rede de Satélites da China – ainda não tem data. O que se sabe até agora é que ela será composta de mais de 12 mil satélites, que serão administrados pela China Satellite Network Group. E o recado dos chineses para Elon Musk é o seguinte: que o seu sistema será implantado antes da própria constelação da Starlink ser concluída. Será mesmo?

starlink e internet chinesa
Imagem reproduzida de Olhar Digital

Bem, um artigo da revista Command and Control Simulation alerta que uma rápida implantação da constelação chinesa poderia impedir a SpaceX de “sobrecarregar” a órbita da Terra. Uma preocupação dos especialistas é de que, no processo, esta quantidade de brilho de satélites possa prejudicar observações espaciais científicas. E tem quem acredite que a China possa usar o sistema para aumentar seu poder de espionagem, desativar a Starlink e “armar o espaço”. O fato é que esta disputa gera acusações de todo lado!

“Os satélites Starlink podem usar sua manobrabilidade orbital para atingir e destruir ativamente alvos próximos no espaço.”, “(o esforço chinês) garantiria que o país tenha um lugar em órbita e impediria que a constelação Starlink antecipasse excessivamente os recursos da órbita baixa.” – pesquisadores ao South China Morning Post, em reportagem de Olhar Digital.

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Fontes: Olhar Digital.

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Engenharia 360

Redação 360

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Os métodos atuais de holografia óptica gerada por computador, como para campos sonoros holográficos, não são práticos para iluminar volumes alvo grandes. As abordagens baseadas em ativação não linear de um fotoiniciador, como a iluminação sequencial de vários ângulos, são promissoras, mas ainda geram campos 3D de maneira serial. E uma abordagem alternativa é usar campos sonoros para a montagem, o que é autocompatível e não requer o uso de aditivos químicos.

No entanto, a montagem de partículas acústicas é limitada à montagem 2D perto dos limites ou pinças pontuais no ar e na água ambientes. O texto a seguir apresenta um método para realizar a primeira montagem 3D de matéria em uma etapa em formas arbitrárias, usando ultrassom combinando vários hologramas acústicos. Confira!

Cálculo de campos holográficos 3D compactos

Os comprimentos de onda usados no ultrassom são maiores que os da luz visível, certo? Mas as resoluções axial e radial são favoráveis, permitindo a resolução similar em todas as três direções espaciais.

Como sabemos, os campos acústicos de alta fidelidade são obtidos pela superposição de campos simultâneos de diferentes ângulos. O processo envolve a conversão do objeto de destino para o volume de computação, a escolha do número e orientação dos hologramas e transdutores e o cálculo dos mapas de fase. E a reconstrução da amplitude da pressão do ultrassom gera campos 3D na forma do alvo.

Pois bem, o cálculo de campos holográficos 3D compactos é um desafio na pesquisa em CGH. O objetivo dos cientistas é, agora, encontrar a fase e a distribuição de amplitude da onda incidente que formará a imagem alvo.

Um dos possíveis métodos que podem ser utilizados é o CGH. Para imagens 2D são avançados, mas a terceira dimensão apresenta problemas adicionais. A síntese de campos 3D envolve otimizar o campo acústico de saída sob as restrições experimentais. Algumas imagens de destino 3D podem não ser realizáveis fisicamente, mas podem ser alcançadas através de uma geometria diferente. A abertura finita de uma fonte real restringe ainda mais os vetores de onda a um cone de ângulo de abertura.

modelagem 3D via campos sonoros holográficos compactos
Síntese de campo no espaço de Fourier. | Imagem reproduzida de Revista Science

Montagem 3D dirigida de micropartículas

O estudo apresenta uma técnica de aprisionamento de partículas usando campos acústicos estruturados que consiste em focos sobrepostos de feixes múltiplos que resultam em interferência ao redor dos focos e permitem a pinça de partículas de contraste acústico positivo nos nós entre as franjas de interferência de alta amplitude. As regiões de captura abrangem vários nós de pressão próximos aos pontos focais, levando a uma aparência listrada das estruturas montadas. A técnica foi testada com partículas de sílica gel e foi capaz de aprisioná-las em locais específicos em 3D. O estudo também apresenta uma ilustração do potencial de captura de partículas em torno do ponto focal mútuo de vários feixes focados.

Os autores apresentam um novo método para criar formas tridimensionais compactas usando hologramas acústicos. O método usa múltiplos hologramas acústicos para superpor campos e gerar formas 3D arbitrárias, o que é mais rápido e não depende do tamanho do objeto em comparação com a bioimpressão serial. Eles demonstraram o método usando partículas de sílica gel, células biológicas e esferas de hidrogel em configurações que consistem em dois ou três transdutores, onde cada um é equipado com um holograma. Os campos acústicos compactos que foram criados experimentalmente permitiram a montagem rápida de matéria em formas 3D arbitrárias.

modelagem 3D via campos sonoros holográficos compactos
Potencial de captura de partículas em torno do ponto focal mútuo de vários feixes focados. | Imagem reproduzida de Revista Science

Possíveis aplicações nas engenharias

Uma das possíveis aplicações práticas deste estudo em engenharia é na área de bioengenharia, onde pode ser usado para montagem rápida de tecidos 3D a partir de células biológicas, que podem ser usados para testes de drogas e terapias personalizadas. O método de montagem tridimensional usando hologramas acústicos é mais rápido do que a bioimpressão serial e pode ser usado para montar formas arbitrárias em um único passo.

Outra possível aplicação em engenharia é na área de nanotecnologia, onde pode ser usado para a montagem de estruturas 3D de materiais nanoestruturados. Essas estruturas podem ser usadas em aplicações como eletrônica, sensores, fotônica e energia. O método de montagem tridimensional usando hologramas acústicos permite a montagem rápida de partículas em locais específicos em 3D, o que pode ser útil na fabricação de dispositivos nanoestruturados.

Além disso, a técnica de aprisionamento de partículas usando campos acústicos estruturados pode ser aplicada em engenharia química para a separação de partículas em suspensões. A técnica pode ser usada para separar partículas de diferentes tamanhos e densidades, o que pode ser útil em processos industriais que envolvem a separação de partículas em suspensões.

Em resumo, o estudo de montagem tridimensional usando hologramas acústicos apresenta várias aplicações práticas em engenharia, incluindo a montagem de tecidos biológicos 3D, a fabricação de dispositivos nanoestruturados e a separação de partículas em suspensões. O método de montagem é rápido, preciso e não depende do tamanho do objeto, tornando-o uma ferramenta útil em muitas áreas de engenharia.

Para mais informações, recomendamos que leia o estudo completo publicado na Revista Science.

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Nota: No dia 7 de outubro de 2023, o mundo acordou com a triste notícia de que Israel estava sendo atacada dentro de seu território pelo grupo terrorista Hamas. Este, certamente, é um momento significativo na evolução da guerra, no qual podemos inserir o debate da questão da cibersegurança.

Especialistas afirmam que este ataque é o primeiro caso documentado coordenado com auxílio digital, decisivo na evolução da guerra híbrida, que combina guerra cibernética e guerra física. Israel começou sua resposta bombardeando um prédio que supostamente servia de base para hackers agentes de inteligência do Hamas. Esse poderia ser só o começo de um novo modelo de guerra moderna, em que oponentes, considerados desarmados e não ameaçadores, ameaçam se valendo das novas tecnologias.

Então, como podemos esperar que os países tratem o ciberespaço como um domínio de guerra? Será que conflitos como este serão cada vez mais frequentes?


O uso de soluções como do ChatGPT marca uma fase inicial de interação com novas tecnologias. Muitos exploraram o chatbot, reconhecendo seu potencial, enquanto outros identificaram suas limitações, cientes de que o sistema está em constante aprimoramento. Entretanto, surgem preocupações sobre o impacto do ChatGPT na cibersegurança e na ética de sua utilização.

Por exemplo, há especulações sobre seu potencial uso por cibercriminosos, que podem empregar sua habilidade para criar textos de phishing direcionados a indivíduos e empresas, bem como para desenvolver códigos maliciosos e ransomwares.

Cibersegurança
Imagem de madartzgraphics em Pixabay

Veja Também: ChatGPT: como usar esta nova tecnologia?

Por que o ChatGPT ‘Free’ pode ser um risco para a sociedade?

O cenário de risco é evidente. Atualmente, qualquer pessoa pode acessar o ChatGPT gratuitamente. A OpenAI, a desenvolvedora do chatbot, planeja manter uma versão gratuita, mesmo que introduza uma versão paga mais avançada no futuro. Isso significa que criminosos podem obter acesso a um mecanismo pronto para uso, sem a necessidade de pagar quantias elevadas, tornando-o disponível a todos, inclusive em fóruns da darkweb.

“(…) a IA não precisa descansar: novos códigos maliciosos podem ser gerados, por uma plataforma que está aprendendo a todo momento.” – Paulo Trindade, Gerente de Inteligência de Ameaças Cibernéticas da ISH Tecnologia, em reportagem de Terra.

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Os pontos levantados pelos especialistas

Programadores especializados buscam tranquilizar o público, argumentando que o ChatGPT possui medidas de moderação para evitar respostas a perguntas de natureza maliciosa ou criminosa. A OpenAI, claro, não deseja se envolver em atividades ilegais ou prejudicar sua reputação devido a ações de terceiros. No entanto, é válido questionar se criminosos eventualmente podem contornar essas medidas, e a resposta é sim.

chatgpt
Imagem de B_A em Pixabay

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O problema reside no fato de que o ChatGPT lida com jogos de palavras. Dependendo da pergunta ou da abordagem utilizada, incluindo termos lúdicos, a plataforma pode fornecer informações desejadas. Em teoria, qualquer tecnologia pode ser usada para fins fraudulentos, e chatbots como esse podem contribuir para o aumento dos ataques cibernéticos.

No entanto, é possível adotar uma perspectiva otimista, acreditando que os aprimoramentos na segurança cibernética sejam eficazes. Além disso, é importante que as pessoas busquem soluções cada vez mais robustas para proteger seus dados pessoais e as empresas. Não podemos conter o avanço tecnológico, mas, com um controle adequado, a Inteligência Artificial pode ser uma ferramenta benéfica para a cibersegurança.

Com relação à notícia apresentada no início deste texto, sobre o ataque em Israel e a evolução da guerra híbrida, esta é uma preocupação crescente que levanta questões sobre como os países abordarão o ciberespaço como um domínio de guerra e se esses conflitos se tornarão mais frequentes.

Qual é a sua opinião sobre essa questão? Concorda que tecnologias como o ChatGPT podem representar um risco para a segurança? E como enxerga o futuro da Inteligência Artificial, especialmente no contexto das questões de segurança? Compartilhe seus comentários abaixo!

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Fontes: Terra.

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