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China pensa em destruir satélites da Starlink, e ela pode estar certa

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por Redação 360
| 03/06/2022 | Atualizado em 23/01/2023 3 min
Imagem reproduzida de VOZ DO PARÁ

China pensa em destruir satélites da Starlink, e ela pode estar certa

por Redação 360 | 03/06/2022 | Atualizado em 23/01/2023
Imagem reproduzida de VOZ DO PARÁ
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O mundo vive hoje uma nova corrida espacial, que tem a ver com uma proposta de conquista do céu por meio do turismo e também a cobertura global com satélites em órbita para levar internet banda larga aos cantos mais remotos do planeta. Hoje, existem 2,3 mil equipamentos da Starlink vagando a nível baixo. E os planos da empresa é elevar esse número para 42 mil em breve. Só que a China é um dos países que não acredita que os planos de Elon Musk parem por aí, chegando a cogitar que "deixar essa passar" possa ameaçar a segurança nacional. Inclusive, os chineses chegaram a manifestar o desejo de destruir alguns desses satélites. Acredita nisso?

satélites da Starlink
Imagem reproduzida de SAPO 24

Tal notícia foi publicada na Revista China's Modern Defense Technology. O texto ressalta como os satélites do tipo constelação da Starlink têm grande potencial militar e que poderiam ser usados para rastrear mísseis hipersônicos, além de aumentar dados de drones dos Estados Unidos e jatos caças. Sem contar que eles meio que atrapalham os planos, melhor dizendo, as rotas que os satélites chineses deveriam percorrer. Assim sendo, um pesquisador do Instituto de Rastreamento e Telecomunicações de Pequim, parte da Força de Apoio Estratégico, sugeriu que fossem adotados métodos radicais para causar a "morte dura" e "morte suave" dos satélites.

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Mas como bloquear satélites?

Bem, se a China diz que pode fazer isso é porque deve ser mesmo verdade. De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o país asiático sabe de vários métodos para destruir satélites. Por exemplo, usando bloqueadores de micro-ondas, interrompendo, de imediato, as comunicações e queimando componentes elétricos. Outra opção é usar equipamentos a laser de resolução milimétrica que podem cegar os sensores, armas cibernéticas para invadir redes de transmissão e mísseis antissatélites de longo alcance. Impressionante, não é mesmo?

satélites da Starlink
Imagem reproduzida de Olhar Digital

Agora, mesmo assim, o próprio artigo da revista chinesa lembrava que essas são ações eficazes para satélites avulsos, talvez não funcionando para satélites Starlink. Isso porque, nesse caso, o sistema utilizado é descentralizado e o que a China quer é mesmo destruir toda a constelação. Então, ela poderia apelar para hackers ou algo assim. E pode ser que veremos isso em breve, porque, falando a verdade, não é a defesa militar que preocupa os asiáticos, mas estar atrás do fornecimento global, o que pretendia fazer a Xing Wang, ou Starnet.

satélites da Starlink
Imagem reproduzida de hardware.com.br

E é só esses satélites em órbita que preocupam as nações?

Não, de forma alguma! Alguns países ao redor do mundo questionam também os foguetes usados pelas empresas SpaceX de Elon Musk, Blue Origin de Jeff Bezos, e Virgin Galactic de Richard Branson. Dizem que eles geram muita poluição - por meio da liberação de óxidos de nitrogênio, algo como 2 km³ de ar atmosférico -, extremamente prejudicial para o clima na Terra, assim como para a saúde humana, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Então, quanto mais foguetes são lançados, o efeito acumulativo pode ser catastrófico para nós!

Representantes da Blue Origin destacaram que no foguete New Shepard, por exemplo, o combustível utilizado é oxigênio e hidrogênio líquidos altamente eficientes e limpos, e que o único subproduto disso é o vapor de água sem emissões de carbono. Bom, será mesmo? Talvez valesse uma investigação mais apurada disso! Pense bem, só a SpaceX planeja bater o recorde em 2022 de 60 foguetes lançados. E a Virgin Galatic que aumentar seus voos turísticos a partir de 2023 pelo menos três vezes por mês.

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satélites da Starlink
Imagem reproduzida de Mundo Conectado

Fontes: Época Negócios, Olhar Digital.

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Eduardo Mikail

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