Ilhas Canárias podem ter sua demanda por energia supridas por Energia Eólica OffShore
por Beatriz Zanut Barros | | ATUALIZADO EM 2min
Energia Eólica offshore promovem uma quantidade maior de energia em relação às instalações onshore.
A principal diferença entre os dois tipos de geração de energia se da pelo seguinte fato: as instalações onshore são os parques eólicos em uma região na terra. E as instalações offshore são parques eólicos no meio do oceano.
Pequenas ilhas, como as Ilhas Canárias, não possuem espaço suficiente para uma usina de geração de energia onshore. Por isto, uma alternativa para gerar energia para estas ilhas, sem ocupar espaço e sem interferir com o turismo local é investir em instalações offshore.
Funcionamento de Energia Eólica offshore (Fonte: Iberdrola)
Um estudo elaborado pela Universidade de Las Palmas (ULPGC), e publicado pela Energy Magazine, chegou a seguinte conclusão: Se 12% do oceano ocupado pelas Ilhas Canárias for ocupado por Parques Eólicos offshore; A superfície das ilhas canárias podem gerar até 22 horas de energia consumida pelo território.
As ilhas canárias pretendem fazer com que pelo menos 45% de sua energia gerada seja renovável até 2025. Afinal, 92% de sua energia vem das Usinas Térmicas; que emitem grande quantidade de CO2, e possuem um custo extremamente alto.
Para vocês terem uma noção de custo, hoje a produção de energia nas Ilhas Canárias custam em média 20€ por kilowatt/hour. Já na península Ibérica o custo da energia gira em torno de 5,7€ por kilowatt/hour.
Usina eólica offshore (Fonte: Iberdrola)
Hoje, o estudo para construir usinas offshore afirmam que existe a possibilidade de realizar a instalação em uma área que não é protegida, com a profundidade de cada equipamento em até 50 metros de profundidade.
Também, é importante reafirmar que o valor da produção de energia conseguirá ser 30% mais barato do que os preços praticados atualmente.
Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.
Entenda a gravidade e o tamanho do impacto dos incêndios na Amazônia
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3minImagem de foto grátis em Freepik
Nos últimos anos, vimos grande parte do Brasil pegar fogo de uma forma assustadora. As notícias que viraram relatos e polêmicas – inclusive aqui, no Engenharia 360 -, geraram revolta e preocupação no mundo todo. Mas qual o real impacto dos incêndios na Amazônia?
Bem, um dos grandes problemas relacionados ao assunto é que os incêndios podem estar subestimados, então é difícil avaliar o impacto real. Os incêndios podem ser detectados por meio de satélites, mas é difícil definir o que é área agrícola do que é floresta em chamas, e é daí que surgem interpretações controversas. Mas quando os céus viram noite, temos a certeza de que a Amazônia, o cerrado e outros biomas estão em chamas.
Imagem reproduzida de portalamazonia.com
Crescimento dos focos de incêndio na Amazônia
Os incêndios na Amazônia sempre aconteceram, mas 2019 chamou a atenção pelo grande número de focos em relação aos anos anteriores. Entre janeiro e agosto deste ano houve um aumento de 83% em relação ao ano anterior. E nos anos seguintes isso só piorou!
Vários fatores combinados contribuem para o aumento de incêndios, como a seca, o desmatamento e a prática de queimadas. Porém, nem sempre a seca é severa suficiente a ponto de justificar a elevação dos números, o que joga a culpa no desmatamento e nas queimadas – quase sempre criminosas.
Consequências globais dos incêndios na Amazônia
As consequências não se restringem só à região ou ao Brasil, a perda de floresta é sentida em escala global. A floresta amazônica detém cerca de 10% a 20% do carbono de todos os ecossistemas da Terra. Se essa quantidade for parar na atmosfera, pode acelerar de forma perigosa o aquecimento global.
Imagem: noticias.uol.com.br
No cerrado, por exemplo, os incêndios contribuem para a manutenção do ecossistema, que está adaptado para isso (como as árvores que possuem cascas grossas e as sementes que germinam ao ter a dormência quebrada pelo fogo). Porém, a Amazônia não é adaptada para o fogo, de forma que o desequilíbrio e as consequências são enormes.
Diferenças entre Amazônia e outros biomas
Apesar de não ser o pulmão do mundo (esse é representado pelas algas marinhas), a Amazônia é riquíssima em biodiversidade e contém espécies que nem foram descobertas ainda (de fauna e flora). Para os animais, o impacto acontece não só de forma imediata, mas a longo prazo também, desequilibrando todo o sistema. É uma perda gigante não só para as comunidades que usufruem dos seus recursos naturais de forma sustentável para sobrevivência, mas também para o mundo todo.
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Impacto na saúde humana
Além das perdas ecológicas, os incêndios têm impactos diretos na saúde humana. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontaram que as queimadas aumentaram as internações de crianças em hospitais na região amazônica, dobrando em relação à média dos últimos anos, gerando um custo adicional significativo para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Os incêndios na Amazônia têm efeitos devastadores que ultrapassam fronteiras, afetando o clima global e a biodiversidade. Este é um claro sinal de que a preservação da Amazônia é essencial não apenas para o Brasil, mas para todo o planeta. Cuidar da floresta é um passo crítico na luta contra as mudanças climáticas e na preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.
Concluindo, os impactos dos incêndios na Amazônia vão além do que vemos nas manchetes. Eles representam uma ameaça contínua à saúde humana, à biodiversidade e ao equilíbrio climático global. Proteger a Amazônia é mais do que uma questão ambiental; é uma necessidade urgente para a sobrevivência do planeta.
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Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Conheça a ferramenta EarEcho, capaz de desbloquear celulares com fones de ouvido
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2minImagem reproduzida de tugatech.com.pt/
Desbloquear smartphones com impressão digital ou leitor de retina já é uma prática comum entre os usuários. No entanto, uma nova tecnologia biométrica está prestes a mudar essa realidade. Pesquisadores estão desenvolvendo o EarEcho, uma ferramenta que utiliza fones de ouvido para desbloquear dispositivos móveis de forma rápida e segura. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Como funciona o EarEcho?
A ideia por trás do EarEcho é simples: cada pessoa possui uma geometria auditiva única. Embora todos os ouvidos tenham a mesma estrutura básica, o que realmente varia é a forma como o som é refletido e absorvido no canal auditivo. Essa singularidade é o que torna o EarEcho tão eficaz.
O EarEcho consiste em fones de ouvido equipados com microfones. Utilizando técnicas de processamento acústico para minimizar a interferência do ruído, os pesquisadores conseguiram identificar uma assinatura sonora exclusiva de cada usuário. Essa assinatura é capturada e gravada pelo microfone integrado.
Os estudos mostraram que, independentemente do tipo de som — seja fala, música ou outros conteúdos —, a acústica dos ouvidos varia significativamente entre os indivíduos. O áudio gravado pelo microfone é enviado via Bluetooth para o smartphone, onde passa por uma análise detalhada.
Imagem reproduzida de techxplore.com
Resultados surpreendentes em testes
Para fazer o teste, 20 pessoas se submeteram ao processo ouvindo amostras de áudio (incluindo fala, música e outros conteúdos) em diferentes ambientes e em diferentes posições. O resultado foi surpreendente: o EarEcho foi 95% eficaz quando foi dado 1 segundo para identificar os sujeitos. Aumentando a janela de tempo para 3 segundos, a eficácia subiu para 97,5%.
A proposta do EarEcho é fazer com que os usuários possam manter o uso contínuo do aparelho celular sem precisar dar um comando ou executar uma ação. É um sistema que também pode ser usado quando é preciso verificar a identidade de alguém sem a necessidade de senha.
Imagem reproduzida de fossbytes.com
Considerações finais
Como acontece com todos os sistemas biométricos, a adoção do EarEcho pode gerar preocupações quanto à segurança. No início da popularização das impressões digitais, muitos se questionavam: “E se alguém me forçar a desbloquear meu telefone enquanto durmo?” Essas preocupações são válidas e não são diferentes no caso do EarEcho.
À medida que a tecnologia avança, nossa segurança digital tende a melhorar. Contudo, também existem riscos que precisam ser considerados. É essencial que, como usuários, utilizemos essas inovações com cautela e responsabilidade.
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Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Inteligência Artificial ajuda a encontrar a menor pegada de carbono de hidrelétricas da Amazônia
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2minImagem: nationalgeographic.com
No Brasil, a matriz energética é composta de uma grande parcela de energias renováveis, como a proveniente de hidrelétricas. Porém, embora não pareça, essa fonte possui muitos impactos ambientais negativos, incluindo uma pegada de carbono elevada. A boa notícia é que, para tentar minimizar isso, alguns pesquisadores estão usando Inteligência Artificial.
A pegada de carbono consiste em uma medida da quantidade de emissão de carbono equivalente a uma atividade/pessoa. No caso das hidrelétricas, a pegada de carbono pode variar desde baixas emissões (como a emitida pelas fontes solar e eólica) a valores mais elevados. Isso depende de como as barragens são construídas.
Imagem: renovamidia.com.br
Atualmente, na Amazônia, há várias propostas de barragens hidrelétricas e, conseguir prever qual o melhor local para a construção (ou seja, u local com menos impactos socioambientais) é algo crucial. O que a equipe de pesquisadores composta por ecologistas, cientistas da computação e outros profissionais descobriu foi que é preciso considerar toda a bacia amazônica e não só a região diretamente impactada. Com relação às emissões de carbono, as barragens em altitudes mais elevadas são as que menos emitem.
Para fazer essas descobertas, eles usaram um modelo computacional que usa Inteligência Artificial para encontrar os melhores locais para as hidrelétricas considerando as emissões de gases de efeito estufa. Se você está curioso para saber como a hidrelétrica contribui para o aquecimento global, é simples: quando as áreas são inundadas para a construção, a matéria vegetal em decomposição produz metano, considerado um dos gases do efeito estufa.
Nesse sentido, as barragens em altitudes maiores envolvem menos área inundada, o que resulta em menores emissões. Mas, é claro que não podemos considerar somente o efeito estufa na hora de pensar em uma hidrelétrica. Precisamos lembrar do grande número de outros impactos socioambientais envolvidos, como as populações próximas, a área inundada, a biodiversidade local, etc.
Imagem: florestapraque.wordpress.com
Atualmente, há 150 hidrelétricas na região amazônica, considerando Brasil, Equador, Peru e Bolívia, e 350 propostas de novas usinas. O estudo (proveniente da Universidade de Cornell e publicado na revista Nature) é apenas parte de um conjunto de outras pesquisas que visa usar ferramentas computacionais para auxiliar na tomada de decisões por parte das organizações e governos sul-americanos com relação aos benefícios e às desvantagens de cada proposta.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
A ciência por trás da ponte de Da Vinci: Um estudo de caso da genialidade renascentista
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de cnet.com
Leonardo da Vinci, um dos maiores gênios da história, foi engenheiro, arquiteto, cientista, matemático, inventor, escultor, anatomista, botânico, poeta, músico e pintor. Conhecido por ser um “faz tudo” com sofisticação, ele também recebia solicitações de projetos de várias partes do mundo. Em 1502, o Sultão Bayezid II encomendou a da Vinci o projeto de uma ponte para ligar Istambul a Galata, mas o projeto nunca saiu do papel. No entanto, em 2019, engenheiros do MIT decidiram testar a viabilidade da ponte. Saiba mais neste artigo do Engenharia 360!
A análise do projeto de ponte de Leonardo da Vinci
Para reproduzir o projeto, os cientistas do MIT estudaram cuidadosamente o esboço que Leonardo enviou ao sultão e os documentos da época. A ponte deveria atravessar o estuário Chifre de Ouro, um local com desafios geológicos significativos. Contudo, Leonardo não especificou o material da ponte em sua carta. A equipe do MIT deduziu que a ponte seria de pedra, já que materiais como madeira ou tijolo não suportariam o peso ao longo do tempo.
A construção da ponte em escala
Inspirados no design original de da Vinci, os engenheiros construíram um modelo da ponte em escala de 1:500. Eles utilizaram 126 blocos impressos em 3D, cada um demorando seis horas para ser concluído. O modelo foi baseado na geometria e design inovador da ponte, que tinha um arco achatado e alto o suficiente para permitir a passagem de veleiros, e pilares laterais para dar estabilidade.
A ponte de Leonardo da Vinci se assemelhava às clássicas pontes romanas, que usavam a gravidade e a geometria para manter as pedras unidas sem argamassa. A estrutura projetada teria impressionantes 280 metros, muito maior do que as pontes de alvenaria da época. O teste provou que o projeto de da Vinci era viável, sustentado pela “força da geometria”, como afirmaram os engenheiros do MIT. A base mais larga da ponte em ambos os lados provavelmente aumentaria sua estabilidade em uma região sujeita a terremotos.
Imagem reproduzida de edition.cnn.com
Um gênio muito à frente de seu tempo
Apesar do sucesso do experimento, algumas dúvidas permanecem: será que Leonardo da Vinci planejou cuidadosamente o projeto ou fez apenas um esboço rápido? Os cientistas acreditam que, pela complexidade e viabilidade da ponte, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Embora hoje existam materiais mais leves e técnicas mais avançadas, a reprodução do projeto confirma o brilhantismo de da Vinci e sua capacidade de criar soluções inovadoras mesmo com a tecnologia limitada da época.
Imagem reproduzida de pressfrom.info/
O legado do projeto de ponte
Embora a ponte de Leonardo da Vinci não tenha sido construída, seu projeto permanece um testemunho do seu gênio criativo e da sua capacidade de inovar em várias áreas do conhecimento. A recriação desse projeto pelos engenheiros do MIT nos faz refletir sobre o que poderia ter sido feito com os recursos disponíveis na época e reforça o legado de da Vinci como um dos maiores pensadores e criadores de todos os tempos.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
3 diferenças entre um mestrado na Espanha e um mestrado no Brasil
por Beatriz Zanut Barros | | ATUALIZADO EM 3min
Já voltei as aulas por aqui, e o que mais me chamou a atenção foi sobre as diferenças entre um curso de mestrado no Brasil e um na Espanha. Veja quais são 3 delas:
Diversidade Cultural
Por estar em outro país, eu já sabia sobre a existência da diversidade cultural. Porém, não poderia imaginar que o curso de mestrado me permitiria conhecer mais sobre tantas culturas.
O meu curso é totalmente ensinado em inglês, e isto facilita pessoas de todo o mundo a se interessarem pelo mestrado focando no ensino.
Assim como o meu caso, que vim para a Espanha por não existir um mestrado em Energia Renovável no Brasil. Na minha sala tem pessoas de países como Índia, Venezuela, Alemanha e Turquia.
Agora sabe qual foi a minha maior surpresa? Ter na minha sala pessoas de países como China, Japão, EUA e Canadá. Eu tinha um pensamento nada aberto sobre países desenvolvidos; em que as pessoas não precisariam procurar por ensino em outro país.
Eu fiquei extremamente feliz por esta mistura, afinal vou ter a possibilidade de conhecer sobre novas culturas através de diferentes pessoas.
Preparação profissional
Eu tenho a impressão de que um curso de mestrado no Brasil é extremamente voltado para a carreira acadêmica. Isto acaba afastando as pessoas em continuar se especializando na sua própria área.
Na Espanha e em alguns países da União Europeia como a Alemanha não existe o período de dois anos para estágio, como temos no Brasil. Por isto, os cursos de mestrado são voltados para especializar o aluno e fazer uma introdução dele ao mercado de trabalho.
Para isto, teremos o primeiro semestre de ensino integral. Porque segundo a coordenadora do curso somos somente engenheiros, sem especialização em nada. E durante o primeiro semestre terão sessões com um orientador de carreira para nos ajudar neste momento tão decisivo.
Logo após este período de especialização intensiva, será liberado para o aluno fazer estágio e se envolver com projetos extracurriculares.
Teste drive das matérias
Esta foi a parte que eu achei a melhor de todas. No mestrado temos diversas matérias opcionais. E durante a primeira semana de aula podemos assistir aulas em todas que nos interessam.
Somente depois de assistir as aulas, ver qual curso vai se encaixar as nossas expectativas profissionais que fazemos matrícula e definimos a grade daquele semestre.
Confesso estar gostando tanto, e sobre tudo no meu curso! Que eu estou indecisa desde já com relação a quais matérias estudar!
Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.
Micro energia eólica: uma nova tecnologia para aliar a Energia solar residencial
por Beatriz Zanut Barros | | ATUALIZADO EM 2min
Já pensou em energia eólica para alimentação de energia residencial? Pois é esta a função da micro energia eólica! Aumentar a capacidade da geração de energia solar residencial.
Atualmente, um prédio com placas de geração de energia solar tem capacidade para alimentar apenas três andares do edifício. Esta tecnologia nova, une placas de geração de energia solar, com mini geradores de energia eólica. Com isto, a capacidade de geração de energia pode chegar a no mínimo cinco andares do edifício.
A empresa que projetou esta tecnologia fica em Amsterdam, e se chama IbisPower. Já o nome da tecnologia que integra energia solar com eólica se chama PowerNEST.
Hoje, já existem mais de 75 edifícios públicos na Europa com esta tecnologia. E mais de 2 mil instalações residenciais! Sendo que, nas instalações residenciais, a capacidade de energia gerada já alcança mais de 480 GWh por ano! Já para escritórios, e edifícios comerciais já existem mais de 50 mil produtos como este instalados. É ótimo ter uma visão sobre os números, porque temos uma noção melhor de que a tecnologia não está em fase de teste. E o melhor: Já está pronta para ser instalada!
Sabe como ela funciona esse sistema de mini energia eólica?
Se nós colocarmos as placas de energia solar diretamente nos prédios e casas, apenas 70% da área do local será reaproveitada. Já integrando as placas fotovoltaicas com energia eólica, será necessário fazer uma estrutura de 4 metros acima do telhado. Como na foto abaixo:
Com isto, toda a estrutura do telhado da residência poderá ser aproveitada, além de contar com outra opção de geração para a área.
Abaixo das instalações de energia solar, será instalado as turbinas eólicas. E além disto, serão instalados funis que aumentarão a capacidade do telhado para produção de energia solar; E irá acelerar o fluxo entre as turbinas.
Através dos funis instalados, será retirado também o principal problema da geração de energia eólica: a turbulência causada pelas hélices!
Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.
Oscibot: robô de hidrogel que é movido à luz e capaz de nadar
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 3min
Uma equipe de pesquisadores em engenharia de materiais desenvolveu um robô macio movido pela luz e também atraído por ela. Tecnicamente, o robô é capaz de utilizar fontes diretas de luz para nadar, sem exigir uso de baterias. A aplicação? O time do projeto aspira usos que variam desde propulsão até a utilização de energia das correntes marítimas e também tratamentos médicos.
Nadando para a luz:
O nome dado ao robozinho é Oscibot, assim chamado em função da forma como ele se move, oscilando uma espécie de cauda, tanto movida quanto direcionada por uma fonte direta de luz. Esse tipo de movimento foi inspirado por um fenômeno da natureza chamado de fototaxia, isto é, o movimento corporal de um organismo em resposta à luz, que pode ser em direção à fonte de luz (fototaxia positiva, por exemplo como ocorre com as plantas) ou para longe dela (fototaxia negativa). É interessante apontar que o movimento por oscilação é direcionado por uma fonte de luz constante, em vez de energia luminosa que tenha sido convertida e armazenada em uma bateria.
O Oscibot foi desenvolvido por uma equipe de engenheiras e engenheiros da universidade americana UCLA. O time incluiu profissionais da engenharia mecânica e de materiais, no sentido de embutir a utilização de hidrogel no robô.
Oscilações nas ideias e no robô:
A ideia do robô derivou de um experimento que consistiu de um cilindro longo de hidrogel flexível, com aproximadamente 2 cm, ancorado a um tanque de água. Verificou-se que, quando um feixe de luz era direcionado ao cilindro, ele se movia cerca de 66 vezes por minuto. Além disso, os pesquisadores perceberam que, movendo a fonte de luz, o cilindro se curvava para a esquerda, direita, para cima ou para baixo, em resposta. Ao alterar o comprimento e a espessura do cilindro, eles também conseguiram afetar a velocidade com que o cilindro se movia. Com base nisso, a equipe usou o mesmo hidrogel para construir um robô retangular em forma de prancha de surf com uma cauda subaquática estendida.
Imagem: Science Robotics
Quando a luz de um laser atinge um ponto na cauda, esse ponto esquenta. O ligeiro aumento de temperatura faz com que a parte do robô ejete parte da água e encolha em volume, movendo a cauda em direção à fonte de luz. Depois que se move, a cauda cria uma sombra que resfria a seção onde o laser originalmente contactou o robô, o que faz com que a cauda desça novamente. Enquanto a luz atingir o alvo, esse processo pode ser repetido ad infinitum. Através de mais experiências, a equipe descobriu que poderia fazer a cauda bater cerca de 35 vezes por minuto. Segundo eles, isso foi suficiente para mover o robô cerca de 1,15 vezes o comprimento do corpo por minuto.
Oscibot não vai pela sombra:
Normalmente, a geração de oscilação depende de entrada de
energia intermitente, como luz pulsada ou corrente elétrica alternada. Nesse
cenário, o estudo que deu origem ao Oscibot mostrou uma nova maneira de gerar
oscilação, usando uma entrada de energia constante que é facilmente acessível a
partir do ambiente e barata de aproveitar. Esta é realmente uma demonstração
fundamental de que a luz direta e constante pode alimentar e determinar o
movimento e pode ser um passo em direção a uma variedade de projetos robóticos
que são desassociados e alimentados exclusivamente pela luz disponível ao seu
redor, em vez de depender de baterias pesadas ou cabos de energia. E a gente já
quer ver isso aplicado por aí.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Casas de repouso podem implementar atividades de realidade virtual com idosos
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2min
A gente costuma, de imediato, associar realidade virtual (VR) a jogos mais realistas. Mas há possibilidades de aplicações médicas e sociais. Exemplo disso é o uso de VR em casas de repouso de idosos, onde é comum o desenvolvimento de quadros depressivos vinculados à sensação de isolamento e experiências pouco instigantes. Com o intuito de superar isso, surgiu a ideia de empregar atividades com VR em casas de repouso e, com o perdão do trocadilho, o efeito pode ser surreal.
Imagem: rendever.com
Trazer mais vida, inspirar e reconectar com a realidade
O uso de ferramentas associadas à realidade virtual permitem
que a gente visite uma série de lugares impensáveis e também tenha toda uma experiência
durante esse acesso. No caso de idosos, afastados de suas antigas casas,
família e locais que outrora visitavam, a experiência com VR permite que essas
pessoas possam reviver momentos que aquecem o coração: visitar locais da
infância e juventude, dentre outros.
Além disso, a questão do isolamento por condições de saúde é
capaz de gerar quadros depressivos e uma grande sensação de aprisionamento.
Atividades com VR em casas de repouso de idosos são uma oportunidade para dar o
check na bucket list de muitas pessoas, deixando as paredes da comunidade e
tendo um engajamento com o resto do mundo de uma forma inovadora.
Outra coisa importante a ser pontuada é o poder da
experiência compartilhada. O
envelhecimento geralmente leva à diminuição do envolvimento social. Por meio
dessas atividades envolvendo novas tecnologias, diferentes da realidade
cotidiana da casa de repouso, os residentes podem interagir e criar momentos
memoráveis em conjunto, que serão novas lembranças e uma chance de conexão.
Imagem: goonewsnetwork.org
Mas é real?
Os efeitos de implementar ferramentas como VR em casas de repouso podem parecer exagerados, mas é factual. Em um artigo científico publicado no ano passado, um estudo de campo realizado com idosos em comunidades assistidas para entender como o uso de um sistema de VR pode contribuir para seu bem-estar emocional e social.
Durante o estudo, foi realizada uma intervenção de duas
semanas com um grupo experimental que usava um VR para visualizar conteúdos
relacionados a viagens e relaxamento, e um grupo de controle que usava uma TV
para visualizar o mesmo conteúdo.
O feedback coletado antes e após a intervenção mostrou que a
aplicação de VR proporcionou mais benefícios em comparação com a condição de
controle. Os participantes que usaram o sistema de VR relataram ser menos
socialmente isolados, menos propensos a mostrar sinais de depressão,
experimentando afetos positivos com mais frequência e se sentindo melhor com
seu bem-estar geral.
Embora o estudo tenha limitações à sua generalização, os resultados mostram o potencial do uso de aplicativos de VR para melhorar a qualidade de vida dos idosos. A gente aprova a iniciativa.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
No decorrer de um ano, o VW Polo provou que consegue se manter entre os campeões de vendas. Até janeiro de 2019 os números chegavam a 70 mil de unidades adquiridas pelos brasileiros, que resolveram dar um voto de confiança ao novo hatch da Volkswagen.
Com o design baseado na versão Highline topo de linha do modelo, não apresenta muitas diferenças visualmente falando. A mudança se dá no sistema de áudio Beats oferecido como opcional e pode agradar os amantes de um som potente.
E como nós não podemos deixar
uma novidade dessas passar despercebida, resolvemos testar a máquina. Afinal,
não é todo dia que vemos um compacto com som premium de série.
Então vamos lá aos
detalhes principais.
O que muda na estrutura
A nova geração apresenta a
plataforma modular MQB, que é relativamente mais leve e rígida e deixou o
veículo ainda maior. Ele agora tem 4,057 de comprimento, 1,751 mm de largura e
1,468 mm de altura e ainda 2,565 mm de entre eixos.
Apesar de ter crescido em
tamanho, é bem mais leve que a versão anterior do Polo. São espantosos 44 kg a
menos do o modelo antigo e, além disso, em contrapartida, 50% mais no que se
refere à rigidez.
O fato de ter 18,5% de aço
de conformação a quente também é uma vantagem e tanto. Afinal, tal
característica ajuda a reduzir muito o peso da composição total do carro, e
traz benefícios sobretudo quando usada em peças de segurança.
Design é praticamente o mesmo
À primeira vista, você não notará as poucas diferenças entre o novo Polo e o europeu. As principais mudanças aconteceram nos faróis, que agora são de dupla parábola com repetidores de direção integrados.
O que chama atenção também
são os faróis de neblina que contam com LEDs diurnos.
Em relação às rodas de
liga leve, o inovador surge na versão Highline, que pode ser tanto aro 16
polegadas quanto 17 polegadas se o objetivo é garantir um visual sport. Em
contrapartida, o novo Polo não possui teto solar elétrico.
Beats Audio como opcional, vale a pena?
Entre os opcionais, o novo Polo oferece o sistema Beats Audio. Essa é uma solução que acompanha a moda já lançada nos carros de luxo, mas que surge agora com força total nos hatchs populares.
Enquanto outras montadoras
usam sistemas de som como JBL e B&O Play, a Volkwagen escolheu o Beats
Audio para compor seu modelo queridinho do momento. Lembrando que ele já esteve
presente em modelos da concorrente Fiat.
Para adquirir o complemento você precisa desembolsar R$ 2.970 a mais na versão final do Confortline, que tem preço inicial de R$ 73.450. Já na versão Highline é um adicional de R$ 2.360 ao valor de partida.
A pergunta que fica,
porém, é: será que vale a pena esse investimento?
Bom, quem busca no Polo
Beats 200 TSI uma potência de som inabalável pode se decepcionar. Pois apesar
de apresentar uma boa qualidade sonora, o pacote opcional não se diferencia
muito da versão de saída.
Ao ouvir músicas de
variados estilos e em diversas alturas dá para perceber a clareza na dissipação
dos graves e agudos. Isso é ótimo. Contudo, pelo valor pedido pelo sistema de
som adicional deveria oferecer uma eficiência muito maior.
Um fator que pode
justificar esse resultado mediano é o subwoofer pequeno e que fica escondido no
encosto do banco de trás. Ele fica praticamente no revestimento do porta-malas.
Em detalhes, o pacote possui som com 300W, amplificador de oito canais, quatro alto-falantes, dois tweeters, e ainda o subwoofer escondido que citamos anteriormente.
Além do sistema de som, o
pacote Beats também conta com outros elementos. Com esse adicional, o carro
ganha emblemas nas laterais, bem como na soleira. Há ainda capas vermelhas para
os retrovisores e painel.
Hatch completo com o kit “High Tech”
Se o objetivo é ter um
hatch com o visual esportivo e que seja completo, em termos de tecnologia, pelo
menos, você pode acrescentar ao pacote Beats o kit “High Tech”.
Esse opcional pode valer a pena caso você busque mais objetividade e não ligue para desembolsar mais R$ 4.230. Por esse valor o Polo é equipado com painel digital, tela central com o famoso Discovery Media e sistema de navegação. Itens úteis para o dia a dia.
O kit também oferece
sensor de estacionamento e câmera de ré, antena, retrovisor anti-ofuscante,
faróis automáticos que possuem ainda LED diurno, detector de fadiga, bem como
sensores de chuva e de luz.
Interior sóbrio, funcional e sem muitas mudanças
O Polo 2019 não mostra um
interior diferenciado como esperávamos. Porém, o conforto é um ponto que chama
atenção.
Já nas portas você
consegue ver um mix de tecidos e texturas. A presença de plástico duro em toda
a sua dimensão não parece incomodar. Nessa região há suporte para celular.
Com teto claro,
conseguimos notar uma boa ampliação de espaço. Quem se sentar no banco de trás
consegue se acomodar com muito conforto. Em contrapartida, não há alças para
mãos.
Visualmente, ele é até bem
parecido com o modelo europeu, com exceção da sobriedade de seu painel, que não
tem tons vibrantes.
Vale saber que em cada
versão há uma opção de cores do setor central para escolher. Quanto ao material
da instrumentação e da multimídia, é em um preto brilhante, dando um toque mais
chamativo.
Uma curiosidade é que o
volante é tal qual o do Golf. E enquanto o TSI tem paddle shifs, o Highline tem
o cluster Active Info Display, com tela de 10,25 polegadas.
Nas versões TSI, o
ar-condicionado pode ser automático na parte frontal, assim como o difusor de
ar traseiro, que é algo que só visto no modelo brasileiro.
Além de tudo isso, há 300
litros livres de espaço no porta-malas. E quando o banco for rebatido, essa
medida é aumentada para excelentes 1.071 litros.
Por fim, o motor do Polo 2019
Não podíamos terminar sem
falar sobre o motor 1.0 MPI do Polo Beats 200 TSI. Ele entrega 75 cv/84 cv a
6.250/6.350 rpm e 9,7/10,4 kgfm a 3.000 rpm. Ou seja, 2 cavalos a mais que os
outros modelos.
Em relação à velocidade,
essa versão vai de 0 a 100 km/h em cerca de 13 segundos, sendo que sua máxima
fica entre 166/170 km/h. Essa eficiência se dá tanto com gasolina quanto
etanol.
Já o motor 1.6 16V MSI, o
modelo entrega 110/117 cv a 5.750 rpm e 15,8/16,5 kgfm a 4.000 rpm. Nos dois combustíveis ele vai de 0 a 100 km/h
em 9,9/9,6 segundos, atingindo máximas de 189/193 km/h.
Enquanto isso, a versão
1.0 TSI possui 116/128 cv a 5.500 e 20,4 kgfm entre 2.000 e 3.500 rpm. São 3 cv
a mais que o Golf. Ele vai de 0 a 100 km/h em 9,6/10,1 segundos, com ápices de
187/192 km/h.
Concluindo… dá para dizer
que o Polo Beats 200 TSI é uma boa opção para quem procura um carro esportivo
ágil e potente, confortável e com utilitários que garantem uma experiência
diferenciada.
Apesar do pacote Beats não
impressionar tanto, pode oferecer um toque especial para quem não é tão
exigente quanto ao sistema de som e quer apenas dar um up na reprodução de
músicas.
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
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