A energia solar provém de uma fonte renovável e seu uso traz vários benefícios para o usuário. Porém, uma das dúvidas mais pertinentes sobre esse assunto é relacionada ao quanto, de fato, a energia solar pode reduzir na conta de luz. Será que compensa o investimento? Descubra no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O custo da energia elétrica no Brasil e a vantagem da energia solar

Primeiro, vamos analisar a situação da energia no Brasil. Você deve ter notado que a sua conta de luz ficou mais cara nos últimos anos (muito mais cara). Os dois principais motivos para isso são a seca e os impostos. Durante a seca, há queda no nível dos reservatórios (já que a maior parte da matriz energética provém de hidrelétricas) e o aumento do preço contribui para a redução do consumo.

Nesses períodos de aumento, quem tem energia solar acaba ficando mais tranquilo e com a consciência mais limpa. Afinal, os custos de energia são reduzidos a longo prazo (o retorno não é imediato, mas, quando acontece, é significativo) e a dependência da energia elétrica convencional é menor.

Segundo o Portal Solar, a substituição de energia elétrica convencional pela energia solar pode apresentar uma redução na conta de energia que varia de incríveis 50% a 95%. Vale ressaltar que o tempo médio para que esse retorno seja estabelecido é de 6 anos, que é quando o investimento termina de ser compensado pela economia da conta de luz.

Custo da energia solar: Quanto investir?

Importante destacar que o retorno financeiro não significa que você levará seis anos para começar a economizar. Desde o primeiro mês de uso, a conta de luz já vem reduzida. O tempo de retorno refere-se ao período necessário para que a economia acumulada cubra o investimento inicial.

energia solar conta de luz
Imagem: portalsolar.com.br

Caso o sistema seja financiado, a economia na conta de luz pode ser utilizada para pagar as parcelas do financiamento. Após a quitação, o valor que antes era destinado à conta de energia pode ser usado para outros propósitos.

O valor da instalação de um sistema de energia solar depende de diversos fatores, como:

  • Tamanho do sistema fotovoltaico
  • Complexidade da instalação
  • Região geográfica
  • Perfil de consumo de energia

De acordo com o Portal Solar, o investimento inicial pode parecer alto, mas existem opções de financiamento e incentivos que facilitam a aquisição do sistema. Além disso, já existem simuladores online que ajudam a calcular o tamanho ideal do sistema e as condições de financiamento.

energia solar conta de luz
Imagem: portalsolar.com.br
energia solar conta de luz
Imagem: portalsolar.com.br

Veja Também: Sistema de energia solar: equipamentos para instalação

Benefícios adicionais da energia solar

A ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) fez um mapeamento que mostrou que, em 2019, havia mais de 71 mil sistemas fotovoltaicos de geração distribuída conectados à rede. Isso representa cerca de 88 mil unidades consumidoras e mais de 735 megawatts de potência instalada em residências e diferentes setores da economia.

Outros benefícios incluem:

  • Sustentabilidade: energia 100% renovável, sem emissão de poluentes
  • Baixo impacto ambiental: diferente das hidrelétricas, não exige alagação de áreas
  • Isenção de impostos: redução de PIS, COFINS, ICMS e desconto no IPTU em algumas cidades
  • Valorização do imóvel: residências e empresas com sistema solar têm maior valor de mercado

Então, vale a pena investir em energia solar?

Sim! A energia solar é um investimento estratégico que reduz custos, aumenta a autonomia energética e contribui para a sustentabilidade do planeta. Com opções de financiamento acessíveis e um retorno garantido a longo prazo, a instalação de painéis solares é uma solução viável tanto para residências quanto para empresas.

Se você está buscando uma forma de reduzir sua conta de energia e ainda contribuir para o meio ambiente, considere investir em energia solar. Pesquise sobre as melhores condições de financiamento e faça uma simulação para entender o impacto dessa tecnologia no seu dia a dia.


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Não é de hoje que escutamos falar sobre energia solar fotovoltaica e sua infinidade de benefícios. Afinal, um recurso renovável e abundante não só pode como deve ter seu potencial aproveitado. É por isso que, neste texto, vamos esclarecer o que é e como funciona esse tipo de energia.

O que é energia solar fotovoltaica?

De forma simples e bem óbvia, energia solar é a energia proveniente da luz e do calor do Sol. A intensidade dessa incidência depende de fatores como localização geográfica, hora do dia, a estação do ano e outros.

Como a Terra é redonda (e não plana, nem quadrada) e possui uma inclinação, o Sol atinge a superfície em diferentes ângulos. Quando os raios atingem verticalmente, a superfície recebe toda a energia possível. Quanto maior a inclinação, mais dispersos e difusos são os raios.

Quando passa pela atmosfera, a energia do Sol pode encontrar algumas barreiras e ser absorvida e refletida no meio do caminho, de modo que não chega 100% na superfície. Alguns exemplos de elementos que absorvem, dispersam ou refletem essa energia são: moléculas de ar, vapor de água, nuvens, poeira, poluentes, partículas provenientes de incêndios florestais e vulcões.

Certos comprimentos de onda que passam pela atmosfera chegam até a superfície terrestre e são essenciais para a manutenção da vida. Essa é a luz solar da qual podemos usufruir.

Como a energia solar é captada e convertida em energia elétrica?

Diferentemente de alguns tipos de energia renovável, a solar não têm turbinas girando (como a eólica ou a hidrelétrica). Nesse caso, são instalados painéis fotovoltaicos que convertem a energia solar em eletricidade.

Os painéis responsáveis pela conversão de energia solar em elétrica são compostos por células solares feitas de materiais semicondutores (como o silício). A luz solar (na forma de fótons), incide sobre os átomos da placa e provoca o deslocamento de elétrons, o que gera uma corrente elétrica. Um inversor converte a corrente contínua em corrente alternada.

O que é e como funciona a energia solar fotovoltaica?
Imagem: sunstore.co.uk

Em alguns sistemas, a corrente contínua passa direto para o inversor e alimenta a residência/empresa. O excedente é liberado na rede elétrica convencional, gerando um crédito na conta de energia. Ainda, a residência também utiliza energia da rede elétrica convencional quando a solar não é suficiente (durante a noite, por exemplo).

energia solar fotovoltaica
Imagem: portalsolar.com.br

Em outros sistemas, a corrente contínua pode ser armazenada em uma bateria antes de passar pelo inversor, de modo que é utilizada de acordo com a demanda da residência/empresa. Nesses casos, essa energia armazenada pode ser usada em momentos em que a conversão pelos painéis é baixa e a dependência da rede elétrica convencional pode ser menor.

Apesar de ter se popularizado nos últimos anos, esse efeito fotovoltaico foi descoberto por Alexandre Edmond Becquerel no século 19. Há quem diga que foi por Heinrich R. Hertz, um físico alemão (com um sobrenome que nós, engenheiros/futuros engenheiros conhecemos bem), mas Hertz observou o efeito fotoelétrico e não o fotovoltaico.

Enquanto o efeito fotoelétrico consiste na emissão de elétrons por um material exposto à radiação eletromagnética, o efeito fotovoltaico consiste na criação de corrente elétrica após sua exposição à radiação eletromagnética. São muito parecidos e estão relacionados, mas são diferentes.

A boa notícia é que não é preciso ter sol para você ter energia solar em casa. Ela funciona mesmo em dias nublados ou chuvosos. Claro que é preciso considerar alguns fatores antes de querer subir no telhado e instalar sua placa solar, é necessário ter um projeto bem elaborado.

O crescimento da energia solar fotovoltaica nos últimos anos

Felizmente, a energia solar está cada vez mais acessível. Tanto que houve um grande crescimento nos últimos anos. Segundo o Portal Solar, 2017 foi um ano de crescimento impressionante para a energia solar. Nesse mesmo ano, houve um equilíbrio entre instalações de grande porte (que são usinas solares que fazem a distribuição) e geração distribuída (sistemas instalados em casas e empresas).

energia solar fotovoltaica
Imagem: portalsolar.com.br

Por ainda não usamos todo o potencial de energia solar?

Se pararmos para pensar, o Sol incide sobre uma grande área do planeta e basta instalar o painel solar para que possamos utilizar essa energia. Além disso, é uma energia tão versátil que compensa ter usinas e instalações pequenas (em casas/empresas). Por que, então, não aproveitamos esse potencial ao máximo?

Se aproveitássemos grande parte dos telhados brasileiros, por exemplo, onde o Sol incide fortemente em grande parte do território (forte até demais para o gosto de alguns), imagine quanta energia poderíamos captar. Há quem diga que é caro, mas há muitos programas de financiamento que mostram que o valor economizado realmente compensa o valor investido. Ainda, o dinheiro economizado poderia ser investido em outros recursos e o bolso agradece (e o planeta também).

Países como Alemanha, China, Japão e os Estados Unidos estão a frente do mercado crescente de energia solar fotovoltaica. Inclusive, essa energia já é a terceira renovável mais importante ao nível de capacidade instalada (perdendo apenas para hidráulica e eólica).

No Brasil, somos largamente dependentes da energia proveniente de hidrelétricas. Apesar de ser renovável, sabemos que existes diversos problemas associados a ela e um deles é o fato de que, se não há água suficiente, logo ficamos sem energia. Para um país que passou por uma severa crise hídrica há poucos anos e que tem regiões ainda em crise, sabemos que depender somente da água para gerar energia pode ser arriscado. Isso sem contar os impactos ambientais e sociais dessas usinas.

Por aqui, há um cinturão solar que tem uma imensa capacidade de aproveitamento para energia solar fotovoltaica (veja no mapa solar abaixo). O que falta para começarmos a aproveitá-lo ao máximo?

energia solar fotovoltaica
Imagem: portalsolar.com.br

Antes de tudo, precisamos quebrar alguns mitos que agem como empecilho para quem quer instalar energia solar. Ao longo dos próximos meses, responderemos aqui no Engenharia 360 sobre diversos fatores ligados à energia solar, como quanto custa, como instalar, como saber se é possível instalar, como financiar energia solar, etc. Fique ligado e acompanhe nossas publicações e nossas redes sociais.

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Engenharia 360

Redação 360

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Como escolher o bebê conforto ou a cadeirinha de bebê ideal? Para ajudar os pais e mães engenheiros de plantão, elaboramos um artigo com os principais pontos a serem considerados na hora de comprar esse produto que facilitará suas vidas.

Bem, a chegada de um bebê na família implica em preparar “o terreno” para proporcionar um bom desenvolvimento. Antes do nascimento, é importante completar uma lista de verificação com diversos itens essenciais, incluindo o carrinho de bebê e o bebê conforto automotivo. Ambos são peças indispensáveis para garantir a locomoção segura do bebê e devem ser certificados pelo Inmetro, além de seguir as normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Em primeiro lugar, é importante mencionar que todos os bebês conforto atendem ao grupo 0+, ou seja, são adequados para crianças de zero a 13 quilos, posicionadas sempre de costas para o movimento.

Um aspecto importante é que o modelo escolhido já possua uma base veicular, que será instalada no carro, facilitando a colocação e remoção do bebê conforto.

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17 coisas incríveis que já deveriam existir há muito tempo

Perigo do airbag no banco traseiro

Ao instalar uma cadeirinha de bebê conforto voltados para trás, é necessário verificar se o carro possui airbag no banco traseiro. É importante lembrar que, a partir de 2020, até mesmo as versões populares de carros zero sairão de fábrica com airbags traseiros.

Caso o modelo escolhido tenha airbag no banco traseiro, é preciso desativá-lo, pois em caso de freada brusca ou colisão, o airbag pode empurrar a criança para frente, contra o encosto do banco, anulando a eficácia da cadeirinha de bebê.

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A Engenharia por trás dos carrinhos de bebê

Recomenda-se procurar no painel do carro a chave que desativa a ação do airbag do passageiro, lembrando que sua localização pode variar em cada modelo.

Veja a demonstração no alerta de um dos fabricantes:

cadeirinha de bebê Maxi-Cosi

Quando por a criança de frente?

Essa é uma dúvida comum entre os pais. A recomendação primordial é que o bebê permaneça voltado para trás na cadeirinha de bebê o máximo possível. Isso se deve à formação da coluna vertebral dos pequenos, que precisa de tempo para se fortalecer contra impactos.

A necessidade de virar a criança para frente surgirá quando ela não couber mais na posição voltada para trás, geralmente por volta dos 12 meses de idade, mas isso pode variar de criança para criança.

Ao colocar um bebê menor que essa faixa etária de frente, existe um risco para a coluna cervical em caso de acidentes, principalmente na área do pescoço. Durante uma colisão, o corpo pode sofrer um movimento de chicote, sendo arremessado violentamente para frente e depois para trás.

cadeirinha de bebê
Imagem de ASphotofamily em Freepik

Ajuste de altura do cinto da cadeirinhas de bebê

Ariana Mello, representante da Maxi-Cosi, marca de referência em acessórios infantis para viagem e passeio, alerta sobre o uso correto do cinto da cadeirinha automotiva. Ele deve estar posicionado na altura do ombro da criança, nem mais baixo nem mais alto.

Muitos pais se esquecem de ajustar o cinto à medida que o bebê cresce, o que compromete a segurança em caso de colisão. É importante observar que o cinto deve ter aproximadamente um dedo de distância do corpo do bebê e esse espaço deve ser ajustado de acordo com a espessura das roupas que a criança estiver usando.

Lugar mais seguro para instalar o bebê conforto

Quando o carro possui o sistema isofix, que consiste em pontos de fixação adicionais, o lugar mais seguro para instalar a cadeirinha automotiva é no assento do meio. Nesse caso, os dois pontos inferiores da cadeirinha de bebê ficam encaixados entre o assento e o encosto do banco, enquanto o terceiro ponto de fixação, chamado de ancoragem, está localizado no teto ou no porta-malas, dependendo do veículo.

A posição do meio é a mais recomendada porque retira a criança de uma área de risco em caso de colisão lateral. No entanto, se o carro não possuir cinto de três pontos no assento do meio, o melhor lugar para instalar a cadeirinha de bebê é no banco traseiro, atrás do passageiro. Isso é especialmente válido quando se está dirigindo sozinho com a criança como companhia.

Esses são os principais pontos que merecem atenção ao adquirir um bebê conforto. Vale lembrar que a legislação brasileira exige o uso de bebê conforto para crianças com até 1 ano de idade. Crianças entre 1 e 4 anos devem utilizar cadeirinhas adequadas, enquanto as crianças de 4 a 7 anos e meio necessitam de assentos de elevação, sempre utilizando o cinto de segurança.

cadeirinha de bebê Maxi-Cosi
Imagem de Eduardo Mikail

Espero que este artigo tenha sido útil para você. Se você busca qualidade, recomendamos visitar o site da Maxi-Cosi Brasil para conhecer os modelos de cadeirinha de bebê da marca, assim como os carrinhos de bebê, todos de primeira linha.

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

Começar qualquer serviço de onde alguém parou é muito difícil. Isso porque nunca descrevemos completamente o design experimental e os detalhes. No cenário de inteligência artificial (IA), essa questão de reprodutibilidade e avanço em função de onde outra pesquisa parou tem sido um problema.

Entenda o problema de reprodutibilidade da inteligência artificial
Imagem: alphacoders.com

Caixa preta da IA

Na cena de publicações em IA, é de se surpreender quando há relatos de detalhes básicos sobre como um sistema foi construído. Isso acontece predominantemente porque certos dados constituem propriedade intelectual, em especial quando são pesquisas associadas à indústria. A questão é que, há uma década, avanços na área eram mais direcionados, porque bastava ver o que um pesquisador mudou e melhorar seus resultados. No caso das redes neurais, contudo, essa melhoria envolve ajustar milhares de pequenos botões, por assim dizer, de forma que melhorar o modelo requer um grande número de experimentos e, portanto, recursos.

As redes neurais, a técnica que nos deu uma porção de ferramentas inimagináveis antigamente, são frequentemente entendidas como uma caixa preta por causa dos mistérios de como elas funcionam. Conseguir que tenham um bom desempenho pode ser como uma arte, envolvendo ajustes sutis que não são relatados nas publicações. Além disso, há uma tendência natural de que as redes se tornem maiores e mais complexas, com enormes conjuntos de dados e matrizes de computação maciças que tornam caro replicar e estudar esses modelos, se não impossível para todos, exceto os laboratórios com mais dinheiro, com o perdão da sinceridade. Isso exclui alguns institutos de fazer ciência competitiva e também prejudica a disseminação de recursos de tecnologia, segregando-os apenas a alguns privilegiados.

O que fazer para superar essa dificuldade em reproduzir e propagar experimentos?

A presidente de uma importante conferência da área de inteligência artificial, Joelle Pineau, por meio de uma alteração nos requisitos de participação do evento, está tentando intervir na crise de reprodutibilidade. O congresso em questão é o NeurIPS, onde são divulgados documentos e descobertas da área, e agora conta com a exigência de preenchimento de uma checklist que menciona itens que vem sendo omitidos nos trabalhos. Por exemplo, lá o autor ou desenvolvedor deve mencionar o número de modelos treinados antes da seleção do “melhor”, o potencial de computação usado e links que disponibilizem os códigos e os datasets. Isso não polui o paper, mas também fornece a clareza científica que o campo requer.

Outros também estão atacando o problema. Pesquisadores do Google propuseram “card models” para detalhar como os sistemas de aprendizado de máquina foram testados, incluindo resultados que apontam potencial viés. (Você pode ver sobre a importância de eventos e publicações neste vídeo e artigo, respectivamente).

Esse tipo de exigência é uma mudança bastante revolucionária para uma área em que o prestígio costuma estar associado a rankings. Agora, há um incentivo para que seja exposto o processo até obtenção de cada posição, isto é, um roteiro.

reprodutibilidade
Imagem: princetoninnovation.org

A importância da reprodutibilidade em IA

A questão da reprodutibilidade é algo que deve ser tratado em todas as ciências, de maneira que haja clareza, abertura e divulgação devida dos dados. Uma coisa é o deslumbramento que a gente fica com um gerador de texto super eloquente, ou então com um robô com reflexos melhores do que os humanos. Mas a questão da caixa preta da IA é que, mesmo profissionais da área podem ter dúvidas sobre os procedimentos e caminhos para chegar ao mesmo produto. O vulgo código que funciona por acidente.

Vale ressaltar que a replicação desses modelos de inteligência artificial é importante não apenas para identificar novos caminhos de pesquisa, mas também como uma maneira de investigar algoritmos à medida que aumentam e se tornam mais complexos. Isso, principalmente, porque modelos de IA sendo desenvolvidos com o objetivo de reconhecer padrões tal que suplantem decisões humanas, desde, por exemplo, quem fica na cadeia, até quanto tempo pode ser disponibilizado para você pagar um financiamento.

Convém, então, ter uma garantia de que os desenvolvedores foram assertivos no caminho, né?


Fonte: Wired.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Você já se perguntou até onde é seguro se expor em redes sociais sem comprometer sua vida profissional? Essa é uma dúvida comum, e recentemente, uma entrevista no Jornal Espanhol RTVE trouxe algumas informações valiosas sobre o tema. Veja abaixo, neste artigo do Engenharia 360, algumas das principais observações:

Como as empresas usam as redes sociais recrutar candidatos

Durante a entrevista, hoje, com a empresa de contratação profissional Inspect Profile, 98% das empresas na Europa utilizam de todas as redes sociais para traçar o perfil pessoal e profissional do candidato.

As redes sociais são stalkeadas com o intuito de procurar por valores pessoais, e interação social. E os tipos de valores a serem procurados dependerão da vaga disponível, e do que a empresa espera do candidato.

redes sociais
Imagem reprodução

Separação de perfil profissional e pessoal

Muitas pessoas criam perfis distintos para vida profissional e pessoal. Se você tem um negócio próprio e precisa gerenciar sua imagem de forma diferente, isso pode ser útil. No entanto, segundo especialistas da Inspect Profile, você deve usar seu perfil pessoal para compartilhar informações sobre você.

Compartilhar notícias e interesses pode ajudar a construir um perfil mais completo e autêntico!

Quem sabe aquela notícia não faz parte do perfil de interesses pessoais que uma empresa precisa? Se você não se expor, as pessoas nunca vão saber sua opinião sobre o assunto. Nem ao menos que você se interessa por aquele tópico.

redes sociais
Ilustração reproduzida de Neilpatel

O que postar nas redes sociais

A regra geral é postar conteúdo que reflita seus interesses e adicione valor ao seu perfil. Fotos de passeios com seu cachorro ou almoços em família são bem-vindas. Postagens sobre festas também são aceitáveis, desde que não sejam o único conteúdo em seu perfil.

Se você só compartilha fotos de festas, pode passar a impressão errada para empresas e pessoas. Diversifique suas postagens para mostrar diferentes aspectos da sua vida. Use suas redes sociais como um diário que reflete seu dia a dia, equilibrando aspectos pessoais e profissionais.

redes sociais
Ilustração reproduzida de Neilpatel

Pensa comigo, você futuro(a) engenheiro(a) mal tem tempo pra ir em lugar nenhum. Você sai uma vez por mês, e olhe lá, porém você só posta foto quando você vai para alguma balada com os amigos. A impressão que você passará para as pessoas e para as empresas é a imagem de uma pessoa que só vive em festas. Mesmo as coisas não sendo bem assim.

Considerações finais

Usar redes sociais de maneira estratégica é essencial para gerenciar sua imagem profissional e pessoal. a A ideia é sempre diversificar! Compartilhe conteúdo relevante e diversificado para mostrar uma imagem completa de quem você é. As redes sociais devem ser uma extensão positiva da sua vida profissional, ajudando você a se destacar no mercado de trabalho.

Veja Também: Como optei por um curso de mestrado na Espanha?


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Engenharia 360

Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

A biologia sempre inspirou muitos recursos tecnológicos que fazem ou já fizeram parte das nossas vidas. O mais recente é o Tunabot, um atum robótico que pode imitar a velocidade e os movimentos do atum albacora. Esse robô pode dar a largada em novas pesquisas envolvendo veículos aquáticos e auxiliar em várias outras pesquisas, como defesa e exploração de recursos marinhos.
tunabot
Imagem: youtube.com

Os engenheiros responsáveis pelo robô são da Escola de Engenharia da Universidade da Virgínia. Eles trabalharam em parceria com biólogos da Universidade de Harvard. O projeto veio de uma iniciativa de pesquisa que envolve 7,2 milhões de dólares e o objetivo é estudar a natação rápida e eficiente de diferentes peixes e entender a parte mecânica da propulsão de peixes. Isso pode auxiliar no desenvolvimento de próxima geração de veículos aquáticos com algo mais eficiente que as hélices.

A primeira parte envolve compreender como os peixes e outros seres aquáticos se movimentam, entendendo a ciência por trás da natação biológica. Para isso, foi preciso estudar a mecânica biológica de nadadores de alto desempenho, medindo a dinâmica da natação do atum albacora e da cavala (que é um peixe, e não um “cavalo fêmea”) com precisão.

Os testes foram realizados em um grande tanque em um dos laboratórios do prédio de Engenharia Mecânica da Universidade da Virgínia. Enquanto o Tunabot tem pouco mais de 25 centímetros de comprimento, o atum original pode chegar a mais de 2 metros. Uma linha de pesca mantém o robô estável, enquanto uma luz laser verde mede o movimento do fluido à medida que o Tunabot nada. O corpo e a cauda se movem à medida que a corrente de água aumenta no tanque.

Os dados foram usados para dar origem ao Tunabot, um robô que mexia as nadadeiras rápido o suficiente para atingir velocidades equivalentes a desses peixes. A diferença do Tunabot para outros peixes robóticos é que esses outros não envolvem a parte da engenharia com a biologia de forma tão profunda.

As descobertas feitas a partir do Tunabot beneficiam não só a robótica e o futuro de veículos aquáticos, como também as pesquisas realizadas por biólogos, de modo que a sua multidisciplinaridade é visível. Essa integração entre diversas áreas de pesquisa é uma das características da Engenharia e que permite que ela seja capaz de mudar o mundo e promover qualidade de vida para a população de modo geral.

Veja o artigo da pesquisa.


Fontes: Science Daily, News 18.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

No último dia 22, foi anunciado que uma parceria da EDP (empresa de distribuição de energia elétrica do estado de São Paulo) com a Audi, a Porshe e a Volkswagen viabiliza a primeira rede de recarga ultrarrápida de veículos elétricos do Brasil. O Engenharia 360 esteve no evento para conferir como seria essa parceria e nós contamos tudo neste texto.
Estação recarga ultrarrápida | veículos elétricos
Imagem: @eduardomikail

O investimento será de 32,9 milhões de reais e pretende conectar 64 pontos de recarga que ligam São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba e Florianópolis, propiciando um corredor de abastecimento de mais de 2,500 quilômetros de extensão. A implementação está prevista para começar ainda neste ano, com inauguração em 2020 e conclusão em até 3 anos.

Ao todo, serão instaladas 30 novas estações de recarga ultrarrápida de veículos elétricos no estado de São Paulo. Serão 29 postos de 150kW (DC) e um de 350kW (DC) e mais de 30 equipamentos de 22kW (AC), de modo que cada ponto de recarga tenha uma estação ultrarrápida e uma semirrápida. Enquanto a Audi, a Porshe e a Volkswagen testarão seus veículos, a ABB, a Eletric Mobility Brasil e a Siemens fornecerão as tecnologias de carregamento. O objetivo é promover soluções de mobilidade baseadas em fontes não poluentes.

“A EDP acredita que a oferta de infraestrutura adequada e de soluções inovadoras é fundamental para a expansão sustentável da mobilidade elétrica no Brasil. Com a criação desta nova rede de eletropostos cobrindo todo o estado de São Paulo e conectando os principais corredores elétricos do País, a EDP se posiciona mais uma vez de forma pioneira para liderar a transição para uma economia de baixo carbono.”

Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil

No Brasil, a chegada de veículos elétricos caminha lentamente e as redes de recarga podem contribuir como um incentivo para os consumidores, que poderão fazer viagens mais longas com a segurança de encontrar um posto de recarga no caminho. No caso da Audi, por exemplo, que lançará o primeiro SUV 100% elétrico no Brasil em 2020, o e-tron, é fundamental que já exista uma confiança na quantidade e na qualidade de postos da rede de recarga para que o veículo tenha saída.

Estação recarga ultrarrápida
Imagem: @eduardomikail

Para a Porshe, que lançou recentemente o seu primeiro esportivo totalmente elétrico, o Taycan (que chega ao mercado em 2020), uma estação de carregamento rápido de 350KW já é capaz de recarregar 80% da bateria do veículo em apenas 22,5 minutos. Essa carga é suficiente para uma viagem de quase 400 quilômetros.

A terceira parceira, Volkswagen, pretende lançar seis carros elétricos e híbridos até 2023. O primeiro deles, o Golf GTE, deve chegar ao mercado brasileiro no início de novembro e, assim como os outros da lista, precisa de uma infraestrutura de recarga adequada para ter aceitação no mercado.

Na Chamada Pública da Aneel, a EDP apresentou um investimento de 50 milhões de reais com os projetos de mobilidade elétrica. A iniciativa permite que seja estudado um modelo de negócio e de cobrança nos sistemas de carregamentos. Além disso, permite criar aplicações tecnológicos que possam informar ao consumidor a localização e a disponibilidade dos serviços.

O projeto, como um todo, é um grande pontapé para que o mercado de veículos elétricos e híbridos ganhe espaço no Brasil. Segundo as estimativas, em 2040 haverá mais de 56 milhões de unidades de veículos elétricos vendidos no mundo, representando um total de 57% das vendas de automóveis. Até 2018, o número de unidades vendidas era de 2 milhões, o que mostra que as projeções são ambiciosas.

Estação recarga ultrarrápida

Porém, para isso funcionar, é necessário ter a estrutura adequada. Não adianta ter os veículos se não há postos de recarga de forma acessível e fornecerem uma segurança para o motorista de que ele pode sair de casa com o risco mínimo de ficar parado sem bateria no meio da estrada. É justamente essa estrutura que a parceria entre as empresas visa fornecer.

Vale ressaltar que, na visão de um futuro sustentável, o carro elétrico é uma alternativa cogitada há anos, mas que começou a ganhar mais destaque recentemente e que, em breve, pode dominar o mercado (como mostram as previsões). Então, é essencial que o Brasil esteja preparado para acompanhar as mudanças tecnológicas e de mercado.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A combinação de novas classes de nanoeletrodos com eletrônica flexível e um algoritmo de deep learning pode ajudar as pessoas com deficiência a controlar com o cérebro, por exemplo, uma cadeira de rodas elétrica, além de interagir com um computador ou operar um pequeno veículo robótico. Tudo isso sem ser necessário vestir um capacete estranho com eletrodos ou fios. Vem com a gente conhecer sobre essa interface cérebro-computador.

interface cérebro-computador
Imagem: Woon-Hong Yeo et al. (2019)

Interface cérebro-computador não-invasiva:

A equipe que publicou o trabalho acadêmico é multidisciplinar do jeito que a gente gosta: inclui engenheiras e engenheiros da área biomédica, eletrônica e de nanomateriais, além de profissionais de psicologia, todos conduzindo pesquisa em universidades.

Em termos de robótica e engenharia na medicina, as interfaces cérebro-máquina (IMC) são parte essencial da tecnologia de reabilitação que permite que pessoas com esclerose lateral amiotrófica, acidente vascular cerebral crônico ou outras deficiências motoras graves controlem os sistemas protéticos. Mas, atualmente, a coleta de sinais cerebrais conhecidos requer o uso de uma touca de cabelo cravejada em eletrodos que usa eletrodos úmidos, adesivos e fios para conectar-se a equipamentos de computador que interpretam os sinais, o que pode ser desconfortável e constrangedor para o usuário.

Redes neurais cerebrais:

No sentido de aliviar essa situação, os cientistas que desenvolveram essa nova pesquisa está aproveitando uma classe de sensores e eletrônicos flexíveis e sem fio que podem ser facilmente aplicados à pele. O sistema inclui três componentes principais: eletrodos altamente flexíveis montados no cabelo que fazem contato direto com o couro cabeludo através do próprio cabelo; um eletrodo de nanomembrana ultrafina; e circuidade macia e flexível com uma unidade de telemetria Bluetooth. Os dados de eletroencefalogramas (EEG) são processados ​​em circuitos flexíveis e depois entregues sem fio a um tablet via Bluetooth a até 15 metros de distância. Ao fornecer uma interface cérebro-máquina sem fio totalmente portátil, o sistema wearable pode oferecer uma melhoria em relação à EEG convencional para medir sinais cerebrais.

Além dos requisitos de detecção dos sinais cerebrais, há outros desafios relacionados à amplitude do sinal. Para enfrentar esses entraves, a equipe de pesquisa voltou-se para algoritmos de redes neurais de aprendizado profundo em execução no circuito flexível, permitindo medir e categorizar com precisão os sinais indicativos do que o usuário deseja que o sistema faça.

A interface usa três eletrodos elastoméricos do couro cabeludo presos à cabeça com uma faixa de tecido, eletrônicos sem fio ultrafinos conformados ao pescoço e um eletrodo impresso semelhante à pele colocado na pele abaixo da orelha. Os eletrodos secos e macios aderem à pele e não usam adesivo ou gel. Juntamente com a facilidade de uso, o sistema pode reduzir ruídos e interferências e fornecer taxas de transmissão de dados mais altas em comparação com os sistemas existentes.

interface homem-máquina
Imagem: Woon-Hong Yeo et al. (2019)

Resultados e perspectivas:

Foram conduzidos testes com seis pessoas. O algoritmo de aprendizado profundo com classificação de dados em tempo real pode controlar uma cadeira de rodas elétrica e um pequeno veículo robótico. Os sinais também podem ser usados ​​para controlar um sistema de exibição sem o uso de teclado, joystick ou outro controlador.

Os próximos passos incluem melhorar os eletrodos e tornar o sistema mais útil para indivíduos com deficiência motora. Além disso, é mais um passo em direção à monitoramento de atividade cerebral de forma não invasiva. Isso constitui aplicabilidade na medicina diagnóstica, evitando que usuários tenham que, por exemplo, se submeter a exames desconfortáveis ou no desenvolvimento de próteses, com wearables mais discretos.


Fontes: Nature Machine Intelligence.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Você já parou para pensar na quantidade de contaminantes que pode estar presente no seu copo de água? Um estudo mostrou que esses contaminantes podem estar associados a casos de câncer, e os números são bem elevados.

Para começar, a água sai da estação de tratamento (ETA) é adequada para o consumo (ou, pelo menos, deveria ser), visto que passou por uma série de processos a variar conforme sua caracterização prévia. Porém, quando falamos em tratamento de água convencional no Brasil, precisamos lembrar que nossos sistemas não são projetados para tratar alguns poluentes químicos, como os agrotóxicos.

qualidade da água | câncer
Imagem: watts.com

Para averiguar a associação entre casos de câncer e essas substâncias contidas nas águas, alguns pesquisadores usaram uma estrutura analítica que calculava os impactos combinados dos agentes cancerígenos sobre a saúde em 48.363 sistemas comunitários de água nos Estados Unidos. Vale ressaltar que a pesquisa relata casos nos EUA, mas não é difícil espelhar a situação para o Brasil.

Esse modelo de avaliação cumulativa do risco de câncer de contaminantes da água, que nunca havia sido realizado, oferece uma visão mais profunda da qualidade da água. Eles constataram que a maior parte do aumento do risco de câncer é devido à contaminação com arsênico e elementos radioativos, como urânio e rádio. Embora os sistemas com maior risco encontrados sejam os que atendem pequenas comunidades, os grandes sistemas superficiais também contribuem com uma grande parcela.

O que a pesquisa mostrou foi que, normalmente, os sistemas comunitários de água estão dentro dos padrões legais impostos pela legislação. Porém, também constatou que os níveis estabelecidos nesses padrões podem ser prejudiciais para a saúde humana.

Se pensarmos na situação brasileira, além dos agrotóxicos, há regiões com muito arsênio e outros compostos químicos presentes na água subterrânea, provenientes das rochas, como mostrou um estudo realizado em Ouro Preto e Mariana (ambos em Minas Gerais), que podem oferecer risco de câncer e outros problemas de saúde. Ainda, compostos orgânicos em água bruta podem reagir com o cloro, formando subprodutos cancerígenos, como os tri-halometanos.

qualidade da água
Imagem: watersource.awa.asn.au

A verdade é não haver muitas alternativas para fugir desses contaminantes, visto que muitos são naturais e característicos da região. O que é possível fazer cabe não só à empresa responsável pelo tratamento de água (que deve avaliar a qualidade de forma ampla), como também aos órgãos normativos (na revisão das quantidades limites permitidas) e à população (que pode instalar filtros específicos para os contaminantes em sua residência).


Fontes: Phys.org

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Neste mês, vemos várias pessoas e organizações aderindo à campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre a importância, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e do de colo do útero. O movimento teve início na década de 90, tornando-se mais popular em 2008.

O câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete as mulheres brasileiras, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foi estimado um risco de 56 casos a cada 100 mil mulheres e 59.700 casos estimados para 2019, o que é preocupante. Daí surge a importância da detecção precoce: quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura. É por isso que as campanhas e o incentivo propiciado por elas são essenciais.

A grande contribuição de Marie Curie

Nesse sentido, este também é um momento para lembrar da mulher que é inspiração de muitas cientistas e engenheiras: Marie Curie. Ela teve grande contribuição para o desenvolvimento de tecnologias que permitem a detecção não só do câncer de mama, mas de vários outros, e também para o tratamento dessas doenças. Alguns exemplos são o raio-x e a radioterapia.

Marie Curie nasceu com o nome de Maria Salomea Skłodowska na Polônia em 1867, uma época na qual a ideia de uma mulher na ciência era vista como ridícula e absurda. Por isso, foi para Paris em 1891, onde praticamente passou fome enquanto estudava. Curie obteve seu diploma de Física em 1983 e o de Matemática em 1984.

Outubro Rosa e Marie Curie
Imagem: comunidadeculturaearte.com

Foi durante uma de suas pesquisas que ela conheceu o homem que seria seu marido, Pierre Curie. Os dois trabalharam juntos em diversas outras investigações científicas, sendo que a sobre radioatividade iniciou-se em 1986.

O casal Curie descobriu o polônio em 1898 e o rádio em 1902. Esse segundo elemento foi essencial para que hoje houvesse um tratamento para o câncer: a radioterapia. Tal procedimento consiste no uso de radiações ionizantes para destruir um tumor ou impedir o crescimento de suas células. O resultado é positivo para alguns pacientes.

Pierre Curie faleceu em 1906, mas Marie Curie permaneceu firme na ciência e chegou a auxiliar na Primeira Guerra Mundial carregando aparelhos de raio-x portáteis para auxiliar os médicos. Com dois prêmios Nobel no currículo, ela faleceu em 1934 de uma leucemia causada da exposição durante suas pesquisas sobre radioatividade.

Outubro rosa de persistência e autocuidado

Dos aparelhos de radioterapia até os dias atuais, a caminhada foi longa e cheia de pesquisas. Claro que, nesse meio, não podemos esquecer que a tecnologia evoluiu e foi aprimorada, recebendo contribuições de diferentes áreas (Física, Engenharia, Matemática, Medicina, Biologia, Química, etc.).

Outubro Rosa e Marie Curie
Imagem: blog.horyou.com

Entretanto, se não fosse por Marie Curie, é bem provável que ou a tecnologia não existisse atualmente, ou que ela levasse muito mais tempo para ser desenvolvida. Apesar do fato de ter dado sua vida pela ciência, visto que foi vítima dos efeitos adversos dos materiais de sua pesquisa, a força e a persistência dessa mulher foram incríveis, batalhando por seu lugar não por status, mas para o avanço da sociedade.

Então, inspiradas por esse grande exemplo de #girlpower, lembramos a importância do cuidado com a própria saúde (física e mental) para que, assim, as mulheres possam ir cada vez mais longe. Cuide-se, faça o autoexame e vá ao médico regularmente. Afinal, empoderamento feminino também envolve autocuidado.

Confira abaixo algumas dicas para ficar atenta:

Outubro Rosa Engenharia 360

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.