Um prédio residencial desabou em Fortaleza ontem (15), levando a fatalidades. Entenda o que aconteceu e o que se sabe sobre o motivo do desabamento até o momento, do ponto de vista da Engenharia.

prédio em Fortaleza desabamento
Imagem: radioimprensa.com.br

Entenda a tragédia

Era pouco mais de 10 horas da manhã quando o edifício Andrea, que ficava no Bairro Dionísio Torres, uma área nobre da cidade de Fortaleza, desabou. Parte da loja que ficava ao lado também sofreu danos.

O prédio tinha 14 apartamentos e é o segundo desabando em Fortaleza em menos de quatro meses, visto que um outro prédio sofreu desabamento parcial em junho. Um vídeo registrou o momento do desabamento do edifício Andrea, confira na reportagem abaixo:

Não se sabe exatamente o número de pessoas no edifício na hora do desabamento. Até o momento, sete foram resgatadas com vida, três faleceram e outras sete continuam desaparecidas (número incerto). O corpo de Bombeiros ainda faz buscas no local.

Sabe-se que edificação não era nova, embora a informação sobre seu tempo de vida não tenha sido divulgada ainda. Aparentemente, o local foi construído de maneira irregular e, devido a isso, não há registros oficiais na Prefeitura. Não há nem o nome do(a) engenheiro(a) responsável. Até 1995, havia uma casa no local, segundo os registros.

Qual foi a causa do desabamento do prédio em Fortaleza?

O desabamento ainda precisa ser minuciosamente investigado. O que já foi descartado é que não houve vazamento de gás, visto não haver cheiro dessa substância no local.

A principal suspeita, até o momento, é que ocorreu o rompimento das pilastras de sustentação. Segundo Victor Frota Pinho, engenheiro e presidente da Academia Cearense de Engenharia, o que indica isso é que o prédio caiu na vertical, os escombros estão uns em cima dos outros. As imagens antes do desabamento mostram que as pilastras tinham ferragens expostas, o que é um indicativo de problemas estruturais.

prédio em Fortaleza desabamento
Imagem: oantagonista.com

Para prevenir novas tragédias, o Ministério Público do Ceará informou que uma força-tarefa ficará responsável por fazer um levantamento de outros edifícios em situação irregular. Há, em Fortaleza, uma legislação de 2012 que obriga os edifícios a apresentarem periodicamente certificados de vistoria. Todas as edificações residenciais da cidade com três ou mais pavimentos, ou de uso coletivo deveriam apresentar o CIP (Certificado de Inspeção Predial). Porém, as fiscalizações, que estavam previstas para 2016, ainda não começaram.

Qual o papel da Engenharia?

Em momentos como esse, o papel da Engenharia sempre é questionado e nós, engenheiros e engenheiras (ou estudantes), somos lembrados do tamanho da responsabilidade da nossa profissão. No caso do edifício em Fortaleza, tudo indica que a falta de manutenção possa ter sido a causa do desabamento, mas a situação ainda precisa ser periciada.

Independentemente da nossa área na Engenharia, somos responsáveis por diversas vidas nos mais diferentes casos (seja projetando edifícios, carros, barragens, eletroeletrônicos, etc.). Assim, não podemos contar com a sorte e simplesmente achar que algo não acontecerá, seja como projetista ou como fiscal.

Talvez, a tragédia poderia ter sido evitada se a fiscalização tivesse começado antes. O que se espera é que os procedimentos de vistoria adotados a partir de agora evitem qualquer outra situação semelhante não só em Fortaleza, mas em todos os locais. Cabe a nós, engenheiros e engenheiras, cientes do nosso papel na sociedade, exigir a excelência na construção e a manutenção e fiscalização do que nos cerca.


Referências: Uol Notícias; G1; Rádio Imprensa.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Cada vez mais tem se falado sobre micro geração de energia eólica, uma das soluções para os grandes centros urbanos foram a árvore dos ventos desenvolvida pela empresa francesa New Word Wind. Esta solução é ideal para centros urbanos, porque estamos falando de geração de energia sem barulho, e que pode ter sua energia gerada com pouco vento.

Outro fator que faz a árvore dos ventos ser bem aceita pelo público, é o aspecto visual! Porque, um dos problemas que nos temos na geração de energia eólica tradicional é o fator design. Muitos parques eólicos não são bem aceitos pelo público, principalmente em locais perto da costa.

ventos

Como a árvore dos ventos funciona?

Bem, estamos falando de uma árvore artificial, em que cada folha é representada por uma mini hélice. Hoje a empresa New Word Wind oferece a opção de implementar ao sistema purificador de ar, para melhorar ainda mais a qualidade de vida da população.

Para integrar ao sistema elétrico, na base da árvore existe uma bateria. Esta bateria funciona apenas para integração a rede elétrica, e para o funcionamento da árvore. Penso que um dos motivos para isto é: se a árvore fosse capaz de armazenar energia, seu valor comercial seria muito mais caro. Talvez até impossível de chegar a fase de comercialização.

Árvore dos ventos: A tecnologia em micro geração eólica para centros urbanos

Esta bateria será conectada a uma cabine elétrica, que deverá ter uma distância máxima de 20 metros da árvore. Sendo que a New Word Wind disponibiliza a cabine, e toda a possível adaptação que deverá ser feita.

Na minha opinião, o único problema da árvore dos ventos é sua capacidade de geração de energia: sua capacidade vai até 10800W. Comparando com os métodos tradicionais, que podem gerar 1,8MW por turbina.

Árvore dos ventos: A tecnologia em micro geração eólica para centros urbanos

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Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Detectar minas terrestres e demais objetos enterrados pode ser um processo desafiador e lento. Fazer isso através de um veículo em movimento tornaria o processo mais rápido, mas à custa da precisão. Nesse contexto, pesquisadores do Mississipi (EUA) desenvolveram um dispositivo com sensor que oferece uma melhoria significativa em relação às tecnologias existentes, que não podem ser operadas em movimento e perdem precisão na presença de fontes externas de som ou vibração.

Medições sem um feixe de referência

Para detectar objetos enterrados, os vibrômetros Doppler a laser (LDVs) são usados ​​em conjunto com uma fonte de áudio, como um alto-falante, ou uma fonte sísmica, como um agitador mecânico. O som ou ondas sísmicas fazem o solo vibrar. O LDV pode detectar diferenças sutis no padrão de vibração onde um objeto está enterrado, desde que o detector esteja parado e o ambiente seja suficientemente livre de vibração.

LDV vibrações | sensor
Imagem: atecorp.com

A operação de LDVs tradicionais é baseada na interferência da luz refletida de um objeto com um feixe de referência interno ao LDV. Como resultado, o movimento do próprio LDV pode fazer com que os sinais do LDV sejam significativamente maiores do que os sinais causados ​​pela vibração do objeto e indistinguíveis deles.

Os LDVs combinados com a vibração excitada no solo têm se mostrado promissores para a detecção de minas terrestres e outros objetos enterrados, mas sua sensibilidade às vibrações ambientais significa que eles devem ser operados a partir de uma plataforma estável especial. O dispositivo, chamado Sensor Interferométrico Diferencial de Feixes Múltiplos a Laser (LAMBDIS), fornece recursos de detecção comparáveis, mas é muito menos sensível ao movimento.

No novo trabalho, os pesquisadores usaram uma matriz linear de 30 raios lasers direcionados para a área interrogada. No caso, o novo dispositivo supera o desafio de detecção usando uma série de raios laser e combinando seus sinais para criar um esquema de detecção rápida que também é robusta o suficiente para compensar o movimento e outros “ruídos” ou interferentes que podem sobrecarregar outras técnicas. O LAMBDIS fornece a medição de campos de vibração com alta sensibilidade, embora com baixa sensibilidade ao movimento de todo o corpo do objeto ou do próprio sensor, permitindo a operação a partir de um veículo em movimento.

Testes de campo bem-sucedidos

Os pesquisadores relatam que o dispositivo LAMBDIS teve um bom desempenho sob uma ampla gama de condições em testes de laboratório e de campo. O LAMBDIS foi capaz de detectar objetos enterrados a 7,5 metros a 20 metros de distância e de um veículo viajando a aproximadamente 15 km/h com resultados comparáveis ​​a um LDV montado em plataforma estável.

Aplicações ampliadas para o LDV modificado

Além de detectar minas terrestres, os LDVs são comumente usados ​​para inspecionar automóveis e componentes de aeronaves, além da avaliação de vibrações de pontes e estruturas, e da calibração de equipamentos e materiais de estudo e em aplicações odontológicas e biomédicas. O LAMBDIS poderia beneficiar essas aplicações nos casos em que o ruído ou o movimento ambiental dificulte o uso de dispositivos LDV clássicos.


Fonte: OSA.org

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Uma nova técnica para manter os órgãos dos doadores mais frios do que a temperatura de congelamento da água pode aumentar bastante o tempo em que esses órgãos estarão viáveis ​​para transplante. Vem conosco, conferir esse exemplo de engenharia na medicina:

órgão
Imagem: Nature Biotechnology.

A dificuldade na preservação de órgãos para transplante:

Todos os anos, milhares de órgãos doadores são descartados por várias razões, incluindo a incapacidade de encontrar um paciente adequado próximo o suficiente para receber o órgão antes que ele estrague. Se o tecido do doador fosse viável por mais tempo, os médicos poderiam levar órgãos para pacientes que, de outra forma, poderiam estar muito distantes. Adiar as datas de vencimento dos órgãos também pode reduzir os custos de voos particulares para apressar órgãos entre as cidades e permitir um agendamento de cirurgia mais flexível.

Material permite armazenamento subzero, sem congelar os tecidos:

Normalmente, os órgãos doadores permanecem viáveis ​​por várias horas no gelo a cerca de 4°C. O tecido pode durar ainda mais nas temperaturas mais baixas, mas há um problema vinculado a isso: abaixo de zero graus Celsius, a formação de cristais de gelo corre o risco de danificar um órgão e torná-lo inutilizável. Agora, usando produtos químicos que impedem que um órgão congele a temperaturas abaixo de zero, os pesquisadores preservaram cinco fígados humanos a –4 ° C. Esse sistema de armazenamento triplicou a vida útil típica dos fígados de nove a 27 horas. Esse tipo de tecnologia de supercongelamento é extremamente promissora para o transplante de órgãos.

O método de supercongelamento:

No novo estudo, os pesquisadores criaram um coquetel de produtos químicos crioprotetores, incluindo trealose e glicerol, para combater a formação de gelo e proteger as células a temperaturas extremamente baixas. Para garantir que cada fígado estivesse completamente saturado com conservantes, os cientistas administraram os produtos químicos usando um sistema de perfusão por máquina. Esse dispositivo é basicamente “um corpo artificial para o fígado” que bombeia fluidos para um órgão de maneira a imitar o fluxo sanguíneo.

Depois que cada fígado humano foi carregado com crioprotetores, a equipe os selou em um saco para inseri-los em um refrigerador a –4 ° C. Após 20 horas na geladeira, os pesquisadores ligaram o fígado a um sistema de perfusão de máquina que liberava os produtos químicos que ajudaram a resistir ao frio e aqueceram o órgão à temperatura ambiente, expulsando-os do órgão. Do início ao fim, o processo de armazenamento subzero levou cerca de 27 horas, não tendo ocorrido nenhuma formação de cristais de gelo ou danificações nos órgãos em teste.

Próximas etapas:

O próximo passo para validação do protocolo é transplantar órgãos armazenados em temperaturas abaixo de zero em animais grandes, por exemplo, porcos. Em seguida, provando que estes animais sobrevivem ao transplante, espera-se que ensaios clínicos possam ser realizados.


Fonte: Nature Biotechnology.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Diamantes sempre tiveram sua fama, mas não são usados só para joias. Olhado do ponto de vista da Geologia, eles estão no topo da escala de Mohs (escala de dureza), que significa a resistência de um material ao risco/deformação, de modo que eles podem cortar, perfurar e polir outros materiais menos duros na escala.

Agora, a ciência está tentando prever outras formas de carbono que sejam tão potentes como diamantes. O que os pesquisadores fizeram foi usar modelos computacionais para identificar 43 formas de carbono até então desconhecidas que são consideradas estáveis e quase tão duras quanto ao diamante (algumas talvez mais duras). Cada nova variedade consiste em átomos de carbono dispostos e um padrão diferente.

formas de carbono tão resistentes quanto diamante
Imagem reproduzida de huffpost.com

Veja Também: Explorando a estrutura do diamante para avanços em computação quântica

Os diamantes para a ciência

Sabe-se que os diamantes são caros não só nas joias, mas também em máquinas. Muitos aparelhos usam diamantes para pressionar outros materiais e há um custo enorme quando o diamante quebra. E encontrar outros materiais mais duros faz com que haja mais diversidade e um barateamento do custo.

Todas as 43 substâncias previstas atingiram o valor de referência para dureza de 40 gigapascais, ou seja, são superduras. O estimado é de que três superam a dureza dos diamantes, mas com pouca diferença. Claro que há incerteza nos cálculos e não há como saber enquanto não for criado mesmo.

Veja Também: Abrasão: um fator a considerar na seleção de materiais e técnicas construtivas

Sobre o estudo desenvolvido

O estudo usou uma combinação de previsões computacionais de estrutura de cristal com aprendizado de máquinas para encontrar novos materiais.

As técnicas dessa pesquisa podem ser usadas para outros estudos com materiais superduros, além dos que contém carbono. Por exemplo, materiais superduros contêm ligações químicas muito fortes e a carbono-carbono é uma delas. O boro e o nitrogênio também são comuns em materiais superduros.

formas de carbono tão resistentes quanto diamante
Imagem reproduzida de mikebrewermotors.com

Para se chegar aos resultados esperados, foi usado um algoritmo de código aberto chamado XtalOpt. Em seguida, foi aplicado um modelo de aprendizado de máquina para prever a dureza das estruturas de carbono geradas. A técnica representa uma aceleração de descoberta e de materiais superduros e pode representar um grande avanço para a área, de modo geral.


Fontes: University at Buffalo; Science Daily.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Nota: No final de novembro de 2023, data de atualização deste texto, a Câmara dos Deputados aprovou urgência para um projeto que estabelece um novo conjunto de regras para parques eólicos de usinas no mar (usinas eólicas offshores), que aproveitam o vento em alto-mar para gerar energia limpa e renovável, e o projeto visa a criar um marco legal para essa modalidade.

O relator enfatizou a importância da estabilidade jurídica para esse setor, enquanto críticos apontam que as emendas propostas podem gerar altos custos para os consumidores de energia, incluindo a ampliação de subsídios para diferentes fontes e mudanças na contratação de usinas térmicas.


Os parques eólicos offshore são uma forma eficiente de produzir energia limpa no meio dos oceanos, sem consumir água e com potencial para impulsionar a economia regional. Essa tecnologia aproveita a força dos ventos em alto mar, onde há máxima intensidade e constância dos ventos. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Parques eólicos no oceano: saiba mais sobre a tecnologia offshore
Imagem explicativa de uma usina Offshore

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Qual é a vantagem de uma usina offshore?

Uma das principais vantagens das usinas offshore é a produção de energia limpa e ilimitada, sem causar poluição. Além disso, essas usinas têm uma capacidade de geração de energia duas vezes maior em comparação com as usinas tradicionais.

O impacto sonoro e visual é um fator crucial a ser considerado. As usinas tradicionais geralmente enfrentam resistência da população local devido ao seu impacto em áreas residenciais ou turísticas, como praias. As usinas offshore resolvem esse problema, pois são instaladas em alto mar, reduzindo significativamente o impacto sonoro e ambiental.

Parques eólicos
Imagem de Freepik

Qual é a desvantagem de parques eólicos no mar?

Entretanto, apesar de suas vantagens, as usinas offshore também têm desvantagens importantes a serem consideradas. Atualmente, essa tecnologia só pode ser instalada em águas rasas, longe da costa, o que limita sua viabilidade em muitas regiões. Isso explica a predominância dessas usinas no Norte da Europa, onde as águas são menos profundas e a aceitação é maior.

Outro ponto negativo é o alto custo associado à instalação e operação das usinas offshore. Essa tecnologia é cerca de 90% mais cara do que as usinas térmicas e até 50% mais cara do que as usinas nucleares. Esses custos elevados decorrem das dificuldades técnicas na instalação em alto mar e da integração do sistema à rede de transmissão.

Parques eólicos
Imagem de wirestock em Freepik

Embora seja possível que, com o tempo, os custos das usinas offshore possam ser reduzidos à medida que a tecnologia avança e se torna mais acessível, a manutenção desses sistemas ainda continuará a ser um desafio significativo. Os altos custos de manutenção, devido à localização remota, podem levar as empresas a evitar pequenos reparos, afetando a eficiência e a vida útil das usinas.

Em resumo, as usinas eólicas offshore oferecem uma forma promissora de gerar energia limpa em alto mar, mas enfrentam desafios como custos elevados e restrições de localização. À medida que a tecnologia avança e as barreiras são superadas, espera-se que essas usinas desempenhem um papel crucial na transição para uma matriz energética mais sustentável.

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Fontes Iberdrola, Telegraph.

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Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Controlar o cérebro humano ou melhor o controle cerebral já foi uma ideia maluca de filmes de ficção. Porém, nos últimos anos, ela tem estado cada vez mais próxima da nossa realidade, tanto que alguns cientistas desenvolveram um dispositivo capaz de manipular células cerebrais pelo celular.

Para isso, eles criaram um implante cerebral e é ele quem é controlado pelo smartphone. O objetivo não é te alienar ou fazer você agir como um robô controlado. O que os cientistas querem é tentar descobrir distúrbios cerebrais como Parkinson, Alzheimer, depressão, vício e dor. Leia mais a seguir, no Engenharia 360!

controle cerebral
Imagem gerada em IA de Freepik

O que é implante cerebral?

O dispositivo de controle cerebral sem fio permite uma modulação neuroquímica que ainda não havia sido encontrada antes. Até então, o que tínhamos eram dispositivos grandes, com muitos fios, inadequados para implantes a longo prazo.

Como funciona o dispositivo de controle cerebral?

Os pesquisadores, que são da Coreia e dos Estados Unidos, acoplaram, para controle cerebral, um cartucho substituível para injeção de substâncias, permitindo um estudo a longo prazo. Para esses cartuchos são usados canais microfluídicos para a medicação e pequenos LEDs (menores que um grão de sal) para fornecer luz.

dispositivo que pode manipular células cerebrais pelo celular
Imagem reproduzida de sciencedaily.com

Tudo isso pode ser controlado por um smartphone, com uma interface de usuário simples. É possível liberar facilmente uma combinação específica de medicamentos em qualquer indivíduo sem a necessidade de estar em um laboratório ou em um ambiente específico para isso.

Aplicações e implicações éticas

Por trás dessa descoberta está uma poderosa engenharia de micro e nanoescala e um elaborado projeto eletrônico. A tecnologia ajuda não só a compreender melhor o funcionamento do cérebro humano (que ainda tem muitos mistérios) como também fazer teste de fármacos complexos para o desenvolvimento de novas terapias para dor, dependência, estresse e distúrbios emocionais.

Claro que esses dispositivos de controle cerebral não serão implantados em cérebros por aí de uma hora para outra. Primeiro, são realizados diferentes testes e aprimoramentos. De toda forma, eles representam um grande avanço para a ciência, mas que deve ser conduzido com ética e responsabilidade.


Fontes: UW Medicine; Science Daily.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Carrinhos de bebê passam despercebidos pela vida até chegar o momento em que precisamos de um. Tornar-se pai e mãe implica em conhecer mais sobre o equipamento, que surge em variadas configurações. E, eis que o momento chegou.

https://www.instagram.com/p/B3PXY-rlbBC/

O primeiro passo, contudo, é considerar a marca e a linha, pois cada uma entrega uma modelagem, um design, e além disso, um nível de conforto e de eficiência. Eu, particularmente, sempre busco produtos que aliem tecnologia, engenharia e design.

Como bom engenheiro que se preze, fui logo pesquisar sobre a engenharia por trás do desenvolvimento dos carrinhos de bebê e descobri nos Maxi-Cosi, alta tecnologia e produtos referências em segurança.

Analisando as opções de carrinhos e bebê conforto disponíveis no mercado, notei algumas diferenças significativas quanto à experiência total no uso dos carrinhos. Do modelo básico ao topo de linha comprovamos que há a união de uma engenharia inteligente e, ao mesmo tempo, prática.

Conhecendo mais a fundo a marca, descobrimos um pouco sobre as normas e regulamentações que norteiam a produção de carrinhos de bebês no Brasil.

A Engenharia por trás dos carrinhos de bebê
Imagem: Divulgação

A seguir você pode conferir as questões práticas e burocráticas envolvidas na criação desses equipamentos.

Testes para segurança e certificação

Não dá para falar que os órgãos reguladores brasileiros são negligentes quanto aos produtos ligados à infância. O regimento exige que sejam feitos testes exaustivos para conhecer os equipamentos nos mínimos detalhes.

São realizadas provas para medir:

  1. Resistência
  2. Corrosão
  3. Capacidade de absorção de energia
  4. Capacidade de travamento dos cintos de segurança
  5. Fechos e dispositivos de ajuste dos cintos
  6. Resistência à poeira
  7. Inflamabilidade do material

Fora isso, é necessário embutir no cronograma ensaios dinâmicos que medem a eficiência do equipamento a partir de simulações de impactos, capotamentos e demais situações de possíveis acidentes.

A Engenharia por trás dos carrinhos de bebê
Imagem: Divulgação

Como se não bastasse, até mesmo os tecidos que revestem os carrinhos de bebê são vistoriados e precisam seguir as normatizações. Segundo Renata Palmieri, brand manager da Maxi-Cosi & Quinny, os tecidos precisam ser laváveis, resistentes ao fogo e apresentar boa ventilação.

“A base do assento deve ser confeccionada em plástico sem pontas contundentes mesmo após deformação, devendo também ser resistente a impactos, ter bordas arredondadas e parafusos/rebites embutidos para evitar ferimentos durante o uso”, complementa a executiva da corporação.

A Engenharia por trás dos carrinhos de bebê
Imagem: Divulgação

Maxi-Cosi e seus carrinhos altamente seguros

Quando se trata de cuidados com bebês e crianças não dá para ir pelo caminho mais básico. Encontrar um carrinho que supra não só as necessidades corriqueiras do dia a dia, mas também experiências de total conforto e sintonia, chega a ser uma missão para muitos pais.

E quando o assunto é segurança em transporte infantil, a Maxi-Cosi se mostra inovadora, fugindo da padronização limitada que costumamos ver em carrinhos por aí. Seus carrinhos não são somente confortáveis ou práticos, eles excedem todos os requisitos legais de ensaios de segurança.

A Engenharia por trás dos carrinhos de bebê
Imagem: Divulgação

Testes além dos obrigatórios

De acordo com a executiva da marca, Renata Palmieri, o mesmo cuidado que há com os carrinhos de bebê, há com todas as cadeiras de segurança para automóveis fabricados pela Maxi-Cosi.

“[As cadeiras auto] cumprem o padrão Europeu ECE R44 / 04, no qual é baseada a Legislação Brasileira, o que garante também a certificação nacional INMETRO dos nossos produtos”, assume Renata.

A Engenharia por trás dos carrinhos de bebê
Imagem: Revista Auto Esporte

E a atuação do setor de engenharia da marca não para ao cumprir as exigências dos órgãos reguladores, mesmo atendendo a todos os requisitos obrigatórios, a Maxi-Cosi procura ir além. Existe uma preocupação em atender a requisitos internos de segurança, fixados na corporação para elevar o padrão de qualidade de todos os produtos.

Para isso, possuem 3 laboratórios próprios de última geração. E antes de colocar uma cadeirinha no mercado são realizados mais de 1.000 crash tests durante o desenvolvimento do produto, com fivelas e cintos de segurança sendo testados mais de 5.000 vezes. Testes semelhantes são realizados com os carrinhos de bebê.

Abaixo você pode conferir um vídeo que exemplifica como são feitos os testes das cadeirinhas Maxi-Cosi.

https://www.youtube.com/watch?v=23CSZ3Uxauc

Deu para ter uma ideia do quão complexa é a produção de carrinhos e cadeirinhas de bebê, não é mesmo? De fato, não são produtos que devem ser adquiridos pensando somente no preço ou então no tamanho. É um conjunto de fatores que precisa influenciar na hora da escolha.

Para conhecer mais sobre a Maxi-Cosi, entre no site oficial da marca.

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

Novidade para os gamers que se preocupam com o meio ambiente: A Sega e a Sports Interactive anunciaram que o Football Manager 2020 será vendido em um novo pacote ecológico que usa muito menos plástico, e eles estão pressionando o resto da indústria do entretenimento a seguir o exemplo.

embalagem
Imagem: arstechnica.com

Nova embalagem para o jogo:

A gente está atento a alternativas para reduzir o uso de plástico de uma perspectiva pessoal e na indústria. A nova embalagem que foi divulgada substitui a clássica caixa de DVD de plástico usada para a maioria dos jogos por uma capa de papelão dobrada e reforçada feita 100% de fibra reciclada. O envoltório da embalagem também foi substituído por um polietileno de baixa densidade, altamente reciclável. Até a tinta do papelão foi trocada por uma versão à base de vegetais e água (então, tecnicamente, é vegano).

Infelizmente, o custo de produção da embalagem eco-friendly é 30% maior (em torno de 20 centavos de libras por unidade), de acordo com uma carta aberta do diretor do Sports Interactive Studio, Miles Jacobson. Mas esses custos são um pouco compensados ​​pelA redução de remessa e destruição de unidades em excesso. E como o jogador de futebol espanhol Hector Bellerín disse em vídeo “se não há Terra, não há dinheiro para gastar”. Vídeo em inglês abaixo:

Eco-friendly, mas e em números?

O diretor do Sports Interactive Studio declarou que a nova embalagem economizará 55 gramas de plástico por unidade, ou 20 toneladas, em uma tiragem de mais de 350.000. Em uma questão de escala, pode parecer bastante expressivo.

Contudo, esse é um problema extremamente pequeno nas 335 milhões de toneladas estimadas de plástico que são produzidas anualmente em todo o mundo. Mas Jacobson espera a indústria inteira de entretenimento que produz conteúdo em Blu Ray, DVD, ou CDs siga o exemplo. O impacto dessas embalagens, se somado, ainda é grande, mesmo diante do crescimento da mídia por downloads em filmes, games e similares.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Ao ler esta notícia do Engenharia 360, é possível que você se lembre de algum brinquedo de infância que mudava de cor quando submetido a uma mudança de temperatura (como quando colocado na água quente ou fria) ou a luz solar, e agora essa mesma magia é possível com a tinta PhotoCromeleon. Fazer objetos mudarem de cor como um camaleão sempre foi fascinante, e não apenas para crianças. Confira!

O que é a tinta PhotoCromeleon?

O próprio camaleão em si sempre foi uma criatura intrigante e com uma adaptação peculiar. Nessa tendência de mudança de cor, alguns pesquisadores criaram uma tinta capaz de mudar de cor. O nome não poderia ser melhor: “PhotoCromeleon”!

Esse material usa um processo de corantes fotocrômicos (que mudam de cor de forma reversível quando expostas aos raios ultravioletas) e permite que os objetos mudem de cor de forma reversível infinitamente.

PhotoCromeleon
Imagem reproduzida de cnet.com

Aplicações da PhotoCromeleon

A versatilidade da tinta PhotoCromeleon permite sua aplicação em diversas superfícies, desde capas de celular e sapatos até objetos de decoração e carros. Para os entusiastas da moda, isso significa a possibilidade de mudar a cor do mesmo sapato ou acessório conforme o dia, sem repetir o look.

O projeto ColorMod é pioneiro na utilização da tinta PhotoCromeleon. Com o uso de uma impressora 3D, a equipe superou limitações de cores e resoluções anteriores. Antes, cada pixel precisava ser impresso em duas cores (transparente ou sua própria cor), mas a nova tinta elimina essa necessidade, permitindo a criação de uma vasta gama de cores com alta resolução.

Como a PhotoCromeleon é pulverizável, ela eliminou a necessidade de impressão de pixel a pixel de cada cor. Ao compreender como cada corante interage com diferentes comprimentos de onda, os pesquisadores passaram a controlar cada canal de cor ao ativar e desativar as fontes de luz correspondentes. Aliás, a base de cores da tinta é ciano, magenta e amarelo.

Como funciona a tinta PhotoCromeleon?

Primeiro é preciso revestir o objeto desejado para personalização com tinta. Depois, colocá-lo em uma caixa com projetor e luz UV. A luz UV satura as cores de transparente para saturação total e o projetor permite reduzir as cores de acordo com o desejado. Quem não ficar satisfeito, poderá apagar tudo e recomeçar!

O usuário pode usar um programa que faz o mapeamento antes de passar para a parte da luz. O processo depende da forma e orientação do objeto, mas é relativamente rápido (15 a 40 minutos para testes com capa de telefone, camaleão de brinquedo, capa de celular e carro).

PhotoCromeleon
Imagem reproduzida de focustechnica.com

O futuro da tinta PhotoCromeleon

A aplicação em larga escala da tinta PhotoCromeleon tem o potencial de revolucionar indústrias inteiras, oferecendo uma ampla gama de cores e possibilidades criativas. Em breve, poderemos ver uma variedade incrível de peças coloridas e inovadoras no mercado.


Fontes: Techxplore.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.