Árvores de Natal criativas para engenheiros: 10 ideias para inspirar
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3min
As árvores de Natal tradicionais são chatas? Se você é um engenheiro, você sabe que pode fazer melhor.
Montar árvores de Natal é, teoricamente, uma tarefa simples (mesmo se precisar de muita gambiarra). Para divertir seu Natal, separamos algumas árvores especiais que provavelmente foram feitas por engenheiros/engenheiras. Então, se você ainda não tem uma árvore, o Engenharia 360 indica: pegue a fita veda rosca, a fita adesiva, alguns parafusos, uma furadeira e seu instinto nerd que ainda dá tempo de improvisar. Aqui estão 10 ideias para árvores de Natal criativas para engenheiros!
1. Árvores de Natal de livros
Se você chegou ao final do ano e quer se vingar de todos os livros que atazanaram sua vida, aqui está uma ideia genial: transforme-os em uma árvore de Natal. (Mas no dia 6 de Janeiro você volta a guardá-los com carinho, ok? Livros têm sentimentos!).
Imagem: pinterest.com
2. Árvores de LEGO
Afinal, para quem constrói um mundo com LEGO, construir uma árvore é moleza, não é mesmo?
Imagem: pinterest.com
3. Árvores de garrafas
Sabe todas aquelas garrafas que você guardou das festas da república e que sempre enrola para levar até a distribuidora? Então, elas podem ficar mais um pouco até o Natal passar, não é?
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Relatório mostra viés em softwares de reconhecimento facial em asiáticos e afro-americanos
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2minImagem: michiganradio.org
Os softwares de reconhecimento facial tornaram-se grandes aliados na identificação de indivíduos. No entanto, um relatório do Governo dos Estados Unidos mostrou que eles podem ter um viés.
O estudo foi realizado pelo National Institute of Standards and Technology (NIST) e mostrou que indivíduos asiáticos e afro-americanos possuem 100 vezes mais chance de serem identificados incorretamente que caucasianos, dependendo do algoritmo. Dentre as consequências está a acusação de uma pessoa inocente.
Imagem: blogs.microsoft.com
Entre os algoritmos desenvolvidos nos Estados Unidos, a identificação do índio americano foi a que apresentou maiores taxas de falsos positivos (isto é, identificar como indivíduo procurado aquele que não é o correto). O relatório também mostra que as mulheres afro-americanas foram as que tiveram maiores taxas de falsos positivos para a correspondência “um para um”, usada pela polícia para pesquisar milhões de pessoas de um banco de dados para encontrar um suspeito.
No total, foram analisados 189 algoritmos provenientes de 99 empresas desenvolvedores. O NIST avaliou até que ponto os algoritmos correspondiam às fotos da mesma pessoa, processo que é comumente usado para desbloquear um smartphone ou verificar um passaporte. Ainda, testou-se a capacidade do algoritmo associar uma pessoa em uma foto a imagens em um banco de dados.
Imagem: wired.com
Foi observado que os resultados variam de algoritmo para algoritmo. No caso da identificação errada para um passaporte ou desbloquear o smartphone, chamada um para um, refazer a identificação é simples e pode não acarretar tantos problemas assim. Porém, para a identificação em um banco de dados, o problema pode ser maior, visto que podem gerar as acusações de inocentes citadas anteriormente.
Tal pesquisa ressalta que, embora a maior parte de nós fiquemos fascinada ao ver a aplicação da tecnologia, precisamos lembrar que ela pode falhar. O ideal é que a tecnologia seja usada como uma ferramenta auxiliar, mas a decisão final deve caber aos humanos.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
O melhor sobre energia solar é que além de não produzir gases do efeito estufa, a luz do sol é de graça. Mas nem por isto a energia é gratuita, afinal devemos levar em conta o custo, e a vida útil de toda a tecnologia que está sendo usada.
Energia para consumo instantâneo
É a opção de painel solar simples, porém eficiente! Neste tipo de instalação não utilizaremos baterias, e também não conectaremos a solução a distribuidora!
Um dono deste tipo de instalação consegue economizar cerca de 18% ao ano dos seus gastos com a distribuidora!
Restaurante Dom Vergílio de Palmas – Tocantins (Fonte: Conexão Tocantins)
Na minha visão, é uma solução extremamente eficiente para estabelecimentos comerciais como restaurantes, lojas, ou até mesmo algumas escolas. Afinal, você deverá consumir a energia no momento em que ela está sendo produzida.
Hoje, o custo deste investimento, sem impostos; fica em torno de 1,6€/WP. E neste valor estamos considerando os painéis solares, módulos e monitoramento. Assim como o valor de instalação, os materiais elétricos, os procedimentos administrativos, e os relatórios técnicos.
É estimado que para este tipo de investimento, o payback se dará em cerca de 7 anos e meio.
(Fonte: Wikipedia)
Energia conectada ao sistema de distribuição
Quando conectamos o painel solar a rede de distribuição, temos que ter em mente um fator a termos de custos: a energia comprada terá um valor diferente da energia vendida!
O que eu quero dizer com isto? Eu quero dizer que para calcular o meu custo eu dependo dos acordos tarifários com a rede de distribuição. Afinal, um dos fatores que será levado em conta é que você não consumirá toda a energia produzida naquele horário. É o tipo de sistema ideal para pessoas que trabalham fora e ficam pouco tempo em casa durante o dia.
Sistema Conectado a Rede de Distribuição (Fonte: Engie)
Como base, você pode utilizar os valores de custo propostos pelo sistema de consumo instantâneo; Tenho certeza que você terá uma vantagem econômica considerável com esta instalação! Porém, não esqueça de levar em conta como será seu contrato com a rede de distribuição.
Comparar as regras tarifarias que estão sendo aplicadas, com o quanto de energia você consegue gerar com os painéis solares é um fator crucial para painéis solares conectados ao sistema de distribuição.
Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.
É surreal pensar em como a gente migrou tão rápido para um cenário em que touchscreen substituiu botões em diversos aparelhos e está tão presente no nosso cotidiano: smartphones, tablets, computadores, relógios, dentre outros. É espantoso para crianças, idosos e até animais. Mas você já parou para pensar em como funcionam as telas touchscreen? 360 explica.
Imagem: giphy.com
Na verdade, existem métodos diferentes de produzir telas sensíveis ao toque. Cada um deles é incrivelmente engenhoso, com o único ponto em comum: o resultado touchscreen. Mas vamos lá:
Touchscreen por telas resistivas
As telas sensíveis ao toque resistivas são de longe as mais
comuns e também são um dos tipos mais simples em termos tecnológicos. Em geral
compostas por três camadas principais, esse tipo de touchscreen se aproveita da
resistência elétrica ao trabalho.
A camada superior consiste em basicamente plástico condutor
de poliéster flexível. Ele fica sobre uma camada de vidro condutor com uma
camada de membrana isolante colada entre os dois.
Quando você pressiona o dedo sobre a camada de poliéster,
força-o a pressionar e tocar na camada de vidro abaixo, apertando todo mundo.
Isso completa um circuito elétrico, tal como como pressiona uma tecla no
teclado. Um chip de controle conectado à tela determina as coordenadas do local
em que você tocou.
Imagem: xenarc.com
Telas touchscreen capacitivas
As telas sensíveis ao toque capacitivas são uma das soluções
mais antigas e foram inventadas na década de 1960. Esses tipos de tela sensível
ao toque são compostos por duas camadas de vidro condutor que são separadas por
um isolante. Lembrando das aulas de física, é a mesma estrutura de um capacitor
comum.
Quando seu dedo se aproxima da tela, ele interrompe parte do
campo elétrico, dependendo de onde ele está. A posição pode ser determinada
usando um conjunto de sensores para detectar a diminuição da corrente no ponto
de contato. Com isso, touchscreen capacitivo não se baseia em força mecânica,
mas em condutividade elétrica do nosso corpo.
Vale mencionar que canetas de plástico, isolante elétrico,
não funcionam em telas capacitivas.
Imagem: xenarc.com
Touchscreen por infravermelho
As telas sensíveis ao toque infravermelho, como o nome
sugere, usam ondas de luz infravermelha para determinar onde o usuário coloca o
dedo na tela. Uma grade de LEDs dispara luz infravermelha em outro conjunto de
fotocélulas de detecção de luz diretamente em frente aos emissores de
infravermelho LED.
A luz infravermelha é emitida diretamente na frente da tela
para formar uma grade, um pouco como a teia de uma aranha invisível. Quando
você toca na tela, seu dedo bloqueia os raios de luz infravermelho no ponto de
contato.
Um chip de computador é então usado para triangular onde a
interrupção ocorreu.
Touchscreen por ondas acústicas de superfície
As telas sensíveis ao toque de ondas acústicas de superfície (SAW) funcionam da mesma maneira que as telas de infravermelho, com a exceção de que usam ondas acústicas em vez de luz. Na maioria dos casos, ondas sonoras ultrassônicas são geradas nas bordas de uma tela que refletem para frente e para trás em sua superfície.
Quando você toca na tela, seu dedo interrompe as ondas
sonoras e absorve parte de sua energia. O microchip da tela é capaz de calcular
o ponto de contato.
O vídeo abaixo, em inglês, compila as informações:
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Qual a importância do Marketing para profissionais e empresas de Engenharia?
por Eduardo Mikail | | ATUALIZADO EM 4minImagem de DC Studio em Freepik
Embora nem sempre pareça óbvio, o marketing é uma função essencial tanto para engenheiros e engenheiras quanto para empresas de engenharia. Em um mundo cada vez mais competitivo e com o desafio constante de gerar lucros, saber atrair e manter clientes, além de se posicionar corretamente, é fundamental.
Para destacar a importância do Marketing na área de engenharia, entrevistamos Ricardo Poli, professor universitário especializado em disciplinas ligadas à matéria, incluindo estratégia. Confira o vídeo abaixo, e logo depois, abordamos no Engenharia 360 mais sobre como o Marketing pode ser aplicado na engenharia:
O que é Marketing?
O Marketing pode ser definido como o “processo empresarial de otimização de lucros, gerados por meio da adequação da produção e da oferta de mercadorias ou serviços que atendem às necessidades e desejos de clientes. Para tanto, se recorre a pesquisas de mercado, design, campanhas publicitárias, atendimento e pós-venda, além de inúmeras ferramentas”.
Em resumo, Marketing é um conjunto de atividades que busca entender e atender às necessidades dos clientes de maneira eficaz.
Imagem de Freepik
Principais vertentes do Marketing
Nos últimos anos, o Marketing evoluiu de uma função de apoio ao setor de vendas para um conjunto de estratégias diversificadas. Aqui estão as principais vertentes:
Direto
É usado quando é preciso fazer uma comunicação direta com o cliente, por meio de cartas, mensagens, e-mails e ligações, por exemplo. Com a revolução digital e o crescimento do poder de interação dos clientes, o Marketing Direto sofreu algumas modificações ao longo dos últimos anos.
Digital
Este modelo é fomentado a partir de ações de comunicação usando canais digitais. Ele consiste em construir estratégias com base em canais digitais, como redes sociais, sites, blogs, conquistar boas colocações em sites buscadores e mais. Atualmente, quem não investe nesse tipo de marketing pode ficar para trás no competitivo mercado. Afinal, qual é o primeiro lugar que você procura quando quer conhecer mais sobre um serviço/produto?
De conteúdo
Consiste em identificar o que determinado público precisa e deseja e produzir conteúdo útil que possa atrair e fidelizar clientes.
Pessoal
A imagem conta muito na era atual, tanto que ganhou uma vertente. O Marketing Pessoal consiste em uma série de técnicas para construir uma imagem pessoal de valor. É muito usado por “figuras públicas”, como celebridades, políticos e por quem quer destacar no mercado.
De relacionamento
É voltado para a construção de uma relação com clientes e qualquer público de interesse que, se bem utilizado, pode trazer grandes resultados para a empresa.
Por que profissionais de engenharia devem investir em Marketing?
Ser engenheiro/engenheira vai muito além de fazer contas, projetar edifícios ou produtos, ou desenvolver tecnologias. É preciso lidar com clientes, saber o que eles desejam, conquistar seu público, criar sua imagem no mercado e muito mais.
Por exemplo, se você trabalha com projetos (seja de produtos ou de edificações), precisa lidar diretamente com os desejos dos clientes. Saber o que o cliente almeja te ajuda a projetar algo melhor e que terá um diferencial no mercado. Ainda, o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora também requer uma pesquisa para saber se e como ela vai melhorar a qualidade de vida das pessoas e para entender se ela será ou não aceita.
Uma vez que o seu produto ou serviço é demandado pelo mercado, você também precisa conquistar seu cliente e adicionar valor ao que você oferece, construindo sua “reputação”. Por meio do Marketing, você faz com que seu produto/serviço chegue até o consumidor por meio de algumas estratégias.
Imagem de Freepik
Dessa forma, criar uma estratégia de Marketing pode parecer simples, mas não é. É preciso ter um bom planejamento e recorrer a ferramentas específicas como a pesquisa de mercado, o gerenciamento das mídias sociais, a criação de planos de conteúdo e mais.
Para começar, é preciso, primeiro, conhecer e saber o que é Marketing e como ele pode te ajudar. Em seguida, é preciso desenvolver um plano de Marketing, um documento no qual você detalha e planeja as ações que serão tomadas para atingir seu objetivo. Isso faz com que ele seja uma importante ferramenta de gestão que te auxilia a conquistar espaço no mercado.
Para criar o plano de Marketing, é preciso conhecer o contexto mercadológico de atuação, como sua empresa está posicionada nele e as tendências para o futuro. Isso é válido para todos os profissionais, incluindo os de Engenharia.
Assim, em um mercado altamente competitivo na área de engenharia como o atual, é essencial que os profissionais saibam se destacar ao construir a imagem do seu produto ou serviço (e até mesmo a sua imagem pessoal). Por isso, conhecer as ferramentas de Marketing torna-se essencial para aqueles que querem ir mais longe e adicionar valor ao que oferece, conquistar clientes e oferecer o que o mercado demanda.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
17 melhores imagens científicas de 2019 pela Nature
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 6min
Tem aquela história de que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, então a gente trouxe uma narrativa científica inteira, com base na seleção da de imagens que resumem a ciência de 2019 para a Nature, referência mundial. Então vamos dar uma pausa nas fotos de baby Yoda e conferir!
1. A foto do buraco negro
Imagem: ETH Collaboration
Claro que a gente precisa começar pela foto do buraco negro. A colaboração do Event Horizon Telescope revelou esta primeira imagem direta de um buraco negro e seu horizonte de eventos em abril. A equipe usou oito observatórios de rádio para capturar o anel de luz ao redor do vazio, que está no centro da galáxia Messier 87. E se você não leu sobre Katherine Bouman, a engenheira por trás dessa maravilha, é melhor correr aqui.
Pesquisadores franceses esculpiram um labirinto de câmaras
microfluídicas em uma pastilha de silício para imitar o fluxo sanguíneo nas
redes circulatórias. O biofísico Benoît Charlot, da Universidade de
Montpellier, França, capturou esta imagem usando um microscópio eletrônico de
varredura.
3. Círculo celular
Imagem: Carly Ziegler, Alex Shalek, Shaina Carroll (MIT) and Leslie Kean, Victor Tkachev and Lucrezia Colonna (Dana-Farber Cancer Institute); Wellcome Photography Prize 2019
Cada pequeno ponto neste círculo representa uma das cerca de 100.000 células de macacos rhesus. Células com características semelhantes se agrupam, e cada cor representa diferentes tecidos, como timo e linfonodos (azul) e medula óssea (vermelho). Esse tipo de diferenciação celular em imagens é importante em diversas aplicações biomédicas e da biologia e pode ser assistido por técnicas de reconhecimento de padrões e inteligência artificial.
4. Trompetes minúsculos
Imagem: Dr. Igor Siwanowicz
Os stentors são um grupo de protozoários de água doce unicelulares. Esta imagem ganhou o segundo prêmio no concurso Nikon Small World Photomicrography 2019 e foi capturada com um aumento de 40 vezes pelo pesquisador Igor Siwanowicz no Janelia Research Campus do Howard Hughes Medical Institute, em Ashburn, Virgínia. Além de ser uma imagem linda, identificar microrganismos em água é do interesse da engenharia ambiental, na concepção e operação e monitoramento de sistemas de tratamento e do meio ambiente. Os protozoários da foto são inofensivos, mas há situações em que outros organismos podem liberar toxinas contaminantes ou constituírem patógenos.
5. Quebrando o gelo
Imagem: Florian Ledoux
Esta vista aérea do gelo marinho no leste da Groenlândia foi
capturada pelo fotógrafo Florian Ledoux usando um drone. Baixos níveis de
cobertura de neve no inverno, ondas de calor na primavera e um verão ensolarado
contribuíram para o derretimento significativo da camada de gelo da Groenlândia
em 2019.
6. Reunião espacial
Imagem: Christina Koch, NASA
A astronauta Christina Koch tirou esta foto da espaçonave Soyuz carregando sua colega da NASA Jessica Meir quando ela se aproximava da Estação Espacial Internacional (ISS). Em 18 de outubro, a dupla realizou a primeira caminhada espacial feminina da história para reparar uma unidade de bateria defeituosa na ISS.
7. Tortuguita
Imagem: Teresa Zgoda & Teresa Kugler
Esta visualização fluorescente de um embrião de tartaruga
foi a vencedora do concurso de fotomicrografia Nikon Small World 2019. Os
microscopistas Teresa Zgoda e Teresa Kugler costuraram e empilharam centenas de
imagens de estereomicroscópio do embrião de aproximadamente 2,5 centímetros de
comprimento. Sciart.
8. Boas vibrações
Imagem: NASA
Esta imagem de cores falsas mostra ondas de choque provenientes de aeronaves supersônicas US T-38 Talon e foi capturada pela equipe da NASA usando uma técnica experimental de um avião acima. Ele mostra as rápidas mudanças na pressão do ar que levam as pessoas a ouvirem estrondos sônicos. Os dados ajudarão profissionais da engenharia aeronáutica a projetar aviões supersônicos mais silenciosos.
9. Coragem
Imagem: Brent Stirton / Getty
A imagem mostra Petronella Chigumbura, membro do Akashinga,
ou “corajosas”, uma unidade feminina contra a caça furtiva. Elas
patrulham a área de vida selvagem de Phundundu, no Zimbábue, no vale do
Zambeze, onde a caça furtiva de elefantes é comum.
10. Nemo?
Imagem: Morgan Bennett-Smith
Nemo, é você? Nessa pausa para a fofura, um peixe explora uma anêmona-do-mar branqueada no Mar Vermelho, na costa da Arábia Saudita. Como os corais, as anêmonas formam relações simbióticas com as algas que são interrompidas quando os oceanos esquentam demais, fazendo com que a anêmona expulse as algas e se torne incolor.
11. Drop it
Imagem: Stuart J. Williams
Não dá para negar que muita bebida por aí é arte. Essa
microestrutura semelhante a uma teia é feita de gorduras deixadas para trás
depois que os pesquisadores evaporaram uma gota de 1 microlitro de uísque de
bourbon diluído. As gorduras se dissolvem em bebidas alcóolicas com mais força,
mas tornam o drink turvo quando água é adicionada. E por mais que soe como
conversa de bar, é espantoso saber quanta pesquisa existe acerca de secagem de
gotas.
12. Meninas, está focado?
Imagem: Ralf Schneider
A foto da foca sonolenta foi exibida no concurso anual de fotografia sobre vida selvagem do Museu de História Natural de Londres. Por mais que a gente dê mais uma escapada do mundo da engenharia aqui, vale lembrar que esse distanciamento não é tão grande, na medida em que a crise climática nos coloca a postos para proteger a vida selvagem e a nossa qualidade de vida também.
13. Caçadores de mel
Imagem: Kevin Frayer / Getty
Essa imagem de “caçadores” de mel selvagem pendurados precariamente na beira de um penhasco, cercados por abelhas e fumaça, sem dúvida, chama atenção. Os fotografados, que vivem no sul da China e pertencem ao grupo étnico Lisu. Novamente, por mais que pareça distante do contexto da engenharia ou até mesmo do cenário científico, é fundamental abordar práticas tradicionais, que podem se relacionar à engenharia contextual. No caso específico da colheita do mel, sabemos que há uma ameaça pela queda das populações de abelhas, motivada pelo uso intenso de pesticidas e pelas mudanças climáticas.
14. Ferida
Imagem: Sumatran Orangutan Conservation via ZUMA
Este raio-X mostra um orangotango de Sumatra (Pongo abelii) com um braço fraturado e é
uma evidência da aplicabilidade de equipamentos para diagnósticos, inclusive
veterinários. Trabalhadores de biologia da conservação resgataram o animal de
um vilarejo na Indonésia, onde teria sido mantido ilegalmente como animal de
estimação. Os orangotangos de Sumatra estão criticamente ameaçados,
principalmente pela expansão das plantações de óleo de palma.
15. Árvore em chamas
Imagem: Philip Pacheco / AFP / Getty
Esta fotografia de longa exposição traça o chuveiro de brasas de uma árvore devastada durante incêndios que assolaram a Califórnia em outubro. Preferimos não nos meter na seleção da Nature ou colocar fogo no parquinho, mas fica aqui o apelo para os incêndios da Amazônia também.
16. Prisão de baleias
Imagem: TAR-TASS News Agency / Alamy
Olhou direitinho? Essa foto contém baleias beluga (Delphinapterus leucas) e assassinas, descobertas por drones na Rússia em 2018, foram destinadas a serem vendidas para aquários de entretenimento na China, onde sua expectativa de vida seria provavelmente reduzida. As imagens levaram a um pedido internacional para a liberação dos animais e chamaram a atenção dos mais altos níveis do governo russo. Em novembro de 2019, a foto surtiu efeito e o último dos animais foi liberto de volta para o mar.
17. Fenômenos de transportes
Imagem: Navesh Chitrakar / Reuters
Esta imagem de um sapo em uma folha de lótus no Nepal, exemplifica o “efeito lótus”. Ele se refere às propriedades autolimpantes das folhas de lótus, repelentes à água. Partículas de sujeira – ou, neste caso, um sapo inteiro – são capturadas por gotículas, que se acumulam como resultado da nanoestrutura da superfície. Os cientistas descreveram o efeito do lótus pela primeira vez na década de 1970, e desde então tem sido usado em muitas aplicações. Fica aí uma foto que ilustra que, mais uma vez, imitar a natureza é uma das melhores estratégias de progresso e engenhosidade.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
BMW disponibiliza seus algoritmos de inteligência artificial para o público
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2min FILE PHOTO: A logo of German luxury carmaker BMW, is seen ahead of the company’s annual news conference in Munich, Germany, March 20, 2019. REUTERS/Michael Dalder/File Photo
BMW disponibiliza seus algoritmos de inteligência artificial para o público
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2minFILE PHOTO: A logo of German luxury carmaker BMW, is seen ahead of the company’s annual news conference in Munich, Germany, March 20, 2019. REUTERS/Michael Dalder/File Photo
A BMW é conhecida por suas técnicas avançadas de automação na fabricação, referência da indústria 4.0. Agora, a montadora está abrindo alguns dos algoritmos de inteligência artificial (IA) para o público, soltando os códigos na plataforma GitHub. Bom ou ruim, é uma atitude que chama tanta atenção quanto um BMW por aí.
Imagem: BMWBlog.
Reconhecimento de imagens aplicado à “fiscalização” da
produção
Os algoritmos de IA que foram liberados na GitHub estão focados no software automatizado de reconhecimento e identificação de imagens da BMW. O objetivo da empresa ao soltar os algoritmos é que desenvolvedores ao redor do mundo os usem para melhorar o código. Esse papo colaborativo é bem comum no mundo da computação.
Em uma divulgação no blog da BMW, Dirk Dreher, chefe de planejamento
logístico, mencionou que “Com os algoritmos que estamos publicando agora, o BMW
Group reduziu significativamente o tempo de desenvolvimento de redes neurais
para sistemas de transporte autônomo e robôs”. Então, sim, há planos ousados de
automação, com IA integrada.
Imagem: BMWBlog.
BMW de braços abertos e código também
Ao disponibilizar seu código-fonte ao público, a BMW obtém
ajuda para levar seu software de IA para níveis refinados, enquanto os
desenvolvedores têm acesso ao seu software de identificação de padrões de
imagens digitais. As redes neurais comparam imagens ao vivo em produções e
logística com imagens em bancos de dados para identificar quaisquer diferenças.
Isso melhora a produtividade e reduz o potencial de cometer erros.
O objetivo de tornar os algoritmos open-source, isto é,
abertos ao público, foram reiterados também por Kai Demtröder, chefe de
inteligência artificial e plataforma de dados da BMW, na mesma publicação do
blog: “Estamos fazendo grandes investimentos em inteligência artificial. Ao compartilhar
nossos algoritmos com a comunidade global de desenvolvedores, queremos fazer
nossa parte e tornar a IA acessível a um amplo grupo de usuários. Esperamos que
o desenvolvimento adicional de código aberto leve a um avanço rápido e ágil do
software”.
Todos os usuários dos algoritmos permanecem anônimos,
mantendo o espírito da abordagem de código aberto, disse a BMW no blog. A empresa
também declarou que verificará todas as sugestões de usuários e desenvolvedores
externos antes que sejam colocadas em prática e compartilhadas com a
comunidade. Muita gente vai trabalhar de graça com isso, mas será apenas no caso
de haver interesse. Outra questão é chamar atenção da equipe de TI, no caso da
proposição de alterações pertinentes e úteis nos algoritmos.
We are proud to share #AI algorithms used in production on an open source platform, in order to allow developers from all over the world to view, change and take the source code to the next level. #BMWGrouppic.twitter.com/zmki9gwi5S
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Qual a diferença entre veículos elétricos e híbridos?
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 3min
A gente adora novidades sobre automóveis e vê a importância
de tornar a indústria automotiva mais sustentável, bem como a circulação dos
veículos por aí. Nesse cenário, é comum escutar sobre carros elétricos e híbridos
e quão verdes eles podem ser. Mas qual a diferença entre híbridos e elétricos e
o que isso tem a ver com o meio ambiente?
Imagem: capitalmotorcars.com
Diferença entre veículos elétricos e híbridos
Dentre as opções mais sustentáveis, podemos dizer que os veículos
híbridos são os veículos “verdes” mais comuns disponíveis. Como o
próprio nome sugere, um carro híbrido é alimentado por dois ou mais tipos de
energia: um veículo híbrido mais comum dentre os encontrados por aí pode
funcionar com um motor de combustão interna padrão que aciona um motor
elétrico.
Em poucas palavras, podemos dizer que um híbrido não é
necessariamente conectado à uma estação de carga como outros veículos elétricos
fariam normalmente. Em vez disso, sua bateria ou célula de combustível é
alimentada pelo próprio motor, principalmente através da energia extra
produzida quando você começa a frear. Por esse motivo, os híbridos geralmente
funcionam melhor na cidade do que para longas viagens em rodovias.
Por outro lado, os veículos elétricos, cuja história a gente já contou aqui, têm um motor elétrico alimentado por baterias recarregáveis. Ele é alimentado por qualquer fonte de energia a que você conecte. Mas como você reabastece um veículo híbrido ou elétrico? Quão longe você pode dirigir antes de recarregar? Quanto tempo demora para carregar essas baterias? A energia elétrica utilizada na recarga vem de uma matriz limpa?
Disponíveis por aqui
Não precisa chegar em um Tesla para ter contato com esse tipo de veículo (apesar de a gente cobiçar tamanha exclusividade). Essas e outras questões fizeram com que a popularização dos veículos híbridos esteja preponderante em relação aos carros elétricos.
Considerando isso, vale dar uma olhadinha na review que o Engenharia 360 fez do Toyota Prius, conta com o sistema Hybrid Synergy Drive (HSD) e combina um motor a gasolina de 1.8 com 98 cavalos com o outro elétrico de 72 cavalos. Em testes no Japão, ele acelerou de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Mas essa aceleração foi atingida em 7,6 segundos pelo Golf GTE, o primeiro híbrido que a Volskwagen lançou no Brasil e a gente também fez o test drive.
Futuro dos elétricos e híbridos
A presença dos carros elétricos e híbridos no Brasil ainda é discreta. Muito porém, a perspectiva de integrar esses veículos com demais formas de mobilidade para last mile run pode acabar espalhando esses carros em centros urbanos. Essa é a estratégia da Volkswagen, inclusive.
Outra questão é a disponibilidade de redes de recarga ultrarrápida, para facilitar o abastecimento desses veículos. A necessidade desse tipo de estrutura foi prevista e a gente também apresentou por aqui.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Tesla passa a cobrar por serviço básico de conectividade em seus veículos
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 3min
Para continuar utilizando
todos os recursos do veículo, quem adquiriu um Tesla a partir de 1º de julho de
2018 vai precisar pagar uma mensalidade. As tarifas do pacote Premium
Connectivity custarão 10 dólares americanos e darão acesso a mapas via satélite
e condições de tráfego ao vivo. Bem, com toda a automação do carro, é
fundamental que esse tipo de dado seja obtido facilmente, mas pagar um extra de
conectividade parece um pouco “fura-olho”, por mais que a tarifa não seja alta.
Imagem: electrek.co
Tudo incluso, só que não.
Cabe ressaltar que essa
tarifa é para custear a conectividade com dados cruciais para navegação no
veículo. Outros recursos, principalmente aqueles voltados para entretenimento, como
streaming de mídia, navegação genérica na internet e karaokê, continuarão
acessíveis via WiFi, sendo possível utilizá-los através do pacote de dados do
smartphone, por exemplo.
Outro ponto importante sobre essa mensalidade é que não haverá gratuidade para quem adquiriu um veículo antes da data estipulada. Isso pode soar bem chato para os clientes, visto que um dos pilares da Tesla sempre foi oferecer esse serviço de conectividade como um item básico dos seus veículos. Afinal de contas, os carros da Tesla ostentam um painel interativo maior do que um tablet convencional e presume-se que o usuário queira explorar essa ferramenta ao máximo.
Porém a empresa do nosso querido Elon Musk já vinha dando indícios de que faria algo nesse sentido. Uma dessas pistas gerou alvoroço e especulação, quando os limites de dados passaram a ser monitorados e o consumo exibido no painel dos carros.
Imagem: electrek.co
Conectividade básica, porém Premium – da Tesla.
Quando a Tesla lançou o Modelo S pela primeira vez em 2012, alguns proprietários ficaram bastante perplexos com o fato de que o serviço de internet veio com os carros sem nenhum custo e não havia nenhuma indicação clara de quando isso mudará. Em 2014, Tesla esclareceu que a conexão à Internet seria por quatro anos, mas o prazo chegou e a Tesla continuou oferecendo conectividade gratuitamente.
Mais recentemente, a
montadora começou a introduzir diferentes níveis de conectividade:
Conectividade padrão: oferecia mapas e navegação
básicos, música e mídia por Bluetooth® e atualizações de software por Wi-Fi.
Premium Connectivity: adicionava mapas via
satélite com visualização de tráfego ao vivo, streaming de música e mídia no
carro, um navegador da Internet (para o Modelo S e Modelo X) e atualizações de
software via Wi-Fi e celular.
É possível que os fãs da marca não se afetem com o custo de 10 dólares mensais (que devem ser simbólicos para quem banca um Tesla), visto que transmite um ar de exclusividade. Contudo, isso não é muito democrático e pode estar igualmente associado à limitação. De toda forma, a polêmica que fica é: esse será o único pacote de assinaturas ou outras taxas para o bom funcionamento dos sistemas integrados serão incluídas sem aviso prévio? Outra coisa: começou em dez dólares, depois para quando isso irá migrar?
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Algoritmo de reconhecimento de imagem pode explicar o que “vê”
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 2min
Quando a nós olhamos para alguma imagem, somos capazes de identificar o que é com base em uma coleção de recursos reconhecíveis. Uma inteligência artificial, no entanto, simplesmente procura padrões de pixels da imagem como um todo, o que a torna mais susceptível a erros e dificulta a análise. Mas isso pode mudar agora que um novo algoritmo de reconhecimento de imagem usa a maneira como os humanos veem as coisas.
Imagem: technologyreview.com
Uma coisa de cada vez
Em vez de treinar uma rede neural em imagens completas de
pássaros, pesquisadores da Duke University e do MIT Lincoln Laboratory
treinaram-na para reconhecer as diferentes características que compõem o
animal, tal como a gente faria: o formato do bico e da cabeça de todas as
espécies e a coloração de suas penas. Apresentado com uma nova imagem de um
pássaro, o algoritmo pesquisa esses recursos reconhecíveis e faz previsões
sobre a quais espécies eles pertencem. Ele usa a evidência cumulativa para
tomar uma decisão final.
Para uma imagem de um pica-pau de barriga vermelha, o
algoritmo pode encontrar dois recursos reconhecíveis nos quais ele foi
treinado: o padrão em preto e branco de suas penas e a coloração vermelha de
sua cabeça. A primeira característica poderia combinar com duas espécies
possíveis de aves: o pica-pau de barriga vermelha ou de barba vermelha. Mas o
segundo recurso combinaria melhor com o primeiro. Quem aí já teve contato com “passar
a chave de identificação” em aulas de biologia sabe do que a gente está
falando.
Imagem: Chen et al., 2019.
A partir das duas evidências, o algoritmo argumenta que a
imagem é mais provável da primeira. Em seguida, exibe as imagens dos recursos
encontrados para explicar a um ser humano como chegou a sua decisão.
Por meio de testes, os pesquisadores também demonstraram que
a incorporação dessa interpretabilidade em seu algoritmo não prejudicou sua
precisão. Tanto na tarefa de identificação de espécies de aves quanto na de
modelo de carro, eles descobriram que seu método se aproximava – e em alguns
casos excedia – dos resultados mais avançados alcançados por algoritmos não
interpretáveis.
Aplicabilidade do reconhecimento de imagens gradual e explicativo
Para que os algoritmos de reconhecimento de imagem sejam mais úteis em ambientes de alto risco, como hospitais, onde podem ajudar um médico a classificar um tumor, por exemplo, eles precisam ser capazes de explicar passo-a-passo como chegaram à sua conclusão em um ambiente humano, de maneira compreensível. Não só é importante que os humanos confiem neles, mas também ajuda os seres humanos a identificar mais facilmente quando a lógica está errada.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
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