Vídeo mostra momento em que radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, desaba
por Rafael Panteri | | ATUALIZADO EM 2min
Os dados continuarão arquivados para que pesquisadores possam usá-los.
A astronomia começou o mês de dezembro com uma triste notícia. O radiotelescópio gigante do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, se desprendeu e despencou de uma altura de 120 metros.
Estrago causado com a queda de radiotelescópio. (UCF)
O equipamento construído na década de 1960 foi utilizado por estudantes e pesquisadores de todo o planeta até o mês de agosto, quando foi desativado. Durante toda sua vida útil, enfrentou furacões, umidade tropical e uma série de terremotos que causaram danos irreversíveis à estrutura.
Após 57 anos de serviços, o telescópio seria demolido de forma controlada por engenheiros, uma vez que não havia possibilidade de reparos seguros. Infelizmente, não deu tempo e a plataforma com mais de 900 toneladas despencou sobre o prato refletor. Uma queda de mais de 120 metros.
Veja o vídeo a seguir:
Vídeo do momento em que radiotelescópio de Arecibo desaba.
No momento do colapso, a equipe do Observatório realizava análises sobre a estrutura. As imagens foram feitas por drones que acompanhavam o estudo. Segundo especialistas, o destino do segundo maior radiotelescópio do mundo fora decidido em agosto deste ano, quando Porto Rico enfrentou o furacão Isaías.
Um cabo auxiliar de 3 polegadas (7,62 cm) se soltou de uma das torres e atingiu o disco abaixo dele. O impacto abriu uma fenda de 30 metros dos painéis. Os engenheiros decidiram, então, que a estrutura estava condenada e não havia reparos possíveis.
Imagem de 11 de agosto mostra os danos causados por cabo rompido. Foto: Observatório de Arecibo via AP
O radiotelescópio deixou seu legado para a ciência e seus dados continuarão arquivados para que pesquisadores possam usá-los. Petições online pedem sua reconstrução, possibilidade que será analisada pelo Observatório de Porto Rico.
Imagem mostra o radiotelescópio danificado no Observatório de Arecibo, em Porto Rico, no dia 17 de novembro de 2020 — Foto: Imagem de satélite / Maxar Technologies via AP
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.
por Kaíque Moura | | ATUALIZADO EM 4minEngenharias que talvez você não conheça. Créditos: blog.ipog.edu.br
Existem algumas engenharias que ainda são um pouco desconhecidas no mercado de trabalho e no meio acadêmico.
Quando falamos sobre engenharia, logo vem em mente projetos, pontes, construções e uma enorme quantidade de cálculos. O que muitas pessoas não sabem é a quantidade enorme de campos que a engenharia dispõe em sua estrutura.
Créditos: maisengenharia.altoqi.com.br
Talvez isso ocorra porque muitas pessoas não conhecessem de forma clara o conceito em si de trabalhar na engenharia. A UNESCO esboça que engenheiros trabalham com “compreensão, design, desenvolvimento, invenção, inovação e o uso de materiais, máquinas, estruturas, sistemas e processos para fins específicos”. Isso nos dá uma noção de quanta coisa a engenharia está envolvida. E tem áreas que muitas pessoas nem imaginam. Assim, hoje vamos conhecer algumas áreas ligadas à engenharia que talvez você não conheça.
Engenharia Biomédica
Esse campo da engenharia trabalha com a criação de projetos de produtos ou sistemas médicos, como por exemplo peças de substituição da articulação ou instrumentos de trabalho cirurgião. Ou seja, os(as) engenheiros(as) biomédicos irão projetar, criar e testar novos equipamentos. E essas criações podem ajudar a salvar a vida das pessoas.
Créditos: exame.com
Um detalhe curioso é que muitos engenheiros que atuam nessa área queriam ser médicos, mas entenderam que seguir nessa carreira lhes permitiria ajudar as pessoas e ainda explorar seu interesse no lado técnico da engenharia.
Engenharia Forense
O engenheiro forense é o profissional responsável pela investigação da real causa da falha em uma máquina, estrutura ou material e que tenha causado ferimentos ou danos materiais.
Esses profissionais são chamados para investigar o motivo de um produto não estar funcionando conforme estabelecido, tornando possível melhorar o desempenho futuro. Eles geralmente se especializam em áreas específicas como mecânica, civil ou elétrica.
Engenharia de Petróleo
Para aquelas pessoas que curtem viajar e conhecer engenheiros de todo mundo, a engenharia do petróleo é uma excelente opção. Com os maiores assentamentos no Oriente Médio e na América do Norte, o setor de petróleo atrai engenheiros de todo o mundo.
Créditos: marcuspetroleoegas.blogspot.com
Uma das atribuições designadas a esses profissionais é analisar novas reservas de petróleo para calcular se sua exploração é lucrativa.Caso a resposta seja positiva vão de fato atuar nosnos poços e nas usinas de extração para tirar o óleo sob a superfície da forma mais segura e eficiente em termos de custo.
Engenharia de Mineração
Sabe-se que o mundo depende também dos combustíveis fósseis. E para essa área específica existe um profissional extremamente importante que é o engenheiro de mineração. Essa área da engenharia é para quem deseja abrir poços e minas subterrâneas , supervisionar a construção de túneis em minas subterrâneas e calcular a melhor maneira de transportarmateriais escavados para usinas de processamento e refinarias. Manter os mineiros seguros é uma parte importante desta profissão.
Engenharia de Mineração. Créditos: www.lgnpneus.com.br
De acordo com o State Bureau of Labor Statistics dos EUA, a expectativa é de que haja um crescimento na área de mineração de 6% entre 2014 e 2024. Este escritório também indicou que as oportunidades de emprego para engenheiros que ingressam neste campo são “favoráveis”.
Engenharia Naval
De acordo com o Serviço Nacional de Corridas do Reino Unido, os engenheiros navais são profissionais que “projetam, constroem, testam e reparam barcos, barcos, engenhocas subaquáticas, plataformas offshore e equipamentos de perfuração”.
Engenheiros Navais. Créditos: lannav.com.br
Algumas das tarefas dos engenheiros navais são: construir, manter navios e garantir que os motores e instrumentos a bordo funcionem com segurança. Da mesma forma, há oportunidades de viagens, pois eles precisarão visitar a perfuração offshore em outros países e regiões onde os navios estão sendo construídos.
Um detalhe curioso é que os engenheiros navais precisam ter uma certa resistência física, pois podem estar trabalhando nas casas de máquinas dos navios, onde costumam ser atingidos 50ºC.
E se você quiser conhecer um pouco mais das mais de 39 engenharias homologadas no Brasil, clique aqui!
Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.
Como funciona a operação de Load In/Load Out de um módulo de serviços?
por Cristiano Oliveira da Silva | | ATUALIZADO EM 5min
Entenda o que é uma operação de Load In / Load Out, muito comum na Indústria Naval.
Nos últimos anos, com a descoberta da camada pré-sal, houve investimento significativo em plataformas para a exploração de Petróleo. São diversas tipologias de plataformas de exploração: Semissubmersíveis, Fixas, Autoeleváveis, Navio-sonda, FPSO (Floating, Producing, Storage and Offload).
A operação que será apresentada refere-se ao Módulo de Serviços (MS) de uma Plataforma do tipo FPSO, que foi construída em Niterói e transportada até outro estaleiro no Caju, na cidade do Rio de Janeiro, tendo sido necessário atravessar a Baía de Guanabara.
Dada a limitação da capacidade produtiva dos estaleiros nacionais, uma prática muito comum é que partes que compõem uma FPSO (módulos de serviço, de acomodações, helideck, estruturas de reforço dentre outros) sejam produzidas por estaleiros diferentes e posteriormente essas partes sejam transportadas e integradas à Plataforma, garantindo assim o cumprimento dos prazos, demanda por trabalho nos estaleiros e geração de empregos na indústria da construção naval.
O módulo de serviços é uma edificação feita em estrutura metálica, cuja função é abrigar os principais sistemas internos de funcionamento de uma embarcação do tipo FPSO.
Vista geral de um MS
Para realização de uma operação segura, foi feito um planejamento com todas as ações necessárias para garantir que o módulo de serviços fosse transportado atendendo todas as normas e boas práticas de engenharia.
Como preparação, são necessárias algumas ações preliminares, como a soldagem de olhais na estrutura do módulo de serviços e na Balsa para fazer o “seafasting” (amarração/fixação da carga na balsa); construção de suportes para apoiar o módulo de serviços sobre a embarcação e em seu destino; e verificação da estrutura do cais, por onde o módulo de serviços passará transportado sobre linhas de eixo.
Posicionamento do módulo de serviços sobre apoios fixados na balsa
A carga de um módulo de serviços é da ordem de 1.000 toneladas. Para chegar ao valor exato da carga movimentada, é realizada uma etapa de pesagem do Módulo, que consiste em apoiá-lo sobre um grupo de macacos-hidráulicos que fornecerão o peso e a estimativa do centro de gravidade da carga. Como base de comparação, dispõe-se de um documento chamado Controle de Peso, onde o peso e CG são calculados teoricamente com base no que foi construído.
A operação de Load in / Load out se resume a:
Posicionar o módulo sobre uma linha de eixos;
Realizar o transporte e posicionamento na balsa através de linhas de eixo;
Realizar o traslado marítimo com o módulo sobre uma balsa;
Realizar o transporte do módulo de serviços até a posição final através de linhas de eixo.
A influência da Lua e da Maré no planejamento e realização da operação
Para que a operação ocorra de forma controlada e segura, é fundamental a escolha do melhor horário para sua realização baseando-se numa Tábua de Marés, fornecida pela Marinha do Brasil.
Sabe-se que o efeito da maré está diretamente relacionado à interação gravitacional entre a Terra e a Lua, criando um ciclo de marés máximas e mínimas (preamar e baixamar, respectivamente). Sendo assim, a maré é uma variável muito importante para manter a balsa nivelada durante o carregamento e o descarregamento do módulo.
Para ajudar na manutenção do nível da Balsa durante a operação, é utilizado como recurso a variação do lastro da Balsa, através do bombeamento de água para dentro ou para fora dos tanques de lastro da embarcação, como será descrito adiante.
Transporte terra – balsa (Load In)
Para garantir o nivelamento durante o Transporte em terra do módulo de serviços, as linhas de eixos são dotadas de sistema de suspensão independente por eixo, cuja principal finalidade é manter o nível da base da carga plana durante seu traslado em terra e corrigir eventuais desníveis através da extensão ou retração dos pistões da suspensão de seus eixos.
Uma vez posicionado o módulo de serviços sobre as linhas de eixo, se dá o início do transporte até a Balsa. A condição de maré ideal é aquela onde o nível do mar esteja “subindo”. Uma vez que a Balsa esteja nivelada com a borda do cais, posicionam-se chapas metálicas de transição, que são responsáveis pela ligação cais-balsa e por onde as linhas de eixo passarão.
Como está sendo adicionada carga na balsa, a tendência é que ela entre mais na água devido à carga adicional (ou seja, aumente seu calado). Por essa razão, a maré deve estar subindo para ajudar na compensação de nível entre balsa e cais.
A saber: a taxa de variação de maré do local onde foi realizada a operação, é da ordem de 0,9m/6hs, que resulta em 15cm/h. Ou seja, é uma taxa relativamente baixa para a velocidade da operação (a transição terra-balsa pode levar de 1 a 2h). Dessa maneira, para acelerar a operação, ocorre nessa etapa o esvaziamento de alguns tanques de lastro, seguindo a lógica de que o peso de água que sai é aproximadamente o peso da carga que está sendo adicionada. Evidentemente, essas etapas são planejadas no tempo, respeitando a Lei de Arquimedes e o carregamento se dá de forma controlada e por passos, respeitando a variação da maré e a velocidade de esvaziamento dos tanques de lastro, com a finalidade de manter sempre a balsa o mais alinhada possível ao nível do cais.
Início da movimentação de traslado em terra do MSPosicionamento das chapas/rampa de transição Início da operação de Load In
Transporte marítimo
Com o módulo de serviços carregado na Balsa, é realizado o “seafasting” para garantir a sua fixação à Balsa e suportar os esforços de inércia durante o transporte marítimo. Nesse caso, a Balsa não tinha propulsão própria, de modo que se fez necessária a utilização de rebocadores para a realização do transporte.
Para a realização dessa etapa é necessário o alinhamento com as autoridades portuárias locais, para que estas autorizem a movimentação da carga.
Transporte marítimo através de reboque da balsa
Transporte balsa – terra (Load Out)
Com a Balsa em seu destino, realizam-se os procedimentos para o descarregamento, como a fixação da Balsa ao cais através de sua amarração e retirada do “seafasting”.
No caso do Load Out, a melhor condição de maré é aquela em que ela esteja “descendo”, uma vez que será tirada carga da embarcação e sua tendência é subir em relação ao nível da água (diminuição de calado).
Para ajudar na manutenção do nível da Balsa durante essa etapa, é utilizado como recurso a variação do lastro da Balsa, através do bombeamento de água para dentro dos tanques de lastro da embarcação, aumentando seu peso e compensando a carga que está sendo retirada.
Vídeo – Operação de Load Out (Créditos: Jarbas Capistrano)
Considerações finais
Em relação a essa operação, sua conclusão se dá com o posicionamento do módulo de serviços no local pré-definido para seu recebimento.
Posteriormente, houve a etapa de montagem do módulo de serviços na embarcação FPSO, que se deu através de içamento e posicionamento na Plataforma. Apresentaremos em breve essa operação em outra matéria. Fique de olho e continue acompanhando nossas publicações!
Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.
Confira quanto ganhou em média cada profissional da engenharia em 2020
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2minImagem: unsplash.com
“Qual a sua pretensão salarial?” Essa é uma pergunta comum em entrevistas de emprego e que muitas vezes nos deixa na dúvida. É difícil saber se vamos ser descartados por ter pedido um valor muito alto ou por ter pedido um valor baixo, mostrando que não nos valorizamos. Por isso, nós trouxemos alguns salários da Engenharia em 2020 para você ficar por dentro de quanto o mercado está pagando atualmente.
Imagem: Fabian Blank | via Unsplash
Lista de salários da Engenharia em 2020
As informações foram calculadas pelo portal Catho e nós filtramos por Engenharias, trazendo resumido logo abaixo. Os dados são da média salarial no Brasil.
Serviços: R$ 6.855,16
Qualidade: R$ 5.440,35
Agronômica: R$ 4.174.38
Civil R$ 3.154,16
Mecânica R$ 5.995,07
Processos R$ 5.915,11
Telecomunicações R$ 6.835,22
Química R$ 4.271,91
Eletroeletrônica R$ 3.947,33
Eletrônica R$ 6.185,90
Segurança do Trabalho R$ 6.072,10
Ambiental R$ 5.997,45
Florestal R$ 5.655,30
Metalúrgica R$ 5.440,48
Minas R$ 6.549,86
Sistemas R$ 7.210,67
Agrimensura R$ 5.872,43
Materiais R$ 6.015,24
Naval R$ 8.820,30
Computação R$ 4.005,96
Aeronáutica R$ 4.842,14
oftware R$ 8.189,14
Manufatura R$ 6.787,32
Industrial R$ 5.535,92
Elétrica R$ 6.334,42
Controle e Automação R$ 6.028,27
Projetos R$ 5.811,41
Mecatrônica R$ 3.813,80
Agrícola R$ 4.693,96
Automação Industrial R$ 6.567,25
Clínica R$ 3.971,20
Sanitária R$ 4.031,20
Produto R$ 5.134,03
Rodoviária R$ 6.356,33
Petróleo R$ 11.117,84
Cálculos R$ 6.776,84
Geotécnica R$ 7.584,17
Quer saber quanto recebeu cada profissional da Engenharia no ano passado? Clique aqui para conferir os salários máximos, médios e mínimos dos profissionais em 2019!
O que você achou dos valores? Acha que a média salarial está bem representativa ou acima/abaixo do que você conhece? Deixe seu comentário abaixo!
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Estudo em casa: veja 4 estratégias para ter sucesso
por Clara | | ATUALIZADO EM 2min
Estudar remotamente demanda organização e foco. Conheça dicas que podem te ajudar nessa missão!
Em março de 2020 já sabíamos que o ano seria histórico, em razão da pandemia de Covid-19. Além disso, 2020 também marcou uma expansão generalizada do ensino a distância (EAD).
O EAD já existia antes da quarentena, e por isso mesmo diz-se que a pandemia “acelerou tendências”. No entanto, muitas pessoas tiveram esse ano o primeiro contato com a modalidade de ensino, em função do isolamento social.
Apesar das vantagens inegáveis, estudar em casa pode ser uma cilada se você não souber se organizar. Quando acompanhamos um curso online, ou mesmo estudando por conta própria, alguns hábitos fazem toda a diferença no aprendizado.
Sabemos que cada pessoa tem seu jeito de aprender, ainda mais quando as aulas são no conforto de casa. Confira a seguir algumas recomendações para você garantir um estudo em casa mais eficiente.
1. Organize seu espaço
Muitas pessoas veem como vantagem o fato de poder acompanhar uma aula inteira deitado na cama, e com a câmera desligada. Contudo, não é sempre que temos esse “luxo”, mesmo quando a aula é em casa. O fato é que ter um local especial para os estudos pode ser muito proveitoso, inclusive quando estudamos sozinhos.
Pode ser uma mesa estilo escritório, ou mesmo sentado em algum canto, o importante é que você crie um ambiente que faça sentido pra você. Arranje um lugar tranquilo que te ajude a focar, e não se distrair.
Imagem: Pixabay
2. Foque no que está fazendo
Falando em foco, é imprescindível evitar as distrações virtuais. As aulas remotas têm essa contradição: os mesmos aparelhos pelos quais assistimos uma aula também podem nos distrair.
Por isso, ao fazer uma aula, se habitue a fechar todos os softwares, aplicações e abas que não está usando. O mesmo vale para o celular, a não ser que seja necessário para a aula ou no caso de assistir a aula por ele.
3. Determine seus horários
Sendo EAD ou presencial, não tem como fugir dessa dica. Uma sugestão é perguntar a si mesmo(a) o quanto você gostaria de estudar determinado assunto por dia.
Depois, faça uma lista ou tabela de horários em que você realmente pode fazer isso, de acordo com seus outros afazeres. Assim, monte sua agenda de estudo. É muito importante ter disciplina no cumprimento de horários, mas atente-se igualmente à qualidade do seu estudo.
4 – Considere suas circunstâncias
Por fim, precisamos nos atentar às condições em que vivemos. Infelizmente, nem sempre temos em casa situações ideais para acompanhar cursos online, por diversos motivos.
Computador, internet, problemas com vizinhos, família, enfim, as variáveis são muitas. Independentemente disso, seja pragmático: não hesite em deixar claro para as pessoas ao redor (e pra você mesmo) o quão importante é aquele horário de estudo para seus objetivos.
E então, o que achou das estratégias? Não deixe de considerá-las para potencializar seu aprendizado.
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Conheça o passado, o presente e o futuro da Realidade Aumentada
por Clara | | ATUALIZADO EM 3min
Hoje em dia, a Realidade Aumentada está presente em diversos setores. Produtos imersivos, softwares que aumentam o tamanho de vírus e até games como Pokémon Go se utilizam desse conceito.
Mas afinal, o que é Realidade Aumentada?
Realidade Aumentada é uma visão do mundo físico na qual alguns elementos são realçados ou modificados por um software. Essa tecnologia utiliza dados gráficos, sonoros, ou de localização (GPS), por exemplo, para “ampliar” o real.
Apesar da forte presença no cotidiano atual, há algumas décadas a aplicação da RA era rudimentar. Na verdade, a origem do conceito tem uma certa ironia: apesar do nome Realidade Aumentada, ela apareceu primeiramente no mundo da ficção.
Do imaginário ao real
“A imaginação transforma o banal em algo extraordinário, e cria o novo a partir do que já existe”, disse certa vez Lyman Frank Baum, autor da série de livros do Mágico de Oz.
Afinal, outra obra sua não tão conhecida é a novela The Master Key, publicada em 1901, contando a história de um garoto que por acaso encontra o Demônio da Eletricidade, O menino recebe então alguns presentes, sendo um deles o “marcador de caráter”, óculos que mostra a quem o usa informações sobre o caráter das pessoas detectadas em seu campo de visão.
Pode-se dizer que o primeiro projeto que trouxe algo nesse sentido para o mundo real foi o Sensorama, invenção de 1957 do cineasta Morton Heilig. O objetivo era proporcionar imagens, sons, vibrações e cheiros para o espectador. Apesar de ainda não utilizar computadores, foi uma tentativa pioneira de adicionar “dados” a uma atividade de entretenimento.
Já em 1968, Ivan Sutherland, cientista da computação estado-unidense, inventou um dispositivo análogo, agora com computadores. Todavia, o custo da tecnologia usada naquele tempo inviabilizava sua fabricação em série.
Também apareceram as criações de Myron Krueger (artista visual) e Steve Mann (fotógrafo computacional), respectivamente em 1975 e 1980, que avançaram as pesquisas nessa área. O nome “Realidade Aumentada”, porém, foi cunhado apenas em 1990 por Thomas Caudell.
Dos anos 90 aos dias de hoje
O primeiro sistema de RA de fato foi o Virtual Features, desenvolvido por Louis Rosenberg em 1992: um complexo sistema robótico desenhado para compensar a falta de velocidade nos gráficos 3D da época. Desde então, vários avanços foram feitos, tanto na parte de hardwares quanto nos softwares.
Hoje, a indústria da tecnologia se volta incessantemente para essa “nova realidade”, assim como para a Inteligência Artificial. Já existe uma série de apps disponíveis que, se servindo desses avanços, auxiliam em atividades de diversas áreas do conhecimento: Arqueologia, Artes, Marketing, Biologia, Educação, Jogos eletrônicos, Esportes, Turismo, etc.
O futuro da RA
Considerando que os smartphones se tornaram parte integral das nossas vidas em poucos anos, certamente a RA ainda trará grandes mudanças para a experiência cotidiana, muito além do que conhecemos. Um dos ramos que provavelmente evoluirão nesse sentido é o da Internet das Coisas, por exemplo.
Por isso, uma das profissões que certamente terão importância no século 21 será o Designer ou Programador UX (do inglês: user experience), ou seja, o profissional da tecnologia que trabalha para o desenvolvimento de recursos de RA, para melhorar a eficiência e qualidade de determinadas experiências.
O potencial da RA é aparentemente infinito. A grande questão que fica, é: como isso afetará nossas vidas no dia-a-dia, nas próximas décadas?
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Como proteger sua casa de ciclones e outros desastres naturais?
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 6minImagem de 12019 em Pixabay
A Terra está passando por severas transformações climáticas. Especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) alertam sobre o aumento de fenômenos meteorológicos extremos que ameaçam a segurança das pessoas. O alarmante aumento do nível do mar, acompanhado por um expressivo número de furacões e ciclones nos últimos anos, é uma preocupação crescente.
Um exemplo recente é o aumento das tempestades que frequentemente atingem o sul dos Estados Unidos, Cuba e ilhas vizinhas, com categorias próximas a cinco na escala Saffir-Simpson. Em 2020, o “Ciclone Bomba” afetou o sul do Brasil, trazendo chuvas torrenciais e ventos de até 120 km/h. As previsões indicam a possibilidade de mais ciclones severos nos próximos meses e anos.
Infelizmente, eventos como esses podem se repetir no futuro. Embora seja difícil prever a reação da natureza, podemos melhorar o planejamento de nossas obras de Arquitetura e Engenharia para mitigar ou até impedir que desastres naturais comprometam a segurança das pessoas. A população também deve se informar sobre como reagir a ciclones e adotar melhores práticas de segurança. Debatemos mais sobre o tema no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Eventos como os que foram citados na introdução deste texto – tipo os ciclones – costumam causar grandes estragos. Eles derrubam árvores e provocam inundações de centros urbanos, destruição de redes elétricas, destelhamento de casas e queda de estruturas. O rastro de destruição e as montanhas de entulhos resultantes disso são mesmo impressionantes. Moradias acabam cedendo e vidas são perdidas.
Na maioria das vezes, boa parte disso poderia ser evitada se sempre fossem cumpridas as normas de bom desempenho para edificações. E, também, se todos estivessem sempre atentos nas características dos terrenos onde são construídos estes prédios – afinal, deslizamento de terra é coisa comum de acontecer com fortes chuvas.
Materiais de Construção: Mito ou Realidade?
Uma dúvida comum é se a qualidade dos materiais utilizados é a causa dos problemas.
No Brasil, boa parte das casas é feita de alvenaria e acredita-se que estas construções sejam mais fortes por isto; mesmo assim, muitas acabam sendo afetadas pelos desastres naturais. Já nos Estados Unidos, por exemplo, a tradição é construir casas de madeira – principalmente visando ambientes termicamente mais agradáveis no período do inverno. Só que elas não suportam bem abalos sísmicos e rajadas de vento de tempestades mais violentas. Então, talvez possamos dizer que o segredo estaria nos métodos adotados!
Soluções de arquitetura e engenharia para mitigação
É crucial que grandes obras, como edifícios e muros, sejam projetadas por profissionais qualificados. Imóveis projetados por arquitetos e engenheiros devem seguir normas técnicas rigorosas.
Dimensionamento Estrutural: Elementos estruturais devem ser adequadamente dimensionados e suportados por fundações robustas.
Impermeabilização: As paredes devem ser bem impermeabilizadas, com drenagem adequada para evitar acúmulo de água.
Resistência a Ventos: Telhados devem ser reforçados com travamentos, e portas e janelas devem ser lacradas e fabricadas com materiais de alta resistência.
“Há vários fatores que devem ser observados na hora de construir uma residência, dentre eles: análise do solo (…); escolha do sistema estrutural mais conveniente e apropriado (…); definição do sistema de vedação no que se refere às paredes; e, por fim, a escolha da cobertura.”,
“Então, qualquer coisa que acontecer no projeto, se não for bem executado, o profissional (arquiteto ou engenheiro) é que vai responder, civil e criminalmente.”
– arquiteta Marina Proto e engenheira civil Daiana Rodrigues, em reportagem de Jornal IBIA.
Imagem de Pixabay
Investimentos em tecnologia
Muitas construtoras têm investido mais em tecnologia para a realização de ensaios de seus modelos de edifícios, prevendo a reação dos elementos a possíveis deslizamentos de terra, cargas de vento de ciclones e muito mais. É possível que, após diversos cálculos, chegue-se a um consenso para a mudança do material construtivo sugerido no início do planejamento. Ou mesmo que tenha que se mudar o formado do modelo para aumentar a resistência do edifício.
Claro que, posteriormente, no momento da obra ou de uma reforma futura, possam ser diagnosticados outros problemas. Daí, só mesmo esses profissionais qualificados é que poderão definir as soluções adequadas – como o reforço ou o preenchimento de pilares e vigas com ferragens expostas.
No Brasil, a Norma 15.575/2003 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – orienta os projetistas sobre as definições quanto ao melhor desempenho das edificações a ventos e chuvas, como de ciclones – avaliando categorias como segurança, sustentabilidade e habitabilidade.
Imagem reproduzida de Jornal IBIA
Medidas básicas para situações de risco
Reforçando a mensagem deste texto, não é indicado construir ou realizar a manutenção de casas sem a orientação de um profissional competente!
Ampliações, por exemplo, exigem mais atenção, pois não é toda a estrutura que aguenta sobrecarga. Uma pessoa realmente experiente saberá identificar problemas na edificação que precisam ser solucionados com urgência – como ação de pragas, corrosões e umidade. Lembrando que tudo precisa estar de acordo com as normas técnicas construtivas, mas também com o código de obras do município. Se o alvará não foi liberado, já um indicativo de que a área do terreno apresenta algum risco de morte – como por deslizamento, por exemplo.
A saber, famílias de baixa renda – de acordo com a Lei 11.888/2008 – têm direito a assistência técnica pública e gratuita para projetos e construções com acompanhamento de profissionais habilitados. Portanto, não há desculpas!
Imagem de Pixabay
Deslizamento de terra
Se você está em uma área de risco, evacue a sua residência ao primeiro sinal de problema e ligue para a Defesa Civil, no número 199. Você mesmo pode fazer uma inspeção visual periódica da área. Se identificar partes ocas no terreno, buracos de grandes proporções, diferenças de coloração e rachaduras, saia do local com antecedência.
Imagem de Pixabay
Enchente
Sempre que uma área estiver inundada, evite circular por ela. Se puder, fique em casa e desligue os sistemas de luz, água e gás da sua residência. E, se precisar de ajuda, ligue para o Corpo de Bombeiros, no número 193.
Imagem de Pixabay
Vendaval
Novamente, durante a passagem de uma tempestade, desligue os sistemas e fique dentro de casa. Antes do vendaval, indica-se fechar bem portas e janelas – em caso de ciclones e furacões é preciso reforçar com tampões.
Não é recomendado ficar próximo de fiações, árvores, estruturas que não ofereçam segurança ou mesmo de objetos de decoração que possam cair. Recolha do lado de fora vasos, bancos, churrasqueiras e tudo que possa voar contra a sua casa ou de vizinhos. E, se alguma árvore atingir a rede elétrica, contate logo a Secretaria de Segurança do seu município.
Granizo
Neste caso, sempre tente se abrigar no local mais seguro possível. Não fique embaixo de árvores ou de coberturas que possam furar ou quebrar – como de vidro e de fibra. Aliás, tenha cuidado também com todas as construções mal acabadas. E evite ficar próximo de placas de propaganda ou coisas simulares.
Enfim, os desastres naturais são uma realidade e sua frequência tem aumentado. No entanto, com planejamento adequado e a orientação de profissionais qualificados, podemos mitigar os impactos desses eventos.
Comente abaixo: que outras dicas você daria em casos de eventos extremos da natureza?
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Suecos e chineses se unem em busca de moda sustentável
por Clara | | ATUALIZADO EM 2min
A ideia de reciclar roupas já é visada por muitas empresas que pretendem tornar seus produtos mais ecologicamente corretos.
Imagine entrar numa loja levando aquela camiseta velha que você não quer mais, e, depois, sair com uma peça nova para o seu guarda-roupa. Essa é a aposta da companhia sueca Hennes & Mauritz, que traz um jeito inédito de se relacionar com o descarte de peças.
Em parceria com o Instituto de Investigação Têxtil HKRITA e a empresa de fiação Novetex Textiles, ambas de Hong Kong, foi desenvolvida a máquina Looop – um tipo de “impressora” que recicla roupas.
O nome é sugestivo: no Inglês, a palavra “loop” pode ter sentido de “ciclo”, “laço”, ao passo que também significa “malha”, “tecido”.
Com efeito, a iniciativa lança uma nova maneira de lidar com a circularidade na indústria da moda. O processo não usa quaisquer produtos químicos (nem mesmo água), e dura cerca de 5 horas.
O cliente pode acompanhar tudo, uma vez que a Looop fica num “laboratório” com paredes de vidro. Por hora a máquina está instalada em apenas um dos pontos de venda da H&M em Estocolmo, desde Outubro de 2020.
A roupa antiga é primeiro lavada e depois desfiada. A estes fios são adicionados outros (de origem sustentável), a fim de fortalecer a malha. Depois, com a tricotagem, cria-se o novo a partir do velho.
Em busca da sustentabilidade têxtil
A marca escandinava também enxerga no projeto um aspecto socioeducativo. O objetivo é mostrar para os clientes que “os têxteis velhos têm valor e que nunca devem ser desperdiçados” – diz um comunicado da empresa.
Por enquanto, as opções de peças recicladas são suéter, cobertor de bebê ou um cachecol, por uma taxa entre $11,00 e $16,00. Todavia, procura-se expandir as alternativas em breve. Além disso, a companhia declara que todo o lucro gerado pelo serviço é destinado a pesquisas acerca da sustentabilidade têxtil.
Apesar de ainda não haver máquinas Looop em outros pontos de venda, provavelmente outras marcas vão aderir ao novo sistema de reciclagem em breve. O Instituto HKRITA planeja, por exemplo, conceder licenças deste novo aparelho para circular a ideia cada vez mais.
Em confluência, uma iniciativa de 2019 da marca Zara propõe algo similar: clientes podem “jogar fora” suas roupas em mais de 1300 pontos de venda, com o propósito de que toda a produção da empresa seja de material orgânico e sustentável a partir de 2025.
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Oásis hidropônico na África tem liderança de engenheiro brasileiro
por Clara | | ATUALIZADO EM 2min
O Djibouti, um dos menores países do nordeste africano, será a sede de uma nova iniciativa de um grupo de empreendedores de Denver, Estados Unidos. O projeto é ambicioso: um oásis de 30 fazendas de alta tecnologia, cuja inauguração está prevista para dezembro desse ano.
O Marvella Farms, assim como é chamado, tem o objetivo de modernizar a produção e distribuição de alimentos frescos na região do Chifre da África, uma das mais pobres do continente. Utilizando os recursos mais recentes da tecnologia de horticultura, a ideia é fornecer produtos cultivados localmente e durante o ano todo.
A área total do Djibouti tem 23.200 km² – quase o tamanho do estado do Sergipe. Porém, menos de 1 mil km² de solo é propício para a agricultura, fazendo com que esse setor fomente apenas 3% do Produto Interno Bruto (PIB). O país importa 90% dos produtos alimentícios, e atualmente seu IDH marca 0,495 (classificado como baixo).
“A falta de acesso a alimentos nutritivos a preços acessíveis está correlacionada com altas taxas de desnutrição em crianças, afetando 30% das menores de cinco anos.”
A ajuda estrangeira é necessária para projetos de desenvolvimento porque há recursos limitados e pouca indústria”, diz Guilherme Moreira, brasileiro que é sócio-gerente do projeto.
Guilherme é engenheiro ambiental e sanitarista, formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF – Minas Gerais) e autor do blog Hidroponia na Prática. O projeto é todo baseado em tecnologia hidropônica, ou seja, sem a presença do solo.
A estrutura do oásis
Com o SAEF (Shallow Aero Ebb and Flow), sistema de subirrigação, jatos de uma solução de água com nutrientes são lançados periodicamente nas raízes dos alimentos. Um isopor por baixo das plantas garante o isolamento térmico.
O projeto conta com o conceito de agricultura protegida: em estufas, são criados diferentes ambientes com as condições ideias para cada tipo de alimento, obtendo a melhor qualidade possível.
O gasto de energia foi uma grande preocupação do engenheiro ambiental, que quis apostar na opção mais sustentável para a ambientação interna das estufas.
Seria inviável usar ar-condicionado em todo o ambiente, e por isso apenas a água que nutre as plantas é resfriada. “Ao se nutrir com a água gelada, os alimentos conseguirão se esfriar de dentro pra fora”, conta Guilherme.
Para que o ar das estufas seja trocado a cada 5 minutos, exaustores são instalados no topo de cada uma, direcionando o ar quente pra fora do ambiente.
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Descubra como a engenharia faz para realizar o transporte de casas e edifícios | 360 Explica
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4minAs “pernas robóticas” usadas para movimentar o edifício. Imagem: tellerreport.com
O transporte de casas e edifícios é uma atividade complexa, mas já com boas soluções na engenharia. Existem muitos bons exemplos pelo mundo, e esta prática também tem se tornado comum em algumas regiões do Brasil.
Vamos imaginar a seguinte situação: você possui a casa perfeita, como sempre sonhou. Porém, a edificação não está mais numa boa localização. A mudança seria difícil. Qual a solução? Realocar toda a estrutura! Cogitaria algo assim? Pois saiba que no mundo da engenharia já é possível fazer o transporte de casas e edifícios antigos para novos endereços. O Engenharia 360 te conta mais!
Exemplo de transporte de estrutura (imagem de Interesting Engineering)
A natureza pode ser imprevisível, principalmente após a ação humana; ela pode se comportar de forma violenta e expulsar moradores de toda uma região. Aqui no Brasil, vários municípios sofrem bastante com enchentes e outros fenômenos naturais, como deslizamentos de terra. Imóveis localizados em barrancos ou palafitas são os mais vulneráveis. E é em situações assim que a inusitada ideia do transporte de casas e edifícios se torna mais aceitável ainda.
Com este sistema, edifícios antigos, principalmente históricos, podem, ser reaproveitados se levados para um local melhor, mais seguro. Outra hipótese é apenas deslocar a estrutura para que se possa fazer um reforço da sua fundação. Ou, por fim, mudar a construção para longe pensando em dar um novo destino ao terreno.
O transporte de casas e edifícios é mais fácil quando as estruturas são pré-fabricadas, ou seja, projetadas para isso. Também é fácil realocar casas de madeira. Já mover construções de alvenaria é muito mais complicado!
Exemplo de transporte de estrutura (imagem de Interesting Engineering)
Exemplo de transporte de estrutura (imagem de Interesting Engineering)
Como fazer relocação de estruturas em geral?
Realizar o transporte de casas e edifícios é uma tarefa bastante complexa e que exige um planejamento muito rigoroso. Sempre é bom não se arriscar e contratar empresas especializadasem mudanças de estruturas sólidas.
Para começar, seus profissionais – engenheiros e inspetores – devem buscar informações para uma possível autorização de transporte. Depois, traçar uma rota sem obstáculos, como linhas de transmissão e galhos de árvores. E, posteriormente, ver se realmente o edifício pode mesmo ser relocado e qual o processo mais adequado para isto.
Escola primária antiga de Xangai (imagem de BBC)
Escola primária antiga de Xangai (imagem de BBC)
Na primeira fase do transporte de casas e edifícios, é preciso preparar o terreno ao redor pensando na manobra de equipamentos. Também é preciso desligar os serviços de água, esgoto, energia e gás. Móveis fixos e paredes não estruturais podem ser removidos nesta etapa para aliviar a carga do prédio. Então a construção começa a ser separada da sua fundação, colocada sobre toras redondas ou macacos hidráulicos e vigas de aço. E tudo é deslizado em direção a trilhos ou carreta de um caminhão, sendo destinado a um novo local.
Maschinenfabrik Oerlikon, na Suíça (imagem de G1)
Maschinenfabrik Oerlikon, na Suíça (imagem de G1)
Quais os casos mais famosos de relocação da engenharia?
Um caso muito antigo de relocação de estrutura é a do Fairmount Hotel em Santo Antônio, no Texas, no ano de 1906. Já em 2006, no Canadá, o edifício Warkentin, de 130 m², foi transportado por 1650 km de distância. E mais recentemente, na Suíça, o prédio Maschinenfabrik Oerlikon, de 1889 – um remanescente da era industrial de Zurich, com cerca de 6 mil toneladas -, foi mudado para 80 metros adiante por conta de uma expansão de ferrovias.
Caso Suíça – prédio Maschinenfabrik Oerlikon
Da China, temos o exemplo do edifício Hankou Yiyong, em Guangxi, a primeira estrutura inteira a ser deslocada, segundo o Guinness. E a escola primária antiga de Xangai, de 1935, transportada sobre pernas robóticas por 60 metros para dar lugar a um novo centro comercial.
Caso China – escola primária antiga de Xangai
Edifício Hankou Yiyong, em Guangxi (imagem de Diário de Uberlândia)
Edifício Hankou Yiyong, em Guangxi (imagem de Diário de Uberlândia)
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
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