Engenharia 360

Engenharia Urbana em Alerta: Maceió e outras Regiões Urbanas com Afundamento de Solo

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por Simone Tagliani
| 11/05/2023 | Atualizado em 03/05/2024 4 min
Imagem de onlyyouqj em Freepik

Engenharia Urbana em Alerta: Maceió e outras Regiões Urbanas com Afundamento de Solo

por Simone Tagliani | 11/05/2023 | Atualizado em 03/05/2024
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A Engenharia Urbana enfrenta um desafio preocupante com o alerta de afundamento em quatro regiões urbanas. Essas áreas estão sob ameaça iminente, exigindo uma resposta urgente e efetiva para garantir a segurança e estabilidade de suas estruturas.

Vale citar que a estreita relação entre a infraestrutura urbana e o ambiente construído destaca a importância da Engenharia Urbana nesse contexto, pois envolve o planejamento, projeto e gerenciamento de intervenções que visam mitigar os riscos e prevenir colapsos.

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Neste texto do Engenharia 360, exploraremos os principais aspectos relacionados a esses casos de afundamento de solo, examinando os desafios enfrentados e as medidas necessárias para proteger essas áreas em constante alerta.

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Maceió

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Em novembro de 2023, Maceió declarou emergência devido ao risco iminente de colapso em uma mina da Braskem, após cinco tremores no mês. A Defesa Civil alertou sobre possíveis crateras na região e evacuou a área. A empresa, responsável pelas minas, afirmou que monitora a situação e adotou medidas preventivas.

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Retrospecto do caso de afundamento de solo

As minas, exploradas desde décadas, foram fechadas em 2019 após causarem afundamento do solo. Em 2018, tremores resultaram em danos estruturais em bairros, levando a um acordo de indenização de R$ 1,7 bilhão em julho de 2023.

O solo em alguns bairros de Maceió, como Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e parte do Farol, está afundando devido à extração de sal-gema pela empresa Braskem. Isso causou rachaduras em ruas e imóveis, levando à desocupação de cerca de 55 mil pessoas. O processo de afundamento do solo é lento e pode durar até 10 anos para estabilizar. Mais de 14 mil imóveis foram condenados e parte da área não será habitável no futuro.

A mineração deixou cavidades no solo, e a Braskem está preenchendo essas cavernas com cimento, areia ou rochas para interromper o afundamento. Os moradores afetados exigem inclusão no programa de compensação financeira da empresa, mas há protestos devido à demora e aos valores propostos pela mesma. Muitas famílias continuam lutando por indenizações justas.

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Cidade do México

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A Cidade do México está sofrendo de afundamento de solo a uma taxa de cerca de 50 cm por ano devido à subsidência do solo. Embora terremotos possam contribuir, a principal causa é a extração excessiva de água dos aquíferos subterrâneos. A cidade foi construída sobre o antigo leito do Lago de Texcoco, que secou devido à exploração de água. Isso levou à compactação dos minerais do leito do lago, causando o afundamento da cidade.

O afundamento de solo não é uniforme e pode resultar em danos estruturais e contaminação dos sistemas de esgoto e abastecimento de água. Infelizmente, esse processo é irreversível, exigindo medidas para proteger a população e a infraestrutura a longo prazo.

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Maldivas

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As Maldivas estão construindo uma cidade flutuante em resposta à elevação do nível do mar causada pelas mudanças climáticas. O projeto, uma parceria entre o governo das Maldivas e a Dutch Docklands, consiste em uma cidade projetada em formato de coral, composta por 5.000 unidades flutuantes; e busca impulsionar o desenvolvimento da arquitetura flutuante como uma solução acessível e escalável para o futuro das cidades costeiras diante das mudanças climáticas. A cidade terá capacidade para abrigar até 20.000 pessoas e será concluída até 2027.

A iniciativa visa oferecer uma solução prática para os desafios do aumento do nível do mar e fornecer esperança aos habitantes das Maldivas. A cidade será autossuficiente em energia, terá tratamento local de esgoto e utilizará recursos sustentáveis, como energia solar e resfriamento do mar em águas profundas.

Corcoran

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Grandes empresas agrícolas estão causando o afundamento de solo acelerado de Corcoran, na Califórnia, devido à extração excessiva de água subterrânea para irrigação. Com as secas prolongadas na região, os agricultores bombeiam mais água do subsolo, intensificando o problema. O governo local impõe restrições, mas as grandes empresas agrícolas as ignoram, temendo perder seus empregos.

Esse não é um caso isolado, como exemplificado pelo afundamento em Maceió devido à extração de sal-gema. É necessário estabelecer regulamentações mais rígidas e fiscalização para garantir o uso sustentável dos recursos subterrâneos e proteger as comunidades afetadas.

Bônus | Mais casos de afundamento de solo

  • Veneza, Itália: Ameaçada pelo aquecimento global, enfrenta inundações que colocam sua arquitetura em risco. Afunda 2mm/ano.
  • Roterdã, Holanda: Com território abaixo do nível do mar, investe em infraestrutura para evitar inundações. Possibilidade de desaparecimento com aumento do nível do mar.
  • Bangcoc, Tailândia: Afunda e sofre com enchentes devido à localização abaixo do nível do mar. Desorganização e crescimento acelerado agravam problemas.

Nota: Em julho de 2023, um estacionamento cedeu em Fortaleza, próximo a prédio residencial. Carros afundaram e moradores evacuados por precaução. Causas do afundamento de solo? Colapso estrutural do estacionamento, possível deslocamento de placas ou erosão do solo. Parte do terreno estava sobre fossa sanitária. Mas outras regiões urbanas no Brasil afundam por causas mais graves. Veja a seguir!

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Fontes: O Globo, Mega Curioso, VEJA, Olhar Digital, Viaje Comigo.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

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