O futuro da construção civil é agora: mais sustentável e acessível! As casas também precisam seguir essa lógica. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar como a arquitetura pré-fabricada está revolucionando o setor habitacional, oferecendo uma variedade crescente de opções ecológicas e práticas. Conheça 12 modelos de casas dos sonhos que podem ser montadas em até três dias, ou até menos, em qualquer lugar do mundo.

1. Casas Hobbit: O Sonho de Viver no Condado

Você já sonhou em morar como um hobbit? As casas Hobbit pré-fabricadas, criadas pela Magic Green Houses, podem se tornar realidade! Construídas em apenas três dias, essas residências têm telhados verdes vivos feitos de terra e geotêxtil, garantindo charme e sustentabilidade.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

2. Unity Home: Residência Autossuficiente em 3 Dias

A Unity Home é um exemplo impressionante de habitação ecológica. Montada em apenas três dias, essa casa net-zero é autossuficiente em energia e água. Com certificação LEED v4 Platinum, ela utiliza produtos de construção com certificação Cradle to Cradle (C2C), destacando-se pela eficiência e responsabilidade ambiental.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

3. Modular One: Beleza e Eficiência Energética

Projetada por Robert Gurney, a Modular One é uma casa pré-fabricada que une beleza e eficiência. Montada em dois dias, ela combina 13 módulos de eficiência energética, oferecendo um espaço moderno e iluminado.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

4. Mini House: Compacta e Movida a Energia Solar

A Mini House, do arquiteto Jonas Wagel, é uma residência moderna que pode ser montada em apenas dois dias. Esta casa de 15 metros quadrados é equipada com energia solar e adaptada para suportar condições climáticas variadas.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

Veja Também: Estádio que receberá a Copa de 2022 é símbolo de sustentabilidade e inovação

5. Bamboo Living House: Praticidade em Bambu

As casas de bambu da Bamboo Living Homes são uma combinação perfeita de estética e funcionalidade. Montadas em dois dias no Havaí, essas casas podem ser enviadas desmontadas para qualquer lugar do mundo, proporcionando praticidade na montagem.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

6. DublDom: Montagem Rápida e Aconchegante

Criada pela BIO Architects, a DublDom é uma casa de madeira que pode ser montada em um dia. Com um pátio encantador, esta casa é equipada com tudo o que você precisa, desde eletrodomésticos até móveis sob medida.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

7. Big Box: Luxo Ecológico em um Dia

O Grupo Bert & May desenvolveu a Big Box, uma casa pré-fabricada de luxo que pode ser montada em apenas um dia. Com 80 metros quadrados e telhado verde, esta residência ecológica é a escolha perfeita para quem busca conforto e sustentabilidade.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

Veja Também: Casas Brasileiras Referência em Sustentabilidade

8. Gomos Modular Home: Personalizável e Rápida

O arquiteto Samuel Gonçalves criou o Sistema Gomos, uma habitação modular de concreto inteligente. Com montagem em três dias, as casas Gomos são personalizáveis e adaptáveis a diferentes terrenos, oferecendo flexibilidade e eficiência.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

9. Photographer’s House: Cabana Charmosa em Dois Dias

A Photographer’s House, do estúdio T2.a Architects, é uma cabana de madeira montada em dois dias. Esta habitação acessível é ideal para quem deseja um contato mais próximo com a natureza.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

10. Passion House M1: Versatilidade em Cada Encaixe

Desenvolvida pelo Estonian Architect 11, a Passion House M1 é uma casa modular que pode ser montada em dois dias. Com aquecimento solar e ventilação passiva, ela combina conforto e sustentabilidade.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

11. Contêiner de Remessa: A Casa que Abriga Famílias

O primeiro contêiner de remessa da Irlanda foi construído em três dias. Projetada para acomodar até seis pessoas, essa casa movida a energia solar é um exemplo de inovação e responsabilidade social.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

12. Prefabricate Nature: Estilo e Natureza em Harmonia

A Natureza Pré-fabricada do MYCC é uma residência moderna que foi montada em três dias. Inspirada na arquitetura vernacular, esta casa ecológica é um verdadeiro refúgio em meio à natureza.

casas pré-fabricadas ecológicas
Imagem reproduzida de Inhabitat

Essas 12 casas pré-fabricadas não apenas representam inovação na arquitetura, mas também nos mostram que é possível viver de forma sustentável e rápida.

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Fonte: Inhabitat

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A exploração espacial avançou de forma exponencial nos últimos anos. O homem chegar (por 12 vezes) à Lua, a descobertas com o telescópio Hubble e a análise do solo de Marte são alguns exemplos dessas conquistas. Mas como é possível um foguete se locomover pelo espaço? Ou, de forma mais técnica, como é possível empuxo, se no vácuo não tem atmosfera?

Segundo Fernando Lang da Silveira – professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – o movimento dos foguetes no espaço se dá pela veracidade das Leis de Newton, em especial a terceira. Conhecida como lei da ação e reação, ela afirma que para toda força de ação que é aplicada a um corpo, surge uma força de reação com mesma intensidade e direção, mas com sentido oposto em outro corpo.

Para facilitar o entendimento, o professor faz uma analogia com um patinador em uma superfície horizontal. Imagine que esse sujeito esteja realizando disparos com uma arma de fogo mirando para o Leste. Pela Terceira Lei de Newton, a ação do disparo impulsiona o patinador para direção Oeste. “Portanto, para haver propulsão, deve acontecer a transformação de energia interna ao sistema patinador (muscular e/ou química no propelente dos projéteis) em energia mecânica nos objetos lançados e no recuo do patinador, em estrita observância das leis de Newton”.

Imagem de foguete em plataforma de lançamento
Imagem de foguete em plataforma de lançamento

Além disso, o professor complementa dizendo que a atmosfera em nada contribui com a propulsão, podendo até prejudicar por conta do efeito de resistência. Mas os propelentes utilizados em foguetes espaciais não necessitam de oxigênio para produzir uma reação química: eles liberam uma enorme quantidade de gás (que os impulsiona) sem precisar da atmosfera.

No caso de aviões e jatos terrestres, a atmosfera é essencial. O oxigênio participa da queima de combustíveis e o ar sustenta a aeronave pelo empuxo. Vale lembrar que, em lançamentos espaciais, o uso dos propulsores é temporário. Depois de adquirirem velocidade e energia cinética necessária, os foguetes continuam seu movimento por inércia e pela ação das forças gravitacionais relevantes. Como já disse o astronauta Jim Lovell durante a missão Apolli 13: “Colocamos Sir Isaac Newton para pilotar a nave.”

Veja Também: China revela os planos científicos para a sua estação espacial

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Fonte: Propulsão de foguetes

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Como visto no texto anterior, a pandemia apenas postergou o crescimento de veículos elétricos. As projeções mostram que se atingirá um market-share de 50% entre elétricos e a combustão em 2035-2036. E isso só é possível graças ao desenvolvimento de baterias melhores para esse segmento, trazendo melhor autonomia ao consumidor e preços mais baixos.

Considerado o item mais caro do veículo, as baterias representavam cerca de 50% do valor do veículo em 2015. Porém, com diversas empresas investindo em melhores tecnologias para o setor, a previsão é que até 2025 essa taxa caia para 25%. Um pack de baterias de lítio-íon (LiBs) custava 1.183 dólares em 2010, chegando a 135 dólares em 2019, uma queda de 87% no valor. E, com as projeções, é previsto que esse valor seja de menos de 100 dólares em 2024, atingindo cerca de 70 dólares em 2030. Confirmado pelo dado de que cada vez que a produção de baterias dobra, há uma queda de 18% no preço o pack de bateria.

O gráfico mostra os preços das células de bateria, indo de 2017 até 2030. Sendo que o valor começa por volta dos 152 dólares por kWh até uma projeção de por volta de 80 dólares.
Projeções do preço das baterias de lítio-íon. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck
Na imagem temos os gráficos dos valores dos packs de bateria de 2010 até 2020. Com uma redução de preço de 87% de 2010 até 2019. Também temos a participação da bateria no preço final do veículo, de 2015 até 2025. Indo de por volta de 50% até menos de 25%. O terceiro e quarto gráfico mostram como a queda do preço da bateria está atrelada a produção de células.
Valor das baterias de lítio-íon (LiBs) e relação produção VS custo de bateria. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Como dito, essas projeções se sustentam no crescente investimento de empresas e centros de pesquisa no desenvolvimento de baterias melhores. Hoje, a maior parte dos veículos são equipados com baterias de cobalto, como a NMC (622) – 6 partes de níquel, 2 de manganês e 2 de cobalto. Porém, o uso do cobalto agrega muito valor ao custo da bateria, por ser um produto muito caro.

Esse elemento pode chegar a ser 10 vezes mais caro que o níquel e, por isso, as empresas tentam cada vez mais tirá-lo do componente. Um exemplo disso é a bateria NMCA, desenvolvida pela Tesla junto com a CATL, que utiliza o alumínio para reduzir o uso de cobalto e aumentar a densidade de energia da bateria. Assim, é desenvolvido um produto mais barato e que entrega maior autonomia.

O gráfico mostra a presença de diferentes tipos de baterias para veículos elétricos (NCA90, NCA, NMCA, diversos tipos de NMC, LFP, LMO) conforme os anos.
Presença de diferentes tipos de baterias no mercado. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Além disso, as empresas também passaram a investir em uma maior capacidade de produção de baterias para atender melhor o mercado futuramente.

O gráfico mostra a capacidade de produção de baterias. Sendo que cada ponto corresponde a uma fabricante e seu potencial de produção. Além disso, elas são colocadas no gráfico de acordo com o faturamento por GWh e em que ano elas terão esse potencial.
Expansão da capacidade de produção de baterias de lítio-íon. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Porém, apenas o desenvolvimento de um componente mais barato e de maior eficiência e ter uma estrutura para produzir o necessário para atender ao mercado não é o suficiente. Isso porque a maior parte dessas baterias precisam ser recarregadas após o veículo rodar uma média de 400 km, e a maior preocupação do consumidor é não achar locais para realizar a recarga.  

Segundo dados da Bloomberg, até 2019 tinha-se quase 8 conectores de recarga público por veículo elétrico (VEs), isso com o investimento de diversos países para a implementação deles. Até o mesmo ano, a China tinha 516 mil postos de recarga para atender cerca de 3,4 milhões de VEs. Enquanto isso, a Europa segue atrás com a 255 mil conectores para 1,7 milhões de veículos. Algumas empresas ainda trazem melhores condições para o usuário, como a Volkswagen, que anunciou junto do lançamento do ID.3 o We Charge, que permite acesso a cerca de 150.000 estações de carregamento público e redes de carregamento rápido. Porém, mesmo assim, os números alertam para a necessidade de maior investimento na implementação de conectores para carregamento.

O primeiro gráfico mostra a implementação de eletropostos de 2012 até 2019, indo de 73 mil até 927 mil. O segundo mostra a quantidade de usuários por conector de 2011 até 2019, indo de 1 até uma média de 7,5.
Implementação de pontos de recarga públicos e a relação entre os eletropostos e a presença de elétricos. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Como conectores públicos e comerciais necessitam do uso de altas voltagens, para carregamento em cerca de 20-30 minutos, seus preços são muito elevados. Assim, espera-se que o consumidor opte pela implementação de conectores residenciais, que possuem menor custo e trazem maior comodidade. Além disso, o uso de energia vindo de residências ou de eletropostos não impacta de maneira significativa o consumo de energia. A demanda por energia elétrica em locais como China, Europa e EUA será de cerca de 9% em relação a demanda geral de energia.

Os gráficos mostram a quantidade de conectores em milhões, sendo residenciais, público e comercial. Sendo o residencial um destaque.
Presença de conectores em diferentes áreas. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck
Os gráficos mostram a demanda de energia elétrica vindo dos veículos em relação a demanda geral. Foram selecionados China, Europa e EUA para a coleta de dados. E todos mostram uma demanda de por volta de 3% a 9%.
Impacto do carrregamento de VEs no uso de energia elétrica. Fonte: Instituto de Engenharia – Expectativas da mobilidade elétrica para o novo normal, Raul Beck

Dessa forma, o desenvolvimento de baterias mais baratas e eficientes, fábricas para atender a demanda do mercado e o investimento em estrutura para a recarga dos veículos, constrói o cenário favorável para o crescimento da presença de elétricos no mercado.

Fonte: Instituto de Engenharia

Leia também: Veículos elétricos em um mundo pós-pandemia – parte I

O que acha das baterias para uso em veículos elétricos? Comente!

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Engenharia 360

Letícia Nogueira Marques

Estudante de Engenharia de Materiais e Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC e mecânica de produção veicular pelo SENAI Mercedes-Benz; já atuou na área de Facilities com foco em projetos de sustentabilidade para redução de impacto ambiental.

Apesar de ter sido lançado em março de 2020, o aplicativo ClubHouse se popularizou há algumas semanas. Segundo o Google, as buscas pelo nome do app aumentaram 525% em apenas uma semana. Disponível exclusivamente para iPhone, o ClubHouse permite apenas o cadastro de pessoas que receberam um convite de outro participante – o que torna o aplicativo ainda mais exclusivo.

Como funciona o ClubHouse?

A plataforma funciona por meio de salas, onde os participantes só podem conversar por áudio. Na maioria das vezes, os temas desses grupos são pré-determinados, mas é possível criar ambientes com amigos para conversas livres. Segundo os criadores do aplicativo, Paul Davidson e Rohan Seth, o intuito da plataforma é deixar o usuário livre para “abrir diferentes salas cheias de pessoas conversando – tudo aberto para que você possa entrar e sair, explorando diferentes conversas”.

Em grandes salas – com até cinco mil participantes, até o momento – um moderador controla o fluxo da conversa, permitindo que os usuários falem ou não. “Você entra em cada sala como um membro da plateia, mas se quiser falar, só precisa levantar as mãos e os oradores podem te convidar”, explica os idealizadores do aplicativo. A ação de “levantar as mãos” é indicada por um emoji parecido com o de plataformas de vídeo conferência.

'Levantar as mãos" no Zoom - plataforma de vídeo conferência
‘Levantar as mãos” no Zoom – plataforma de vídeo conferência

No app, não há fotos nem vídeos e as conversas ocorrem ao vivo – não é permitido reproduzir áudios antigos, como no WhatsApp. Dessa forma, o aplicativo vira uma mistura de conferência de áudio, podcast e chamada de vídeo.

Como conseguir um convite?

Para usar o ClubHouse, o usuário precisa entrar em uma lista de espera, que é sincronizada com os contatos do celular. Caso algum conhecido ou amigo já esteja dentro da plataforma, é possível enviar um convite que permite o acesso imediato ao novo usuário. Porém, cada conta possui apenas dois convites.

Os desenvolvedores argumentam que preferem um crescimento lento para o aplicativo. Assim, os ajustes seriam feitos gradativamente e os servidores se manteriam consistentes. O mesmo vale para o sistema Android – a empresa espera o contrato de novos talentos para ampliar o sistema e levá-lo para além do iOS.

Clubhouse - Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images
Clubhouse – Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images

Popularização

O crescimento do aplicativo de deu principalmente pela grande quantidade de usuários chineses que entraram na plataforma. Fora do radar do governo da China, os áudios do ClubHouse não são gravados, permitindo uma privacidade contra os atos de censura do país.

Além disso, celebridades como Elon Muks e Mark Zuckerberg apareceram em chat do app, aumentando ainda mais a popularidade da rede social.

E você, vai instalar esse aplicativo? Deixe nos comentários sua opinião

Veja Também: 3 redes sociais profissionais que você deve criar um perfil


Fontes: Tecmundo, G1, Techtudo.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Há pouco tempo, a plataforma de streaming mais famosa do mundo, a Netflix, lançou um reality – atualmente na segunda temporada – bastante peculiar. O programa ‘Vidrados’ traz a tona o tema dos trabalhos de arte em vidro. Na competição, dez vidraceiros desenvolvem peças que fogem dos utensílios comuns, sendo verdadeiras obras primas de expressões ousadas e movimentos que remetem a diversos estilos, como o Pop Art. Por fim, o vencedor leva para casa uma quantia em dinheiro e a chance de realizar um estágio no Corning Museum of Glass e de ter uma de suas coleções expostas.

vidraceiro em cena de vidrados, da Netflix
(imagem de Entreterse)

O que mais nos chama a atenção quanto a esta séria é justamente o tema de debate que ela traz. Realmente, a arte em vidro é pouco comentada nos dias de hoje; e, certamente, sempre foi uma das menos conhecidas. E nós, do Engenharia 360, acreditamos que falar sobre este assunto deve ajudar, relembrando as pessoas de quantas coisas maravilhosas podemos fazer com este material – incluindo na Arquitetura, Engenharia e Decoração.

arte em vidro
(imagem de Espace Verre)

Sobre a origem do vidro

Nós estamos muito acostumados com o vidro, pois faz parte do nosso cotidiano. Com ele o homem faz para-brisas, telas de TV e monitores, lentes, frascos de remédios e de bebidas, copos, pratos, mesas, janelas, portas, espelhos, lâmpadas, isolamentos, objetos de arte, e mais. Agora, quem não entende do assunto deve estar se perguntando “da onde vem o vidro?”!

lâmpada feita de vidro
(imagem de Pixabay)

Pois bem, há cerca de 7 mil anos, mercadores fenícios faziam uma fogueira na areia de uma praia quando descobriram o vidro. É que a versão mais pura deste material é a soma de areia, sal ou nitrato de sódio e fogo ou calor! Depois de saber disso, tantos os fenícios quanto os sírios e babilônicos passaram a utilizar o vidro – só que apenas em pequena quantidade, claro.

Aqui mesmo no Brasil, o vidro demorou a chegar. No Período Colonial, as construções no país ainda eram muito rústicas e poucos eram as famílias ricas o suficiente para adquirir vidro. Porém, nas casas dos nobres, já se podia ver a utilização de alguns utensílios domésticos no material, como taças. Janelas envidraçadas, por exemplo, era coisa rara! Só no século XX é que o vidro realmente ficou popular nestas terras – ainda visto como sinônimo de luxo e modernidade.

igreja com vitrais
(imagem de Pixabay)

O vidro atual

Claro que o vidro atual é bem diferente daquele descoberto pelos fenícios. As técnicas de fabricação deste material foram aprimoradas durante gerações. Os romanos foram o povo que realmente ficou mestre nisto – mundialmente conhecido pelas peças de vidro de Murano, pequena ilha perto de Veneza.

vitrais de igreja
(imagem de Pixabay)

A forma de produção de vidro mais utilizada nos dias de hoje é a de “fusão + resfriamento”. Tudo começa pela nova fórmula do vidro, que contém areia de sílica, sódio e cálcio mais magnésio, alumínio e potássio. Tudo isto é misturado e processado, e depois levado à um forno industrial à uma temperatura de 1600 graus célsius. Mas a proporção de cada matéria prima pode variar de acordo com os resultados de resistência em que se deseja alcançar!

peça de vidro em produção
(imagem de Pixabay)

Dentro do forno, a massa de vidro é derretida até virar um líquido. Neste momento, o vidro é despejado em uma banheira de estanho – que, por ser mais denso, faz o vidro flutuar. Por fim, o material vidro é passado entre roletes – que determinam a sua espessura. Então, levado para uma câmara fria com sopradores, onde atinge uma temperatura de 250 graus. E, posteriormente, para o ar livre, até terminar de resfriar.

Sobre o uso do vidro na Arquitetura

Dentro das fábricas, é possível criar vidros com várias características, destinados para usos específicos. Todos podem ter elevada dureza; serem impermeáveis; e, se não quebrados, durar milhares de anos. E o mais legal é que o vidro pode ser reciclado! Portando, é considerado um material ecológico – uma alternativa bem melhor do que o plástico, por exemplo, que tanto tem contribuído para a poluição e morte de animais no mundo.

utensílios de vidro sobre mesa
(imagem de Pixabay)

Vidro na construção civil

O vidro já é utilizado há muitos anos nos projetos de Arquitetura, Engenharia e Decoração, principalmente por ser bastante versátil! Sua leveza visual oferece mais elegância às obras. É capaz de combinar com muitos outros materiais, proporcionando ambientes mais harmônicos. E pela sua transparência, promover maior integração – continuidade espacial – entre as áreas internas e externas destas construções – garantindo, inclusive, mais aproveitamento da luz natural. Mas, quando opacos, também garantiriam mais privacidade para as pessoas.

Eis os tipos de vidros mais conhecidos e utilizados na construção civil: laminado, temperado, blindado, insulado, termo acústico, anto reflexivo, autolimpante, decorativo, serigrafado, esmaltado, impresso e resistente ao fogo.

Veja Também: Qual a diferença entre vidro comum, laminado e temperado?

prédio espelhado
(imagem de Pixabay)

Sobre a criação de Arte em vidro

É possível, sim, criar belas esculturas em vidro! Prova disso são os trabalhos maravilhosos que vemos no programa ‘Vidrados’, da Netflix. De fato, vale a pena falar sobre este assunto e mostrar exemplos aos expectadores, pois quanto mais pessoas souberem o que se pode fazer com vidro, mais elas respeitarão não só o material, quanto o trabalho dos artesãos!

Nem precisa dizer o quanto é difícil e arriscado lidar com vidro! Dentro de um atelier comum, pode-se ver estações de trabalho, fornos de reaquecimento, fornos de fusão, câmaras de resfriamento e várias ferramentas diferentes. Para o vidro virar escultura, ele deve passar por vários processos!

esculturas de vidro
(imagem de Entretese)

Na fase um, o artesão coleta a quantidade de vidro líquido que necessita para trabalhar com uma ferramenta chamada de “cana de vidraceiro”. Depois, ele vai soprando o material fora e dentro de moldes, ajustando as formas com pinças e maçaricos. Se quiser dar cor à escultura, o profissional precisa adicionar à mistura materiais como selênio, cádmio, cromo, chumbo, âmbar, resina vegetal e grafite. Depois de rígido, o vidro é levado para um tratamento térmico – recozimento. Então, tudo é novamente resfriado. Enfim, a escultura está pronta!

vidraceira em cena de vidrados, da Netflix
(imagem de Architectural Digest)

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Fontes: Abravidro, Statera Arquitetura, Pilkington, Prismatic, Divinal Vidros, Prepara Enem, Recicloteca.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O dia 11 de fevereiro é marcado, desde 2015, para a celebração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi instituída após uma iniciativa da Unesco e da Organização das Nações Unidas (ONU) para exaltar as profissionais da pesquisa e ciência ao redor do mundo e também para inspirar as novas gerações para profissões e carreiras que estão ligadas à área, ajudando também na desconstrução de estereótipos de gênero. 

A astrofísica intergalática brasileira

Prova disso e da urgência de tratar o tema e também incentivar a juventude nestas áreas de saber é Duilia de Mello, um dos maiores nomes da ciência no Brasil. Ela divide sua rotina entre as pesquisas científicas e a propagação da ciência para garotas através da “Associação Mulher das Estrelas”. 

Duilia de Mello
Duilia de Mello

Atualmente, Duilia estuda a evolução das galáxias, desde como nascem e evoluem até se formarem como a que habitamos, a Via Láctea. Além disso, se dedica a encorajar garotas e jovens a entrarem nesse universo da ciência por meio do projeto que coordena e já falou para 30 mil crianças e adolescentes. 

“É para mostrar para as meninas que a ciência pode ser feita por todas, não é só para gênio e, basta gostar do assunto e se dedicar muito.”

Duilia de Mello, cientista brasileira, em entrevista à CNN.

Por meio da associação, já esteve em escolas e empresas brasileiras, para mostrar a importância da pesquisa ser ocupada por mulheres.
“A ciência pode ser feita por todas, não é só para gênio e, basta gostar do assunto e se dedicar muito, que a ciência é uma carreira muito bonita e de muita flexibilidade, que precisa de mais meninas e mais mulheres”, disse a astrofísica à CNN.

Para ela, é essencial que as meninas saibam que podem fazer ciência e que esta é uma carreira viável, com  soluções diferentes para os estudos. 

Além disso, Duilia traz no currículo a vice-reitoria e também uma cadeira como professora na Universidade Católica, em Washington (EUA) e atua como colaboradora da Nasa através de um programa da universidade. 

O futuro da ciência nas novas gerações 

O exemplo de Duilia é muito rico, no entanto, ele não é o único no país. A doutoranda e mestre em Educação, Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gabriella Mendes, é fundadora do projeto “Meninas na Ciência-UFRJ”. 

O projeto surgiu em 2018 a partir de um incômodo da cientista ao ouvir relato de alunas que se sentiam inferiores aos homens, desde o tratamento em casa até as disciplinas escolares. 

“A partir destes relatos, senti necessidade de poder fazer algo a mais, a necessidade imediata de programar ações que visam a promoção da presença das mulheres nos campos de ciência e tecnologia”. 

Gabriella Mendes, fundadora do projeto “Meninas na Ciência-UFRJ”, em entrevista à CNN. 

Desse modo, ela incentiva as meninas que ainda estão em idade escolar a conhecer várias áreas científicas. Assim, através do incentivo e motivação, a doutoranda quer motivar as novas gerações para que elas acreditem que as mulheres podem ocupar todos os espaços na sociedade e, de acordo com a fundadora, dar visibilidade às mulheres cientistas, novamente quebrando estereótipos e estimulando a reflexão sobre a desigualdade de gênero.

As mulheres e a história científica 

São muitas as mulheres que fizeram história na ciência ao redor do mundo. Muitas delas com descobertas que mudaram os rumos de diferentes pesquisas. 

marie curie

Quando pensamos em nomes de cientistas, um dos primeiros que vem à mente é de Marie Curie, a  polonesa que fez tantas descobertas sobre a radiação, cunhando inclusive o termo “radioatividade”, além de descobrir dois novos elementos da tabela periódica: polônio e rádio. 

Além dela, a cientista Lise Meitner descobriu o protactínio na tabela periódica e também a fissão nuclear, quando percebeu que átomos de urânio se dividiam em outros átomos ao serem bombardeados com nêutrons. 

Já Chien-Shiung Wu, cujo nome na tradução é ‘corajosa heroína’  fez grandes contribuições para a física nuclear do mundo quando refutou um princípio físico e provou que o princípio de conservação de paridade, que determina que partículas simétricas devam se comportar da mesma maneira, não se aplica a todas as partículas.

Vera Rubin confirmou a existência da matéria escura observando a velocidade com que as estrelas giram ao redor de uma galáxia.  E quando o assunto é o universo, Cecilia Payne descobriu que tanto o Sol como as estrelas são compostos de hidrogênio e hélio e não a mesma composição da Terra, diferente do que se imaginou por muito tempo. 

Quando olhamos para o céu e podemos observar um pouco das 8 mil estrelas que podem ser vistas a olho nu, devemos a Annie Jump Cannon, conhecida como ‘colecionadora de estrelas’, a classificação 50 vezes maior deste número. 

Mulheres e o corpo humano

Agora, se pensamos na ciência que se aplica aos seres humanos, Rosalind Franklin foi a cientista que fez grandes descobertas em nível microscópio, conseguindo fotografar o DNA, algo que a permitiu ver que a molécula tinha uma estrutura de dupla-hélice. 

Rosalind Franklin, mulheres na ciência

Barbara McClintock descobriu a transposição genética, capacidade dos genes de mudarem de lugar no cromossomo e “ligar” e “desligar”, um fenômeno ligado a mutações genéticas e com importante papel na evolução das espécies.

Nettie Stevens descobriu que são os cromossomos X e Y que determinam o sexo de um bebê na hora da concepção, e não a temperatura do ambiente, a alimentação da mãe ou outros fatores externos como se acreditou por muito tempo.

Conhece alguma mulher inspiradora na ciência? Deixe o nome nos comentários!

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Engenharia 360

Jéssica Balbino

Redatora colaboradora do Engenharia 360.

Todo aquele que é estudante ou apreciador de arquitetura deve ter pelo menos o conhecimento básico sobre as ordens arquitetônicas. Elas foram criadas há milhares de anos por gregos e romanos – os grandes construtores da antiguidade. E por muito tempo, foram uma parte importando nos projetos de arquitetura; primeiro no Período Clássico e depois, após serem parcialmente alteradas ou reinterpretadas, no Período do Renascimento, por volta de 1400. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de ArtHouse Studio em Pexels

Veja Também: Arquitetura do passado: o retrato de todos os tempos

O que são ordens arquitetônicas?

O termo ‘ordens arquitetônicas’ define um conjunto de elementos de arquitetura predial cuja principal característica é ter colunas estriadas – com frises – e capitel ornamentado – tipo um “chapéu”– mais tablatura. Cada ordem indica uma padronização utilizada de modo coerente, fazendo com que as construções tivessem uma determinada linguagem -caracterizada por muita beleza, harmonia, unidade, proporção e simetria.

“[…] As ordens vieram propiciar uma gama de expressões arquitetônicas, variando da rudeza e da firmeza até a esbelteza e a delicadeza. No verdadeiro projeto clássico, a seleção da ordem é uma questão vital – é a escolha do tom (‘gramática da arquitetura’)”. – Vitrúvio, arquiteto romano que viveu no século I a.C..

Arquitetura Clássica
Imagem reproduzida de ArchDaily

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As diferentes fases da Arquitetura do passado

Quais são as ordens arquitetônicas?

Com os gregos antigos, por volta do século V a.C., conhecemos três ordens: dórico, jônico e coríntio. Já no século I a.C., com os romanos, foram desenvolvidas as ordens toscano e compósito. Então, somamos um total de 5 ordens arquitetônicas clássicas! Mas você pode estar ainda se perguntando: como diferenciar cada uma? Bem, falando resumidamente, isto vai depender de como estes elementos foram compostos e ornamentados – principalmente na sua extremidade, ou seja, no capitel!

Todavia, você já sabe que cada um destes elementos é único! Justamente detalhes que os diferenciam é que explicam como os esforços das estruturas de cobertura das construções elaboradas por gregos e romanos eram sobrecarregados por estas colunas sobre base. Para os primeiros construtores, tais colunas eram puramente construtivas, mas com o desenvolvimento das ordens, vemos que elas passaram a ganhar uma responsabilidade de decoração de fachadas também! Veja a seguir!

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de Setu Chhaya em Pexels

Ordem Dórica

Mais utilizada entre os anos 1000 e 600 a.C. e depois entre os séculos VI e V. É caracterizada por linhas simples; sem base; com construção interna de madeira; parte externa de pedra estriada, lembrando a carpintaria; e um capitel tipo “almofada decorada”, com alguns frisos espaçados – peça que ajudava a assentar a arquitrave do edifício. Foi empregada em templos dedicados às divindades. Parecia bastante sólida, rude, porém, ao mesmo tempo, muito forte e elegante.

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de Loïc Alejandro em Pexels
ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de dirk bijstra em Pexels

Ordem Jônica

Mais utilizada no início dos anos de 550 a.C.. Parecia mais esbelta. Era ricamente esculpida e decorada; com frisos em toda a sua extensão; base em camadas; e um capitel que se curvava em rolos no topo da coluna – como se fossem cabelos encaracolados.

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de Damla Karaağaçlı em Pexels
ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de dirk bijstra em Pexels

Ordem Coríntia

Última ordem desenvolvida pelos gregos e foi utilizada no Período Helenístico, século IV a I a.C.. Eram mais altas e delgadas, parecendo mais delicadas; extremamente bem esculpidas, com uma moldagem luxuosa; e decoradas com ornamentos lembrando folhas de palmeiras. Por serem tão belas, acabaram como a ordem mais prestigiada entre os romanos. E servia para transmitir, através da arquitetura, a mensagem de abundância, opulência e riqueza dos povos.

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de Luc em Pexels

Ordem Compósita

É a primeira ordem de origem romana. Era basicamente a junção das ordens gregas jônica e coríntia.

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de Shuaizhi Tian em Pexels

Ordem Toscana

Foi muito utilizado pelos romanos, mas era, na verdade, de origem etrusca. Lembra, em parte, a ordem dórica, com capitel redondo e decoração em anéis. Matematicamente, sua base possuía um diâmetro correspondente à sétima parte da altura total da coluna ou uma altura igual a um terço da largura do templo.

ordens arquitetônicas - arquitetura clássica
Imagem de Pixabay em Pexels

Veja Também: Veja como a Arquitetura Romana influenciou a criação de edificações e monumentos mundo afora

A utilização das ordens arquitetônicas e os edifícios templos

Este conceito dos ‘edifícios templos’ ajuda a justificar um pouco a utilização das ordens arquitetônicas nas construções arquitetônicas. Tudo começou com a essência do templo grego, um tipo de edifício religioso. Suas formas eram rigorosamente calculadas em proporções matemáticas visando o equilíbrio, a harmonia e a proporção perfeita – uma grande influência, neste caso, eram as teorias de Pitágoras. Estes desenhos representavam a essência da natureza, o ideal, algo que poderia responder ao que somos feitos!

Assim, durante muito tempo – no Período Clássico e Neoclássico -, planejaram-se edifícios pensando neste sistema canônico de unidades de medida, determinante para estas estruturas tridimensionais!

Arquitetura Clássica
Imagem de Dorische_orde_II em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Entablamento#/media/Ficheiro:Ordem_dorica_II.jpg

Estas construções apresentavam certas características em comum. Por exemplo:

  • uma sequência de colunas em determinada ordem – que variava conforme o projeto de design -, com estreitamento da base até o topo – acentuando a monumentalidade da construção;
  • uma plataforma escalonada;
  • paredes de base segmentadas em blocos de pedra;
  • entablamento sobre os capiteis das colunas – incluindo arquitrave, friso e cornija; e
  • um frontão na parte superior – cuja forma é determinada pelo telhado –, com uma moldura esculpida ao redor em alto-relevo.

Agora você já sabe o que são as ordens arquitetônicas e como elas foram utilizadas em diferentes projetos de arquitetura! Reveja as imagens para entender melhor a importância destes elementos na História da Arte Mundial!

Você já tinha ouvido falar sobre essas ordens? Comente!

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Fontes: 44arquitetura, Arch Daily, Arquitetura em Passos, Wikipedia, Historia Arte Arquitetura, Conceitos.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Muita gente confunde o conceito e a aplicação desses três tipos de tempos que são responsáveis por quantificar o tempo gasto para produção de um produto ou prestação de um serviço.

Esses três modelos de tempos, se forem usados corretamente, proporcionarão um melhor controle da produção da empresa, entendendo com clareza os indicadores de desempenho e eficiência. Também conseguirá gerar uma estimativa mais precisa sobre se a empresa conseguirá atender a demanda solicitada por um cliente, através do estudo de capacidade produtiva.

Diferença entre Tempo de Ciclo x Takt Time x Lead Time
Diferença entre Tempo de Ciclo x Takt Time x Lead Time

Tempo de Ciclo

Está relacionado ao processo realizado em uma peça ou subproduto, sendo contabilizado desde o início da etapa de uma determinada operação até o final dessa mesma operação. Inclui tempo de espera do operador, carregamento e descarregamento, ou seja, todas as atividades que a pessoa desenvolve naquela determinada operação.

Em uma linha de produção, ele será o tempo que cada posto leva para realizar as suas atividades. Dessa maneira, também será o valor que irá expressar de quanto em quanto tempo uma peça ou produto ficará pronta. Isso ocorre porque uma linha de produção utiliza o fluxo contínuo de suas peças.

Quer saber mais sobre fluxo contínuo? Então leia esse artigo.

Como calcular?

Existem duas maneiras diferentes para calcular o Tempo de Ciclo de uma linha de produção. A primeira delas é pegar o valor total gasto para produzir um determinado lote de peças e dividir pela quantidade total de peças produzidas, como a fórmula abaixo:

Fórmula Calculo Tempo de Ciclo
Fórmula cálculo Tempo de Ciclo

Dessa maneira, será possível encontrar qual foi o tempo gasto para produzir cada peça ou produto final. A desvantagem dessa maneira sobre a outra, é que nessa primeira forma saberá somente após produzir alguns lotes de peças.

A segunda maneira de calcular é coletar com um cronômetro os tempos gastos por cada posto de operação na linha de produção. Nesse caso, deve coletar mais de uma vez o tempo de cada um dos postos, para chegar em um valor mais próximo da realidade. E após fazer a coleta dos dados, verificar qual posto demora mais para realizar todas suas tarefas, esse será o gargalo da linha. Ou seja, ele irá ditar o ritmo daquela linha de produção e consequentemente o tempo de ciclo será o tempo desse posto.

Cronômetro
Fonte: Pixabay

Takt Time

Takt Time é o tempo que um produto é fabricado levando em consideração o tempo disponível de produção e a demanda do cliente, ou seja, é o tempo máximo aceitável para a produção de um produto dentro do prazo estabelecido.

Ele é encontrado através da relação do tempo líquido disponível da produção e a demanda solicitada pelo cliente. Dessa forma, devem ser descontadas do cálculo todas as paradas planejadas da manufatura, como o almoço, café, ginástica, setup, entre outros.

Seu cálculo é obtido através da fórmula:

Cálculo Takt Time
Fórmula cálculo Takt Time

Por que conhecer o Takt Time?

É importante conhecer qual o Takt Time da manufatura porque ele irá mensurar qual deve ser o ritmo da produção. Se a empresa tiver com uma demanda mais baixa, consequentemente terá mais tempo para produzir seus produtos. Dessa forma, poderá seguir com um ritmo mais lento, evitando acumulo de estoque.

O mesmo acontece se a demanda estiver alta: nesse caso, terá menos tempo para produzir seus produtos e o Takt Time diminuirá. A partir daí, a manufatura deverá produzir com um ritmo mais acelerado para conseguir atender a demanda solicitada pelo cliente.

O foco é a produção sempre acompanhar o Takt Time, mas para isso é necessário realizar setups, treinamentos, e ser ágil para modificar a manufatura sempre que for preciso aumentar ou diminuir o tempo de produção de algum item, e é justamente nesse ponto que muitas empresas encontram dificuldades.

Lead Time

O Lead Time é o tempo total de produção de apenas um determinado item desde o início das operações até o final. Ele pode ter duas definições, porém com a mesma essência.

Em uma linha de produção, ele é a somatória de todos os Tempos de Ciclo. Isso ocorre porque o Lead Time está relacionado com apenas um item em questão e não com todos os produtos fabricados. Para seu cálculo é considerado o tempo gasto desde a primeira operação até a última.

Uma outra definição está relacionada com toda a cadeira produtiva. Ou seja, o Lead Time de uma empresa produzir um produto, pode ser considerado do momento que é feita a solicitação pelo cliente até o momento da entrega desse produto para ele.

Por que conhecer o Lead Time?

Ele é o responsável por informar qual o prazo de entrega de uma empresa, ou de uma determinada etapa do processo. E somente conhecendo esse valor, será possível melhorá-lo e reduzi-lo.

“O que pode ser medido, pode ser melhorado”

Peter Drucker

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Engenharia 360

Pedro Souza

Engenheiro Mecânico, fascinado pelo conhecimento e pela construção de um mundo melhor. Acredito que devemos contribuir positivamente para o mundo tornando-o sempre um lugar melhor para se viver e não apenas sobreviver. Entusiasta ao empreendedorismo, apaixonado por solução de problemas e encontrar pontos de melhoria em processos das empresas.

O fogo é traiçoeiro e assustador! Ele se transformar rapidamente e logo consome vidas e patrimônios. Só a sua fumaça já contém monóxido de carbono, um gás tóxico que causa a morte quando inalado em grandes quantidades. As suas partículas, soltas no ar, podem danificar para sempre os pulmões e vias respiratórias. Em meio ao desespero de fugir disso, nossa capacidade de raciocínio e percepção diminuem e, com os níveis de oxigênio baixos, já se pode sentir náuseas. Depois, vem a inconsciência e a parada respiratória ou cardíaca. É o fim!

Em 2017, a Divisão de Perícias de Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina divulgou alguns dados de pesquisas. Eles constaram que 60% dos incêndios que combateram no ano anterior eram em edificações de residências unifamiliares. A maioria dos casos em casas que jamais seriam objeto de fiscalização. São situações que um planejamento preventivo faria a diferença!

O Engenharia 360 traz este alerta: precisamos entender os incêndios! O único jeito de combatê-los é a prevenção – o que exige certa quantidade de esforço e recursos econômicos. Mas, para começar, vamos instruir nossa comunidade sobre o mínimo que pode ser feito! Interessado? Então, continue lendo para saber mais!

bombeiros apagando Incêndios
(imagem de Blog Focus Concursos)

Quais os estágios de um incêndio?

Antes de responder a esta pergunta, vamos explicar da onde vem o fogo. Ele é composto de três coisas. Primeiro, o combustível, que é o material que queima – como madeira, papel, tecido, algodão, álcool, óleo, graxa, gás propano, etano e mais. Segundo, o comburente, que é o oxigênio. E, em terceiro, o calor, que provoca toda a reação em cadeia – o começo do incêndio, a ignição.

Na etapa de propagação, o fogo começa a se espalhar no ambiente. A velocidade deste processo vai depender dos elementos presentes no local. Por exemplo, gasolina faria o fogo se espalhar mais rapidamente, enquanto paredes de concreto ajudariam a retê-lo por mais tempo. Mas se a quantidade de combustível for alta e a entrada de oxigênio no recinto permanecer com força total, logo a situação entra para combustão contínua. E é só quando o calor disparado pelas chamas começar a ser amenizado – talvez pela ação dos bombeiros – é que a combustão vai se esgotando e há a redução do incêndio.

imagem das fases do Incêndios
(imagem de Bombeiro Baldini)

São os três métodos para extinção do fogo utilizados pelos bombeiros: resfriamento, isolamento – como a retirada do material que está queimando ou que está próximo do fogo -, e ataque químico – com o uso de agentes extintores ao fogo.

Veja Também: Aprenda a proteger estruturas de madeira antiga contra incêndios

Quais os possíveis riscos de incêndio dentro de casa?

De acordo com os Bombeiros de Santa Catarina, a maioria dos casos investigados de incêndios em residências unifamiliares revelou que o fogo havia começado por interferência humana. E mesmo dentre estes, grande parte a culpa foi atribuída à negligência dos moradores. Por exemplo, um sofá com impermeabilização inflamável exposto aos raios solares intensos; ou uma quantidade elevada de aparelhos ligados à tomada por um adaptador Benjamin, em formato de ‘T’.

“Um eletrodoméstico esquecido ligado, uma tomada de energia com sobrecarga ou mesmo o incorreto uso de um fogão à lenha/lareira, podem ser o início de um incêndio de grandes proporções e com perdas irreparáveis.”

Major Deivid Vidal, Governo de Santa Catarina.

São causas comuns de incêndios detectados em perícias de residências: acúmulo de lixo em local impróprio; uso e depósito incorreto de produtos inflamáveis ou explosivos – como o próprio álcool gel, usado para combater a covid-19 -; manuseio incorreto de fogão à lenha, fósforo e velas; crianças brincando com fogo dentro de casa; esquecimento de chapinhas de cabelo, fritadeiras e aquecedores elétricos ligados; sobrecargas elétricas; curto circuitos em tomadas, ventiladores, secadores de cabelo, máquinas de lavar roupas, chuveiros e geladeiras; além de explosões de baterias de celular.

cozinha em chamas
(imagem de Cemara Loteamentos)

Quais as ações mínimas para prevenção contra incêndios?

No Brasil, o órgão que regulamenta, fiscaliza, aprova projetos e faz o combate dos incêndios é o Corpo de Bombeiros. Então, para começar, é importante atendermos quais as suas orientações, seguindo os códigos, normas e legislações que o nosso município solicita. Em caso de dúvidas, é sempre bom consultar um especialista que pode elaborar um plano adequado de prevenção mais seguro e econômico para a sua família.

Lembrando que só profissionais habilitados podem implantar um sistema contra incêndios realmente eficaz ou avaliar situações de risco de estruturas, instalações elétricas e de gás!

Um edifício de maiores proporções – como residencial, comercial e institucional – deve ter um PPCI – Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios – aprovado e em dia com os órgãos regulamentários. Condomínio, por exemplo, devem contar com equipamentos de proteção coletiva.

Dentro de empresas, pode haver uma equipe treinada para agir em situações de emergência, tomando as devidas providências necessárias. Mas em uma residência comum, nada disso é exigido. Porém, a própria família pode estudar o caso, buscar esclarecimentos e adquirir alguns equipamentos básicos de proteção!

mão segurando extintor de  Incêndio
(imagem de Cube Arquitetura e Engenharia)

Geralmente, em edifícios maiores, existem sistemas de proteção passiva – com direito a rotas de fuga, equipamentos de orientação, revestimentos das estruturas e controle de materiais – e ativa – que são os sensores, alarmes, hidrantes, extintores, dutos de ventilação, sprinklers, entre outros. Dentro de casa, pode-se até ter alguns extintores. Mas, atenção: se os moradores não souberem realmente como combater o fogo, qualquer atitude tomada poderá piorar a situação!

São os diferentes tipos de extintores: água pressurizada, para incêndios classe A ; pó químico, classe B; espuma, classe A e B; gás carbônico, para classe C; pó ABC, classe ABC; e pó químico especial, classe D.

Leia também: Você sabe para que serve cada tipo de extintor?

Incêndios
(imagem de Gold Engenharia)

Qual o impacto do combate a incêndios no planejamento arquitetônico?

Alguns arquitetos ignoram a questão do combate a incêndios, como se isto fosse algum empecilho à sua criatividade. Erro grave!

O negócio é que é preciso, sim, considerar o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios desde o início da concepção do projeto. Não tem como evitá-lo, já que esta simples atitude é a maior garantia de preservação do patrimônio, de manutenção da estabilidade estrutural e de segurança dos próprios futuros usuários das construções. Uma ideia que deve, inclusive, ser reforçada nas academias, lembrando os estudantes de que tal análise precisa fazer parte das elaborações arquitetônicas sempre!

projeto arquitetônico
(imagem de Canova Extintores)

O profissional terá a seu dispor os textos de códigos, normas e legislações – que, em alguns casos, será obrigado a seguir, sem opção de escolha. Porém, é essencial que ele vá atrás de mais soluções técnicas convenientes e eficientes que possam ajudar a melhorar o seu projeto – de acordo com a classificação do edifício que está desenhando, que determina seu possível grau de risco de incêndio. Em sua lista de pesquisa, deve constar: rotas de fugas, dispositivos para controle do movimento da fumaça, reservatórios de água, canalizações, hidrantes, sistemas de alarme, sinalizações, e materiais não inflamáveis e antichamas.

“Hoje temos produtos e vernizes específicos que retardam as chamas e podem ser aplicados em madeira, tecido, carpetes e diversos outros materiais. Além disso, há também as tintas intumescentes contra o fogo e a propagação das chamas; e os selantes corta-fogo que são aplicados em tubulações, juntas, cabeamentos elétricos e fissuras.”

Sandra Pompermayer, arquiteta e urbanista da USF – Itatiba Design.
Incêndios
(imagem de Caza Condomínios)

Você já pensou na prevenção de incêndios na sua residência? Deixe nos comentários!


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Fontes: Governo de Santa Catarina, Jornal de Brasília, Governo de Goiás, BBC, Gifel, Ugreen, Arch Daily, Engepred, Design para Escritório.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

É o segundo dia do 3DEXPERIENCE WORLD 2021 e nós estamos ligados em todas as atrações, contando tudo por aqui. Acompanhe este texto e das nossas redes sociais para não perder os principais pontos do evento!

Leia também: 3DEXPERIENCE WORLD 2021: Confira o que está rolou no primeiro dia do evento | Cobertura 360

General Session: Dos Produtos à Experiência | 3DEXPERIENCE funciona em ação

Esta sessão nos levou para uma exploração do portfólio 3DEXPERIENCE Works. Ela começou explicando desde o conceito da criação de uma experiência até aplicações disso em produtos de diferentes áreas.

A primeira pessoa a falar foi Florence Hu, Executive Vice-President Research & Development da Dassault Systèmes. Ela explicou a diferença entre um produto e uma experiência e falou sobre o processo que envolve imaginar, projetar, simular e otimizar um produto. Nesse sentido, ela retoma o mesmo ponto citado por Gian Paolo Bassi ontem, sobre a união de “natureza”, “produtos” e “vida”.

tela 3dexperience

O próximo a falar foi Manish Kumar, SOLIDWORKS Research & Development Vice President da Dassault Systèmes. Kumar compartilhou várias histórias de produtos e empresas como cases de sucesso.

Um deles foi o da Skinny Guy Campers, que fabrica um tipo de trailer independente com tudo que você precisa para acampar com conforto. 3DEXPERIENCE auxiliou não só no design do projeto em si, mas também para que eles trabalhassem de forma simples e rápida, já que é uma ferramenta intuitiva.

3dexperience world 2021

Outro foi o Seed Terminator, que é voltado para a colheita eliminando sementes de ervas daninhas antes que elas se espalhem. Dr Nick Berry falou sobre como a plataforma 3DEXPERIENCE é sobre colaboração e sobre o futuro. Kumar também mostrou várias outras aplicações e falou sobre como a plataforma representa exatamente essa ideia de futuro.

Por último, quem palestrou foi Frank Stephenson, Desing Director da Frank Stephenson Design, que projeta carros há trinta anos. Ele comentou sobre os desafios relacionados a esses projetos e sobre como os avanços tecnológicos os modificam.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.