A construção e arquitetura das catedrais ao longo da história
por Guilherme Menezes | | ATUALIZADO EM 5minFonte: UOL
Entenda como foi a evolução da arquitetura e da construção das catedrais e como o período no qual se vivia influenciou essas obras
Já escrevemos aqui no blog sobre a história a partir das diferentes fases da Arquitetura e citamos em uma delas sobre as imponentes catedrais construídas na Idade Média. Não só essas igrejas, como outras construídas ao longo dos anos, possuem características únicas, seja de arquitetura ou engenharia. Neste artigo amos mostrar um pouco mais sobre as belezas que estas construções carregam.
Como são as Catedrais?
Primeiro precisamos entender o que é e como são as catedrais. Podemos entender a arquitetura não apenas das catedrais, mas também de igrejas de abadia, igrejas e basílicas. Todas possuem estruturas complexas e o termo catedral é o mais utilizado porém de forma errônea muitas vezes, pois estes templos recebem os nomes de igrejas de abadia, basílicas e catedrais e são caracterizadas cada um por sua função ou estrutura.
Fonte: Go Hurb
As basílicas podem ter seu significado religioso e arquitetônico. Ao sentido arquitetônico recebem este nome devido ao seu formato, que possui um edifício longitudinal e não central. As catedrais são provavelmente as mais conhecidas não necessariamente sendo um edifício grande, mas geralmente são os maiores edifícios religiosos das regiões a quais estão localizados. Sua arquitetura é dada pela forma central e ocorrem diversas cerimônias religiosas. As igrejas de abadia são construções que faziam parte de um complexo monástico complexo, isto é, possuíam refeitórios, dormitórios, claustros, biblioteca e outros edifícios ou salas específicas.
Como foi a construção das catedrais ao longo dos anos?
Com o avanço do pensamento humano e o desenvolvimento da sociedade, as construções religiosas tiveram grandes diferenças em suas construções e, para conseguirmos explicar cada uma delas, vamos dividir pelos estilos arquitetônicos que tiveram influência do momento em que a sociedade vivia.
Estilo Paleocristão
Este período teve início por volta do século 4 com a construção dos primeiros edifícios cristãos. Neste período, as edificações possuíam a forma de basílicas, possuído uma arquitetura mais simples. Algumas destas igrejas ainda sobrevivem e, mesmo com as diversas manutenções e alterações, ainda carregam características da época.
Fonte: Estilos Arquitetonicos
Bizantino
Por volta que teve como período por volta do século V ao XI, as construções foram deixando o estilo clássico romano, e eram grandes construções em plantas basílicas. A maioria das construções estão localizadas na Europa e possuem como característica uma grande cúpula central e de estrutura única.
Fonte: Pinterest
Românico
Já neste período, que ocorreu após a queda do Império Romano do Ocidente, foram construídas diversas igrejas na Europa. A arquitetura era formada por colunas robustas, paredes grossas, janelas pequenas e arcos semicirculares. O estilo decorativo dessas igrejas era baseado em elementos das tradições locais e outra técnica também usada era dos murais pintados nas paredes.
Fonte: Toda Matéria
Gótico
Este período teve início a partir do século XII, onde foram construídas diversas igrejas de abadia e catedrais. Com o avanço da Engenharia pode-se realizar a construção de arcos com grande altura, torres altas e uma arquitetura mais complexa.
Fonte: Viva Decora
Renascentista
Por meados do século XV, o estilo Renascentista surgiu, trazendo com ele os outros estilos que já haviam sido construídas outras igrejas, realizando uma mistura entre o estilo gótico a as construções romanas que possuíam diversas técnicas. As construções dessa época eram tanto no formato de basílica, igrejas de abadia e catedrais.
Fonte: Hisour
Barroco
Este estilo surgiu por meados do século XVI, e foi criado para contradizer todas as regras clássicas que haviam sido recuperadas nos estilos anteriores. Trazendo um novo estilo, mais dinâmico, onde as formas passavam a impressão de estar se movendo e oscilando. Este estilo pode construir todas as três formas de construções para estes edifícios.
Fonte: Archtrends
Rococó
Este estilo acaba sendo uma evolução do estilo Barroco, surgiu por volta do século XVIII e possui como características a falta de simetria em suas construções. A decoração destas construções tem como principal objeto elementos da natureza. Carregando consigo características da arte Barroco, porém com um toque de leveza e delicadeza em suas decorações.
Fonte: Historia da Arte
Revivalismo
Surgindo por volta do século XVIII E XIX, em uma época de expansão e colonialismo, este período foi marcado pela industrialização, trazendo uma mistura de estilos aos quais outras construções já haviam sido construídas. Os estilos que influenciaram estas construções fora os: medievais e góticos. Porém, construções com outros estilos também foram feitas, como no estilo bizantino.
Moderna
Já no século XX, a construção em outros estilos predominantemente medieval continuou, mas após a Segunda Guerra Mundial, as ideias mudaram e o tradicionalismo foi deixado de lado. Construções complexas e futuristas para a época foram feitas, renovando a ideia de construções religiosas.
Fonte: WanderHust
Pós-Moderno
Ainda vivendo neste momento, as construções vieram a partir de uma reação ao período moderno, onde possuíam as construções suavidade excessiva. Desta forma, mesmo que mais amenas, as construções buscam trazer os estilos históricos, mantendo o significado da literatura, poesia e arte.
Fonte: Época Negócios
E você, já visitou alguma destas igrejas ou com estas características? Curte e deixe seu comentário!
Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.
Descubra para que serve cada tipo de argamassa na construção civil
por Clara | | ATUALIZADO EM 4minImagem de Freepik
A argamassa é fundamental em todas as fases da construção. Porém, deve-se saber que há vários tipos de argamassa – colante, de grauteamento, para rejuntamento, para revestimento e de assentamento. Aliás, cada uma serve para uma determinada etapa.
É importante conhecer sobre e saber diferenciar os tipos de argamassa, onde cada uma é aplicada. Afinal, uma escolha errada pode trazer problemas como retrabalho e aumento no custo da obra.
A seguir, neste texto, vamos falar mais sobre uso e os principais tipos de argamassa para ampliar seu conhecimento no assunto. Acompanhe este texto do Engenharia 360!
O que é argamassa?
Imagem de Freepik
Uma explicação básica é que a argamassa é uma mistura contemplada com cimento, areia, cal e água. No entanto, em alguns casos ela pode ser produzida com a adição de outros materiais.
Ela serve como uma espécie de cola, pois no início tende a ser uma massa mais mole e com o passar do tempo vai endurecendo, fornecendo a resistência necessária e a durabilidade para revestimentos e estruturas de uma obra.
Por ela ter essas propriedades, é usada para assentar blocos, tijolos, pisos, azulejos, entre outros. E a qualidade da argamassa depende tanto dos materiais quanto do modo de preparo.
Há diversos tipos de argamassa, com variações nos componentes e com uma indicação para cada etapa da obra. Entender sobre cada tipo é ideal para realizar a compra do material correto.
Pode-se citar quatro tipos principais de argamassa:
Argamassa colante
Argamassa de grauteamento
Argamassa para rejuntamento
Argamassas para revestimento
Argamassa de assentamento
A saber, dentro de cada um desses tipos de argamassa existem modelos específicos para aplicações variadas.
1. Argamassa colante
A argamassa colante é basicamente composta por Cimento Portland, aditivos químicos e agregados minerais. Misturando-a com água vira uma massa pastosa e aderente.
É indicada para o assentamento de revestimentos cerâmicos, blocos de vidro, porcelanatos, pedras como o granito e o mármore, entre outros.
São os principais tipos de argamassa colante:
AC-I: É utilizada para revestimentos e assentamentos de pisos cerâmicos em ambientes internos. Pode ser usada em áreas secas ou úmidas (cozinhas e banheiros).
AC II: Pode ser usada em ambientes internos e externos. Tem uma boa resistência à variação de temperatura, umidade, entre outros. É usada para assentamento e revestimentos cerâmicos, além de pisos.
AC III: É uma argamassa de alta resistência, indicada para revestimentos cerâmicos, quando há o risco de acidente por soltura de alguma peça é iminente. Em fachadas, por exemplo, isso é muito comum. É uma opção para assentamento de placas cerâmicas grandes.
AC III-E: É indicada para resistir a altas tensões, ou seja, com maior tempo de cura.
2. Argamassa de grauteamento
Também chamada de Graute, esta argamassa é resultante da mistura de cimento, areia, pedrisco e bastante água. Ela é usada para preencher os vazios dos blocos de construção – sobretudo em pontos de concentração de cargas, como em estruturas tipo portantes ou mistas. A ideia é que a união de tudo deixe o sistema das alvenarias mais resistentes em locais específicos, ou ainda para solidarizar as armaduras.
Basicamente existem dois tipos de graute. O primeiro a base de minerais – o mais comum, utilizado e de baixo custo. E o segundo é o graute de base orgânica, com composição orgânica, constituído por resinas epóxi derivadas do petróleo.
3. Argamassa para rejuntamento
Esse tipo é indicada para uso interno e externo. E existem dois tipos:
Rejuntamento do tipo I: É feita a base de cimento Portland, usado para rejuntamento em ambientes externos e internos. Importante frisar que não é apropriada para áreas com tráfego intenso.
Rejuntamento do tipo II: É feita à base de cimento Portland também e é indicada para rejuntamento em ambientes internos e externos. É adequada para ambientes de tráfego intenso, assim como ambientes com presença abundante de água como piscinas, espelhos d’água, entre outros.
4. Argamassas para revestimento e assentamento
Esses tipos de argamassa são para a fase de revestimento e acabamento da obra. Elas irão assentar blocos e tijolos na fase de vedação da obra. E a argamassa de revestimento terá a função de cobrir, proteger, corrigir defeitos, entre outros.
Argamassa para reboco: Indicada para o cobrimento da superfície como forma de preparação para receber o acabamento. É conhecida também como massa fina.
Argamassas impermeabilizantes: Desenvolvida para proteger ambientes da umidade. Pode ser aplicada em tetos e paredes.
Argamassa decorativa em monocamada: Indicada principalmente para ambientes externos. São feitas para acabamento e revestimento de muros, fachadas, entre outros.
Argamassa decorativa em camada fina: Argamassa para fins decorativos com a camada fina.
Modo de aplicação da argamassa para pisos
Agora que você já sabe um pouco mais sobre argamassas, é essencial ressaltar a importância de dar atenção ao modo de aplicação. Não adianta ter um bom material, se a utilização dele é feita incorretamente.
Respeite sempre o modo de preparo em destaque na embalagem do produto, assim como tempo de cura, secagem, etc.
Verifique as condições dos dentes da desempenadeira. Estes deve estar em bom estado de conservação.
Confira a planeza do piso onde a argamassa será aplicada. A superfície do contrapiso deve estar limpa e sem qualquer tipo de material que possa prejudicar a aplicação da argamassa sobre o piso
Com o lado liso da desempenadeira, aplique uma camada de argamassa colante sobre toda a área do piso.
Em seguida, passe o lado dentado da desempenadeira a uma inclinação de 60° da base, formando cordoes e sulcos paralelos, conforme a figura.
Por fim, a argamassa nunca deve ser aplicada pelo processo de pingo pois pode ocasionar na formação de regiões ocas no piso assentado.
Dicas extras
Consulte um profissional especializado para auxiliar na escolha da argamassa ideal para sua obra.
Utilize ferramentas e equipamentos adequados para garantir uma aplicação correta da argamassa.
Siga as normas de segurança durante o manuseio e aplicação da argamassa.
Com este guia completo, você está pronto para escolher a argamassa ideal para sua obra e garantir um resultado profissional e duradouro.
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Hidrogênio: saiba por que vale a pena investir nessa tecnologia
por Gabriel Marinho | | ATUALIZADO EM 10min
O hidrogênio molecular (H2) é um portador de energia que pode ser eficientemente convertido em energia elétrica em células de combustível
Nos últimos anos, o hidrogênio tem sido postulado como uma potencial alternativa aos combustíveis fósseis. No entanto, ao contrário dos combustíveis fósseis, são raras as reservas naturais de hidrogênio na crosta terrestre. Portanto, o desenvolvimento de novas tecnologias para que sua produção seja sustentável, eficiente e economicamente competitiva é essencial para fomentar a descarbonização de diversos setores.
Antes de ler o resto do texto, confira o nosso episódio de podcast sobre o assunto!
O gás hidrogênio pode ser considerado um commodity, usado há décadas em diversos setores da indústria. Atualmente, o mercado deste gás industrial gira cerca de 117 bilhões de dólares por ano, e ele é utilizado em desde insumo químico, até para a geração de energia elétrica.
Para aplicações industriais, a procura de hidrogênio mais do que triplicou desde 1975, e continua a aumentar (veja no gráfico abaixo). Cerca de 70 Mt de hidrogênio dedicado são atualmente produzidos, tendo 76% da produção com orgigem no gás natural e quase toda a produção restante (23%) a partir do carvão. A produção anual de hidrogênio consome cerca de 205 mil milhões de metros cúbicos de gás natural (6% da utilização global de gás natural) e 107 Mt de carvão (2% da utilização global do carvão), na qual a principal utilização do carvão para a produção de hidrogênio se concentra na China.
Com um consumo gigantesco de combustíveis fósseis, o mercado do hidrogênio é responsável por cerca de 1% das emissões globais de GEE, mais do que as emissões combinadas do Reino Unido e da Indonésia!
Demanda anual global de hidrogênio desde 1975. “Refino”, “Amônia” e “outros puros” representam aplicações industriais que requerem hidrogênio de elevada pureza. Metanol, DRI (Direct Reduced Iron Steel) e “outras misturas” representam aplicações industriais que utilizam hidrogênio como parte de uma mistura de gases. Fonte: IEA 2019
É importante ter em mente que as atuais utilizações do hidrogênio são hoje não-energéticas . O maior consumo de hidrogênio é na indústria petrolífera para o refino e upgrade do petróleo bruto e na indústria química para a produção de amoníaco (principalmente para fertilizantes). Os processos de produção de metanol outros produtos químicos orgânicos também são grandes consumidores de hidrogênio, normalmente vindo de fontes fósseis. Outras utilizações importantes encontram-se na indústria metalúrgica para a produção de vários metais incluindo o aço, na indústria alimentar para a hidrogenação de óleos vegetais comestíveis a gorduras (margarinas) e na indústria dos plásticos para a fabricação de vários polímeros. As aplicações menores ocorrem nas indústrias eletrônica, vidreira, de energia eléctrica e espacial.
A novidade é um processo muito antigo, que está cada vez mais em alta. O hidrogênio pode ser produzido com eletricidade, através de um processo chamado eletrólise, que consiste na divisão das moléculas da água, gerando hidrogênio e oxigênio. É um processo altamente intensivo em energia, mas que com a queda dos preços de energias renováveis se torna cada vez mais viável.
Até recentemente, menos de 0,1% da produção dedicada de H2 era através deste processo, uma quantidade insignificante em comparação com as alternativas baseadas em combustíveis fósseis. Além disso, o hidrogênio produzido por esta via é principalmente utilizado em mercados que necessitam do gás em alta pureza (por exemplo, eletrônica e polissilício). Além do hidrogênio dedicado produzido através da eletrólise da água, cerca de 2% da produção global total é gerada como subproduto da eletrólise da salmoura, no processo de produção cloro (Cl2) e soda cáustica (NaOH).
Por ser um gás molecular, o hidrogênio não tem distinção de cor ou forma. Porém, é comum no mercado atribuir cores para se referir a diferentes fontes de produção. “Preto”, “cinzento” ou “castanho” referem-se à produção a partir do carvão, gás natural e lignite, respectivamente. O hidrogênio “azul” é normalmente utilizado para a produção a partir de combustíveis fósseis combinado com tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCUS) que conduzem a uma redução das emissões de CO2. “Verde” é um termo aplicado à produção de hidrogênio a partir de eletricidade renovável (a partir de turbinas solares fotovoltaicas ou eólicas, por exemplo). A competitividade futura do hidrogênio azul ou verde depende principalmente dos preços do gás, da eletricidade, e de melhorias tecnológicas.
Classificação de hidrogênio em escada de cores. Elaborado pela EPE o a partir de IEA (2019a), H2-View (2020), BAKER MCKENZIE (2020) e ZGONNIK (2020).
À medida que tecnologias energéticas como a solar fotovoltaica e a eólica se tornam mais baratas e aumentam a capacidade instalada, os preços da eletricidade estão a cair rapidamente, tornando a eletrólise uma alternativa viável. De fato, o hidrogênio verde está a atingir recordes de competitividade todos os anos devido a incentivos governamentais e à queda dos preços da eletricidade. É esperado que a eletrólise seja competitiva com os processos de reforma de gás natural já em 2030 em algumas localidades, e globalmente antes de 2050.
Armazenamento e estocagem do hidrogênio
Hoje em dia, o hidrogênio é armazenado e fornecido principalmente na forma de gás comprimido ou líquido. Dependendo do seu uso final e requisitos, vários elementos da cadeia de abastecimento serão combinados para armazenamento e distribuição de hidrogênio (veja a figura abaixo).
Dependendo da aplicação de uso final, a duração do armazenamento será diferente, levando a diferentes soluções tecnológicas. Por exemplo, uma estação de reabastecimento exigirá horas de armazenamento de hidrogênio, enquanto uma fonte de alimentação estacionária para estabilizar a rede elétrica pode exigir dias ou semanas.
A opção de armazenamento de hidrogênio mais adequada depende principalmente do volume a ser armazenado, da escala de tempo de armazenamento, da taxa de descarga necessária (fluxo de hidrogênio para alimentar um determinado processo) e do preço (quando várias opções estão geograficamente disponíveis). Em geral, o armazenamento geológico é a melhor opção para aplicações estacionárias que requerem armazenamento em larga escala e longo prazo, enquanto os tanques são mais adequados para armazenamento de curto e pequena escala para aplicações estacionárias e móveis.
Armazenamento geológico: reservatórios de gás natural ou petróleo esgotados, cavernas e aquíferos são opções viáveis para armazenamento de hidrogênio em larga escala e de longo prazo. Por exemplo, cavernas de sal têm sido usadas para armazenamento de hidrogênio pelo setor químico no Reino Unido desde 1970 e nos Estados Unidos desde 1980. Apresentam alta eficiência (a quantidade de hidrogênio que pode ser extraída dividida pela quantidade inicialmente injetada), baixo custo operacional e baixo custo fundiário. Essas características significam que eles provavelmente são a opção de menor custo para armazenamento de hidrogênio, embora ele seja um elemento leve.
Tanques de armazenamento: tanques que armazenam hidrogênio comprimido ou liquefeito têm altas taxas de descarga e eficiências de cerca de 99%, tornando-os adequados para aplicações em menor escala. O hidrogênio comprimido (a 700 bar de pressão) contém aproximadamente 15% da densidade de energia da gasolina, portanto, armazenar a quantidade equivalente de energia em um posto de abastecimento de veículos exigiria quase sete vezes o espaço. Por outro lado, amônia (NH3) ou carreadores de hidrogênio orgânico líquido (sigla LOHCs em inglês), como bioálcoois, que poderiam ser identificados como carreadores de hidrogênio em potencial, têm densidades de energia maiores do que o hidrogênio comprimido e, portanto, reduziriam a necessidade de tanques grandes, mas essas vantagens devem ser avaliados em relação às perdas de energia e infraestrutura (reatores catalíticos, equipamento de conversão) para liberação de hidrogênio quando o uso final requer hidrogênio de alta pureza.
Distribuição de hidrogênio: a baixa densidade de energia do gás hidrogênio implica que pode ser muito caro transportá-lo por longas distâncias. No entanto, existem várias opções disponíveis para superar essa desvantagem, incluindo compressão de gás, liquefação ou incorporação de moléculas de hidrogênio em materiais de armazenamento (hidretos, um tipo de esponja metálica) ou moléculas de carreador (amônia, carreadores de hidrogênio orgânico líquido) que podem ser mais prontamente transportados como sólidos ou líquidos. Cada opção tem vantagens e desvantagens, e a melhor escolha (mais barata) irá variar de acordo com a distância, geografia e os requisitos de uso final (pureza, vazão de alimentação). Em geral, para distâncias abaixo de 1500 km, o uso de dutos para transportar hidrogênio como gás é geralmente a opção de entrega mais barata; entretanto, acima de 1.500 km, o transporte de hidrogênio como amônia ou um LOHC por caminhões é provavelmente mais econômico.
No entanto, cerca de 85% do hidrogênio hoje em dia é produzido e consumido no local, ou cerca do ponto de consumo, e apenas cerca de 15% do hidrogênio é transportado por caminhões ou dutos. Considerando os preços atuais do hidrogênio, além de um determinado limite de consumo para uma aplicação estacionária, a produção local de hidrogênio é comumente a opção mais econômica e viável, ao invés de armazenamento
Novas tecnologias emergentes podem alterar o equilíbrio entre essas opções no futuro próximo ou médio. A competitividade das diferentes opções disponíveis no mercado dependerá da distância percorrida pelo hidrogênio transportado, da escala e dos requisitos de uso final. Novas tecnologias emergentes altamente disruptivas permitiriam a exportação de hidrogênio de regiões de produção de baixo custo para regiões de alto custo.
Tá lega, mas e o que falta para o hidrogênio mudar o mundo??
O primeiro desafio: apoiar as energias renováveis
Soluções geralmente vêm com novos desafios, e isso não é diferente para os mercados de energia renovável em crescimento. Problemas como corte por excesso de produção e as variações em produção e demanda trazem enormes perdas para sistemas de energia no mundo inteiro. A eletricidade verde nem sempre está em fase com a demanda de eletricidade, o que resulta em perdas.
Quando o sol está brilhando e ninguém está assistindo TV, essa energia solar fotovoltaica é desperdiçada. Claro, ao somar toda a geração renovável, os resultados podem ser catastróficos. Por exemplo, só na Califórnia, a quantidade de energia renovável em excesso – ou seja, desperdiçada – em janeiro de 2020 foi de 138 GWh, um valor impressionante 10,8x maior do que no mesmo período de 2019. Isso acontece porque a eletricidade deve ser usada imediatamente ou armazenada para um momento posterior. No caso das energias renováveis, a eletricidade é produzida diretamente, e deve ser descartada quando há recurso renovável, mas não há demanda.
Para períodos curtos ou pequenos requisitos de energia, as tecnologias de bateria fazem um ótimo trabalho para guardar esta energia. Porém, em lugares onde inverno e verão têm requisitos de energia muito diferentes, há uma necessidade de amazenamento de longo prazo.
Aí vem o primeiro potencial do hidrogênio verde. Por meio da eletrólise, o excesso de energia renovável pode ser armazenado por tanto tempo quanto temporadas. Isso reduzirá a quantidade de energia desperdiçada e maximizará o uso de energia renovável ao longo dos meses. Além disso, o hidrogênio também pode ser empregado para armazenar energia em períodos sazonais de baixos preços da eletricidade no mercado, de forma a gerenciar de forma mais eficiente as fontes de energia disponíveis.
O hidrogênio também pode se tornar uma exportação
Imagine o cenário: um país com muito sol e recursos renováveis, mas com baixa necessidade de energia. Outro país busca diversificar sua energia, ou está localizado perto de um mercado crescente e intensivo em energia. É o caso de países como Marrocos, Austrália, e Chile, pioneiros em investir em hidrogênio verde para exportação. Os desertos ensolarados de Marrocos são um terreno fértil para a tecnologia solar fotovoltaica, assim como as costas ventosas da Tasmânia, na Austrália, e os desertos no centro do país. Ambos os países também estão localizados próximos a economias com alta demanda energética, como Alemanha e Japão, que já exibiram interesse em desenvolver uma relação comercial para o hidrogênio verde.
Entre muitas outras vantagens, o H2 traz uma nova oportunidade para esses países investirem em energia verde e venderem seu excedente de produção para aumentar seus benefícios financeiros. É uma fonte adicional de renda que pode fazer com que eles dependam menos dos combustíveis fósseis e se preparem para a economia do hidrogênio. O transporte não deve ser um grande desafio, pois já existe tecnologia para transportar o hidrogênio na forma líquida por meio de transportadores químicos ou mesmo como amônia, que pode ser usada como combustível ou fertilizante, como explicado mais acima.
De qualquer forma, será necessária uma cadeia de abastecimento para transportar o hidrogênio do ponto de produção até o ponto de uso final (posto de abastecimento ou indústria). Essa cadeia envolverá diversas empresas e infraestrutura, como dutos, caminhões, depósitos, compressores e distribuidores envolvidos no processo de entrega de hidrogênio.
O hidrogênio pode aumentar a resiliência do sistema
Além de fornecer energia, quando integrado às energias renováveis, o H2 também pode estabilizar a rede, melhorando sua estabilidade e resiliência. Assim como a geração de energia com combustível fóssil faz hoje, o hidrogênio pode contrabalançar o caráter variável da geração de energia eólica e solar. Um efeito em cadeia que isso pode ter é aumentar a confiança de desligar as usinas poluentes que são backup para atender à demanda.
A descarbonização dos meios de transporte é fundamental
O transporte de todos os modais é hoje responsável por 24% das emissões diretas de CO2 quando se analisa a combustão do combustível. É um problema crítico a ser enfrentado para cumprir as metas climáticas, e o esforço de governos e organizações já é visível.
Os veículos elétricos a bateria (BEV) vieram para ficar, mas não serão suficientes. Embora as baterias possam fazer um ótimo trabalho em veículos leves e de trajetos curtos, elas dificilmente serão capazes de reduzir as emissões do transporte pesado. Em aplicações onde mais peso do veículo significa menos carga transportável, as baterias se tornam inviáveis.
Além disso, as baterias têm um alto tempo de recarga, o que as torna inadequadas para aplicações onde o tempo de inatividade do veículo é crítico, como balsas e ônibus urbanos. Para essas e outras aplicações, as chamadas células de combustível complementam as baterias como extensores de alcance, permitindo longos alcances, alta potência de saída e um tempo de reabastecimento semelhante ao dos motores de combustão interna. A maturidade técnica das células de combustível H2 é esperada nos próximos 5-15 anos.
Os veículos elétricos a célula de combustível (sigla FCEV em inglês) serão adequados para o transporte rodoviário, ferroviário e marítimo. O resultado é um transporte 100% limpo, com a única emissão de água. Em relação ao mercado de aviação, uma melhoria das tecnologias atuais de armazenamento de hidrogênio ainda é necessária para trazer células de combustível de hidrogênio para aeronaves do futuro, porque os tanques de armazenamento de hidrogênio atuais são mais volumosos e pesados do que os tanques de armazenamento de combustível de jato convencionais existentes para aeronaves.
A única saída para descarbonizar indústrias pesadas
Indústrias como cimento e aço são extremamente intensivas em energia, exigindo altos níveis de calor de nível industrial para a fabricação destes produtos essenciais. Eletrificar essas indústrias é um desafio complexo que pode não se concretizar. O hidrogênio pode ser usado em células de combustível de alta temperatura para a produção de eletricidade e calor ou pode ser queimado em turbinas para gerar resultados semelhantes aos de geradores a gás e diesel.
A tecnologia ainda precisa de mais iterações para se tornar competitiva, mas projetos-piloto já estão em operação na Alemanha e na Suécia, por exemplo. O uso industrial de H2 verde ajudará a descarbonizar essas indústrias, mas, mais importante, a pressão climática sobre elas aumentará a demanda por hidrogênio verde, possibilitando ainda mais a economia do hidrogênio.
Descarbonização de aquecimento e eletricidade residencial
O hidrogênio já é uma realidade para geração de calor e eletricidade em residências e edifícios comerciais. O Japão é um grande exemplo de uso residencial integrado à rede de gás, com seu mercado crescente para geradores micro-CHP. Outras empresas oferecem aos proprietários a capacidade de desconectar totalmente suas casas da rede elétrica usando hidrogênio como armazenamento de energia ao longo das estações.
Servindo como matéria-prima limpa
Por último, mas não menos importante, a eletrólise de fontes de energia renováveis tem o potencial de descarbonizar as emissões atuais relacionadas à produção de hidrogênio. O consumo de hidrogênio da indústria está crescendo, assim como suas emissões. Com a queda dos preços da eletricidade e regulamentações climáticas mais rígidas, o hidrogênio verde pode crescer em competitividade, sendo uma troca fácil para matéria-prima industrial.
Gabriel é engenheiro químico formado pela UFRJ e com mestrado internacional na Espanha e na Suécia. Durante o mestrado ele se desenvolveu e está trabalhando na área de hidrogênio e células a combustível.
8 Tipos Diferentes de Concreto para Projetos Modernos
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5minImagem de annawaldl em Freepik
Betão ou concreto, assim é chamado o material mais utilizado pela construção civil. Sua massa é resultante da mistura de água, cimento e agregados, como brita. Na história humana, a primeira vez que se ouviu falar disso foi no período Romano, com as construções em tijolo cerâmico. Depois, só após a Idade Média, entre os séculos XIX e XX, com o desenvolvimento de pesquisas que levaram a construção de grandes edifícios.
Agora, no século XXI, temos acesso a diferentes tipos de concreto. A soma de armaduras juntamente da massa comum nos deu a chance de cogitar estruturas de vãos maiores – concreto armado -, sobretudo quando há a tração das barras – concreto protendido. Fora isso, com o tempo, foram criadas outras soluções para tornar os elementos mais leves – exemplo são as lajes alividadas –, ecológicos, pró-reativos e mais resistentes. A maioria pode vir pronta das fábricas; algumas serem submersas; e outras recicladas! Impressionante, não?! Confira, a seguir, outras variações deste material!
1. Concreto Vitrificado
Este concreto também é chamado de vitrificado; melhor dizendo, é um tipo de concreto mais atrativo e elegante. Ele é composto de uma mistura com retardador de pega e passa por um processo de lapidação ou polimento com ajuda de máquinas retificadoras, discos abrasivos e diamantados. Tem o seu tratamento definitivo com aplicação de reagentes químicos. Uma das suas maiores vantagens é ser impermeável e resistente às forças mecânicas e abrasivas.
(Imagem extraída de Restauro Pisos)
2. Concreto Translúcido
De certo modo, pode-se dizer que o concreto translúcido é ecologicamente correto, pois está ligado a um conceito de preocupação ambiental, visando o menor consumo de energia elétrica dentro das edificações. O diferencial deste concreto é permitir a passagem da luz natural pelas estruturas arquitetônicas. Em sua mistura, vai uma pequena quantidade de fibra ótica, que funciona também como agregado miúdo. Os blocos resultantes disso ficam mais maleáveis, impermeáveis e resistentes.
(Imagens extraídas de Concremix e Simbiosis Group)
3. Concreto Branco
O concreto branco é um concreto quase comum. Mas a diferença dele é ser feito a partir de um cimento branco estrutural. Na sua composição também vão calcário e areia naturalmente clara e agregados inertes de mármore, granito e outras pedras nesta linha. Ou seja, não se podem usar na mistura os mesmos materiais responsáveis pela cor cinza do cimento convencional. No fim das contas, tem-se um tipo de concreto com alta durabilidade e baixa manutenção, não precisando de cobertura de revestimento.
Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre. (imagem de (WT-shared) Rmx em wts wikivoyage em Wikimedia)
Outro tipo de concreto que pode ser usado da forma aparente é o concreto colorido. Sua massa leva adição de corantes – com melhor resultado se combinados ao cimento branco. Esta pigmentação já é realizada no momento de misturar tudo na betoneira. O resultado é mesmo surpreendente, agregando um alto valor às obras arquitetônicas. Contudo, a homogeneidade é difícil de conseguir. Além do mais, alguns estudiosos acreditam que sua resistência seja menor que a de um concreto convencional, exigindo mais controle técnico, da produção da massa à execução da estrutura.
Praça das Artes, em São Paulo. (Imagem de Gabriel de Andrade Fernandes em Flickr)
5. Concreto Permeável
O concreto permeável é uma das soluções mais inovadoras dos últimos tempos. Ele pode ser a resposta perfeita para amenizar os impactos terríveis das enchentes nas grandes cidades! Ele consegue drenar milhares de litros de água em questão de minutos através de grandes seixos. Além disso, deve apresentar alta resistência à compressão, flexão e desgaste; sem contar que reduz o aquecimento das superfícies.
(Imagens extraídas de Rhino Pisos e Ecoland Scaping)
6. Concreto Flexível
Este concreto leva polímeros especiais, com a tensão distribuída sobre as superfícies de um modo menos concentrado, que o faz ser flexível ao mesmo tempo que incrivelmente duro. Ele também leva menos tempo para ser feito e aplicado, fora que é mais resistente e durável em comparação ao concreto convencional. Portanto, perfeito para inúmeras obras complexas de engenharia, como de rodovias.
(Imagem de Media Nanyang Technological University)
Também chamado de bioconcreto ou “concreto vivo”, este tipo de concreto leva adição de cimento extra-seco, lactado de cálcio e agente de cura especial. Este detalhe faz com que a massa se auto conserte – ou quase isto –, suportando um estiramento muito maior. Em consequência, também há menores chances de corrosão das armações metálicas no interior das estruturas. E o retorno financeiro é garantido, já que as peças precisarão de menos manutenção no futuro.
(Imagem extraída de TEM Sustentável)
8. Concreto Celular
A massa do chamado concreto celular é bem diferente. Sua composição especial, realizada num processo de fabricação – com o nome de “autoclavagem”, onde é incorporado pó de alumínio na mistura em alta temperatura e pressão -, reage em milhões de bolhas de gás de hidrogênio, fazendo com que os elementos moldados fiquem muito mais leves do que ficariam se fossem feitos de concreto comum. Sua aparência final é como de uma espuma, mas seus blocos podem ser usados como estrutura. Também possui, como características, ótimo desempenho acústico, baixa condutibilidade térmica, resistência ao fogo, à umidade, e à agentes químicos e fungos.
Você conhece outros tipos de concreto de alta tecnologia para obras? Compartilhe suas sugestões nos comentários!
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Internautas descobrem mensagem oculta no paraquedas do robô Perseverance
por Rafael Panteri | | ATUALIZADO EM 2minParaquedas de Perseverance
Mensagens secretas e referências escondidas no Perseverance intrigou internautas
O vídeo do pouso do robô Perseverance em Marte, lançado em 22 de fevereiro, animou a comunidade cientifica e os entusiastas da exploração espacial. Esse grande feito emocionou o líder da equipe de pouso, Allan Chen, durante uma coletiva de imprensa. Na entrevista, Chen deu algumas declarações suspeitas que deixaram os internautas intrigados.
“Além de possibilitar ciência incrível, esperamos que os esforços de nossa equipe de engenharia possam inspirar os outros. Por isso, às vezes deixamos mensagens em nossos trabalhos para que outros as encontrem.” Com esse pronunciamento, estava certo de que mensagens secretas e referências, conhecidas como “easter eggs” (do inglês, ovos de Páscoa), estavam escondidas no vídeo.
A comunidade não só aceitou o desafio, como o concluiu em seis horas. Diversas contas do Twitter publicaram a imagem do paraquedas de pouso de Perseverance com um possível padrão de cores.
Sistema binário a partir do padrão de cores no paraquedas de Perseverance
Utilizando a técnica do sistema binário, os engenheiros da Nasa transformaram as faixas brancas e laranjas em sequências numéricas. Nesse sistema, a ordem dos algarismos “1” e “0” pode ser traduzida como números ou letras. E foi assim que Allan Chen e sua equipe esconderam a mensagem. O círculo externo do paraquedas traz as coordenadas do Laboratório de Propulsão à Jato da Nasa (34º11’58’’N 118º10’31’’ W). Os três círculos internos trazem a mensagem “Dare Mighty Things” (“Ouse coisas grandiosas”, em inglês), lema de equipe do Perseverance.
Adam Steltzner, engenheiro-chefe do rover, confirmou essa solução do enigma em seu Twitter – “Parece que a internet descobriu o código em apenas seis horas. Oh internet, há algo que você não consegue fazer?”
E esse não foi o único “easter egg” de Perseverance: uma das imagens enviadas pelo robô mostra 5 figuras. Essas imagens são representações de todos os rovers que a Nasa já enviou para Marte.
Representação da família de Perseverance – galeria de imagens da Nasa
O que achou dessa mensagem secreta? Deixe nos comentários!
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.
Tipos de agregados na Construção Civil: conheça os principais tipos e suas aplicações
por Clara | | ATUALIZADO EM 3minImagem de jcomp em Freepik
Os agregados desempenham um papel crucial na construção civil, sendo peças fundamentais em várias fases da obra. Sua utilização exige precisão, visto que são materiais granulares com formas e tamanhos diversos, tornando-os ideais para o preparo de concreto, argamassa e outros compostos.
Originados da mineração e destinados ao uso após o processo de britagem, os agregados são, sem dúvida, uma das substâncias mais amplamente utilizadas no mundo da construção. Sua versatilidade os torna aplicáveis em uma variedade de projetos, independentemente do segmento, incluindo a construção de casas, edificações residenciais, comerciais, projetos industriais, obras públicas, infraestrutura e pavimentação de vias públicas, entre outras aplicações.
Pensando na importância desses materiais na construção civil, o Engenharia 360 destaca no texto a seguir os principais modelos de agregados, abordando mais detalhadamente seus tipos, propriedades e aplicações. Confira!
Principais tipos de agregados
Como falamos acima, os agregados fazem parte de todas as construções, por isso sua utilização corretamente é essencial.
Agregados de Areia
Um dos principais tipos de agregado é a areia e podemos citar dois tipos muito utilizados, são eles:
Areia Média: Deve ser aplicada na composição da massa asfáltica, concretos em geral e especiais. Além disso, pode compor assentamentos, revestimentos, alvenarias, artefatos de concreto e chapiscos.
Areia de Brita Tipo I e Tipo II: Em média suas dimensões giram em torno de 4,8 mm. Pode ser aplicada na confecção do asfalto, concretos de modo geral, além de lajes pré-moldadas ou para estrutura de ferro concentrado, artefatos de concreto e chapisco.
A brita é outro artefato muito utilizado na construção, veja os principais tipos de agregados desse gênero:
Brita 5 / 8
Possui dimensões de 16 mm e pode ser aplicada na construção, na composição de concretos especiais, pavimentações asfálticas especiais e obras com particularidades que demandam o uso dela.
Bica Corrida
Suas dimensões serão de acordo com a necessidade do cliente. Além disso, é aplicada em aterro, base e sub-base de pavimentos e regularização de áreas.
Brita 4 ou Macadame
Possui dimensões de 25 mm a 76 mm e pode ser aplicada em fossas sépticas, sumidouros, gabião, reforço de subleito para locais de tráfego intenso, lastros de ferrovias e concretos ciclópicos.
Brita 3
Suas dimensões variam entre 25 mm a 38 mm, sendo aplicadas em reforço de subleito para vias de tráfego intenso e lastros de ferrovias.
Brita 2
Suas dimensões variam entre 19 mm a 25 mm, podendo ser aplicadas no preparo de concreto em geral e drenagem.
Brita 1
Possui dimensões entre 4,8 mm a 9,5 mm e pode ser aplicada no preparo da massa asfáltica, concretos de modo geral, lajes pré-moldadas, estruturas de ferragens pesadas, artefatos de concreto (pré-moldados), chapiscos e brita graduada para base de pistas.
Brita 0
As dimensões desse tipo de brita são de 4,8 mm a 9,5 mm, podendo ser aplicada no preparo da massa asfáltica, concretos de modo geral, lajes pré-moldadas, estruturas de ferragem densa, artefatos de concreto pré-moldados, chapiscos e brita graduada para base de pistas.
Brita graduada e graduada tratada com cimento (BGTC)
Suas dimensões são calculadas de acordo com a necessidade do cliente. Além disso, são aplicadas em subleitos para pistas de tráfegos intensos.
Imagem reproduzida de Construct App
Agregado de Rachão
Outro material muito utilizado nas construções é o rachão. Possui dimensões de 76 mm a 170 mm e sua aplicação pode ser feita em gabião, concretos ciclópicos, calçamentos de ruas e drenagem.
Agregado de pó
Por fim, podemos citar o agregado de pó. Na prática, ele se divide em dois materiais. São eles:
Pó de Pedra: Possui dimensões de 4,8 mm e pode ser aplicado em terraplanagem para ser utilizado no material para sub-base, calçamento de pisos pré-moldados e paralelos, CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) para recapear ruas, estradas, avenidas e estabilizador do solo.
Pedrisco misto: Possui dimensão de 9,5 mm (incluindo os de 4,8 mm). Aplica-se em concretos em geral, CBUQ e artefatos de concreto.
Compreender os diferentes tipos de agregados, suas propriedades e aplicações é essencial para garantir a eficiência e durabilidade das construções. Este conhecimento ativo permitirá aos profissionais da construção civil e entusiastas compreenderem melhor a importância desses materiais e otimizar suas escolhas nas diferentes etapas de um projeto.
Continue explorando e descobrindo mais sobre os fascinantes mundos dos agregados na construção civil no Engenharia 360!
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Entenda como a climatização de ambientes é considerada nos projetos de engenharia
por Guilherme Menezes | | ATUALIZADO EM 3minImagem de lifeforstock em Freepik
Você sabia que a climatização de ambientes internos, como o ar-condicionado, é uma das tecnologias mais essenciais nos projetos de construção modernos? Embora hoje seja difícil imaginar um espaço sem esse conforto térmico, o condicionamento de ar tem uma longa história e só se tornou uma prática comum no século 20. Mas como e por que essa inovação surgiu?
Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar a origem da climatização, os fatores que impulsionaram seu desenvolvimento e como ela se tornou um elemento imprescindível em diversos ambientes, de cinemas a residências. Continue lendo e descubra como o ar-condicionado passou de uma necessidade industrial para um item indispensável em nosso dia a dia.
Imagem de diana.grytsku em Freepik
Quais foram as influências no desenvolvimento da climatização?
Alguns fatores foram essenciais para o desenvolvimento e crescimento desta tecnologia. Primeiramente, podemos destacar a grande demanda em hotéis e centros de entretenimento, sendo que o crescimento da indústria cinematográfica foi o ápice já que as salas de cinema eram uma forma agradável de as pessoas escaparem do calor de muitas cidades norte-americanas.
Outro fator a ser considerado foi de grandes grupos de empreendedores investirem na ideia, garantindo que o desempenho dos equipamentos de climatização fossem se aperfeiçoando com a crescente demanda.
Como os primeiros equipamentos de ar-condicionado evoluíram?
Inicialmente, esses equipamentos eram limitados pela velocidade de seus compressores. Desta maneira foram necessários grandes investimentos para desenvolver novas tecnologias, algumas delas foram capazes de diminuir o tamanho e aumentar a eficácia. Para isso, realizaram diversos testes com compressores, substâncias refrigeradoras e até vedantes adequados, já que eram utilizados no sistema substâncias tóxicas.
Imagem de Freepik
O papel do engenheiro Leo Lewis
Em 1930, o engenheiro Leo Lewis conseguiu compatibilizar diversas ideias anteriores e desenvolver um sistema em que combinava três correntes de ar diferente, assim estabelecendo novos padrões de conforto para teatros e cinemas.
Com a crescente demanda e instalação nas diversas edificações, surgiu o questionamento em relação à saúde das pessoas que estariam nestes ambientes. Ao longo destes anos, foi discutido qual seria a proporção correta de ar a ser respirada e, para chegar a uma proporção adequada, diversos fatores deveriam ser considerados, tais como: umidade do ar, poeira no ambiente, idade das pessoas, entre outros.
Como foi a expansão da climatização na engenharia?
Mesmo com tamanha discussão em relação aos benefícios e malefícios à saúde por ser uma tecnologia em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, ela continuou se espalhando, desde fábricas, cinemas, teatros, hotéis e até mesmo prédios de grandes corporações.
Em 1930, algumas empresas começaram a produzir sistemas menores de condicionamento de ar. Assim, surgiu o sistema no mercado doméstico. Dessa maneira foi que se viu como uma necessidade possuir este sistema em salas comerciais e em imóveis residenciais.
Imagem de Freepik
Quais os desafios na implementação de sistemas de climatização?
Após todo o desenvolvimento da tecnologia e a discussão sobre questões médicas, chegamos ao ponto em que ainda hoje gera discussão e desenvolvimento de novas tecnologias: a economia de energia.
A preocupação global sobre custos financeiros em gasto energético e ambiental é o que faz o desenvolvimento e avanço tecnológico destes equipamentos, que atualmente possuem pouco consumo energético e mínima agressividade ao meio ambiente.
O futuro da climatização e a sustentabilidade
Novos questionamentos devem surgir e, com isso, proporcionar maiores avanços tecnológicos e aperfeiçoamento da tecnologia.
Os equipamentos atuais podem tanto resfriar o ambiente como aquecer usando um ciclo reverso. Em alguns lugares do globo onde a temperatura é muito fria, usam também o sistema de calefação, o qual é capaz de aquecer o ambiente com menor gasto energético. Assim, em diversos projetos, é considerado o clima do país e, de forma direcionada, é feita a escolha de pisos, janelas e até mesmo iluminação, pois são alguns fatores que podem influenciar na temperatura do ambiente e, portanto, em um maior consumo energético.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.
Descubra quais fatores são considerados no projeto e instalação de vidraças estruturais
por Guilherme Menezes | | ATUALIZADO EM 3minFonte: Prismatic
Entenda quais são as técnicas construtivas utilizadas para as vidraças
O sonho de possuir “paredes invisíveis” gerou um grande avanço tecnológico na área de construção: as chamadas vidraças estruturais. Foram os engenheiros Peter Rice e Jorg Schlaich os pioneiros a alcançar este objetivo. Em 1981, em Paris, o engenheiro Peter Rice construiu na La Villette uma fachada de vidro de 32×32 metros, estabelecendo então um precedente para todas as paredes de vidros que viriam posteriormente.
Quais fatores fundamentais a serem considerados nas vidraças estruturais?
Para a construção destas paredes de vidro foram notados dois fatores fundamentais que deveriam ser considerados, já que o vidro possui características de pouca resistência à tração e é muito quebradiço para suportar cargas significativas.
Primeiramente, deveriam ser previstas com precisão as cargas solicitantes e principalmente garantir que as vidraças não sofreriam quaisquer esforços de flexão.
Fonte: G1
O segundo fator seria de amortecer as cargas de impacto que poderiam causar um efeito dominó, promovendo a falha de todas as vidraças. Esse impacto, por exemplo, poderia ser ocasionado pelo choque de um pássaro.
E foi assim que Peter Rice desenvolveu a fachada de vidro, utilizando de painéis compostos por 16 peças (4×4). As vidraças eram suspensas por suportes com mola, para evitar que cargas fossem transmitidas para o vidro. Foram necessários também conectores com quatro pontas para que sustentassem as vidraças, garantindo que nenhuma carga de impacto ou flexão fosse transferida para o vidro. Por fim, as cargas de vento positivas e negativas eram transferidas por treliças de banzos paralelos.
O engenheiro Jorg Schlaich considerou os mesmos fatores, mas adotou uma abordagem diferente. Em 1999, desenvolveu um sistema para a fachada do Ministério das Relações Exteriores em Berlim. Esse sistema era composto por uma grelha ortogonal de cabos onde as vidraças eram fixadas, fazendo com que elas precisassem apenas de suportar seu peso próprio. As cargas de vento e qualquer outra consideração eram irrelevantes, pois ao invés de suportar essas cargas, a estrutura da fachada poderia se mover sob a força exercida, sendo então apenas os esforços transmitidos para os cabos de aço.
Como são os sistemas de instalação das fachadas de vidro?
Fonte: Abra Vidro
Com o avanço tecnológico e o aperfeiçoamento das vidraças estruturais surgiram outros pontos a serem questionados além dos dois fatores fundamentais para a estabilidade da estrutura, alguns são: porte do projeto, compatibilidade entre estrutura e sistema de fixação da fachada, tempo para execução e espaço de trabalho. Posteriormente, deve ser escolhido o tipo de vidro a ser utilizado.
A partir de todas essas escolhas temos diversas técnicas disponíveis a serem aplicadas. Os mais usados no brasil são do tipo Grid, que têm como principal característica a visualização da estrutura de fixação que pode ser vista como linhas verticais e horizontais.
A seguir, algumas das principais técnicas são apresentadas:
Spider: recebe este nome pois as ferragens usadas para fixação lembram uma aranha e permitem a fixação dos vidros dispensando o uso de caixilho.
Stick: também denominada como pele de vidro, a principal característica desse método é que o vidro é colado em perfil de alumínio e resulta em uma estrutura escondida, permitindo o envidraçamento com menos elementos metálicos aparentes.
Unitizado: é composto por módulos que se encaixam na estrutura, já formados por perfil, colunas, travessas e vidro. Fixado com silicone ou fita dupla face específica para este tipo de colagem.
Outras técnicas ainda são utilizadas, porém com menor frequência em projetos, como, por exemplo, cable net, vidro estrutural e autoportante.
E você, já viu alguma obra utilizando essas técnicas ou conhece alguma outra ? Curta e comente!
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.
Primeiro satélite totalmente brasileiro, Amazônia 1 chega à orbita com sucesso
por Rafael Panteri | | ATUALIZADO EM 2min O Amazonia 1 é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Primeiro satélite totalmente brasileiro, Amazônia 1 chega à orbita com sucesso
por Rafael Panteri | | ATUALIZADO EM 2minO Amazonia 1 é o primeiro satélite de Observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.
Lançado dia 28 de fevereiro, à 1h54, o satélite Amazônia 1 chegou corretamente ao seu destino
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, o satélite Amazônia 1 foi colocado em órbita pela missão PSLV-C51 realizada pela agência espacial indiana, Indian Space Research Organisation (ISRO). O projeto do equipamento de observação terrestre começou há oito anos e teve ameaças de paralisações por falta de orçamento.
Amazônia 1 e desenvolvedor – galeria de imagens do site INPE
A uma altitude de 752 quilômetros da superfície da Terra, o equipamento inicia a transmissão de dados – fotos em alta resolução de todo o território nacional – com o principal objetivo de auxiliar contra o desmatamento ilegal da região amazônica. O sensoriamento remoto é feito com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas.
Inicialmente, o lançamento estava previsto para 22 de janeiro, mas a data foi remarcada a pedido da equipe de desenvolvimento. Depois de todos os testes finais, o satélite foi desmontado e levado por um avião cargueiro com destino à Índia, onde foi remontado para a missão. O INPE transmitiu o lançamento ao vivo em uma cerimônia online.
Missão PSLV-C51 que levou o Amazônia 1 à orbita – galeria de fotos do site INPE
Vídeo do lançamento do Amazônia 1
Problemas com a verba
Pouco antes de ser lançado, o satélite passou por algumas dificuldades. Com a suspensão pelo INPE de 107 bolsas de pesquisadores, as atividade de trabalho e pesquisa foram atrasadas. Sete desenvolvedores diretos do Amazônia 1, envolvidos nas etapas finais e plano de voo, foram afetados. Sem recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, eles estavam impedidos de trabalhar e, com isso, o lançamento do equipamento estava em risco.
Para manter a data, a Agência Espacial Brasileira (AEB) precisou intervir e custear as bolsas.
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.
Versátil e recém chegado ao Brasil, ele é o fone premium mais econômico da Beats
O Beats Flex foi anunciado no final de 2020 e chegou ao Brasil nos últimos dias. Nós tivemos a oportunidade de testar essa novidade e você confere nossas impressões neste texto!
A ideia do Beats Flex é, como o nome já indica, ser versátil, servindo para situações como atender o telefone e ouvir música e outras mídias. Ele também é um modelo discreto, diferente dos tipo concha, como o Beats Solo Pro Wireless, que nós já testamos.
Segundo a Apple, a quem pertence a Beats, o cabo Flex-Form, que fica em torno do pescoço quando nãos está sendo usado, tem nitinol, uma liga de níquel e titânio de alta durabilidade, e proporciona conforto para o dia todo. Os fones têm quatro opções de ponta, permitindo um encaixe personalizado, e são magnéticos, impedindo que embole quando não está sendo usado e também facilitando o manuseio e o transporte.
Uma novidade é que, quando os fones estão pendurados no pescoço, a música pausa automaticamente. Como o fio é muito leve, ele não exerce pressão no pescoço ou mesmo nas orelhas, quando está em uso.
O chip é do tipo Apple W1, permitindo fácil conectividade. O bluetooth é do tipo Classe 1, com maior alcance e menos interrupções. Há controles para ajustar volume, comandar a música, atender ligações ou gerenciar o assistente de voz. No entanto, como o W1 é mais antigo (o mesmo do AirPods de primeira geração), ele não possui função de desligamento automático como nos fones de ponta como o Beats Solo Pro, Powerbeats Pro e AirPods Pro.
No quesito qualidade do som, o Beats Flex reduz distorção e aumenta o poder do baixo, algo já característico de outros modelos da Beats. Para isso, há uma câmara dupla e um driver em camadas para alcançar uma melhor separação de estéreo, com uma resposta de graves robusta e precisa. Também há microfone integrado, que foi reposicionado em relação ao antigo modelo semelhante BeatsX, com redução de ruído para mais clareza de voz, reduzindo o vento.
A bateria é recarregada via USB-C e conta com a tecnologia Fast Fuel, a qual requer apenas 10 minutos de carga para permitir uma hora e meia de uso. A carga completa permite 12 horas de som.
Uma vantagem é que eles são compatíveis não só com iOS e iPadOS, mas também com Android. O Beats Flex está disponível em quatro cores: Preto Beats, Amarelo Cítrico, Azul incandescente e Cinza-Névoa. Qual é a sua favorita?
Ele pode ser encontrado nas lojas da Apple ou em lojas parceiras. O preço sugerido é de R$579,00 e, apesar de não ser tão acessível para muitas pessoas, é o fone premium mais econômico da Beats (principalmente se considerarmos que, no exterior, o seu preço é de 49 dólares).
Eu testei o Beats Flex por duas semanas para as mais diversas finalidades para avaliar sua performance, em um uso que varia desde caminhadas ouvindo música, vídeo conferências no escritório, podcasts durante o dia, etc. Posso dizer que é um fone bem versátil e prático, que oferece uma qualidade de som adequada para diversas propostas, mas não espere muito em relação aos graves. Ele tem um som limpo e nítido, mas para os amantes de um bom rock, talvez não seja o mais indicado.
O que mais me agradou foi para atividades físicas, por ser de um material bem leve, que você mal sente que está utilizando, fixar bem nos ouvidos e oferecer uma segurança de que os fones não irão cair dos ouvidos durante uma corrida. Além do que, possui comandos nos botões e ao juntar os dois fones com o imã, o som para, e retoma ao soltá-los novamente.
Apesar de não possuir o cancelamento de ruído (Noise Cancelling), presente em outros modelos, como o Solo Pro, o fato de possuir as borrachas que se adequam ao ouvido, já ajuda bastante nessa função. E, por fim, em relação à bateria, com uma carga completa, consegui obter um uso de cerca de 12 horas para as atividades citadas nas últimas duas semanas.
E o veredito? Achei bem interessante a proposta da Beats de ter um fone “mais acessível” em termos de custo (abaixo dos R$1.000), e também para usuários de Android. Uma estratégia importante para aumentar a abrangência além dos usuários de iPhone. Então, se você está afim de entrar para o universo Beats, pode ser uma boa opção caso tenha disponibilidade de recurso!
E aí, você compraria um? O que achou? Conta para a gente aqui nos comentários!
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