Por onde trafegamos, observamos construções, principalmente nos grandes centros. Desde pequenas casas a arranha-céus, que logo estarão em uso, algumas infelizmente apresentarão anomalias antes mesmo de serem entregues.
A impermeabilização, pouco lembrada por estar sempre escondida atrás de belos revestimentos, ocupa o terceiro lugar entre os causadores de manifestações patológicas (Secovi). A deficiência ou ausência desse item geram ambientes insalubres, desconfortos para o usuário, desvalorização do imóvel e, em casos mais graves, colocam em risco a integridade da estrutura, levando até ao colapso da edificação.
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Mas, afinal, o que é a impermeabilização?
Uma estrutura está exposta a diversas ações de fluidos e vapores, são elas: umidade de obra, de absorção, de capilaridade, de infiltração, de condensação e acidental.
A impermeabilização pode ser definida como “o conjunto de operações e técnicas construtivas, composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as construções contra ação deletéria de fluidos, vapores e da umidade” (NBR 9575 Impermeabilização – Seleção e Projeto, ABNT 2003). Ou seja, impermeabilizar é o ato de impedir a passagem indesejável de fluidos e vapores por uma estrutura, preservando, assim, as condições de integridade da construção. Ela consiste na aplicação de produtos e técnicas específicas que têm como objetivo a proteção a estrutura.
Como selecionar e executar?
No mercado existem diversos tipos de impermeabilizantes, materiais pré-fabricados, moldados in loco, aderidos sob aquecimento, aditivos e com diversas outras características. Porém, as normas brasileiras classificam em 2 tipos de materiais: rígidos e flexíveis.
Os materiais rígidos são aplicados em locais onde a estrutura não está sujeita a movimentação e fissuração. Impermeabilizantes rígidos possuem baixíssima porcentagem de deformação, ou seja, quando sujeitos a movimentação podem romper e perder sua eficácia. Exemplos de materiais: argamassa polimérica, membrana epóxidica, hidrofugante e aditivo por cristalização integral.
Já os materiais flexíveis apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo, portanto, as movimentações da estrutura são acompanhadas pelo material, mantendo seu desempenho. Exemplos de materiais: membranas (acrílicas, poliuretano), mantas (asfáltica, TPO, PVC) eemulsões (asfáltica, acrílica).
Apesar de parecer simples, os sistemas impermeabilizantes devem ser especificados por profissionais capacitados e habilitados com conhecimento na área. É necessário avaliar as condições da estrutura, características da obra, durabilidade desejada, equipe de execução e outros fatores essenciais para se definir o melhor custo benefício de acordo com a necessidade do empreendimento.
Um material especificado incorretamente pode acarretar em danos graves à estrutura e habitabilidade do usuário. Desta forma, entende-se a importância do projeto de impermeabilização que, no decorrer da obra, se torna uma ferramenta em prol da economia, reduzindo custos com materiais desnecessários, retrabalhos, custos de manutenção e garantindo a vida útil da estrutura.
A execução, assim como a especificação do material, exige mão de obra qualificada. Depositar tal responsabilidade em um profissional sem conhecimento e experiência pode extinguir todos os esforços desempenhados para se obter durabilidade no sistema impermeável.
Essencialidade da impermeabilização
O que muitos construtores e responsáveis por obra ainda não percebem é que a impermeabilização não impede somente a passagem de água e sim é fator primordial na vida útil e proteção da estrutura. Os custos com impermeabilização gerados durante o período de obra são significativamente menores do que os gastos em reparos, desconsiderando o desgaste e desconforto do morador em meio às reformas.
Sistemas de impermeabilização bem especificados e executados são eficazes por longos períodos, beneficiando diretamente as características de habitabilidade que afetam o usuário e a estrutura com proteção e durabilidade.
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Fonte: Secovi; NBR 9575 - ABNT
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