Falamos tanto em produção e crise de energia elétrica nestes últimos anos, não é mesmo? E é óbvio que, por isso, recorrentemente veio nas conversas a expressão ‘usina hidrelétrica’, que é a segunda maior fonte de produção de energia em todo mundo. Mas você sabe, realmente, o que são usinas hidrelétricas? E quais as maiores usinas hidrelétricas do mundo?

O que são usinas hidrelétricas?

Bem, as são estruturas que se valem do fluxo das águas fluviais para a geração de energia elétrica. Para a sua construção se faz necessário o represamento das águas de um rio. Mas esse rio precisa ter bastante extensão e “força” para exercer, contra as turbinas, pressão suficiente para movimentar o gerador e, assim, transformar energia mecânica em energia elétrica.

A seguir, apresentamos uma lista com as dez maiores usinas hidrelétricas do mundo. Confira!

Quais as maiores usinas hidrelétricas do mundo?

  • Usina de Três Gargantas
  • Usina de Itaipu
  • Xiluodu
  • Belo Monte
  • Guri
  • Tucuruí I e II
  • Grand Coulee
  • Sayano-Shushenskaya
  • Krasnoyarsk
  • Churchill Falls
  • Usina La Grande

1. Usina de Três Gargantas

Começando em grande estilo, esta é a maior hidrelétrica do mundo atualmente. Ela está localizada sobre o Rio Yang-tsé, na província de Hubei, na China. Começou a funcionar em 2008, mas foi concluída mesmo em 2012. Possui incríveis 2.335 m de comprimento e capacidade de produção de 22.500 MW de energia, sendo também utilizada para conter enchentes na região.

maiores usinas hidrelétricas do mundo
Imagem reproduzida de Segredos do Mundo

2. Usina de Itaipu

Localizada no Rio Paraná, na fronteira Brasil-Paraguai – sendo binacional -, esta usina hidrelétrica já foi, até 2012, considerada a maior do mundo. Ela foi construída entre 1975 e 1982, ocupa 1350 km², tem 7.919 metros de comprimento e capacidade de gerar 14.000 MW – 15% da demanda de energia brasileira e 93% do Paraguai.

hidrelétrica
Imagem reproduzida de CPG Click Petroleo e Gas

3. Xiluodu

Viajando para o oriente, agora para a China, mais precisamente para o curso superior do Rio Jinsha, na província de Sichuan. Foi construída em 2014 e tem capacidade de gerar 13.860 MW.

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Imagem reproduzida de CGTN

4. Belo Monte

Esta usina já foi a segunda maior da América Latina, situada no município de Vitória do Xingu, na região Sudoeste do Pará, tendo hoje capacidade instalada de 11.233,1 MW e garantia física média de 4.571 MW de geração de energia. É preciso destacar que seu projeto já sofreu muitas críticas com relação às suas etapas de construção. Os impactos ambientais também são questionados, embora tenham sido previstos no licenciamento ambiental do empreendimento. Vale destacar que existem ações sendo conduzidas desde 2011 para mitigar ou compensar qualquer dano.

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Imagem reproduzida de InfoEscola

5. Guri

Mais um exemplo do Brasil; indiretamente, na verdade. É porque nós recebemos um cabo submarino que conecta Boa Vista, no Brasil, e Cúcuta e Gajira, na Colômbia. O mesmo pertence a uma rede de distribuição construída em 1986 da Hidrelétrica de Guri, localizada no Rio Caroni, estado de Bolívar, na Venezuela. Esta usina pode gerar 10.200 MW utilizando 20 turbinas.

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Imagem reproduzida de Diálogo Chino

6. Tucuruí I e II

O Brasil também pode ser citado mais uma vez nesta lista. Esta usina está localizada na cidade de Tucuruí, em Belém do Pará. Ela foi construída em 1974 e inaugurada em 1984; tem um reservatório de 200 km e 2.850 km² de água quando cheio; e é considerada a segunda maior hidrelétrica 100% brasileira, sendo capaz de produzir 8.370 MW de energia.

hidrelétrica
Imagem reproduzida de MegaWhat

Veja Também: Hidrelétricas e impacto ambiental: saiba mais sobre a principal fonte de energia do Brasil

7. Grand Coulee

Ainda na América, esta usina, nos Estados Unidos, é gigantesca. Ela soma 1,6 km de largura e o dobro da altura das Cataratas do Niágara. Sua construção é de 1974 e já foi, em anos posteriores, considerada a maior do planeta, hoje com produção de 6.494MW.

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Imagem reproduzida de Wikipedia

8. Sayano-Shushenskaya

Agora vamos para o outro lado do mundo, para a Rússia. Na região do Yenisei, a sudeste da Região da Cacássia, está a maior usina hidrelétrica do país, com produção de 6.400 MW, usando apenas 10 turbinas. Ela começou a ser construída em 1963 e concluída só em 1985.

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Imagem reproduzida de Wermac

9. Krasnoyarsk

Mais um exemplo da Rússia, com esta usina que produz 6.000 MW, o maior potencial hidrelétrico do planeta e a segunda maior usina do país. Ela começou a ser construída em 1956 e concluída só em 1972. Sua utilização principal é abastecer as centrais produtoras de alumínio.

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Imagem reproduzida de Super Engineering

10. Churchill Falls

Esta usina está localizada no Canadá e é dos anos de 1970. Está localizada na barragem do Rio Churchill Falls, na região de Terra Nova e Labrador, sendo a maior do país, também considerada a maior hidrelétrica subterrânea do mundo, gerando 5.428 MW.

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Imagem reproduzida de Nalcor Energy – Lower Churchill Project

11. Usina La Grande

Também no Canadá, na região de Quebec. A construção desta usina data de 1992, fazendo parte do James Bay, de uma série de barragens ao longo do rio La Grande – por isso o seu nome. A ideia é expandir o plano para James Bay II, pensando em se chegar a uma produção de 27.000 MW.

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Imagem reproduzida de Wikipedia

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Fontes: UOL, Mundo OEC, Pramac.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você sabia que a compra de agroquímicos sem o receituário agronômico adequado pode ser ilegal e resultar em multas? Descubra a seguir, neste artigo do Engenharia 360, como este documento é essencial para garantir a segurança e a saúde de todos.

ART de Receituário Agronômico
Imagem de master1305 em Freepik

O que é o Receituário Agronômico e sua importância

O Receituário Agronômico é fundamental para assegurar a utilização responsável de agroquímicos, protegendo tanto os produtores quanto o meio ambiente. Estabelecido pela Lei 7.802/89 e regulamentado pelo Decreto Federal n.º 4.074/02, esse documento garante que o uso desses produtos seja feito de maneira adequada, prevenindo contaminações e riscos à saúde pública.

Quem pode emitir o Receituário Agronômico

Somente profissionais devidamente habilitados e registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) têm autorização para emitir o Receituário Agronômico. Engenheiros agrônomos, florestais e técnicos agrícolas são exemplos desses profissionais capacitados. É crucial buscar sempre um especialista credenciado para garantir a correta orientação e uso dos agroquímicos, mantendo a conformidade com a legislação e protegendo a segurança de todos os envolvidos.

Como emitir a ART de Receituário Agronômico

Eis o passo a passo detalhado para emissão da ART no site do CREA:

  1. O profissional habilitado e registrado no CREA deve buscar o site do Conselho em seu estado.
  2. Então, acessar o campo de login para autenticação.
  3. Buscar a aba ‘Serviços ART’, ‘ART’ e ‘Preenchimento de Receituário Agronômico’ OU ‘Emissão/Consulta de ART’ e ‘Tipo de ART’.
  4. Em alguns CREAs, para emissão de Receituário Agronômico, deve-se apertar depois em ‘Obra/Serviço’.
  5. Selecione o tipo de Participação Técnica, ‘Individual’ e ‘Salvar e Avançar’.
  6. Selecione a empresa contratada, depois ‘Próximo’.
  7. Informe os dados do contratante, ‘Salvar e Avançar’.
  8. Informe os dados da Obra/Serviço, ‘Salvar e Avançar’ – a quantidade de receitas liberadas por ART é calculada de acordo com o Valor descrito no item ‘Valor de Contrato’.
  9. Informe os dados do proprietário, ‘Salvar e Avançar’.
  10. Descrever as atividades técnicas requisitadas, ‘Salvar e Avançar’.
  11. Fazer o ‘aceite’ nas abas que ressaltam ‘Observação, Entidade Classe, Declaração Lei 9.307/96 e Decreto 5.296/04’, mais ‘Declaração de Existência ou não de Subempreiteira’, ‘Salvar e Avançar’.
  12. Salvar rascunho e apertar em ‘Salvar Concluir’.
  13. Por fim, gerar a impressão do boleto de taxa para emissão do Receituário Agronômico.

Observação: para cálculo do valor de ART, utilizar a expressão:

Valor da ART = Número de Receitas X Valor do Receituário

Conteúdo do Receituário Agronômico

ART de Receituário Agronômico
Imagem de pressfoto em Freepik

No Receituário Agronômico fica registrada toda a situação muito bem descrita, ou seja, o porquê de se querer comprar agroquímicos. Vale destacar que o modelo padrão do documento pode variar de acordo com o CREA estadual buscado. Contudo, as informações gerais exigidas serão praticamente as mesmas, com base no Decreto Federal n.º 4.074/02. Artigo 66.

  • Dados do Contratante
    • nome do produtor e da propriedade
    • telefone, endereço e CPF
  • Diagnóstico
    • identificação da cultura e variedades 
    • identificação do problema encontrado
  • Prescrição técnica
    • orientação para leitura da bula
    • dados sobre período de carência, classe toxicológica, formulação, entre outros
  • Recomendação técnica
    • nome dos produtos comerciais que deverão ser utilizados e de eventuais equivalentes
    • cultura e área a ser aplicada
    • doses de aplicação e quantidade total a ser adquirida
    • modalidade e época de aplicação
    • intervalo de segurança, orientações gerais de manejo integrado, recomendações gerais de uso e orientação para o uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual)
  • Dados do responsável técnico
    • nome completo, CPF e número de registro no órgão fiscalizador do responsável técnico
    • data e assinatura.

Atenção! O documento será expedido em duas vias, que devem ser mantidas uma com o usuário e outra com o estabelecimento comercial por um prazo de dois anos a partir da emissão, para prestação de contas em caso de fiscalização.

Receituário Agronômico
Imagem reproduzida de Blog Aegro Logo – Aegro

Veja Também: A atuação do engenheiro agrônomo e suas perspectivas profissionais no agronegócio

Responsabilidades e obrigações

O profissional habilitado possui responsabilidade primordial em seguir rigorosamente as normas estabelecidas para o preenchimento do Receituário Agronômico.

Cada receituário deve estar associado a uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), e há um limite máximo de receitas agronômicas que podem ser registradas em cada ART. As receitas são numeradas sequencialmente, semelhante ao processo de emissão de notas fiscais, sendo esta numeração controlada no campo designado para Classificações Técnicas. E ao completar o número de receitas correspondentes à ART registrada, o profissional é responsável por solicitar a baixa da mesma no sistema.

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Fontes: Blog Aegro, CREA MS, CREA SC.

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Engenharia 360

Redação 360

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Vamos refletir sobre um tema que nem sempre recebe a atenção que merece, mas que impacta todos nós, brasileiros. Já reparou como, ao longo dos anos, diferentes presidentes do Brasil aparecem ao lado de líderes da China e da Rússia? Isso faz muita gente se perguntar se essas relações são por afinidade política. Na verdade, independentemente de o governo ser de esquerda ou direita, o Brasil tem se aproximado mais dessas potências do que de países como Estados Unidos e Reino Unido. Debatemos mais sobre o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O impacto das tensões internacionais na engenharia

As atividades do setor de engenharia estão diretamente ligadas às relações comerciais globais, especialmente na compra e venda de commodities. As parcerias ou distanciamentos entre países podem influenciar positivamente ou negativamente o futuro desse mercado. Por exemplo, na Guerra da Ucrânia, iniciada no começo de 2022, o Brasil declarou à ONU que não apoiaria a escalada do conflito, mas continuou negociando intensamente com a Rússia.

Vivemos em um mundo interconectado, onde um país depende do outro. Quando estabelecemos laços comerciais, torna-se mais complicado adotar posições firmes sobre questões delicadas, como uma guerra. É como conviver com um “parente adotivo problemático”: estamos ligados a ele, mas ficamos em uma situação difícil ao tentar justificar suas ações.

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Imagem reproduzida de IREE

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O que é o BRICS e sua influência no mundo

Com tudo isso que falamos, você pode imaginar que o Brasil faz parte de um novo bloco econômico. Bem, não é exatamente assim.

A sigla BRICS foi criada em 2001 pelo economista Jim O’Neil, representando quatro países emergentes com grande potencial econômico para superar as grandes potências em até 50 anos. Hoje, o termo é usado por economistas e cientistas políticos para classificar países com características econômicas semelhantes.

Essa ideia começou a ganhar forma em 2006. Será que isso representa a nova ordem mundial defendida por Rússia e China? Talvez sim, talvez não. Pode também ser apenas uma estratégia para contrabalançar a influência do forte bloco liderado pelos Estados Unidos. Afinal, especulações têm um impacto enorme na economia.

O que realmente “move” o BRICS é uma associação comercial, algo semelhante à União Europeia, mas com foco em ampliar a influência geopolítica de seus membros. Desde 2009, os países desse “grupo informal” realizam contatos e reuniões formais, embora não tenham um estatuto oficial ou uma carta de princípios. Em 2011, a África do Sul foi incorporada oficialmente, completando a sigla que conhecemos hoje: BRICS.

B = Brazil

R = Russia

I = India

C = China

S = South Africa

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Imagem reproduzida de Jornal da USP

A saber, além desses, atualmente também fazem parte dos BRICS, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. E em 2025 é anunciado que logo o agrupamento diplomático passa a contar mais países parceiros, o que inclui Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. 

Vamos entender o “peso” que o BRICS tem hoje no mercado global?

  • o grupo soma 22% do PIB mundial;
  • 42% dos habitantes do planeta;
  • 45% da força de trabalho;
  • o maior poder de consumo;
  • destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las.

* Dados de 2022.

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Imagem reproduzida de EcoDebate

Os principais objetivos do BRICS

O BRICS tem algumas metas bem definidas, como:

  • Institucionalização do grupo BRICS;
  • Criação de um banco de reservas emergenciais para eventuais socorros econômicos;
  • Fortalecimento das economias dos países;
  • Estabelecimento de cooperação nas áreas técnica, científica, cultural e no setor acadêmico.

Sobre o último ponto, em 2015, o BRICS deu um passo importante ao lançar um plano de cooperação educacional. O objetivo era conectar instituições de ensino dos países participantes, criando uma rede de apoio e troca de conhecimento.

Já em 2013, foi mencionada a ideia de criar um Banco Internacional do BRICS, mas até hoje isso não foi oficializado. A proposta, que ainda gera dúvidas quanto à sua veracidade, é promover o desenvolvimento econômico dos países-membros e de outras nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento. Não é surpresa que essa ideia desagrade os Estados Unidos e o Reino Unido, que lideram o FMI e o Banco Mundial, respectivamente.

Antes de julgar esse plano como bom ou ruim, é importante lembrar que, em política e economia, não existem lados completamente certos ou errados. Tudo se resume a interesses e negociações. O mais importante é que cada um faça sua parte com base na verdade e no bem comum, buscando o melhor para o planeta como um todo. Afinal, a pandemia de 2019 nos mostrou que, no final das contas, estamos todos conectados.

As possíveis transformações do BRICS

A 15ª Cúpula do BRICS, realizada de 22 a 24 de agosto de 2023 em Joanesburgo, África do Sul, abordou temas como a criação de uma moeda comum e a expansão do grupo. Críticas ao domínio do dólar foram levantadas, mas o impacto de uma moeda alternativa permanece incerto. Embora tais moedas não ameacem diretamente o dólar, aumentam a competição regional. Uma possível nova “Unidade de Conta” pode ser adotada para reduzir a dependência do dólar.

Atualmente, o Brasil ocupa uma cadeira rotativa no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, mantém os Estados Unidos como parceiro comercial, é um dos exportadores de itens de armamento para a Alemanha e integra os BRICS, grupo econômico que inclui a Rússia.

Mas com conta de toda a especulação, após a eleição dos Estados Unidos, em 2024, o novo presidente eleito Donald Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre os países membros do BRICS caso avançassem com a substituição do dólar. Isso pode impactar seriamente a economia brasileira nos próximos anos.

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Fontes: Marcelo Lobianco em LinkedIn, Wikipédia, Toda Matéria, UOL.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos anos, presenciamos um aumento de debates sobre diversos temas, incluindo a ciência. A dúvida sobre questões científicas voltou a ganhar força, muitas vezes impulsionada por desinformação e interpretações equivocadas de discursos religiosos. Historicamente, a Igreja Católica já foi apontada como opositora da ciência, como no caso de Galileu Galilei no século XVII, condenado por defender o modelo heliocêntrico, que afirma que a Terra gira em torno do Sol. Mas será que essa oposição ainda existe?

Observatório do Vaticano
Imagem reproduzida de UPN

Ainda hoje, mesmo com fácil acesso à informação, muitas pessoas desacreditam de fatos científicos básicos, como o formato esférico da Terra. No entanto, a ideia de que ciência e religião estão em lados opostos é um equívoco.

A própria Igreja Católica, por meio de autoridades eclesiásticas, já se posicionou a favor da coexistência entre ciência e fé. Como disse certa vez um representante da Igreja: “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,1-6), sugerindo que a vida no universo pode ir além da Terra. Debatemos mais o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360. Confira!

A história da Igreja com a Astronomia

A Igreja passou a manifestar o interesse pelo estudo da Astronomia ainda no século XVI, com o Papa Gregório XIII, por recomendação do Concílio de Trento. Na época, os estudos focaram na troca do calendário juliano para o gregoriano, aquele que usamos até os dias de hoje. Mas, de lá para cá, várias investigações sobre o céu foram realizadas pelos religiosos católicos.

Já o observatório foi criado em 1891, como uma resposta do papa Leão XIII às acusações de que a Igreja era inimiga da ciência. Na época, ele ficava mais próximo da Basílica de São Pedro – mas a cidade cresceu e as luzes das zonas urbanas comprometeram a observação do espaço.

Observatório do Vaticano
Imagem reproduzida de Associação Brasileira de Cristãos na Ciência

O papel do Observatório do Vaticano na Ciência

O Observatório do Vaticano – Specola Vaticana – é, portanto, um instituto de pesquisa astronômico gerido pela Santa Sé, a jurisdição eclesiástica da Igreja Católica, em Roma. Sua sede fica hoje ao lado da “residência de verão” dos Papas da Igreja Católica Romana, em Castel Gandolfo, na Itália. Ela é coordenada por um ex-professor de Harvard e do MIT, o Irmão Guy Consolmagno. E sua contribuição para a ciência é inestimável.

A estrutura moderna do observatório

Inicialmente, apenas cientistas jesuítas trabalhavam no instituto. Contudo, posteriormente, o instituto passou a ter integrantes de outras ordens religiosas, como os barnabitas, os agostinianos e os oratorianos. Atualmente a responsabilidade do observatório compete à Companhia de Jesus. Em novo endereço, desde 1939, o observatório passou a contar com instrumentos mais modernos – como artigos de computação da multinacional Hewlett-Packard – e também um departamento de astrofísica para estudo da estrutura e evolução da Via-Láctea.

Hoje ainda existe uma unidade do Observatório Vaticano no interior do estado do Arizona, nos Estados Unidos. Aliás, o “Telescópio de Tecnologia Avançada do Vaticano”, no Monte Graham, é considerado um dos melhores locais de visibilidade astronômica.

Observatório do Vaticano
Imagem reproduzida de Vatican Observatory Advanced Technology Telescope
Observatório do Vaticano
Imagem reproduzida de ACI Digital

Mas, no endereço do Castelo Gandolfo, a poucos quilômetros de Roma, a Igreja Católica mantém uma rica biblioteca com 22 mil títulos de livros antigos e raros, como obras de Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Johannes Kepler e outros cientistas famosos. Além disso, uma relevante coleção de meteoritos.

Contribuições científicas da Igreja Católica

Neste ponto do texto, gostaríamos de esclarecer que o trabalho deste Observatório do Vaticano não recebe interferências de papa. Assim, se mantendo neutro, sempre contou com a cooperação da NASA. As linhas de pesquisas desenvolvidas incluem: fotometria e espectroscopia sobre aglomerados estelares; estudo da distribuição espacial das estrelas de diferentes tipos espectrais; órbitas de estrelas duplas; produção de atlas de espectro de interesse astrofísico; entre outras.

Observatório do Vaticano
Imagem reproduzida de Aleteia

Relação ‘Fé e Ciência’ sob uma nova perspectiva

Ao contrário do que muitos pensam, o trabalho desenvolvido pelo Observatório Vaticano não tem viés religioso. A própria instituição declara em seu site que não usa telescópios para “encontrar algo divino no céu”. Em vez disso, sua missão é promover o conhecimento científico, sob a ótica da admirável criação divina, mas com base em métodos e dados científicos rigorosos.

“Nem com um telescópio potentíssimo poderíamos ver Deus. Ele está além do universo, por trás de tudo que existe.” – José Funes, diretor do Observatório Astronômico Vaticano.

Enfim, em tempos em que o negacionismo científico ainda persiste, é importante reconhecer instituições – religiosas ou não – que investem em pesquisa, educação e disseminação do conhecimento. Afinal, entender o universo também é uma forma de entender melhor a nossa própria existência.

Observatório do Vaticano
Imagem reproduzida de revista Astronomía

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Fontes: Unisinos, Wikipédia, Cristãos na Ciência, O Estadão.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Hoje em dia, trabalhar com agro é algo que envolve muito, mas muito conhecimento das novas tecnologias – chamado de Agrocomputação! E sabemos da importância do agronegócio para o nosso país, representando quase 30% do PIB anual. Já o mercado global agrícola deve atingir, em 2023, a casa de US $ 1,236 bilhão, representando um aumento de mais de 110%. Então, é um nicho de mercado que está mega aquecido. E você, que trabalha com as engenharias, não só pode como deve ficar atento às oportunidades relacionadas!

O que está impulsionando neste momento os rendimentos no agro é o aumento global da demanda e, em resposta, a utilização de inteligência artificial, machine learning, sistemas de dados – por exemplo, para rastreio de suprimentos, avaliação de riscos e recompensas, e mais. Ou seja, as ferramentas tecnológicas são vistas como um aspecto essencial do agribusiness – tanto da porteira para dentro quanto da porteira para fora. E é aí que está a importância de se ter, no mercado, especialistas em Agrocomputação.

agrocomputação
Imagem de jcomp em Freepik

Veja Também: Qual é a diferença entre Engenharia Agrícola, Engenharia Agronômica e Agronomia?

O que é Agrocomputação?

Agronegócio é, atualmente, uma área do conhecimento emergente; pois, conforme os especialistas, o futuro no campo, do agronegócio, será repleto de novas tecnologias. E a Agrocomputação faz, justamente, um aproveitamento dessas soluções tecnológicas, como a operacionalização de máquinas, para resolver problemas no campo. Se você tem interesse nisso, pode realizar uma segunda graduação ou especialização em Agrocomputação!

Veja Também:

Guia Prático: Como Emitir a ART de Receituário Agronômico

Foco dos estudos

Os especialistas em agronegócios usam dados coletados com rigor para tomada de decisões importantes. Por exemplo, parâmetros climáticos, de condição do solo e mais para a determinação de aplicação de fertilizantes, uso de sementes e rendimento de colheitas. São levantadas informações sobre tudo que possa impactar a produtividade agrícola. E esses profissionais, ao final de seu estudo, sabem projetar e aplicar certas soluções para os problemas do campo.

Atentos aos padrões nacionais e internacionais da indústria e do mercado da área, devem saber usar tecnologias para o mercado de produção e softwares aplicados à Agronomia, além de usar a Agrocomputação em prol da racionalização dos recursos naturais.

Eis as ferramentas tecnológicas muito exploradas pela Agrocomputação:

  • sensores para coleta de informações, como grau de umidade ou necessidade de fertilizantes;
  • tratores e máquinas agrícolas equipadas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System),
  • computadores de bordo e sistemas que possibilitam a geração de mapas de produtividade,
  • drones – pequenos veículos aéreos não tripulados (UAVs) – para captação de imagens georreferenciadas, transferência de dados e desenvolvimento de análises agrícolas de gerenciamento de dados, além de inspeção de plantações,
  • big data para administração de pesticidas e monitoramento de cumprimento de regulamentações governamentais,
  • impressoras 3D para gerar peças de reposição para manutenção de máquinas e equipamentos no meio rural,
  • computação móvel, visão computacional, bioacústica, assistentes virtuais e realidade aumentada,
  • sistemas de cybersegurança para negócios,
  • etc.
agrocomputação
Imagem de standret em Freepik

Veja Também: Novas perspectivas para a economia verde, agronegócio e Engenharia de Alimentos pós-crise

Grade Curricular dos cursos de Agrocomputação

Atualmente, existem no Brasil cursos de Agrocomputação nas modalidades presencial, semipresencial e a distância – em todos os casos, há disciplinas teóricas e práticas, com foco nas Ciências Exatas, exigindo do aluno raciocínio lógico e habilidade com números. E, ao final da jornada de estudos, é exigido um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre assuntos relacionados à área.

Costumam ser matérias da grade curricular da graduação em Agrocomputação:

  • Matemática básica
  • Agropecuária 4.0
  • Estatística
  • Algoritmos
  • Programação de Computadores
  • Sistemas de Produção Animal
  • Redes de Computadores
  • Banco de Dados
  • Bioenergia e Meio Ambiente
  • Inovação na Agrocomputação
agrocomputação
Imagem de jcomp em Freepik

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Fontes: Educa Mais Brasil, PD Sistemas, Quero Bolsa, Imparcial Notícias.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Já está tudo meio estranho por aqui; mesmo assim, queremos também desvendar os enigmas muito além do céu – por que não? Olhando o espaço a partir do nosso planeta ou, ao inverso, olhando a Terra a partir do espaço, sempre podemos nos surpreender. E, recentemente, em duas ocasiões diferentes, o ser humano registrou eventos naturais extraordinários. Simplesmente bolas azuis sobre zonas habitadas e buraco negro aparentemente “vomitando” o que engoliu três anos atrás. Ficou curioso? Então, leia o texto a seguir!

As bolas azuis captadas em fotos da ISS

Imagina você estar no espaço, como astronauta, avistar e conseguir registrar em foto um evento inesperado acontecendo no céu. Incrível, não é mesmo? Foi isso que aconteceu com um astronauta da Estação Espacial Internacional (ISS). Enquanto a estrutura orbitava uma região do Sudeste Asiático, pôde foi possível observar uma bola azul brilhante logo acima do Mar do Sul da China e outra sobre o Golfo da Tailândia.

visão céu - espaço
Imagem reproduzida de Jornal da França

O que era isso? Bem, de acordo com o Earth Observatory da NASA, essas bolas azuis seriam simplesmente relâmpagos. Na imagem, pode-se ver o evento acontecendo numa lacuna entre nuvens, o que permitiu a criação de um tipo de anel luminoso.

Mas, detalhe, a bola menor que aparece no topo da foto – a original, sem cortes – é, na verdade, a Lua. Porque a luz do Sol, refletida, passa diretamente pela atmosfera da Terra, e esse fenômeno transforma a Lua em uma bolha azul brilhante. Agora, em outros pontos da foto, o que se vê são alguns borrões de luzes em tons de branco e laranja. Isso acontece quando as nuvens de tempestade passam sobre áreas de alta concentração habitacional, como as cidades de Hainan, na China, e Ubon Ratchathani, na Tailândia.

O buraco negro que “vomitou” estrela

Outro fenômeno impressionante! Esse – bastante distinto – foi registrado por telescópio no Novo México, nos Estados Unidos. Trata-se de um buraco negro supremassivo – a 665 milhões de anos-luz da Terra – que, depois de três anos, “vomitou” uma estrela que havia “engolido” depois da mesma ter passado perto demais – caso chamado de “Evento de perturbação de marés”. O evento resultou em uma cena interessante, de um clarão luminoso de destruição violenta, em movimento à metade da velocidade da luz.

“Um buraco negro supermassivo se distingue de um buraco negro estrelar por geralmente ser encontrado no centro de galáxias e formado por aglomerações de milhões de estrelas ou nuvens de gás colossais, que colapsaram sobre a própria gravidade. Ele tem a massa milhões ou até bilhões de vezes maior que a do Sol.” – trecho de reportagem de R7.

visão céu - espaço
Imagem reproduzida de r7

Quando o buraco se “alimentou da estrela”, foi gerado uma espécie de corda esticada ao redor dele – processo chamado de “espaguetificação”. Em casos assim, esse fio gigante de luz gira e gera um flash brilhante, captado por telescópios e observatórios. Mas, desta vez, tudo foi mais luminoso e veloz, por assim dizer. E agora o que os cientistas querem é estudar se isso acontece com mais regularidade do que pensamos.

visão céu - espaço
Imagem reproduzida de Acesse Política

Divirta-se olhando também estes webstories:


Fontes: Época Negócios, R7.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Um problema grave foi detectado recentemente pela equipe da Google. Parece que seu sistema Google Maps pode não funcionar devidamente – pelo menos não como o esperado – em veículos elétricos. Calma, explicamos o porquê! Você sabe, não é? Veículos elétricos diferem de veículos de motores de combustão – a gasolina e a gasóleo. A questão maior que diferencia as tecnologias é a autonomia. Mas a esperança dos cientistas é de que, em breve, se consiga mudar essa realidade, após mudanças em sistemas de baterias e recargas.
Google Maps
Imagem reproduzida de Leak

E é aí que “mora” a questão que preocupa a Google. É que, neste momento, seu sistema ainda não consegue entregar aos usuários informações relevantes via browser para a plataforma Android Automotive, como onde estão as estações de carregamento. Não faz muito tempo, as funcionalidades das rotas do ambiente foram atualizadas para incluir carros elétricos. E embora este upgrade seja, sim, muito bem-vindo, não é um grande salto.

Google Maps
Imagem reproduzida de Inset

O Google Maps já se encontra incorporado ao software de navegação dos veículos elétricos. Porém, de que adianta se a versão do programa não traz tudo aquilo que se espera – nem mesmo na versão normal do Android. Por certo, a Google precisará revisar, o mais rápido possível, as suas ferramentas de planejamento de rotas – sobretudo pensando no Android Automotive ou em independente do carro e do smartphone que as pessoas tenham.

Google Maps
Imagem reproduzida de tudo celular

Também existem algumas falhas de cálculo do Google Maps que ainda incomodam muita gente e que precisam ser revistas urgentemente. Não podemos nos esquecer dos tristes episódios em que pessoas conduziram seus veículos, por se basearem nas sugestões do sistema, para locais totalmente equivocados, inclusive violentos. Ademais, também podemos citar os caminhoneiros levados a percorrer rotas cujas dimensões são menores que as de seus veículos, comprometendo tempo e segurança dos serviços.

Então, você possui um veículo com Android Automotive e Google Maps? Conte para nós, na aba de comentários, como foi a sua experiência com os respectivos sistemas!


Fontes: LEAK.

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Hoje em dia, voar de avião é sempre uma grande experiência. Inclusive, pode ser uma experiência bastante luxuosa. Pois, como sabemos, várias companhias oferecem hoje assentos de primeira classe, com direito a algumas pequenas regalias, como refeições diferenciadas. Mas uma coisa que não muda para nenhum passageiro são as regras de segurança, sobretudo para pousos e decolagens. Por exemplo, fumar dentro da aeronave, não mesmo! E a lista de proibições vai muito além!

Agora, num passado não muito distante, as coisas eram bem diferentes. Algumas situações antes aceitas são hoje completamente condenadas pelos especialistas em aviação – novamente por conta da segurança. Assim como as tecnologias foram sendo aprimoradas ao longo dos anos, uma série de questões foram repensadas com base em estudos e reflexões científicas. Assim, o conceito de viagem aérea mudou – e muito. E queremos compartilhar um pouco disso no texto a seguir. Confira!

avião
Imagem reproduzida de GZH

Como era a aviação comercial no começo do século XX

O design das aeronaves

Passada a Primeira Guerra é que veio o grande “boom” da aviação comercial – considerada sua “Era de Ouro”. Representaria o início de um período muito próspero para a Engenharia Aeronáutica. Mas, por incrível que pareça, nos anos de 1920, aviões como da Imperial Airlines, do Reino Unido, eram feitos de madeira e tecido. Já pensou como era viajar num modelo desses? Aliás, dá para dizer que é inimaginável para nós, nos dias de hoje. Mas, calma! Nos anos de 1930, essas aeronaves foram substituídas pelas de metal, mais modernas, elegantes e eficientes.

Logo todas as empresas do setor já buscavam investir no uso de material mais rígido, resistente a uma incrível variedade de climas; além disso, aviões com design mais resistentes e aerodinâmicos. Dos anos vinte para trinta, já foi possível fazer viagens mais rápidas – de 160 km/h ou menos para velocidades de cruzeiro que variam entre 225 e 332 km/h. Ao invés dos biplanos, usavam-se os monoplanos. Essa melhoria fez com que as viagens internacionais se tornassem não só possíveis, mas também práticas e confortáveis.

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Imagem reproduzida de History Channel
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Imagem reproduzida de Passageiro de Primeira
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Imagem reproduzida de Desejo Luxo

O luxo dos interiores

Já nos anos de 1930, a experiência de voar era realmente uma emoção que todos desejavam experimentar. Contudo, não há como comparar as viagens de hoje com as daquela época. Você não vai acreditar, mas, no passado, havia sob os assentos recipientes onde os passageiros poderiam vomitar. Sim, porque a pressurização das cabines só foi possível depois dos anos de 1950. Era comum as pessoas ficarem enjoadas por conta da altura e muitas vezes precisavam receber oxigênio.

Como se não bastasse, o mal-estar era agravado por conta da temperatura dentro da cabine, muito fria. Algumas companhias chegaram a oferecer aos passageiros agasalhos e cobertores. E para completar, também davam bolas de algodão para serem colocadas nos ouvidos, para abafar um pouco do barulho, que podia ser quase ensurdecedor. Pelo menos se tinha bastante espaço para as pernas – com mais espaçamento entre os bancos – e uma boa vista do alto, pois as janelas das aeronaves eram tão grandes quanto dos modelos de trens da época.

Alguns aviões do período tinham, em seu interior, salas de estar com mesas de jantar, onde as refeições eram servidas em louças finos de porcelana. Também havia banheiros separados para homens e mulheres e beliches para dormir. E as bizarrices não param por aí! As diferentes imagens apresentadas neste texto provam bem isso!

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Imagem reproduzida de Pinterest
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Imagem reproduzida de Desejo Luxo
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Imagem reproduzida de UOL
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Imagem reproduzida de UOL
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Imagem reproduzida de UOL
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Imagem reproduzida de UOL

Veja Também: Veja como era viajar de avião nas décadas de 50 e 60


Bônus – Companhia aérea terá camas na classe econômica

A empresa Air New Zealand deve começar nos próximos anos – a partir de 2024 – a disponibilizar para a classe premium e econômica camas para os passageiros dormirem mais confortavelmente a bordo. Essa é uma resposta ao mercado atual, que pode por mais conforto e bem-estar nas viagens – sobretudo de ultra longo curso. A princípio, as cápsulas não estarão incluídas no preço da passagem, ou seja, terão de ser compradas à parte. Funcionará assim, cada avião terá 6 cápsulas, que, em voos longos, serão usadas por mais de 1 passageiro.


Fontes: Blog Hangar 33, UOL, Poder 360.

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Decepcionado com a câmera do seu celular? Bom, de fato, quem curte fazer registros de imagens em alta qualidade, valoriza ótimas máquinas fotográficas e também celulares mais potentes, como é o caso do iPhone. Aliás, o modelo de iPhone 13, com lente macro, agradou tanto os fãs da Apple que até para a própria empresa está sendo difícil emplacar no mercado a versão 14. Agora imagina qual resultado visual pode ser entregue por uma câmera considerada 266 vezes mais potente do que os iPhones 13!

câmera digital
Imagem reproduzida de Universe Today

Detalhes sobre esta câmera

De fato, esta câmera digital é muito, mas muito poderosa! Inclusive – e agora você irá se surpreender -, sendo capaz de captar o deslocamento de poeira sobre a superfície da Lua. Confira informações sobre sua lente:

  • 1,65 metro de altura;
  • 1, 57 metro de diâmetro;
  • peso de 3 toneladas;
  • e 3,2 gigapixels de resolução – 3,2 mil megapixels ou 3,2 bilhões de pixels, uma qualidade equivalente a 1.500 telas de televisores ou 266 iPhones 13.
câmera digital
Imagem reproduzida de Talker
câmera digital
Imagem reproduzida de Rubin Observatory

Infelizmente, a poderosa câmera não está disponível a qualquer um! Há sete anos ela vem sendo construída, com previsão para ficar pronta em 2023. Neste momento, este equipamento está na Califórnia, nos laboratórios do Centro de Aceleração Linear da Universidade de Stanford. Mas o mesmo será utilizado em observatório no Chile. Ele fará parte do Large Synoptic Survey Telescope (LSST) – em tradução direta, Telescópio Grande para Pesquisa Sinóptica.

A ideia é utilizar o “poder” desta câmera para registrar e catalogar devidamente, em uma década, cerca de 20 bilhões de galáxias espalhadas pelo universo, com foto no surgimento da substância conhecida como “matéria escura”. Por quê? Porque, de acordo com os cientistas, ela é a maior responsável pela composição do universo, e sua natureza ainda é desconhecida por nós. E uma investigação assim jamais foi feita antes!

câmera digital
Imagem reproduzida de Interesting Engineering

Telescópio para pesquisa no Chile

Oito metros de altura é o tamanho dessa estrutura que está sendo construída no Observatório Vera Rubin, no topo do Cerro Pachón, uma montanha da região andina de Coquimbo, 2.715 metros acima do nível do mar, no Chile. Ela deve receber a lente desenvolvida nos Estados Unidos, com precisão para já estar funcionando em 2024.

câmera digital
Imagem reproduzida de Wikipedia
câmera digital
Imagem reproduzida de Interesting Engineering
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Imagem reproduzida de Rubin Observatory
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Imagem reproduzida de Canaltech
câmera digital
Imagem reproduzida de Symmetry Magazine

O mesmo terá 189 sensores – cada um com 16 mm e capacidade de captação equivalente a 15 Terabytes. Seus dados coletados poderão ser armazenados em HSs externos. E para evitar qualquer superaquecimento indevido desta que será uma máquina tão potente, o sistema contará com mecanismo de resfriamento, capaz de reduzir a temperatura em até – 100 Cº.

câmera digital
Imagem reproduzida de Brookhaven National Laboratory
câmera digital
Imagem reproduzida de Astronomy Now

A saber, apesar da câmera descrita anteriormente ser 266 vezes mais potente que iPhones 13, a equipe de pesquisadores resolveu testar sua capacidade de resolução “fotografando” primeiro um tipo de brócolis, revelando a estrutura do vegetal, que é de forma geométrica complexa, com alto nível de detalhamento.


Fontes: G1.

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Brasil e França possuem muito mais em comum do que imaginamos! Óbvio que, quando falamos do país europeu, é difícil não lembrar do seu principal cartão-postal, a Torre Eiffel, que é uma obra de Engenharia e Arquitetura Efêmera, em ferro forjado, feita especialmente para a Feira Mundial de 1889, mas que jamais foi desmontada. E seu próprio nome já dá uma pista sobre quem esteve por trás do plano de sua criação, Gustave Eiffel.

Mas o que isso tem a ver conosco? Bom, muita coisa! Isso porque Gustave não é apenas uma grande referência de design internacional, mas também um personagem da História do Brasil. Tem assinatura dele numa estrutura referência da Praia do Farol, nos Campos dos Goytacazes, cidade na região Norte do estado do Rio de Janeiro, o Farol de São Tomé, um dos faróis mais bonitos e importantes do nosso país. Saiba mais no texto a seguir!

Farol de São Tomé - Gustave Eiffel
Imagem reproduzida de Prefeitura de Campos dos Goytacazes
Farol de São Tomé - Gustave Eiffel
Imagem reproduzida de O Universo da TV

Quem foi Gustave Eiffel?

Embora Gustave seja muito admirado pelos arquitetos, ele, que nasceu em Bonickhausen dit Eiffel, no ano de 1832, era de formação, pela École Centrale Paris, engenheiro. Seu nome – Alexandre Gustave Eiffel – pode não ser conhecido por muitos, mas suas obras sim. É dele o projeto de estrutura da Estátua da Liberdade de Nova York, junto de Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc, entre outros grandes projetos, como pontes para a rede ferroviária francesa, incluindo o viaduto Garabit.

Ainda precisamos destacar que, perto de se aposentar, Eiffel trabalhou com pesquisas de meteorologia e aerodinâmica, fazendo contribuições significativas em ambos os campos. E mais cedo ainda, o engenheiro projetou também este farol, o de São Tomé, para o território brasileiro.

Farol de São Tomé - Gustave Eiffel
Imagem reproduzida de Gıda Hattı

Veja Também: Conheça a polêmica torre solar “Olho de Sauron”

Como é o Farol de São Tomé?

O Farol de São Tomé, projetado por Gustave Eiffel ainda na era do Império Brasileiro, é feita de ferro especial, resistente à ferrugem possível por conta da proximidade com o mar – explicando seu bom estado de conservação ainda nos dias de hoje -, tendo 45 metros de altura e 260 degraus. Sua construção aconteceu em 1877, por meio de uma firma francesa, e a inauguração no ano de 1882, em comemoração ao aniversário da Princesa Isabel.

Sua lanterna era originalmente cercada de vidraça de cristal e equipada com lente de cristal na espessura de 3 cm e com lâmpada de 1000 watts, emitindo 8 faixas de luz, girando em forma de leque e alcançando aproximadamente 46 km. Infelizmente, essa parte da estrutura sofreu avarias devido a um incêndio ocorrido em 1967. Por falta de recursos, tal lanterna foi substituída por modelo inferior, com capacidade de alcance reduzida – apenas 35 km.

Farol de São Tomé - Gustave Eiffel
Imagem reproduzida de EBC Play
Farol de São Tomé - Gustave Eiffel
Imagem reproduzida de Agenda Bafafá
Farol de São Tomé - Gustave Eiffel
Imagem reproduzida de Franks Travelbox

Veja Também: Os mirantes mais impressionantes do mundo

Para que foi projetada e como é utilizada a torre nos dias de hoje?

Apesar de os pesares, ainda nos dias de hoje, o Farol de São Tomé é uma estrutura importante para a navegação na região. No passado era mais, claro, com relação ao escoamento da produção de açúcar; mas agora o foco da zona é a exploração de petróleo. Outra mudança na história dessa torre é que, antes, seu funcionamento era por querosene e hoje com energia comercial; possui 2 geradores, mas mantém a opção do querosene, em caso de necessidade. Agora, uma curiosidade sobre a aplicações diversas dessa torre no Brasil: durante a Segunda Guerra, a área serviu para aterrissagem de helicópteros para abastecimento.

Gostou de conhecer um pouquinho da história desse patrimônio histórico nacional? Já sabia desta obra de Gustave Eiffel no Brasil? Escreva nos comentários!


Fontes: TV Brasil, Diário do Rio, Wikipédia.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

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