O ser humano sempre teve esse desejo de desvendar os segredos do Universo. Por exemplo, será que seria possível pegar um atalho nesse "mar negro" para se chegar a uma galáxia ou planeta distante, talvez encontrando uma civilização perdida? Isso justificaria porque os cientistas sempre ficaram bastante atraídos por estudar os buracos negros. Ao mesmo tempo, eles desenvolveram as teorias dos buracos de minhocas e buracos brancos. Mas o que será que significa tudo isso? Entenda no texto a seguir!
Buracos de minhoca
Realizando uma pesquisa rápida na Internet, você encontra fácil imagens de buracos negros que já foram registrados pela ciência. Mas não é possível encontrar buracos de minhoca pelo fato de que a sua existência é meramente especulativa. Mesmo assim, a matemática prova que há, sim, grandes chances deles existirem. E, se for o caso, os mesmos devem ser densos e com fortíssima atração gravitacional.
Os buracos de minhoca seriam parecidos com uma superfície bidimensional em formato de túnel com duas extremidades, sendo que cada uma estaria em um ponto do espaço-tempo. A ideia inicial, baseada em cálculos matemáticos, era que, entrando por um lado, seria possível sair pelo outro a milhões de anos-luz de distância, realmente como um atalho dentro do espaço. Ou seja, com isso, poderíamos mesmo realizar grandes jornadas pelos quatro cantos do universo, como contamos em filmes e seriados desde os anos 60. Só que não!
A questão é que, primeiro, essas viagens só seriam fáceis na teoria, mas na prática a coisa difere. Além disso, alguns cientistas garantem que os buracos de minhoca poderiam engolir objetos através das duas "bocas", atraindo tudo para o centro. Isso quer dizer que, entrando num deles, pararíamos no meio do caminho e nunca mais sairíamos de dentro. Dois objetos entrando ao mesmo tempo de cada lado poderiam se colidir no centro repetidamente, em um vai e vem constante, até se extinguirem.
Buracos negros
Os buracos negros, diferente dos buracos de minhoca, já foram fotografados algumas vezes. Com esses registros, foi possível afirmar que, de fato, eles são singulares, bastante densos e como pontos menores que uma partícula. Acredita-se que sua densidade possa causar distorção no espaço-tempo. Então, os objetos seriam atraídos em redemoinho e com muita força para o seu ponto central, sendo só possível escapar na velocidade da luz. O problema é que não haveria saída do outro lado. Enfim, entrando num buraco negro, não eria impossível voltar para fora depois.
Registro do telescópio Hubbe
Descobrir um novo buraco negro no espaço não é algo fácil. Só para se ter uma ideia, a última confirmação veio após seis anos de estudos sobre dados captados pelo telescópio espacial Hubble; trata-se de um buraco isolado que aparentemente "viaja" pela Via-Láctea. E como isso foi descoberto? Bem, os pesquisadores observaram a ampliação de brilho de uma estrela - a fonte - e a passagem de um objeto por ela - a lente. O buraco acabou fazendo a deformação do espaço-tempo ao redor disso - efeito de deflexão -, alterando a posição astrométrica e gerando um aumento de brilho observado nas imagens por mais de 200 dias.
Buracos brancos
Também não se sabe se buracos brancos existem. Mas, pensando bem, até pouco tempo atrás também não tínhamos a confirmação dos buracos negros. Então, pode ser uma questão de tempo para sabermos se esta hipótese é real. A expectativa dos cientistas é, pensando na Teoria da Relatividade Geral, encontrar um modelo de buraco que funcionaria de maneira contrária dos buracos negros, não sugando a matéria a sua volta, mas expelindo o material, lançando radiação ao espaço, como um botão de retroceder.
"Como as equações de campo da relatividade geral não escolhem uma direção preferida do tempo, se a formação de um buraco negro é permitida pelas leis do espaço-tempo e gravidade, então essas leis também permitem buracos brancos." - cientista Erik Curiel, na Enciclopédia Stanford de Filosofia.
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Fontes: CanalTech, Revista Galileu, Agência Brasil.
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