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Evergrande: Causas do Receio na Economia Global e em Setores de Engenharia

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por Redação 360
| 22/09/2021 | Atualizado em 03/05/2024 4 min
Imagem de Freepik

Evergrande: Causas do Receio na Economia Global e em Setores de Engenharia

por Redação 360 | 22/09/2021 | Atualizado em 03/05/2024
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Atualização: A Chinesa Evergrande, antiga segunda maior incorporadora da China, entrou em agosto de 2023 com pedido de proteção contra falência devido a dívidas não pagas desde 2021. Isso vem causando uma crise imobiliária na China, afetando a economia. O pedido foi feito sob o "Chapter 15", lei dos EUA para processos de recuperação internacional.

A empresa deve cerca de R$ 1,7 trilhão, impactando 2% do PIB chinês. A inadimplência desencadeou uma crise no mercado imobiliário e afetou outras incorporadoras. A Evergrande propôs um plano de reestruturação que exige financiamento de até US$ 43,7 bilhões em três anos. Sua unidade de veículos elétricos também enfrenta problemas. A empresa recebeu um investimento de US$ 500 milhões recentemente.

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Em setembro de 2021, as bolsas de valores de todo o mundo ficaram em polvorosa. A Ibovespa, aqui no Brasil, caiu cerca de 3%. O que todos começaram a temer era uma onda estratosférica provocada pelos problemas financeiros da empresa chinesa Evergrande - caso apelidado pela mídia do próprio país como "um grande buraco negro". Enquanto isso, muita gente que assistia à situação com desconhecimento se perguntava sobre o que é Evergrande e por quê da sua influência tão grande sobre a economia global! Bem, que tal entendermos com o texto a seguir? Confira!

Um pouco sobre a história da Evergrande

Evergrande é simplesmente uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China e do mundo em termos de receitas. Foi fundada em 1996 pelo bilionário chinês Xu Jiayin, que já foi o homem mais rico do país. Sua sede principal fica na cidade Shenzhen, no sul do país, onde trabalham 200 mil pessoas. E, por ano, ela ajuda a sustentar mais de 3,8 milhões de empregos.

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Imagem reproduzida de Evergrande Debt Crisis

No início, a Evergrande era voltada para a construção de propriedades residenciais. Mas, com o crescimento do seu capital, passou a diversificar os seus negócios. Inclusive, hoje, a empresa está trabalhando na criação do maior estádio de futebol do mundo, com previsão de conclusão em 2022.

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Imagem reproduzida de O Globo

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Entendo sua situação atual

Também em 2021, representantes da empresa Evergrande advertiram um possível calote em sua dívida de aproximadamente 300 bilhões de dólares, podendo ser um indicativo de falência. Essa bola de neve se formou por conta de empréstimos feitos para financiar suas várias atividades, resultado de ambições agressivas. Agora, a situação está bem mais difícil do que se imaginava!

Primeiro, o governo chinês está impondo, agora, uma ordem regulatória muito maior para a especulação imobiliária. Ao mesmo tempo, as vendas desaceleraram por conta da Pandemia e consequente crise econômica - agravado pela variante Delta. E o declínio iminente começou, com o conglomerado lutando para se manter de pé!

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Imagem reproduzida de CNN
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Imagem reproduzida de Nikkei Asia

As consequências da crise Evergrande para o mundo da Engenharia

Até este momento, é difícil entender quão grande é o "buraco" em que a Evergrande está se enterrando e quantos ela levará de arrasto. Realmente, é difícil determinar se há chances de recuperação da empresa. O importante é entender que os efeitos não cairão só sobre a habitação. Isso porque o grupo tem investido também em veículos elétricos, esportes, parques temáticos, além de negócios nos segmentos de alimentos e bebidas, mantimentos, laticínios e outros produtos.

O efeito colateral poderá ser terrível em várias áreas da Engenharia! Por exemplo, a queda dos preços das commodities que afeta receitas e resultados das empresas pelo mundo todo, sobretudo nos setores de minério de ferro e petróleo. Daí, você já sabe, se o Brasil mantém como um dos seus maiores aliados comerciais as empresas chinesas, imagine como ficaria para nós as exportações - motivo de salvação para a nossa economia nestes períodos de crise. E este evento desencadeia uma queda na demanda chinesa por matérias-primas para diversos setores - o aço em especial para a construção civil.

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Imagem reproduzida de O Especialista

Possíveis resoluções

O governo chinês tenta negociar com as instituições financeiras a viabilidade de prorrogação das dívidas da companhia. O objetivo é tentar, a curto prazo, evitar um provável colapso no sistema financeiro global. Esperamos que dê certo!

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Fontes: Revista Veja, CNN Brasil, Istoé Dinheiro.

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