Nesta Copa do Mundo 2022 de futebol, não são só os craques que atuarão a chamar a atenção dos fãs, mas também as instalações de luxo das construções preparadas pelo Catar, país anfitrião da competição. Primeiro, precisamos destacar a beleza do estádio Al Bayt, em Al Khor, palco do primeiro jogo entre as seleções do Catar e do Equador. De fato, ele demonstra muito bem a imponência da Arquitetura e da Engenharia que veremos neste torneio.

Seus luxuosos vestiários foram destaque no domingo, dia 20 de novembro. A inspiração para o design veio das tendas dos povos nômades árabes do deserto, as “Bayt Al Sha’ar”, apresentando riqueza em detalhes. Tal simbolismo ficou impresso até mesmo em revestimentos internos e nos assentos. O padrão visto em algumas peças, também replicado em diversos pontos da arena, remete às habitações dos povos tradicionais. Veja na imagem a seguir!

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de Globo Esporte

Outros vestiários de estádios da Copa do Mundo do Catar

Estádio Da Cidade da Educação, em Al Rayyan

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de E-Architect

Estádio Ahmed bin Ali, em Al Wakrah

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de Dezeen

Estádio Internacional Khalifa, em Al Wakrah

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de MARCA

Estádio Al Janoub, em Al Wakrah

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de Skyscrapercity

Estádio Nacional Lusail, em Lusail

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de The Mirror

Estádio Ras Abu Aboud, em Doha

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de Observador

Estádio Al Thumama, em Doha

Copa do Mundo 2022
Imagem reproduzida de R7 Esporte

Veja Também: Conheça os 8 estádios da Copa do Mundo FIFA 2022


Fontes: Globo Esporte, Fantásticos, Bahia Economia.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Há uma determinada região do Brasil que vem atraindo a atenção da NASA, a agência espacial norte-americana. Qual o motivo? Será que é a Amazônia ou outras riquezas do nosso país? Quem sabe o Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro? Ou ainda aquelas luzes que foram observadas no céu por pilotos de avião? Não! Na verdade, é uma grande anomalia que surgiu no Sul do nosso país. Um problema que está possivelmente afetando o campo magnético da Terra. Saiba mais no texto a seguir!

NASA
Imagem reproduzida de Firstpost

A problemática do Atlântico Sul

Já faz algum tempo que os cientistas notaram a presença de uma cavidade crescente no campo magnético da Terra. A mesma estaria localizada sobre o Atlântico Sul e parte do sul do Brasil; e foi chamada de SAMA ou, no inglês, South Atlantic Magnetic Anomaly. E a NASA acredita que este seja um fenômeno que possa causar grandes problemas para os satélites lançados ao espaço. Por isso, está realizando este monitoramento constante da região.

NASA
Imagem reproduzida de European Space Agency

Veja Também: É verdade que o magnetismo da Terra está alterando os aeroportos brasileiros?

Os efeitos além do que é analisado pela NASA

Mas pensa que a questão parou por aí? Não mesmo! A NASA pode estar cuidando dos interesses delas. Contudo, todos nós deveríamos estar atentos ao crescimento da SAMA. Sabe por quê? Pois o campo magnético do nosso planeta tem uma função importante para a nossa proteção contra os raios solares. Resumidamente, ele expulsa e prende partículas carregadas do Sol. E o que acontece nessa faixa de anomalia? Sim! As partículas passam e atingem diretamente a superfície da Terra, comprometendo os seres vivos. Lembrando que os estados ao sul do Brasil são os que apresentam mais casos diagnosticados de câncer!

NASA
Imagem reproduzida de AGU Journals – Wiley
NASA
Imagem reproduzida de AGU Journals – Wiley
NASA
Imagem reproduzida de European Space Agency

O que realmente preocupa a NASA

De acordo com especialistas, a radiação de partículas nesta região pode derrubar os computadores de bordo e interferir na coleta de dados dos satélites que passam. Óbvio que não é só isso que preocupa a NASA. Tem também a questão de como estas mudanças na força do campo magnético podem afetar toda a atmosfera da Terra, interferindo, por exemplo, nas profundezas do próprio planeta.

Agora, não há nada visível acontecendo por conta da SAMA. Porém, podemos encarar esta questão como uma doença no nosso corpo ainda sem sintomas. Sabemos que, sem tratamento, a longo prazo, as consequências podem ser irreversíveis e devastadoras. Conforme dados coletados pela agência, a anomalia está se expandindo para o oeste, mas enfraquecendo em intensidade. Outra curiosidade é que parece que existe algo como o “vale da anomalia”, ou região de força de campo mínima, que se dividiu em dois setores e deve afetar futuras missões de satélites.

NASA
Imagem reproduzida de IBTimes Singapore

Fontes: Pronatec.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O momento mais aguardado do ano chegou! A Copa do Mundo finalmente está aí e o Engenharia 360 apresenta a você o estádio Al Thumama, um dos palcos desta competição. Seu projeto é realmente único, com design admirável, que representa demais a cultura árabe. Ao mesmo tempo que parece simples, enche os olhos de quem o observa. E sua estrutura já está prontinha, esperando receber, por partida, 40 mil espectadores.

Em breve, muitas imagens do Al Thumama vão rodar o mundo. Mas antes que nenhum chute a gol seja dado na Copa do Mundo, trazemos imagens e informações curiosas sobre este belos exemplar da Arquitetura e Engenharia Civil. Confira!

Localização de Al Thumama

O estádio Al Thumama está localizado num dos novos distritos de Doha, com o mesmo nome, no Catar, em área planejada de acordo com um rígido padrão de grade. A zona é majoritariamente residencial, com fácil conexão a redes de transportes, como a Al Matar Street. Além disso, fica perto do Aeroporto Internacional Hamad, a mais ou menos a 12 km do centro da capital do Catar ao sul.

estádio Al Thumama
Imagem reproduzida de Agora RN

Projeto do estádio

O projeto do Al Thumama, patrocinado pelo governo do Catar, começou diferente. Era para ser o primeiro estádio subterrâneo do mundo, mas a FIFA vetou a ideia. Assim nasceu um novo modelo de design, que acabou se tornando um grande polo de inovação artística e de tecnologia – combinado com um entorno modernizado e melhoria da mobilidade urbana. O Catar considera o Al Thumama um estádio muito importante por ter sido idealizado somente por pessoas nascidas no país.

A saber, a partida inaugural deste campo foi nas novas instalações, em 2021, pela Copa Emir, entre os times Al Rayyan e Al Sadd. E após a Copa do Mundo, algumas das áreas de assentos serão convertidas em hotel, shopping, clínica médica, polo comunitário para a prática de esportes e mesquita.

estádio Al Thumama
Imagem reproduzida de Yahoo Esportes
estádio Al Thumama
Imagem reproduzida de CASACOR

Inspiração de design

O design do estádio Al Thumama foi inspirado em uma peça de vestimenta masculina árabe – geralmente usada por meninos pré-adolescentes -, a touca branca chamada de Gahfiya, com tecido desenhado, e que simboliza dignidade e independência na cultura da região.

estádio Al Thumama
Imagem reproduzida de Qatar Tribune

Dados da estrutura

Palco de oito jogos até as quartas de final da Copa do Mundo, o Al Thumama tem formato circular, com 240 metros de diâmetro de 43 metros de altura. Sua cobertura, inspirada na Gahfiya, é sustentada por cabos e é feita com uma membrana texturizada, ocupando 35.000 m².

Esse rendado provoca um efeito de iluminação noturna bastante charmoso, assim como os assentos das arquibancadas em verde, vermelho e branco. Para finalizar, o estádio conta com um moderno sistema de reutilização da água, que ajuda a irrigar um parque de 50 mil m² repleto de árvores nos arredores; e também há uma tecnologia de refrigeração com ar gelado que sai do chão no meio das arquibancadas e pode deixar o estádio a 18 ºC , se estiver muito quente.

estádio Al Thumama
Imagem reproduzida de UOL

Veja Também: Conheça os 8 estádios da Copa do Mundo FIFA 2022


Fontes: O Globo, UOL.

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Recentemente, nosso colega redator colaborador Rafael Panteri levantou uma questão bem relevante entre nossas conversas internas. Ele perguntou qual a importância da participação de uma entidade acadêmica ou de atividades extracurriculares – ou seja, fora do “plano de ensino” -, que não se tratam de matérias obrigatórias para formação profissional. E, nessa linha, quais as opções os estudantes nas áreas abordadas pelo Engenharia 360 teriam.

Ele se referia, por exemplo, à Iniciação Científica, Empresa Jr., atividades atléticas, e muito mais. Lembrando que cada faculdade pode ter alguma entidade diferente ou propor diferentes atividades extracurriculares aos seus alunos. Confira, a seguir, qual a opinião de outros integrantes do time 360!

atividades extracurriculares
Imagem reproduzida de DAD PUC Rio

Opções de atividades acadêmicas nos cursos técnicos e faculdades

Eduardo Mikail

“(…) é uma experiência muito válida para já começar a ter contato com o mundo real, lá fora; com o mercado, construindo networking e aumentando as chances de conseguir uma colocação profissional mais cedo/rápido. Essa é a minha opinião, pelo que vi nas duas faculdades que fiz.”

Rafael Rosa

“Eu não fiz faculdade, mas concluí curso Técnico em Publicidade na Panamericana Escola de Arte e Design.”,

“Foi bacana ter feito. Mas, no meu caso, o que me deu bagagem foi já estar em uma agência de publicidade e ir aprendendo no dia-a-dia lá… A parte boa da fase acadêmica foi que pude ir testando várias ideias. Aliás, nesta atividade extracurricular realizei alguns exercícios também que focavam nessa parte prática.”,

“Ainda falando de curso técnico, me formei no colegial como Técnico em Processamento de Dados. Nesse momento, foi bom ter vivido uma área que depois vi que não era para mim, mas diversos conhecimentos, como ‘lógica’, eu acabei levando para minha vida e para outras áreas que não têm relação direta com programação. Digamos que ajudou poder falar na ‘mesma língua’ com programadores depois que isso entrou na minha vida de outra forma.”

atividades extracurriculares
Imagem reproduzida de CAE Treinamentos

Simone Tagliani

“Falando de atividades além do estágio, mas vinculadas a entidades parceiras da faculdade… Eu fiz  no colégio e na faculdade, por exemplo, algo chamado de Junior Achievement, do Senac. Ele simulava a construção de micro empresas, gestão, planejamento e administração. Isso me deu uma mega bagagem para o mercado de trabalho.”,

“Também realizei, durante a graduação, iniciação científica e trabalhos em laboratórios da própria instituição. Mas outra coisa que fez diferença no meu currículo foram as saídas ou passeios de estudo, na minha cidade e até fora do país, com apoio da faculdade.”,

“E eu tive ainda uma experiência parecida com a do Rafael Rosa em meu curso Técnico em Publicidade, onde aprendi mais, muito mais, do que na faculdade. Aliás, aposto bastante minhas fichas nos técnicos do Brasil e torço para ganharem mais investimentos no futuro.”

Cristiano Oliveira

“Das atividades que participei na vida acadêmica, destaco três que foram bem importantes para a minha carreira, pois agregaram bastante experiência. Foram elas:

  • Iniciação Científica: foi importante para pegar o jeito de como escrever artigos técnicos e científicos, além de ajudar a completar a renda também, já que foi uma bolsa da Fapesp.
  • Participação no CEC – Centro da Engenharia Civil: onde tínhamos uma verba de locação de espaços como cantina e xerox. Eu era coordenador de eventos. Inclusive, na época, fizemos a reforma do centro acadêmico. Foi uma vivência muito rica no sentido de aprender a buscar consenso, gastar o dinheiro de forma inteligente e gerar retorno para os alunos.
  • Escritório piloto da Engenharia Civil: no pouco tempo que estive lá, ajudei em projetos que considero de muita relevância, como de urbanização de favelas e levantamento cadastral de prédios abandonados no centro.”
atividades extracurriculares
Imagem reproduzida de Blog Conexão Carreira – ESEG

Maria Cristina Muniz de Sousa

“Na minha trajetória de estudos, não participei de nenhuma entidade da própria faculdade para o conhecimento ou horas extracurriculares. Contudo, realizei alguns cursos em instituições externas para mais conhecimento além do conteúdo oferecido pela faculdade. Entre essas entidades foram:

  • SENAI: a unidade da minha região oferece cursos gratuitos no programa Jovem Aprendiz (como se fosse um curso técnico) onde o aluno passa uma parte do tempo estudando na própria instituição e também frequenta tipos estágios em fábricas, isso de acordo com área de formação escolhida pelo aluno. Essa instituição também disponibiliza cursos online de curta duração ou até mesmo técnicos.
  • SENAC: outra instituição que oferecia cursos gratuitos à comunidade e cursos próximo aos técnicos, que conciliam estudos na instituição e conhecimento prático nas empresas.
  • APAE: a instituição da minha região tem um programa chamado ‘ID digital’, com cursos relacionados mais à informática e tecnologia para toda comunidade de forma gratuita.”,

“Penso o mesmo que a Simone sobre os cursos técnicos, sendo de muita valia para formação profissional.”,

“E hoje percebo uma vantagem do online sobre os profissionais, criando meios/escolas para ensinar e transmitir o conhecimento e toda sua experiência vivida através das plataformas de cursos.”


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Engenharia 360

Redação 360

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Thibaut Lemay, um estudante francês de 22 anos, estava voltando sábado, dia 12 de novembro, de uma festa em sua cidade de Lille, no norte da França. Ao chegar ao prédio onde morava, ele notou haver algo de estranho com o edifício. Achou que a construção parecia levemente torta, como se tivesse entornando. Também notou algumas rachaduras em algumas paredes. E ao tentar abrir as portas do apartamento, percebeu que elas estavam emperradas pela inclinação da estrutura. Então, um sinal vermelho acendeu em sua cabeça! Um desabamento de edifício era iminente!

O caso de desabamento de edifício na França

O jovem Thibaut contou ao jornal La Voix du Nord que, logo que percebeu o que acontecia, saiu correndo, acordou os seus colegas e alertou sobre possível desabamento de edifício. Em seguida, já era possível ouvir os escombros caindo. Por sorte, os bombeiros chegaram bem rápido ao local e conseguiram retirar todos os moradores. De fato, os especialistas perceberam com facilidade que o edifício de dois blocos corria o risco iminente de cair, o que aconteceu, de fato, instantes depois.

desabamento de edifício
Imagem reproduzida de g1
desabamento de edifício
Imagem reproduzida de g1
desabamento de edifício
Imagem reproduzida de O HOJE

Infelizmente, uma pessoa morreu no desabamento de edifício, um homem de 45 anos. Pelo menos Thibault e seus amigos tiveram a sorte de saírem vivos da situação. Por hora, a prefeitura está com uma equipe investigando as causas do ocorrido; já se sabe que uma das unidades habitacionais passava por obras. Mas o Engenharia 360 preferiu pedir uma opinião de um de seus redatores colaboradores, o engenheiro Cristiano Oliveira. Veja, a seguir, o que ele disse!

“Em relação à matéria original sobre o desabamento de edifício escrita pelo G1, sem dúvida o jovem teve um ato heróico em perceber haver um problema ocorrendo.

Vamos explorar mais tecnicamente esse caso?

O que é “entortar”?

Bem, em Engenharia Civil, o termo correto é ‘ocorreram deformações’.

Deformações são previstas e limitadas em projeto. O que ocorreu foi uma deformação não prevista, devido, muito provavelmente, à falha de algum elemento estrutural. A informação mais importante encontra-se no final da matéria: o edifício tinha 3 andares e um deles passava por obras.

Provavelmente durante essa obra, algum elemento estrutural foi impactado e deixou de desempenhar sua função, que é levar as cargas de seu ponto de aplicação até a fundação. Dessa maneira, a carga precisou percorrer outro caminho, sobrecarregando outros elementos, aumentando suas deformações e levando à sua ruptura/ruína.

Ruptura frágil x Ruptura dúctil

As estruturas civis, quando projetadas adequadamente, devem prever uma ruína dúctil, ou seja, as deformações atingem seus limites e só então é que ocorre a ruptura. Claro que as estruturas não são feitas para ruir, mas, mediante a um acidente ou situação não prevista – como, por exemplo, a perda do suporte de um pilar -, os demais elementos quando em sobrecarga são levados aos seus limites de deformação.

A ruptura frágil, por outro lado, é um tipo de ruptura quase que instantânea, ou seja, o elemento atinge seu limite de resistência sem atingir seu limite de deformação. No presente caso, houve tempo de serem observadas deformações excessivas e rachaduras, mostrando que a estrutura estava se deformando e em processo de ruína.

NBR 6118

A NBR 6118 (Projeto de Estruturas de Concreto Armado e Protendido – Procedimentos), recomenda que toda estrutura deve ser projetada tendo como critério a ruptura dúctil para, justamente, em casos extremos, a própria estrutura ‘avisar’ que está ruindo. E esse aviso se dá através dos limites de deformação.

São os famigerados ‘domínios de deformação’, preconizados na norma e que dão as diretrizes para utilização no cálculo das resistências características – lembrando que a todo material, seja aço ou concreto, pode ser construído o gráfico ‘Tensão x Deformação’.

A título de curiosidade, o limite de escoamento do aço utilizado no concreto armado é 10 por 1000, ou seja, um alongamento – porque o aço é quem resiste à tração – de 10 mm em 1 m; ao passo que o limite de escoamento do concreto é de 3,5 por 1000, ou seja, um encurtamento – porque o concreto é quem resiste à compressão – de 3,5 mm em 1 m.”

desabamento de edifício
Exemplo dos limites de deformação observados na NBR 6118 e que são utilizados no dimensionamento do concreto armado e protendido. – NBR 6118 | Capítulo 17.2.2 – Hipóteses Básicas; Figura 17.1

Então, qual a sua opinião sobre esse caso, de desabamento de edifício? Teria o mesmo reflexo e agilidade de Thibaut Lemay? Escreva nos comentários!

Veja Também: Acidente no Rio: peritos avaliam as condições dos pilares da Ponte Rio-Niterói


Fontes: G1.

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Redação 360

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O Engenharia 360 visitou a Fluke Experience 2022, evento realizado no Bourboun Atibaia Resort, em Atibaia, São Paulo, no dia 10 de novembro, reunindo grandes nomes do país no segmento da Mineração, Energia Solar e Oil & Gás – como as empresas Vale, Modec, AE SOLAR, SBM Offshores e Comgas. A saber, a Fluke do Brasil é líder mundial de ferramentas de teste e medição. E, na ocasião, contou várias novidades do setor industrial através de conteúdos exclusivos, palestras, cases de sucesso e mais.

eficiência energética
Imagem de Rafael Panteri
eficiência energética
Imagem de Rafael Panteri

Para entender um pouco mais sobre esse assunto, confira alguns exemplos práticos a seguir!

O que é eficiência energética?

Segundo a EPE, Empresa de Pesquisa Energética, “eficiência significa fazer mais, ou pelo menos a mesma coisa, com menos – mantendo conforto e qualidade”. Quando tratamos de energia, a eficiência energética busca “gerar a mesma quantidade de energia com menos recursos naturais ou obter o mesmo serviço (realizar trabalho) com menos energia”. 

A utilização racional da energia tenta otimizar a relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização. Conheça alguns exemplos práticos de eficiência energética disponibilizados pela ABESCO, Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, que você pode fazer em casa.

Iluminação

Esse exemplo já é bem conhecido e certamente você já implementou em sua residência. Uma lâmpada de LED de 7W tem o mesmo nível de iluminamento que uma lâmpada incandescente de 60W. Ou seja, quando deixamos as lâmpadas incandescentes de lado e passamos a utilizar as de LED, temos uma economia de 53 watts por hora – quase 90% de economia.

Outra vantagem é que a vida útil do LED é 50 vezes maior e sua transferência de calor para ambiente é menor, logo, outros equipamentos para resfriar o ambiente gastarão menos energia. 

Cogeração

Muitas indústrias, hospitais e hotéis utilizam de caldeiras a gás ou elétricas para produzir vapor. A Cogeração, o reaproveitamento de gases de escape, o uso de placas solares são algumas das opções que podem oferecer a redução de consumo de energia.

Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) 

Com o objetivo de promover o uso eficiente de energia elétrica, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) foi criado e coordenado pelo Inmetro. Trata-se de informações sobre eficiência energética de cada equipamento e eletrodoméstico que podem e devem influenciar o consumidor na hora de comprá-los. Essas etiquetas também estimulam a fabricação de produtos cada vez mais eficientes.

Além disso, existe o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, o Procel. Esse programa coordenado pela Eletrobras desenvolveu o Selo Procel que indica ao consumidor os produtos com os melhores níveis de eficiência energética dentro da sua categoria. 

Da próxima vez que você for comprar um eletrodoméstico, fique de olho nesses dois selos para saber qual produto consome menos energia. Assim, você terá uma economia na conta de energia, além de causar menos impactos no meio ambiente. 

Estou praticando a eficiência energética?

Algumas ações podem ampliar o uso consciente de energia e garantia uma eficiência energética, são elas:

  • Desligar os equipamentos e iluminação quando não estiver usando;
  • Procurar pelos selos citados no momento de comprar novos equipamentos;
  • Para fábricas e processos industriais, busque soluções de cogeração. Isso se mostrará bem interessante para seu bolso, também;
  • Cheque possíveis vazamentos de água, gás ou instalações elétricas mal feitas que podem consumir energia desnecessária.

Essas são algumas das ações simples que podem fazer a diferença no consumo energético. É possível realizá-las sem necessidade de uma empresa especializada ou equipamento de medição. Mas para aqueles que querem otimizar ao máximo seu consumo e reduzir significativamente suas contas de energia, separamos alguns equipamentos disponíveis no mercado que podem te auxiliar:

Medidor de Qualidade de Energia

Em instalações industriais a qualidade da energia fornecida pela concessionária é crucial para o seu melhor desempenho e confiabilidade da produção. Com equipamentos medidores de qualidade energética, é possível identificar falhas nas instalações e interrupções de fornecimento que afetam o processo e a vida útil dos equipamentos. Um bom fornecimento de energia assegura uma eficiência energética.

eficiência energética
Imagem de Rafael Panteri

Câmera para identificar vazamentos

Até mesmo os menores vazamentos de ar podem acarretar desperdícios de produto e de energia, e perda de tempo de produção, especialmente em uma linha de produção que precisa de ar comprimido para executar suas ferramentas e processos.

Os vazamentos de ar comprimido também aumentam os custos de energia. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, um único vazamento de 3 mm em uma tubulação de ar comprimido custa mais de US$ 2.500 por ano.

Para identificar esses vazamentos na linha de produção, existem, no mercado, as câmeras acústicas. Esses equipamentos permitem a visualização do problema. Veja em funcionamento no vídeo a seguir:

Câmeras térmicas

Alterações de temperatura podem indicar problemas no consumo energético. As câmeras termográficas portáteis são as melhores para manutenção preditiva, inspeções elétricas e solução de problemas de linha de frente. 

eficiência energética
Imagem de Rafael Panteri

Veja Também: Eficiência energética: como diminuir o consumo por energia quando se aumenta a demanda?


Fontes: EPE, ABESCO, FLUKE.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Lembra do que é BIM? Sim, Modelagem/Modelação da Informação da Construção ou Modelo da Informação da Construção.

Um sistema de projetar sobre um banco de dados de informações guardadas sobre o plano completo do ciclo de vida de um edifício. E o modelo virtual, afinal, não é constituído apenas de geometria e texturas para efeito de visualização; pode-se dizer que é quase uma construção virtual equivalente a uma edificação real. Com isso, os projetistas e empresas podem entender melhor o comportamento do próprio modelo que estão desenvolvendo antes mesmo da construção.

BIM no Brasil | empresas no mercado nacional
Imagem reproduzida de CBIC

A adoção do BIM no mercado interno

O uso do BIM é obrigatório para obras públicas no Brasil desde 2021, conforme decreto nº 9.377; na sequência isso se desdobra para o setor privado. E que bom isso, pois já sabemos que tal metodologia só atrai benefícios para uma economia, incluindo para as empresas:

  • ganhos de produtividade,
  • redução de desperdícios,
  • além de desempenho e controle mais afinado das obras e da operação das edificações.

Especialistas apontam que o BIM trará, com o tempo, uma transformação incomparável para os canteiros de obras. E nosso mercado precisa estar atento a isso se quiser que sua indústria acompanhe as transformações do mundo. Não há dúvidas de que precisamos aumentar nossa maturidade no assunto, nos preparando melhor para as inovações disruptivas em diversos setores. Aceitar que esta é uma tendência global da produção 4.0 – e que está chegando com tudo!

BIM no Brasil
Imagem reproduzida de C3 – Clube da Construção Civil

O uso do BIM pelas empresas brasileiras

Definitivamente, o BIM não ficou apenas na teoria; ele já impacta a prática dos trabalhos dos projetistas ao redor do mundo. E, claro, está em potencial crescimento em nosso país, sobretudo no setor da construção civil. Neste cenário, se destacam as empresas Sienge e Grant Thornton Brasil, respectivamente gestora de projetos na área de construção civil e empresa global de auditoria e consultoria. Há algum tempo, elas participaram de uma pesquisa, com apoio da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Sinduscon, que visa a compreensão do mercado financeiro sobre qual o nível de adoção do BIM e a maturidade de seu uso entre as empresas por aqui.

BIM no Brasil
Imagem reproduzida de Sienge

É importante fazer esse mapeamento da nossa realidade. Afinal, qual a maturidade das empresas brasileiras na adoção da metodologia BIM? Na primeira fase, se entendeu que, sim, muitas delas planejam utilizar a metodologia BIM. Então, o que falta para atingir o máximo de profissionais da construção e melhorar a situação do mercado?

Em outras oportunidades, o Engenharia 360 debateu sobre a situação do BIM no Brasil. Confira aos vídeos a seguir:

Veja Também: Como usar a Inteligência Artificial na Elaboração de Projetos de Engenharia e Arquitetura?

A construção gasta demais com erros de coordenação, desperdício de material, ineficiência do trabalho e outros problemas na abordagem atual da própria construção. Não é terrível isso? E a única forma de mudar essa situação parece ser “abraçar” formas de implantação do BIM! Isso até mesmo impulsionaria o crescimento do nosso PIB. Se quiser saber mais, indicamos a leitura do Visão BIM 20/20 LATAM – O impacto de BIM na América Latina, primeira pesquisa sobre o nível de maturidade BIM.

curso especialização BIM
Imagem reproduzida de 360 Academy | Projete Fácil BIM

Como poderíamos superar nossas dificuldades e dar novos passos em direção à maturação do BIM em nosso país?

Quer aprender sobre BIM e sair na frente no mercado de trabalho? Invista em um dos cursos do Projete Fácil BIM, realizado pelo Engenharia 360 em parceria com o site A Arquiteta!


Fontes: C3 Club, CBIC.

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Redação 360

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Nesta semana, durante a realização da COP27, pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, apresentaram um modelo de roteiro para a restauração em larga escala da Amazônia. Seria a criação de um corredor verde a partir da Colômbia, passando pelo Peru e pela Bolívia e chegando até o Maranhão. Resumindo, mudar o processo de destruição para restauração dessa região. Por que, sim, parar o desmatamento não é suficiente para o combate da crise climática em nosso planeta – não mais!

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Área a desmatada na Amazônia | Imagem reproduzida de Canal Rural

Como pôr em prática este plano ambicioso?

Olha, não seria fácil, com certeza? Talvez, no mínimo, bilhões de dólares para pôr em prática este plano ambicioso, até porque a Amazônia já perdeu 17% de sua floresta e se aproxima do chamado ponto de não retorno, a partir do qual não consegue se regenerar e transforma-se em uma savana. E de onde poderia vir este dinheiro? Bem, de investimentos públicos e privados. Mas valeria a pena, porque isso é essencial para o equilíbrio climático do nosso planeta. Então, não deveria ser algo interpretado como uma despesa, mas um custo-benefício incalculável!

“Existe uma grande oportunidade de restauração em escala em terras públicas recém-desmatadas e nas terras ainda não destinadas.”, “Em algumas dessas áreas não é preciso plantar nada, apenas deixar a floresta se refazer naturalmente.” – Jos Barlow, um dos autores e pesquisador da Universidade de Lancaster

A saber, de acordo com os cientistas, nas áreas protegidas da Amazônia, há mais 0,8 milhão de hectares que poderiam ser regenerados sem a necessidade de gastos excessivos no plantio de árvores.

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Climatologista, Carlos Nobre | Imagem reproduzida de O Globo

O cumprimento desta restauração estaria dividido em sete metas:

  1. Evitar o desmatamento ilegal, o que é prometido pelo nosso governo para 2030 – infelizmente, nos últimos anos nada foi feito nesse sentido.
  2. Evitar a degradação florestal, permitindo que milhões de hectares se recuperem e recuperem seus estoques de carbono, a biodiversidade e os serviços prestados pelo ecossistema.
  3. Resolver a questão fundiária.
  4. Restauração em terras privadas, com exigência do cumprimento da lei e plantio de áreas de reserva legal em propriedades com passivo ambiental.
  5. Criação de mais mecanismos e incentivos para a prática de projetos ambientais.
  6. Adequação das políticas – inclusive é o que está recomendado no texto apresentado em painel no pavilhão do Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal, na COP27.
  7. Inibição das especulações de terras, o principal vetor do desmatamento da Amazônia.

Veja Também:

Confira, a seguir, o discurso completo do presidente eleito no Brasil, Lula, na COP27:


Fontes: O Globo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No dia nove de novembro deste ano de 2022, realizou-se um encontro organizado pela Autodesk Brasil e Grupo Pars, a Autodesk Experience Brazil (2ª edição).

O objetivo foi reunir a comunidade brasileira de usuários da Autodesk para trocar experiências e conhecer alguns cases de sucesso.

O Engenharia 360 foi convidado e me enviou para dar uma conferida presencialmente no evento.

Apresentação e boas-vindas no evento da Autodesk

A abertura da Autodesk Experience Brazil (2ª edição) foi realizada por Sylvio Mode (Presidente Autodesk) e Cláudio Pinto (Diretor de Vendas).

Ambos deram as boas-vindas e destacaram a satisfação de poderem realizar esse ano um evento presencial, reconectando clientes e parceiros. Destacaram também a importância da colaboração da Autodesk no projeto BIM BR e na Biblioteca Nacional BIM. Também mencionaram as parcerias existentes entre a Autodesk e as Instituições de Ensino.

Autodesk, Evolução Digital e Soluções Aplicadas

Na sequência, as jovens Fernanda Machado e Joyce de la Torre, ambas Executivos de Indústria Sr da Autodesk, falaram sobre a Evolução Digital, comentaram sobre os 4 pilares que sustentam os projetos na era digital:

Digitalização / Conexão / Otimização / Evolução.

Trouxeram experiências recentes, como Retrofit do Complexo Cidade Matarazzo e o exemplo do Laboratório de BIM que está sendo realizado na cidade de Curitiba. Ainda apresentaram soluções em softwares para modelagem e gestão de ativos elétricos, Gêmeos Digitais e usos voltados para gestão de ativos e Metaverso.

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Conceituação – Metaverso | Imagem de Cristiano Oliveira

Depois de Fernanda e Joyce, foi a vez de Rafael Colucci e Marcos Harano, ambos Executivos de Indústria Sr da Autodesk e ACS, respectivamente, trazerem o tema “Processos colaborativos e aplicação de tecnologias disruptivas para solucionar problemas complexos em projetos de infraestrutura”. Em sua apresentação, foram destacados os desafios da implantação de uma solução em entregas digitais de projetos. Também trazida à pauta de soluções colaborativas e mudança de cultura, que são os desafios mais comuns quando se fala de transformação digital.

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Mapeamento – áreas de aplicação e desenvolvimento em soluções de engenharia digital | Imagem de Cristiano Oliveira

Resumidamente, foram trazidas soluções para entrega digital de projetos ao nível de apresentação muito satisfatórios!

A gigante da Mineração

A Vale foi representada por Lucas Mardegam, Especialista de Gestão de Projeto.

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Destaque para a importância da padronização de processos colaborativos | Imagem de Cristiano Oliveira

Em sua apresentação, “A Evolução da Engenharia em Grandes Obras de Mineração”, relatou como está ocorrendo a implantação de soluções baseadas em metodologia BIM para os Projetos de Engenharia e sua interface e integração com metodologias já consagradas, como FEL.

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Áreas de atuação da Diretoria de Projetos na Vale | Imagem de Cristiano Oliveira

Ele destacou que o caminho que tornou possível os avanços em Implantação BIM, residiu no fato de entender que transformação Digital é transformação Cultural. Dessa maneira, está sendo possível realizar os avanços necessários na engenharia, através da adoção e entendimento do que o mercado oferece em termos de soluções e metodologias ágeis, conceitos como Lean Construction, AWP, etc.

Foram apresentados exemplos de criação de bibliotecas utilizando software Revit. Cada disciplina de interesse (arquitetura, civil-concreto, civil-metálica, mecânica, tubulação – não se limitando a essas) tem sua base de dados para mais tarde ser utilizada em seus projetos.

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Exemplo – criação de bibliotecas para disciplina de Engenharia Mecânica | Imagem de Cristiano Oliveira

Projeto BOM é projeto em BIM

A Promon Engenharia, renomada empresa de projetos de engenharia, veio representada por Alex Sandoval (Líder de Engenharia Digital) e Kleber Tomazetti (Coordenador Técnico), que trouxeram a apresentação “os benefícios da transformação digital”.

Deram uma passada pela famosa “curva de McLeamy” e dos impactos no custo de uma obra dependendo do nível de projeto e do tempo que se dedica a isso.

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Curva de McLeamy | Imagem de Cristiano Oliveira

Comentaram sobre a experiência de implementação na Promon e como as soluções em engenharia digital se alinham com um dos pilares da empresa, que é o Home Office.

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Níveis de Maturidade BIM | Imagem de Cristiano Oliveira

Na apresentação da Promon, ficaram evidentes os diversos usos BIM a depender da fase do empreendimento.

Em sua apresentação, foram abordadas soluções para: Usos BIM, Colaboração, Gestão da Informação, Fluxos de Trabalho. E foram compartilhados, ao final da apresentação, os principais benefícios observados após adoção de BIM, tais como:

  • (rastreabilidade do fluxo de informação entre disciplinas;
  • otimização do tempo de análise frente a utilização do tempo para trabalhos rotineiros;
  • garantia da integridade das informações de projeto;
  • otimização do tempo para extração de quantidades)

Também compartilhados os aprendizados e desafios, merecendo destaque:

  • ausência de mão de obra especializada no mercado (nível limitado dos usos BIM);
  • interoperabilidade e o processo contínuo de melhoria das ferramentas;
  • necessidade de treinamentos constantes;
  • criação da própria biblioteca de famílias e objetos.

FPSO e BIM

A Petrobras foi representada pela arquiteta Camila Veldman e pelo Agile Expert Leandro Freitas. Em sua apresentação, trouxeram as questões que devem ser observadas para o conforto e bem-estar de funcionários que trabalham embarcados em FPSO (Floating, Producting, Storage and Offloadin Plataform).

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Quantidade de órgãos regulamentadores para o projeto de uma FPSO | Imagem de Cristiano Oliveira

A Petrobras é pioneira no uso da Metodologia BIM no país. Aliás, em minha carreira, por volta de 2010, tive a oportunidade de trabalhar em projetos de óleo e gás, onde as plantas industriais eram modeladas em PDMS e já se fazia uso das informações parametrizadas do projeto, como listas automatizadas, biblioteca de componentes etc.

Foi apresentado no evento, uma aplicação de BIM em um Módulo de Acomodações de uma FPSO pelo departamento de Arquitetura (curiosamente, isso vai à contramão do mercado, já que a arquitetura costuma ser a pioneira na adoção de modelagem e soluções paramétricas).

Eles conceituaram em sua apresentação o que é uma FPSO, suas partes e o item de interesse: o Módulo de Acomodações. Foram apresentadas imagens renderizadas do projeto realizado em Revit.

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Apresentação do que é uma FPSO | Imagem de Cristiano Oliveira
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Módulo de Acomodações | Fonte: acervo pessoal do redator

Compartilharam também uma experiência para acesso ao modelo de um módulo de acomodações via QR Code (utilização do Autodesk Fusion 360), onde todos puderam, sem ter que instalar nenhum software ou plugin, acessar as informações 3D do projeto.

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Principais conclusões | Imagem de Cristiano Oliveira

Um caso bem-sucedido de geração de valor BIM

A MRV trouxe seus profissionais para apresentar como a empresa vem se posicionando no mercado da engenharia digital e como tem agregado valor através de automações alinhadas à metodologia BIM.

A empresa foi representada por André Fonseca Pinheiro (Coordenador BIM), Gabriel Avelar (Assistente BIM) e Isadora Branquinho (Analista BIM Sênior).

Eles comentaram sobre o processo de implementação BIM na MRV, visando a automação de rotinas e processos internos. Em sua apresentação, foram compartilhadas experiências e casos aplicados à realidade da empresa.

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Evolução e Roadmap de implantação BIM na MRV | Imagem de Cristiano Oliveira

Também relataram a criação de uma biblioteca de plugins, de modo que toda a empresa tenha acesso aos avanços e facilidades desenvolvidos internamente.

Percebeu-se nitidamente que a equipe tem suporte pleno da empresa para empregar o que há de novo no mercado, buscando o alinhamento com os recursos (tecnológicos e metodológicos) mais atuais.

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Alinhamento a metodologias e conceitos atuais (Lean Construction, por exemplo) | Imagem de Cristiano Oliveira

Destaque merecido para o fato de terem conseguido consideráveis economias no tempo de realização das tarefas internas. Por exemplo, no caso da automação de rotinas para subsidiar estudos de planejamento, baseado em cronogramas mais enxutos e dinâmicos, alinhados a “back logs” (*) bem definidos, “sprints” (*) bem planejados facilitando “follow up” (*) das atividades e demandas.

(*) termos utilizados normalmente quando se fala em metodologias ágeis, como SCRUM, por exemplo. 

Um exemplo apresentado que representa bem isso, trata-se da ferramenta “Gerador de Cronograma Preliminar”, que de forma inteligente proporciona aos profissionais de planejamento obterem melhores resultados em suas rotinas internas na criação de um cronograma mais enxuto e eficiente.

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Exemplo – Gerador de Cronograma Preliminar | Imagem de Cristiano Oliveira

Outro exemplo muito interessante, foi a aplicação de BIM ao planejamento de canteiro, onde forma estruturada, consistente e inteligente, são avaliadas as diversas possibilidades de configuração e arranjo do canteiro de obras de modo a otimizar os processos de engenharia e construção do empreendimento.

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Ferramenta para planejamento de canteiro | Imagem de Cristiano Oliveira

Ficou muito evidente os benefícios decorrentes do alinhamento da empresa com o mundo da Engenharia Digital e como as rotinas internas e fluxos de trabalho dão ferramentas para tornar os trabalhos internos mais racionais e menos laboriosos.

Encerramento

O evento foi encerrado por Pedro Soethe (Gerente de Indústria) e Ricardo Bianca (Executivo de Indústria Sr), ambos da Autodesk.

Destacaram a importância da Conexão, tanto da informação, quanto dos recursos e pessoas envolvidos no mercado da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC).

Apresentaram ainda sua participação no que diz respeito à normatização BIM em desenvolvimento, bem como parcerias com instituições buscando cada vez mais estar presente na fronteira do conhecimento e desenvolver recursos para ir além dessa fronteira.

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Imagem de Cristiano Oliveira
Autodesk Experience Brazil
Autodesk e alinhamento à realidade do mercado nacional | Imagem de Cristiano Oliveira

Ficou muito claro que há muito espaço para evolução e aplicação de novas metodologias que possibilitem essa conexão e transformar o mercado AEC nos próximos anos – como já está acontecendo. Sem contar como a Autodesk busca não só desenvolver as ferramentas que subsidiem esse processo, além de fornecer aos profissionais esses recursos e customizá-los conforme a necessidade de cada negócio.

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Engenharia 360

Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

O mundo realmente está passando por ondas de calor excepcionais. Claro que isso tem relação com as mudanças climáticas, aceleradas pela ação do homem sobre a natureza. E já existem relatórios científicos que apontam que nossas próximas gerações devem sofrer ainda mais com isso. Mas desde já existem planejadores urbanos preocupados com os impactos do aquecimento global sobre os centros urbanos. Lembrando que isso interfere não apenas no nosso bem-estar, mas na preservação das áreas verdes, na construção de edifícios, na manutenção de vias públicas, e mais.

Em Sevilha, por exemplo, a situação pode ser assim: temperaturas acima de 40 °C por 21 dias seguidos – quem vive no Brasil entende muito bem o drama. E olha que a ONU alerta que, nos últimos 30 anos, as temperaturas na Europa aumentaram mais do que o dobro do aumento médio global; imagina o que vem pela frente. A cidade espanhola se viu num beco sem saída, onde a única direção a seguir era a inovação. Saiba mais sobre o caso no texto a seguir!

Projeto Cartuja Qanat

Esta é uma iniciativa – envolvendo a prefeitura local, a Universidade de Sevilha e a UIA – inaugurada na ilha de Cartuja. Os espaços públicos estão sendo climatizados. E a técnica utilizada para isso já tem 3 mil anos e também começou a ser reproduzida em outras áreas da cidade, podendo inspirar diversas ações urbanas ao redor do mundo. O grupo Termotecnia é que pensou nesta solução, visando a recuperação da vida nas ruas, já que hoje as pessoas simplesmente não conseguem aproveitar sequer praças e parques no verão, tamanho o calor no ambiente externo às moradias.

Veja Também: Concretagem: como resolver a questão da temperatura na cura das estruturas de concreto

Técnica dos qanats

A intenção é criar espaços de conforto nos quais as pessoas possam desenvolver atividades com custo energético praticamente inexistente. Para isso, uma velha tecnologia dos povos árabes será utilizada, a chamada “qanats”. Tem a ver com criar grandes canais ou aquedutos subterrâneos para transportar água ao longo de centenas de quilômetros até o centro das cidades. O que acontece depois disso é que, onde existe água fria e o terreno é frio, ele se resfria. Podemos comparar isso aos sistemas de aquecimento de pisos – só que ao inverso, pois o que se espera é baixar a temperatura.

“O ar percorre os qanats e, por estar em um ambiente onde existe água fria e o terreno é frio, ele se resfria. Quando o ar volta a sair, ele está mais fresco.” – José Sánchez Ramos, do Departamento de Engenharia Energética da Universidade de Sevilha.

Mudanças climáticas
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Técnica dos captadores de vento

Outra opção é adotar um sistema como o utilizado em Yazd, no Irã. Na cidade, foram instaladas torres de vento com aberturas que permitem a entrada de ar para ventilar as construções. O ar mais fresco desce até a parte inferior, por ser mais denso, e expulsa o ar mais quente por outra abertura. E, em muitos casos, o ar seco e quente que entra pelas torres passa por qanats subterrâneos ou por outras superfícies com água, voltando a sair, mais úmido e frio, por outra abertura.

Mudanças climáticas
Imagem reproduzida de PCT Cartuja

Decisões participativas

Agora que já se levantaram algumas ideias, o que já foi decidido? Bem, primeiro foi apresentada a hipótese da implantação, em zonas específicas, como o anfiteatro da Expo 92, de canais retangulares com 30 metros de comprimento e enterrados, armazenando 140 metros cúbicos de água. Condutores ficariam resfriados porque o terreno estaria frio por conta da água nos qanats – chegando a ficar, à noite, entre 17 e 18 °C.

Sánchez Ramos resume do seguinte modo: “Nós recolhemos o ar de Sevilha a 40 °C, fazemos passar por esses condutores e o ar é resfriado.”, “Temos painéis fotovoltaicos para produzir eletricidade e, à noite, descartamos a água do qanat por cima da placa fotovoltaica, como uma cascata, para que a água seja resfriada.”.

armazenamento de água = água resfriada à noite = uso dessa água de dia para produzir muito ar frio e superfícies frescas

O plano prevê, óbvio, tratar a água para que não se tenha proliferação de micróbios. E a administração desses espaços seria de gestão participativa.

Veja Também: Saiba por que a cidade de Madri, na Espanha, está plantando cerca de 500 mil árvores

Plano LIFE Watercool

Este é outro projeto de Sevilha, que visa climatizar pontos de ônibus, fazendo circular água fria pelo teto, permitindo que as pessoas possam ficar no local com conforto por 20 ou 30 minutos. Mais uma medida é o resfriamento do pátio de um colégio público por meio de uma pérgola, impulsionando ar resfriado com água procedente de uma cisterna em praça próxima, resfriada à noite. E pode ser que, em breve, seja detalhado mais um projeto, para usar a água subterrânea que segue para o sistema de saneamento na climatização de edifícios. O que acha?

Mudanças climáticas
Imagem reproduzida de cartuja qanat
Mudanças climáticas
Imagem reproduzida de cartuja qanat

Detalhe: Sevilha fica a 10 metros acima do nível do mar, tendo muita água no seu subsolo, de forma que, quando se perfura um túnel de metrô, a água do lençol freático costuma se infiltrar. Inclusive, existe um sistema de bombas para evitar inundações. E é por isso que os engenheiros pensam que as qanats dariam tão certo!

Mudanças climáticas
Imagem reproduzida de Carbon Credit Markets

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Fontes: G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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