Você já parou para pensar em como as energias de um ambiente podem influenciar nosso bem-estar? Muitas pessoas acreditam nos conhecimentos das medicinas orientais milenares, que afirmam que os espaços que habitamos – como, por exemplo, antigas estruturas de presídios – são capazes de reter energias que afetam diretamente nossa saúde física e mental. Para esses casos, inclusive, são sugeridos processos de cura.

Mas engana-se quem pensa que isso tem a ver com misticismo: trata-se, na prática, de intervenções reais envolvendo decoração, design, engenharia e arquitetura. Estamos falando de ações como reparar infiltrações, realocar instalações elétricas, trocar revestimentos e reposicionar móveis.

Mesmo assim, nossas percepções podem continuar influenciadas por fatores culturais e emocionais, dificultando a mudança da maneira como enxergamos certos espaços – mesmo após reformas significativas. Quer fazer um teste? Você moraria em uma casa adaptada dentro de um antigo banco, hospital, escola ou igreja? Já pensou nisso? Agora, prepare-se para ver, com o Engenharia 360, como antigas arquiteturas de presídios foram transformadas em hotéis de luxo surpreendentes!

Arquiteturas de presídios transformados em hotéis de luxo

1. Bodmin Jail Hotel, Inglaterra

Este hotel, de propriedade do milionário russo Timur Gorman, está localizado na orla de Bodmin Moor, na região da Cornualha. Ele foi montado dentro de uma estrutura de prisão erguida em 1779, no reinado de George II, parcialmente usada na Primeira Guerra como abrigo de joias, e que foi fechada no ano de 1927. Os quartos foram decorados com fotos dos ex-prisioneiros. No lugar do pátio onde os encarcerados faziam exercícios foi alocada a academia do hotel. Já o restaurante fica onde antes era uma capela. 

Detalhe, ao longo dos anos, 55 prisioneiros foram condenados à morte dentro do presídio, sendo a última execução aconteceu em 1909. Então, ao saber disso, você se hospedaria neste hotel?

hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Decor Design
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Tripadvisor
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de TripAdvisor

Veja Também: FlyZoo Hotel: Hospitalidade com Tecnologia de Ponta

2. Alcatraz Hotel am Japanischen Garten, Alemanha

Localizada no centro de Kaiserslautern, esta estrutura foi inaugurada como presídio no ano de 1867. Recentemente, passou por reforma, ganhando luxuosas suítes. Mas os hóspedes também podem ficar, se quiserem, em unidades de celas preservadas e deixadas no aspecto original – mas com conforto, claro.

hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de site Trip
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Agoda
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de TripAdvisor

3. The Liberty Hotel, Estados Unidos

Este prédio foi erguido em 1815 e usado como presídio, chegando a receber personalidades famosas do crime. Como hotel, teve seu estilo histórico arquitetônico conservado, mas adaptado às conveniências modernas.

hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Visa Luxury Hotel Collection
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Visa Luxury Hotel Collection
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Flickr

4. Het Arresthuis, Holanda

Agora uma arquitetura do ano de 1862, localizada em Roermond. Ela foi um presídio que ficou abandonado por muitos e muitos anos. As celas foram transformadas em quartos. Detalhe, cada unidade recebeu apelidos como “suíte do diretor”, “suíte do carcereiro”, “suíte do advogado” e “suíte do juiz”. Mas a estrutura ainda ganhou modernas alas de sauna, sala de ginástica, móveis de design e restaurante.

hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Check Hotels
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Check Hotels
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Check Hotels

Veja Também: Como funciona a engenharia por trás de uma prisão de segurança máxima?

5. Four Seasons Hotel Istanbul at Sultanahmet, Turquia

Esta é a histórica e popular Prisão de Sultanahmet. Seu edifício de três andares, de 1918, sempre foi uma importante atração turística de Istambul; dizem os historiadores que chegou a abrigar prisioneiros crianças e adolescentes. Agora tem acomodações luxuosas, decoradas com tapetes feitos à mão e com banheiros revestidos de mármore, além de ter um pátio com o mais lindo paisagismo.

hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Jefferson de Almeida
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de Central de reservas de hotéis
hotéis em arquitetura de arquiteturas de presídios
Imagem reproduzida de KAYAK

Fontes: Hypeness, O Globo, Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A maioria das cidades brasileiras está com a sua paisagem severamente comprometida por conta dos fios em postes. São cabos de telefone, internet e TV à cabo, enrolados e emaranhados de tal forma que até podem colocar em risco a segurança das redes, das pessoas e da natureza ao redor, sem contar que poluem a visão que temos para as arquiteturas. Horrível! Ninguém aguenta mais tamanha feitura destas instalações! E precisamos enfrentar este desafio, já!

fios em postes
Imagem reproduzida de Gazeta Brasil

Veja Também: Como a energia elétrica dos postes de rua chega às tomadas da sua casa?

Pesquisa da Anatel sobre fios em postes

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, realizou uma pesquisa sobre compartilhamento de postes, pensando na seguinte identificação:

  • Quais as razões que levaram a essa situação?
  • Como vem acontecendo o funcionamento do compartilhamento de infraestrutura fixa de energia elétrica para ser usado por redes de telecomunicações?
  • O que acontece quando há o uso de pequenas prestadoras de internet, que precisam do espaço para gerar energia para os seus serviços?
  • E como tudo isso vem afetando os brasileiros?

A saber, a pesquisa foi publicada na página da Ouvidoria do Portal da Anatel, campo Pesquisa Postes 2022.

fios em postes
Imagem reproduzida de Jovem Pan

Como a Anatel usará o resultado da pesquisa?

A agência pretende, com a análise dos dados coletados, realizar ações governamentais para mudar a situação. Lembrando que, em muitas cidades, ainda não existe uma cobrança do uso dos postes para instalação de equipamentos por parte das distribuidoras de energia elétrica, algo que é questionado pelos provedores de internet. Inclusive, as empresas pequenas que vendem internet banda larga fixa preveem que, nesse caso, o trabalho ficará inviável por causa da alta do custo do serviço. 

Acontece que as ruas das cidades brasileiras estão cheias de fios em postes cada vez mais sobrecarregados. E a Anatel quer discutir continuamente e criar melhores formas de organização e regulação. A exemplo da Enel Ceará, que propôs a criação de uma tabela de escalonamento de uso de dispositivos nos postes, onde, conforme os pontos aumentarem, o valor de cobrança tende a diminuir.

fios em postes
Imagem reproduzida de Folha – UOL
fios em postes
Imagem reproduzida de Gazeta do Tatuapé

Claro que isso tem que ser muito bem discutido, porque deve afetar demais a população, as empresas de telecomunicações, as companhias de energia, e além. Mas é bom que exista este compromisso por parte da Anatel. Inclusive porque estamos num momento chave, rumo ao crescimento da internet através de fibra óptica e outros serviços de comunicações. Aguardaremos as próximas decisões!


Fontes: Minha Operadora.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Deu certo! Finalmente a NASA consegue dar o seu primeiro passo concreto em direção à Marte. Ops, mas a Artemis I não decolou para a Lua? Sim, porém, como sabemos, é necessário o cumprimento de um programa lunar para conseguir seguir com um programa Marte. Por hora, vamos curtir este momento vivido no dia de hoje, um dos eventos mais marcantes da nossa história! Foi nesta manhã de quarta-feira, 16 de novembro de 2022. O imponente sistema de lançamento espacial de 98 metros de altura acendeu seus motores às 3h47 (horário de Brasília).

Artemis I
Imagem reproduzida de Gizmodo
Artemis I
Imagem reproduzida de Minuto Mais
Artemis I
Imagem reproduzida de Exame

“Em nome de todos os homens e mulheres em nossa grande nação que trabalharam para reunir este hardware para tornar este dia possível, e para a geração Artemis, isto é para você.” – Charlie Blackwell-Thompson, diretor de lançamento do Artemis.

Confira como foi o lançamento da Artmis I, etapa por etapa, no vídeo a seguir:

Contando um pouco sobre este momento da Missão Artemis

A Artemis I tem como objetivo levar uma espaçonave NÃO tripulada ao redor da Lua. No topo do poderoso foguete SLS estava a espaçonave Orion, projetada para transportar humanos, e que foi solta depois de chegar ao espaço. Então, podemos considerar que, neste momento, ela está sendo testada para levar os astronautas ao seu destino, após meio século sem visitar pessoalmente – e não através de sondas – este tão querido satélite natural.

Aliás, como já contamos antes aqui, no Engenharia 360, foram levados juntos na cápsula até mesmo manequins, para coleta de dados vitais, pensando em ajudar nas futuras tripulações vivas. Por exemplo, a quanta radiação esses humanos estarão expostos?

Artemis I
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Viagem para Lua

Por hora, a Orion está voando em órbita com apenas um grande motor, que emitirá duas queimas poderosas nas próximas horas para colocar a espaçonave na trajetória correta em direção à lua. O motor do foguete, depois da decolagem, começou sua queda de volta para Terra. As duas partes se vão distanciar ainda mais à medida que a cápsula percorre os dois milhões de quilômetros para orbitar a Lua, antes de fazer a viagem de volta também. Toda a jornada levará 25 dias!

Retorno para Terra

Ao longo da missão, os engenheiros da NASA estarão de olho no desempenho da espaçonave. A agência projeta que a Orion, quando voltar para Terra, caia no Oceano Pacífico, na costa de San Diego, em 11 de dezembro. Na ocasião, as equipes de resgates devem estar a postos para rebocar a cápsula em segurança. Depois, será o momento de avaliar todos os dados e montar os relatórios de desempenho, pensando na próxima etapa do programa, para 2024, rumo à construção de um posto avançado permanente na Lua.

Artemis I
Imagem reproduzida de U.S. Embassy & Consulates in Brazil

Então, esta é a primeira de uma longa série de etapas da missão Artemis para nós apreciarmos! Depois de tantos contratempos, incluindo de abastecimento com hidrogênio líquido super resfriado do foguete SLS, vazamento de combustível, tempestades, e mais, a equipe de pesquisadores teve seu momento de glória. Que venham muitos outros!


Fontes: CNN.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Por certo, você já ouviu falar da tecnologia dos coletes à prova de balas, não é mesmo? Pois bem, ela começou a ser desenvolvida na década de 1950, no período das guerras da Coreia e do Vietnã. Só que, naquela época, ela mais parecia uma armadura medieval, pois eram placas de aço costuradas em pano, muito pesadas e desconfortáveis. Na década seguinte, tudo mudou, com a criação do kevlar, uma fibra sintética de aramida muito resistente e leve, um polímero resistente ao calor e cinco vezes mais resistente que o aço por unidade de peso.

colete à prova de balas
Imagem reproduzida de Superinteressante
colete à prova de balas
Imagem reproduzida de Blog Gestão de Segurança Privada

Veja Também: Tecido eletrônico multifuncional acaba de ser desenvolvido

Novos e melhorados coletes à prova de balas

Modelos em kevlar

O kevlar foi usado nos coletes à prova de balas até os anos de 1990, compondo várias camadas de proteção capazes de acolher as balas e achatar sua ponta, distribuindo seu impacto por todo o tecido, até paralisá-las por completo. E o reforço do colete era feito com placas rígidas de uma cerâmica especialmente resistente.

colete à prova de balas
Imagem reproduzida de Wikipédia
colete à prova de balas
Imagem reproduzida de Oficina da Net
colete à prova de balas
Imagem reproduzida de TecMundo

Modelo em polietileno

Na década de 1990, a empresa AlliedSignal patenteou a Spectra. Trata-se de uma fibra de polietileno muito mais resistente que o aço. Isso por suas moléculas serem esticadas uniformemente em uma só direção; e, desse jeito, elas simplesmente não deformam. Esta foi a tecnologia empregada nos coletes à prova de balas Spectra Shield, bem mais duráveis; sem perder a força em contato com a água; e, além disso, oferecem mais proteção com menos camadas, portanto com menor peso.

Aliás, os coletes à prova de balas Spectra Shield são compostos de duas camadas de fibra, coladas com resina e formando uma rede, selada com dois filmes de plástico e super segura ao impacto de balas, protegida de sujeira, cortes e outros danos.

colete à prova de balas
Imagem reproduzida de Superinteressante
colete à prova de balas
Imagem reproduzida de Dimensão Indústria – Grupo Dimensão

Um modelo de colete além dos coletes à prova de balas

Modelo que aquece

Nada de baterias e componentes eletrônicos, isolamento ou eletricidade. O colete Entropy Veste – perfeito para atletas se aquecerem nos primeiros minutos do seu treino diário – só não é mais legal que os coletes à prova de balas. Mesmo assim, ele consegue aumentar a temperatura corporal por conta do seu material, capaz de mudar de fase. Basta o usuário pressionar um interruptor mecânico. Depois, o calor é espalhado lentamente pelo torso da pessoa até atingir uma temperatura adequada, bem mais eficiente que os tecidos isolantes típicos ou sistemas de aquecimento eletrônico. É uma reação química surpreendente! E a melhor parte é que ele pode ser tratado, usado e lavado normalmente!

colete que aquece
Imagem reproduzida de TechBreak

Como é isso? Bem, o colete Entropy Veste é cheio de tubos preenchidos com um composto químico que pode armazenar e liberar energia. Enquanto está na fase líquida, a peça permanece fria. Mas no momento em que o usuário pressiona um botão, o líquido começa a mudar sua estrutura, liberando calor à medida que a reação progride pelo sistema vascular do colete, transformando-se em um “gel confortável”, que pode aquecer até 40 graus Celsius. Assim, à medida que o corpo naturalmente começa a aquecer com a sua atividade. o colete também aquece.

Para finalizar, o Entropy Veste é reutilizável. Contudo, os especialistas acreditam que seu desempenho pode diminuir um pouco após muitos anos de uso. Por isso, é uma tecnologia ainda em aprimoramento. O que achou? Escreva nos comentários!

colete que aquece
Imagem reproduzida de el confidencial
colete que aquece
Imagem reproduzida de el confidencial

Fontes: Super Interessante, El Confidencial.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Antes de tudo, você sabe o que é Artemis I? Bem, este é o nome ao qual é popularmente conhecida a Missão de Exploração-1 ou EM-1 de introdução do programa espacial Artemis, desenvolvido pela NASA junto a empresas de voo espacial comercial norte-americanas e parceiros internacionais. O mesmo tem por objetivo levar o homem de volta à Lua até 2024 – algo que não acontece desde a Apollo 17, em 1972. Já a longo prazo, estabelecer a presença da nossa raça da forma sustentável no satélite natural, numa construção de economia lunar. E, mais tarde, se possível, enviar humanos para Marte.

Artemis I
Imagem reproduzida de CNN Brasil

Contagem regressiva para Lua

Na verdade, com financiamento já aprovado pelo Congresso Americano desde o governo Trump, a campanha como um todo deve usar várias naves. Especialmente a Artemis I, deve se valer do Space Launch System (SLS) e de módulos lunares comercialmente desenvolvidos. O lançamento já precisou ser adiado, mas agora está previsto para a madrugada do próximo dia 16 de novembro, a partir do Complexo 39 de lançamento do Centro Espacial Kennedy, sob a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço.

Artemis I
Imagem reproduzida de Minuto Mais
Artemis I
Imagem reproduzida de GeekZilla

Este será um ensaio NÃO tripulado para envio de astronautas à Lua, mais um importante teste para a cápsula Orion; e, se tudo der certo, a cápsula voltará dia 11 de dezembro e, depois, será destinada a transportar humanos. Mas o que chama atenção no projeto é a montagem do SLS, com uma mistura de tecnologias – inclusive estruturais – novas e antigas, criadas nos anos 70, para os ônibus espaciais. Este foi um pedido do Congresso, para evitar gastos. Mas será que isso foi uma boa ideia, sobretudo depois do acidente com o Columbia, em 2003? O que você acha?

Artemis I
Imagem reproduzida de 360 News

Os custos do lançamento da Artemis neste estágio giram em torno de US$ 4 bilhões. E a Artemis III deverá ocorrer em 2025. Este será o primeiro pouso lunar tripulado do século XXI! Vamos manter os dedos cruzados!

Quer acompanhar o lançamento da Artemis I? Indicamos o link a seguir!


Fontes: UOL.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Grandes empresas que lidam com comércio eletrônico estão preferindo, para conseguir atender sua demanda, mantendo ou até melhorando a qualidade e velocidade de seus serviços, usar robôs para manuseio dos produtos, atuando em conjunto com funcionários. A exemplo da Amazon, que tem desenvolvido em seu laboratório de robótica em Boston, nos Estados Unidos, máquinas especiais para automatização de seus centros de distribuição. Saiba mais no texto a seguir!

Projeto “Delivering the Future”

“Entregando o futuro”, este é o novo slogan de trabalho da empresa do bilionário Jeff Bezos, pioneira da distribuição, com tecnologia própria e produção norte-americana. É um jeito de traduzir seus planos ambiciosos, de crescer exponencialmente nos próximos cinco anos. ‘Inovação e Manufatura’ traduz este novo momento de desenvolvimento das suas atividades! Mas o que muitos questionam é como tudo isso será conduzido a longo prazo, sobretudo com relação ao trabalho humano dentro dos armazéns da companhia. Será que os funcionários acabariam prejudicados no fim das contas, com perdas maciças de postos de trabalho?

Bem, de acordo com a Amazon, não, os robôs não tomarão os lugares das pessoas. Contudo, alguns dizem que isso são só gotas d’água jogadas sobre uma grande fogueira. De acordo com os acionistas, a aposta não é das máquinas substituindo pessoas, mas aliviar tarefas mais pesadas em depósitos; ou seja, pessoas e máquinas trabalhando juntos, colaborando para fazer um trabalho. Contudo, especialistas garantem que ações como esta podem acabar mal; na verdade, aumentando a carga e o ritmo de trabalho, com autocontrole dos trabalhadores.

Novas tecnologias aprimoradas pela Amazon

Robô Sparrow

Mais de 70% das encomendas da Amazon são manipuladas por algum tipo de robô. Por falar nisso, uma das novas tecnologias testadas recentemente é o robô Sparrow, capaz de manipular objetos com grande destreza, ainda detectando e selecionando os produtos com enorme rapidez. Tudo isso com ajuda de câmeras embutidas, que identificam itens na esteira e fazem, na sequência, a distribuição nas cestas empacotadoras.

amazon
Imagem reproduzida de Fortune
amazon
Imagem reproduzida de Tecnoblog

Modelos de drones

Claro que existem hoje outros programas tecnológicos sendo conduzidos pela Amazon em seu centro de pesquisas, incluindo, além de robótica, desenvolvimento de inteligência artificial, simulação 3D, design de protótipos e mais. E, nessa linha, pensando na redução no intervalo de distribuição e entrega de produtos, a companhia também tem investido na produção de drones. Aliás, a perspectiva é que, até o final deste ano, já se comece a fazer entrega de pacotes com drones em localidades na Califórnia e no Texas, Estados Unidos.

amazon
Imagem reproduzida de TechTudo
amazon
Imagem reproduzida de Olhar Digital
amazon
Imagem reproduzida de G1 – Globo
amazon
Imagem reproduzida de G1 – Globo

Não é só a Amazon que usa robôs para otimizar seu trabalho. O vídeo a seguir dá uma mostra de como andam as atividades dentro dos galpões de entrega da AliExpress. Confira!

https://www.instagram.com/reel/Cji2wlbMnfL/

Fontes: G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Foi nesta segunda-feira, 14 de novembro de 2022. Ao final do dia, a torre do Aeroporto Santos Dumont registrava ventos próximos a 54 km/h; na verdade, o Rio de Janeiro já estava em estágio de mobilização desde o início da tarde. Logo um graneleiro mal fundeado na Baía de Guanabara – há muito tempo abandonado no local – ficou à deriva e atingiu a Ponte Rio-Niterói. A mesma já estava totalmente fechada às 18h25. Ainda na mesma noite, o prefeito Eduardo Paes usou as redes sociais para dar atualizações sobre a situação da estrutura, dizendo que a avaliação em três pilares da ponte não detectou qualquer avaria.

Ponte Rio-Niterói
Imagem reproduzida de Rápido no Ar
Ponte Rio-Niterói
Imagem reproduzida de Monitor Mercantil

Primeiras impressões da situação da Ponte Rio-Niterói

Parece que uma equipe técnica vistoriou os pilares 71, 72 e 73 da Ponte Rio-Niterói. E, de fato, não parece haver avaria na estrutura (infra e meso). A avaliação nos aparelhos de apoio estão indicando danos de pequena monta – poucos críticos. Especialistas em Engenharia acreditam que provavelmente a parte de cima do navio, chamada de superestrutura, não tenha conseguido alcançar a ponte. Por isso, acredita-se que logo o tráfego possa ser parcialmente liberado.

Agora, como a embarcação não atingiu a Ponte Rio-Niterói? Bom, é porque a estrutura possui, nos seus pilares, defesas, sendo outros pilares construídos ao redor do pilar principal de sustentação. Isso pode ter impedido a colisão do cargueiro com a pista, ou seja, a parte principal da ponte. Então, por hora, a primeira impressão é de que não há consequências mais graves.

Ponte Rio-Niterói
Imagem reproduzida de Meia Hora
Ponte Rio-Niterói
Imagem reproduzida de Ligado em Campos
Ponte Rio-Niterói
Imagem reproduzida de O Globo

De todo modo, a EcoRodovias está checando no detalhe o impacto da colisão na estrutura da ponte. Qualquer dano precisará ser apurado. Até porque os problemas, se não agora, podem aparecer a longo prazo. E vale lembrar que qualquer desabamento colocaria vidas em risco e impediria os carros e navios de transitar no local. Na verdade, o melhor mesmo é que, até que seja feita uma análise muito criteriosa da estrutura da Ponte Rio-Niterói, não seria recomendado o uso da mesma.

Ponte Rio-Niterói
Imagem reproduzida de Poder360

Fontes: Globo, IG, G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Sol é fonte de luz primária, um corpo luminoso; já a Lua é fonte secundária. Então, a nossa Lua não brilha, nem os planetas ao nosso redor, nem a Terra. Mas esses corpos refletem a luz dessa estrela central do Sistema Solar. Só que esse nível de reflexão vai depender, do mesmo modo como observamos em peças feitas de diferentes materiais – por exemplo, placas de madeira e placas de metal refletem diferente. Acontece que essa capacidade de reflexão ou o “brilho” da Terra está diminuindo. E os cientistas garantem que isso tem muito a ver com as mudanças climáticas.

Por que o ‘brilho’ da Terra está diminuindo?

Infelizmente, muitos dos impactos das mudanças climáticas são devastadores e cada vez mais evidentes para a ciência.

Já sabemos das grandes inundações, ventos fortes e… agora, parece que também o planeta mais escuro. Isso foi constatado em pesquisa do Big Bear Solar Observatory, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, com base em medições da luz solar refletida da Terra para a parte escura da Lua à noite. Isso confirmou que a cobertura de nuvens baixas está diminuindo devido ao aquecimento da temperatura do oceano, consequentemente a refletividade da Terra.

mudanças climáticas
Imagem de Freepik

Outros “sintomas” das mudanças climáticas

1. Degelo em permafrosts

Permafrost é um terreno comum em regiões com montanhas altas e nas latitudes mais altas da Terra, completamente congelado (a – 0 ° C ou mais frio), neste estado por pelo menos 2 anos seguidos. Desse jeito são zonas da província russa Sibéria. E, recentemente, cientistas locais registraram temperaturas mais quentes do solo, que vêm provocando explosão espontânea de bolsões subterrâneos de gás. Este é um dos sinais das mudanças radicais que nosso planeta tem passado.

mudanças climáticas
Imagem de wirestock em Freepik

Veja Também:

Engenharia Civil sob Ameaça: O Impacto da Mudança Climática nas Fundações de Prédios

Nota Importante:

Recentemente, simulações computacionais mostraram que a liberação de patógenos do degelo do permafrost pode causar um impacto ambiental chegando a matar 1/3 da biodiversidade em alguns casos.

Como dito antes, o derretimento das geleiras e do permafrost é impulsionado pelas mudanças climáticas, liberando microorganismos e patógenos antigos que podem representar riscos para as espécies modernas.

Embora o risco pareça pequeno (1% dos casos), o constante derretimento do permafrost aumenta a probabilidade de liberação regular desses micróbios antigos, representando um risco sério e real de danos ecológicos. Os cientistas enfatizam a importância de entender esses riscos e se preparar para possíveis invasões patogênicas, buscando também evitar o degelo do permafrost ao máximo possível.

Veja Também: Geoengenharia: será que ‘bloquear o Sol’ ajudaria a reduzir temperaturas globais?

2. Animais mudando de sexo

Os animais também sofrem, claro, com as mudanças climáticas. Seu organismo se esforça para se adaptar às alterações de temperatura, oferta de alimentos e mais – embora tudo isso esteja acontecendo mais rápido do que a natureza poderia adequadamente se preparar, como foi ao longo dos séculos. E os cientistas já repararam que, por isso, diversas criaturas, como répteis dragões barbudos, da Austrália, estariam mudando o sexo quando são incubados a uma certa temperatura, tornando os machos cada vez mais raros à medida que o mundo aquece, possivelmente os levando à extinção.

Já nos oceanos e em outros biomas no mundo, os problemas identificados foram outros, porém ainda bastante graves. Com os níveis crescentes de dióxido de carbono do gás de efeito estufa, os peixes estariam perdendo o olfato; e sendo menos sensíveis ao ambiente, não conseguiriam encontrar alimento. Sem contar, em diversas partes do mundo, filhotes de aves eclodindo dos ovos antes do tempo. Por fim, as mudanças recorrentes da cadeia alimentar atingem de pequenas larvas a grandes mamíferos.

mudanças climáticas
Imagem de kuritafsheen77 em Freepik

3. Alimentos em falta

O clima, em meio a estas mudanças climáticas, está também dificultando o cultivo de alimentos por todo o mundo. Alimentos básicos como trigo, milho e café já estão sendo afetados. E especialmente nos últimos anos, houve uma notável escassez em todos os países, elevando os preços nos supermercados. Chegou ao ponto da empresa Huy Fong Foods publiar uma nota esclarecendo aos seus clientes sobre a dificuldade de produção das suas garrafas de molho de pimenta – em comparação, é como o “molho especial” do McDonalds.

mudanças climáticas
Imagem de Freepik

4. Escassez de água

Para finalizar, as mudanças climáticas estão até mesmo dificultando os esforços para reduzir as emissões de carbono. Recentemente, o Grupo EDF, que também atua no Brasil, precisou reduzir a produção de usinas nucleares na França, porque não havia água fria suficiente nos rios franceses. Isso também foi sentido no nosso país entre 2020 e 2021, com a diminuição do volume de chuvas, situação agravada pelo desmatamento desenfreado das florestas.

mudanças climáticas
Imagem de jplenio1 em Freepik

As mudanças climáticas foram tema chave da COP27, que ocorre neste ano, no Egito. A afirmação dos cientistas é de que precisamos diminuir drasticamente os impactos que causamos na natureza. Se o mundo continuar, nessa velocidade, aquecendo, provavelmente iremos testemunhar logo outras consequências inesperadas e surpreendentes.

Veja Também:


Fontes: G1.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, por conta dos conflitos mundiais – especialmente relacionados às disputas territoriais e financeiras -, temos ouvido mais sobre a Coreia do Norte. Contudo, sabemos muito pouco sobre este país. Isto porque, nos anos de 1950, durante uma guerra, o território da Coreia foi dividido em duas partes, sendo a sul apoiada pelos Estados Unidos e a norte pela Rússia. Esta última, desde então, encontra-se quase completamente fechada para o mundo externo, sendo atualmente governada por Kim Jong-un.

coreia do norte
Imagem reproduzida de Architectural Digest
coreia do norte
Imagem reproduzida de The Real Deal

Se é possível fazer turismo na Coreia do Norte? Sim! Mas apenas por poucas agências chinesas. O controle de fronteira é bastante rigoroso – e até bastante perigoso para nós, por diversas razões. A ideia do país é evitar que estrangeiros entrem com informações que possam influenciar a população a pensar que o que vivem é uma inverdade e que poderia haver uma realidade melhor sem o seu Líder Supremo. Para eles, não existe essa globalização. Todo o produto interno é controlado, incluindo a Internet, a Telefonia, os livros, os periódicos e mais.

A construção do pensamento arquitetônico

Então, você deve estar se perguntando como seria a construção do pensamento dessas pessoas. Se elas nunca viram ou não costumam ver qualquer imagem de Nova York, Dubai, Cairo, São Paulo, Roma, Tóquio, Paris, entre outras cidades; se nunca estudaram ou estudam de modo distorcido obras como o Empire State, a Torre Eiffel, a orla de Copacabana, e mais; se não têm como desenvolver, por falta de insumos, técnicas contemporâneas de construção; como planejam sua Arquitetura e Engenharia Civil? De fato, isto é bem intrigante!

Já ouviu falar na Alegoria da Caverna, de Platão? Talvez seja assim! Contudo, não quer dizer que, estando praticamente presos dentro da Coreia, essas pessoas não desenvolvam boas obras de Arquitetura e Engenharia Civil. Afinal, elas têm inteligência, frequentam escolas, e muitos chegam até a receber permissão para eventualmente estudar brevemente fora do país – é raro, mas acontece. Infelizmente, seus projetos arquitetônicos refletem algumas noções de como o regime opera.

coreia do norte
Imagem reproduzida de Los Angeles Times – Wong Maye-E (https://www.latimes.com/world/asia/la-fg-north-korea-architecture-20160520-snap-story.html)
coreia do norte
Imagem reproduzida de Los Angeles Times – Wong Maye-E (https://www.latimes.com/world/asia/la-fg-north-korea-architecture-20160520-snap-story.html)
coreia do norte
Imagem reproduzida de RTF – Rethinking The Future – © wikimapia.org – http://wikimapia.org/635082/Central-Youth-Hall
coreia do norte
Imagem David Stanley reproduzida de Wikipedia – https://da.m.wikipedia.org/wiki/Fil:Kim_Il-sung_University.jpg

A Era Moderna da Coreia do Norte

O modernismo do design e planejamento urbano na Coreia do Norte começou em 1950. Ao final da guerra, a capital Pyongyang estava quase que em ruínas. A solução do governo foi destruir o que restara, deixando o terreno plano para a construção de uma nova cidade, com ideologia mais de acordo com o novo regime. Todo o projeto foi baseado em influências soviéticas, chinesas e no próprio ideal norte-coreano de valorização dos aspectos experimentais e formais da concepção arquitetônica.

Sim, é como se a Coreia do Norte quisesse se reencontrar em meio ao caos, entendendo como seria dali por diante. ‘Rigor’ talvez seja a palavra que melhor traduz este novo momento do país. Pyongyang passou a ter ruas com grandes bulevares alinhados por edifícios em tons pastéis, dando a sensação de uniformidade constante. Inclusive, todos esses princípios de planejamento urbano estão discriminados no texto ‘Sobre Arquitetura’, de 1991, com 160 páginas escritas por Kim Jong-il.

“A condição básica para harmonizar todo o espaço arquitetônico da cidade (…) é o foco na estátua do líder e assegurar que ela exerça o papel principal na formação arquitetônica da cidade.” – trecho de ‘Sobre Arquitetura’.

coreia do norte
Imagem reproduzida de ArchDaily
coreia do norte
Imagem reproduzida de ArchDaily

O design das novas construções

O concreto é o material mais utilizado nas grandes construções da Coreia do Norte, a maioria de inspiração soviética, com design que tenta expressar riqueza e glória. Alguns traços de seu desenho parecem realmente exagerados, evoluindo lentamente ao longo dos últimos anos. Mesmo assim, não é permitido aos projetistas se afastar do ideal de beleza arquitetônica moderna do partido, tampouco do espírito da identidade nacional. Quem tenta é exilado e supostamente assassinado.

Fracassos

O regime da Coreia do Norte dita não apenas os desenhos, mas também as velocidades em que se pretende que suas execuções aconteçam. Mas até que os norte-coreanos podem ser bem ambiciosos às vezes. Contudo, nem sempre esse desejo, da maneira como as coisas são conduzidas, leva ao sucesso. Devemos citar o edifício de apartamentos de 23 andares que colapsou em Pyongyang no ano de 2014, matando centenas de pessoas. E o famoso Hotel Rygong, em forma de pirâmide, repleto de falhas arquitetônicas, que permaneceu como uma carcaça deteriorante até 2008 sendo recoberto em vidro por uma companhia egípcia de telecomunicações. Ele abriu uma celebração de Kim Il-sung em 2012; porém, está longe de estar concluído e continua completamente isolado.

coreia do norte
Imagem reproduzida de Los Angeles Times – https://www.latimes.com/world/asia/la-fg-north-korean-architecture-pictures-photogallery.html
coreia do norte
Imagem de AP reproduzida de Business Insider – https://www.businessinsider.com/north-korean-architecture-tour-2017-5

Sucessos

Mas será que tudo foi mal feito na Coreia do Norte? Claro que não! Neste momento, podemos citar o estádio May Day, em forma de um paraquedas de prata apanhado em pleno voo, com selo FIFA e – diz o governo – tem a maior capacidade de lugares no mundo. Porém, “dentro do estádio, e também em outros edifícios mais recentemente renovados na capital, as instalações atléticas têm uma simetria axial repetitiva e uma consistente paleta de cores pré-escolares, dando uma sensação sinistra de entrar numa casa de bonecas em tamanho real” – trecho de texto de ArchDaily.

coreia do norte
Imagem reproduzida de FutDados

As limitações para a Arquitetura e Engenharia Civil

O que impede hoje a Coreia do Norte de construir projetos mais grandiosos e ousados? Bem, a disponibilidade dos materiais na região! Quer dizer que muito do estilo de arquitetura desenvolvido vem dessa consciência sobre a forma como o seu governo comunista opera. Enfim, o design precisa se adaptar a isso, sem contar a essa necessidade constante de idolatria de seus líderes. Resumindo, é a ilusão de uma mini sociedade utópica, que usa muitas vezes a Arquitetura e Engenharia Civil como cortina de fumaça que encobre a sua triste realidade controlada por um regime extremo.

coreia do norte
Imagem reproduzida de Business Insider – https://www.businessinsider.in/tech/26-photos-that-show-north-koreas-obsession-with-weird-huge-buildings/slidelist/58520265.cms
coreia do norte
Imagem de © Oliver Wainwright/Courtesy of TASCHEN reproduzida de Architectural Digest – https://www.architecturaldigest.com/story/inside-north-korea-architecture

Observação: Em uma reportagem especial do jornal O Globo, em julho de 2023, foi revelado que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, leva uma vida extravagante no país, desfrutando de viagens em iates de luxo, supercarros, utilizando smartphones dobráveis e apreciando vinhos franceses. Esses luxos certamente contrastam fortemente com a vida dos demais cidadãos da república, não é mesmo?

Veja Também:


Fontes: ArchDaily.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Neste artigo do Engenharia 360, abordaremos os programas de REDD, que estão gradualmente se integrando ao nosso cenário financeiro. Surpreendentemente, as florestas, historicamente fundamentais na regulação do clima global, estão perdendo sua eficácia na absorção do dióxido de carbono devido ao desmatamento constante. Isso é preocupante, já que o dióxido de carbono é o principal gás de efeito estufa.

Já arrancamos metade das árvores do mundo e continuamos a matar, sobretudo para criar áreas de pasto para gado, e usar de modo não sustentável as florestas para a produção de commodities.

Plano para um crescimento econômico global mais sustentável

Há quase vinte anos o alerta vermelho já tinha sido dado quanto a isso. Inclusive, em 2007, na COP13 – Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima -, em Bali, na Indonésia, foi lançado o termo REDD, como sendo algo fundamental para os esforços de combate aos efeitos das mudanças climáticas globais. Seria, em resumo, um mecanismo econômico para quantificar os esforços dos países via:

  • redução das emissões de gases de efeito estufa,
  • redução de desmatamento e degradação florestal,
  • conservação, manejo sustentável de florestas,
  • e aumento dos estoques de carbono florestal.

Depois, entre a COP16, em Cancun, e a COP19, em Varsóvia, foi definido um conjunto de aspectos metodológicos, institucionais e de financiamento para pagamento por resultados REDD a países em desenvolvimento que apresentaram reduções verificadas de emissões de gases de efeito estufa ou aumento de estoque de carbono. Desde então é que realmente começaram a ser estruturados primeiros projetos REDD.

Redd + mecado de carbono
Imagem de vecstock em Freepik

Entendendo o que é REDD

REDD quer dizer ‘Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation’ ou ‘Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas’. Isso envolve principalmente incentivos de mercado e financeiros – pagamento por resultados. Nessa linha, os projetos devem trabalhar com as comunidades para reestruturar as economias locais em direção ao uso sustentável da terra e à conservação da floresta. Sendo que o ponto chave é a “venda das Reduções Verificadas de Emissões”, que ajudaria a financiar atividades de desenvolvimento sustentável de baixo carbono.

Vale lembrar que os planejadores devem apresentar os projetos REDD, bem como seus desempenhos, de forma transparente e responsável!

Veja Também: O caminho para um reflorestamento eficiente: as 10 regras de ouro

Como deve funcionar o mercado de carbono

Num primeiro momento, a intenção é de que os países colaborem de forma voluntária para alcançar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), ou seja, as contribuições de cada signatário do Acordo de Paris para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Seria importante que todos buscassem soluções para a redução de emissões de carbono baseadas na natureza. Mas, sem conseguir isso, seria possível conseguir compensação por meio de créditos gerados por quem superou as suas metas.

Em meio a tudo isso, ainda se espera que os governos façam seu próprio gerenciamento de abordagens políticas e promovam atividades relacionadas ao tema.

Projetos REDD podem levar alguns anos para serem colocados em prática, até porque o mercado precisa ser operacionalizado para isso. Já os resultados são reconhecidos por sua estratégia, nível de referência e sistema nacional, transparência, relato de atividades, e respeito à soberania de cada país. Esses projetos não precisam partir de governos, mas de um mercado voluntário, com desenvolvedores que projetam essa comercialização de créditos – inclusive empresas, para compensar a pegada ecológica de suas atividades econômicas.

Aqui, no Brasil, quem controla este setor do mercado é a Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+).

Redd + mecado de carbono
Imagem de wirestock em Freepik

Bônus | O que é ENRED+

O ENREDD+ é a Estratégia Nacional, segundo o Ministério do Meio Ambiente, perante a sociedade brasileira e os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), de como o governo brasileiro pretende estruturar os seus esforços. E mais, como pretende aumentá-los nos próximos anos – seja com ações de prevenção, controle ou eliminação do desmatamento, planos de conservação e recuperação dos ecossistemas, fomento ao desenvolvimento sustentável e mais.

Redd + mecado de carbono
Imagem reproduzida de Redd+ Brasil – Ministério do Meio Ambiente

Isso tudo é de interesse econômico, social e ambiental! Afinal, qual a sua avaliação do Brasil nesta “roda”? Escreva nos comentários!


Fontes: Sequestra Carbono, Exame.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.