Mudanças climáticas sugerem que os EUA devem investir em obras de infraestrutura
por Kamila Jessie | | ATUALIZADO EM 3min
Grande parte das rodovias, pontes, tubulações de água, portos, ferrovias e linhas de transmissão elétrica americanas foram construídas há mais de meio século e, em muitos casos, estão em más condições. O cenário da infraestrutura se torna ainda mais alarmante quando a crise climática entra em jogo, principalmente quando a informação é corroborada pela ASCE, a Sociedade Americana de Engenheiros Civis.
Fortes tempestades em fevereiro fizeram com que partes de uma rodovia da Califórnia cedessem. Imagem: Rich Pedroncelli.
Infraestrutura pesada e custo também
Essa demanda por obras de grande porte coloca o quadro de engenheiras e engenheiros de olhos abertos, em busca de oportunidades, principalmente voltadas para inovação no setor. Contudo, tratando de recursos financeiros, a ASCE estimou uma diferença de US $ 1,4 trilhão entre o financiamento disponível e a quantia necessária para manter, reconstruir ou desenvolver a infraestrutura dos EUA entre 2016 e 2025. Esse número chega a US $ 5 trilhões até 2040. Com isso, a gente se pergunta quando que a injeção de dinheiro vai realmente acontecer e alocar profissionais do setor, tanto nos EUA quanto, quem sabe, demais engenheiras e engenheiros do globo.
Esse custo não é nada trivial, além de más notícias para nossa capacidade de lidar com os perigos iminentes da emergência climática, que consiste fundamentalmente em um problema de infraestrutura. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa dos EUA, em consonância com os esforços globais para lidar com os passivos das mudanças climáticas, exigirá investimentos anuais em tecnologias limpas e uma grade moderna para aumentar em dez vezes até 2030, de US $ 100 bilhões para US $ 1 trilhão, segundo um relatório de 2015 realizado pelo Deep Decarbonization Pathways Project.
O termo “descarbonização” nos é familiar, na medida em que algumas empresas, como a Microsoft, têm realizado investimento massivo no setor. Mas, ao tratar de infraestrutura, as coisas são um pouco mais demoradas. A China pode até construir um hospital em dez dias, mas nós conhecemos a realidade, por exemplo, das obras no Brasil. No caso dos Estados Unidos, o fator motivador para o novo olhar na infraestrutura é principalmente a questão climática, então há muitas questões paralelas atuando como entrave.
A Guarda Nacional do Texas deslocou-se para áreas inundadas em torno de Houston após o furacão Harvey. Imagem: National Guard.
A última avaliação climática dos Estados Unidos revelou que, para que o país se prepare em termos de infraestrutura para as questões climáticas, que agora não podem ser evitadas, devem ser reforçadas proteções costeiras, além de reconceber alguns sistemas de abastecimento e tratamento de água e coleta de resíduos. Mais ainda: o National Climate Assessment menciona a necessidade de reforçar a infraestrutura de transporte e realocar casas e empresas para a expansão das zonas de inundação e incêndio. Em resumo, é um investimento grande para lidar com coisas grandes.
No time, brother
A própria redação do MIT coloca que, dados esses custos altos e prazos apertados, não podemos nos dar o luxo de levar décadas para construir – muito menos não construir – um projeto. No cenário americano, a infraestrutura tradicional já tem apresentado algumas falhas em proteger de eventos extremos que as mudanças climáticas provavelmente amplificaram e não adianta negar. Além disso, eles não estão falando de pequenos reparos: a atualização dos sistemas de água potável, tratamento de águas residuais e águas pluviais do país custará mais de US $ 600 bilhões nas próximas décadas.
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.
Pesquisadores criam painel noturno para gerar energia sem luz solar
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2min
Estamos mais que acostumados a ver sistemas fotovoltaicos cujas placas absorvem luz solar e geram energia. O problema é que esse processo normalmente só acontece durante o dia. Para solucionar isso, alguns pesquisadores desenvolveram um painel noturno que, como o nome já indica, gera energia durante a noite.
Um dos responsáveis pela pesquisa é Jeremy Munday, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da University of California, em Davis. Ele desenvolve protótipos de células fotovoltaicas noturnas que podem gerar pequenas quantidades de energia.
O processo é semelhante ao funcionamento de uma célula solar normal, mas ocorre ao contrário. Sabe-se que um objeto com maior temperatura que o ambiente ao seu redor irradia calor na forma de luz infravermelha. Uma célula solar convencional possui menor temperatura que a do Sol e, portanto, absorvem a luz solar, transformando-a em energia.
Uma célula solar ou fotovoltaica convencional (esquerda) absorve fótons de luz do sol e gera uma corrente elétrica. Uma célula termorradiativa (direita) gera corrente elétrica ao irradiar luz infravermelha (calor) em direção ao frio extremo do espaço. Imagem: techexplorist.com
No caso da célula fotovoltaica desenvolvida pelos pesquisadores, eles usaram um conceito fotovoltaico alternativo que usa a Terra como fonte de calor e o céu noturno como dissipador de calor. O espaço é muito frio e, se você apontar um objeto quente para o céu, ele vai irradiar calor nessa direção.
Eles usaram uma célula termorradiativa que gera energia irradiando calor para o ambiente. À medida que o calor flui da Terra para o espaço, ele é captado e convertido em energia. Para que isso aconteça, é preciso usar materiais que capturem luz com um comprimento de onda longo.
Esse painel noturno é capaz de gerar até 50 watts de energia por metro quadrado durante a noite (em condições ideais). Isso é cerca de um quarto do que um painel solar convencional pode gerar durante o dia.
Painel noturno desenvolvido pelos pesquisadores. Imagem: intelligentliving.co
Segundo o professor Munday, “Uma célula solar regular gera energia absorvendo a luz solar, o que faz com que a tensão apareça através do dispositivo e a corrente flua. Nesses novos dispositivos, a luz é emitida e a corrente e a tensão vão na direção oposta, mas você ainda gera poder. Você precisa usar materiais diferentes, mas a física é a mesma.”
O interessante é que esse dispositivo também poderia funcionar durante o dia, se você apontá-lo para longe do Sol. Assim, o painel noturno conseguiria operar vinte e quatro horas por dia e equilibrar a rede elétrica ao longo do ciclo dia e noite. O artigo com a pesquisa completa foi publicado na revista ACS Photonics com o título: Nighttime Photovoltaic Cells: Electrical Power Generation by Optically Coupling with Deep Space.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Entenda os fatores envolvidos nos alagamentos em Belo Horizonte
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 6minImagem: noticias.uol.com.br
O ano de 2020 não começou nada fácil (e parece que o de 2022 também) para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Além de suspeita de casos de coronavírus e de lotes de bebida contaminada, a cidade ficou alagada durante vários temporais históricos.
O total de chuva em Belo Horizonte no mês de Janeiro foi de 923,3 milímetros, um recorde na cidade. Antes disso, a maior chuva acumulada era de 1985, quando o total foi de 850,3 milímetros. A maior parte dessa chuva caiu em um curto intervalo de tempo, deixando um cenário trágico para trás.
Imagem: otempo.com.br
Até o momento, 57 pessoas morreram em Minas Gerais, 44.929 estão desalojadas e 8.259 estão desabrigadas. Vale destacar que outras cidades mineiras, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo também enfrentaram problemas provenientes da chuva.
Planejada, mas não tudo
Belo Horizonte é uma das poucas cidades planejadas no Brasil. Ela projetada por Aarão Reis, que teve como base cidades europeias, rompendo o traçado ortogonal até então comumente encontrado nas demais cidades. A sua inauguração ocorreu em 1897.
Porém, a área realmente planejada é mais central e fica dentro da Avenida do Contorno, muito pequena comparada ao tamanho atual da cidade. Na época do seu planejamento, pensou-se em tudo: transporte, saneamento, saúde e educação.
Imagem; wikipedia.org
Fora da área da Contorno havia uma espécie de cinturão verde que abastecia a cidade e cujo planejamento viria mais tarde, quando a cidade começasse a crescer. Os responsáveis pelo projeto só não pensaram que a cidade cresceria tão rápido ou que, talvez, o projeto de cidades europeias não seria o ideal para a topografia da capital mineira.
Assim, Belo Horizonte cresceu rápido demais e as áreas fora da Avenida do Contorno ficaram sem a infraestrutura necessária. Só por aí já dá para perceber que os problemas relacionados ao planejamento urbano não tardariam a aparecer.
Fenômenos naturais
Fenômenos naturais catastróficos podem ser raros em determinadas regiões, mas eles acontecem. Quando pensamos nele no sentido da Engenharia, somos remetidos ao período de retorno (também chamado de intervalo de recorrência ou tempo de recorrência). Ele é o período estimado entre a ocorrência de fenômenos naturais.
Imagem: hojeemdia.com.br
Na prática, o período de retorno é o tempo médio que um evento se repete ou é superado. Um exemplo é: a vazão do rio X é maior que 45m³/s a cada 100 anos.
No caso de Belo Horizonte, o volume de chuvas de Janeiro foi o maior dos últimos 110 anos. Para aguentar tanta chuva seria preciso um planejamento urbano impecável, o que é praticamente impossível de se conseguir em poucos dias a partir da previsão de chuvas. Ainda, apesar de o foco deste texto ser a capital mineira, outras cem cidades decretaram estado de emergência.
Os rios escondidos
Belo Horizonte, assim como várias cidades brasileiras, está sobre vários corpos hídricos. Muitos rios foram canalizados e, com o aumento da vazão devido às chuvas, não tem asfalto que aguente.
Imagem: curraldelrei.blogspot.com
Há, na cidade, rios canalizados desde a década de 1920, quando tinha-se a ideia de que canalizar e concretar era a melhor solução. A Avenida dos Andradas, por exemplo, na capital mineira, fica sobre o Rio Arrudas. Com as chuvas, o resultado foi o estouro de diversos condutos e bueiros.
Seria preciso um grande projeto para reabilitar a rede hidrográfica de Belo Horizonte. Isso pode gerar uma parceria entre órgãos públicos, universidades, pesquisadores, estudantes e empresas privadas.
O risco geológico
Nos últimos dias, a defesa civil de Belo Horizonte soltou vários alertas relacionados ao risco geológico. Isso acontece porque as chuvas encharcam o solo e aumentam o risco de deslizamentos, desabamentos e quedas de muros.
Em chuvas torrenciais, o risco geológico costuma ser mais preocupante que o alagamento das ruas. Nesses casos, órgãos como a defesa civil e outros estaduais e municipais visitam áreas de risco e pedem que a população se retire das residências, o que nem sempre acontece.
Imagem: tconline.com.br
O problema da retirada de moradores é grande. Há os que não têm lugar para ficar ou se recusam a ir para locais temporários (como escolas) ou casas de parentes, há os que retornam para a residência acreditando que o risco acabou porque a chuva parou, há os que não querem perder tudo que têm em casa e mais situações que podem levar a tragédias.
É preciso trabalhar com uma abordagem voltada para o lado social e pensar em soluções que sejam melhores para a população. Não adianta só solicitar que a pessoa saia de casa sem dar o devido suporte, bem como é preciso lembrar que aquela casa no alto da encosta pode ser o maior bem material que ela tem (mas que ele não vale mais que uma vida).
O papel da drenagem urbana
Segundo a Lei 13.308/2016, a drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização das respectivas redes urbanas são caracterizadas como o “conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas”.
Quando falamos sobre drenagem urbana, há quem pense que o ideal é escoar a água para longe o mais rápido possível, o que é um grande problema. Se a água escoa rapidamente, significa que uma hora ela vai parar em algum lugar, que são normalmente os pontos mais baixos a jusante. Isso pode contribuir para que essas áreas fiquem alagadas e para que corpos hídricos transbordem, causando inundações.
Imagem: otempo.com.br
Para evitar esses problemas, a urbanização e a ocupação do solo devem respeitar alguns fatores essenciais, como ter sistemas adequados de drenagem (na fonte, microdrenagem e macrodrenagem). As áreas verdes e solos permeáveis, por exemplo, permitem a infiltração de parte da água pluvial (evitando que ela escoe para outras áreas).
Se há muitas áreas impermeáveis, a tendência é de que a água escoe rápido, principalmente em chuvas de intensidade elevada. O resultado a gente já conhece bem: ruas alagadas. Por isso, é preciso que as cidades tenham um sistema de drenagem adequado, de modo que as consequências de chuvas torrenciais sejam minimizados.
As consequências para Belo Horizonte
A prefeitura de Belo Horizonte colocou em prática um plano emergencial para minimizar os problemas causados pelas chuvas. No entanto, nenhum plano seria suficiente para resolver todos os problemas causados pela quantidade de chuva que ocorreu sobre a cidade e região. Mesmo com esse plano emergencial em ação, o cenário de destruição posterior às chuvas é triste.
Imagem: noticias.uol.com.br
Os danos materiais são menos preocupantes, mas não foram poucos. O estrago foi grande e, em Belo Horizonte, várias ruas ficaram com crateras, com asfalto destruído, carros foram arrastados e destruídos em várias ruas e telhados desabaram. Esses problemas não se restringiram a regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura urbana, eles atingiram também regiões nobres da capital.
Na verdade, Belo Horizonte é uma das cidades mais citadas este ano, mas não é difícil ver que, nos anos anteriores, várias cidades brasileiras encararam os mesmos problemas. Há o argumento de que eventos catastróficos são raros e “não valem” o investimento, o que não é verdade. Se as cidades possuírem um bom preparo e boa infraestrutura, os danos podem ser minimizados e muitas vidas podem ser poupadas.
Imagem: otempo.com.br
Outro fator sempre citado nessas discussões é que fazer uma obra para a melhoria da infraestrutura da cidade do tamanho que ela realmente precisa levaria anos. Com a política renovada a cada quatro ou oito anos e diferentes ideias, é difícil levar um projeto completo a frente. Além disso, a verba pública parece estar sempre em falta.
O papel da Engenharia
Como engenheiros(as), arquitetos(as) e planejadores urbanos, precisamos estar cientes de todos os problemas que nos cercam e trabalhar com empenho e dedicação para resolvê-los. O ser humano também precisa saber ocupar o espaço urbano respeitando os elementos naturais e a força da natureza.
O exemplo mais claro disso é sobre a canalização de rios e córregos. É preciso respeitar os corpos hídricos que passam sob a cidade (e não somente concretar e esquecer que eles existem), manter espaços verdes, não construir em áreas de risco geológico, ter projetos dimensionados para o tamanho da cidade (e com manutenção/expansão adequada), etc.
Os fatores citados aqui (risco geológico, drenagem urbana, projetos para rios e córregos e planejamento urbano) são alguns que precisam ser cuidadosamente pensados. Com o preparo adequado, eventos climáticos fortes podem ter seus efeitos minimizados. Não adianta esperar várias décadas ou outros eventos para começar a agir, é preciso fazer isso agora.
Observação: este texto não está, de forma alguma, tratando de política e/ou culpando/retirando a culpa de prefeitos ou partidos. É um apanhado da situação real do ponto de vista da Engenharia.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
Virtus 200 TSI: o espaçoso sedã intermediário da Volkswagen | Review 360
por Eduardo Mikail | | ATUALIZADO EM 4min
Volta e meia nós estamos sempre fazendo o review de algum carro aqui no 360. E não é para menos: desde quando foram inventados, esses veículos mostram que são uma das grandes aplicações de Engenharia (e é justamente isso que a gente tenta mostrar nesses textos). Então, aperte o cinto porque lá vamos nós testar mais uma máquina. O escolhido da vez é o Virtus 200 TSI, da Volkswagen.
O Virtus 200 TSI é chamado de uma versão sedã do Polo que ganhou sua própria identidade. É com essa versão literalmente maior que a Volkswagen tenta sucesso no quesito sedã intermediário, depois de um histórico de carros que agradaram, mas que não venderam muito.
Motor e performance
Nós testamos a versão Highline, que possui um motor 1.0 TSI de três cilindros, com 128 cavalos de potência e torque de 20,4kgfm a 2000 rpm. O câmbio é automático de seis marchas. A versão Comfortline possui o mesmo motor, enquanto a 1.6 MSI tem 117 cavalos de potência.
O Virtus 200 TSI é capaz de acelerar de 0 a 100km/h em cerca de 9,6 segundos. A resposta do torque em baixa é boa e permite giro baixo em grande parte do tempo de direção.
Com relação ao consumo, na cidade, ele faz 7,8 km/l com álcool e 11,2km/l com gasolina. Na estrada, os valores chegam a 10,2km/l com álcool e 14,6km/l com gasolina. Esse consumo é bem parecido com o do Polo, mas a versão sedã (ou seja, o Virtus) ganha vantagem nesse quesito, consumindo um pouco menos devido à sua aerodinâmica.
A suspensão dianteira é tipo McPherson e com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal. A traseira é tipo eixo de torção, roda tipo semi-independente e molas também helicoidal.
Design
As dimensões do Virtus 200 TSI são: 4,482m de comprimento, 1,472m de altura e 1,751m de largura. Quem dá esse comprimento todo é a traseira mais prolongada. Ainda, para “esticar” o veículo, a equipe da Volkswagen (que inclui engenheiros) aumentaram a distância entre /eixos de 2,56m para 2,651m e usaram a plataforma MQB de modularidade.
Por dentro, apesar do material simples, o Virtus é elegante. Para o motorista, é confortável e fácil ajustar o banco e os retrovisores e a sensação de dirigir fica agradável.
Também não falta conforto para quem vai atrás: sobra espaço para as pernas e há encosto de cabeça para os três passageiros. Até mesmo os objetos que vão no porta-malas têm “conforto”: cabem 521 litros.
Tecnologia e segurança
No quesito segurança, há airbags (2 airbags dianteiros com desativação do passageiro e 2 laterais para os ocupantes dianteiros), alerta sonoro e visual de não utilização dos cintos de segurança dianteiros, apoios de cabeça com ajuste de altura e cintos de segurança de três pontos atrás (inclusive para o ocupante da posição central). Os freios são ABS e há distribuição eletrônica de frenagem.
A tela multimídia possui 8 polegadas e o ar-condicionado é digital “climatronic”. Alguns dos outros itens do Virtus 200 TSI são: sistema de acesso ao veículo Kessy, assistente para partida em aclive/subida, sensor de estacionamento traseiro e controle automático de velocidade.
Há um pacote Tech High que oferece sensor de estacionamento, comando de voz, câmera traseira, detector de fadiga, espelho retrovisor interno antiofuscante automático (eletrocrômico), sensor de chuva e crepuscular, sistema de navegação e outros itens. O pacote Beats Sound oferece porta-malas com sistema de ajuste variável de espaço, rede no porta-malas e sistema de som Beats com 4 alto-falantes, 2 tweeters, amplificador e subwoofer com ajustes especiais.
Preço
Um dos grandes problemas do Virtus 200 TSI é, talvez, seu preço, considerado elevado quando olhamos para acabamento interno e para os bancos em tecido. Sem complementos, ele chega a custar R$84.290,00. Para complementar, o pacote Tech High custa R$4.290,00 (totalizando R$88.580,00) e o Beats Sound custa R$2.160,00 (totalizando R$86.450,00) .
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
Baterias de grafeno mostram potencial de uso em um futuro próximo
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3minImagem: wccftech.com
Vimos nos últimos anos uma verdadeira revolução nos smartphones, com câmeras inovadoras, telas dobráveis e processadores cada vez melhores, mas há um elemento que sempre deixa a desejar: as baterias. Atualmente, a mais usada é a bateria de lítio, mas os investimentos em outras baterias, como a de lítio-enxofre e as baterias de grafeno, é cada vez maior.
Não foram pouca as vezes que nós explicamos sobre como o grafeno é um dos materiais que fará parte de grandes tecnologias em um futuro bem próximo. Ele consiste em uma camada bidimensional de átomos de carbono, os quais são organizados em estruturas hexagonais.
Imagem: 2dmaterialsmag.com
O grafeno é extremamente forte e possui outras características que o tornam essencial para aplicação em novas tecnologias, como leveza, flexibilidade, alta resistência e boa condução de calor e eletricidade. No caso das baterias, é essa boa condutividade que o tornam uma ótima opção.
As células de grafeno usam duas placas condutoras revestidas em material poroso e imersas em uma solução eletrolítica (semelhante às baterias de íon de lítio).
Baterias de grafeno x baterias de íons de lítio
Em números, as baterias de grafeno podem oferecer 60% a mais de capacidade e maior vida útil que as atuais baterias de íons de lítio. Elas também têm maior condutividade elétrica, o que permite um carregamento mais rápido, e maior condutividade elétrica, de modo que não se aquecem muito, prolongando a vida útil.
Ainda em comparação com as baterias de íons de lítio, as baterias de grafeno são mais finas e mais leves, ideais para a produção de dispositivos menores. Enquanto o íon de lítio armazena até 180Wh de energia por quilograma, o grafeno pode armazenar até 1.000Wh por quilograma. Uma aplicação visivelmente significativa disso é em notebooks, que poderão ser mais finos e leves e com uma bateria mais duradoura.
Outro fator que merece comparação é no quesito segurança. As atuais baterias de íon de lítio são seguras, mas não é difícil encontrar o relato de algum problema com elas na internet. Quando comparado, o grafeno é mais estável, mais flexível e mais resistente a problemas causados por superaquecimento e sobrecarga.
O que esperar das baterias de grafeno?
A questão das baterias não se resume somente a smartphones, ter baterias melhores pode impulsionar a venda de carros elétricos, notebooks, equipamentos médicos e outros apetrechos.
Imagem: futurelabz.com
Nos smartphones, a Samsung já mostrava, lá em 2017, que tinha interesse em aprimorar suas baterias usando grafeno. A empresa desenvolveu uma “bola de grafeno” que poderia aumentar a duração das baterias de íon de lítio em 45% e aumentar a velocidade de carregamento em cinco vezes.
Nos notebooks, baterias mais finas e mais duradouras são essenciais para a evolução desses equipamentos. Inclusive, esse é um dos requisitos para o ambicioso projeto Athena da Intel, que quer fazer uma revolução nos notebooks e torná-los tão práticos para uso como os celulares.
Ainda, para o uso em veículos elétricos, essas baterias proporcionariam maior autonomia e permitiriam um tempo de carregamento menor. Essas duas características poderiam impulsionar a venda de veículos elétricos, que até então não são muito bem aceitos por grande parte da população (e a justificativa é justamente a incapacidade de fazer longas viagens com uma carga, o tempo de espera para carregar e a falta de estações de carregamento).
Imagem: carmagazine.co.uk
A tendência é de que, em breve, várias opções de baterias circulem no mercado, cada uma com sua particularidade. Há pesquisas usando uma gama de materiais e cada uma tem sua particularidade ou uma aplicação que se destaca. Porém, nesse cenário, as baterias de grafeno têm uma grande chance de serem as queridinhas de muitas tecnologias.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
A Ford lançou o Troller TX4 e nós, do Engenharia 360, fomos até o campo de prova testar o veículo. Confira!
O novo Troller TX4
A Troller é uma marca brasileira que foi criada no Ceará em 1997. Dez anos depois, em 2007, ela foi adquirida pela Ford. Apesar disso, a marca segue mantendo características bem brasileiras nos veículos, como é o caso do novo Troller TX4.
O novo Troller TX4 vai além do Troller T4, que é um veículo que já conquistou muitas competições dentro e fora do Brasil (e que nós já testamos). Segundo a Ford, o Troller TX4 foi totalmente desenvolvido no Brasil, com equipes locais de engenharia e design. Esse processo contou com a participação de clientes e fãs da marca e também envolveu tecnologias como realidade virtual e impressão 3D.
A realidade virtual foi usada para auxiliar em processos como a harmonização dos componentes e na ergonomia da alavanca de transmissão. A impressão 3D, por outro lado, ajudou na confecção de protótipos usados em análises funcionais.
Motor
O motor é um Ford Duratorq 3.2 L 20V Diesel (o mesmo da Ford Ranger), com cinco cilindros, torque de 470Nm e 200 cavalos de potência. A grande novidade é a transmissão automática de seis marchas, que é a mesma da Ford Ranger, mas tem uma calibração específica para este veículo.
A transmissão possui três modos diferentes de condução: Drive (com trocas automáticas na rotação mais eficiente), Sport (com trocas em giro maior para rodagem fora de estrada) e Manual (dá total controle das trocas ao motorista por toques na alavanca). Também há três opções de tração:
4×2 para terrenos com boa aderência (como asfalto e terra batida);
4×4 High para terrenos com baixo atrito (como lama, areia e grama molhada); e
4×4 Low, para terrenos acidentados (como erosões, áreas alagadas e dunas).
Design
A dianteira, o capô, a tampa traseira, o teto, os estribos, o para-choques e snorkel são na cor azul naval. O restante do veículo pode ser combinado com uma das três cores: Marrom Trancoso, Verde Maragogi ou Prata Geada.
O Troller TX4 tem 4,163 m de comprimento, 1,992m de largura (incluindo os retrovisores), 1,936m de altura e 2,585 m de distância entre eixos. As rodas são de liga leve 17″x8″ e os pneus são 245/70 R17 (20% on-road/ 80% off-road).
Há faróis auxiliares de LED submersíveis e faróis principais com lâmpada superbranca.
Por dentro, cabem 5 pessoas (incluindo o motorista). Os bancos são revestidos de vinil e o traseiro é rebatível 60/40.
O acabamento do assoalho é em borracha. Há um console com luz de leitura no teto e há um console central com porta-objetos e porta-copos.
Tecnologia e segurança
O Troller TX4 tem sistema de som multimídia JBL Harman, Smart CarDrive, diplay LCD de 6,75”, rádio AM/FM, entrada USB, Bluetooth, conectividade via Android Auto e Apple CarPlay e computador de bordo com 7 funções.
O diferencial traseiro blocante (LRD) permite desatolar o carro quando há diferença de atrito entre as rodas (quando uma patina, com menor tração, e a outra que está em contato com o solo não gira). Segundo a Ford, com o travamento do eixo traseiro, ele transmite 50% do torque para cada roda traseira de forma contínua e permite que o carro vença os obstáculos, com excelente desempenho em erosões, torsões e atolamentos.
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
O ensino e o mercado de engenharia no Brasil em 2020 | Entrevista 360 com Vinícius Licks, do Insper
por Eduardo Mikail | | ATUALIZADO EM 3minImagem: engineersjournal.ie
Atualmente, o ensino de Engenharia no Brasil é marcado por uma elevada evasão de alunos, o que é um problema para as instituições que oferecem os cursos. Nós falamos um pouco sobre o assunto e também sobre como as faculdades devem preparar seus alunos para encarar o mercado de trabalho. Além disso, nós conversamos com o professor do Insper Vinícius Licks, que conta sobre os desafios e as tendências do ensino e do mercado de Engenharia no Brasil.
A situação atual do ensino de Engenharia no Brasil
Em 2016, segundo dados do Censo da Educação Superior, 100.421 pessoas se graduaram em Engenharia no Brasil. Desses, 71,58% foram de universidades privadas e 28,42 de universidades públicas. Destrinchando ainda mais os dados, dentre o total de formandos, foram 35.360 da Engenharia Civil, 17.344 de Produção, 11.434 da Mecânica e 9.728 da Elétrica.
Um problema sério é também relacionado à evasão de alunos dos cursos de Engenharia. Os dados mostram claramente o quanto essa porcentagem é alta: os graduados são apenas 54,28% dos que ingressaram (dados de 2016). Ainda, a cada mil candidatos para vestibular de Engenharia, apenas 175 se matriculam e, dentre eles, só 95 se formam.
Imagem: cnr.ncsu.edu
Por que uma evasão tão grande? Será que Engenharia é assim tão difícil? Um estudo de caso denominado “Por que os alunos de Engenharia desistem de seus cursos”, de 2018, afirma que o aluno, ao ingressar no curso, se depara com um cenário com o qual não estava acostumado: a carga horária é elevada e é necessário criar o hábito de estudar fora da sala de aula. Há, ainda, os que saem da casa dos pais e precisam gerir a vida e estudar.
A mesma pesquisa mostrou que, na UTFPR (Universidade Federal Tecnológica do Paraná), 61% dos alunos de Engenharia desistiram do curso em 2013 e 2014 devido a motivos acadêmicos. Os autores sugerem buscar estratégias para auxiliar os alunos na escolha do curso e para reduzir a evasão.
O curso em si, já é difícil, principalmente dependo da base de matemática e ciências que cada aluno teve no ensino médio. Para completar, muitos trabalham e deixam o tempo mais restrito para o estudo.
O papel das universidades
Com o avanço da tecnologia, o ensino de Engenharia precisa cada vez mais se adequar às exigências do mercado e da vida profissional como um todo. O ensino tradicional já não é tão bem visto e pode contribuir para o grande número de evasão citado acima.
Imagem: indiatoday.in
No caso da preparação dos alunos para o mercado de trabalho, o cenário atual mostra que, infelizmente, é muito difícil se preparar para ele somente com a faculdade, por melhor que ela seja. O próprio mercado se preocupa com os profissionais que são formados e buscam aqueles que já têm experiência, o que não é o caso de muitos recém-formados.
Um(a) engenheiro(a) adquire experiência quando realmente coloca em prática o que aprendeu, quando tem a oportunidade de atuar na área, conhecer o trabalho dos colegas e absorver o ato de “colocar a mão na massa de verdade”.
Nesse sentido, o que as universidades fazem é dar uma base para que os alunos aprendam na prática no mercado. Para conseguir que o aluno tenha esse contato e, ainda, fique interessado pelo curso, é interessante instigar o contato com a vida profissional, com proposta de projetos interdisciplinares o mais próximo possível da realidade e inserir problemas reais para estudo durante as disciplinas, por exemplo.
Em uma conversa superinteressante, Vinícius Licks conta para gente sobre qual a relação das tendências de Engenharia e o mercado, por quais motivos a evasão de alunos dos cursos de Engenharia é tão grande, como o(a) engenheiro(a) aprende a desempenhar seu papel no mercado na prática, qual o papel da faculdade nesse processo e dá algumas dicas para os estudantes se prepararem. Confira no vídeo abaixo!
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
Impulsionando a Competitividade: Como o 5G Está Transformando o Mercado Global
por Matheus Martins | | ATUALIZADO EM 5minImagem de Freepik
Atualização: Ativação completa do 5G no Brasil completou 1 ano em julho de 2023, cobrindo 315 cidades, com 10 milhões de usuários. Já são 13.617 antenas do 5G, destacando as 184 do tipo “puro”. E já há a autorização para ativar o sinal concedida a 1.610 municípios, aguardando instalação pelas operadoras. O objetivo é liberar sinal em cidades com 200 mil+ habitantes e 25% das cidades até 30 mil habitantes até 2026.
A tecnologia 5G é um upgrade das tecnologias de conexão por redes móveis. Neste caso, a quinta geração. Este avanço é um grande passo na conectividade entre dispositivos, e isto tem grande impacto no mercado e na cadeira produtiva, em geral.
Preparação para o upgrade
Atualmente estamos num cenário saindo da tecnologia 4G para a 5G. Antes de pensarmos na aplicação direta do 5G é preciso avaliar a infraestrutura mundial. Saiba que há muitos países com as redes de infraestrutura maiormente formada por dispositivos 3G (UMTS) e em outros casos, o 2G (GPRS).
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Existe agora, uma preparação da infraestrutura dos países para estabelecer de vez a rede 5G. Ocorre ainda, uma corrida entre empresas das potências mundiais para garantir a concessão da instalação e manutenção da infraestrutura dessa tecnologia. Quase replicando a corrida à lua, como na Guerra Fria.
A tecnologia 5G e seus benefícios
A tecnologia 5G em si, traz consigo duas grandes vantagens: a primeira é a velocidade de download/upload 50 a 100 vezes maior, podendo alcançar até 10GBps; a segunda é a diminuição da latência (atraso na transferência de dados) para a ordem de milissegundos. Isto garantirá a transferência de dados quase que instantaneamente.
Contudo, o ganho do usuário ainda não é tão significante. Isso porque não existe disponível infraestrutura com grande alcance e nem muitos dispositivos compatíveis. O início da implantação efetivamente, ao nível mundial, é prevista para 2020, guardadas as devidas restrições de cada país, e o funcionamento efetivo deve se dar por volta de 2025, ao menos nos principais centros urbanos.
Como funciona o 5G?
O funcionamento do 5G é basicamente por meio de ondas de rádio, assim como as gerações anteriores da tecnologia de conexão por redes. A diferença é a abrangência do espectro da quinta geração da banda larga móvel, que é maior que as gerações anteriores. As antenas com compatibilidade 5G deverão ser acopladas às antenas já existentes, para formar a infraestrutura 5G necessária.
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Outro aspecto é um mecanismo inteligente destas antenas, que focaliza o sinal emitido conforme a requisição dos dispositivos. Ao contrário das antenas convencionais atuais que emitem sinais em todas as direções. Dessa forma, fica otimizada a capacidade de cada antena.
Inicialmente a tecnologia não será disponibilizada com preços acessíveis, no entanto, com o passar do tempo, será barateada. O custo dos receptores do sinal 5G são altos em virtude da demanda ainda não ser tão grande e pelo fato de não serem muitos os fornecedores existentes até agora.
Imagem: e-spincorp.com
Os custos com infraestrutura não serão baratos, entretanto, não se sabe precisamente qual o investimento será necessário para os usuários finais. Na Europa, por exemplo, a estimativa é de um investimento entre 300 e 500 bilhões de euros para a instalação da nova infraestrutura.
No Brasil a implantação da infraestrutura ficou para 2022, com estudos realizados mostraram que pode haver interferência com o funcionamento de antenas parabólicas. O atraso na implantação no Brasil representou, de acordo com a Ericsson, a não arrecadação de 25 bilhões de reais.
Aplicações no mercado
No mercado, imagina-se que os primeiros dispositivos a terem a tecnologia sejam os smartphones. Ao longo do tempo, outros dispositivos como os eletrodomésticos e wearables (dispositivos inteligentes vestíveis, digamos, como pulseiras, relógios, óculos e roupas inteligentes) serão incorporados.
Imagem: multi-news.gr
As montadoras de carros e outros fabricantes também estão na corrida para a utilização da tecnologia 5G. A visão das montadoras é possibilitar a concepção de veículos autônomos inteligentes. Seria possível a comunicação entre veículos, de modo que se atualizem automática e mutuamente nas estradas e em situações de engarrafamentos, entre outras possibilidades.
No caso da indústria de manufatura, a expectativa é o ganho com uma produção mais eficaz. Isso será possível através da coordenação de máquinas mais ajustada. Para a logística, a possibilidade de monitoramento de localização, temperatura e condições de entorno de insumos, por exemplo, será um grande ganho.
A tendência é que cresça a gama de dispositivos conectados, o que tangencia à aplicação da Internet das Coisas (IoT). Uma vez que a tecnologia 5G permitirá uma grande conectividade em rede e o processamento suficiente para os dados gerados. Logo, ficam intrínsecas as tecnologias.
Conclusão
Com a utilização da tecnologia 5G o consumo de energia para o uso de redes será 90% menor, o que implicará na maior duração de bateria dos dispositivos. Essa redução de energia a torna mais ecológica.
Imagem: mundoeducacao.bol.uol.com.br
O número de aparelhos conectados por área deve ser ampliado num futuro breve. Isto alavancará a IoT e sua aplicação, abrindo inúmeras possibilidades cada vez mais conectadas e inteligentes para residências, hospitais, comércios, indústrias, bairros e cidades inteiras.
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Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.
Site mostra mapa dinâmico com dados de coronavírus
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 2min
Há alguns dias, um novo vírus proveniente de Wuhan, na China, virou notícia no mundo todo. Da família coronavírus, ele ataca o sistema respiratório e, até o momento, se espalhou por 17 países, infectou mais de 6 mil pessoas e deixou mais de 130 mortos.
Para ajudar no monitoramento, pesquisadores do Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desenvolveram um mapa que atualiza os casos de coronavírus (clique aqui para acessar a plataforma).
É possível ver,
além dos países com infecção, as estatísticas sobre mortes, os
casos confirmados e os pacientes recuperados. O total de infectados
fica no canto superior esquerdo e logo abaixo desse número ficam os
casos confirmados por regiões/países. O total de mortes e o total
de recuperados fica no canto superior direito.
Mapa do CSSE mostrando regiões com casos confirmados.
O site também permite que o visitante faça download dos dados gratuitamente, o que é bom para quem trabalha com ou estuda dados epidemiológicos. Esses dados estão em uma planilha do Google Docs. Eles são provenientes de fontes como Organização Mundial da Saúde, Centros de Controle e Prevenção de Doenças, Comissão Nacional de Saúde da República popular da China e do Ding Xiang Yuan, uma comunidade online para profissionais de saúde.
Lauren Gardner,
professora de Engenharia Civil da Universidade, afirmou que o
principal objetivo do mapa é levar informações precisas sobre a
situação atual da epidemia. Segundo ela, “criamos esse
painel porque achamos importante que o público entenda a situação
do surto à medida que ela se desenvolve com fontes de dados
transparentes. Para a comunidade de pesquisa, esses dados se
tornarão mais valiosos à medida que continuarmos a coletá-los ao
longo do tempo.”
A situação atual do coronavírus
Até o momento, não se sabe muito sobre a doença, mas identificou-se que ela é da família coronavírus, bem como a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Severa), que causou uma epidemia em 2003 e matou 774 entre mais de 8.000 infecções, e a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), que matou 858 entre 2.500 infectados em 2012.
Imagem: thehill.com
No Brasil, há casos suspeitos da doença e o Ministério da Saúde investiga se eles são realmente coronavírus ou não. Os sintomas e a transmissão da enfermidade também estão sob investigação, mas sabe-se que são parecidos com os da gripe.
A Anvisa afirmou que: “Com o aparecimento dos casos de doença respiratória causada pelo coronavírus na China, o governo brasileiro vem adotando medidas de preparação, orientação e controle para um possível atendimento de casos suspeitos no país”. A agência ressalta que ainda não há confirmação de casos no Brasil.
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 8minImagem: Nesa by MARKS | via Unsplash
A tecnologia voltada para computadores e notebooks está em constante superação: temos computadores cada vez menores e mais eficientes. Mas vale lembrar que, quando o assunto é computador para a Engenharia, há uma série de pontos que você deve ficar atento.
Justamente por isso, reunimos aqui algumas dicas na hora de escolher e fizemos uma seleção de alguns computadores e recursos indicados para engenheiros(as) e estudantes de Engenharia.
Imagem: engineerlive.com
Definindo o uso
Um dos primeiros pontos que você deve ficar atento é sobre o maior uso que você fará do computador. Se for só para usar o pacote Office e navegar na internet, muitos modelos oferecem computadores com um bom custo-benefício e você precisará se preocupar em manter a manutenção em dia (atualizando programas e sistema operacional, por exemplo).
Por outro lado, a gente sabe que a maior parte das Engenharias possui disciplinas que demandam programas mais pesados e que não é todo computador que aguenta. Alguns exemplos são programas de CAD, GIS, simulações computacionais, renderização 3D, plataformas de modelagem 3D, etc.
É pensando nesse uso que você deve escolher seu computador. Se você vai começar a faculdade agora e ainda está em dúvida, o ideal é dar uma olhada na grade curricular do seu curso e verificar a ementa das disciplinas. Elas costumam descrever os softwares que serão usados.
Imagem: videoblocks.com
A maior dica, no entanto, é verificar os requisitos mínimos de cada software antes de comprar o seu computador. As desenvolvedoras costumam descrever quais são esses requisitos. Se você vai rodar mais de um ao mesmo tempo, é bom caprichar um pouco mais na escolha.
Lembre-se: não adianta escolher o melhor somente de um item, é todo o conjunto que precisa funcionar em harmonia, ou seja, não vale ter só um bom processador ou uma placa de vídeo, caso contrário isso nem fará diferença. Às vezes, é melhor ter todas as peças boas ou intermediárias que ter uma boa e o restante ser fraca.
Notebook ou desktop?
Se for para levar o computador para usar nas aulas, fazer apresentações de trabalho, trabalhar em outros ambientes ou demais tarefas que requisitam o deslocamento, certamente o notebook é mais indicado. Porém, se você faz tudo de casa, o desktop talvez seja uma boa opção.
A vantagem do desktop é que ele costuma ter um desempenho melhor que um notebook na mesma faixa de preço. Ou seja, se você quiser um notebook com bom desempenho, precisará desembolsar um pouco mais que para um desktop.
Imagem: traveldailymedia.com
Uma opção é ter um desktop e um notebook. Se as tarefas que você desloca para fazer são mais simples, você pode optar por um desktop com bom desempenho em casa e um notebook mais simples para levar para todo lado (principalmente se você tem medo de ser assaltado ou de perder um notebook muito caro).
Processador
No quesito processador, os mais comuns são os da Intel. Porém, a AMD costuma ser a queridinha de muita gente. Ambas as marcas oferecem processadores com bom desempenho e também versões intermediárias mais em conta. Você precisa saber escolher qual deles é o melhor para você.
O processador é o como se fosse o cérebro do computador, isto é, é ele que transforma os 0s e 1s do código binário em informações. Essas informações vão para a placa-mãe, que as encaminha para demais partes do computador.
Isso não quer dizer que você pode colocar um processador de última geração no seu computador que tudo vai funcionar bem. Ele pode ser muita areia para o seu caminhãozinho, que nem sempre dá conta do recado.
Se o uso for só para arquivos de texto e navegar na internet, é possível que um dual-core dê conta da tarefa, mas o melhor mesmo é optar por um Core i3 ou acima (os atuais computadores com dual-core já não são tão bons mais). Se você trabalha com recursos multimídia e gosta de assistir filmes sem passar raiva, um i3 pode ser razoável, mas é bom optar por um Core i5.
Gerações mais avançadas do i5 e com uma frequência maior podem ser melhores algumas tarefas mais pesadas e programas mais complexos (mas isso também depende de outros recursos, como sua placa de vídeo). Se você for demandar muito do computador, como conteúdo 3D, edição de vídeo e jogos pesados, é melhor optar por um i7.
Exemplo de processador Intel 10ª geração. Imagem: newsroom.intel.com.br
Lembre-se que, teoricamente, quanto maior a geração, melhor a performance e a velocidade. Ainda, a frequência de um processador diz respeito ao número de operações feitas por segundo. Isso quer dizer que, quanto maior a frequência, mais rápido tende a ser a resposta.
Também é preciso olhar para o número de núcleos. Os núcleos indicam quantas tarefas você pode fazer ao mesmo tempo, ou seja, quanto mais tarefas pesadas que demandam muito do processador você quer, maior a quantidade de núcleos necessária. Lembrando que essa quantidade de tarefas não quer dizer número de janelas ou programas abertos, depende do programa e do quanto eles demandam do processador.
Memória RAM
A memoria RAM (de Random Access Memory, em inglês, ou memória de acesso aleatório, em português) armazena a informação no momento em que ela é acessada. Isso significa que ela é diferente da capacidade de armazenamento do seu computador, que costuma variar de muitos gigabytes a terabytes.
A memória RAM serve para o acesso em programas e, teoricamente, mais RAM tende a processar seus dados de acesso de forma mais rápida. Atualmente, ter uma memória de 4GB é razoável, mas para alguns softwares é melhor optar por 8GB ou 16GB.
Exemplo de memória RAM. Imagem: srcomputador.com.br
Placa de vídeo
É a placa de vídeo quem controla as funções de exibição de vídeo na sua tela (como o nome já indica). Isso quer dizer que ela é muito importante, especialmente para quem trabalha com plataformas 3D e softwares semelhantes.
Nem sempre é possível encontrar uma placa de vídeo em computadores antigos. Normalmente, a Graphics Processor Unit (ou GPU, Unidade de Processamento Gráfico) era soldada na placa-mãe.
Ainda, placas de vídeo podem ter “memória dedicada”, ou seja, memória só para ela. Esse tipo de placa é essencial para quem quer trabalhar com modelagem 3D, edição de vídeo, jogos e semelhantes.
Sistema operacional
Windows? Linux? MacOS? Chrome OS? Qual sistema operacional escolher para o computador? Isso depende muito do que você pretende fazer. Se o seu computador for da Apple, é bem provável que você continue com o sistema da empresa, que é o MacOS.
Imagem: news.softpedia.com
Se você for trabalhar com computadores que não são da Apple, é possível escolher entre Linux e Windows. Não vamos considerar o Chrome OS neste quesito porque ele é um pouco mais limitado.
Quando você usa softwares com licença comercial, como muitos programas de CAD, modelagem 3D e semelhantes, é bem provável que vai optar pelo Windows, pois praticamente todos são voltados para esse sistema operacional (embora alguns tenham versão para Linux).
No Linux, é mais comum encontrar softwares livres, para os quais você não precisa de licença para instalar e usar. Esses softwares costuma ser mais robustos que os instalados no Windows, mas isso não deve ser generalizado. Há softwares livres muito bons e talvez o exemplo mais comum seja o R, o software estatístico que é usado em vários sistemas operacionais.
Enquanto no Windows você pode instalar o Photoshop, o Linux oferece o GIMP. Dependendo do que você for fazer, às vezes é melhor optar por um ou por outro. O mesmo acontece para quem usa Matlab no Windows e Octave no Linux. Felizmente, boa parte dos softwares possui versões para os três sistemas operacionais (Windows, Linux e MacOS).
Ainda, para quem prefere ter mais liberdade no gerenciamento do sistema operacional, o Linux é a melhor escolha. Há diferentes distribuições de GNU/Linux (normalmente chamado só de Linux), algumas tão simples de usar como o Windows, e outras voltadas para quem entende de computação mais robusta.
Armazenamento
O armazenamento depende muito do espaço que você acredita que vai ocupar com seus arquivos. Ainda, há a diferença de HD para SSD. O primeiro é o disco rígido (hard disk drive), que possui alta capacidade de armazenamento e aparentemente tem maior durabilidade (no quesito tempo de uso), mas eles é mais lento.
A unidade de estado sólido (Solid-State Drive, ou SSD), por outro lado, embora seja mais cara (quanto maior a capacidade, mais elevado é o valor), está se tornando a preferida devido a sua velocidade. Ela também é mais usada em computadores mais finos.
Comparação entre HD e SSD. Imagem: recomendacaodenotebooks.com.br
Então, no fundo, os dois são viáveis para fins de Engenharia (embora SSD tenha a vantagem de maior velocidade). Basta você avaliar o custo-benefício e a questão do espaço para decidir.
Alguns computadores para Engenharia:
A seguir, separamos alguns computadores que possuem recursos indicados para Engenharia. Porém, ressaltamos que a lista é só um exemplo e que você sempre deve verificar o que o computador oferece e os requisitos dos softwares que você vai usar. Lembre-se que cada área da Engenharia requer softwares diferentes. Alguns desses requisitos são encontrados nos sites dos fabricantes desses softwares.
Com as configurações indicadas não é difícil encontrar ou montar seu próprio desktop. Ainda, colocamos o site da própria marca para você saber mais sobre o computador.
RAM: até 64 GB (4 de 16 GB) DDR4, 2.933 MHz, RDIMM, SDRAM ECC
Armazenamento: suporte para até 4 HDD/SSDs SATA de 2,5″/3,5″ e até 8 unidades com compartimentos flexíveis posteriores preenchidos com o controlador Intel SATA integrado.
Placa de vídeo: Suporte para 4 placas gráficas PCI Express® x16 de 3ª geração, até 750 W com, no máximo, 3 placas gráficas de largura dupla de 250 W em 3 slots
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
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