O processo de urbanização é cada vez mais crescente em cada canto do mundo. Segundo o IBGE (2010) a perspectiva é que a taxa de urbanização nas cidades Brasileiras em 2020 atinja 90%. Esse processo provoca redução de áreas verdes, principalmente devido a impermeabilização do solo ocasionada por construções e pelo emprego de manta asfáltica, o que potencializa os impactos negativos das chuvas nessas áreas.

1 – Telhados verdes

São lajes cobertas por vegetação, sua função é absorver temporariamente parte das águas das chuvas, reduzindo a velocidade de escoamento e provocando um atraso no pico de descarga. Esse sistema ajuda na diminuição da sobrecarga dos sistemas de drenagem.

Telhado verde e exemplo de sua composição
Telhado verde e exemplo de sua composição

2 – Pavimentos Permeáveis

Os pavimentos permeáveis possibilitam a redução da impermeabilização do solo. Pesquisas indicam que em áreas urbanas o percentual de água que consegue se infiltrar no solo é de apenas 5%.

Com a utilização dos pisos permeáveis, essa infiltração pode chegar a 100%, além de atuarem como filtro, melhorando a qualidade da água e reduzirem a erosão. Outra vantagem da utilização desse tipo de pavimento é que ele mantém a área útil do terreno.

Pavimento Permeável asfáltico
Modelo de Pavimento Permeável (Inova Civil)

3- Captação e reutilização da água das chuvas

Essa técnica consistente na coleta e armazenamento da água proveniente das chuvas, a partir de telhados, superfícies de terra ou cisternas. A água coletada deve ser utilizada para fins não potáveis, já que ela não passa por nenhuma espécie de tratamento. Alguns usos são, por exemplo, lavagem de veículos, limpeza externa, irrigação de jardins, entre outros.

Esse sistema se destaca pelo baixo custo de implantação, seu funcionamento automático e por coletar parte da água que iria para sistemas de drenagem, o que permite também sua aliviar o sistema, impedindo seu transbordamento.

Exemplo de modelo de coleta da água da chuva e seu armazenamento
Exemplo de modelo de coleta da água da chuva e seu armazenamento.

4- Jardins de Chuva

São também conhecidos por Sistema de Biorretenção e consistem em pequenas depressões cobertas por vegetação em meio aos centros urbanos, que permite que a água se infiltre lentamente, tendo como função principal a redução do escoamento superficial. Essa medida, além de empregar ao meio urbano beleza paisagística, possui baixo custo econômico e ajuda na filtragem da água e direcionamento até o lençol freático.

5 medidas sustentáveis para redução das inundações urbanas

5- Lagos Pluviais

São lagos construídos artificialmente em meio urbano, com o objetivo de receber parte da drenagem pluvial, diminuindo a incidência de inundações urbanas. Devem ser projetados de modo que o volume excedente das chuvas seja previsto para que não ocorra seu transbordamento. Além disso possibilitam a captação de sedimentos e detritos, auxiliando na qualidade da água dos rios e córregos já existentes.

Bacia de contenção em Sorocaba - SP para reduzir inundações
Bacia de contenção em Sorocaba – SP

O que acham dessas medidas? Elas já são empregadas na sua cidade ou no seu bairro?

Vou deixar aqui para vocês algumas de nossas matérias ligadas ao assunto:

Fontes: Summit Mobilidade EstadaoTiepo et al (2014)

Comentários

Engenharia 360

Luana Espindola Ribeiro Aguiar

Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.

Considerando os desafios que o mercado nacional de alimentação tem vivido em função da pandemia de coronavírus, a 3ª edição da SancaThon reuniu quase 500 participantes. O objetivo da maratona tecnológica foi criar novos produtos, serviços e tecnologias para o setor alimentício, considerando os novos comportamentos do consumidor.

mulher em cima de moto ilustração SancaThon.
Imagem: SancaThon.

A SancaThon

A SancaThon é uma maratona de desenvolvimento de tecnologia criada em 2018 pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. A competição fomenta a cultura empreendedora e estimula que os participantes desenvolvam projetos pensando em inovação direcionada. Além disso, conta com mentores e treinamentos, com o intuito de auxiliar a elaboração de protótipos e modelos de negócios viáveis.

Neste ano, a SancaThon foi realizada em conjunto pelo Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), Cargill, Núcleo de Empreendedorismo da USP São Carlos (NEU-SC) e pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). Seguindo as tendências do cenário da pandemia de coronavírus, esta 3ª edição da SancaThon foi 100% online. Em ambiente virtual, a maratona conseguiu reunir aproximadamente 500 participantes, distribuídos por 22 estados e 127 municípios. O desafio foi desenvolver, em pouco mais de duas semanas, ideias e soluções para o mercado nacional de alimentos.

FoodTrends

FoodTrends é o nome da plataforma digital vencedora da SancaThon. Ela foi desenvolvida por: Júlio Vazquez Manfio e Gabriel Valbon Beleli, engenheiros de alimentos; Talles Viana Vargas e Vitor Galassi Luquezi, engenheiros eletricistas; e Caique Antonelli Maurano, analista de desenvolvimento de sistemas.

Equipe vencedora da 3ª edição da SancaThon. Image: SancaThon.
Equipe vencedora da 3ª edição da SancaThon. Imagem: SancaThon.

A plataforma FoodTrends utiliza técnicas de mineração de dados e inteligência analítica para coletar e interpretar informações de apps de delivery. Dentre elas, características operacionais e cardápios de restaurantes.

A FoodTrends tem por objetivo que indústrias e distribuidores de alimentos estejam cientes do consumo potencial de uma região. Além disso, compilar as demandas por produtos e insumos e tendências de mercado. Todos esses dados seriam aplicados como ferramentas que auxiliariam empresários a elaborar estratégias. Os idealizadores da plataforma estimam que ela esteja em funcionamento em até quatro meses.

Equipe vencedora da 3ª edição da SancaThon.
Equipe vencedora da 3ª edição da SancaThon. Imagem: SancaThon.

EESC-USP e Cargill

A maratona promovida pela EESC-USP e Cargill trouxe dezenas de instituições do food servisse para o evento. Essa rede colaborativa, de acordo com o professor Daniel Magalhães diretor do Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), trouxe até empresas concorrentes para uma atuação cooperativa.

Outra colocação do professor Magalhães foi sobre o formato online da competição. Não é só de videochamadas que estamos falando.  “Acho que nos reinventamos em termos de competição, pois o formato diferente devido ao período de quarentena, na verdade, possibilitou a expansão do evento. Outro ponto foi o tipo de desafio, que apesar de estar delineado antes da pandemia, acabou sendo aplicado em um dos setores que mais tem sofrido e que precisa de ajuda e soluções imediatas. Prova de sucesso foi o de termos um acerto de negócio durante a live de premiação entre jurado e o grupo vencedor”, revelou para a Assessoria de Comunicação da USP.

Convidados da 3ª edição da SancaThon. Imagem: SancaThon.
Convidados da 3ª edição da SancaThon. Imagem: SancaThon.

A Cagill também se manifestou por meio de Thiago Theodoro, seu líder de food service. Ele reiterou que a união durante a maratona foi determinante para os bons resultados alcançados pela SancaThon. Além disso, parabenizou a USP por ter conectado tantos parceiros e por ter “unido a jovialidade de um estudante, às vezes de primeiro semestre, com profissionais que têm mais de 20 anos de mercado. Foi um movimento que ultrapassou as barreiras da competitividade e da concorrência”.

Você participou da SancaThon ou conhece alguém que tenha participado? Conta para a gente nos comentários!

Fonte: Assessoria de Comunicação SEL/USP.

Comentários

Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

A tecnologia de energia solar fotovoltaica já é bastante difundida no mundo. No Brasil, inclusive, já existem diversas unidades consumidoras gerando sua própria energia. É inegável o impacto positivo que essa tecnologia traz, especialmente pelo ganho em sustentabilidade.

Telhado de uma casa com módulos solares instalados.
Unidade geradora de energia solar fotovoltaica. Imagem: ocaenergia.com.br

O princípio físico que permite gerar esta energia é o efeito fotovoltaico. Nesse efeito, a luz solar é convertida em energia elétrica através da célula fotovoltaica. Esta célula é um dispositivo constituído de material semicondutor. Um destes materiais é o Silício.

Pesquisadores, recentemente, também criaram um tipo de painel para geração de energia durante o período noturno, em processo semelhante a uma célula solar comum. O tema de geração de energia é muito relevante e sempre é motivo para pesquisas de desenvolvimento tecnológico.

A nova tecnologia desenvolvida

Uma nova tecnologia, que tem sido desenvolvida até então na Coréia do Sul, criou uma célula solar transparente. Pesquisadores da UNIST (South Korea’s Ulsan National Institute of Science and Technology) conseguiram executar micro-orifícios com diâmetro na ordem de 100 μm na superfície de uma célula solar de silício cristalino (c-Si) translúcido.

A nova célula solar, descrita neste artigo, foi constituída em um substrato de silício (c-Si) transparente, de cor neutra, com espessura aproximada de 200 μm. Caso não fosse assim, a célula seria naturalmente opaca. Com a inserção dos orifícios, é possível então que a luz passe pela peça.

Graphical Abstract de artigo sobre célular solar transparente.
Graphical Abstract do artigo. Fonte: Joule.

Os orifícios foram projetados de maneira que a faixa espectral não tivesse influência, assim, quando a luz solar atravessar a peça, a luz refletida terá a tonalidade do substrato, que, neste caso, é uma cor neutra.

A pesquisa foi bem aceita, pois conseguiu desenvolver a melhor célula solar fotovoltaica transparente até então, com eficiência de 12,2% na conversão de energia. Células solares transparentes tradicionais tem eficiência em torno de 2%.

Os próximos passos da tecnologia

O próximo passo da pesquisa é aplicar a tecnologia em janelas, com células de 25 cm² e com eficiência de 15%, de acordo com o objetivo dos pesquisadores.

Mãos segurando uma célula solar transparente.
Imagem: uol.com.br

Embora o resultado seja bastante promissor, o pesquisador Kwanyong Seo ressalta: “Precisamos também ter estabilidade estrutural e resistência mecânica para aplicar nosso dispositivo em substituição às janelas de edifícios.”

O fato é que a solução proposta revolucionaria os projetos de geração de energia solar fotovoltaica. Uma vez que, assim seria possível gerar a própria energia solar, sem a necessidade de instalar módulos solares nos telhados, o que muitas vezes pode afetar a concepção arquitetônica das edificações. Outro ponto é que surgiria a necessidade de um novo arranjo para as instalações, o que já deve ser um fator integrador para esta disciplina de projetos em BIM.

O que você acha dessa tecnologia? Deixe sua opinião nos comentários!

Fontes: Magazine, Joule.

Comentários

Engenharia 360

Matheus Martins

Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.

Em 2018, a PSB realizou uma pesquisa encomendada pela Intel sobre a resposta dos consumidores por veículos autônomos. Cerca de 21% deles trocariam seus veículos manuais por autônomos (VA). Além disso, 63% afirmaram que esse tipo de automóvel será o padrão de transporte daqui 50 anos.

Porém, diversas questões impedem a adesão dos veículos com categorias mais altas de autonomia. Cada nível de automação é descrito na tabela disponibilidade pela SAE, sendo definidos de acordo com 4 critérios.

Critérios de automação SAE
Tabela com os critérios para cada nível de automação. (Fonte: SAE)

Para que esses automóveis operem de acordo com os critérios é necessária a implementação de diversos sistemas. Cada um deles trazendo maior comodidade e segurança ao motorista.

Sistema de controle de cruzeiro

Por meio desse dispositivo é possível que o motorista fixe uma velocidade pré-estabelecida, independente da inclinação da estrada. Isto é, a velocidade é mantida independente da pista em que o automóvel esteja. Esse sistema gera maior conforto em viagens muito longas e a retomada do controle pode ser feita pisando no freio ou acelerador.

Atualmente, diversos veículos utilizam esse sistema, como o Chevrolet Onix.

Chevrolet Onix LTZ
Chevrolet Onix LTZ (Fonte: Autoesporte)

Sistema de controle de cruzeiro adaptativo (ACC)

Diferente do sistema de controle de cruzeiro, a vantagem desse é a possibilidade de manter uma distância de segurança do veículo da frente. Isso permite que o controle de freio seja deixado um pouco mais de lado pelo motorista. Da mesma maneira que o primeiro, a retomada de controle do veículo é feita quando pisa no acelerador ou no freio.

Volkswagen Golf Highline
Volkswagen Golf Highline 1.4 TSI MT com pacote Exclusive e ACC (Fonte: Autoesporte)

Sistema de assistência de congestionamento

Controla o freio e aceleração do veículo, mantendo-o centralizado na pista, sendo executado do repouso até a velocidade determinada pelo fabricante. Isso evita possíveis acidentes em situações de congestionamento.

Ford Fusion Traffic Jam
Ford Fusion equipado com o sistema Traffic Jam Assist (Fonte: Ford Crasa)

Sistema limitador de velocidade (ISA)

O controle de aceleração do veículo é feita por meio do ISA. Esse sistema se baseia em duas configurações: passiva e ativa. Quando ativado o limitador de velocidade passivo, o motorista é alertado sobre a ultrapassagem da velocidade estipulada. Por outro lado, o sistema ativo desacelera o veículo até que ele esteja dentro da velocidade definida.

Sistema de assistência de troca de faixa

Esse sistema, também conhecido como alerta de ponto cego, sinaliza ao condutor quando algo ou alguém está no ponto cego do espelho. Assim como o ISA, o assistente de troca de faixa também possui o modo “Ativa”, sendo que ainda pode ser dividido em duas categorias.

Na primeira, temos um sistema que executa avisos luminosos e sonoros quando o motorista insiste em executar a manobra. Se o condutor insistir, o sistema impede freando ou colocando o carro de volta a faixa.

A segunda categoria foi criada pela Mercedes-Benz e permite que o veículo faça toda a análise e realize a troca de faixa de forma autônoma. Para que o sistema entenda o desejo do motorista de trocar de faixa, é necessário que ele pressione a seta por mais de 2 segundos e que esteja dirigindo a uma velocidade de 80km/h a 180km/h.  Após isso, o veículo irá analisar se os sensores e câmeras estão detectando algum veículo ou pessoa, e então realiza a troca de faixa.

Porsche Panamera Lane Change
Os modelos Porsche Panamera possuem o sistema Lane Change Assist (Fonte: Motor Show)

Ao contrário desse sistema que permite a troca de faixa, o Lane Assist tem como objetivo manter o veículo na posição correta dentro dos limites estipulados pelas faixas da pista. Se o desejo é não ter seu veículo controlando 100% a ação, o Lane Departure Warning é um sistema que apenas realiza o alerta de que o condutor está ultrapassando a faixa vizinha.

O Lane Assist também está presente no Porsche Panamera. O vídeo abaixo mostra a simulação do sistema em um veículo da Ford:

Simulação da Ford para o Lane Assist (Fonte: Youtube Ford)

Sistema de frenagem de emergência e alerta de colisão frontal

Esses sistemas evitam acidentes por colisão ou atropelamento. Por meio do alerta de colisão frontal, sinais luminosos indicam ao motorista um obstáculo. Se o veículo não receber uma resposta de frenagem por parte do motorista, o sistema de frenagem de emergência realiza a parada do veículo antes de acontecer um acidente.

O Nissan Kicks vem equipado com as duas tecnologias simultaneamente:

Nissan Kicks
Nissan Kicks com alerta de colisão e sistema de frenagem (Fonte: Estadão)

Sistema de assistência de estacionamento

Vagas apertadas são uma realidade e todos os motoristas, seja no shopping ou até mesmo na garagem do condomínio, tornando essa tarefa muitas vezes um desafio. O sistema de assistência de estacionamento tem como objetivo posicionar o veículo na vaga utilizando sensores ultrassônicos que identificam o local. Em seguida, atuadores no acelerador e freio realizam a tarefa de posicionar o automóvel.

Chevrolet Cruise LTZ Park Assist
Chevrolet Cruise LTZ 1.4 turbo (Fonte: Fullpower)

Sistema de controle de estabilidade

O sistema se tornou obrigatório para todos os carros que sejam lançados esse ano. Ele processa dados dos sensores presentes nas rodas para monitorar a velocidade, o ângulo de esterçamento, além do de guinada e de inclinação da carroceria. Dessa forma, é possível que o veículo entenda se o motorista está passando por uma situação de perigo como aquaplanagem ou desvios repentinos.

Logo, se for identificado que o veículo se enquadra em uma situação deste tipo, o sistema atua corrigindo a trajetória, podendo atuar nas rodas e/ou potência do automóvel.

Volkswagen Polo controle estabilidade
Volkswagen Polo 1.0 MPI (Fonte: Motor1)

Sistema de controle de tração

Nesse sistema, os sensores presentes nos freios ABS percebem a falta de contato de uma das rodas com o solo. O veículo responde com a diminuição da potência do motor e acionamento do freio ABS na roda sem contato. É importante mencionar que essa resposta do veículo faz com que a roda que tenha mais contato com o solo não acabe tendo maior tração que a outra. Consequentemente, o veículo impede que as rodas responsáveis pela tração percam contato com o solo em momentos de pouca força sendo enviada a elas. Essa é uma situação muito comum em curvas e arrancadas.

Fiat Argo controle de tração
Fiat Argo 1.3 GSR (Fonte: Carpress)

Freios ABS

Os freios ABS passaram a serem itens obrigatórios em veículos lançados a partir do ano de 2014. Eles são de extrema importância quando falamos da retomada de controle do veículo por parte do motorista em situações de emergência. Isso acontece porque esse sistema impede que as rodas percam a aderência ao solo quando o freio for acionado bruscamente.

É possível perceber que a maioria dos sistemas descritos acima já estão presentes em diversos veículos nas ruas. As empresas vêm estudando cada vez mais essa tecnologia para o desenvolvimento e produção de automóveis mais inteligentes e seguros.

Já teve a experiência de usar alguma tecnologia dessas? Conta para a gente!

Fonte: Fundamentos, tecnologias e aplicações de veículos autônomos

Comentários

Engenharia 360

Letícia Nogueira Marques

Estudante de Engenharia de Materiais e Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do ABC e mecânica de produção veicular pelo SENAI Mercedes-Benz; já atuou na área de Facilities com foco em projetos de sustentabilidade para redução de impacto ambiental.

O Honda Accord é um sedan fabricado desde 1976 e que está, atualmente, em sua décima geração, a qual traz um visual bem mais moderno. Nós tivemos a oportunidade de testar sua nova versão, o Honda Accord Touring 2020 e contamos os detalhes neste texto.

Motor e performance

O motor do Honda Accord Touring é um 2.0L Turbo 16V DOHC com injeção direta de 256cv e câmbio de 10 velocidades. Segundo a empresa, ele também possui função ECON com Eco Assist, o qual permite ter alta eficiência energética (mais economia) e baixa emissão de poluentes em todas as faixas de rotação. Ainda, o torque é de 37,7kgm/1500-4000 rpm.

A suspensão dianteira é do tipo MacPherson e a traseira é Multi-link, o que torna a dirigibilidade muito boa pela capacidade de adaptar e absorver melhor as irregularidades da pista, sem prejuízo da estabilidade.

Design

O Honda Accord possui um design sofisticado na traseira. Na parte frontal, o design é mais dinâmico, dando a aparência esportiva e agressiva.

Com relação às dimensões, são 2,380 m de distância entre eixos, 4,889 m de comprimento, 1,862 m de largura e 1,460 m de altura.

As lanternas traseiras são em LED e o escapamento é duplo cromado. As rodas esportivas são liga leve 18” e os pneus 235/45R/18.

honda accord 2020 dianteira

Por dentro, não falta conforto: há um amplo espaço interno. O banco do motorista tem ventilação e ajustes elétricos com 12 opções e o volante é revestido de couro. O banco traseiro tem apoio de braço central e porta-copos. A sensação de sentar ao volante é de estar sendo abraçado pelo conjunto como um todo.

O porta-malas têm espaço de 574 litros e possui comando elétrico de abertura interna por meio de um botão na porta do motorista.

Tecnologia e segurança

No quesito tecnologia, o Honda Accord Touring tem painel de instrumentos digital TFT com computador de bordo, acendimento automático dos faróis com função auto-ajuste e desligamento automático, carregador wireless para celular, sistema de áudio premium de 452 watts e 10 alto-falantes (incluindo subwoofer), bluetooth com comandos HFT e função voice tag, tela multimídia de 8” com Apple CarPlay e Android Auto, câmera de ré e navegador GPS.

A chave controle permite que você acione o motor à distância e ative o sistema de climatização – um diferencial muito bacana, principalmente nos dias de calor em que temos que estacionar o veículo ao sol. Ainda, ela controla travamento e destravamento das portas pelo sensor de aproximação, comando remoto dos vidros, teto solar e abertura de porta-malas.

Dentre os equipamentos e sistemas de segurança, há cinto de 3 pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes, há 8 airbags (2 frontais, 2 laterais, 2 de cortina e 2 para joelhos) e freios com sistema ABS (Anti-Lock Braking System), EBD (Eletronic Brake Distribution) e BA (Brake Assist).

O Accord Touring possui o Honda Sensing, que, segundo a própria empresa, conta com:

  • Adaptative Cruise Control (ACC) com Low Speed Follow (LSF): sistema que auxilia o motorista a manter uma distância segura em relação ao veículo detectado à sua frente;
  • Collision Mitigation Braking System (CMBS): sistema de acionamento de freios ao detectar uma possível colisão frontal com o objetivo de mitigar acidentes;
  • Lane Keeping Assist System (LKAS): sistema que detecta as faixas de rodagem e ajusta a direção com o objetivo de auxiliar o motorista a manter o veículo centralizado nas linhas de marcação;
  • Road Departure Mitigation System (RDM): sistema que detecta a saída da pista e ajusta a direção com o objetivo de evitar a sua evasão e possíveis acidentes.

Preço

No Brasil, o Honda Accord Touring custa R$204.900,00.

Nossas impressões sobre o Honda Accord Touring

Quanto à dirigibilidade e conforto, o carro agradada bastante, até mesmo em terrenos mais irregulares, como as cidades esburacadas. Mas o que pega mais, e entra como pontos negativos, são: o preço alto quando comparado com concorrentes diretos e a falta de uma opção mais simples, de entrada.

Leia também: Honda CR-V 2019: confira as novidades da nova versão e nossas impressões ao dirigir

Comentários

Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

Um relatório dos engenheiros de software da Sony revelou que a empresa está desenvolvendo um sistema de movimento de realidade virtual altamente imersivo, que provavelmente será usado em sua próxima geração de controles de PlayStation. A novidade? Os controles empregariam tecnologia de rastreamento de dedos.

Antes de qualquer coisa: o que esperar de tecnologias de AR e VR?

Controle VR Sony. Imagem: Sony Interactive Entertainment Inc.
Reprodução dos movimentos pelo controlador. Imagem: Sony Interactive Entertainment Inc.

VR na palma da mão (e nos dedos também)

Não espere que esses controladores sejam lançados junto com o PlayStation 5 neste ano. Ainda não está evidente se esses controles serão sucessores do PlayStation Move ou parte do kit do PlayStation VR 2 ou algo completamente diferente. De qualquer forma, pelo menos agora podemos ver esse sistema de controladores com rastreamento de dedos em ação, pois pesquisadores da Sony disponibilizaram o conteúdo em vídeo:

O vídeo consistiu de material suplementar a um artigo científico intitulado “Avaliação de Técnicas de Aprendizagem de Máquina para Estimativa de Posições da Mão em Dispositivo Portátil com Sensor de Proximidade”. Nesse trabalho, os pesquisadores detalham como equiparam um protótipo com sensores capacitivos de proximidade, que determinam a posição das mãos do jogador. Essa informação que é então replicada em tempo real na realidade virtual.

Experimentos controlados (literalmente)

A equipe de pesquisadores da Sony construiu um protótipo de controlador manual com 62 eletrodos incorporados e registrou conjuntos de dados de treinamento com um sistema de monitoramento óptico. Eles capturaram movimentos das mãos de 12 indivíduos, cada um com diferentes tamanhos de mãos, para considerar particularidades de diferentes cenários.

O vídeo do protótipo mostra a mão do usuário e sua representação digital, fazendo vários gestos, como abrir e fechar, contar, rotação do polegar, abrir os dedos, sinal de paz e esticar o polegar e o mindinho (simbolizando uma ligação telefônica). Ele pode reconhecer uma mão segurando o dispositivo controlador e levantando ou jogando um objeto. Desse modo, a equipe desenvolvedora revela que essa tecnologia poderia ser usada para “comunicação não-verbal” também no mundo virtual.

Dimensões do protótipo do controlador VR. Imagem: Sony Entertainment, Inc.
Dimensões do protótipo do controlador VR. Imagem: Sony Entertainment, Inc.

Apontando para o futuro em VR

O pessoal da Sony enxerga o protótipo como promissor, principalmente porque ele mantém sua precisão mesmo em circunstâncias como quando a mão do operador começa a suar (muito provável em jogadores), ou se o usuário estiver usando anéis, relógios ou acessórios similares. Entretanto, os pesquisadores ainda estão com dificuldades para replicar certos movimentos, especialmente quando os dedos do jogador estão mais distantes da superfície do controle. É para se agarrar à ideia, com o perdão do trocadilho.

Mas vale lembrar que a Sony não está só nessa: no ano passado, a empresa licenciou uma tecnologia háptica avançada para controladores VR que é capaz de simular “sensações de empurrar, puxar, agarrar e pulsar”. A detentora da patente tem o nome de Immersion Corp.

Leia também: Luvas de realidade virtual permitem ao usuário sentir o formato de objetos.

Fontes: Techxplore. 2020 CHI Conference on Human Factors in Computing Systems.

Comentários

Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Empresário e empreendedor são palavras que geralmente são associadas à mesma coisa, mas na prática esses perfis não são os mesmos! Mas quais são essas diferenças? Vamos tirar essa dúvida juntos!

Empresário:

Primeiramente, o termo “empresário” é o nome de uma profissão. É a pessoa, física ou jurídica, que tem como função produzir e gerenciar bens e serviços ao mercado. O objetivo dela é gerar crescimento e lucratividade à empresa.

reunião de dois homens e tres mulheres com negros e brancos empresário empreendedor

O empresário precisa ter habilidades com técnicas administrativas, controle financeiro, marketing, planejamento, gestão de pessoas, vendas e etc. Ele também precisa ter vontade de resolver os problemas das pessoas e capacidade de adaptação às mudanças de cenário no mercado.

Contudo, quando as empresas começam a ficar estagnadas, sem perspectiva de crescimento e sem vontade de inovar, entra a necessidade de profissionais com espírito empreendedor.

Empreendedor:

Sim, empreendedor nem sempre é uma profissão. Esse termo está mais ligado a um comportamento, a um mindset. O empreendedor não precisa necessariamente abrir um negócio, pois ele está mais ligado à identificação de oportunidades, criatividade e muita vontade de agregar valor com inovação.

Uma pessoa empreendedora traz consigo muita motivação. Ela assume riscos e está sempre buscando novas informações e soluções para o empreendimento. Ela tem uma visão de futuro, conhecimento e apreço por sua área de atuação e está sempre construindo sua rede de contatos, hoje chamada de networking, como auxílio em sua busca de sucesso.

mulher empreendedora
Imagem: piauihoje.com

Esse perfil empreendedor é muito valorizado, visto que com a alta concorrência do mercado, a inovação e a criatividade são essenciais para que os empreendimentos se destaquem.

A união faz a força

Agora que ficou claro a diferença das duas palavras, vamos destacar a importância dessas duas funções juntas. Para que haja sucesso dentro de uma empresa, o ideal é que ela tenha empresários e empreendedores.

A união de ideias, soluções criativas e inovadoras que o empreendedor traz, junto da figura do empresário, que mantem os processos internos otimizados e perpetua os negócios no mercado, aumentam as chances de consolidação do negócio e a possibilidade de destaque de forma significativa!

E aí? Seu perfil é mais de empresário ou empreendedor? Conte para a gente nos comentários ou no instagram do Engenharia 360!

Veja Também: Engenheiras empreendedoras: 4 exemplos pra você se inspirar!


Fontes: Revista Exame; Instituto Brasileiro de Coaching – IBC;

Comentários

Engenharia 360

Júlia Sott

Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.

As barragens são estruturas construídas transversalmente, em meio a cursos de água, com objetivo de conter e acumular grandes quantidades de água ou deposição de outros materiais líquidos e sólidos, como, por exemplo, rejeitos de processos industriais. Suas principais funções estão ligadas à: reserva de água, geração de energia elétrica, controle de cheias, contenção de sedimentos (controle de erosão) e contenção de rejeitos industriais.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar os tipos de barragens e quais as funções que elas podem desempenhar. Confira!

Tipos de barragens na Engenharia

Os tipos de barragens variam de acordo com sua finalidade e o terreno onde se localizam. Listamos abaixo os principais tipos para vocês:

1. Barragem de terra

É o tipo de barragem mais comum, pois pode ser apoiada em tipos variados de fundação. Normalmente, são construídas para armazenar água e se divide em dois tipos conforme os materiais que a estruturam: homogêneo e zonado.

Tal estrutura é caracterizada por vales muito largos. No caso das barragens homogêneas, os taludes são constituídos por um único material impermeável. Já as do tipo zoneadas possuem seu núcleo composto por material impermeável e as demais camadas por materiais mais permeáveis, que possuem função de suportar e proteger o núcleo. A inclinação desses taludes deve ser suave para haver estabilidade.

Conheça os principais tipos de barragens e suas funções
Barragem de terra | Imagem reproduzida de UNDB

Veja Também: Quais as principais causas do rompimento de barragens?

2. Barragem de rejeitos

A barragem de rejeitos é considerada a forma “mais comum e mais barata”. Ela possui como função o acúmulo de resíduos de processos industriais.

Essas barragens são inicialmente construídas de terra, enrocamento, rejeitos e até concreto. Em meio ao seu processo de construção, existe o método chamado de “alteamento a montante”, no qual a barreira de contenção recebe camadas do próprio material do rejeito, o que foi o caso de Mariana e Brumadinho.

Há também dois outros métodos semelhantes de alteamento: a jusante e o método da linha de centro. Todas elas incluem a construção inicial de um dique de partida. A diferença está na direção do alteamento.

Barragem de Rejeitos
Barragem de Rejeitos | Imagem reproduzida de Agência Sertão

Veja Também: Barragens subterrâneas são a nova aposta para combater a seca no Nordeste

3. Barragem de enrocamento com face de concreto     

É constituída de enrocamentos (maciço composto por blocos de rocha compactados em camadas), com face constituída de concreto impermeabilizado. Normalmente são construídas sobre fundações de rocha sã, mas a ligação das placas de concreto com a fundação deve receber atenção especial, devido a recalques ocasionais das camadas de enrocamento, quando a fundação é feita sobre meios deformáveis.

Barragem de Enrocamento
Barragem de Enrocamento | Imagem reproduzida de researchgate

4. Barragem contraforte de concreto

Sua estrutura é constituída por laje de concreto e sustentada por contrafortes, responsáveis por receber as tensões provenientes do acúmulo da água sobre a laje. Esse é um tipo de barragem que necessita de grande preparo da fundação. Em alguns casos, emprega-se o uso de tirantes e até injeção de calda de cimento e sempre mantendo o controle geológico.

Barragem com Contrafortes de concreto
Barragem com Contrafortes de concreto | Imagem reproduzida de Auvergne Rhone Alpes

5. Barragem em arco

Essas barragens construídas em vales estreitos e com boas condições de ombreiras (laterais do vale onde a barragem se apoia) que são geralmente constituídas por rocha. Possuem estrutura de concreto e necessitam de grandes escavações para atingir a rocha sã, devido aos esforços sobre a fundação serem maiores para esse tipo de barragem, necessitando de fundações resistentes.

Barragem em arco
Barragem em arco | Imagem reproduzida de Revistaft

6. Barragem de gravidade em concreto

Esse é o modelo de barragens que requer fundação eficiente e é geralmente construído em locais onde há restrição de espaço. Sua constituição é de concreto, podendo ser de paredes maciças ou vazadas. E sua resistência está nas próprias paredes que a constituem em relação ao empuxo horizontal da água, transmitindo as tensões para a fundação.

Barragem de gravidade em concreto
Barragem de gravidade em concreto | Imagem reprodução

Considerações finais

Nos últimos anos, o tema “barragem” vem sendo muito citado e debatido em meios sociais, jurídicos, de engenharia, geotecnia, geologia, entre outros. Infelizmente esse debate ocorreu após duas catástrofes terem acontecido no Brasil, uma em Mariana–MG em 2015 e outra quase três anos depois, em Brumadinho–MG, devido ao rompimento de duas barragens de rejeitos que destruíram cidades e geraram fatalidades.

Vale dizer que todos deveriam possuir o mínimo de conhecimento sobre esse assunto, até você, pois na sua cidade pode existir uma barragem como essa e é sempre bom cobrar das autoridades a fiscalização adequada sobre a estabilidade dessas estruturas, para não ocorrer nenhum desastre. No Brasil, a norma que regula os projetos de construções de barragens é a NBR 13028.

Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares para aumentar a conscientização sobre a importância das barragens e a segurança das mesmas.

Veja Também:


Fontes: Vale, AECWeb.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Luana Espindola Ribeiro Aguiar

Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.

Todos nós estamos recebendo diariamente: notícias, últimas informações estatísticas, novas vacinas em pesquisa e, entre outras informações correlacionadas à pandemia que atinge o mundo inteiro: a famosa COVID-19 (Coronavírus, Sars-Cov-2). Os famosos grupos de família do whatsapp nessas horas congestionam de mensagens, com uma enxurrada de informações, independente se a fonte foi validada ou não, o que virou uma rotina infeliz nos tempos atuais.

Imagem de mortes por coronavírus na América do Sul
COVID-19 na América do Sul | Fonte: Ministério da Saúde e John Hopkins University

Considerando questionamentos realizados a respeito do suposto exagero com números do Brasil comparado a países vizinhos, algumas dúvidas e curiosidades foram levantadas .

E se comparássemos com tamanho territorial e populacional?

A forma mais prudente de se comparar países inicia por análise entre tamanho territorial e populacional. Posteriormente entra uma série de outras variáveis, de acordo com a pesquisa tratada.

Tabela de casos de coronavírus

Analisando os dados apresentados no quadro acima, conseguimos comparar algumas informações , que são:

Na quinta coluna, cálculo proporcional considerando tamanho territorial brasileiro aos demais países, levando em consideração casos confirmados indicados na imagem divulgada em grupo de whatsapp, conseguimos fazer uma interpretação onde: Equador está com número altíssimo, chegando a ~5 vezes mais que o Brasil e, Peru, vindo em seguida, com números um pouco maiores que o nossos. Logo em sequência, Colômbia, que também vem sofrendo após um maior controle da pandemia tardio, seguido do Chile, que escolheu manter apenas a cidade de Santigo do Chile em restrição de funcionamento.

Já na sétima coluna, também fazendo proporcionalidade ao território brasileiro para com países vizinhos latinos, mas aqui considerando casos confirmados do COVID-19 relatado no estatístico Google de 06/05, conseguimos fazer uma avaliação que o Chile, anteriormente comentado que reservou apenas a cidade de Santiago do Chile, ganha destaque sendo terceiro colocado e em maior quantidade de casos, se comparado ao Brasil. Repare que os números são alarmantes, chegando ao marco de: 8 e 3 vezes respectivamente, em números maiores de casos, comparado ao Brasil.

Na última coluna, conseguimos analisar impacto mas considerando agora tamanho POPULACIONAL. Vejam que também chegamos a mesma analogia representada na análise por tamanho territorial. Novamente: Equador, Peru e Chile, se destacam. Outro ponto curioso é como a Argentina, País mundialmente considerado como case nessa pandemia, visto que o lockdown foi de fato aplicado severamente, tem resultados satisfatórios em ambas análises, ficando atrás apenas de: Venezuela, Paraguai e Bolívia, o que não levamos em consideração, uma vez que estamos falando de um País em plena ditadura, seguido de dois outros Países já questionados algumas vezes pela falha na análise quantitativa de casos confirmados por COVID-19.

A estatística é falha?

A estatística nos trás uma tendência de acerto, mas não é garantido. O não garantimento não significa que não devemos confiar, apenas que devemos levar fé no dado e a partir daquele ponto, tomarmos decisões. Em falando de COVID-19, as estatísticas estão próximas da realidade, porém, estudos indicam números mais alarmantes do que encontramos. “Infectados podem ser de 5 a 30 vezes o número oficial”. Este é um título sobre uma reportagem mais completa que já vimos brasileira da página do site UOL 

Essa afirmação vem seguida de uma outra mais alarmante, onde informa que: “Um estudo com base no caso da China, país de origem do vírus, estimou que 86% das pessoas infectadas não apresentavam sintomas da doença. E foram justamente elas que ajudaram a espalhar o coronavírus por lá. Até o momento, o país asiático contabiliza mais de 80 mil casos.” Mais a frente o texto complementa: “Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, levando em conta aspectos locais, considerou que o número real de casos pode ser entre cinco e 30 vezes a contagem oficial. Espelhando isso para o Brasil, podemos estar diante de até 27 mil contaminados (reportagem publicada em 21 de Março de 2020), neste momento. Mas ninguém sabe ao certo.” Agora, os casos de coronavírus no país já ultrapassam os 250.000.

E as empresas, como estão?

Com a ajuda de profissionais no mercado de trabalho, conseguimos reunir dados de 36 instituições diferentes, sendo elas: público e privadas. Neste nicho de empresas, também foi possível capitanear dados de como algumas empresas estão atuando na Europa e em países vizinhos nossos, com foco em: França, Peru e Argentina.

Com os dados organizados, conseguimos chegar a algumas análises como: redução salarial atual ou prevista, suspensões de contrato de trabalho e reduções de horas trabalhadas, fechamento temporário e demissões realizadas, aplicação de home office, uso de EPI’s em atividades essenciais e por fim, casos e mortes confirmadas nas empresas.

Redução salarial atual e prevista

gráfico de redução de salários durante a pandemia de coronavírus

Conseguimos chegar com os dados apresentados, que: empresas de grande porte estão bem divididas quanto a aplicação, ou não, da redução salarial, utilizando dos recursos que o Governo Federal disponibilizou ou que já permitia em lei vigente anteriormente. Também é possível afirmar que instituições educacionais e Prefeituras, retratadas como “N/A” no gráfico, tiveram acentuado aplicação das reduções de jornada e salarial, indo em confronto a falsa ideia de que pouco fariam.

Empresas de pequeno porte, como padarias, barbearias e pequenos negócios, tiveram a posição mais imediata, o que já era esperado, visto que são o elo da cadeia mais frágil, não tendo tanto capital para manter meses, as vezes nem um mês, de pagamento total de salários, encargos e benefícios como tantas outras despesas, sem nenhuma operação. Feito isso, os extremos tanto na redução salarial por tamanho de negócio como também, maioria proporcional, na redução salarial por tipo de negócio são mais evidentes para as pequenas empresas.

Também foi possível discutir brevemente sobre próximos passos. Desconsiderando aqui empresas que já aplicaram algum tipo de redução salarial, conseguimos chegar a uma avaliação superficial que o grupo restante não tende a fazer alguma movimentação ou, ao menos, não demonstra tal alteração em curto prazo. Neste caso, nem todos puderam opinar, o que torna a análise inconclusiva.

Suspensões de contrato de trabalho e reduções de horas trabalhadas

A redução parcial da escala de trabalho é natural para grande maioria das empresas, visto que o consumo de bens e outros reduziram drasticamente. Exemplo disso é a redução projetada entre 30% a 50% de consumo de combustíveis para automóveis. Com isso, também é natural a percepção média de redução de escala de trabalho em indústrias. Outro ponto fundamental é o próprio COVID-19. Inicialmente foi sugerido afastamento social e, em alguns Estados do País, mandatório. Lembrando que também temos exemplos de países da Europa e, um em específico, da Argentina, único país a aplicar lockdown na América Latina, até então.

gráfico de redução de escala de trabalho durante a pandemia de coronavírus

Quanto a suspensão de contrato de trabalho fica evidente sobre dois elos extremos. Os grandes e os pequenos negócios. É interessante essa avaliação, por motivos aqui já ditos. O pequeno, devido sua incapacidade financeira de manter suas despesas sem vendas acompanhando as entradas mas, as grandes empresas, que na teoria poderiam vir a suportar mais tempo que os pequenos, em menor tempo também gozaram dos direitos legais, para se preservarem, quer seja mediante a uma instabilidade de sua saúde financeira que já carrega há algum tempo, quer seja por análise estratégica, visto a não clareza de saneamento deste momento de pandemia que passamos.

Fechamento temporário e demissões realizadas

Este é um parágrafo amargo… Sim, tem momentos que se faz necessária uma decisão extrema, quer seja por: resguardo de pessoas, baixa de consumo do mercado ou restrição mediante regra imposta por Governos locais Estaduais, para não proliferação da pandemia.

gráfico de fechamento de empresas e demissões durante a pandemia

Educação sai na frente quanto ao fechamento de suas unidades mas, em compensação, não demonstra, nesse primeiro momento, nenhuma movimentação para desligamento de seus colaboradores. Na verdade, o desligamento é claro e evidente em comércio e pontualmente na indústria. O fechamento pontual do negócio que fica mais abrangente, tendo exemplos como: educação, já dito acima, Estatal, tecnologia e transporte. Este último, para melhor compreensão, visto que é um serviço essencial, requer maior explicação.

É o caso de uma empresa Estatal de entregas no Brasil inteiro, que fecha unidade de distribuição por 15 dias, a contar da data de afastamento, de um colaborador que confirmar suspeita de COVID-19. Após os 15 dias e devida higienização da unidade, ela reabre.

Aplicação de home office, uso de EPI’s em atividades essenciais

Falando um pouco sobre segurança e saúde das pessoas, foi solicitado a visão de cada colaborador para com a aplicação do home office em sua área e empresa. Em sua maioria, foi aplicado em mais de 50% o home office. Esse é um ponto interessante pois nunca tivemos tantas pessoas trabalhando de casa, ao menos não nos recordamos de nenhum marco histórico para referenciar e, pós pandemia que esperamos terminar brevemente, seremos então todos diferentes. Também é possível reparar que um tipo de mercado apenas tem exemplos de não aplicação do home office, no caso, comércio. Para os casos citados, são exemplos de empresas que decidiram fechar suas portas temporariamente.

gráfico home office durante pandemia

Com relação ao uso de EPI’s, as indústrias são majoritariamente mais preparadas. Tem um corpo técnico mais qualificado e requer de tempo e recurso para um melhor preparamento para segurança do grupo de trabalho bem como mantenimento de suas atividades, quer sejam parciais ou totais.

Casos e mortes confirmadas nas empresas

Esse é de longe o tema que não queríamos trazer aqui mas, faz parte da análise.

gráfico de casos e mortes por coronavírus nos setores empresariais

Transporte e distribuição, tecnologia e comércio são mercados de front. Possuem contato social extremo e são os mais abalados. A pesquisa não chega a profundidade exigida para esse tema pois saúde é um tema pessoal e as Companhias resguardam a área de saúde, monitoramento e acompanhamento com cada colaborador, muitas vezes nem a área de recursos humanos tendo todas as informações desejadas. Não conseguimos aqui comparar casos e mortes por COVID-19 por nicho de mercado, seria necessária uma pesquisa mais técnica e da área de saúde para melhor mapeamento e compreensão. Reservo esse gráfico para interpretação e ciência de casos nas empresas.

E o que nós esperamos?

Esperamos que todos pesquisem a fundo cada material recebido e que não se difunda as famosas fake news. Desejamos também que você, tendo possibilidade de ficar em casa ou trabalhando por estar em atividade essencial, se proteja. A sua proteção é a proteção da sua família e do próximo.

Também esperamos uma baixa nessa curva de novos casos de COVID-19 da mesma forma que ela apareceu e que uma cura surja brevemente para que possamos entrar no NOVO NORMAL em nossas vidas.

E você, o que acha dessa situação? Deixe sua opinião nos comentários!

Fontes: Estatística COVID-19; Tamanho populacional América Latina.

Comentários

Engenharia 360

Roberto Yung

Engenheiro industrial, pós graduado em docência do ensino superior, MBA em gestão de qualidade, green belt e mestre em sistemas da engenharia.

Devido a pandemia causada pela COVID-19, muitas instituições de ensino e alunos foram prejudicados, visto que protocolos de distanciamento social impossibilitam qualquer atividade que reúna um grande número de pessoas em um mesmo ambiente.

Sala de aula vazia
Sala de aula vazia por conta da pandemia de COVID-19. Créditos: guiadoestudante.abril.com.br

Tem sido uma tarefa dura manter o cronograma de estudos em dia diante dos percalços vivenciados pelas instituições de ensino. Nem sempre um estudo individual é suficiente. Além disso, com os locais fechados, os alunos ficam sem acesso à bibliotecas. Muitos estudantes agora devem traçar algumas estratégias para que alcancem êxito nos estudos e na revisão de conteúdo.

E para que os alunos não percam o ritmo de estudo durante a quarentena, o Telecurso disponibilizou cerca de 300 aulas com material incluso. O telecurso é uma forma de educação a distância que surgiu em 1970, quando apenas 10% da população brasileira estava matriculada no ensino médio.

Logo telecurso
Creditos: www.telecurso.org.br

Nas teleaulas são abordadas as disciplinas do ensino fundamental e médio. As disciplinas ofertadas são:

  • Artes
  • Biologia
  • Ciências;
  • Espanhol
  • Filosofia;
  • Física;
  • Geografia;
  • História;
  • Inglês;
  • Matemática;
  • Música;
  • Língua Portuguesa;
  • Química;
  • Sociologia.

Cada aula tem duração média de 15 minutos e ao final de cada aula é feita uma revisão do conteúdo assistido.

Para assisti-las e ter acesso aos materiais didáticos, basta acessar a página do Telecurso, clicar na opção “teleaula” e escolher a disciplina que deseja assistir. Tem a opção também de verificar todos os vídeos reunidos no YouTube.

Na televisão, você pode acompanhar os conteúdos através das seguintes emissoras:

  • TV Cultura: de segunda a sexta, às 5h45, as aulas disponíveis são de Ciência, Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, História e Geografia, disciplinas do Ensino Fundamental. 
  • Canal Futura: de segunda a sexta, às 8h, às 13h e às 18h15, nas principais operadoras do país pelos canais: Sky – 434 HD e 34; Net e Claro TV – 534 HD e 34; Oi TV – 35 e Vivo – 68HD e 24 fibra ótica. Na TV aberta (pela rede de TVs universitárias) e no Futura Play
  • A TV Brasil e as emissoras TV Aparecida e Rede Vida também transmitem o programa.

Mesmo que existam adversidades, o importante é sempre buscar o conhecimento, visto que o mundo de hoje necessita de pessoas capazes e que estejam preparadas para os diversos desafios que possam surgir.

Estudar para obter sucesso profissional.
Créditos: penser.com.br

Referências: Canal do Ensino, Telecurso.

Conta para a gente: você está estudando em casa?

Leia também: Engenharia – Faculdade a distância: será que funciona?

Comentários

Engenharia 360

Kaíque Moura

Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.