Não é apenas no céu noturno e nos nomes de bebês que Elon Musk vem causando alvoroço. Em uma entrevista recente ao podcaster Joe Rogan, o bilionário tech levantou novamente a polêmica do projeto Neuralink e também a possibilidade de testes em humanos em menos de um ano.

Não conhece o projeto Neuralink? Você pode ler a respeito aqui.

Elon Musk fala sobre Neuralink. Imagem: Joe Rogan via Youtube.
Imagem: Joe Rogan via Youtube.

Musk sobre Neuralik para o podcast de Joe Rogan

O Neuralink, um mecanismo secreto de estimulação cerebral, é a peça chave de uma startup cofundada por Elon Musk. Em conversa para o podcast de Joe Rogan, Musk revelou que o projeto está perto de começar a testar em sujeitos humanos.

Para deixar mais clara a linha do tempo, vale citar que a notícia veio depois que o empresário provocou, em fevereiro, todo um mistério sobre a startup de interface cérebro-computador estar trabalhando em uma nova versão “impressionante”. Claro que todos nós ficamos atiçados com a possibilidade.

“Ainda não estamos testando pessoas, mas acho que não vai demorar muito”, disse Musk a Rogan. “Podemos implantar um Neuralink em menos de um ano em uma pessoa, eu acho”.

A ideia do implante cerebral que não sai da cabeça de Musk

O que você acha sobre uma empresa mexer no seu cérebro? Musk explicou que o dispositivo da empresa tem cerca de uma polegada de diâmetro e deve ser implantado removendo uma pequena seção do crânio. O empresário Musk deu uma risada tímida ao mencionar essa parte.

Tentando tranquilizar a audiência, Elon Musk subestimou os riscos envolvidos em tal procedimento, alegando que há “um risco muito baixo de rejeição [do corpo]”. (A rejeição dos sujeitos é outra história). Além disso espera-se que os benefícios do estímulo cerebral profundo possam ser revolucionários em doenças tais como Alzheimer, o que provavelmente irá sobrepujar a polêmica.

Elon Musk em entrevista sobre Neuralink. Imagem: Joe Rogan via Yourube.
Imagem: Joe Rogan via Yourube.

Complementarmente, “As pessoas colocam em monitores cardíacos e coisas para convulsões epiléticas, simulação cerebral profunda, quadris e joelhos artificiais esse tipo de coisa”, disse ele, observando que “é sabido o que causa ou não uma rejeição”. E um fato que Musk citou com ar enigmático foi que ninguém saberia que você tem um implante desses.

Ainda falta um pouco para o Neuralink decolar

Acalmando nossos ânimos, é importante citar que tecnologia ainda está em seus estágios iniciais: “Ainda há muito trabalho a fazer”, disse Musk. Voltando ao cronograma de testes em um ano, ele observou que existe “a chance de colocar um link em alguém e deixá-lo saudável e restaurar algumas funcionalidades que eles perderam”.

Tal como a gente costuma pensar em ficção científica, o entrevistador, Joe Rogan, já imaginou o cenário ciborgue em que nós nos tornaríamos um com as máquinas. Musk respondeu que precisamos acompanhar.

Nas palavras de Elon, nós já somos um ciborgue de certa forma. E ele deu o exemplo de quando você pega o seu celular ou sente ele faltando nas suas mãos. É como uma extensão do corpo. O que seria um Neuralink então?

A entrevista está disponível aqui:

Fonte: Joe Rogan podcast.

O que você acha da ideia de ter um implante em seu cérebro?
Conta para a gente!

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Embora a domótica exista há mais de 30 anos, só se foi vigente a popularização de casas inteligentes na última década, principalmente com o crescimento da tecnologia wireless, de modo que possibilitou baratear os preços e tornar acessível a tecnologia e usabilidade da automatização de residências. Logo, o ramo começa a despertar principalmente os olhares dos empreendedores por se tratar de um serviço muito promissor no mercado para os próximos anos no Brasil, tornando extremamente necessário entender mais sobre as “casas do futuro”.

O que é Automação Residencial?

Os primeiros sistemas de automatização surgiram na década de 70, nos Estados Unidos,  através das indústrias que queriam facilitar tarefas de modo que pudessem ter tudo ao seu controle. 

Com o passar dos anos, o surgimento da Automação dentro das residências teve um crescimento, uma vez que sua implementação facilitaria funções que antes dependiam unicamente dos moradores.

Os progressos de tecnologias de software e hardware possibilitam um sistema de sensoriamento. Logo, o mecanismo faz com que os todo o sistema eletrônico da casa seja único, sob total controle e de acordo com nossos hábitos, necessidades e gostos.

A automação residencial a cada ano se renova com novas tecnologias que a engenharia vem criando, proporcionando a capacidade de novos serviços dispostos para os usuários que aderem a tecnologia.  

Suas principais aplicações são no controle de temperatura, iluminação, janelas e cortinas, sistema de som, televisão, fechaduras de portas, como também o monitoramento de quem entra e sai com câmeras, sensores de presença, alarmes, etc. Também evita desastres como incêndios, uma vez que se há eletrônicos instalados no teto que lançam água caso seja detectado fogo nos sensores de fumaça. 

conexão residencial

Vantagens

O Brasil é assombrado há anos pelo constante medo de assaltos e arrombamentos em sua residências, e a segurança que a automação residencial garante ao usuário vem a ser a principal vantagem do serviço aqui em nosso território, possibilitando o monitoramento de sua residência mesmo não estando em casa, como visualizando as câmeras, sensores de presença, fechaduras e se o alarme da casa foi acionado ou não. Tudo isso pelo smartphone, tablet ou notebook do morador.

O serviço nas residências também possibilita o acionamento de lâmpadas, ar condicionado, irrigação nas plantas, abertura de janelas e portas em qualquer lugar no mundo, contribuindo para a comunidade e praticidade da morada, e é neste tópico que observamos a presença da internet das coisas aliada à Automação. 

Outro grande benefício da inteligência é o consumo consciente e econômico de energia. A Automação faz com que o usuário saiba como está a movimentação do KWh, de modo que o sistema monitora todas as tomadas da casa, sabendo exatamente a potência que são utilizadas nas mesmas.

Média de custo para implementação atualmente

O custo do serviço desperta muitas dúvidas entre os projetistas iniciais e as pessoas que procuram a implementação. Seu preço varia de acordo com o nível de automação que o morador pretende ter em sua casa. Assim, os pacotes cobrados atualmente no mercado variam de 3 mil até 15 mil reais. 

utilidades automação residencial

Principais tendências para futuros projetos 

Cada profissional da área entende que os consumidores de seus serviços podem ser pessoas leigas, que não dominam softwares avançados. Com isso, um grande diferencial entre empresas do ramo é a oferta de interfaces menos complexas, que buscam minimizar a dificuldade de manuseio para cliente ao usar os comandos através de seus smartphones, tablets ou notebooks. 

Para evitar confusões de comunicação entre equipamentos automatizados, os projetos tendem a serem mais integrados, ou seja, unir os componentes de forma que se comuniquem entre si através de algoritmos, de modo que cada vez mais distancie o trabalho manual dos usuários. 

Com os avanços da rede wireless, os projetos começaram a ser menos cabeados, fornecendo ao cliente a escolha de obter uma conexão com ou sem fio entre equipamentos e o controle do cliente. Entretanto, a tendência é que os fios sejam utilizados cada vez menos por conta da difícil instalação e deterioração a longo tempo.

Com uma previsível popularização da automação residencial, torna-se mais barato o serviço. Nos dias atuais, o grande elevador de custos das casas inteligentes são justamente os componentes eletrônicos caros, mas há uma estimativa de crescimento de fornecedores de serviços domóticos no mercado brasileiro, logo começando a baixa de preços para os projetos automatizantes.

E você, pensa em ter uma casa inteligente no futuro? Conta pra gente!

Leia também: O futuro da energia solar como fonte de energia

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Engenharia 360

João Paulo Pinzon

Engenharia de Produção na UFRGS em formação e Técnico em Automação Industrial. Não sou inteligente, mas sou disciplinado e acredito que unicamente a disciplina é o que leva-nos ao sucesso. Para mim, a base da sociedade moderna é a conjuntura da educação e inovação.

O céu é o limite quando se trata das possibilidades e dos ganhos com a utilização de uma ferramenta de Business Intelligence (BI).

Um problema que atinge muitos empresários na era da informação é o excesso de dados e no ramo da construção civil não seria diferente. O excesso de informação gera desinformação. No caso dos negócios, é preciso filtrar o que realmente interessa, para que os dados sirvam como base para tomada de uma melhor decisão e aumentar assim o desempenho da empresa.

Diferente dos projetos de implantação longos e caros do passado, as novas soluções de BI estão cada vez mais simples, dando ao usuário final a flexibilidade para montar rapidamente suas análises e dashboards.

Este processo se dá basicamente nas seguintes etapas:

  • Coleta de dados;
  • Organização e análise de dados;
  • Formatação de relatórios e indicadores de gestão.
pessoa digitando em computador

Confira: O que é Construção Civil? Clique e descubra!

Características e vantagens

  • Informações disponíveis a qualquer momento e detalhadas aos níveis desejados.
  • Decisões tomadas no momento imediato ao acontecimento;
  • Acompanhamento diário de custos, despesas, faturamentos, descontos, margens, estoques, serviços executados, etc.;
  • Fácil visualização e entendimento das informações;
  • Maior competitividade;
  • Análise da viabilidade econômica financeira;
  • Extrai, concentra, organiza, e apresenta informações de todas as áreas da empresa – inclusive em tempo real;
  • Compromisso com inovação, melhoria contínua, qualidade e produtividade;
  • Alta flexibilidade e rapidez;
  • Demonstrações em velocímetros, gráficos e planilhas e planejamento de Obras;
  • Criar Insights rápidos para gerar visualizações relevantes, pertinentes e intuitivas.

Na construção civil

É uma área em que sempre há novidades tecnológicas e elas são incorporadas pelas construtoras com bastante frequência. Em um momento de crise como o atual, essa atitude ajuda a driblar quadros desfavoráveis e a ganhar competitividade para aproveitar as oportunidades.

Já pensou em poder combinar dados do seu cronograma de obras com a previsão do tempo? E agilizar sua pesquisa de mercado descobrindo necessidades e desejos de potenciais clientes de forma muito mais rápida? Ou, ainda, ao saber que a produtividade de uma das obras não anda bem, descobrir rapidamente onde está o problema e poder agir de forma certeira sobre ele?

6 homens em um canteiro de obras business intelligence

Mobilidade

Tanto os drones, quanto os dispositivos móveis (smartphones e tablets) fazem parte da realidade na engenharia civil. Eles são grandes facilitadores na gestão dos projetos e obras.

A solução de BI precisa ter integração com esses equipamentos, para que a tomada de decisões seja mais ágil, eficiente e respaldada por dados, a qualquer hora e em qualquer lugar – o que é uma vantagem e tanto para a construção civil.

Imagine que você está visitando uma obra, acessa o painel pelo seu smartphone para visualizar o seu andamento e constata que os indicadores de gestão de resíduos e segurança estão abaixo da meta estabelecida. Rapidamente você consegue desmembrar as informações que compõem cada KPI e descobrir problemas como desperdícios de insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) fora do prazo e validade, podendo colocar em prática ações corretivas na mesma hora.

Indicadores de desempenho

KPIs (Key Performance Indicators) ou indicadores de performance são utilizados para medir e acompanhar o desempenho de processos corporativos. Cada empresa pode criar seus próprios KPIs, compostos por dados coletados de diversas fontes que forneçam informações relevantes para o que se deseja medir.

No caso das construtoras, os indicadores podem ser utilizados para a gestão do negócio e dos canteiros de obras, com a criação de KPIs como: qualidade, produtividade, orçamento, gestão de resíduos e segurança. Tomando como exemplo o indicador de produtividade, dados como prazos de conclusão de etapas e número de pessoas envolvidas em cada atividade podem ser combinados para formá-lo.

Desempenho dos colaboradores

Um grande projeto pode contar com tantos funcionários que parece quase impossível que os gestores consigam avaliar e fiscalizar o desempenho de cada um deles, certo?

Com o BI é possível identificar quem está correspondendo às expectativas do projeto e quem está apresentado baixo desempenho, seja no setor de vendas dentro do escritório ou no canteiro de obras, bem como os próprios colaboradores poderão automatizar tarefas e otimizar o tempo para produzir mais e melhor.

Outra vantagem desta captação de dados é que ele permite que você tenha um histórico do passado. Assim pode observar essas informações e analisar sucessos e até mesmo fracassos de projetos antigos.

mesa com notebooks, smartphones e pessoas trabalhando

Gestão financeira

Custos na Construção Civil sempre foi um tema que, na maioria das vezes, gera problemas, muito por conta da falta de planejamento e organização. Mas este é outro ponto onde o BI pode ser muito útil para você, através dele, você pode supervisionar as receitas e despesas do seu projeto. Até mesmo para um trabalho paralelo aos investimentos e avaliar o custo e ganho de cada ação.

Outro dado importante que o BI pode fornecer são os casos de inadimplência, problema comum na Construção Civil. Com essas informações em mãos fica muito mais fácil avaliar o perfil e a localização dos fornecedores ou compradores com falta de pagamento. Assim você pode pensar em ações que minimizem este tipo de situação.

Gestão de obras

Um dos principais cuidados, porém, também um grande desafio para o setor de Construção Civil é fazer um gerenciamento de obras efetivo. Isso porque, estamos falando de uma imensidão de dados para administrar e, posteriormente analisar.

Ter uma visão completa e rápida de tudo que ocorre diariamente nos canteiros de obras de uma construtora não é uma tarefa simples, e por isso nem sempre os gestores e diretores conseguem obter informações precisas para tomar decisões corretas em situações específicas ou até mesmo urgentes.

Para facilitar a gestão dos projetos e obras, os sistemas de gestão precisam conter dados consistentes sobre as etapas da obra, custos e estoque de materiais e insumos, cronogramas e prazos, investimentos, orçamentos e logística, por exemplo, são cruciais tanto para o bom desempenho das obras quanto da própria construtora, pois ajudam na elaboração de indicadores de desempenho.

Esses dados são fundamentais para identificar os gaps de atuação, entender o cenário e suas variáveis, mapear, criar e gerenciar os indicadores de gestão e desempenho.

O que você acha da utilização dessa ferramenta? Conta para a gente nos comentários!

Leia também: Transformação digital já é prioridade em 72% das empresas de construção civil no mundo

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Engenharia 360

Andreza Ribeiro

Formada em Engenharia de produção, possui certificado em Business English realizado em Toronto na Stafford House Internacional. Interessada em Gestão, Finanças e Inovação, além de ser apaixonada em astronomia e viajar o mundo.

Não é novidade que o Engenharia 360 adora acompanhar as peripécias da NASA. Pensando em incluir todo mundo numa viagem virtual, nós separamos 8 tours relacionados a ela, desde instalações de testes e pesquisa, até uma visita à Estação Espacial Internacional, a ISS. Confira!

1 – Commercial Crew Program  

O Programa de tripulação comercial da NASA (CCP) trabalha com parceiros comerciais para lançar astronautas na Estação Espacial Internacional, a ISS, a partir do solo dos EUA em foguetes fabricados nos Estados Unidos. São sete vídeos organizados nesta playlist, com visitas de campo virtuais que percorrem os centros da NASA onde o programa CCP começou, e as instalações da Boeing e da SpaceX, onde as naves e foguetes de última geração estão sendo desenvolvidos e testados para voo.  

2 – Armstrong Flight Research Center

Esta é uma excursão do Google Expeditions ao Armstrong Flight Research Center da NASA, incluindo o prédio principal da administração, a visão de um hangar de aeronaves, uma sala de controle e a área da rampa traseira, onde começam os preparativos finais para o voo. São vários sets em 360°, com legendas informativas. Uma boa para entusiastas da aviação.

Você pode acessar o tour nestes dois links: parte 1 e parte 2.

NASA tour "Go for flight". Imagem: screenshot/redação Engenharia 360.
NASA tour “Go for flight”. Imagem: screenshot/redação Engenharia 360.

3 – SOFIA

Agora é possível explorar o observatório voador da NASA com um novo tour virtual em 3D que leva os usuários a bordo do SOFIA, o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha. SOFIA é uma aeronave Boeing 747SP modificada para transportar um telescópio de mais de 2 metros de diâmetro. Os cientistas da SOFIA estudam estrelas, galáxias, buracos negros e muito mais enquanto voam a até 13 mil metros.

Este tour exige a instalação do Google Expedition app.

4 – Hubble

Essa é a chance de conhecer o lar das operações do Telescópio Espacial Hubble: o Centro de Controle de Operações do Telescópio Espacial (STOCC) no Goddard Space Flight Center da NASA. Aqui você aprende sobre o Hubble, que completou 30 anos(!) e ainda visita a Sala de Operações da Missão, dentre outras surpresas.

A playlist está disponível aqui e você pode manipular todos os vídeos com visão em 360°.

NASA tour do telescópio Hubble. Imagem: screenshot/redação Engenharia 360.
NASA tour do telescópio Hubble. Imagem: screenshot/redação Engenharia 360.

5 – Spitzer

Uma jornada guiada pelo sistema estelar TRAPPIST-1, conhecido por abrigar 7 exoplanetas do tamanho da Terra que orbitam uma estrela que é apenas um pouco maior que Júpiter. O tour também inclui passeios pelo próprio telescópio e a capacidade de controlá-lo.

Aqui temos um tour sofisticado, que exige recursos de hardware específicos para a experiência completa em realidade virtual.

6 – Estação Espacial Internacional

Esse tour te leva à ISS, onde humanos têm habitado e trabalhado há quase 20 anos.

Os links estão disponíveis aqui. Caso você tenha óculos 3D, pode acessar este vídeo.

NASA tour da ISS. Imagem: screenshot/redação Engenharia 360.
NASA tour da ISS. Imagem: screenshot/redação Engenharia 360.

7 – Exoplanet travel bureau

Explore visualizações em 360 das superfícies de planetas de outras estrelas (e faça o download de pôsteres gratuitos, tanto para fundo de tela, quanto para impressão). Funciona em computadores, dispositivos móveis e otimizado para espectadores como o Google Cardboard.

8 – Instalações da NASA

  • Glenn Research Center: Nesta página você pode selecionar um passeio e tocar nos ícones para visualizar vídeos, imagens e ver os testes em ação.
  • Langley Research Center: centro de campo mais antigo da NASA, que realiza pesquisas aeronáuticas desde 1915. Você pode conhecê-lo aqui.
  • Stennis Space Center: Nada menos do que a maior instalação de testes de motores de foguetes dos EUA. E você pode conhecer neste link, que tem um caráter de documentário, mas é igualmente incrível.

Caso você queira viajar mais, temos uma seleção de museus de tecnologia para visitar virtualmente.

Conhece tours semelhantes? Conte para a gente!

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Estamos vivendo uma pandemia (como todo mundo já sabe) e, embora os profissionais da saúde estejam na linha de frente nessa luta, os da engenharia podem ajudar em muitos sentidos, seja criando e fazendo manutenção em respiradores, produzindo máscaras e outros EPIs, etc. Nesse sentido, um grupo de engenheiros e arquitetos criou uma comunidade para dar suporte a quem quer ajudar.

coronavírus pandemia

O projeto é o Covid Solutions Community, que consiste em “uma comunidade que fornece suporte e conecta inovadores com executores, mentores e corpo técnico para fazer com que projetos de alto impacto saiam do papel”. Você pode contribuir com ideias, fazendo pate do banco de talentos ou ajudando no suporte.

Os criadores dessas ideias são os irmãos Catalina (engenheira automotiva), Jennifer (arquiteta e urbanista), Maria Candelária (arquiteta e urbanista) e Nicolas Ignacio Ryberg (estudante de engenharia elétrica), além de Lukas Belck (estudante de engenharia de controle e automação). Para conhecer um pouquinho mais sobre esse trabalho, nós conversamos com Catalina Ryberg.

O que é a Covid Solutions Community?

Somos uma comunidade voluntária que auxilia a alavancar projetos de inovação de combate à crise. Fornecemos suporte e conectamos inovadores com executores, mentores e corpo técnico para que projetos de alto impacto saiam do papel. Neste momento de crise queremos unir os talentos brasileiros com um único objetivo: combater e mitigar os impactos desta pandemia, ajudando a população a ultrapassar os desafios do COVID-19.

Como surgiu a ideia de criar essa comunidade?

Nós já conversamos várias vezes sobre criar algo juntos que fizesse a diferença e impactasse positivamente, mas nunca tínhamos tirado nada do papel. A COVID Solutions foi mais uma ideia que surgiu com conversas informais, a partir de instigações sobre o que poderíamos fazer para ajudar o Brasil a superar esse momento tão difícil que está sendo a crise do COVID-19. Pensamos em várias possibilidades, pesquisamos algumas referências de coisas que estavam sendo desenvolvidas no exterior.

As aceleradoras de empresas sempre foram nossas inspirações. Foi aí que, numa conversa informal por telefone, lançamos nosso escopo: Vamos conectar pessoas que tenham vontade de ajudar, para acelerar projetos no combate a crise do COVID. E dessa vez, estávamos decididos a tirar do papel. A partir da primeira ligação no telefone discutindo a ideia, em 5 dias, criamos uma identidade visual, identidade organizacional, toda a operação interna da comunidade e colocamos o site no ar.

covid solutions community banner

Atualmente vocês têm quais tipos de profissionais /estudantes na equipe?

Os fundadores da comunidade são da área de engenharia e arquitetura, tanto profissionais quanto estudantes. Porém, dentro da comunidade temos pessoas ativas das mais diversas áreas – design, jurídico, marketing, RH, gestão… Tanto estudantes, profissionais, e das mais diversas localidades do Brasil. É uma comunidade bem diversificada. Essas pessoas trabalham tanto de forma ativa em ideias ou projetos, quanto nos times de suporte.

Quais são os projetos ativos atualmente e como eles contribuem na luta contra a pandemia?

Temos 2 projetos que surgiram integralmente na comunidade, o Salvador da Páscoa (marketplace para conectar comerciantes locais de chocolate com vendedores) e o SOS Encurralados (Mentorias voluntárias a microempreendedores afetados pela crise). Também temos outras ideias e projetos que ainda estão sendo incubados na comunidade.

Além dos projetos cadastrados já estruturados – Robô Laura pelo instituto Laura Fressatto, plataforma de análise de leitos hospitalares pela Universaúde, o The Good News Corona Virus. Além disso, temos várias novas ideias sendo estruturadas. Todos esses projetos já tiveram resultados extremamente positivos e em diferentes área de atuação.

Como vocês acreditam que essa união pode fazer a diferença, principalmente na situação atual?

Como o próprio slogan da nossa comunidade diz, juntos somos mais fortes. Estamos enfrentando problemas em uma escala nunca antes vista e sendo desafiados a encontrar respostas eficazes e inovadoras. A união, o colaborativismo e empatia ao próximo são essenciais para escalar soluções que alcancem toda a população.

Para participar, é só entrar no site e se cadastrar.

O que você achou dessa iniciativa? Conhece outros projetos voltados para a solução de problemas relacionados à pandemia? Conta para a gente!

Leia também: Engenheiro explica como a lógica pode ajudar a testar mais pessoas para o coronavírus

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Elon Musk não se mete apenas no espaço, mas também no subsolo. Uma de suas empresas, a Boring Company, finalizou a escavação para seu primeiro túnel “público” em Las Vegas.

Acesso a túnel da The Boring Company. Imagem: The Boring Company.
Acesso a túnel da The Boring Company. Imagem: The Boring Company.

A Boring Company

Musk direciona suas empreitadas em função do que ele entende como problemas a serem solucionados. A Boring Company foi uma resposta à frustração com o engarrafamento de Los Angeles em 2016. Foi aí que o polêmico empresário resolveu se envolver com o ramo de infraestrutura pesada. E, claro, esta redação fica atenta às notícias divisoras de águas do playboy tech no twitter:

“The Loop”: o projeto em Las Vegas

O Loop não é realmente destinado a servir como transporte público. Em vez disso, é uma comodidade para os participantes de um centro de convenções e possíveis clientes. Os túneis, que apoiarão a reconstrução do Las Vegas Convention Center, foram projetados para transportar 4.400 participantes por hora, a uma distância de aproximadamente dois quilômetros. O vídeo abaixo mostra detalhes da escavação:

A previsão é que este sistema de transporte de pessoas fique pronto em janeiro de 2021, a tempo da feira anual de eletrônicos daquele ano. Um porta-voz da Vegas Convention and Visitors Authority, o grupo que administra o centro de convenções, reportou que a equipe já começou a escavar as três estações de passageiros, e o próximo passo será começar a pavimentar o primeiro túnel.

Centro de convenções em Vegas contendo traçado do túnel da Boring Company.
Centro de convenções em Vegas contendo traçado do túnel da Boring Company conforme planejado em 2019. Imagem: Cordell Corporation via Las Vegas News Bureau

O projeto para o túnel – estreito e nada convencional– em Las Vegas, orçado em US $ 52,5 milhões, tem o objetivo de ajudar os participantes a atravessar o campus de 200 hectares, conectando o centro de convenções existente ao novo West Hall. O novo salão, igualmente enorme, é um projeto de expansão de US $ 980 milhões. Atualmente, a expansão está 80% concluída.

O sistema deve enviar os participantes pelo campus em pouco mais de um minuto, gratuitamente, com três estações de passageiros. Ele usará veículos Tesla totalmente elétricos para o transporte.

Tesla Modelo X em um túnel da Boring Company. Imagem: ROBYN BECK/AFP/Getty Images
Tesla Modelo X em um túnel da Boring Company. Imagem: ROBYN BECK/AFP/Getty Images

Empreitada underground

Os veículos acabarão atravessando os túneis de forma autônoma, mas começarão com os motoristas. Depois, os carros da Tesla seguirão “conduítes” e sensores que estão sendo instalados nos túneis. Com isso, eles podem parecer autônomos, mas na verdade não estarão dirigindo completamente sozinhos. Esse passo será dado assim que houver total segurança no fluxo.

A gente não pode negar que Musk se recusa a ser oldschool, mesmo em obras de infraestrutura pesada, frequentemente associadas a uma engenharia mais tradicional. A Boring Company – ainda que com seu nome envolvendo o termo “boring”, inglês para “entediante” – é igualmente ousada, se comparada às demais empresas de Elon.

Elon Musk em frente a um dos túneis da Boring Company para uma pitch. Imagem: The Boring Company
Elon Musk em frente a um dos túneis da Boring Company para uma pitch. Imagem: The Boring Company

Gostariam de dar um passeio em um túnel desses?

Fontes: Electrek.  Inverse. The Verge.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Com a projeção de agravamento da crise gerada pela pandemia de Covid-19 na cidade de São Paulo – tendo em vista a primeira morte ocorrida em 17 de março, uma engenheira decidiu que devia partir para a ação.

A engenheira Juliana Fernandes Alves, de 41 anos, executiva da cervejaria Ambev, iniciou contato com alguns parceiros de negócio. Seu objetivo era encontrar ideias e elaborar projetos que pudessem auxiliar no combate ao novo coronavírus.

Engenheira Juliana Fernandes Alves com EPI's (colete, óculos, capacete na mão e máscara no pescoço) em frente à prédio da Ambev.
Juliana Fernandes Alves. Imagem: uol.com.br

Um dos primeiros contatos veio da empresa Brasil ao Cubo – através de Michel Rodrigues, que sugeriu um layout de leito hospitalar em módulo. A sugestão logo evoluiu para a construção de um hospital inteiro.

Em cinco dias, Juliana apresentou o projeto à diretoria, e se reuniu com outros parceiros. Entre eles, a Prefeitura Municipal de São Paulo, o Hospital Israelita Albert Einstein, e a produtora de aço Gerdau.

O projeto se torna realidade

A iniciativa deu certo. O projeto de um hospital com 100 leitos permanentes feito através da construção modular foi concluído em 33 dias a partir do início da obra. O prédio se tornou um anexo do Hospital Municipal M’Boi Mirim, que foi sugerido pela prefeitura e pelo Hospital Albert Einstein.

Três leitos do hospital construído em módulos.
Imagem: Brasil ao Cubo.

O projeto se tornou um ponto fora da curva no Brasil, especialmente pelo tamanho do prédio e pela capacidade de atendimento. E ainda é surpreendente pelo incrível prazo estabelecido (apenas 40 dias previstos, mas concluído em 33 dias).

Fachada do anexo do hospital M'Boi Mirim finalizada.
Imagem: Brasil ao Cubo.

A execução da obra em tão pouco tempo, foi um enorme desafio encarado por Juliana e outros engenheiros que estavam no gerenciamento do projeto. Durante a execução, o efetivo de colaboradores chegou a ser de 150 operários, trabalhando em turnos alternados de 10 horas.

Construção do anexo durante a instalação dos módulos.
Imagem: sienge.com.br

Tendo em vista o risco de contaminação dos colaboradores, houve uma preocupação e monitoramento para que as pessoas ficassem seguras. E o empenho surtiu efeito, uma vez que não foram registrados casos ou suspeita de infecção entre os colaboradores.

Além do desafio do projeto, Juliana ainda precisou conciliar sua rotina com a família. Mora com o marido e o filho de 4 anos em Jacareí, onde lidera um time de 90 pessoas. Ela teve sua rotina alterada pelo isolamento social e, precisou algumas vezes se reunir com o filho no colo. Em entrevista à Uol, ela diz: “Expliquei a todos o que estava acontecendo, pedi para outra pessoa do time conduzir a conversa e saí. Todos entenderam. Tem sido uma experiência diferente na vida de mãe, mas ficar em casa tanto tempo é ruim. Gosto de me arrumar para sair e estar junto com a equipe. Espero que isso tudo passe logo”.

Conclusões

A iniciativa de Juliana nos mostra muito sobre a importância do senso comunitário, da preocupação com as pessoas e a imprescindível participação da sociedade na solução dos problemas.

Colaboradores do hospital em frente à fachada com símbolo de coração.
Imagem: uol.com.br

A região sul do estado é uma das mais carentes por leitos. Independentemente da pandemia, o hospital é uma obra permanente e irá atender as necessidades da população local.

A parceria das empresas e instituições foi primordial para que o projeto acontecesse. A agilidade também é algo de brilhar os olhos, e foi proporcionada pela tecnologia empregada na engenharia. Houve uma iniciativa e a união fez a força.

Juliana ainda diz na entrevista: “Acredito que, depois que a pandemia passar, o mundo será mais humano, ágil e daremos mais valor aos momentos felizes.”

O que você achou da iniciativa? Conta para a gente nos comentários!

Fontes: Uol, Prefeitura Municipal de São Paulo.

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Engenharia 360

Matheus Martins

Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.

A era de xerox de documentos acabou e a validação por QR Code no celular ganhou a vez. A Receita Federal lançou um aplicativo para Android e iOS, chamado CPF Digital RFB, que permite que você guarde e acesse seu cadastro de pessoa física, o famoso CPF, e a carteira de motorista (CNH).

Funcionalidades do app

O CPF é o documento-chave dos brasileiros para acesso a serviços públicos. De acordo com o Decreto nº 9.723, de 11 de março de 2019, o governo instituiu o número de CPF como instrumento suficiente e substitutivo da apresentação de outros documentos do cidadão. Agora você pode acessar este documento, bem como a carteira nacional de habilitação virtualmente e em um só app.

Imagem: capturas de tela disponíveis na App Store para o RFB Digital CPF
Imagem: capturas de tela disponíveis na App Store.

CPF Digital RFB: como baixar e ter acesso

Usuários Android podem baixar o app na Google Play Store e usuários iOS podem fazer o download na App Store.

O processo para disponibilizar seus documentos virtualmente segue os seguintes passos:

  • Digite seu CPF e data de nascimento;
  • Confirme que aceita os termos de uso;
  • Realize a prova de vida, que consiste em realizar uma sequência de ações (sorrir, virar a cabeça para os lados, fechar os olhos);
  • Registre uma selfie como autenticação biométrica;
  • Crie uma senha (PIN) de quatro dígitos.
Imagem: capturas de tela disponíveis na App Store para o RFB Digital CPF
Imagem: capturas de tela disponíveis na App Store.

Aqui vale uma observação: caso você não possua CNH, não conseguirá usar o aplicativo. Isso pois o CPF Digital RFB requer identificação biométrica. Nesse caso, se você não tiver a carteira nacional de habilitação, receberá esta mensagem de erro: “validação biométrica indisponível, por favor procure atendimento com a Receita Federal do Brasil”.

Autenticidade dos documentos

As versões digitais do CPF e CNH terão, cada uma, um respectivo QR Code para confirmar sua legitimidade. Mas não vale contar com isso e deixar o celular sem bateria!

Bônus: dúvidas com imposto de renda (IRPF)

O aplicativo tem um chatbot que pode te auxiliar em dúvidas relacionadas ao Imposto de Renda de Pessoa Física, que teve seu prazo estendido até junho, dada a situação da pandemia de coronavírus.

Vai baixar o app ou carregar um monte de documentos na carteira?

Fontes: Tecnoblog. Uol.

Leia também: Já é possível ter a carteira de trabalho no smartphone.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Quando se fala em geração de energia renovável solar, onde existe maior incidência de raios solares, com certeza o Egito é um dos primeiros países que vem na sua cabeça. Principalmente no deserto!

Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?

Mineiro, Guilherme, de 26 anos, vivi na “pele” durante 45 dias o que é ser um cidadão Egípcio, sendo imerso pela cultura do dia a dia, religião, costumes e trabalho em uma Startup com segmento solar. Neste texto eu conto como foi minha experiência.

Rotina de trabalho:

A startup atua no segmento de Energias Renováveis, mais especificamente, energia Solar. Sendo responsável por projetos com capacidade de geração de até 1650 MWp.

Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Fazenda Solar

A rotina de trabalho era bem flexível, o horário de trabalho era de 09h00min às 17h00min. Variando conforme a necessidade minha e da empresa. A semana no Egito começa no domingo e termina na quinta (os finais de semana são sexta e sábado).

Nos finais de semana, eu participava de projetos da ONG responsável pelo projeto. Dessa forma, aproveitávamos para conhecer a região e desfrutar das maravilhas, e portanto, com certeza as pirâmides eram uma das atrações principais.

Pirâmides do Egito
Piramides de Giza
Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Eu e meus amigos da Engenharia, Davi Maeda e Victor Fassina em – Piramide Curvada localizada em Dachur

O que eu fazia lá:

Eu era parte de um time de acadêmicos de Engenharia Elétrica e Mecânica, composto por brasileiros e indianos. Eramos responsáveis por projetar, dimensionar e propor ideias de maior eficiência energética. Por exemplo, em locais onde haviam particularidades como: prédios e árvores que causavam sombreamento em determinado local, ou também melhor posicionamento das placas fotovoltaicas, conforme o tamanho e formato do terreno onde seriam instaladas.

computador ligado em sala
Dep. Engenharia

O time de Engenharia era composto por engenheiros de diversas áreas, tais como Elétrica, Mecânica e Civil.

Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Frente da Startup

Remuneração:

O estagio foi feito totalmente de forma voluntária, não sendo fornecido nenhum tipo de salário. Tão bem quanto a ajuda em transporte e alimentação, a ONG prestou ajuda apenas com a taxa de hospedagem. Como foi fechado o pacote de 45 dias, houve um desconto bem atrativo.

A busca pelo conhecimento e em querer agregar valor e fazer a diferença foi o melhor salário que eu poderia receber. Houve bastante troca de conhecimento voltado para Engenharia, cultura e experiências.

A melhor parte de ter trabalhado em uma Startup no Egito e o que mais gostei:

Foi fascinante ver a forma como trabalhavam, em um ambiente descontraído, com foco no bem estar e desenvolvimento pessoal. Mas nunca deixando a responsabilidade de lado. Eu senti na pele como era ser um engenheiro trabalhando no Egito.

Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Colegas de trabalho

O que aprendi:

Foi a minha primeira experiência em trabalhar com engenheiros de outras áreas. No Brasil, faço parte de um time de assistência técnica em grupos geradores de energia, e no Egito houve a oportunidade de trabalhar com Mecânicos e Civis, fazendo estudos estruturais. Foi incrível e a troca de conhecimento teórico foi bastante interessante.

Um presente:

Foi um presente ter vivido momentos que hoje são uma história. Mas, mudou o meu modo de ver as coisas, em outras palavras, também fará parte do meu futuro.

O que eu aprendi nestes dois meses no Egito, é algo que levarei para o resto da minha vida. Entender que o capitalismo faz parte de nossas vidas, mas ter em mente que o respeito e o trabalho em equipe deve existir; independente da religião e classe social.

Abaixo a foto do presente de despedida, um chaveiro com o meu nome no dialeto Árabe, pelo meu chefe e amigo Eslam Mohamed.

Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Um chaveiro com meu nome no dialeto Árabe
Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Eslam Mohammed e eu

Certificação:

Recebi o certificado de conclusão do estágio, sendo destacado:

  • Designer e projetos de placas solares;
  • Desenvolvimento em softwares SketchUp & Pvsyst;
  • Planejamento de projetos, componentes de PV,  instalação e construção de planta fotovoltaica.

Realizei treinamentos internos na Startup sobre desenvolvimento de negócios e noções básicas de empreendedorismo, projetos e estudo de mercado. Em outras palavras, o básico do que é necessário para se tornar um empreendedor e começar uma startup do zero!

Como é a experiência de um estágio de Engenharia Elétrica no Egito?
Recebimento da Certificação pelo Diretor da Startup

Passeios que fizeram a diferença como Engenheiro:

Grande Barragem de Aswan
High Dam – Aswan

O principal passeio como turista que mexeu muito com o meu lado Engenheiro foi a visita na High Dam, na tradução: a Grande Barragem de Aswan. Trata-se de uma hidrelétrica que é responsável por suprir 15% de todo o território Egípcio com Energia Elétrica. Ela é composta por 12 turbinas, sendo cada uma equivalente a 175.000 KW e tem uma vazão de 346 mil litros de água por segundo.

High dam - Aswan Grande Barragem de Aswan
High dam – Aswan

Conselho para jovens da área de engenharia que buscam desafios como este:

Tenha sempre em mente onde você quer chegar e faça planos dentro da sua realidade; dê o seu melhor e aproveite cada momento. Não sacrifique todo o seu tempo para trabalhar e estudar. No entanto, procure tirar folgas para se divertir e conhecer novos lugares e pessoas. Isto para mim no Egito foi uma válvula de escape.

Além disso, sempre estude inglês! Sabendo falar inglês você tem a oportunidade de viajar o mundo, apesar de até mesmo o país de destino não possuir a língua inglesa como oficial.

Pare de sonhar e vá viver os seus sonhos.

High Dam - Aswan
High Dam – Aswan

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Engenharia 360

Guilherme Soares

Profissional com formacao em Tecnico em Eletronica formado pelo SENAI e Engenheiro Eletricista formado pelo Centro Universitario Una, com experiencia em projetos eletricos e dimensionamentos incluindo especificacao de equipamentos como banco de baterias, Retificadores, UPS/Nobreaks, Transformadores e Grupos Geradores de Energia. Hoje atua como especialista tecnico em Grupos Geradores na Alemanha.

A luta contra o coronavírus segue forte e, enquanto os profissionais de saúde estão na linha de frente salvando vidas, os engenheiros e engenheiras, assim como técnicos e vários outros profissionais, estão trabalhando para produzir insumos e ajudar da melhor forma possível. Um exemplo é dos engenheiros Guilherme Custódio e Giovanni Piffer, que remodelaram uma máscara de proteção.

Para isso, eles pegaram um modelo de máscara produzido no Reino Unido (o qual é fabricado em larga escala em impressoras de grande porte) e fizeram ajuste em aspectos como espessura, aumento do encosto da testa, ângulo de curvatura do acetato, etc. Essas melhorias permitiram eliminar uma peça e otimizar a montagem, uma vez que houve melhoria nos suporte e nos pinos de fixação.

Para realizar esse feito, os engenheiros usaram o software Autodesk Fusion 360, o qual permite modelar por meio da nuvem. Ele é um software de projeto 3D para CAD/CAM (e é gratuito para estudantes e educadores, como você pode conferir no site da Autodesk).

máscara de proteção contra o coronavírus no software Autodesk Fusion 360
Imagem: autodesk.com

Giovanni Piffer contou à Autodesk que “(…) o projeto original, que demorava cerca de 3 horas para cada máscara ficar totalmente pronta, agora leva cerca de 45 min, uma redução de 75% no tempo de fabricação, incluindo impressão e montagem, além de redução de 30% de material utilizado em cada unidade”.

Até o momento Custódio e Piffer estão custeando o material, a logística e a energia dispendida para fabricar as máscaras. O objetivo é doar, não comercializar.

A meta é produzir 200 unidades até o final de Maio. Dentre elas, 60 já foram entregues nos hospitais Incor e Hospital São Paulo (ambos em São Paulo). Assim que a meta for atingida, o plano é aumentar a capacidade de produção.

O que você achou da iniciativa? Está participando de algum projeto ou conhece outra iniciativa do tipo? Conta para a gente nos comentários!

Referências: Autodesk.

Leia também: O que é desinfecção ultravioleta e como esse conceito está sendo usado na pandemia de coronavírus

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.