Depois de 8 meses que foi lançado na Florida (EUA), o Perseverance, unidade móvel da NASA, pousou em Marte com sucesso no último mês de fevereiro. A engenheira Diana Trujillo, diretora de voo da missão Mars 2020, também foi a líder na missão Curiosity. Além disso, foi parte da equipe de engenheiros que desenvolveu alguns recursos do Perseverance.

Trujillo conta em entrevista à CBS News: “Entender se estamos sozinhos neste Universo ou não, é a questão principal. Eu espero que, dentro de um ano de operações na superfície de Marte, nós possamos responder essa questão logo.” Segundo ela, o Persy, como é carinhosamente chamado, tem toda a tecnologia para explorar e encontrar vida no planeta vermelho.

Engenheira narra pousada de Persy em Marte

Em ocasião do sucesso da aterrissagem do veículo em Marte, Diana se prestou a narrar o evento, em língua espanhola. A transmissão ao vivo teve mais de 1,5 milhão de visualizações. A diretora de vôo da missão conta ao El País:

Há muito tempo eu queria que a NASA transmitisse em espanhol uma aterrissagem planetária. Passei meses insistindo. Tudo saiu muito bem. O objetivo era que este momento histórico chegasse não só aos cientistas e aos engenheiros que falam inglês, mas também às avós, aos avôs, às mães, aos pais e sobretudo às meninas e meninos da América Latina e Espanha.

Diana Trujillo em 07/02/2019
Diana Trujillo em 07/02/2019. PATRICK T. FALLON/BLOOMBERG VIA GETTY IMAGES

Sendo assim, ao narrar em espanhol a chegada do Persy, Diana também compartilha sua paixão pela ciência e a amplidão do espaço. No site da NASA, é possível acessar um mapa interativo que mostra a localização do jipe, por meio de imagens de satélites.

E de fato, o nome Perseverance vem bem a calhar, principalmente ao sabermos da história da engenheira espacial.

Trajetória de Trujillo também é exemplo de perseverança

Diana Trujillo saiu da Colômbia, seu país natal, com apenas US$ 300,00 no bolso para morar com sua tia em Miami (EUA). Lá, precisou trabalhar como faxineira à noite para poder pagar seus estudos, e assim realizar seu sonho. Aliás, a aspirante a engenheira espacial tinha apenas 17 anos.

Hoje, pouco mais de 20 anos depois, Diana relata sobre suas motivações à CBS News. “Eu via tudo em meu caminho como uma oportunidade. Eu não vi isso como ‘eu não acredito que estou fazendo este trabalho de noite’ ou ‘eu não acredito que estou limpando um banheiro agora’. Era mais como ‘eu estou satisfeita de ter um emprego e conseguir comprar comida e ter um teto para morar”.

Como uma das poucas mulheres latinas que trabalham em sua área, Trujillo nunca esqueceu as raízes que a ajudaram a conseguir seu emprego dos sonhos na NASA.

“Meus pais se divorciaram quando eu tinha 12 anos. Depois disse, minha mãe ficou sem nada. Sem dinheiro. Nós nem tínhamos comida. Cozinhávamos um ovo e o cortávamos ao meio, e essa era nossa refeição do dia. (…) Lembro-me de apenas deitar na grama e olhar para o céu e pensar: ‘Tem que haver algo melhor do que isso. Algumas outras espécies que se tratam melhor ou valorizam melhor as pessoas.'”

Em entrevista à Tech Crunch, ela ainda relata que cresceu em meio a uma mentalidade que valorizava a mulher como responsável por cuidar do homem, da casa e da família. Em outra entrevista, para a própria NASA, ainda complementa: “Eu nasci e fui criada na Colômbia. Muita violência acontecia no país, então para mim, olhar para o céu e para as estrelas era o meu ponto de paz”.

Fontes: NASA; El País; Tech Crunch; People; CBS News.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nós já contamos, em nossa série 360 Explica, como funcionam os dispositivos de armazenamento. Agora, chegou o momento de colocar um deles à prova em nosso Review 360!

Com uma primeira versão lançada 2017, o SSD My Passport, da Western Digital, chegou ao mercado diferente em 2020. Ele voltou com mudanças no design, melhor hardware e preço mais acessível. Nós, do Engenharia 360, tivemos a oportunidade de testar, confira as novidades e nossas impressões sobre ele!

Design

O SSD My Passport é descrito pela própria Western Digital como elegante e arrojado. A parte externa é de metal estriada que torna mais difícil que o equipamento escorregue de superfícies ou de mãos, reduzindo a chance de danos. Segundo a empresa, o dispositivo é resistente a choque e vibração e também resiste a quedas de até 1.98 metros.

O dispositivo é leve e possui cerca de 46g. Além disso, ele é fino (dimensões de 10 x 5,5 x 0,9 cm). Não há nenhuma luz de status para indicar que o SSD My Passport está em funcionamento e a conexão é do tipo Tipo-C.

Há 5 opções de cores: cinza chumbo, dourado, prateado, vermelho e cinza claro. Qual você mais curtiu? Eu, particularmente, gostei muito do prateado que estou usando, é elegante e discreto.

SSD my passport western digital em 4 cores diferentes: azul, vermelho, dourado e cinza escuro
Algumas opções de cores do SSD My Passport. Imagem: Western Digital

Hardware

O hardware é do tipo SN550E, com um drive PCIe Gen3 x4 NVMe que emparelha uma ponte ASMedia ASM2362 com um controlador SanDisk 20-82-10023 e memória flash SanDisk BiCS 4 96L 3D TLC.

A capacidade é de 500GB, 1TB, 2TB ou 4TB. Vale destacar quea versão de 4TB foi lançada em Janeiro deste ano durante a CES 2021. Por ser Premium, essa versão tem um preço um pouco mais elevado.

Segundo a Western Digital, ele atinge velocidades de até 1050 MB/s2 e velocidades de gravação de até 1000 MB/s2 com a tecnologia NVMe™.

Software

O SSD My Passport também conta com o WD Discovery, que consiste em um pacote de software de armazenamento padrão compatível com Windows e MacOS. É, basicamente, um painel de controle que permite que você instale aplicativos, como o WD Drive e o WD Backup. O WD Backup tem uma vantagem que permite que você salve seus arquivos na nuvem, podendo recuperar mais tarde.

E o melhor, é possível proteger o dispositivo com senha e criptografia por hardware AES de 256 bits e backup simples usando o WD Security. E esse é, sem dúvida, o recurso que eu mais gosto nos dispositivos da WD.

print de tela software da WD criptografia
Dispositivo protegido com senha, tela de desbloqueio e dispositivo após desbloqueio. Imagem: @eduardomikail

Preço do SSD My Passport

O valor do SSD My Passport no Brasil é de cerca de R$800,00 na versão 500GB, R$1.500,00 na versão 1TB, R$2.500,00 na versão 2TB. Esses valores podem variar muito dependendo da loja e das cores do produto.

Nossas impressões

Durante o uso, o SSD My Passport fica quente e esse calor é dissipado pela parte metálica externa. Mesmo conectado, sem estar utilizando arquivos através dele, o que pode-se dizer que é o único ponto fraco do dispositivo.

A velocidade de transferência de arquivos foi bem satisfatória, aproveitei para fazer backups entre computadores e também atualizar os projetos atuais que mais tenho utilizado, deixando disponíveis no My Passport para que eu pudesse levar para casa e escritório.

Comparado com outros dispositivos convencionais, como pen drive ou Apple Time Capsule, que fazem parte do meu setup de trabalho, trabalhar diretamente com os projetos pelo My Passport foi uma experiência interessante e agradável, pois nos dois dispositivos inicialmente citados, não é possível obter performance para trabalhar com arquivos abertos diretamente por eles, ou seja, sempre tive que salvar no computador uma cópia para trabalhar, ao passo que pelo WD My Passport isso já é perfeitamente possível.

Vale destacar que testei com projetos de Revit e TQS, e não houve travamentos.

print de tela software de engenharia com projeto aberto em computador
Trabalhando com os arquivos direto no SSD. Imagem: @eduardomikail

E para fechar, o simples fato de ser extremamente portátil, menor que uma caneta convencional, é possível colocar no bolso da calça, bolsa e mochila sem ocupar muito espaço.

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E aí, o que você achou? Ficou curioso(a)? Investiria em um? Conta aqui nos comentários!

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Engenharia 360

Redação 360

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O projeto Learning From Videos (“aprendendo com vídeos”) é a nova do Facebook. Se trata de uma tecnologia de Inteligência Artificial, sendo que o objetivo é usar dados de áudio, texto e imagens para adicionar ao seu léxico de conteúdo, vindo de seus quase 3 bilhões de usuários espalhados por todo o mundo.

Atualmente, o grande desafio do projeto é sincronizar os inputs de dados de áudio com vídeo, de modo que a IA correlacione um com o outro. A longo prazo, o objetivo é que o recurso possa reconhecer completamente qualquer conteúdo de vídeo do Instagram e do Facebook. De certa maneira é uma grande ambição, uma vez que a maior parte dos desenvolvimentos em IA se direcionam a fins específicos, com uma equipe expert naquela determinada área.

Em geral, os sistemas IA têm melhorado consideravelmente o reconhecimento da linguagem, discurso e visão. A sofisticação cada vez mais alta deste processo produz, como resultado, economia de tempo e bits. Assim, a IA não depende tanto de bases de dados para aprender o que precisa. Por outro lado, aprende de forma mais direta, captando dados de experiências do dia-a-dia, assim como os humanos.

Learning From Videos. Créditos: Facebook
Learning From Videos. Créditos: Facebook

Privacidade ainda é tabu no Facebook

Outro objetivo da nova ferramenta é também coletar dados de diferentes culturas humanas, de todo o mundo. Afinal, entre seus usuários estão representantes de todos os continentes e de quase todos os países do mundo. Ao examinar seus hábitos, o Facebook procura, posteriormente, antecipá-los.

Contudo, a questão da privacidade já não é nova quando se trata de IA. Não à toa, o tema tem inspirado recentemente muitos documentários, filmes e séries. Muito se fala sobre como o Facebook acaba não só antecipando hábitos de seus usuários, como também condicionando-os.

A despeito das críticas, para garantir a implantação ética do Learning from Videos, a empresa adotou certas políticas de transparência em relação ao conteúdo do usuário. Dessa maneira, os desenvolvedores esperam fazer os criadores de conteúdo se sentirem seguros usando o novo recurso.

Recurso é implementado aos poucos

Apesar das dificuldades, o Facebook tem tido sucesso com o Learning From Videos. Um exemplo são os sistemas de aprendizagem autossupervisionada, que mostram uma redução de 20% de erros de reconhecimento de fala. Reduzir essa porcentagem pode melhorar a legenda automática, assim como diminuir os casos de incitação ao ódio, sinalizando o material problemático presente na plataforma.

Na verdade, um componente desse recurso foi ao ar no sistema de recomendação do Instagram Reels. O Reels funciona como uma grande vitrine para a aprendizagem autossupervisionada de IA. Isso acontece porque o sistema pode analisar temas comuns, compartilhados entre vídeos de tendências, similarmente ao Tik Tok.

Por enquanto, o Learning From Videos trabalha para sugerir vídeos em alta, enquanto filtra o material já visualizado pelo usuário. Isso permite que os usuários economizem tempo ‘scrollando’ os vídeos das redes sociais, enquanto a IA aprende com os conteúdos.

Fonte: Techxplore

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Muitos já tiveram a oportunidade de visitar a cidade de Santos, localizada no estado de São Paulo, e puderam observar os prédios tortos. Os que não conheceram pessoalmente pelo menos já devem ter ouvido falar. Mas por que esses prédios são tortos? Será que foi uma idealização no projeto para que eles tivessem essa inclinação? Descubra respostas no texto a seguir, do Engenharia 360!

O que são os prédios tortos de Santos?

Os prédios tortos de Santos estão localizados na orla da praia de Santos e, ao todo, são 65 prédios que apresentaram alguma inclinação. Esses prédios foram construídos por volta de 1950 e 1960 e começaram a afundar pouco tempo depois, por volta de 1970. Sendo edifícios residenciais, acabaram gerando diversos transtornos aos moradores.

Imagem mostrando os prédios tortos em santos
Imagem reproduzida de Pinterest

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Soluções para afundamentos e rachaduras de pisos em concreto

Os 4 Tipos de Fundações na Construção Civil

Por que os prédios de Santos são tortos?

A inclinação ocorreu devido a dois fatores: um deles foi a concepção errônea da fundação dos edifícios e o outro evento chamamos de recalque. Se quiser entender um pouco sobre patologias acesse um artigo que publicamos sobre patologias na construção civil.

Para dimensionar a fundação devemos realizar estudos geotécnicos e entender o solo ano qual o edifício estará locado. Incrivelmente, o solo de Santos é o segundo pior solo do mundo a se construir, ficando apenas atrás da cidade do México.

Nos projetos desses edifícios, foram utilizadas fundações rasas, já que a investigação de solo realizada na época mostrou que o solo até 12 metros de profundidade se demonstrava compacto. Porém, não sabiam que abaixo desse solo existia uma camada de solo mole e outra camada de solo arenoso.

Com apenas as informações que tinham e sem nenhum estudo geotécnico mais profundo, os engenheiros e empreiteiros utilizaram fundações com até 10 metros de profundidade.

Recalque de fundações

Com o passar dos anos, ocorreu o evento que chamamos de recalque, causado pelas ações das cargas provenientes dos edifícios, causando o rebaixamento das fundações. O recalque ocorreu de forma não uniforme, então houve o rebaixamento apenas de um dos lados, causando a inclinação.

Como agravante, a construção dos prédios próximos um do outro faz com que as cargas provenientes de um prédio ajam simultaneamente nas cargas dos outros prédios. Isso mesmo, os prédios não dispersam as cargas verticalmente, eles formam o que chamamos de bulbo de tensões e, com a proximidade de um edifício do outro, estes bulbos de tensões acabam se cruzando e acelerando o recalque do solo e das fundações.

Desenhos demonstrando os bulbos de tensões provenientes das edificações
Imagem reproduzida de Grupoae

Veja Também: O que é recalque de fundações e por que ele é perigoso?

Como evitar a inclinação dos prédios?

Hoje entendemos a importância de um estudo mais profundo ou mais específico do solo devido às patologias encontradas em edifícios já construídos. E esses problemas não ocorreram apenas no Brasil, temos como grande exemplo a Torre de Pisa, na Itália, que teve a sua inclinação gerada com o mesmo princípio de que os prédios de Santos. Porém, como se tornou um ponto de referência histórico e turístico, realizaram a manutenção e as devidas correções para que ela se mantivesse inclinada.

Mas essa não era a ideia para Torre de Pisa e principalmente para os prédios de Santos e, para ter sido evitado esse problema, o estudo geotécnico deveria ter sido mais profundo e a concepção do projeto de fundação ser com estacas maiores de 50 metros. Atualmente, sabemos a caracterização do solo de Santos, o que facilita na concepção da fundação e gera segurança e conforto para as edificações.

Desenho demonstrando prédios e solos de santos
Imagem reproduzida de PET Engenharia

Soluções apontadas pela Engenharia

Por conta da segurança dos moradores e até mesmo da cidade, por possíveis colapsos das estruturas dos edifícios, os condomínios resolveram realizar o reaprumo dos prédios. Alguns tiveram que realizar esse processo após intimação do Poder Público.              

O reaprumo constitui em levantar o prédio e alinhá-lo novamente. Falando assim parece algo estranho, mas vamos explicar como ocorre. A partir de macacos hidráulicos os pilares ou blocos de fundação do edifício são apoiados e levantados.

Com o prédio suspenso, é executada uma nova fundação. Agora, com o estudo geotécnico correto, a fundação não apresentara problemas futuros.

Macaco hidraulico levantando pilar de prédio
Imagem reproduzida de Sefe9

Com aproximadamente 50 metros de profundidade são executadas as estacas de fundação, após o tempo pré-estabelecido em projeto, o prédio aos poucos irá sendo locado em cima destas estacas. Já com a correção da inclinação, os prédios ficam novamente alinhados proporcionando, o devido conforto e segurança aos seus moradores.

Antes e depois de prédio torto em santos
Imagem reproduzida de Sefe9

Uma visita de youtuber aos prédios inclinados de Santos

Um fato curioso relacionado ao tema. Em outubro de 2023, data de atualização deste texto, o famoso youtuber Lucas Rangel visitou a orla de Santos, São Paulo, para ver os prédios tortos da cidade. Ele expressou surpresa com a inclinação dos edifícios, brincando que a maresia “comeu” uma parte deles.

Rangel questionou o motivo da inclinação, brincando com a ideia de que a pessoa que vive ali fica inclinada. Ao constatar a inclinação dos prédios, ele ficou impressionado, comentando sobre a situação.

Um levantamento da Prefeitura de Santos indicou a presença de 319 prédios inclinados na cidade, com 65 deles na orla. Ela acompanha a situação regularmente, exigindo laudos de segurança a cada dois anos e destacou que, embora os prédios estejam inclinados, a estrutura atual não indica perigo iminente.

https://www.youtube.com/watch?v=CCDJ6OberPo

               E você, conhece algum outro prédio que está ou já esteve torto? Compartilhe conosco na aba de comentários logo abaixo!

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Engenharia 360

Guilherme Menezes

Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.

Ficamos fortemente impactados com as mais recentes notícias sobre o meio ambiente no Brasil; e é impossível ficar indiferente às matérias que relatam sobre as atuais condições das florestas devastadas e transformadas em fazendas para agricultura e pecuária. Mas o que será que poderíamos fazer de diferente para mudar essa realidade, amenizando os impactos contra a natureza?

Bem, poderíamos deixar de comer carne e investir em uma arquitetura que ajudasse a otimizar áreas urbanas e produzir produtos mais orgânicos. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Por que deveríamos consumir menos carne?

Além das razões mais óbvias, que é o sofrimento dos animais, devemos lembrar sobre o grave problema de falta de espaço que enfrentamos nos dias de hoje. Quanto mais a população mundial aumenta, mais área é preciso para produzir alimentos – pelos menos seguindo os métodos tradicionais de fazendas horizontais. E as zonas de pecuária acabam ocupando uma parcela enorme de solo, onde nada mais cresce, muito menos florestas.

Menos zonas de mata representa também menos distribuição de chuvas e o aumento da temperatura global! Deste modo, pouco a pouco, veremos o nosso planeta se extinguir!

Então, é por tudo isso que os especialistas têm tido tanta preocupação sobre quanto tempo mais o meio ambiente irá resistir!

hortas urbanas
Retrato da fome no Brasil | Imagem reproduzida de Jornal O Sul

Como explorar nossas cidades para a produção de alimentos saudáveis?

Estudos recentes indicam que milhares de pessoas entraram na lista dos que passam fome no Brasil só neste ano. E se pudéssemos oferecer alimentos a preços menores ou até mesmo de graça para essas pessoas?

O sistema tradicional de plantio é bastante caro – leva dias para a carga chegar às cidades; durante o transporte são emitidas toneladas de CO2 na atmosfera e os alimentos ainda perdem os seus nutrientes. Uma alternativa seria apostar na agricultura urbana – que, além de tudo, necessita de menos uso de agrotóxicos, fertilizantes e água da chuva, fora que pode recuperar espaços ociosos nas cidades.

Projetos de hortas comunitárias

Imagina promover em sua comunidade uma troca de experiências e contato entre os vizinhos para uma causa nobre! É isso que propõem alguns projetos ao redor do mundo que visam ocupar vazios urbanos e os transformam em cinturões verdes e espaços para a agricultura social.

Dentre os projetos que podemos citar como exemplo está o Quintais Sustentáveis, realizado no estado de Roraima, e o Modelo de agricultura Urbana de Erechim,  no Rio Grande do Sul.  Ambos propondo incentivar a plantação em quintais e jardins particulares –  inclusive para a criação de mudas. Nestes casos, toda a renda gerada é revertida para pessoas em situação de vulnerabilidade ou para as pessoas das próprias comunidades – sendo comercializada e distribuída para escolas e restaurantes populares.

“As pessoas preocupam-se cada vez mais com a saúde, e a alimentação contribui diretamente para a qualidade de vida.”

“Embora muita gente não se dê conta, o espaço em que vivemos e interagimos dentro da cidade interfere constantemente na formação de nossa rotina e hábitos: por exemplo, no fato de conhecermos ou não nossos vizinhos, praticarmos ou não atividades físicas ao ar livre e até mesmo na nossa alimentação.”

– Deloan Pierini, idealizadora do projeto de Erechim, em reportagem de Globo.
hortas urbanas
Imagem reproduzida de Quintais Sustentáveis | Imagem reproduzida de Clarice Rocha

Fora do Brasil, nós temos o exemplo do projeto Value Farm,  idealizado pelo arquiteto chinês Thomas Chung para uma área de Shenzhen, na China.  Este projeto é especial porque tem dois propósitos: a agricultura urbana e a transformação da paisagem urbana. No caso, uma grande parcela de área foi dividida em pequenos núcleos separados por tijolos onde a população pode plantar e colher o maior número de espécies.

hortas urbanas
Value Farm | Imagem reproduzida de Divisare

Veja Também: Estenda como as Ilhas de Calor Urbanas afetam a saúde das pessoas e o meio ambiente

Projetos de fazendas urbanas

Na cidade norte-americana de Jackson Hole, o escritório de arquitetura E/Ye foi o responsável pela execução do projeto Vertical Harvest. Trata-se de um prédio de três andares com uma estrutura dividida em estufas gigantes para o cultivo de alimentos frescos – principalmente tomates, verduras e ervas. Em contrapartida, uma das maiores hortas urbanas do país está localizada no bairro de do Queens, Nova York. A Brooklyn Grange conta com 43 mil metros quadrados de área para a produção de cerca de 20 mil quilos de alimentos diferentes.

hortas urbanas
Vertical Harvest | Imagem reproduzida de Wyoming Public Media
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Brooklyn Grange | Imagem reproduzida de Brooklyn Grange

Outro projeto bastante notório é o Sodaro Farm, de Tóquio, no Japão.  Esta fazenda urbana, que conta com vários pomares, também acontece sobre a cobertura de um edifício, que é uma estação de trem.  A ideia é que os passageiros possam utilizar esse espaço como área de descanso enquanto esperam o  momento de embarque,  ajudando a semear algumas hortaliças. 

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Sodaro Farm | Imagem reproduzida de ArchDaily

Já na capital francesa, Paris, o Nature Urbaine, construído sobre um arranha-céu altamente moderno, conta com uma área de 14 mil metros quadrados. Trata-se de um projeto realizado durante uma edição da Expo Versailles e é considerado a maior fazenda urbana de toda a Europa. Dentro desse terreno diversos jardineiros são responsáveis por cultivar todos os dias cerca de 20 espécies diferentes de frutas e vegetais –  sem agrotóxicos ou fertilizantes químicos.

hortas urbanas
Nature Urbaine | Imagem reproduzida de Revista By

Projetos de fazendas flutuantes

Deixamos por último o incrível projeto desenvolvido pela empresa de arquitetura Fordward Thinking Architecture, a Smart Floating Farms.  O que é essa fazenda urbana tem de diferente é ser construída em uma estrutura flutuante, ou seja, sobre a água.

Trata-se de um edifício inteligente, inspirado em antigas práticas chinesas, com quase 210 mil metros quadrados para produção sustentável e automatizada de alimentos que pode ser levada ao alto mar ou à áreas alagadas de qualquer país.  Possivelmente ele faria o uso de sistemas de energia eólica,  captação da água da chuva,  reaproveitamento de resíduos orgânicos, plantio hidropônico e aquicultura  para a produção de alimentos e criação de peixes.  E, em tese, poderia alimentar cidades inteiras!

hortas urbanas
Smart Floating Farms | Imagem reproduzida de Business Insider

Fontes: ArchDaily, Ciclovivo, Hypeness, Vivagreen, Sustentarqui, 44 Arquitetura, CAUBR, Ciclovivo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

SpaceX é uma das empresas de exploração espacial mais conhecidas atualmente. Liderada por Elon Musk, o objetivo da companhia é levar habitantes para outros planetas. Para contemplar essa meta, Musk sabe que é necessária uma equipe poderosa. Hoje, o principal nome do time é Gwynne Shotwell – presidente e COO (Diretora de Operações) da SpaceX.

Shotwell nasceu em Evanston, Illinois, em Novembro de 1963. É bacharel em Ciência pela Universidade de Northwestern,  onde também concluiu seu mestrado em Engenharia Mecânica e Matemática Aplicada. Depois de mostrar sua competência em outras empresas de exploração espacial, Gwynne se juntou à SpaceX em 2002 como VicePresidente de Desenvolvimento de Negócios.

Hoje, como presidente, a engenheira é responsável pelas operações do cotidiano e por coordenar as relações estratégicas necessárias para o crescimento de empresa. Para Gwynne, as concorrentes são lentas em inovação e se acomodaram com o sucesso precoce. Quando a SpaceX foi fundada, em 2002, a concorrência já estava consolidada, com foguetes poderosos e funcionais. Mas pararam no tempo.

Shotwell em palestra na NASA - Imagem do site da NASA
Shotwell em palestra na NASA – Imagem do site da NASA

Em entrevista, Shotwell afirma que “engenheiros pensam melhor quando são empurrados ao máximo para fazer coisas grandes em um período curto de tempo, com poucos recursos”. Disparou ainda que não vê motivação ou interesse nas outras empresas – “eles têm uma tonelada de dinheiro, e não estão fazendo muita coisa”.

Sua crítica é feita com propriedade. Desde que Gwynne se tornou presidente da empresa, a SpaceX  já enviou mais de 700 satélites para seu projeto Starlink; foi a primeira companhia privada a enviar astronautas à orbita terrestre; e teve um dos maiores crescimentos nos últimos 10 anos.

A engenheira é reconhecida no mundo todo pela sua competência. Já apareceu três vezes nas listas da Forbes (revista estadunidense de negócio e economia):

A SpaceX ainda tem muitos desafios pela frente. Recentemente, alguns de seus experimentos ficaram famosos na internet depois que foguetes não tripulados explodiram. Mas Gwynne está animada com o futuro da empresa e o rumo que Elon Musk e ela estão tomando.

Fontes: Womens History, Forbes

Leia também: Conheça a engenheira Cristina Junqueira, co-fundadora do Nubank

E para você, como deve ser um perfil de líder? Deixe nos comentários

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Hoje em dia muito se fala sobre comunicação, porém a maioria dos autores trata desse tema sob uma perspectiva única: a de quem fala. Mas será que essa é a abordagem mais eficiente? Vamos avaliar juntos.

Um ponto importante é que as pessoas quando não estão envolvidas em algum problema grave no trabalho ou nas esferas particulares, tem algo próximo de 90% do seu tempo/atenção tomados por pensamentos auto-centrados, ou seja, estão preocupadas em resolver aquilo que gera incômodo a ela mesma.

Por que será que alguém em uma condição parecida com essa iria parar para ouvir ou dar atenção ao seu discurso? Vamos a algumas dicas que podem te ajudar nessa questão.

Como melhorar a comunicação?

Comece do final para o começo!

Explico: se você quer se comunicar com alguém ou fazer uma apresentação tendo um objetivo claro em mente (liberação de verba para a execução de um projeto, por exemplo), construa o seu discurso a partir desse ponto e vá retrocedendo mentalmente até chegar no início da sua fala. Certamente não será positivo começar logo pedindo aquilo que você quer, é necessário “preparar o terreno”

Se coloque no lugar do ouvinte

As pessoas são diferentes, passaram por experiências e histórias diferentes ao longo de sua trajetória. Leve isso em conta quando for construir a sua comunicação, não pense que todos vão receber a mensagem e absorver exatamente da mesma maneira (muito menos que o jeito correto de comunicar qualquer tema é aquele que você gostaria que fosse usado com você). Se adapte ao seu público!

Não se prenda às ferramentas formais de produção de conteúdo

Nada melhor do que uma folha em branco e uma caneta para iniciar o esboço da sua comunicação. Os aplicativos de computador são excelentes na hora de montar o visual da sua história, porém eles bloqueiam demais a sua criatividade e estabelecem limites que vão te atrapalhar na construção da mensagem. Comece no papel!

mulher escrevendo em quadro ilustrando processo de comunicação
Imagem: thisisengineering | Via Unsplash

Se preocupe mais em conquistar o seu objetivo do que em ter razão

(Ou até mesmo do que em ficar com o mérito pela ideia/iniciativa)

O mais importante é que o seu projeto vá adiante, certo? Então se for necessário, divida os créditos com os demais envolvidos para facilitar o avanço dessa empreitada dentro da empresa

Beleza importa!

Por último (mas não menos importante). Monte um bom material, que seja agradável visualmente e fácil de consumir para quem estará assistindo à sua apresentação. Pode não ser o ponto mais importante, mas ninguém quer assistir à uma apresentação com centenas de slides cheio de texto, a chance de você colocar a sua plateia para dormir no meio do caminho é enorme.

Por quê você deveria dar ouvidos a isso?

São técnicas simples mas que já se mostraram efetivas diversas vezes ao longo da minha carreira. Profissionais das áreas técnicas (engenheiros, para ser mais preciso – e eu me incluo nesse grupo) costumam ignorar de certa forma o “como” na hora de comunicar seus projetos. Não se esqueça que, por mais brilhante que a sua iniciativa possa parecer, se ela não for bem comunicada pode acabar morrendo no caminho.

Leia também: 6 soft skills essenciais para profissionais de engenharia

E você? Já teve algum projeto incrível que não foi adiante por uma falha na hora da venda?

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Engenharia 360

Rafael Morassi

Profissional com 10 anos de carreira na área de Supply Chain, passando por diversas posições e diferentes operações nesse período.

Munida de painéis solares e turbinas eólicas, a casa é a nova proposta dos arquitetos da Pin Up Houses. Ambas as fontes de energia funcionam ligadas a baterias, e a carga pode ser monitorada até mesmo remotamente, por um aplicativo de celular.

Batizada de Gaia, a casa é construída a partir de um contêiner naval, medindo cerca de 6 x 2,4 m. O telhado é feito de metal galvanizado. Além disso, contém isolamento de espuma de spray, adicionado para melhorar o desempenho térmico do contêiner, que geralmente não é o mais adequado.

Contando com uma cozinha compacta, a sala de estar da casa é o cômodo que ocupa a maior parte do espaço. Quanto ao quarto e banheiro, fornecem aos residentes tudo o que precisam. Além disso, também conta um fogão a lenha. O acesso à casa é feito por uma porta corredeira de vidro.

A estrutura também contém uma área de deck, que é operada com um guincho manual. Assim, é possível aumentar o espaço ao ar livre. A residência ainda possui um tanque para o armazenamento da água da chuva, equipado com filtros e bomba d’água. O tanque suporta até 264 galões (1.000 L) de água.

casa autossuficiente da Pin-Up Houses
Interior da casa autossuficiente da Pin-Up Houses
Planta 1
Planta 2

Gaia é a casa mais ousada da marca

Joshua Woodsman, membro da Pin-Up Houses, contou recentemente à New Atlas que a casa nem sequer foi pensada para por à venda. No entanto, não exclui essa possibilidade, a depender da procura.

O preço para a construção de um exemplar da casa “Gaia” é $ 21,000. No entanto, ainda é possível comprar as plantas e estruturas do modelo por $ 190. De qualquer maneira, assim como outros modelos de “tiny homes”, o novo modelo da Pin-Up pode ser readaptado.

Na realidade, a própria firma de origem tcheca possui alguns modelos de casas nesse estilo. Estes, inclusive, são até mais baratos que a “Gaia”, com área menor ainda.

É o caso do modelo Magenta, por exemplo, que tem área de 3,4 m x 1,8 m. Segundo a própria Pin-Up, o custo é de $ 2,100 em materiais, enquanto a mão de obra seria cerca de $ 7,900. É fato que ambos os valores podem variar muito, dependendo de onde se investe. Os planos de construção também são mais baratos que o modelo Gaia.

A Magenta também pretende ser mais “portátil” que a Gaia. Afinal, já não é uma casa de contêiner, e também não tem a mesma autossuficiência. Além disso, ao contrário do outro, este modelo é vendido sob encomenda. Apesar do nome sugestivo, não é obrigatório que a cor seja a mesma demonstrada no vídeo de Joshua Woodsman.

E você, o que acha de morar numa casa dessas? Conte para a gente nos comentários!


Fontes: New Atlas; Interesting Engineering.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Certamente você já deve ter ouvido falar em realidade virtual. Esta é uma tecnologia que recentemente ficou muito mais popular e parece que agora tem invadido as casas e os escritórios pelo mundo!

Graças aos novos softwares e aparelhos, incluindo os óculos de VR, com lentes próprias para enxergar vídeos e imagens em três dimensões ou gravadas em 360 graus, também ficou mais fácil apresentar projetos de arquitetura e engenharia realísticos para os clientes. Mas será que este sistema consegue realmente enganar o cérebro e convencer as pessoas? Saiba mais no texto a seguir!

homem usando óculos de realidade virtual
Realidade Virtual – imagem de PIXNIO

Por que a tecnologia de realidade virtual é tão atrativa para as pessoas?

Não é nenhuma novidade o quanto as pessoas se sentem atraídas pelas tecnologias do futuro. E saber que agora é possível, de alguma forma, se tele transportar para um outro lugar e ter a experiência de conhecer novas paisagens é simplesmente fantástico! É essa a promessa que os dispositivos de realidade virtual sempre fizeram. Só que a diferença hoje é o poder de convencimento que os novos aparelhos apresentam; a resolução das imagens que eles oferecem, muito maior. Isto faz com que a experiência seja de boa qualidade, mas é claro que ela está longe de ser perfeita!

Os modelos de óculos VR de valor monetário mais baixo infelizmente podem, às vezes, oferecer em uma visão meio pixelizada, com programas que apresentam certo grau de lag. Em contrapartida, aqueles que custam mais caro conseguem oferecer um campo de visão mais amplo e mais sensível ao movimento – como é o caso daqueles aparelhos com função de giroscópio. Diferente disso, é difícil mostrar com precisão e ao mesmo tempo o que está em frente e ao lado dos olhos!

Veja também: Casas de repouso podem implementar atividades de realidade virtual com idosos

mulher jovem usando óculos de realidade virtual
Realidade Virtual – imagem de Pxhere

A produção de maquetes eletrônicas e a construção civil

Nas últimas décadas, foram surgindo diversos programas para modelagem e renderização de maquetes eletrônicas. Isso mudou a realidade da arquitetura e engenharia mundial. Agora os profissionais conseguem mostrar com mais precisão aos seus clientes como podem ficar, depois de construídos, os seus projetos. E recentemente, além da possibilidade da visualização em 3D, os profissionais passaram a contar também com sistemas para a adaptação das maquetes para realidade virtual – inclusive através de aplicativos para smartphones.

projeto em tela de celular smartphone
Realidade Aumentada – imagem de Pixabay

O investimento na modelagem de maquetes eletrônicas é visto como positivo pelos profissionais, pois, deste modo, eles conseguem tornar as suas ideias mais atrativas e possíveis de serem concretizadas!

Em outros casos, as maquetes podem ainda servir de propaganda e atrair novos negócios, mas também como modelos de testes, revelando possíveis erros de concepção. Dentro disso, a realidade virtual tem como função apelar para as emoções dos clientes e convencê-los de aceitar as propostas.

Confira: Curso de SketchUp Profissional + LayOut + Bônus

Quais as dificuldades encontradas pelos profissionais nos sistemas de realidade virtual?

Ao colocarmos um óculos de VR no rosto, podemos ter diversas reações diferentes. Algumas pessoas passam pelos estágios de surpresa e encantamento. Outras já sentem decepção, alegando que o sistema não conseguiu enganar o seu cérebro. E tem aquelas que sentem efeitos colaterais desagradáveis, como enjoo e cansaço visual.

Por que será que esses problemas acontecem? Esta pergunta é relevante porque pode decidir se o profissional deve se dedicar a transformar a sua maquete 3D simples em uma maquete de realidade aumentada!

criança usando dispositivo de realidade virtual
Imagem: Michael Efemena | Via Unsplash

Bem, especialistas no assunto explicam que parte dos problemas com a VR pode ser explicado pela neurociência. Primeiro porque o nosso cérebro possui um limite de percepção que nem mesmo as melhores tecnologias podem ajudar. Porque nem mesmo a realidade virtual com a melhor das resoluções poderia substituir a experiência de se ver algo ao vivo; ou por que às vezes existe a possibilidade de que a simulação entregue pelo computador e a expectativa cerebral não sejam as mesmas.

Quantas reações colaterais, elas são provocadas pela própria confusão que o cérebro tem ao tentar se ajustar a esta função de realidade virtual. Isso pode acontecer por vários motivos. Por exemplo, pela pessoa utilizar o óculos da maneira errada – tipo sentada -; por causa da anatomia da própria pessoa; pelos movimentos muito bruscos que ela faz com a cabeça – dificultando a acomodação visual -; ou pela própria lente do óculos ser de má qualidade. 

O fato é que as tecnologias de realidade virtual e de 3D estão melhorando pouco a pouco. Mas definitivamente elas estão longe daquilo que chamamos de perfeição. Existe um longo caminho para a ciência percorrer até se chegar a softwares e equipamentos que ofereçam a melhor experiência que poderíamos ter! Inclusive, o que temos disponível hoje infelizmente não oferece segurança para todos. Fique atento!

São pessoas que não podem utilizar tais sistemas em demasia ou por muito tempo: com transtornos psiquiátricos, com problemas cardíacos, com alguma anomalia de visão, doenças crônicas graves, que estejam sob efeito de drogas ou álcool, estresse, cansaço excessivo, dores de enxaqueca e dores de ouvido.

Ainda sobre o tema Realidade Virtual, confira este registro do Engenharia 360 no evento 3DEXPERIENCE World 2023:

Já usou algum desses dispositivos? Conta para a gente nos comentários!


Fontes: Tecmundo, Tudo Celular, UOL, G1, Construej.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Cientistas chegam perto de resolver o antigo mistério do dispositivo de Antikythera, espécie de calculadora encontrada no mar de Creta, na Grécia. Apesar de já ter passado mais de um século desta descoberta, a idade do aparato impressiona mais.

O dispositivo manual data de cerca de 2000 anos de idade, e mostrava movimentações planetárias, assim como outros ciclos astronômicos. Eclipses lunares e solares, por exemplo, são descritos no aparelho. No entanto, ficou oculto durante alguns séculos, até que foi encontrado em 1901, por mergulhadoras que exploravam a região do mar de Creta.

Além disso, com o relógio foi encontrado juntamente a outros artefatos, em um navio que parece ter afundado durante uma tempestade. O naufrágio provavelmente foi nos arredores da ilha de Antikythera, cerca de um século A.C, sendo que a embarcação ia em direção a Roma.

dispositivo de Antikythera

UCL trabalha para a reconstituição do artefato

Recentemente, pesquisadores da University College London (UCL) chegaram muito perto de completar o projeto de reconstituição do aparado, enigma que se estende há um século. Adam Wojcik, cientista de materiais da universidade, comenta: “Acreditamos que nossa reconstrução se encaixa em todas as evidências que os cientistas coletaram dos restos mortais até hoje”.

De fato, não foram poucas as tentativas, durante todo esse tempo, de reconstrução das 82 partes encontradas do mecanismo. Contudo, com a falta de dois terços de seu total, o desafio permaneceu irresoluto.

Acredita-se que o aparelho contenha a representação mecânica do movimento do Sol, da Lua e demais planetas ao redor da Terra. Afinal, era nisso que se acreditava na época, sendo o nosso planeta o centro do Universo. Sendo assim, a reconstituição se torna ainda mais difícil, por lidar com parâmetros incertos. Outra função que os cientistas propõem é um ponteiro duplo que eles chamam de “Mão do Dragão” que indica quando os eclipses estão para acontecer.

Michael Wright, ex-curador de engenharia mecânica do Science Museum de Londres, construiu uma réplica funcional do dispositivo milenar, e tem contribuído com informações sobre como funcionava. O importante trabalho trouxe avanços para as pesquisas, sendo feito como um quebra-cabeça 3D. Apesar disso, inda não se teve uma compreensão completa de como o dispositivo funcionava.

Ainda restam dúvidas sobre a origem do dispositivo

Quer o modelo funcione ou não, mais mistérios permanecem. Não está claro se o mecanismo de Antikythera era um brinquedo, uma ferramenta de ensino ou tinha algum outro propósito. E se os antigos gregos eram capazes de tais dispositivos mecânicos, o que mais eles fizeram com o conhecimento?

“Os tubos concêntricos no centro do planetário é onde desacredito na tecnologia grega, e onde o modelo também pode falhar”, disse Wojcik. “Tornos seriam o caminho hoje, mas não podemos presumir que eles os tivessem para metal.”

reconstituição em 3D de dispositivo de Antikythera
Reconstituição do Antikythera

Ele ainda afirma: “É estranho que nada remotamente semelhante tenha sido encontrado ou desenterrado. Se eles tinham a tecnologia para fazer o mecanismo de Antikythera, por que não estenderam essa tecnologia para criar outras máquinas, como relógios?” Ou seja, apesar de tudo, o enigma ainda persiste. De qualquer forma, ainda é possível alimentar a curiosidade sobre ele neste artigo.

Fonte: The Guardian.

O que você pensa sobre a origem deste misterioso mecanismo? Conte para a gente nos comentários!

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