Engenharia 360

Conheça o Mecanismo de Antikythera, o primeiro computador analógico do mundo

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por Larissa Fereguetti
| 16/04/2024 | Atualizado em 17/04/2024 3 min

Conheça o Mecanismo de Antikythera, o primeiro computador analógico do mundo

por Larissa Fereguetti | 16/04/2024 | Atualizado em 17/04/2024
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Imagine um computador de 2000 anos atrás! Você pode não acreditar, mas a Antikythera é uma engenhoca que já foi muito usada para observar a Lua. Esse mecanismo (ou máquina) é o primeiro computador analógico do mundo.

Elaborado em bronze, o artefato foi descoberto em Anticítera, uma ilha grega que emprestou seu nome, por volta do ano de 1902 (embora alguns argumentem que a data não é precisa, podendo ser entre 1900 e 1902). Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

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Mecanismo de Antikythera
Imagem: bbc.com

Estrutura do Mecanismo de Antikythera

Levou muitos anos para entender algumas funções do mecanismo. A máquina possui várias engrenagens e, em algumas delas, os cientistas encontraram dois números de dentes que fazem sentido para a astronomia: 235 (número de meses nos 19 anos solares - ciclo metônico) e 223 (ciclo de periodicidade dos eclipses - ciclo de Saros).

De frente, o mecanismo de Antikythera representa a forma como os gregos viam o mundo: a Terra no centro, com cinco planetas ao redor (os cinco vistos a olho nu: Mercúrio, Vênus, Júpiter, Marte e Saturno). A Lua, com órbita elíptica, viaja mais rápido quando está mais perto da Terra e, para simular isso, a máquina possui uma pinça em uma das engrenagens menores para controlar a velocidade de rotação.

Mecanismo de Antikythera
Imagem: thehistoryblog.com

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Funcionalidades do Mecanismo de Antikythera

Inicialmente, determinou-se que a engenhoca era usada pelos gregos para traçar o movimento do Sol, da Lua e dos planetas, prever eclipses e sinalizar os jogos olímpicos. Além disso, permitia realizar contas de adição, subtração, multiplicação e divisão.

Porém, alguns pesquisadores acreditam que o mecanismo de Antikythera é um tipo de guia de filosofia da galáxia, não algo para fazer cálculos. Tal descoberta surgiu depois que os textos inscritos em partes do objeto começaram a ser desvendados.

Mecanismo de Antikythera
Imagem: thehistoryblog.com

Acredita-se que o mecanismo de Antikythera pertenceu a Arquimedes, um engenheiro, matemático, físico, astrônomo e inventor grego, mas não é possível garantir, visto que alguns outros gregos também são cogitados na lista de inventores. Nós, engenheiros/futuros engenheiros, sabemos o quanto as descobertas de Arquimedes são importantes para a engenharia.

Mecanismo de Antikythera
Imagem: antikythera-mechanism1900.blogspot.com.br

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Enfim, independentemente do inventor, o mecanismo de Antikythera é uma ferramenta brilhante que poderia ter revolucionado a ciência de sua época, mas que se perdeu no caminho e ficou soterrada por muito tempo. Os pesquisadores trabalham até hoje para desvendar seu verdadeiro significado e a tecnologia por trás do seu funcionamento.

Conexão com eventos atuais

Para concluir este texto, queremos destacar que, no final de setembro de 2023, houve a última Superlua do ano, com a lua cheia próxima da Terra.

Este fenômeno, não científico, mas fascinante para observadores experientes, resulta em uma luminosidade 30% maior e uma aparência 14% maior em relação às luas cheias normais.

A saber, o momento de maior proximidade da lua com a Terra é chamado de perigeu e causa a Superlua durante uma lua cheia. Para observá-la, é preciso encontrar um local escuro e silencioso, livre de luzes urbanas, e usar binóculos ou telescópio para detalhes da superfície lunar.

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Fontes: Telegraph; MentalFloss; BBC, The New York Times.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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