O CREA insere profissionais e técnicos de engenharia, agronomia e outras áreas no mercado de trabalho, além de documentar seus serviços
Os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) são entidades de instância estadual que regulam e fiscalizam processos e serviços da área tecnológica. Ou seja, sua função é importante para que o exercício de várias profissões sejam executados em condições legais e seguras. Para saber o que, de fato, o CREA fiscaliza, é importante conhecermos um pouco de sua história. A instituição existe desde 1933, sendo criada durante o primeiro governo de Getúlio Vargas juntamente ao CONFEA, entidade de instância federal que cumpre função análoga à do CREA.
O objetivo era criar um sistema governamental que regulamentasse a atividade de técnicos e profissionais dessas áreas. Assim, seria possível melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, bem como gerar prosperidade para o país, de modo geral. Até então, não havia entidade pública ou privada que desempenhasse esse papel.
Imagem: pontaporainforma.com.br
No ano seguinte ao de sua fundação, em 1934, houve a divisão em oito regiões, que abrangem todo o território brasileiro. Essa divisão existe até hoje.
Como é feita a fiscalização?
Antes de tudo, o CREA é responsável por inserir profissionais e técnicos de engenharia, agronomia, geologia, geografia e meteorologia no mercado de trabalho, além de documentar seus serviços.
Ou seja, toda a atuação de um profissional de alguma dessas áreas está amparada pelo CREA de sua região. Assim, o registro pelo CREA também o integra ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Uma vez registrado, o profissional de cada uma dessas áreas está habilitado e responsável por realizar seu trabalho com segurança e qualidade.
Desse modo, uma parte da fiscalização já é realizada no próprio ato de registrar os profissionais. Eles, por outro lado, têm a obrigação de cumprir com os requisitos legais de sua respectiva área. Atualmente, são mais de 300 tipos de habilitações reconhecidas e disponibilizadas pelos CREAs de todo o Brasil, e entre elas existem níveis e modalidades diferentes, a depender da situação ou interesse dos profissionais.
Além do registro profissional, outra forma pela qual o CREA fiscaliza serviços é a utilização de Agentes Fiscais. Nesse caso, são profissionais habilitados com registro no CREA, que trabalham especificamente para esta função.
Os Agentes Fiscais dos CREA são responsáveis por realizar pesquisas e visitas a obras, por exemplo, para averiguar o cumprimento de normas nos serviços realizados, assim como possíveis irregularidades. Tais obras podem tanto ser de companhias privadas quanto públicas. As visitas e ações são feitas de forma programada e rotineira. Assim, é possível garantir a responsabilidade técnica nestes serviços.
CREA – SP: um dos maiores do mundo
O CREA – SP é o maior Conselho de Fiscalização de Exercício Profissional da América Latina. Além disso, está entre os maiores do mundo. Lembrando que cada estado do país possui sua própria unidade do CREA, assim como há em São Paulo – como CREA-RS, CREA-MT, CREA-RJ, dentre outros. Quer saber mais sobre o CREA – SP? Então, confira aqui a entrevista com Vinicius Marchese!
Dar baixas em documentos como a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) é indispensável para profissionais da Engenharia, assim como da Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia, que executam e participam de serviços e obras. Afinal, sua função é justamente identificar e registrar os profissionais envolvidos em uma série de processos e empreendimentos, como os da construção civil, por exemplo.
Ou seja, que qualquer contrato de prestação de serviços e obras nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia fica sujeito a uma ART. É o que prescreve a lei Lei nº 6.496/77, a fim de registrar tais serviços, assim fornecendo documentação para possíveis erros e imprevistos.
A ART faz parte do programa de fiscalização das entidades CONFEA e CREA, que têm nela um importante documento para a regulação de serviços. Assim sendo, as empresas e os profissionais envolvidos, contratantes e contratados, se beneficiam com isso.
Para o contratante, a ART é uma garantia de que está trabalhando com profissionais técnicos qualificados. Afinal, somente credenciados pelo sistema CREA/CONFEA podem dar baixa em uma ART. Além disso, mesmo se o profissional cometa uma falha ou erro, a ART garante resguardo técnico e jurídico.
Imagem: crea-rs.org.br
Para o contratado, garante-se o direito de autoria sobre um projeto, por exemplo. Isso depende, é claro, das especificações do contrato de cada serviço prestado. Ademais, para o profissional é importante registrar todas as ARTs, pois por meio delas é possível agregar valor na aposentadoria.
O que é dar baixa em uma ART?
Assim que um serviço começa, a ART é emitida, e quando o mesmo chega ao fim, ou pelo menos a responsabilidade de um profissional, deve-se dar baixa no documento. O requerimento deve ser feito assim que o serviço é terminado, ou quando o profissional é substituído, por exemplo.
Isso é indispensável, pois assim termina sua responsabilidade com determinado projeto. Do contrário, pode haver problemas judiciais, pois o profissional ou a empresa continuarão sendo cobrados.
Caso se constate a falta da baixa ou da emissão de uma ART em uma obra em curso, por exemplo, o serviço pode ser paralisado até que seja feita a regulamentação dos documentos, como manda a lei. Caso a obra esteja terminada, pode acarretar, também, a paralisação de processos e do uso de tal construção, até que o problema seja resolvido.
Como o documento faz parte da rede CREA, para dar baixa é necessário entrar no site da respectiva região e preencher um formulário. É importante lembrar que existe um formulário para contratantes e outro para profissionais contratados. O processo é realizado inteiramente de forma online.
Além disso, é importante lembrar que há especificações sobre a função de cada profissional nos projetos documentados pelas ARTs, assim como as demais informações necessárias no documento. Algumas definições exigidas são:
coautor;
corresponsável;
equipe;
empresa contratada;
informações da obra;
declarações;
informações de pagamento
Por fim, é muito importante saber que a emissão de uma ART é paga. Geralmente, cobra-se uma taxa de 10% do valor da projeto registrado. No entanto, isso varia para cada região do CREA, assim como para cada serviço envolvido.
Esperamos que o texto tenha informado você sobre o que é preciso saber para dar baixa em uma ART. Ficou com alguma dúvida? Envie para a gente nos comentários!
Física Quântica: um novo jeito de enxergar as leis naturais
por Cristiano Oliveira da Silva | | ATUALIZADO EM 7min
Entenda as bases que foram consideradas para o desenvolvimento e formulação da bela (e estranha) Teoria Quântica
Nos já apresentamos aqui no Engenharia 360 o cenário que motivou uma reformulação das bases teóricas da física. Nesse cenário, o empirismo trouxe à tona questões que não mais poderiam ser explicadas com as teorias clássicas disponíveis (física newtoniana e teoria clássica do eletromagnetismo). Einstein propôs as teorias restrita e geral da relatividade. Ainda assim, sua bela teoria não explicava uma série de fenômenos observados empiricamente, envolvendo radiação, linhas espectrais, efeito fotoelétrico (que ele explicou, mas não via relatividade).
Uma vez que se dispunham dessas observações empíricas, era necessária a criação de uma teoria que os explicasse. Surge então, a Teoria Quântica, que iremos apresentar na presente matéria.
A dualidade onda-partícula e o experimento da dupla fenda
Sobre a natureza da luz… ela é onda (espectro com uma determinada frequência e comprimento de onda) ou é partícula (fótons)? Será que o elétron também apresentava essa dualidade?
Richard Feynman, além de um brilhante físico teórico, era conhecido por ser um cara um tanto quanto espirituoso. Ele considereva que era preciso engolir a Teoria Quântica como um todo, sem se preocupar com o gosto nem se seria possível digerí-la. Isso poderia ser feito engolindo-se o experimento da dupla fenda, pois:
“Na realidade, ele contém o único mistério. Não podemos fazer o mistério desaparecer “explicando” como ele funciona. Vamos apenas dizer como ele funciona. Ao dizer como ele funciona, as peculiaridades básicas de toda mecânica quântica serão ditas.”
O experimento é muito simples: uma fonte bombardeia elétrons sobre uma placa que contém duas fendas e atrás dessa placa há uma tela de detecção dos elétrons que passaram pelas fendas. O índice de distribuição do bombardeador de elétrons é ajustado para que haja somente um único elétron atravessando o aparato de cada vez. Depois será observado o que acontece.
Arranjo experimental dupla-fenda
Os elétrons chegam à tela um por um, apresentando um comportamento corpuscular. No entanto, à medida que um grande número de marcas se acumula na tela de detecção, observamos um padrão muito conhecido e característico de interferência de ondas. Esse padrão de difração é uma assinatura irrefutável de que elétrons se comportam como ondas.
A Mecânica Quântica
Segundo Feynman (ele, de novo, que foi um profícuo conhecedor e usuário da física quântica), afirmara: “acho que posso dizer com segurança, que ninguém entende mecânica quântica”.
A formulação da Mecânica Quântica foi apresentada por Paul Dirac em 1930, no trabalho Princípios da Mecânica Quântica e desde então é considerado um dos clássicos intelectuais do século XX.
Dirac era um ótimo professor, cujas palestras cativavam pela clareza e como expunha seus argumentos. Conta-se que raramente ele permitia-se um gesto levemente teatral: ele pegava um pedaço de giz e o quebrava em dois, posicionando os fragmentos em lados opostos. Dizia que classicamente existe um estado em que o pedaço de giz está “aqui” e um outro estado em que está “lá”, e essas são as duas únicas possibilidades. Porém, substitua o giz por um elétron e, no mundo quântico, não há apenas estados “aqui” e “lá”, mas uma vasta quantidade de outros estados que são misturas dessas possibilidades – um pouco de “aqui” e outro tanto de “lá”, todos juntos. A Teoria Quântica permite a mistura de estados que classicamente seriam autoexcludentes.
É essa possibilidade contraintuitiva de adição que distingue o mundo quântico do mundo cotidiano da física clássica. No jargão profissional, essa nova possibilidade é chamada de princípio da sobreposição.
Entender isso, vai ajudar a entender a equação de Schrödinger.
A Equação de Schrödinger
Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger formularam as bases matemáticas de forma matricial e ondulatória, respectivamente. Suas contribuições foram significativas no sentido de organizar todo esse conjunto de novas ideias que despontara poucos anos antes das publicações de seus trabalhos.
Heisenberg teve como contribuição notável, além da formulação matricial, o Princípio da Incerteza: não é possível saber com exatidão a posição e a velocidade de um elétron simultaneamente. Outra forma de dizer isso: pode-se saber onde um elétron está, mas não o que ele está fazendo, ou pode-se saber o que está fazendo, sem saber onde ele está.
Assim como a mecânica clássica tinha o princípio fundamental da dinâmica, expresso pela equação F=m.a, a mecânica quântica precisava do seu princípio fundamental também.
A equação de Schrödinger, publicada em 1926, é a equação fundamental da Teoria Quântica. É um tipo bem direto de equação diferencial parcial e era mais fácil de usar do que a formulação matricial apresentada por Heisenberg.
Equação de Schrödinger
Essa equação descreve como o estado quântico de um sistema físico muda com o tempo. Ela descreve o tempo de evolução da função de onda do sistema. Ela considera os possíveisestados que um sistema pode assumir, trazendo em si um caráter probabilístico. O princípio da incerteza, a dualidade onda-partícula e até a relatividade geral (embora Schrödinger não a tenha considerado) estão contempladas nessa formulação.
Em outras palavras, pode-se dizer que a realidade é descrita como uma onda de probabilidades, tendo como condição de contorno o estado atual. E mais: um determinado estado é obtido pela superposição de diferentes estados.
No caso do experimento da Dupla Fenda sendo explicado por esse viés, traz algumas questões interessantes. Por exemplo: quando um único elétron, indivisível, passa pelo aparato dupla-fenda, por qual fenda ele passa? Vamos chamar uma fenda de A e outra de B. Agora, iremos supor que ele passe pela fenda A. Se isso for verdade, então a outra fenda é irrelevante e poderia ser fechada temporariamente. Porém, se só a fenda A estiver aberta, ele não chegaria ao ponto médio da antepara (conforme observado), ou seja, seria mais provável que ele se encontrasse na parte em frente à fenda A. Invertamos o raciocínio para a fenda B e ocorre o mesmo. Assim, conclui-se que o elétron indivisível passou por ambas as fendas (Feynman disse que teríamos que engolir esse experimento, lembram?).
Em termos de intuição clássica, essa é uma conclusão realmente sem sentido. Entretanto, em termos de sobreposição da Teoria Quântica, ela faz sentido: o estado de movimento do elétron foi a adição dos estados “passando por A” e “passando por B”.
E o gato, o que tem a ver com isso?
Schrödinger propôs um experimento mental para explicar o princípio da sobreposição de estados (ainda bem que era mental, caso contrário, as sociedades protetoras dos animais ficariam bem aborrecidas). Esse experimento é famoso e conhecido como “O Gato de Schrödinger”.
O experimento consiste em colocar um gato dentro de uma caixa isolada, sem que fosse possível inspecioná-la sem abrir. Dentro dessa caixa, há algumas partículas radioativas (que podem ou não emitir radiação), um contator Geiger (dispositivo utilizado para medir radiação), um sistema mecânico ligado ao contador Geiger, um martelo e um frasco de veneno. Se houver emissão de radiação, o contador capta, aciona o mecanismo, quebra o frasco de veneno e o gato morre. Se não houver emissão, o gato permanece vivo.
Arranjo do experimento mental “o gato de Schrödinger”
Mas, se a caixa está fechada, como saber se o gato está vivo ou morto? De acordo com a Teoria Quântica, o gato está vivo-morto, que corresponde à superposição desses estados. A menos que alguém abra a caixa e observe o estado do gatinho, não é possível concluir se o gato está vivo ou morto. Esse é um paradoxo interessante, porque é uma das características dessa teoria que haja um observador e este interfere diretamente nos resultados dos experimentos. Absolutamente nada intuitivo se comparado à física clássica.
Não é possível concluir nada a respeito do gato, apenas dizer que seu estado atual é vivo-morto. Lembrem-se, é um experimento mental e explica muito bem como a Física Quântica é estranha e muitas vezes incompreensível de acordo com a lógica que fomos treinados a assumir.
Conclusões e novas teorias
Pelo que foi exposto, podemos concluir que a realidade nada mais é que o colapso de uma das infinitas possibilidades de uma função de onda. E essa realidade observada, precisa de um observador. Parece óbvio? Mas não é!
Pela física quântica, o observador passa a ter papel fundamental e lança luz sobre um tema metafísico mais profundo, que é a possibilidade de uma consciência superior. O leitor mais cético pode questionar essa afirmação, mas com certeza há muitos argumentos que sustentam esse fato. Amit Goswami, Ph.D em física quântica pela Universidade de Calcutá e Professor Emérito do Departamento de Física da Universidade de Oregon, USA, traz questionamentos desconcertantes e uma visão genial sobre o tema, por exemplo, o que é consciência, como ela se manifesta num domínio não-local, saltos quânticos aplicados à criatividade humana… Por hora, vamos deixar essas questões para um outro momento. Mas vale muito conhecer seus livros e publicações.
Fato é que a Física continua evoluindo desde aqueles anos gloriosos de 1920. As observações evoluíram, os aparatos experimentas foram ganhando maior complexidade, novos fenômenos sendo observados, tanto no universo micro, quanto no macro.
E as teorias continuam evoluindo para explicar esses fenômenos. Teoria quântica relativística e teoria de quântica de campos são tentativas de unificar essas teorias e chegar a uma teoria do tudo. Stephen Hawking foi um grande pesquisador nessa área e colaborou muito no entendimento da gravitação no universo micro e dos efeitos quânticos no universo macro. Seu livro “O Universo numa casca de noz” traz uma visão de onde atualmente se encontra o limite do conhecimento da física.
A computação quântica também está se desenvolvendo a todo vapor. Se na computação tradicional, o mundo gira em torno de “zeros” OU “uns”, um bit quântico (qubit) passa a ser a superposição desses dois estados, isto é, ele pode ser “zero” E “um” ao mesmo tempo, aplicando o princípio da superposição. Os ganhos em tempo de processamento são absurdamente altos. É um grande desafio tecnológico e de engenharia é isolar esses qubits e controlá-los, uma vez que são partículas subatômicas.
Bit Clássico e Bit Quântico (qubit)
Niels Bohr, certa feita, escreveu a um amigo:
“o mundo quântico não existe. Há apenas uma descrição física quântica abstrata. É errado pensar que a tarefa da física é descobrir como a natureza é. A física lida com o que podemos dizer da natureza.”
Niels Bohr
Essa é uma verdade que precisamos aprender a lidar. Seria muita pretensão e arrogância querer explicar um Universo extremamente complexo com uma mente limitada num domínio de existência limitado por um pequeno espectro do continuum espaço tempo. Mas isso não impede que a curiosidade humana continue buscando essas respostas e trazendo cada vez mais entendimento sobre o funcionamento da natureza.
Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.
Um dos objetivos da agência é despertar o interesse das pessoas pelos estudos espaciais
Recentemente, foram lançadas pela NASA três gravações de áudio inéditas. Essas “músicas das galáxias” são captadas em forma de imagens de raios X do espaço, e depois convertidas em frequências sonoras audíveis pelo ouvido humano. As imagens são captadas por telescópios como Chandra e Hubble.
Leitura exige parâmetros de sonoridade
Esta primeira “tradução” de imagens espaciais em sons foi produzida a partir de uma imagem profunda de raio-X, a partir do Hemisfério Sul do planeta Terra. Para o senso comum, os pontos coloridos podem parecer estrelas. No entanto, a grande maioria deles são buracos negros e galáxias.
A tradução em sons, neste caso, ocorre por meio de uma interpretação do tipo de luminosidade aparente na imagem. Sendo assim, pontos mais avermelhados produzem, na leitura sonora, sons mais graves. Já nos pontos mais próximos do azul, as frequências produzidas são mais agudas. O resultado sonoro é bem similar à música feita por sintetizadores, remetendo a filmes de ficção científica dos anos 1980.
A despeito do resultado estético do que se ouve, sabe-se que a sonorização é arbitrária em algum grau, pois a tradução dessa imagem em sons pode ser feita a partir de outros parâmetros. Por exemplo, a luz avermelhada estar ligada a sons ruidosos, enquanto a azul a sons menos ruidosos. Seja como for, a leitura prevê que todos os pontos (galáxias e buracos negros) são lidos como sons.
Já a segunda música é baseada em uma imagem da nebulosa “Olho de Gato”. A luz visível capturada pelo telescópio Hubble é sobreposta à captação em raios X capturada pelo telescópio Chandra. Aqui, a interpretação da imagem também traz a relação entre sons graves e agudos. Ou seja, quanto mais próxima a luz está do centro, mais grave, e quanto mais distante, mais agudo.
A terceira música provém da Messier 51 (M51). Por seu formato em espiral, a M51 é também chamada de “galáxia redemoinho” (Whirlpool Galaxy). A imagem resultante é a sobreposição de luz infravermelha, luz visível, raios ultravioleta e raios X. Por isso, os telescópios utilizados foram o Spitzer, Hubble, GALEX e Chandra, cada um captando um tipo de luz diferente.
Similarmente à música da nebulosa “Olho de Gato”, a imagem é lida a partir do centro da galáxia. Sendo assim, cada um dos tipos de luz se relaciona com um espectro de frequências.
Leitura musical intenciona despertar interesse pelo espaço
Ao publicar essas leituras, a intenção da NASA é despertar o interesse das pessoas pelos estudos espaciais. Na verdade, não é a primeira vez que dados espaciais vêm a público dessa maneira.
Em outubro do ano passado, por exemplo, foi lançada uma playlist especial de Halloween. As faixas incluíam pulsares, terremotos ocorridos em Marte, e ondas de plasma.
Entenda a geração dos combustíveis de biomassa e a demanda atual
por Clara | | ATUALIZADO EM 2minImagem de standret em Freepik
A crise global provocada pela pandemia da covid-19 intensificou a preocupação com questões ambientais e acelerou o incentivo ao mercado de combustíveis de biomassa.
Os desafios relacionados à sustentabilidade e às mudanças climáticas tornaram-se cada vez mais evidentes, reforçando a necessidade de soluções sustentáveis. Nesse contexto, a retomada verde surge como uma resposta estratégica para minimizar os impactos ambientais e impulsionar fontes renováveis de energia.
O Brasil tem se destacado nesse setor, sendo um dos principais países a investir em fontes renováveis como alternativa ao uso do petróleo. Atualmente, cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no país provêm de fontes renováveis. Em comparação, aproximadamente 86% da energia global ainda depende de fontes não renováveis. Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!
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Principais fontes de biocombustíveis no Brasil
O mercado brasileiro de biocombustíveis é impulsionado principalmente pelo etanol da cana-de-açúcar e pelo biodiesel. No entanto, outras fontes sustentáveis têm ganhado espaço, como:
Biometano: produzido a partir de resíduos orgânicos agropecuários e urbanos;
Biocombustíveis para aviação: misturas sustentáveis no querosene de aviação;
Biogás: derivado de resíduos residenciais, industriais e agropecuários, sendo uma alternativa viável ao gás natural.
A utilização desses combustíveis está se expandindo, impulsionando um setor econômico avaliado em aproximadamente US$ 170 bilhões por ano.
O crescimento do mercado global de biocombustíveis
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o etanol e o biodiesel representam cerca de 50% do consumo mundial de energia renovável. Para efeito de comparação, esse volume é quatro vezes maior que a energia solar e eólica combinadas.
Em 2019, a produção global de biocombustíveis atingiu 162 bilhões de litros, registrando um crescimento de 3,7%. As projeções indicam que até 2025, esse volume poderá chegar a 222 bilhões de litros, impulsionado pelo avanço das políticas ambientais e pelo aumento da demanda por soluções sustentáveis.
Como a biomassa gera energia sustentável
A biomassa se renova através do ciclo do carbono. Durante a combustão, o CO2 é liberado na atmosfera, mas é posteriormente absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese, contribuindo para um balanço ambiental positivo.
No Brasil, diversos materiais são utilizados como fontes de biomassa, incluindo:
Bagaço de cana-de-açúcar;
Casca de arroz;
Amido e mandioca;
Óleos vegetais;
Celulose e resíduos florestais;
Madeira, amplamente usada na indústria para combustíveis de biomassa.
Além disso, a biomassa pode ser convertida em diversas formas de energia, como:
Biogás;
Biodiesel;
Carvão vegetal;
Etanol e etanol celulósico.
Principais processos de conversão da biomassa em energia
Os combustíveis de biomassa podem ser produzidos através de diferentes processos tecnológicos:
Combustão direta: queima da biomassa para geração de calor e eletricidade.
Processos termoquímicos: conversão de materiais orgânicos em combustíveis gasosos e líquidos.
Processos biológicos: utilização de microorganismos para produzir biocombustíveis, como o biogás.
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Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.
Inteligência Artificial reconhece emoções em obras de arte visual
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2min
A ferramenta também leva em conta a subjetividade e a variabilidade da resposta humana
Carros automáticos, aviões e sistemas de segurança são algumas das tecnologias em que a Inteligência Artificial tem sido aplicada extensamente nos últimos anos. O que elas têm em comum é que a IA as permite “ver” o mundo, assim como reconhecer objetos, animais, pessoas e atividades. Agora, uma equipe de pesquisadores trabalha para que os computadores reconheçam também padrões de emoções que essas imagens causam nas pessoas.
Isto é, não apenas os objetos em si, mas o que eles remetem em termos de emoções e sentimentos. Para isso, existem os chamados algoritmos com inteligência emocional.
Panos Achlioptas, doutorando em Ciência da Computação na Universidade de Stanford, diz: “Esta habilidade será a chave para fazer da Inteligência Artificial não apenas inteligente, mas também mais humana, por assim dizer.” Achlioptas já colaborou nessa área com pesquisadores da França e Arábia Saudita.
Para atingir este objetivo, o pesquisador e sua equipe coletaram um novo conjunto de dados, chamado ArtEmis. O conjunto é baseado em 81.000 pinturas e consiste em 440.000 respostas registradas de mais de 6.500 pessoas. Assim, a partir destes dados é possível indicar para uma IA o que uma pintura causa nas pessoas, em termos de sensação, por meio de explicações pré-datadas.
Traduzindo emoções
O projeto é liderado por Leonidas Guibas, professor de engenharia na Universidade. Assim sendo, a IA, que foi previamente construída para responder em palavras, interpreta as sensações e as traduz em linguagem verbal.
“O trabalho da visão computacional clássica tem sido apenas sobre um conteúdo literal”, diz Guibas. “Existem três cachorros na imagem, ou alguém bebendo café num copo. Ao invés disso, nós precisamos de descrições que definam conteúdo emocional”.
Contentamento: “A mulher parece estar se divertindo”. Tristeza: “O homem no meio parece estar com dor”. Fonte: Futurity.org
O algoritmo funciona com oito categorias emocionais, abrangendo medo, diversão ou tristeza. “O computador está fazendo isso”, diz Achlioptas. “Podemos mostrar a ele uma nova imagem que ele nunca viu, e isso vai nos dizer como um humano pode se sentir.”
Partindo do princípio de que a arte, em essência, extrai emoções das pessoas, a ArtEmis trabalha independentemente do estilo, da natureza morta até retratos abstratos.
Subjetividade da arte é levada em conta
É certo que qualquer obra de arte, por estar no campo da intersemiose, sempre apresentam múltiplas significações. Assim, Achlioptas aponta que, embora ArtEmis seja sofisticado o suficiente para avaliar que a intenção de um artista pode ser diferente dentro do contexto de uma única imagem, a ferramenta também leva em conta a subjetividade e a variabilidade da resposta humana. Por isso, o algoritmo pode decifrar emoções diferentes de uma só pintura.
“Nem toda pessoa vê e sente a mesma coisa ao ver uma obra de arte”, acrescenta. Por exemplo, “Posso me sentir feliz ao ver a Mona Lisa, mas o professor Guibas pode ficar triste. ArtEmis pode distinguir essas diferenças.”
Aeroporto na China é transformado em parque público
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2min
Por sua sustentabilidade, o projeto foi premiado na China e nos EUA
Um espaço de 14.63 hectares, que durante 80 anos funcionou como uma pista do Aeroporto Longhua, em Xangai, hoje é o Xuhui Runway Park. Localizado às margens do rio Xuhui, a área foi reformada pela empresa Sasaki.
Apesar ter mudado bastante, o local ainda mantém algumas características originais do aeroporto. A Sasaki descreve o projeto em seu site: “O parque integra partes do concreto da pista original, onde possível, para prolongar a memória do local.”
Eles ainda acrescentam: “A equipe de projeto identificou uma fileira de painéis de pista estruturalmente sólidos com 3,6 m de largura para servir como a principal via de pedestres do parque, com suas marcações de direção originais preservadas. Perto da extremidade norte, grandes porções do concreto da pista são integradas ao bosque de observação de pássaros para formar espaços de descanso intrincados. Todos os novos pavimentos e móveis são feitos de concreto arquitetônico, com variações acentuadas em pontos chave. O perfil do mobiliário do local é projetado para lembrar os elementos da aeronave. ”
Sustentabilidade em foco
O Xuhui Runway Park teve uma abordagem sustentável em sua construção, como por exemplo o uso de materiais reciclados em suas estruturas, bambu reutilizado e iluminação LED. Além disso, o parque é dotado de um sistema de coleta de água da chuva.
Outras atrações também são fontes, trilhas, pistas de ciclismo, restaurantes e um playground. Ademais, o parque também inclui um jardim submerso, com capacidade de aproximadamente 900 pessoas.
O espaço também é habitat de algumas aves, e contém um jardim de borboletas. Quanto a sua flora, contém mais de 82 espécies de plantas domésticas e 2227 árvores.
Parques são soluções para projetos obsoletos
O projeto da Sasaki foi concluído em abril de 2020. Por sua sustentabilidade, foi premiado na China e nos EUA. Além disso, recebeu outras quatro premiações por seu design.
Sobretudo por sua natureza sustentável, projetos como esse têm ganhado cada vez mais força entre as soluções de urbanismo. Um exemplo são as rodovias construídas nos anos 1970 em Seul, na Coreia, que hoje foram transformadas em um jardim suspenso no coração da cidade.
Se você busca aprender sobre tecnologia, separamos uma lista com alguns cursos gratuitos online que você pode fazer para se aprimorar no assunto
Hoje em dia, com o advento da internet, a quantidade de cursos online é cada vez maior. Muitos são os assuntos, e a tecnologia não fica de fora. Além disso, as ofertas são tantas que é até difícil escolher. No entanto, saiba existem muitas oportunidades para cursos gratuitos sobre tecnologia.
Várias plataformas diferentes disponibilizam cursos em formatos diversos. Existem aqueles com aulas ao vivo, ou então os que dão acesso a uma certa quantidade de material pré-gravado. Em ambos os casos, muitas vezes é possível obter e-Books gratuitos em PDF.
Imagem: imperva.com
Introdução à Ciência de Dados 2.0
Com carga horária de 8 horas, este curso aborda conceitos básicos sobre Ciência de Dados. Assim como oferece um panorama histórico da disciplina, também trata de temas atuais como o Big Data. Também traz para o aluno as principais questões deste mercado de trabalho.
Inteligência Artificial: Fundamentos
Também com carga horária de 8 horas, o curso traz os principais tópicos sobre Inteligência Artificial. Além disso, contextualiza o assunto no mundo tecnológico atual, mostrando como a IA está sendo aplicada hoje e como pode ser usada em tempos futuros.
Big Data: Fundamentos 2.0
O curso tem o objetivo de focar especificamente nos preceitos e fundamentos de Big Data. Embora envolva técnicas avançadas, o foco do curso é no conhecimento básico sobre o assunto. Armazenar e analisar dados corretamente são algumas das habilidades que o (a) aluno (a) terá ao concluir o curso.
Python: Fundamentos para Análise de Dados
O foco aqui é o exercício do Python, linguagem de programação que enfatiza a legibilidade e a criação de códigos claros. Portanto, o curso oferece uma série de desafios, quizzes e projetos a serem feitos pelo aluno. A carga horária é de 54 horas.
A inscrição em qualquer um dos cursos, seja online ou gratuito, é feita aqui. Além de cursos pagos, a plataforma oferece cursos sobre Ciência de Dados, Inteligência Artificial, Big Data e Python. Uma interessante vantagem, além de serem gratuitos, é que os cursos emitem certificados.
Conheça a ciclovia de plástico reciclado construída no México
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minVisão superior da ciclovia
O Parque Nacional de Chapultepec, na Cidade do México, está sediando uma ciclovia modular feita de resíduos plásticos reciclados – por isso chamada de ciclovia de plástico reciclado. A iniciativa foi concretizada pela empresa holandesa PlasticRoad em colaboração com a Orbia, antes conhecida como Mexichem até 2019, atuante no setor químico.
Atualmente, a PlasticRoad, que já havia implementado duas ciclovias na Holanda, encontrou na parceria com a empresa mexicana uma oportunidade para expansão internacional. Esta parceria, aliada ao apoio da Secretaria de Mobilidade da Cidade do México (SEMOVI) e da Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do México (SEDEMA), tem sido fundamental. Andres Lajous, secretário da SEMOVI, expressou seu ponto de vista sobre o projeto:
“Na Cidade do México nós apoiamos iniciativas que promovem a mobilidade urbana sustentável, que ajuda no modo como as pessoas se locomovem, e que também protege o meio ambiente. Isso tem a ver principalmente com infraestruturas recicláveis e com a eletro-mobilidade: nesse caso, a instalação de uma ciclovia infiltrativa, que melhora o atendimento ao cidadão ao reduzir a probabilidade de inundações, a necessidade de manutenção e pode dar às pessoas uma viagem mais confortável e segura.” – Andres Lajous.
Projeto pode crescer e frear descarte mundial de plástico
A ciclovia é composta por plástico proveniente de resíduos pós-consumo de diferentes produtos industriais. Em vez de serem incinerados ou armazenados em aterros, esses resíduos podem ser continuamente usados na manutenção e reposição da ciclovia à medida que ela se desgasta, contribuindo para a reutilização do plástico.
Ao introduzir um novo modelo em outro continente, o Diretor Administrativo da PlasticRoad, Eric Kievit, visa testar o produto sob condições climáticas diferentes das versões anteriores.
A primeira versão da ciclovia na América Latina incorporou quase uma tonelada de lixo plástico, o equivalente a cerca de meio milhão de tampas de garrafas plásticas. Se implementado em larga escala, esse processo poderia ter um impacto significativo na redução da poluição plástica nos oceanos.
Sistema de drenagem é pertinente para a Cidade do México
O sistema de drenagem é particularmente relevante para a Cidade do México, onde as inundações são frequentes. As pistas de plástico do projeto oferecem capacidade, armazenamento e drenagem de água, agindo como uma “ciclovia infiltrativa”, como destacado por Andres Lajous.
Sistema de drenagem da Plastic Road. Fonte: PlasticRoad
A capacidade de absorção de água pela ciclovia oferece benefícios em duas frentes: reduz o impacto dos períodos de seca na região e evita inundações decorrentes de fortes chuvas e tempestades na cidade. O projeto visa impactar positivamente em múltiplos aspectos, conforme mencionado por Marina Robles García, chefe da SEDEMA:
“A forma como nos relacionamos com a cidade requer a unificação de nossas agendas de desenvolvimento urbano, meio ambiente, mobilidade e mudança climática para lançar iniciativas locais que proporcionem múltiplos benefícios aos cidadãos. A PlasticRoad é mais um esforço que se alinha ao nosso compromisso de resgatar o Bosque de Chapultepec e de caminhar rumo a uma cidade mais sustentável.” – Marina Robles García.
E quanto a você, o que acharia de ter uma ciclovia semelhante em sua cidade? Uma ideia interessante, não é mesmo? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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Fogão solar produzido por pesquisadores brasileiros pode substituir o convencional
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3min
O equipamento pode substituir o fogão à gás, cujo preço do botijão sofreu aumento significativo recentemente
Pesquisadores do Brasil estão liderando a produção de um fogão solar com potencial capacidade para substituir o convencional. O equipamento, desenvolvido em solo brasileiro, fica alojado em um dos corredores da UFRN “Universidade Federal do Rio Grande do Norte”.
Além do fogão solar, diversas peças se espalham pelo ambiente e fazem parte de todo o processo de pesquisa. Por exemplo:
Protótipos de fornos
Fogões
Secadores,
Entre outros
Todos eles foram desenvolvidos no laboratório de máquinas hidráulicas do curso de Engenharia Mecânica da UFRN.
Equipamentos de baixo custo
Os instrumentos foram construídos com sucata, espelhos e diversos outros materiais que possuem custo baixo ou provêm de reutilização / reciclagem. Ou seja, são produtos sustentáveis e de acordo com os pesquisadores podem substituir a utilização do botijão de gás.
A saber, o preço do botijão de gás disparou nos últimos meses e está acima da inflação. Isso afeta diretamente a vida das pessoas mais pobres do país.
Em síntese, o novo fogão transforma a radiação solar em calor, criando uma espécie de efeito estufa ao aproveitar o calor para o uso doméstico.
Um dos experimentos teve um custo de R$ 150, equivalente a pouco mais de um botijão de gás, o qual atualmente gira em torno de R$ 100. Para se ter uma ideia da potência do fogão solar desenvolvido, ele assou 9 bolos em uma hora e meia, somente com a energia solar captada.
Claro que um forno a gás seria cerca de 20 minutos mais rápido, segundo os especialistas. Mas por outro lado, não conseguiria comportar tantas assadeiras.
Desenvolvido com ajuda do engenheiro Mário César de Oliveira Spinelli, o forno precisou dos seguintes materiais para ficar pronto:
MDF – chapas com fibras de madeira
Espelhos
Placa de metal
Combinação de resina de ferro e malha de ferro
Segundo o engenheiro, a principal questão era se a capacidade de assar alimentos seria suficiente mesmo possuindo uma área tão grande.
No entanto, devido à enorme carga, a combinação foi perfeita. Isto é, conseguiu provar que era viável possuir um fogão solar. Por isso, Spinelli acabou usando o objeto no mestrado da UFRN em 2016.
Fogão solar: Sustentabilidade
Também em 2016, o engenheiro Pedro Henrique de Almeida Varela defendia o tema “Viabilidade térmica de um forno solar fabricado com sucatas de pneus” na UFRN.
Mas diferente do projeto citado anteriormente, para desenvolver o experimento ele utilizou além dos pneus, latinhas de alumínio e uma urupema, um tipo de peneira indígena.
Na fase de testes, vários alimentos foram preparados como:
Pizza
Bolo
Lasanha
Empanados
Entre outros
O equipamento realmente se mostrou eficiente, contudo não saiu do laboratório da universidade.
De acordo com o engenheiro, países do continente africano e asiático, têm estimulado a utilização de fogões solares justamente para diminuir o consumo de lenha e os impactos ambientais.
Viabilidade e a falta de investimentos
Para diversos acadêmicos existe uma possibilidade econômica, técnica e ambiental, para utilização dos fogões solares, ainda mais em um país com condições climáticas altamente favoráveis, uma dúvida sempre fica permeando a cabeça: por que os experimentos não ganham notoriedade para o uso doméstico?
Mesmo a energia solar sendo uma energia social, viabilizada para todos, os investimentos em tecnologia social são baixíssimos.
Os próprios pesquisadores acreditam que os esforços do país estão voltados para produzir e vender a energia, e o trabalho desenvolvido na UFRN não se encaixa nos padrões atuais da sociedade.
No mesmo sentido, a falta de investimento no desenvolvimento de pesquisa e aprimoramento deixam ainda mais inviável levar os projetos adiante.
Em muitas situações para custear a pesquisa, os alunos precisam tirar o dinheiro do próprio bolso e das suas bolsas que não são voltadas para o uso em tecnologia social.
Do mesmo modo, muitos pesquisadores acabam perdendo o interesse no desenvolvimento em energia solar e direcionam seus estudos para outras áreas como o petróleo.
E então, curtiu conhecer toda a tecnologia sustentável do fogão solar? Diga para a gente nos comentários. Volte mais vezes para conferir outros artigos sobre engenharia!
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