As mudanças climáticas em nosso planeta em parte são naturais. Contudo, não podemos negar que as ações humanas têm contribuído negativamente para a aceleração deste processo. É comum ouvirmos pessoas reclamando que não aguentam mais a temperatura nas grandes cidades, sentindo como se até o asfalto pudesse derreter. E o engraçado é que essas mesmas pessoas muitas vezes são as que defendem ações que contribuem para a geração de ilhas de calor urbanas. 

De acordo com a Agência Espacial Americana – a NASA – e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, o ano de 2019 registrou a segunda maior temperatura global na Terra desde o início da sua medição, em 1880.

Ainda mais espantoso é que o ano de 2020 ultrapassou esta marca, e a tendência é só piorar! Mas, e se pudéssemos lançar novas estratégias de engenharia e arquitetura para garantir o bem-estar e a sobrevivência da população mundial por mais tempo? Bem, é possível! Isso inclui, sem dúvidas, a diminuição das ilhas de calor. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para entender melhor o caso!

O que são ilhas de calor urbanas?

Ilhas de calor urbana são bolsões de ar quente gerados devido a temperaturas muito altas – comparadas às das áreas rurais próximas – concentradas dentro de uma cidade. Este é um problema que ocorre quando as superfícies da região deixam de absorver e reter adequadamente o calor.

É obrigação dos projetistas e gestores das cidades localizar estes pontos de calor no mapa e propor mudanças em arquitetura, engenharia e paisagem para resolver o problema!

ilhas de calor
Imagem de Freepik

Veja Também: Cidade sem carros: conheça 2 novos modelos bem diferentes de planejamento urbano

Se nada for feito para conter as ilhas de calor, teremos um maior agravamento no aquecimento global, na concentração de gases tóxicos na atmosfera e, consequentemente, mais problemas respiratórios afetando a saúde de todos. Ademais, outro problema causado pelas ilhas de calor é o excesso de chuvas concentradas em uma única parcela urbana, causando severos alagamentos e desabamentos de terra. Por fim, as temperaturas altas ainda exigem um consumo excessivo de água e energia.

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Enchente Brasil | Imagem reproduzida de Aos Fatos
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Imagem reproduzida de ElasticComputeFarm em Pixabay

Como surgem as ilhas de calor?

Pense assim, o mundo era perfeito até o ser humano estragou! Para vivermos do jeito como vivemos hoje, a primeira coisa que fizemos foi remover grande parte da cobertura vegetal nas zonas de cidades e substituir por enormes construções, ruas e estacionamentos, formando verdadeiros labirintos impermeáveis e refletores de radiação solar, onde o ar mal consegue circular. Resultado: muito calor e um péssimo ciclo de água corrente e evaporação – algo que até poderia resfriar as superfícies! Será que faz algum sentido?! Claro que não, por isso precisamos mudar o sentido da nossa história!

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Imagem de joelfotosem Pixabay
aquecimento global
rua asfaltada – Imagem reproduzida de A Voz da Cidade

Veja Também: O que é El Niño e como ele impacta a Indústria de Engenharia Brasileira?

O que pode evitar as ilhas de calor nas cidades?

A primeira coisa que se deve fazer para acabar com as ilhas de calor nas grandes cidades é prever mais áreas de jardins verticais, coberturas verdes e praças e parques com plantio de árvores – o mesmo pensamento que devemos ter com as grandes florestas versus o desmatamento, entende? Também seria preciso tentar diminuir o controle de emissão de gases poluentes, começando por restringir a frota de veículos circulando pelas ruas – aliás fizemos uma ótima matéria falando sobre a criação de cidades em carros na China.

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Imagem de franky1st em Pixabay
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Imagem de Marcos-Photographer em Pixabay

Se não podemos diminuir o número de veículos circulando nas grandes cidades brasileiras, talvez possamos investir em materiais que consigam fazer o tratamento do ar local – como é o caso do cimento fotocatalítico. E existem também alguns materiais capazes de absorver calor de superfícies urbanas; os mesmos não podem apresentar cores escuras e devem apresentar um alto índice de refletância solar. 

O efeito “cânion urbano”

Claro que tudo isso ainda não basta! Poderíamos criar propostas que ajudassem a inibir o consumo excessivo de combustão interna em residências e indústrias – que sempre aumentam o aquecimento da atmosfera. Também investir mais em projetos de espaços abertos e de edificações que apresentam um desenho que permite uma melhor circulação do ar entre quadras, evitando o efeito tipo “cânion urbano”. E a instalação de lagos e espelhos d’água em locais estratégicos seria bastante favorável para resfriar as cidades. E você, o que acha dessas ideias? Reflita sobre isto!

aquecimento global
cânion urbano | Imagem reproduzida de SciElo
aquecimento global
espelho d’água | Imagem reproduzida de UOL

Sim, imaginar o que são estas ilhas de calor e como agem sobre nós é mesmo assustador! Contudo, podemos mudar esta realidade! O que imagina que pode fazer a respeito? Registe nos comentários logo abaixo!

Veja Também:


Fontes: Viva Decora, UOL, SustentArqui, SEED-Geografia, Wikipedia, Mundo Educação, Ecycle.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Ovos sem galinhas, leite sem vacas, carne sem animais, cafés sem grãos, bebidas alcoólicas que não dão ressaca! A lista de iniciativas que procuram reduzir o impacto ambiental com o uso de Engenharia Molecular não para de crescer. O alvo não é só a sustentabilidade, mas combater a incidência de enfermidades como hipertensão, diabetes, problemas hepáticos e cardiovasculares, obesidade e até câncer. Saiba mais no texto a seguir!

agtech
Imagem extraída de rheinpfalz.de

Casos de avanço em Engenharia Molecular

Café perfeito

E como tudo isso funciona? Veja o caso do café, por exemplo. A empresa americana Atomo Coffee, referência em agtech – traduzido como tecnologia agrícola -, contou com o apoio da Universidade Técnica de Munique e da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique para fazer a engenharia reversa de dezenas de compostos que compõem o sabor de um café “perfeito”.

A técnica desenvolvida consistiu em  introduzir combinações específicas de aminoácidos e açúcares no substrato de raízes e sementes de várias plantas e, em seguida, conduzir reações moleculares por meio de tostagem e torrefação.

Assim, a equipe priorizou a engenharia reversa do aroma, sabor, cor, teor de cafeína e sensação na boca do café usando ingredientes “reciclados”, ou seja, com ingredientes que não iriam para o consumo humano”. Se deu certo? Bem, os investidores pelo visto pensam que sim. Inclusive, no final do ano passado, a empresa recebeu um aporte de R$48,6 milhões!

agtech
Imagem extraída de AtomoCoffee

Veja Também: A engenharia e o terceiro setor no agronegócio brasileiro

Álcool sintético

Se essa história do café sem grãos é surpreendente, imagine o quão incrível seria tomar todas e não ter a sensação de que a cabeça vai explodir no dia seguinte?

Pois bem, o cientista britânico David Nutt, diretor do centro de neuropsicofarmacologia do Imperial College London, tem divulgado na imprensa a criação do “álcool sintético” e, consequentemente, o fim da ressaca. Essa substância milagrosa possui os mesmo efeitos do álcool comum, mas não dá ressaca, não lesiona fígado e — de acordo com expectativas otimistas de seu autor — pode substituir todas as bebidas convencionais até 2050.

A partir da molécula alcosynth, a iniciativa da empresa Gaba Labs propõe a imitar os elementos encontrados no álcool – sociabilidade, relaxamento e diversão – menos os efeitos prejudiciais à saúde, já que estaria livre de elementos tóxicos, que são prejudiciais ao fígado. A expectativa é que ela chegue ao mercado no prazo de cinco anos.

Então, o que achou destes curiosos experimentos de tecnologia agro? Acredita que estas duas bebidas teriam a mesma qualidade de sabor que tanto apreciamos nas versões “tradicionais”? Deixe a sua opinião nos comentários!


Fonte: Globo Rural.

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Engenharia 360

Paulo Moura

Redator colaborador do Engenharia 360. Jornalista. Sócio Diretor da Agência VIRTA.

A desinformação é um tema muito caro à contemporaneidade. Cada vez mais se discute sobre como o fenômeno das fake news influencia pessoas e sociedades, desde brigas familiares até eleições nacionais ao redor do mundo. Apesar de não ser uma prática tão nova assim, a disseminação de notícias falsas ganha na Internet uma proporção nunca antes vista.

A fim de combater a desinformação, a empresa Google, uma das multinacionais de tecnologia mais famosas do mundo, no final do mês de Março, anunciou a doação de $25 milhões de euros ao Fundo Europeu de Mídia e Informação – ou US$ 29 milhões -, ou EMIF, na sigla original do nome. O EMIF é gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian. E seu propósito é financiar pesquisadores, verificadores de fatos e demais organizações que participam na luta contra a disseminação de informações falsas.

Fake News
Imagem de emyselfaneye em Pixabay

Questão das fake news se torna sensível na Pandemia

O líder de negócios e operações da Google para Europa, Oriente Médio e África, Matt Brittin, afirmou, em texto oficial publicado recentemente: “Enquanto navegávamos no mar de incertezas e desafios no ano passado, ficou comprovada a necessidade das pessoas de acessar informações exatas, e separar os fatos da ficção”. Ou seja, é evidente que fomentar a checagem de fatos se torna mais do que necessário em momentos de insegurança sanitária.

O Fundo de Mídia e Informação Europeu não foi pensado para funcionar permanentemente. A intenção é que a entidade incentive pesquisas e checagem de fake news em diversos níveis institucionais durante cinco anos. E neste meio tempo, Universidades, agências de checagem, jornais, entre outros serão beneficiados pela ação!

No Brasil, existem organizações de fact-checking desde 2015, com a criação da Agência Lupa, que faz parte do International Fact-Checking – IFCN -, fundada pelo Poynter Institute. Sendo assim, a metodologia e princípios da agência são internacionalizados, e atualizados constantemente de acordo com o combate às fake news no mundo todo.

E você, o que achou da iniciativa do Google? Conte nos comentários!


Fontes: olhardigital; Reuters.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nos últimos anos, com o advento da metodologia BIM, uma série de profissionais vêm sendo requeridos pelo mercado de trabalho. Por ser uma metodologia relativamente recente, as competências requeridas pelo profissional que irá desempenhar um papel num fluxo de trabalho baseado em BIM ainda estão em processo de entendimento e consolidação.

As universidades e centros de formação em geral vêm, ao longo dos anos, empregando esforços para a inclusão na grade curricular de conceitos relacionados à parametrização e modelagem da informação de um dado empreendimento. Entretanto, ainda é insipiente e não se encontra plenamente difundido esse novo conceito nas instituições de ensino, embora haja uma demanda no mercado de trabalho por profissionais capacitados a integrarem os papéis requeridos por trabalhos desenvolvidos em BIM.

O objetivo dessa matéria é lançar luz a respeito desse tema, identificando os papéis de cada profissional inserido nesse novo cenário e quais atribuições que lhe cabem, bem como que competências deve ter e ou desenvolver. Continue lendo para saber mais!

Ciclo de vida de em empreendimento
Áreas de atuação no ciclo de vida de um empreendimento | Imagem extraída de CADPRO blog – CADPRO Systems

Principais papéis requeridos num fluxo de trabalho BIM

Modeller | Operator

É o equivalente a um projetista. Sua principal função é criar, desenvolver e extrair documentação 2D de um Modelo BIM. Além disso, pode ainda se especializar nas seguintes frentes:

  • 3D Modeller: cria a geometria BIM para atender a diferentes times que demandam informações do modelo;
  • Cost Modeller: insere no modelo informações referentes a processos construtivos e recursos requeridos. Ele não necessariamente é um 3D Modeller, pois sua função é alimentar o modelo, e não criá-lo;
  • Sequencing Modeller: insere informações relativas às fases de construção, sequenciando a utilização de recursos;
  • Detailing Modeller: desenvolve modelos específicos, como HVAC, iluminação, estrutura, sistemas hidráulicos e elétricos etc.

É atribuição desse profissional a preparação das bases/informações recebidas, realizar a configuração de projeto e proceder com testes de validação do modelo. Além disso, espera-se desse profissional o domínio do conceito e das ferramentas de modelagem.

Manager

A principal função desse profissional é a gestão de pessoas num processo de implementação e/ou manutenção de um processo BIM.

Ele age em conjunto com a companhia sendo responsável pela coordenação do time, produção e utilização do modelo.

É requisito para desenvolvimento de seus trabalhos saber examinar e avaliar as metas de um processo BIM, bem como desenvolver um plano que se adeque:

  • às demandas e desejos dos usuários; e
  • à experiência do time de projeto e disponibilidade de recursos.

Analyst

Esse profissional é responsável por realizar análises e simulações tendo como base modelos em BIM. Por exemplo, análise de performance em edifícios, e circulação e análise de segurança. Pode também atuar como Design Consultant.

É sua responsabilidade identificar as principais necessidades do projeto, definição de critérios e transmitir as orientações para a modelagem.

Dele se espera domínio do conceito de modelagem e conhecimento das ferramentas disponíveis.

BIM: uma visão geral sobre os profissionais mais desejados pelo Mercado de Trabalho

Conheça o ‘Projete Fácil BIM’ – uma realização Engenharia 360! Aproveite para aprender BIM e faça projetos de Engenharia até 70% mais rápido! São 15 aulas distribuídas em 2 módulos. Confira!

Aplication/Software Developer

É o responsável por desenvolver e customizar o software para dar suporte à integração e aos processos BIM, desde pequenos plug-ins de aplicações de BIM até ferramentas de gestão de projetos integrados e repositório de dados.

Modelling Specialist

São profissionais da área de TI que contribuem, em conjunto com “experts” de diferentes áreas da arquitetura, engenharia e construção, para desenvolvimento de padrões IFC – Industry Fundamental Classes -, desde os requisitos iniciais até as características finais do produto “software”.

Esses profissionais devem estar familiarizados com conceitos de interoperabilidade entre softwares e dominar estruturas e conceitos de modelagem de dados em IFC.

Facilitator

A função desse profissional é dar assistência a outros profissionais ainda não treinados na operação de um software BIM.

Geralmente trabalha com quem vai realizar o empreendimento, dando suporte ao trabalho do engenheiro em promover uma fácil comunicação das informações da obra para os gerentes e contratantes.

Exemplo - Modelo 3D
Exemplo de Modelo 3D

Consultant

Companhias de médio e grande porte que pensam em adotar BIM e não possuem profissionais experientes, nem especialistas em seu time, procuram esse tipo de profissional.

Sua função é guiar projetistas, desenvolvedores e construtores numa correta implantação da metodologia BIM, tendo por base as necessidades específicas da empresa em termos de produtos a serem entregues.

Essa categoria pode ser dividida em três subgrupos:

  • Strategic Consultant: responsável por gerar estratégias de médio e longo prazo, baseadas na visão que se tem do negócio;
  • Functional Consultant: responsável por gerar planos de ação alinhados com a estratégia da empresa;
  • Registered Operational Consultants: profissionais treinados por fornecedores de software, para desenvolver planos de implementação direcionados a produtos BIM.

Researcher

É o “expert” que trabalha em universidades, institutos de pesquisa ou organizações governamentais.

Seu papel é ensinar, coordenar e desenvolver pesquisas em BIM.

São líderes na criação de um novo conhecimento que irá beneficiar a indústria, a comunidade e o meio-ambiente.

BIM
Imagem extraída de SENAI CIMATEC

Conclusões

Como mostrado, são diversas oportunidades de atuar num fluxo de trabalho BIM.

Entretanto, existe pouca informação difundida sobre o tema. Por isto, ainda há “pontos cegos” e alguma ignorância das possibilidades oferecidas pelo mercado, que cada vez mais requer profissionais com as habilidades e competências antes listadas.

Portanto, o caminho mais natural para quem quer ocupar esses postos é buscar desenvolvimento e capacitação, através de cursos, treinamentos e especializações oferecidas por instituições e entidades que oferecem ensino com foco em BIM.

E você, tinha conhecimento desse mercado potencial emergente? Tem interesse em participar de forma ativa desse cenário em crescimento? Deixe nos comentários sua visão sobre esse tema!

Veja também: BIM na Engenharia: por que gastar energia nas fases iniciais de projeto?


Fonte: Manual de BIM e An overview of BIM specialists.

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Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Muitos querem exercer uma liderança eficaz e inspiradora, mas não é todo mundo que consegue esse feito! E, você? Sabe como ser um bom líder no mercado de trabalho?!

Atualmente, para alcançar resultados positivos, milhares de pessoas recorrem a livros, palestras, mentorias, cursos e práticas disseminadas por executivos de grandes grupos empresariais. E, acredite, há quem pague muito dinheiro por esse tipo de ajuda!

No entanto, um estudo realizado pela Escola de Negócios da Universidade da Flórida, descobriu que a resposta para essa questão pode ser bem mais simples do que parece.

Neste post o Engenharia 360 explica o que essa pesquisa sugere, o que acha de acompanhar? Não deixe de conferir!

Hábito de quem é melhor líder no mercado de trabalho

Basicamente, o estudo da Universidade da Flórida, publicado na Revista Personnel Psychology, indica que, começar o dia pensando qual o tipo de líder no mercado de trabalho você deseja ser, pode transformá-lo em uma pessoa mais eficaz em suas atividades profissionais, até mesmo se você não exerce um cargo de chefia. 

De acordo com Remy Jennings, estudante de doutorado da Universidade da Flórida e colaboradora do estudo, afirma que a técnica envolve somente “tirar alguns minutos da manhã enquanto bebe seu café para refletir sobre quem você quer ser como líder”. 

mercado de trabalho
Imagem extraída de Freepik

AA pesquisa demonstrou que, ao praticar esse pensamento sobre liderança logo no início do dia, as pessoas estavam mais dispostas a ajudar os colegas de trabalho a ter uma visão estratégica do negócio.

Em contrapartida, nos dias em que eles não realizaram a reflexão, os resultados não foram tão bons. 

Além disso, os participantes da análise assumiram que se sentiam mais líderes quando realizavam a reflexão e perceberam que conseguiam exercer maior poder e influência no ambiente de trabalho. 

De acordo com a professora da Universidade e também autora do balanço, “ser líder é realmente desafiador, então muitas pessoas hesitam em assumir funções ou atribuições de liderança”. 

mercado de trabalho
Imagem extraída de Freepik

Veja Também: Mercado de Trabalho: 4 dicas imperdíveis para quem quer fazer carreira no exterior

Pesquisa que pode impulsionar mudanças em tempos de crise

Importante lembrar que, com a chegada da Pandemia do novo Coronavírus, as pessoas que desejavam exercer uma boa liderança ou ser melhor líder no mercado de trabalho precisaram passar por grandes transformações num curto período de tempo. 

Afinal, muitas empresas tiveram que começar a operar no regime de Home Office e, por isso, as mudanças tiveram que acontecer com um nível de rapidez muito acentuado. 

Ademais, ter todo um cuidado com a saúde mental e bem estar das equipes exigiu bastante dos líderes. Por isso, o hábito proposto pela Universidade da Flórida se mostra fundamental nesse momento. 

O estudo sugere que, mesmo aquele que não exerce um cargo de líder no mercado de trabalho pode praticar o hábito para desenvolver características de um líder inspirador, atingindo bons resultados. 

mercado de trabalho
Imagem extraída de Freepik

Os pesquisadores também recomendam alguns questionamentos importantes para a realização de uma liderança eficaz e sadia; veja quais:

  • Qual o maior orgulho dos seus momentos de liderança?
  • Quais as qualidades que você possui que o fazem um bom líder? Ou que te transformarão? 
  • Imagine-se em quem você almeja ser líder e imagine que tudo correu muito bem ao desempenhar esse papel. Como é isso?
  • Como você quer ser visto pelos seus funcionários? Um líder motivacional? inspirador? que identifica e desenvolve talentos? Quais são suas habilidades para alcançar esses objetivos?

E então, gostou de conhecer dicas sobre como ser um melhor líder no mercado de trabalho? Deixe o seu comentário e compartilhe com quem precisa saber disso!


Fontes: Agendor.

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Engenharia 360

Clara

Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.

Desde já, projetos da NASA em Marte estão preparando o terreno para futuras missões tripuladas ao planeta vermelho. Como resultado, testes na superfície, com o Perseverance, e no ar, com Ingenuity, tiveram sucesso nas últimas semanas. A mais recente conquista ocorreu na terça-feira, 20 de Abril, e tem relação com a atmosfera de Marte que é, até o momento, irrespirável! Este é o experimento NASA Moxie. Saiba mais no texto a seguir!

O Experimento NASA Moxie

Composto por 96% de dióxido de carbono, o ar do planeta vermelho é tóxico para o ser humano. Pensando em contornar esse problema, a Agência Espacial Americana – NASA – realizou um feito histórico em sua missão mais recente. Ela conseguiu converter dióxido de carbono da atmosfera de Marte em oxigênio respirável!

A extração foi feita por um dispositivo, preso ao rover Perseverance, batizado de Moxie. Este nome seria a abreviação de “Experimento de Utilização de Recursos de Oxigênio Marciano In-Situ”. Ele faz referência ao instrumento, com tamanho de uma torradeira e cerca de 17 quilos, que foi capaz de produzir o equivalente a cinco gramas de oxigênio – que os cientistas acreditam ser o suficiente para um astronauta respirar por cerca de 10 minutos.

Perseverance e Ingenuity
Localização do Moxie dentro de Perseverance | Imagem extraída d site da NASA

Veja também: Como Perseverance envia imagens de Marte?

Para Trudy Kortes – diretora de demonstrações tecnológicas do Diretório de Missão de Tecnologia Espacial da NASA, O Moxie é o primeiro instrumento do tipo que poderá ajudar missões futuras a “viver dos frutos da terra” de outro planeta!

O funcionamento do Moxie

O equipamento foi projetado para absorver dióxido de carbono – CO2 – e, a partir da eletrólise, separá-lo em oxigênio – O2 – e monóxido de carbono – CO. Esse processo é realizado em elevadas temperaturas – por volta de 800ºC.

Perseverance e Ingenuity
Imagem do Moxie antes de ser instalado em Perseverance | Imagem extraída do site da NASA

Claro que Moxie é apenas um teste e uma demonstração da tecnologia atual! De acordo com a NASA, aumentar a quantidade de oxigênio no planeta vermelho é interessante, pois os foguetes utilizam essa molécula como combustível.  Logo, para retornar à Terra, por exemplo, um veículo espacial precisaria de 25 toneladas de oxigênio, além de 7 toneladas de algum outro combustível, que pode ser o metano.

A princípio, o metano pode ser produzido a partir da água congelada presente no subsolo marciano. O pesquisador do Centro de Astrobiologia de Madri – CAB – e membro da missão da NASA em Marte, Jorge Pla-Gacía, explica que “essa água gelada poderia ser utilizada para beber, irrigar cultivos e fabricar combustível”. Ele ainda acrescentou em entrevistas que “é preciso ter em conta que o custo de levar um quilo de material ao espaço é da ordem de um milhão de euros, de modo que tudo que possamos utilizar in loco é bem-vindo”.

Mais explicações sobre o NASA Moxie neste excelente vídeo produzido por um canal brasileiro, confira:

Enfim, Agência Espacial Americana está considerando, para futuras missões em Marte, enviar um instrumento semelhante ao Moxie, mas de dimensões muito maiores para produzir enormes quantidades de oxigênio.

Ficou animado com essa notícia? Escreva nos comentários!


Fontes: El País, Oxigênio em Marte.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Xangai é, hoje, a maior cidade da China e um importante centro financeiro. Talvez por isso muitas empresas costumam escolher a região como pano de fundo para a apresentação dos seus mais recentes lançamentos de produtos e serviços. E na última quinta-feira, 22 de abril de 2021, os residentes e fãs de tecnologia puderam apreciar mais um importante evento, o lançamento do videogame ‘Princess Connect!Re: Dive’.

show de tecnologia em Xangai
ilustração do jogo Princess Connect!Re: Dive | Imagem extraída de O Vício

Show de Tecnologia

Neste dia 22, Xangai acompanhou um show incrível de tecnologia com drones. A performance fazia parte da comemoração de um ano do lançamento do jogo. A surpresa aconteceu no final do evento. Foram 1.500 drones, iluminados com LED e que desenharam um QR Code gigante e escaneável no céu!

A apresentação também mostrou os personagens do jogo animado e com movimentos. Em uma das partes mais surpreendentes, os drones mostraram como seria uma batalha dentro do próprio game. Quem escaneaou o QR Code foi levado para o site oficial com um link para download.

Veja um pouco desse show de tecnologia no vídeo a seguir:

Veja também: Por que jogos como Animal Crossing e Minecraft estão fazendo sucesso na pandemia de COVID-19?

Drones em Xangai

Xangai é famosa por suas apresentações com drones. Recentemente, a divisão de veículos de luxo do grupo Hyundai celebrou sua chegada ao país com uma exibição histórica de tecnologia. A empresa utilizou mais de 3 mil drones, dando ao evento o recorde mundial de “mais veículos aéreos não tripulados simultaneamente no ar”, oficializado pelo Guinness Book. Veja no vídeo:

Por certo, não vai demorar muito para que mais empresas utilizem os drones ou outra tecnologia como forma de propaganda. Essas apresentações lembram a queima de fogos no Ano Novo e deixam qualquer espectador maravilhado!

E você? Também ficou com vontade de jogar só por causa da apresentação? Conte para nós nos comentários!

Veja também: Drones que podem voar por dias


Fontes: Época, QR Code em Xangai

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Se você é um entusiasta da construção civil e deseja se manter atualizado sobre as novas tecnologias, especialmente em relação a materiais inovadores para projetos de arquitetura e engenharia, precisa acompanhar nossas reportagens especiais. Neste artigo do Engenharia 360, apresentamos o cimento fotocatalítico, uma alternativa revolucionária que, apesar de ainda estar em fase experimental, tem o potencial de transformar o mercado global nos próximos anos. Continue lendo para saber mais!

cimento fotocatalítico
Imagem de rawpixel.com em Freepik

 O que é cimento fotocatalítico?

Você consegue identificar as principais fontes de poluição do ar no planeta? Um exemplo significativo é a queima de combustíveis fósseis por veículos em áreas urbanas.

No Brasil, as reclamações sobre a crescente concentração de poluentes atmosféricos são comuns, especialmente nas grandes metrópoles. O cimento fotocatalítico é uma resposta a essa crise, utilizando o processo de oxidação fotocatalítica para combater a poluição do ar.

cimento fotocatalítico
Imagem de TravelScape em Freepik

Este material, misturado ao cimento, se valeria de semicondutores de dióxido de titânio que fariam a fotodegradação de poluentes atmosféricos em reação à incidência de radiação solar sobre a superfície dos elementos concretados. Possivelmente, íons de nitrato, que geralmente ficam depositados na camada superficial, seriam removidos pela ação da água da chuva, promovendo a auto limpeza das peças. Esses íons, absorvidos pelas plantas, não causam dano à natureza, mas sim favorecem seu crescimento.

Concreto
Estruturas concretadas | Imagem reproduzida de Bog Pra Construir

Veja também: Quais são os tipos de cimento e para que servem?

Vantagens e desvantagens do cimento fotocatalítico

O processo de fotocatálise é fascinante! Em teoria, um edifício construído com cimento fotocatalítico pode manter sua capacidade de fotodegradação indefinidamente. A eficiência pode ser comprometida apenas se a superfície for impermeabilizada com óleos ou desgastada por produtos autolimpantes e pelo tráfego intenso. Nesse caso, a aplicação de uma tinta fotocatalítica seria uma solução viável.

cimento fotocatalítico
Cimento Fotocatalítico | Imagem reproduzida de Braston

Agora, quando bem executadas e mantidas, essas peças de cimento fotocatalítico devem ajudar na limpeza do ar das cidades, decompondo o máximo de poluentes possível na atmosfera próxima. Elas também seriam capazes de “devorar” mofos, sebos, fuligens e muito mais.

Outro ponto positivo desta tecnologia é que ela pode ser somada a outras muito mais modernas e capazes de garantir a grande diversidade de formatos, cores e modos de aplicação para as peças concretadas. E, por fim, ainda funcionaria como um filtro permeável quando chove, ajudando a diminuir um pouco os problemas de enchentes e pressão sobre o sistema de esgoto nas cidades, por vezes saturado.

Cimento Fotocatalítico
Cimento Fotocatalítico | Imagem reproduzida de Equipamentos de Construção de Estradas

Exemplos práticos do uso do cimento fotocatalítico

Como dissemos antes, o cimento fotocatalítico ainda está em fase experimental. Porém, ele já foi testado em algumas obras de construção civil. Inclusive, uma possibilidade já apresentada no mercado é a da pavimentação fotocatalítica – em peças individuais ideias para calçamentos, áreas de lazer e mais onde se tenha um baixo a médio volume de tráfego. Além do mais, também pode-se somar este cimento à massa de concreto para pavimentação resistente ao alto tráfego.

cimento fotocatalítico
Cimento Fotocatalítico | Imagem reproduzida de Direcional Condomínios

Intervenção na Avenida Blue Island

Um exemplo na prática de isso que dizemos é a intervenção realizada na avenida Blue Island, na estrada Cermark, localizada na cidade de Chicago – sendo chamada pelos engenheiros de “a mais sustentável dos Estados Unidos”. Em um trecho de 3,2 km, rota de caminhões pesados, a pista de massa de cimento fotocatalítico age como um filtro permeável quando chove, facilitando o escoamento da água. Além disso, o pavimento também faz a filtragem do ar local. Trata-se de combinação incrível que se tornou um belo exemplo para futuras obras de auto estrada pelo país.

cimento fotocatalítico
Cimento Fotocatalítico | Imagem reproduzida de Mobilize Brasil
cimento fotocatalítico
Blue Island – Chicago – imagem de Steven Vance | Imagem reproduzida de National Association of City Transportation Officials

Reforma de ponte em Barcelona

Já em Barcelona, a capital da Espanha, o escritório de arquitetura BCQ projetou uma reconstrução de uma ponte de cimento mesclando cimento fotocatalítico e aditivos para a filtragem da poluição ambiental local. De acordo com representantes da empresa, em reportagem da BBC Mundo, “O processo funciona como uma planta durante a fotossíntese, no sentido que consome o CO2 (dióxido de carbono) e regenera o ar ao seu redor”.

cimento fotocatalítico
Ponte Barcelona | Imagem reproduzida de Motor 24

O futuro do cimento fotocatalítico

Com base nestes dois exemplos de construção, podemos tirar uma perspectiva para o futuro, com mudanças positivas para o mundo da arquitetura e engenharia civil que já podem ocorrer em breve. É claro que vai demorar um pouco para que o cimento fotocatalítico seja utilizado em larga escala. Mas pelo que se pode notar, falta bem pouco para que o potencial deste material seja, de fato, comprovado. Então, vamos cruzar os dedos!

O que você acha do cimento fotocatalítico? Acha que o protótipo americano pode servir de exemplo para outros projetos pelo mundo? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Veja Também: 4 modelos de projetos de arquitetura que prometem ajudar a melhorar as condições do ar nas cidades


Fontes: BBC, Blog AEC Web, Gaucha ZH, Mobilize, Gizmodo, Road Expert SLA.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Engenharia 360 fez uma lista das possíveis razões que levam as pessoas temerem as tais Ciências Exatas! Discutiremos as principais aqui neste texto, buscando desmistificar algo que é tão familiar para os engenheiros e outras pessoas que escolheram alguma formação que requer conhecimento e habilidade com o trato dos números e raciocínio lógico. Continue lendo para saber mais!

1. O medo imposto na infância

É muito comum ouvir de adultos as seguintes frases: “odeio matemática”, “sou péssimo em exatas”, “fujo dos números” e por aí vai!

Esses adultos acabam transmitindo para seus filhos, ainda que sem querer, os seus medos e indisposições com as Ciências Exatas. De que forma? Principalmente quando a criança está começando a sua vida escolar! Não é incomum, nesta etapa, os pais que têm essa dificuldade olhar para o seu filho e dizer: “filho, cuidado que matemática é difícil”, ou coisa do tipo.

Pronto! Os pais, na melhor das intenções, buscando proteger – ao contrário disso -, acabam instalando uma crença limitante no filho. E por mais que a criança tenha a capacidade de aprender, na primeira dificuldade ou desafio que os números tragam, vai lembrar-se da frase dita por seus pais, validar e reforçar que matemática é difícil.

E qual seria a melhor forma de evitar a instalação dessa crença? Primeiro não dizer frases desse tipo, atribuindo as exatas o conceito de ‘difícil’. Em vez disso, dizer à criança que ela é capaz de aprender, já é um bom começo!

crianças
Imagem extraída de Colégio Academia Juiz de Fora

2. Sistema de ensino das Ciências Exatas

Também é muito comum, nas salas de aula, serem classificados como “bons alunos” os alunos que têm uma aptidão maior com os números e uma capacidade de absorção mais rápida que alguns colegas. Isso gera nos alunos que precisam de um tempo maior para absorver e aplicar os conceitos, uma sensação de que não estão aprendendo devidamente, ou que estão ficando pra trás.

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Imagem extraída de Portal de Prefeitura

Então se aplica uma prova e se avalia o desempenho dos alunos. Aqueles que tiram conceito máximo, ótimo! E os demais? Aqueles que passam na média? Bem… esses carregam uma série de deficiências de conceito, tendo sido aprovados sem a proficiência necessária para absorver novos conceitos, que demandam conhecimento e proficiência em assuntos previamente abordados.

Saloman Khan, fundador da “Khan Academy”, em um TEDTalks, comenta que essas crianças “mais atrasadas”, carregam um conhecimento mais limitado, com vários buracos como um queijo suíço.

A solução seria um ensino que desse mais tempo para os alunos como um todo treinarem e se tornarem proficientes. É como aprender a andar de bicicleta: ou você sabe, ou não! Inclusive, o sistema de ensino abordado por Khan, permite isso: que os alunos treinem os conceitos numa plataforma online, tornando-se proficientes no tema em estudo e passando para o seguinte só quando esse tema estiver completamente dominado.

3. Desconhecimento da aplicação na vida prática

É muito comum nas salas de aula, professores de exatas cumprindo um É muito comum nas salas de aula, professores de exatas cumprindo um conteúdo programático através da transmissão de matérias, tópicos e assuntos relacionados às Ciências Exatas, sem dispor de exemplos práticos no cotidiano.

Diversas vezes, ouve-se o aluno dizer “pra que vou usar isso?”, “sou de humanas, não preciso saber disso na minha vida”, e frases como essas!

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Imagem extraída de Blog da Estácio

Quando lecionei por um tempo da minha vida, costumava dizer aos meus alunos mais voltados para humanas que, em última instância, Física, Química e Matemática, serviam para colocá-los dentro da universidade, já que todos de humanas sabiam humanas – assim como ter ido bem nas matérias relacionadas às humanas, me colocaram na Engenharia Civil.

O fato é que a matemática está presente no dia-a-dia mais do que as pessoas podem imaginar. Quem tem a formação em Ciências Exatas sabe que na natureza – como mostrado na matéria apresentada pelo Engenharia 360 tratando da Razão Áurea; na fatura do cartão no fim do mês, através dos juros compostos; na eletricidade; no funcionamento de aparelhos eletrônicos, na música; na Arquitetura e Engenharias em geral; na descrição das leis da natureza… são diversos os exemplos!

proporção áurea
Proporção áurea na natureza – Imagem de Medium

A falta de exemplos práticos acaba por desmotivar aqueles alunos mais curiosos, que têm inteligência e capacidade para aprender conceitos relativamente simples, mas que acabam perdendo o interesse dado falta de exemplos de aplicação desses conceitos na prática.

Hoje, felizmente, esse cenário vem mudando e há ferramentas mais lúdicas para os pequenos, mostrando como as Ciências Exatas estão tão presentes na nossa vida.

E você, já teve dificuldade em exatas? Conhece alguém que tenha? Conta pra gente nos comentários!


Fonte: Wikipedia, O Globo.

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Engenharia 360

Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Uma das maiores consequências da Pandemia de Covid-19 pelo mundo foi o aumento da desigualdade, levando milhares de pessoas à uma situação de extrema pobreza. Talvez seja possível dizer que nunca se viu tanta fome no Brasil como nesse último ano. Milhares de voluntários espalhados por todos os estados e cidades estão empenhados em amenizar essa dor. Eles têm criado ou mantido, com muito esforço, lindos projetos que contribuem para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade em nosso país. Dentre estas ações está a da Horta Comunitária de Manguinhos – destaque na imprensa internacional. Saiba mais sobre ela no texto a seguir!

Horta Manguinhos
Horta Manguinhos | Imagem de Voz das Comunidades

Sobre a Horta de Manguinhos

A horta comunitária de Manguinhos está localizada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Como ela, não há igual ou maior na América Latina. Sua área soma o equivalente a 4 campos de futebol. Trata-se de uma instalação que foi feita sobre um antigo terreno da Cracolândia, consequência de uma ação administrada pela Unidade de Polícia Pacificadora da região em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Claro que a Horta Manguinhos não atua sozinha. Ela faz parte de uma rede de hortas cariocas que está presente em 16 comunidades e em 23 escolas do Rio. E algo muito parecido pode ser conferido também em comunidades carentes de outras cidades brasileiras. É o caso da fazenda urbana de Paraisópolis, em São Paulo.

“O nome dessa horta é Hortas Carioca, mas o sobrenome dela é Resgatar Vidas. Eu estava desempregado e não sabia o que ia ser de mim. Hoje, essa horta resgatou não só minha vida, como a de outras pessoas que trabalham aqui dentro.”

– agente Ezequiel Dias, reportagem de Voz das Comunidades.

Horta Manguinhos
Horta Manguinhos | Imagem de Aljazeera

Participação da comunidade

O projeto da horta de Manguinhos emprega atualmente cerca de 21 trabalhadores, mas ela sempre está aberta a novos colaboradores e voluntários. Só com o que essas pessoas conseguem produzir, já é possível atender normalmente 800 famílias.

Claro que a Pandemia trouxe alguns desafios. O número de contribuições para Manguinhos diminuiu, mas o trabalho se manteve estável. Em média, são colhidas 2 toneladas de alimentos todos os meses – no verão mais hortaliças com raízes, como batata doce e quiabo, e no inverno mais folhas. O que não é doado é vendido a preços simbólicos em feiras locais ou até na Ceasa – sendo que o lucro obtido é dividido entre os agricultores complementando o valor das bolsas oferecidas a eles pela prefeitura.

Horta Manguinhos
Horta Manguinhos |Imagem de Agência Brasil

“O que a gente produz, a gente traz para casa, doa para outros moradores e também vende. Temos um carrinho para expor os produtos e vendê-los a preço simbólico. Também oferecemos nossos alimentos em feiras e até na Ceasa. Tudo o que a gente vende, a gente divide entre a gente, independente da bolsa que a gente ganha.”

– Ezequiel, em reportagem do jornal O Dia.

Horta Manguinhos
Horta Manguinhos |Imagem de Aljazeera
Horta Manguinhos
Horta Manguinhos |Imagem de Aljazeera

Retorno para a sociedade

Manguinhos ajuda a livrar muitos cariocas da fome, principalmente moradores de rua. Mas o projeto também contribui positivamente para o Rio de Janeiro de outras formas. Muitos cidadãos que acompanham ou participam de suas atividades, de algum modo, aprenderam a se alimentar melhor. Inclusive, uma parcela dos trabalhadores foi resgatada do desemprego e da depressão, afastados de muitas doenças ou simplesmente da ociosidade.

Horta Manguinhos
Horta Manguinhos |Imagem de Aljazeera

A reestruturação do espaço que estava ocupado pela Cracolândia fez diminuir a criminalidade na região; evitou a ocupação irregular; e promoveu a inclusão social de diversos moradores locais. Usuários de drogas foram encaminhados para abrigos qualificados para a sua recuperação. Além disso, naturalmente se expulsou da zona animais como ratos e baratas.

Por fim, a horta ainda desenvolve outro projeto paralelo que serve às crianças da comunidade na época das férias e aos finais de semana – fora do período de Pandemia, claro. O objetivo é ensinar às novas gerações a importância de plantar e consumir verduras. Quem quiser se envolver com essas e outras atividades semelhantes, deve procurar a casa do trabalhador que fica nos fundos da Unidade de Pronto Atendimento da região. Os candidatos passam por um processo de seleção e são encaminhados para os setores parceiros. O que acha? Bora participar?!

Horta Manguinhos
Horta Manguinhos |Imagem de Hypeness
Horta Manguinhos
Horta Manguinhos |Imagem de Jornal O Dia

Você também ficou emocionado com este projeto social? Conhece outro bom exemplo de urbanismo que transformou alguma comunidade? Escreva nos comentários!


Fontes: Aljazeera, Jornal O Dia, Hypeness, Diário do Rio, Voz das Comunidades, Só Notícia Boa.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.