Qual o impacto que a ciência tem em nossa vida? Bem, a ciência está nas Engenharias, na Arquitetura, na Medicina, na Exploração Espacial e muito mais. A ciência está até mesmo na produção de vacinas, que aguardamos com tanta esperança nestes tempos de Pandemia. Infelizmente, vivemos um momento em que muitas pessoas ainda duvidam das ciências e também do esforço dos cientistas brasileiros. E não valorizar as valorizas mentes que aqui nasceram faz com que o nosso país perca importante força de trabalho para o mercado externo. Mas seja aqui ou lá fora, apesar das dificuldades, os brasileiros continuam a realizar grandes conquistas. Prova disso são as histórias contadas a seguir!

Lista de cientistas brasileiros dos mais influentes do mundo

No ano de 2019, antes de começar a Pandemia, o Plos Biology e o Web of Science montaram uma lista, desenvolvida pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com os nomes dos cientistas mais influentes, com base no impacto e influência que causavam no mundo. Eles utilizaram como referência, diversas informações da Scopus, uma base de dados bibliográficos que inclui resumos e citações de artigos de periódicos científicos publicados pelos cientistas. E, para a surpresa, muitos nomes de professores brasileiros aparecem no ranking.

  • 158 da USP – Universidade de São Paulo;
  • 76 da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas/SP;
  • 39 da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais;
  • 31 da Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz;
  • 20 da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco;
  • 14 da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria;
  • 14 da UFC – Universidade Federal do Ceará;
  • 8 da UEM – Universidade Estadual de Maringá no PR;
  • 4 da UNG, Universidade de Guarulhos em SP;
  • 3 da UFS – Universidade Federal de Sergipe;
  • 3 da UFCG – Universidade Federal de Campina Grande, na PB.

Brasileira que trabalha na NASA e ajuda a explorar Marte

cientistas brasileiros
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

A cientista Jacqueline Lyra, do Rio de Janeiro, tinha um sonho, fazer carreira na Engenharia Aeroespacial, inspirada em Neil Armstrong e a missão Apollo 11. Ela diz que “este sonho impossível foi minha motivação para ser ainda melhor na escola. No conhecimento eu encontrei minha força e autoconfiança para perseguir o sonho de me tornar engenheira aeroespacial.” (reportagem de Razões para Acreditar). Só que ela lembra também que na época, na década de 1970, só existiam duas escolas no Brasil que tinham um currículo parecido com o que ela buscava, sendo ambas militares e que não aceitavam mulheres.

O que ela fez? Jacqueline não desistiu? Não! Após um ano estudando engenharia no Brasil, ela se mudou para Nova Iorque. Lá, ela se formou em Engenharia Mecânica pelo Instituto de Tecnologia. E, anos depois, virou mestre em Engenharia Espacial pela Universidade do Texas, em Austin. Este foi o início do caminho que resultaria na NASA.

Hoje, a cientista trabalha nos projetos do instituto para missões expiratórias de Marte. Além disso, já participou dos trabalhos para a missão Cassini para Saturno, Galileo para Júpiter, Soil Moisture Active Passive na órbita da Terra e a missão do cometa Deep Space 4-Champollion. Também foi responsável por ajudar no sistema termomecânico da Perseverance – rover desenvolvido para procurar sinais de vida e coletar amostras de terra do Planeta Vermelho. E, por fim, atuou nas Pathfinder, Spirit, Opportunity e Mars Science Laboratory, sendo todas elas na área termomecânica em missões com Marte como destino.

Brasileira é responsável por microscópio quântico que “vê o impossível”

Recentemente, foi noticiado sobre um microscópio quântico criado por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, para “ver o impossível”. E sabe quem estava entre estas mentes? A cientista brasileira Catxere Casacio! Ela se graduou em Física pela USP, Universidade de São Paulo. Depois, estudou Engenharia Óptica no Institut d’Optique, na França. Fez mestrado pela ParisTech, com tese na Universidade Pierre et Marie Curie, em Paris. E, por fim, seguiu para a Universidade de Queensland para fazer o seu doutorado.

Pois foi justamente quando ela estava desenvolvendo o seu projeto de doutorado, em 2016, que fez o objeto de aplicação em biotecnologia. Na “terra do canguru” que ela encontrou o laboratório de óptica quântica, dirigido pelo professor Warwick Bowen, e o Centro de Excelência para Sistemas Quânticos Projetados (EQUS), dirigido pelo professor Andrew White. E lá, aprendeu a manipular a luz a nível quântico, usando a técnica de “squeezing” de fótons, ou estados comprimidos da luz, que permite reduzir o ruído da luz.

Conforme a cientista (reportagem de Olhar Digital) “Essa foi a primeira vez que alguém colocou luz quântica num microscópio e fez imagens com ele. Então, a ideia do meu trabalho era mesmo provar que, a princípio, isso é possível. E tendo provado que é, abro também uma porta para que essa técnica possa ser usada em outros microscópios (não só Raman), e em outras áreas que se use a luz também.”.

Brasileiro que descobriu e deu nome a maior cometa já visto no sistema solar

O cosmólogo brasileiro Pedro Bernardinelli integra o projeto Dark Energy Survey (DES), iniciativa que reúne estudantes de universidades de oito países — incluindo o Brasil — para observar a distribuição de galáxias no Universo. Quando iniciou seu trabalho no grupo estimava fazer uma pesquisa de tese de doutorado sobre objetos distantes que orbitam o Sol que se transformou na descoberta. No entanto, ele e seu orientador Gary Bernstein se deparam com algo extraordinário.

Em 2014, um determinado corpo celeste já havia sido encontrado. Contudo, ele só pôde ser identificado quando Pedro e Gary o descobriram outra vez. Era um cometa em meio a milhares de imagens analisadas. Mas não um cometa qualquer, mas o maior cometa provavelmente já identificado, com diâmetro estimado em 150 km — cerca de 2,5 vezes o tamanho do detentor do último recorde.

O cientista explica, em trecho de reportagem da Revista Época, que “Estava buscando objetos que orbitam o Sol além de Netuno, porque eles são muito interessantes para entender a formação do sistema solar. Nessa brincadeira, a gente achou esse cometa, mas não estávamos procurando cometas. Projetos que buscam cometas têm estratégias muito diferentes das nossas. Foi um negócio meio que por acaso. Ele estava nos nossos dados e calhou nos nossos limites de detecção.”

O mais legal é que, ate então, não se sabia nada sobre o comportamento deste cometa. Agora, eles estão trabalhando para tirar mais imagens e entender um padrão desse objeto – quanto material ele está sublimando, o que existe na superfície e outras informações -, algo que deve durar um 10 anos de monitoramento.

Veja Também: Cientistas capturam movimento de elétron em líquido em super câmera lenta [Entenda como!]


Fontes: Razões para Acreditar, Globo, Olhar Digital, Razões para Acreditar 2.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Equipamentos de segurança… A construção civil brasileira ainda é uma grande campeã de registros de acidentes graves em horário de trabalho. Isso é o que os especialistas chamam de ‘riscos mecânicos’ – que inclui quedas de alturas, choque com objetos e máquinas, e muitos mais. Tamanha é a importância deste assunto que indicadores – riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, entre outros – são analisados por uma própria categoria da Engenharia, que é a Engenharia de Segurança no Trabalho.

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A necessidade de equipamentos de proteção individual

O não conhecimento dos riscos por parte de alguns profissionais da área de construção civil – somado ao despreparo e descuido – pode levar a sérias catástrofes. Grandes empreendimentos contam com grupos de prevenção de acidentes e técnicos de segurança em tempo integral para dar orientações aos trabalhadores – aliás, isso é lei quando existem mais de 50 funcionários; e quando ultrapassa 100 é exigido 2 técnicos, um engenheiro e um médico plantonista. Mas mesmo empreendimentos menores também precisam tomar os cuidados necessários. Todos devem ficar atentos às manutenções das máquinas e utilizar equipamentos de proteção individual. Veja a seguir!

EPI - Equipamentos de Segurança
Imagem de macrovector em Freepik

Sobre os equipamentos de segurança (EPI)

As condições mínimas para um trabalhador estão descritas na NR-18, do Ministério do Trabalho. Além disso, é importante estar atento ao certificado de aprovação destes equipamentos de segurança – tanto para produtos fabricados no país quanto para os importados. Claro que alguns destes itens já são conhecidos por todos, como o capacete. Mas tem muito mais! Por exemplo, as botas de PVC e couro, as luvas de proteção, os óculos de segurança, o protetor auricular, avental, e muitos outros equipamentos. Eis uma lista básica:

Para a obra em geral

  • Cabo-guia ou de segurança: para ancorar à estrutura onde são fixas as ligações dos cintos de segurança;
  • Limitador de curso: que permite sobreposição segura dos montantes da escada extensível;
  • Gaiola de proteção: item existente na escada fixa do tipo marinheiro para evitar quedas de pessoas envolvidas na obra;
  • Rodapés e guarda-corpos: em passarelas e rampas, impedindo a queda de materiais e pessoas;
  • Plataforma de proteção: no perímetro da construção, para aparar materiais em queda livre;
  • Trava de segurança: sistema para travamento de máquinas e elevadores em momentos de acidente.

Para os funcionários

  • Protetor auricular: garante proteção dos ouvidos contra ruídos (como acima de 85db para oito horas de exposição);
  • Cintos de segurança: abdominal e paraquedista (este segundo, obrigatório para atividades em mais de 2 m de altura);
  • Luvas: para proteção de mãos e punhos (a exemplo dos modelos de neoprene, impermeável e anti transpirantes);
  • Uniformes: para a proteção do tórax e abdômen, além de sinalização de pessoas;
  • Protetor respiratório: para proteger as vias respiratórias da absorção de poeiras;
  • Óculos de proteção: para proteção dos olhos contra poeiras, fagulhas e mais;
  • Botas ou outros sapatos adequados: para proteger os pés de umidade e ácidos, precisam ter solado de poliuretano, podendo ou não ter biqueira de aço;
  • Capacete de segurança: proteção para cabeça durante queda de objetos e impactos, com regulagem para a cabeça.
segurança no trabalho
Imagem reproduzida de afaqalmanzil

Para as ferramentas

  • Mala de ferramentas: feita de nylon, com alça reforçada, estrutura interna de aço, barras emborrachadas, e vários compartimentos, e bolsos internos com zíper.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Você sabe o que um engenheiro faz? Aliás, tem ideia de quantos tipos de Engenharia existem? Por incrível que pareça, algumas pessoas prestam o vestibular e só depois que estão na faculdade é que se dão conta sobre o verdadeiro significado da alternativa que escolheram. E mais, muitos estudantes só descobrem as possibilidades da área após formados.

Antes de tudo, é preciso dizer que as engenharias são bem técnicas. Existem 34 cursos diferentes delas atualmente aprovadas pelo Ministério da Educação no Brasil. Mas, com a evolução tecnológica, é provável que logo muitos outros surjam. Assim sendo, em breve, veremos mais ramificações de Engenharia no mercado nacional e mundial. Por hora, vamos falar das características de todos que estudam e trabalham com isso de modo geral! Confira a seguir!

O que esperam de você como estudante de Engenharia

engenharia de produção
Imagem de 정수 이 por Pixabay

A primeira coisa que você precisa saber é que Engenharia não é coisa só de homem. Há cada vez mais uma mudança no perfil do novo engenheiro; sendo assim, cada vez mais as mulheres aderem a essa profissão! Contudo, o número de mulheres engenheiras que se formam todos os anos no Brasil ainda é baixo. Mas, com o tempo, é provável que mais tabus vão caindo e preconceitos sejam deixados de lado!

Agora, tem coisas que jamais mudarão no estudo das engenharias, que é, por exemplo, a necessidade de estudar disciplinas voltadas às ciências exatas. Sim, você não poderá fugir das temidas matemática e física! Ou seja, precisará lidar com cálculo durante todos os períodos e terá como parceira, sem dúvidas, a velha e boa calculadora. Também precisará lidar com pessoas, sabendo já na faculdade trabalhar em grupo. É importante, nesta fase, ir exercitando a comunicação e outras habilidades, como espírito de liderança, motivação, inteligência emocional, criatividade na busca por soluções, senso prático e até mesmo uma língua estrangeira. Tudo isso será um diferencial mais tarde, quando for em busca de seu primeiro estágio e primeiro emprego.

Veja Também: Você já ouviu falar em soft skills? Conheça as habilidades do profissional do futuro

O que esperam de você como profissional de Engenharia

engenharia de produção
Imagem de LEEROY Agency por Pixabay

A capacidade de criar soluções práticas para problemas reais precisa te acompanhar por todo sempre, principalmente quando já estiver formado e atuando como profissional em sua área. Fora isso, lhe será exigido conhecimento científico, preparo técnico e cálculo. Também será importante tentar ser flexível diante dos desafios e sempre ir em busca de atualização, sobretudo das tecnologias disponíveis para resolver os problemas. Afinal, se você domina o assunto, rapidamente sabe como começar um plano de ação, com todas as etapas bem detalhadas e considerando diferentes desdobramentos das situações pela frente.

Se você for um Engenheiro Pleno ou Sênior, também poderá ser a pessoa que será responsável por colocar todos os planos traçados em prática, se certificando de que tudo corra como planejado e se colocando à disposição para solucionar imprevistos. E, agora, mais do que nunca, sentirá o quanto é importante saber conciliar tanto pragmatismo e conhecimento teórico quanto outras habilidades – naturais ou aprendidas.

Enfim, os engenheiros são profissionais com um perfil bem específico. Após ler este texto, o que pensa desta área profissional? Pensa que pode fazer parte do seu futuro? Responda para nós nos comentários!


Fontes: USJT.

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Engenharia 360

Redação 360

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Se você é brasileiro, já deve estar farto de notícias ruins! Pois o Engenharia 360 quer é, por meio da nossa redação, lhe trazer motivos para ter esperança! O texto a seguir traz informações sobre três notícias recentes com ligação com soluções de Engenharia, Arquitetura e Paisagismo; elas devem impactar positivamente a nossa economia, além de ajudar a amenizar o impacto humano sobre o meio ambiente. Continue lendo para saber mais!

Melhorar o Brasil, mas pensando no meio ambiente

Nova geração de energia fotovoltaica

O grupo português EDP – presente em 22 países – está inaugurando, agora no segundo semestre de 2021, seu mais novo empreendimento no Brasil. Trata-se do maior parque fotovoltaico no mundo, com localização em Pereira Barreto, cidade localizada em São Paulo, com área total de 455 hectares. A obra foi iniciada em 2020. Mas, por conta da Pandemia, muitos cuidados tiveram que ser tomados. Principalmente para manter a cadeia de fornecimentos dos consumíveis necessários ao projeto  e a segurança de seus milhares de funcionários. Isso levou a alguns pequenos atrasos. Mas, enfim, tudo está pronto!

meio ambiente
Imagem de Michael Schwarzenberger por Pixabay

A EDP considerou o Brasil como uma das geografias mais importantes para os seus investimentos, com bons recursos e boa ligação com a sua rede de distribuição. A empresa, uma das dez maiores produtoras de energia eólica do nosso país, resolveu, então, instalar nesta região de São Paulo mais de 580 mil painéis solares. E, a saber, eles têm capacidade instalada de 252,2 megawatts (MW) e capacidade de produzir por ano 547 mil megawatts hora, o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 750 mil habitantes.

Telhados com placas fotovoltaicas

meio ambiente
Imagem reproduzida de Exame

Hoje em dia, conhecemos bem a tecnologia de placas fotovoltaicas para a instalação sobre telhados. Mas a novidade agora é o lançamento da primeira telha de concreto do Brasil capaz de transformar a luz solar em energia elétrica. Este produto, que será comercializado pela empresa do setor de construção civil Eternit, é o resultado de três anos de testes e adaptações para células fotovoltaicas em telhas de concreto BIG-F10. E vantagem disso é que quem instalar as  telhas em sua residência poderá captar a luz solar para a produção de energia elétrica sem a necessidade de painéis adicionais. Sem dúvidas, uma boa notícia em tempos de crise de energia e meio ambiente!

meio ambiente
Imagem reproduzida de CicloVivo
meio ambiente
Imagem reproduzida de CicloVivo

Primeira fazenda em Shopping

Fora do Brasil, esta prática já não é nenhuma novidade. Mas que bom que podemos contar que o Brasil tem, agora, a sua primeira fazenda urbana construída; é sobre uma área de 1300 m² no Parque Dom Pedro Shopping, na  cidade de Campinas, no interior de São Paulo. A ideia é mesmo usar todo o espaço para cultivo sem pesticidas e agrotóxicos de alimentos. Inclusive, no local, já foram plantadas 30 mil pés de hortaliças, como alface, mostarda e agrião – pensando num cultivo mensal de 2,2 toneladas de alimentos –, sempre colhidas pouco antes da entrega, fresquinhas direto da fazenda para o consumidor.

meio ambiente
Imagem reproduzida de Razões para Acreditar
meio ambiente
Imagem reproduzida de Razões para Acreditar

Serão utilizados sistemas automatizados para ajudar no desenvolvimento das plantas; algo que será feito através de hidroponia – quando as raízes se desenvolvem na água e recebem nutrientes naturais para crescerem saudáveis. Com estas tecnologias será possível controlar o volume da água e a nutrição nos canais das bancadas, gerando uma economia de até 90% de água em relação ao cultivo tradicional. E, por fim, o controle remoto da temperatura da estufa.

Replicação de uma boa ideia

O mais legal desta história é que o projeto para o Parque Dom Pedro Shopping deve inspirar a mudança de projetos de arquitetura de muitos outros empreendimentos pelo Brasil, incluindo muitos outros shoppings. Isso é vantajoso para a economia nacional e o meio ambiente, já que, assim, pode-se reduzir custos de transporte, entregar produtos mais frescos para os consumidores, e emitir menos gás carbônico na atmosfera. Lembrando que, por meio da startup BeGreen, existem projetos semelhantes sendo executados no país, como é o caso do Boulevard Shopping, em Belo Horizonte, e da fábrica da Mercedes-Benz – esta é a primeira Fazenda Urbana do mundo instalada dentro de uma indústria.

meio ambiente
Imagem reproduzida de Ouro Verde Mais

Fontes: Observador, Razões para Acreditar, UOL.

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Engenharia 360

Redação 360

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Um projeto moderno e inovador para diagnóstico do câncer de mama, tipo mais incidente da doença em mulheres no mundo, foi concluído graças a um acordo de cooperação de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico assinado entre o A.C. Camargo Câncer Center e o Insper. A proposta foi elaborada por iniciativa do Projeto Final de Engenharia (PFE). Ela foi desenvolvida pelos alunos do 8° semestre de Engenharia Mecânica do Insper; são eles, João Guilherme Coelho Apparecido, Milena Maluli, Pedro Henrique Greco Lopes e Pedro Isidoro Nery Antunes Maciel. E os universitários realizaram o trabalho com orientação de Raphael Galdino dos Santos, professor do Insper, e de Almir Bitencourt e Paula Nicole Barbosa, médicos-radiologistas do Departamento de Imagem do A.C. Camargo Câncer Center.

Sobre o dispositivo de diagnóstico

A ideia retratada corresponde a um dispositivo médico que possibilita de modo inovador de diagnóstico mediante uma biópsia guiada por tomografia de lesões na mama. Esse método pode ser usada em casos em que a biópsia não é realizável por maneiras habituais (mamografia e ultrassonografia), impedindo que seja necessário a realização de uma biópsia cirúrgica. Este seria um artifício inovador! Ele permitiria a amplificação de alternativas para o diagnóstico. Trata-se de um projeto de menor custo; e, por isso, mais alcançável em termos econômicos, quando comparado à biópsia guiada por ressonância magnética). Ou seja, seria o modo atualmente à disposição para essas ocorrências.

câncer de mama
Exame de mamografia é, atualmente, um dos métodos mais utilizados  para diagnóstico do câncer de mama. Imagem: Auremar/Adobe Stock

“Isso significa dizer que uma parcela significativa da nossa população, que não dispõe de recursos para os tratamentos mais sofisticados, poderia passar a ter alternativa viável de diagnóstico mais assertivo, o que é fundamental para o sucesso no tratamento”.

– o professor Raphael Galdino dos Santos.

Almir Bitencourt, médico-radiologista orientador do projeto, afirma que “por ser um centro especializado, o A.C.Camargo tem um histórico de inovação na área de procedimentos minimamente invasivos guiados por imagem. A ideia de desenvolver essa solução surgiu de uma demanda clínica cada vez mais frequente e sem uma solução comercial disponível no nosso meio. A parceria com o Insper possibilitou o desenvolvimento de um dispositivo com todas as características idealizadas pela equipe médica e que será devidamente incorporado na nossa prática diária”.

Desafios do projeto

O estudante de Engenharia Mecânica do Insper, Pedro Isidoro, contou que o principal obstáculo da ideia foi compreender totalmente sobre o dispositivo que deveria ser criado para corresponder à demanda do A.C.Camargo. Segundo Milena, universitária também vinculada ao projeto, para resolver esse problema, foi preciso entender o processo e os desafios dos médicos e das pacientes durante a realização do exame para diagnosticar a doença. “Fizemos diversos testes para comprovar que o dispositivo desenvolvido cumpria os requisitos e o protótipo foi aprovado em todos. Ver a surpresa e a felicidade dos médicos ao analisar a eficácia da solução desenvolvida por nós foi muito gratificante”, finaliza a estudante de Engenharia.

Além disso, o cenário de Pandemia também foi um desafio a mais. De acordo com João Guilherme, participante da criação do protótipo, informou que boa parte do trabalho foi feito de maneira remota; que apesar disso, acredita que o resultado tenha superado as expectativas impostas pelo grupo e pelos médicos.

câncer de mama
Exame de ressonância magnética. Imagem: Cedav.com

Veja Também: Blockchain na agricultura: quais os benefícios dessa tecnologia no campo?

Diminuição nos custos

O coordenador acadêmico do PFE, Luciano Soares, declara que o desafio oferecido pela equipe do A.C.Camargo adequou-se para a ideia do projeto. Esse desafio consistiu em uma análise de alternativas. Depois, desenvolvimento e validação de protótipos com o intuito de criar algo que permitisse realizar exames com imagens mais limpas, aprimorar o conforto para as pacientes e diminuir custos, em apenas 4 meses. De acordo com Luciano, “o A.C.Camargo é uma instituição de referência no país e no mundo, que não só entende os desafios, como pode dar todo o suporte para os estudantes inovarem nessa área”. Para ele, essa experiência foi de extrema valia. E isso para os estudantes envolvidos – que puderam se envolver com um projeto real de Engenharia. Mas também para o hospital, que abriu as portas para o desenvolvimento de uma solução que pudesse gerar melhor diagnóstico e tratamento para seus pacientes.

Detalhes da parceria contra o câncer

A parceria de cooperação entre o Insper e A.C.Camargo tem a finalidade de propiciar o apoio recíproco para a criação de ações relativas à pesquisa e ao enfrentamento ao câncer. Ele representa um programa de colaboração e intercâmbio científico e tecnológico para realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento. Ademais, treinamento de recursos humanos e absorção de transferência de tecnologia.

Conforme José Humberto Fregnani, superintendente de Ensino e Pesquisa do A.C.Camargo, a cooperação tem grandes chances de dar certo. “Esse é um exemplo de como duas áreas do conhecimento tão distintas podem, juntas, mudar a vida das pessoas, ao transformar o diagnóstico e o tratamento do câncer. Estamos animados com os resultados alcançados até aqui e certos de que essa parceria prosperará ainda mais”, conta.

câncer de mama
Imagem: Lordn/Adobe Stock

Segundo Marcelo Orticelli, diretor de Educação para Executivos e Desenvolvimento do Insper, o acordo com o A.C.Camargo é muito relevante pela capacidade de impacto que pode possibilitar para a sociedade. “São duas instituições renomadas juntando esforços, dados e informações para produzir conhecimento por meio de pesquisa de qualidade”, finaliza.

Esse acordo estabelecido ainda vai auxiliar pesquisadores e pesquisadoras da escola em áreas como direito, economia, bioengenharia e ciência dos dados. Isso podendo corroborar com diferentes categorias de pesquisas. E as mesmas podem ser direcionadas ao desenvolvimento de algoritmos de aprendizado de máquinas relevantes na interpretação de diagnósticos de exames. Por fim, à otimização do fluxo de pacientes, por exemplo, bem como outras oportunidades de parceria científica que devem emergir e serem conduzidas no decorrer da duração do acordo.

O que achou dessa inovação? Conta para nós nos comentários!


Fonte: Medicina S.A.

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Com um Brasil abrindo espaço para novas tecnologias e um 5G se aproximando, trazendo mais velocidade e simultaneidade, o futuro tende a ser eclético e com novos desafios mercadológicos. A tecnologia 5G abre perspectivas de avanços exponenciais em diversas áreas, entre elas a indústria, com aumento de produtividade e criação de novos modelos de negócio.  Por conta das evoluções tecnológicas, algumas profissões estão se adaptando à inteligência artificial, inovações e claro, automação industrial. Se você quer se preparar para qualquer mudança no setor industrial, precisará aprender quais são as habilidades relevantes que um profissional da área precisa para ocupar lugar de destaque. 

Robótica e transformação de mercado

Conforme o estudo “O Futuro do Emprego 2020”, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial”, com a chegada da Pandemia do Covid-19, houve uma notável aceleração nos processos de automação e consequente demanda por mão de obra especializada. E isso é bom! A transformação digital é mesmo fundamental nesse momento em que a economia global está mais competitiva. Contudo, ainda há, obviamente, dois grandes desafios a serem superados. Em resumo, com relação ao mercado de trabalho, que é a formação das novas gerações e a requalificação dos atuais trabalhadores!

Educação, educação e educação! Desde já, o Brasil precisa urgentemente preparar melhor os seus trabalhadores para a transformação digital do mercado, com a renovação de ocupações pela automatização e o surgimento de novas funções. 

Mas ainda bem que, sabendo disso, líderes mundiais no segmento – um exemplo é a empresa ABB –  já estão começando a oferecer cursos de preparação de profissionais aqui em nosso país para ensinar as pessoas a operar células robotizadas e para programar, realizar manutenção e processos. Veja a seguir!

Novos cursos preparatórios

O Tribunal de Contas da União também realizou recentemente, junto às Instituições Federais de Ensino Superior, um estudo para averiguar a adesão dos jovens aos cursos ofertados frente às necessidades impostas pela transformação digital no setor produtivo do país. Em seguida, como já era esperado, os resultados revelaram problemas graves ainda a serem superados. Por exemplo, com relação à infraestrutura das instituições, a política pública de educação, a capacitação de docentes e mais. Infelizmente, tudo isso era importante para haver um aperfeiçoamento maior dos cursos em função da transformação digital

robótica
Imagem reproduzida de ABB

Mas é difícil falar sobre a educação de brasileiros em robótica, Inteligência Artificial, automação de sistemas e mais, quando se sabe que o país tem somente 33% das instituições de ensino com Internet banda larga. Vê-se ainda iniciativas muito pontuais para resolver todos os problemas antes relacionados. Por isso, permanece a incerteza do setor empresarial sobre como a sociedade pode enfrentar a nova realidade do mercado de trabalho diante desses graves problemas!

Bem, a saída possível são os próprios cursos padronizados e treinamentos personalizados – alguns deles virtuais, nesse momento. Eles são oferecidos pelas líderes mundiais no segmento que desejam fazer parte do mercado brasileiro. Essas empresas entenderam as necessidades específicas dos seus clientes e estão caminhando junto para capacitar os profissionais que atuam para eles, inclusive ajudando a instruir aqueles que atuarão em células robóticas. Concluindo, todos enxergam que, hoje, esse é o único jeito de maximizar a potência e as características dos seus equipamentos; aumentando a produtividade; e diminuindo o tempo de manutenção e paradas inesperadas.

Saiba mais sobre os treinamentos oferecidos pela ABB Robótica no vídeo a seguir!

Novas tendências profissionais

Em 2021, as plataformas digitais SambaTech e Samba Digital constataram que 62,5% das empresas brasileiras vão investir entre 10% e 30% do faturamento em transformação digital. Isso é ótimo, pois pode indicar o início de um ciclo positivo em direção a abertura de novas vagas a partir da nova divisão do trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos. Mas é claro que há um longo caminho ainda em direção à requalificação de funcionários nos próximos anos. São áreas que terão aumento de demanda em breve:

  • dados e inteligência artificial, 
  • novas funções em engenharia, 
  • computação em nuvem, e 
  • desenvolvimento de produtos.

Uma coisa é certa, as novas gerações precisam começar a sua instrução em tecnologia cada vez mais cedo. Em seu currículo, devem ser inseridas disciplinas como segurança da informação, privacidade, proteção de dados pessoais, navegação segura, novas tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data e programação. E mais perfeito ainda seria se as próprias universidades as preparem conforme as transformações do setor produtivo.

Robótica: como a qualificação profissional é essencial para as transformações do mercado?
Imagem reproduzida de ABB

Áreas de capacidade

Pesquisadores do Centro de Estratégia e Competitividade da Escola de Economia de Estocolmo, na Suécia, avaliam que é necessário analisar a tecnologia em cinco áreas de capacidade:

  •  percepção sensorial,
  • capacidades cognitivas, 
  • processamento de linguagem natural, 
  • capacidades emocionais e sociais 
  • e capacidades físicas. 

Trabalhos em grupos

Ainda poderíamos citar o estudo de Frank Levy and Richard J. Murnane – autores do livro ‘A nova divisão de trabalho’, que classifica os tipos de trabalhos em quatro grupos:

  • tarefas rotineiras manuais, 
  • rotineiras não-manuais, 
  • não rotineiras manuais,
  • e tarefas não rotineiras não manuais.

Se os brasileiros conseguirem, o mais rápido possível, desenvolver mais as suas habilidades digitais, prever tendências e assumir mais as responsabilidades por seu futuro, a avaliação daqui há cerca de uma década poderá ser outra. Poderemos ter muito mais gerentes, engenheiros, supervisores, coordenadores e técnicos trabalhando com robótica. E por que isso mudaria o país?

A transformação digital é fundamental para que o Brasil se torne cada vez mais competitivo na economia mundial!

Veja Também: Tendências 2021 – descubra o que deve dominar a Indústria da Construção Civil [inclusive no Brasil]


Fontes: Mittech Review, New ABB, New ABB 2.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Já pensou como uma “simples” caixa metálica, ligada na eletricidade, consegue, sem fogo, aquecer travessas de comida? Assim é o “milagre” que só a física explica ou, aqui, o Engenharia 360! Mas, antes, uma curiosidade: sabia que o primeiro modelo de micro-ondas foi inventado na década de 1940? Ele pesava uns 300 kg e, na época, custava US$ 5.000. Mas depois dos anos de 1980 e 1990, os novos modelos da máquina se popularizaram. As pessoas passaram a usá-los diariamente para aquecer líquidos, requentar restos de comida e preparar pratos congelados. Hoje, os aparelhos de micro-ondas já fazem tanto parte do nosso cotidiano que já nem percebemos mais a genialidade da sua engenharia. Pensando nisto, escrevemos este texto especial 360 Explica!

Por que alguns preferem usar micro-ondas a fogão?

A resposta para esta pergunta é simples! Micro-ondas são mais rápidos e eficientes em comparação a fogões a gás. Eles aquecem e descongelam fácil e rápido os alimentos, sem deixar partes geladas.

física - microondas
Imagem de Jean van der Meulen por Pixabay

Qual a explicação para o funcionamento do micro-ondas?

Primeiro uma explicação mais de física. As ondas eletromagnéticas são invisíveis e curtas, e viajam pelo ar na velocidade da luz. Dentro do forno de micro-ondas, são geradas por uma peça de válvula chamada de magnetron, que tem um transformador que converte eletricidade “comum” – 110 ou 220 volts – em 4 mil volts ou mais. Isso faz esquentar um filamento e movimentar elétrons, puxados por ímãs para criar micro-ondas. E estas, por sua vez, são transmitidas para dentro do forno em todas as direções por uma antena, ricocheteando nas paredes. Isso tudo é o que faz aquecer a comida que colocamos no interior do aparelho!

As ondas – cerca de 2.450 megahertz (MHz) de frequência -, penetram fundo na comida e “mexem” com as suas moléculas de água – aliás, é por isso que não podemos colocar uma comida seca para esquentar. Estas moléculas se chocam umas contra as outras, e toda essa fricção e gera calor. A partir daí, você já deve ter entendido o resto!

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Imagem reproduzida de Infoenem
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Imagem reproduzida de The Appliances Reviews

Para acelerar este processo, os cientistas resolveram acoplar um pequeno ventilador na parte de cima do forno, ajudando a espalhar as ondas eletromagnéticas pelo interior do aparelho. E toda a estrutura ao redor é projetada para barrar qualquer fuga de onda – num sistema ‘bate-e-volta’. Já o prato de dentro gira para que toda a comida fique bem aquecida por completo. É que quando as ondas eletromagnéticas se chocam, umas contra as outras, elas se cancelam e, por isso, podem deixar “zonas frias” no local.

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Imagem reproduzida de Microwave Master Chef

E será que usar o aparelho pode prejudicar a saúde?

O indicado é, quando ligar o forno, se afastar pelo menos 50 cm dele. Na dúvida, pode-se levar o aparelho a um técnico especializado para medir a taxa de vazamento da radiação e tomar as medidas necessárias, como fazer a troca da borracha de vedação da porta, que normalmente se desgasta com o tempo. Inclusive, a porta da frente apresenta um vidro telado para impedir a saída das ondas, já que as micro-ondas são mais espessas que os espaçamentos destes filamentos.

Quanto à radiação do micro-ondas sobre os alimentos, é uma quantidade bem pequena que, de acordo com teses científicas, não geraria danos à nossa saúde. O que seria mesmo ruim é a exposição excessiva às micro-ondas, que pode provocar cegueira nos olhos e danos no fígado e rins, além da morte de neurônios em crianças menores de 12 anos. Por isso, tome cuidado!


Fontes: Mega Curioso, UOL.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A demanda por levantamentos de empreendimentos existentes irá aumentar cada vez mais, abrindo grandes oportunidades para levantamentos de nuvem de pontos em BIM

Ampliações ou reformas sempre carregam uma carga de complexidade, que seriam os levantamentos das condições existentes. Além de ser demorado, o levantamento, até então convencional – com trena e anotações em uma folha – possui uma baixa precisão.

Embora ainda atrasada, a construção civil tem trazido tecnologias que vêm facilitando muito o trabalho; e para levantamento de empreendimentos existentes não é diferente. 

Equipamentos de escaneamento por laser (laser scanners) fazem um apanhado de dados a partir de pontos estratégicos e montam um “modelo” com milhares de pontos que podem ser lidos em softwares específicos. E que, a partir dessa Nuvem de Pontos, geram uma visualização 3D com alta precisão.

Existem vários tipos de equipamentos capazes de fazer esse levantamento. Desde os mais caros até equipamentos que provavelmente estão à sua vista nesse momento.

Sim, os smartphones com tecnologia LIDAR (Light Detection And Ranging) conseguem fazer esses levantamentos de forma muito prática!

Além dos scanners a laser e smartphones, drones tem sido muito usados para esse fim, incluindo levantamento topográfico.

captura de nuvem de pontos
Exemplo de captura de Nuvem de Pontos com Drones (Fonte: Autodesk)

Como funciona?

Os equipamentos fazem um escaneamento unido à localização geográfica. Com isso conseguem, a partir das “imagens” de vários pontos, gerar uma “nuvem de pontos” que, por serem densos, acabam criando um “modelo 3D”

Alguns equipamentos criam esses pontos coloridos, quase que uma imagem com uma ótima definição do local.

Já foi possível acompanhar casos em que foi identificada, na nuvem de pontos, uma infiltração na parede. Aliás, em levantamentos que, como trabalho no setor, eu mesmo já tive o prazer de acompanhar.

Qual é a precisão?

A precisão dos levantamentos depende muito do equipamento utilizado. Obviamente que, quanto mais preciso você tiver de ser, maior deverá ser o seu investimento!

Inclusive, a precisão é diretamente proporcional à quantidade de pontos que o equipamento consegue capturar em um determinado volume!

Há equipamentos com precisão milimétrica e alcance de mais de 300 m. E normalmente esses equipamentos são scanners a laser.

Já o levantamento com Fotogrametria, utilizando drones ou smartphones, tem uma precisão menor, podendo chegar a centímetros de precisão. Mas não os julguem, pois a precisão com a trena também é baixa.

O que fazer após o levantamento?

O levantamento da nuvem de pontos facilita o trabalho, mas ainda não faz milagre. Após o levantamento você precisa fazer um tratamento desses pontos para que não fiquem tão pesados, e importar em um software de modelagem para criar um modelo a partir da nuvem (não, a nuvem não é um modelo, infelizmente).

Esses pontos se tornam referência dentro do software e você pode facilmente modelar sobre eles. Como mencionado, não é um milagre. Mas por experiência própria do autor, é importante destacar que é muito mais fácil e mais rápido que uma modelagem do zero.

Veja no vídeo a seguir como fica um modelo com precisão de aproximadamente 2 mm:

Conclusão

A nuvem de pontos é um grande aliado dos levantamentos e facilita muito a modelagem. A visualização em “3D” torna acessível para qualquer modelador executar o trabalho, eliminando a necessidade de interpretar o que o profissional de campo tentou representar nas anotações. 

E se quiser acompanhar mais sobre tendências de modelagem e até levantamentos de nuvem de pontos futuras, acompanhe nossa página no Instagram: @bim.napratica.

Inclusive, deixamos algumas sugestões de softwares BIM gratuitos para visualizar possíveis modelos vindos de nuvem de pontos ou modelagens do zero. Confira no final deste blog post!

Os equipamentos ainda não possuem preços muito acessíveis. Porém, se você trabalha com levantamentos e tem uma alta demanda, pode ter certeza que o retorno sobre o investimento é interessante.

https://www.instagram.com/p/CUyGsczlqDD/

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Engenharia 360

BIM na Prática

Ajudamos estudantes e profissionais a aprenderem as habilidades necessárias para o novo mercado da construção, por meio de cursos de BIM e soft skills em parceria com a Trilho.

Especialistas do mundo todo concordam que a robotização é a solução para o avanço industrial. Isso porque quanto maior é a eficiência dos sistemas, maior é a produtividade nas operações. Esse deveria ser o foco de todas as economias! Aqui, no Brasil, diversas companhias e universidades já trabalham a favor dessa evolução, buscando formas de inserir melhor a robótica no território nacional. E, apesar de ainda estarmos vários passos atrás em relação a outros países, como Alemanha e China, as mudanças estão acontecendo, levando o nosso país logo a destino da Indústria 4.0 e além.

Entenda por que a robótica é um bom investimento para reduzir custos de empresas
Imagem reproduzida de ABB

Todavia, buscando um olhar mais abrangente, quando analisamos o cenário mundial, o Brasil se encontra em estágios atrás quando comparado a países como China, que já possui a maior parte dos seus centros de distribuição de robotizados, por exemplo. Aprofundando um pouco mais o tópico robotização, é importante entender onde podemos aplicar. A robotização deve fazer parte das aplicações de manuseio de materiais, alimentação de máquinas, montagem e testes nos segmentos de eletrônica, alimentos e bebidas, automotivo, PME ‘s, farmacêutica e processamento de mercadorias embaladas para consumos, logística e mais. Certamente, os robôs vão cada vez mais transformar esses negócios, impulsionando a automação em novos setores da economia. Não tem jeito! Se queremos evoluir a entrega dos produtos produzidos em nosso país, esse é o caminho!

Algumas vantagens da robótica

#1 Economia

Robôs e pessoas podem trabalhar juntos nas fábricas e, assim, aumentar a produtividade das empresas. Isso simboliza uma super redução nos custos de manutenção, alta contribuição para uma operação mais ágil e eficiente, e redução de perdas e de necessidade de retrabalho manual. O legal é que se pode deixar a célula já preparada para a possibilidade de um aumento na capacidade de produção futura. Essa iniciativa garante um menor tempo de implementação e evita possíveis falhas que possam ocorrer no processo.

As fabricantes de robôs, atentas às novas necessidades do mercado, estão aumentando a família de robôs industriais – e rápido -, com protocolos de comunicação variados; soluções de visão; controle de força; de velocidade; monitoramento de parada segura; e mais. Eis os objetivos:

  • conseguir produzir robôs mais compactos e rápidos; e
  • capazes de levantar cargas pesadas e com formatos complexos e irregulares.

Coisas assim ajudariam as empresas a obterem novos padrões de velocidade e precisão à medida que desenvolvem soluções para levantar objetos pesados, complexos e irregulares, mesmo em áreas pequenas de trabalho!

Entenda por que a robótica é um bom investimento para reduzir custos de empresas
Imagem reproduzida de ABB

#2 Precisão e Agilidade

Mais fortes, mais rápidos e mais capazes! Assim o mercado espera que sejam os novos robôs!

Entenda por que a robótica é um bom investimento para reduzir custos de empresas
Imagem reproduzida de ABB

Os dados atuais revelam que os cobots ou robôs colaborativos devem acelerar a expansão das empresas em segmentos de alto crescimento, incluindo eletrônicos, saúde, bens de consumo, logística, alimentos e bebidas, entre outros, atendendo à crescente demanda por automação em vários setores. Alguns podem ter, inclusive, “garras” para mover produtos para pallets, empilhando as embalagens com precisão para garantir uma carga equilibrada e estável. A saber, antes os operadores às vezes deixavam de colocar as caixas corretamente, exigindo que palletes inteiros fossem reorganizados antes que pudessem ser movidos.

#3 Ambientação

Alguns sistemas especiais na área da robótica eliminam a necessidade dos componentes exigidos por uma célula de robô padrão para garantir a separação entre robô e equipe. Com isso, se exige uma área menor em comparação com as células anteriores. Além disso, muitos sistemas especiais na área da robótica são projetados para que os clientes não precisem depender de especialistas em programação próprios. Isso permite a adesão da robótica nas indústrias que possuem baixos níveis de automação, com clientes conseguindo operar seus robôs sem nenhum treinamento aprofundado – o que é bom para um país como o Brasil, com deficiência nessa especialização.

Sim, devemos acreditar num cenário promissor para a robótica no Brasil, apostando também na implementação da agenda econômica do governo dos próximos anos! A tal reforma tributária, tão prometida, pode ter um impacto positivo no segmento. Enfim, a tendência é que isso ao menos fique mais simplificado!


Fontes: Radar do Futuro, InfraFM, New ABB, New ABB 2, New ABB 3, New ABB 4.

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Engenharia 360

Redação 360

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A Soyuz MS-19 já decolou na estação de lançamento espacial russa em Baikonur, Cazaquistão; ficou 12 dias no espaço; e voltou – no mesmo dia que a Rússia anunciou o adiamento do lançamento da sua nave Luna-25, que iria para o polo sul da Lua em 2022, visando realizar testes adicionais. Mas o que tem de diferente nesta história? É que nesta portunidade foi gravado o primeiro filme fora do planeta Terra! Detalhe: não é filmagem, é filme, ficção em longa-metragem! Saiba mais no texto a seguir!

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Imagem reproduzida de Notícias ao Minuto Brasil

Sobre o primeiro filme fora do planeta

‘Challenge’, este é o nome do filme gravado no espaço neste mês de outubro de 2021. A atriz Yulia Peresild e o diretor Klim Shipenko acompanharam o cosmonauta veterano An­ton Shkaplerov – que já realizou 3 missões espaciais – até a Estação Espacial Internacional. Neste trajeto de ida e volta, gravaram a estória de uma cirurgiã que viaja para a estação espacial para salvar um tripulante que sofre um problema cardíaco. Mas pensa que foi fácil? Claro que não!

missão espacial
Imagem reproduzida de Folha – UOL
missão espacial
Imagem reproduzida de EBC

A seleção de elenco

A Roscosmos (corporação espacial estatal), o Canal Um (o mais visto da Rússia) e a produtora Yellow, Black and White já começaram no ano passado a anunciar a produção do filme ‘Challenge’. Nesta época, revelaram também que a personagem protagonista seria uma mulher. Ela deveria ter entre 25 e 40 anos, ter nacionalidade russa e peso entre 50 e 70 quilos. Um importante pré-requisito é que ela deveria conseguir correr um quilômetro em três minutos e meio, nadar 800 metros em 20 minutos e saltar de um trampolim de 3 metros. E, por fim, ter um espírito bem aventureiro, aceitando ir ao espaço!

missão espacial
Imagem reproduzida de Jovem Pan
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Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

Agora, não foi nada difícil encontrar atrizes candidatas! 3.000 mulheres se apresentaram. Elas passaram por diversas provas, além de exames médicos. A eleita, Yulia Peresild, de 36 anos, já havia gravado várias séries e filmes na Rússia. Seu maior desafio no novo trabalho foi, primeiro, se adaptar à disciplina rígida e às exigências rigorosas durante o treinamento do voo. Depois, obviamente, foi ser corajosa para aguentar a jornada.

E você? Aceitaria o desafio de ir ao espaço para gravar um filme? Escreva nos comentários!

Veja Também: Orgulho Nerd: 10 Filmes e Sagas que marcam gerações 


Fontes: A Crítica, Tribuna Ribeirão, MS Post.

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