Se você tem tatuagem no seu corpo, por certo, em algum momento, já deve ter se preocupado se isso – além das suas roupas, corte de cabelo e desenho de corpo – iria atrapalhar seus planos de conseguir um emprego desejado.

Bem, de fato, sejam grandes ou pequenas, espalhafatosas ou discretas, as tatuagens corporais ainda são um grande tabu no mundo do mercado de trabalho, dividindo opiniões. Porém, com a maior popularização desta arte, as empresas passaram a dar um novo olhar para isso. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

tatuagem e primeiro emprego
Imagem de fxquadro em Freepik

Como as empresas reagem às tatuagens?

Antes de tudo, é preciso lembrar que a nossa Constituição Federal brasileira prevê, através da Lei 7.716/89, como crime ações de preconceito ou discriminação racial. Claro que nem isso impede que o meio corporativo possa, muitas vezes, ter reações exageradas sobre certos perfis de candidatos que tenham, por exemplo, tatuagens e piercing. Mas, de modo geral, parece que, nos últimos tempos, existe mais bom senso com relação a este assunto no que tange os processos seletivos.

“Os longos estigmas associados a ter tatuagens podem estar se desgastando, especialmente entre indivíduos mais jovens que veem a arte corporal como uma forma natural e comum de expressão pessoal.” – economista Michael French, em reportagem de Dailymail.

tatuagens em vagas de trabalho
Imagem de Kireyonok_Yuliya em Freepik

É provável que, cada vez mais rápido, iremos avançar para uma realidade em que indivíduos tatuados são, em ambientes de emprego, indistinguíveis daqueles que não são. Por outro lado, ainda é notável o número de relato de pessoas que dizem que, mesmo bastante qualificadas, perderam a chance de serem contratadas por conta de suas tatuagens; ou que, após a contratação, passaram a sofrer discriminação e receber salários baixos.

Esta prevalência crescente de tatuagens na sociedade – sobretudo na faixa dos jovens adultos – colocaram a faixa da sociedade que ainda pensa deste jeito em desvantagem, forçando uma mudança de opinião. Afinal, as pessoas não precisam aceitar a tatuagem alheia, mas focar em valorizar as qualificações e habilidades dos candidatos em primeiro lugar.

O impacto das tatuagens em entrevistas de emprego

Será que expor tatuagem e piercing em uma entrevista de emprego é ruim? Bem, o que se sabe é que isto depende muito do contexto da vaga. Interfere, por exemplo, o perfil da empresa contratante e também a área de atuação do profissional.

Vagas para Engenharia, infelizmente, são raramente preenchidas por pessoas com muitas tatuagens – principalmente na mão, rosto e pescoço – ou com adereços chamativos. Sim, este tipo de opção estética deve impactar a sua carreira para sempre. Calma, pois isso não é necessariamente uma coisa ruim, como você verá mais ao final deste texto!

“Caso o profissional faça questão de usar o piercing ou aparentar uma tatuagem, é importante que seja enfático sobre isso na entrevista para não criar rusgas futuras, se contratado. A entrevista é isso, onde ambos se conhecem e sabem sobre suas prioridades e necessidades.” – consultora de imagem e postura profissional Silvana Lages, em reportagem de Catho.

vagas de trabalho
Imagem reproduzida de Blog Tattoo2me

Concessões no ambiente de trabalho

Você pode pensar que as empresas precisam abrir mais exceções e contratar mais pessoas que exponham suas tatuagens. Bom, e você não está errado! Contudo, ambas as partes precisam considerar ser flexíveis! Sim, desrespeitos jamais devem ser tolerados. Mas também não é crime que se faça alguma orientação de padrão visual para a construção de uma reputação.

Então, em um momento mais formal, seria adequado considerar ocultar a tatuagem. Contudo, se achar isso errado, não há necessidade disso! Sabe por quê? Confira a resposta no próximo tópico!

Mudanças de paradigma e tatuagens no mercado de trabalho

Até agora, podemos pensar que arte na pele só atrapalha a busca por emprego. Na verdade, pode ser um problema apenas para quem estiver buscando as vagas erradas.

Digamos que você se candidate à oportunidade oferecida por uma empresa com um local de trabalho mais informal, que atende uma clientela jovem e ou de ideias mais liberais, de vanguarda. Então, as chances de você se dar bem num ambiente corporativo como esse podem ser grandes – a não ser que as suas tatuagens façam relação com imagens misóginas ou racistas, assim como sobre drogas, bebidas e satanismo. Pense nisso!

tatuagens em vagas de trabalho
Imagem de Felix por Pixabay

Veja Também: Pesquisadores criam tinta para tattoo que identifica níveis de sódio e glicose


Fontes: UOL, Catraca Livre, Revista Galileu, Catho.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Reflita sobre a atual situação econômica do Brasil e do mundo. De fato, a pandemia do covid-19 escancarou muitos problemas que já vínhamos enfrentando. Mas, neste meio tempo, outros foram surgindo, como a crise hídrica, os rios mais fracos e os reservatórios em baixa. A energia elétrica também está mais cara, assim como os combustíveis. Fora que, com as atividades paradas nas universidades, ficamos com um déficit de conclusão de pesquisa e novos profissionais graduados. Tudo isso é sentido diretamente em todos os setores, incluindo no agronegócio e na Engenharia de Alimentos.

Mas é claro que os profissionais que lidam com o campo também precisam pensar em como os seus próprios consumidores também estão transformando seu jeito de vida. Muitas pessoas estão atentas à questão ambiental, valorizando empresas que se preocupam com ações ecológicas e sustentáveis. Também existem aqueles que estão começando adotar um novo estilo de alimentação, sem aditivos e agrotóxicos. Estas questões devem guiar completamente o setor pós-crise, e devemos estar preparados para isso. Aliás, o texto a seguir traz exemplos desta mudança de postura que comentamos antes. Confira!

engenharia agrícola
Imagem reproduzida de Prefeitura de Extrema

O que os agricultores estão fazendo para superar a crise?

Formas de produzir água em meio à seca

No município de Extrema, em Minas Gerais, a propriedade rural de Sebastião Fróes está recebendo dinheiro da iniciativa ‘Conservador das Águas’ para produzir água. Isso mesmo que você leu, produzir água! Como? Destinando área de pasto degradado para a reconstituição da mata nativa local. E justamente esta recobertura vegetal é capaz de recuperar o potencial hídrico dos terrenos.

“Nós temos um manancial produzindo algo em torno de 1 litro por segundo em um momento onde nós estamos atravessando uma das piores crises hídricas dos últimos 90 anos da região Sudeste.”

biólogo Paulo Henrique Pereira, idealizador do projeto, em reportagem de Globo Rural.
engenharia agrícola
Imagem reproduzida de Projeto Colabora

Já em Santa Catarina, para diminuir o risco de falta de água nos municípios de Balneário Camboriú e Camboriú, a administradora Kelli Dacol, inspirada pelo projeto em Extrema, está incentivando o pagamento por serviços ambientais sobre a tarifa que os consumidores pagam. O risco de escassez de água começou a diminuir quando proprietários no entorno das nascentes toparam entrar no projeto demarcando e, em vários casos, reconstituindo áreas com investimento patrocinado.

Por fim, perto de Brasília, os moradores e propriedades rurais que se beneficiam do conjunto de nascentes conhecido como Águas Emendadas, também passaram a pagar por serviços ambientais no Brasil Central. Como pagamento pelo serviço ambiental prestado, os produtores receberam, em 5 anos, R$ 15 mil reais do programa. A saber, esse dinheiro vem de recursos públicos e de ONGs.

“O projeto produtor de água é um achado, é um ganha-ganha. Ganha o produtor, porque ele pode melhorar a propriedade dele. E ganha a sociedade que vai ter água de melhor qualidade.”, diz Devanir Ribeiro, o coordenador do programa em Brasília.

Devanir Ribeiro, o coordenador do programa em Brasília.

Tecnologia para reduzir aditivos e melhorar a qualidade do trigo

Voltando à questão da alimentação, os brasileiros estão, sim, mais preocupados com o que colocam na mesa. Imagina poder diminuir e até eliminar o uso de aditivos colocados em farinhas de trigo, por exemplo? Pois pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveram um equipamento processador multifuncional que usa micro-ondas para a aplicação em diversas tecnologias da indústria agroalimentar.

engenharia agrícola
Imagem reproduzida de Inova Unicamp
engenharia agrícola
Imagem reproduzida de Inova Unicamp

E qual a motivação para a criação deste sistema? Bem, é poder mudar a qualidade de amidos e proteínas; e modificar características como elasticidade, extensibilidade e viscosidade de massas na produção de bolos e biscoitos. Pode-se eliminar parasitas, controlar a umidade dos produtos e evitar a absorção de odores. E ainda é possível inativar enzimas que aceleram o processo de perda de qualidade de produtos, aumentando o tempo de vida da prateleira de alimentos processados. O melhor é que nada disso exigiria o uso de coadjuvantes e aditivos ou a modificação radical de processos de fabricação – bastaria apenas fáceis ajustes operacionais.

Estudos internacionais indicam que o tratamento de farinhas com micro-ondas pode alterar e tornar a proteína do trigo funcional para o público intolerante ao glúten!

Uso de ozônio para melhorar as propriedades do amido de mandioca

O amido de milho, citado no tópico anterior, é um ingrediente importante para a indústria de alimentos. Também é utilizado na produção de papel, tecido, fármacos e tintas, usados até em processos de extração de petróleo. Porém, ele gera resíduos ou efluentes. Pensando nisso, um grupo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) testou a possibilidade da utilização do amido de mandioca para diferentes setores produtivos.

Eles defendem que, neste caso, o uso de ozônio e de aquecimento a seco (DHT) eliminaria nesta matéria-prima a geração de resíduos ou efluentes. Sim, o gel nativo da mandioca é “fraco” em relação ao gel do milho, por exemplo. Contudo, através deste novo processo, foi possível obter um gel de mandioca mais consistente que o de milho.

engenharia agrícola
Imagem reproduzida Um só Planeta – Globo

No teste, a equipe produziu o ozônio no laboratório, dando uma descarga elétrica em certa quantidade de oxigênio com 95% de pureza (em uma unidade geradora de ozônio). O ozônio funcionou como oxidante, degradando o amido rapidamente – o ‘resíduo’ dessa reação é o oxigênio. A amostra foi colocada em um reator de vidro, no qual se injetou ozônio e oxigênio. Por último, ela foi processada por até 30 minutos, sendo constantemente agitada

Já o aquecimento a seco foi feito em uma estufa de laboratório, uma espécie de forno elétrico, onde o calor se acumula em uma resistência. Houve um controle de temperatura bastante preciso. E as amostras de amido foram embaladas em folhas de alumínio e seladas para garantir que não haveria perda de material.

engenharia agrícola
Imagem reproduzida de Revista Analytica

A ideia, agora, é identificar e caracterizar novas fontes de amido; fazer modificação dos amidos; além da exploração das possíveis aplicações (novas e tradicionais). O grupo quer tentar, na sequência, usar essas técnicas de modificação em outras fontes de amido e com outras condições de processo, para tentar encontrar funcionalidades adicionais. E, no futuro, aplicar esses amidos em produtos reais, como pães e massas.


Fontes: Instituto de Engenharia, UDOP, FAPESP, FAPESP 2.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Por certo, você já deve ter utilizado ou pelo menos visto algum parafuso ao longo da sua vida, não é mesmo? Este tipo de peça, velha conhecida na Engenharia, existe desde os tempos dos antigos gregos, na Era Clássica. Acredita-se que tenha sido Arquitas de Tarento, por volta de 400 a.C., que desenvolveu o primeiro parafuso para ser utilizado em prensas e na extração de azeite de olivas. Não podemos nos esquecer do estudo de Arquimedes, com o princípio da rosca, por volta de 250 a.C., mais tarde utilizado para a construção de dispositivos para o transporte de água na irrigação. E, por fim, de Da Vinci, que desenhou diversas máquinas com a utilização de parafuso e uma máquina, em especial, para a fabricação de parafusos, em 1568 – um equipamento que foi, séculos depois, desenvolvido.

Como é e para que serve um parafuso?

Em termos gerais, parafuso é uma peça em formato cônico ou cilíndrico. Ele pode ser feito de metal, PVC, plástico ou outro material. Sua estrutura tem uma haste em espiral contínua, com vãos ao longo de sua parte externa e uma base superior ou “cabeça” de fixação – mas há parafusos sem cabeça também. Aliás, esta “cabeça” pode ter diversos formatos que combinam com diversas ferramentas de fixação, como chave-de-fenda ou chave phillips. E, por hora, o que podemos dizer mais sobre isso é que os parafusos servem para a fixação ou a união de elementos utilizados em muitas engenharias – a ideia é que elas possam, assim, ser montadas ou desmontadas com facilidade.

tipos de parafusos
Imagem de Pixabay

Quais os tipos de parafusos que existem?

Você pode não saber, mas os parafusos são utilizados não só na construção civil, mas em grandes obras de outras engenharias também! Eles podem ser usados em madeira, metais, drywall e mais. E, na verdade, existem muitos tipos diferentes, cada qual servindo a um propósito. Embora alguns sejam bem parecidos, é interessante saber identificar e compreender as suas formas! Veja a seguir!

Classificação conforme a utilização

Passantes

Atravessam de lado a lado as peças a serem unidas. É possível encontrá-los com ou sem cabeça. E, dependendo do tipo de serviço, esse tipo de parafuso se utiliza de porcas, arruelas e contraporcas como assessórios.

Não-passantes

Como o nome já diz, não passam de um lado a outro, se utilizando de porcas.

De pressão

São aqueles fixados através de pressão exercida pelas pontas dos próprios parafusos contra a peça a ser fixa. Encontrados no mercado em modelos com ou sem cabeça.

Estojos ou pioneiros

São os modelos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades. São recomendados em situações que podem exigir montagem e desmontagens constantes, pois não costumam danificar materiais.

Classificação conforme o design

Sextavados

Têm este nome por conta de sua “cabeça” com 6 faces. É um modelo usado em construções e reparos e pode ser encontrado em máquinas e equipamentos industriais, além de estruturas metálicas, veículos e móveis de aço.

Auto atarraxantes

Possuem uma ponta cônica e pontiaguda, com uma rosca mais fina e cortante – aliás, por conta disso, em alguns casos, não é preciso fazer um furo prévio na peça em que ele será aplicado. Ideal para fixar sua principal indicação de uso é para a fixação de chapas metálica e, com buchas de nylon, em paredes de alvenaria, concreto e drywall.

Franceses

Parafusos com cabeça abaulada, como um cogumelo, acompanhados de uma seção quadrada que permite travá-los quando são aplicados em furos quadrados ou redondos feitos em peças de madeira. Por isso, os vemos bastante em estruturas de carrocerias de caminhão, bancos de jardim, pallets, placas, cercas e escadas de madeira, incluindo o corrimão, entre outras. Também em construções navais, embalagens diversas, ferragens agrícolas, arados mecânicos e de tração animal.

Máquinas

Estes parafusos costumam apresentar fenda simples, sendo usados com porcas ou furo roscado. Podem ser usados, com buchas de nylon, em peças metálicas finas em maquinários variados, além de conexões metálicas e eletrodomésticos.

Classificação conforme o uso exclusivo

Fixer

São parafusos desenvolvidos especialmente para o segmento moveleiro, para a fabricação e montagem de móveis em madeiras leves e MDF – no entanto, podem ser usado também para a fixação de esquadrias, dobradiças e rodapés. E podem vir em vários acabamentos, incluindo o bicromatizado, zincado preto, zincado branco e niquelado; produzidos em aço baixo carbono, cementado, com a rosca autocortante tipo Chipboard e Fenda Phillips.

Plastciser

Também são parafusos de design exclusivo, pensados para a utilização em polímeros e componentes plásticos. São comuns em indústrias de eletrodomésticos, como batedeiras e liquidificadores, de refrigeração, eletroeletrônicos, móveis (para puxadores de gaveta), automotiva (na lanterna do carro), entre outras.

Auto Brocantes de Drywall

Diferem por sua capacidade de perfurar, atarraxar e vedar (opções com arruela) em uma única operação. Este tipo de parafuso é largamente utilizado em fixação de coberturas e telhas, montagens de paredes divisórias, paredes drywall, placas de gesso, forros, estruturas metálicas, chapas e perfis metálicos e também em madeiras com aço e alumínio.

Parafusos Agrícolas

Os parafusos agrícolas, como o próprio nome diz, são utilizados em maquinários e outros elementos empregados em atividades do agronegócio. Os principais tipos de parafusos dessa categoria são o parafuso arado, o parafuso para correia elevadora e o parafuso sextavado cônico para silo.


Fontes: ObraMax, Ciser, CRV Industrial, Mundo da Elétrica, Bruhel.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O uso da Blockchain na agricultura tem sido muito observado em toda a cadeia produtiva do agronegócio. A tecnologia permite rastrear o envio e recebimento de diversos tipos de informações através da internet, o que contribui com a rastreabilidade nesse setor, desde a produção no campo até a venda no varejo. Confira, neste artigo, como funciona, quais os benefícios e como fazer uso dessa tendência do agronegócio!

agricultura
Imagem extraída de Shutterstock

O que é e como funciona a Blockchain?

O termo Blockchain surgiu para que os bitcoins – as tais moedas virtuais ou criptomoedas -, pudessem emergir. O conceito surgiu em 2008 no artigo acadêmico “Bitcoin: um sistema financeiro eletrônico peer-to-peer”, escrito por Satoshi Nakamoto (pseudônimo utilizado pelo provável criador do bitcoin). Nesse material, essa tecnologia é definida como “uma rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua no ‘hash’, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho”.

Analogia para um melhor entendimento

Os “trens”

Para entender como a Blockchain funciona, imagine um trem de brinquedo cujos trilhos estão dispostos pelo mundo, formando uma rede. Cada material é encaminhado por um vagão, validado por diversas máquinas. Em caso de aprovação, ele recebe um código complexo com letras e números e se une a outros vagões. Para tornar esse processo mais seguro, cada vagão carrega seu próprio código e o código do vagão anterior. Dessa forma, caso algum vagão for invadido, será necessário desvendar mais um código.

Essa cadeia de trens não possui dono. Por esse motivo, todos os envios são incluídos em um livro à disposição para qualquer indivíduo acessar. Entretanto, não é possível saber quem enviou ou o que foi enviado, somente quando houve o envio. É complexo colocar em práticas todas essas operações. Não são muitas as máquinas capazes de criar os códigos de cada vagão e uni-los com os outros, consequentemente elas são remuneradas por executar esse papel.

Os “trilhos”

Convertendo para termos técnicos, os trilhos que possibilitam a viagem dos trens pelo planeta são, na verdade, a computação em nuvem (cloud computing): uma tecnologia que permite processar uma maior quantidade de informações provindas da internet. Os vagões, por sua vez, representam um bloco com uma hash, que consiste em uma função matemática que seleciona um arquivo ou uma mensagem e produz um código composto por letras e números que simboliza os dados enviados.

As “mineradoras”

O livro, no qual todos os envios são registrados, corresponde ao ledger, que funciona como um tipo de documento em que todas as transações são guardadas. Essas informações podem ser vistas por qualquer pessoa, porém não é possível deletá-las. As pessoas responsáveis pela junção de um vagão ao outro são as mineradoras: encarregadas de calcular o hash correto para cada bloco, para formar a união entre eles. E, finalmente, os trens retratam a Blockchain (cadeia de blocos, traduzindo para o português).

Agricultura
Imagem extraída de Sodawhiskey/Adobe Stock

Que soluções a Blockchain oferece ao agronegócio?

Com o aperfeiçoamento das suas utilidades, a Blockchain se tornou um livro-razão contábil. Nele estão incluídas informações que viabilizam, por exemplo, o rastreamento de produtos, que vem sendo cada vez mais exigido na agricultura. Essa cobrança é oriunda de países mais desenvolvidos e também dos brasileiros, visto que essa rastreabilidade facilita a identificação da origem dos alimentos até a mesa do consumidor.

Por meio do uso dessa inovação tecnológica, ainda é possível receber outras informações, tal como se um produto foi cultivado em área que não é de desmatamento ilegal, a proveniência de um selo orgânico e se é utilizada mão-de-obra escrava e/ou infantil na produção. Permitindo, assim, maior transparência com os consumidores no que tange à procedência de um alimento.

O setor de produção de cacau já aderiu ao uso da Blockchain no Brasil, além dos setores de grãos (especialmente soja) e pecuária de corte. Através da implementação dessa tecnologia, é possível comprovar para os parceiros comerciais todos os detalhes da produção de um determinado produto, assim como para o comprador. Nesse último caso, as informações podem ser acessadas por intermédio de um QR code e a leitura feita por um aparelho celular.

Observe abaixo algumas das funcionalidades da Blockchain no agronegócio:

Agricultura
Imagem extraída de Digital Agro

Quais as principais funções da Blockchain no campo?

A tecnologia Blockchain executa 3 funções básicas que contribuem com uma maior segurança, transparência e redução de custos da produção agrícola. Entenda como cada uma delas funciona:

1. Livro-razão distribuído

Todos têm acesso ao livro-razão, em que estão as informações dispostas e o registro empresarial. Já que é compartilhado e registrado apenas uma vez, o livro-razão impede ações duplicadas, como tipicamente acontece nas organizações.

2. Contratos Inteligentes

Essa tecnologia contém contratos inteligentes em seu armazenamento, juntamente com um grupo de regras executadas de maneira automática. Essas regras indicam, por exemplo, as condições de pagamento, seguros, etc.

3. Registros fixos

Depois que um bloco é criado com informações sobre uma transação específica ou informações sobre rastreabilidade do produto, ele não pode ser alterado. Portanto, as informações devem ser incluídas com muito cuidado para evitar erros. As correções só podem ser feitas criando outro bloco, e todas as partes da transação podem usar os dois métodos. Dependendo das circunstâncias, o erro pode ser interpretado como malicioso.

Agricultura
Imagem extraída de Jesada Wongsa/Dreamstime.com

Você já conhecia essa tecnologia? Conta para nós nos comentários!


Fontes: Dia Rural, Blog Nubank, Canal Agro

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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Quando amassa uma folha de jornal ou coloca uma embalagem plástica no lixo, para onde você pensa que vão estes resíduos? Sim, eles seguem para os lixões ou, muitas vezes, acabam em bueiros, rios e oceanos, poluindo as águas e afetando as espécies vivas. Mas podemos tentar diariamente pensar em soluções para amenizar o impacto que nós, os seres humanos, provocamos contra a natureza.

Começando pelo consumo consciente! Depois, por estudar formas de produção mais eco-friendlies, que já desde a fabricação sejam bem planejadas pensando nesta questão do descarte de resíduos versus a natureza. Debatemos mais sobre o assunto no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Soluções inovadoras para reduzir o impacto dos resíduos no meio ambiente

Jornal biodegradável

Muita gente já migrou de vez sua paixão por leitura para os formatos de jornais digitais, revistas eletrônicas e e-books. Mas é claro que a experiência de segurar um texto impresso ainda encanta demais. Contudo, se amamos o nosso planeta, precisamos fazer sacrifícios. Outra solução é pensar que, quanto for necessária realizar a impressão de textos, que isso seja feito de uma forma mais ecológica, para que os resíduos gerados disso impactam o mínimo possível o meio ambiente.

Sim, as empresas de jornalismo impresso foram cobradas demais nos últimos anos por um maior controle dos seus produtos pensando no impacto contra a natureza. De fato, o conceito de uso excessivo de papel é algo desatualizado. Mas um jornal japonês, um dos líderes em publicações do país, o Mainichi Shimbunsha, decidiu inovar usando um papel 100% reciclado.

biodegradáveis - soluções ecológicas para  resíduos
Imagem reproduzida de Living Circular – Veolia

Veja Também: Alunos de design criam acessórios feitos de frutas que iriam para o lixo

Proposta de utilização

A ideia do Mainichi Shimbunsha é criar um tipo de jornal biodegradável que possa ser plantado em vasos ou no solo. Por isso, na composição da massa do papel seriam misturadas sementes de flores, próprias para atrair abelhas. Inclusive a própria tinta utilizada na impressão, quando em contato com a água de rega, agiria como fertilizante para as plantas, que germinariam em poucas semanas.

Este conceito de publicidade foi desenvolvido pela empresa Dentsu. E parece que o público aprova a ideia desta pegada mais sustentável do Mainichi Shimbunsha. Existem relatos de escolas que estão utilizando o jornal para educar as crianças sobre a questão ambiental e ensiná-las sobre a importância da reciclagem.

biodegradáveis - soluções ecológicas para  resíduos
Imagem reproduzida de Razões para Acreditar

Sacolas plásticas biodegradáveis de batata

Outro grande problema do meio ambiente – sobretudo para rios, oceanos e lençóis freáticos – são os resíduos plásticos, muitas vezes resultantes das sacolas plásticas que utilizamos nos supermercados. Pensando nisso, um estudante brasileiro de Ensino Médio, Matheus Brito, do estado do Ceará, criou uma versão diferente de sacolas plásticas biodegradáveis feitas com batatas. Na verdade, o conceito de sua proposta poderia ser aplicado a outros objetos do nosso dia-a-dia.

biodegradáveis
Imagem reproduzida de Razões para Acreditar

Iniciação científica

Matheus contou, num primeiro momento, com a orientação de seu professor Leonardo Sousa e do Colégio Paraíso. Na ocasião, os testes in vitro foram muito bem-sucedidos. Tanto que a sua descoberta foi destaque de publicação Os testes in vitro conduzidos no colégio foram bem-sucedidos e Matheus ganhou uma publicação na revista científica e-Ciência, na categoria de “Iniciação Científica Júnior” da revista científica e-Ciência. E, posteriormente, o jovem foi convidado para participar da maior feira de engenharia da América Latina, a FEBRACE.

biodegradáveis - soluções ecológicas para  resíduos
Imagem reproduzida de Portal GCMAIS

Então, o que você achou destas duas histórias? Vamos torcer para elas terem sempre uma boa aceitação e um desenvolvimento promissor, além de inspirar mais criações ecológicas e sustentáveis ao redor do mundo!


Fontes: Razões para Acreditar.

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Redação 360

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A empresa Autodesk lançou, na primeira metade de 2021, o AutoCAD 2022. Este é um programa ainda bastante utilizado no desenvolvimento de projetos de Engenharia e Arquitetura. Alguns diriam que ele está obsoleto, principalmente devido à existência de programas mais voltados à metodologia BIM, como o Revit – também da Autodesk. Mas, talvez, mudem de opinião quando descobrirem as principais vantagens da nova versão. Continue lendo para saber mais sobre as mudanças em suas ferramentas!

autocad
Imagem reproduzida de Tinogifts

Por que a Autodesk lançou uma nova versão do Autocad?

O Autocad sempre foi um excelente programa, grande aliado dos projetistas. Mas o mundo vai mudando, as tecnologias também, assim como as necessidades de profissionais e seus clientes. É justamente por isso que foi necessário fazer melhorias em seu sistema. Essa prática é normal para todas as empresas de Softwares! Agora, o que chama a atenção na estratégia da Autodesk é que ela não fez como muitas empresas, criando alterações sem sentido apenas para fazer volume. Na verdade, ela fez poucas mudanças nas ferramentas, mas mudanças que realmente eram necessárias desde as atualizações anteriores, principalmente ficando no trabalho colaborativo.

O que fica e o que muda das ferramentas do programa?

Start

Foi feita uma alteração de layout na aba Start, de modo que ela parece mais organizada e de fácil leitura. Sua divisão acontece em três colunas: uma para criar novos arquivos ou selecionar um template pronto; uma que exibe os arquivos recentes; e uma que funciona como um “mural de recados”.

Share

A nova ferramenta serve para compartilhar arquivos em um navegador ou aplicativo para celular Autocad – no modo só para visualização ou para ser editado. Contudo, é preciso ter muita atenção para que não seja feita a duplicidade de arquivos, comprometendo o fluxo de trabalho. O legal é que o arquivo poder ser aberto por qualquer um que tiver seu link no Autoddesk Web App.

Trace

Esta é outra ferramenta nova, que visa o trabalho colaborativo dentro do Autocad. Através dela é possível inserir alterações, comentários ou outras informações sobre o arquivo, embora o seu original não seja alterado – alguns comparam a colocar um papel vegetal sobre um desenho feito à mão para fazer anotações sem comprometer os gráficos já realizados.

Count

É uma ferramenta que já existia para visualização e edição dos blocos presentes no projeto, mas que sofreu melhorias. Ela ficou mais intuitiva e prática. Uma informação que ela oferece, por exemplo, é se há a sobreposição entre um bloco e sua cópia exatamente no mesmo lugar. Contudo, aparentemente ela não detectaria blocos explodidos e tampouco faz a correção dos erros encontrados – o que deverá ser feito manualmente. Mas, em contrapartida, ela passa os quantitativos dos itens de um jeito fácil de entender.

Floating windows

Outra boa novidade são as janelas flutuantes do Autocad. Funciona assim: ao clicar sobre uma aba de um desenho aberto e arrastar, pode-se gerar uma janela flutuante. Assim, muitos desenhos abertos podem ser visualizados lado a lado, em monitores diferentes, sem precisar abrir o programa mais de uma vez.

Quick Dimension

Na verdade, não se trata de uma ferramenta, mas de um comando dentro do Autocad 2022. Através dele, o usuário pode ver instantaneamente as medidas do desenho que está fazendo – como distâncias entre objetos e ângulos -apenas passando o mouse sobre o mesmo.

Autodesk Docs

Por fim, mais um novo recurso que permite que arquivos sejam compartilhados dentro de uma plataforma de trabalho colaborativo da Autodesk, que é a Autodesk Docs. Inclusive, por dentro de uma janela especial, a Push to Autodesk Docs, é possível gerenciar os arquivos compartilhados, permitindo adições, remoções ou novos carregamentos de arquivos.


Fontes: ACAD, Qualificad.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Falar de robótica parece tão distante da realidade brasileira. Mas será mesmo? Na verdade, a utilização de robôs e cobots – sendo um tipo específico de robôs colaborativos – cresce cada vez mais no mundo todo. Isso faz parte de uma revolução que não tem volta; é só o começo de uma nova fase do mercado – que é chamada, agora, de Indústria 4.0.

Você pode não acreditar, mas, em breve, todos nós iremos dividir o nosso espaço de trabalho com robôs. E isso não quer dizer que iremos perder os nossos empregos. Pelo contrário! O que vai acontecer é que seremos instruídos para realizar novas atividades, que aproveitem melhor a nossa capacidade intelectual.

Empresas como a ABB já estão ajudando o mercado brasileiro nessa transformação, e de formas que você nem imagina. Por exemplo, atualmente, ela oferece cursos de capacitação que esclarecem dúvidas frequentes sobre o tema robótica. Isso é bom para empresários e profissionais de várias áreas das Engenharias!

Aliás, nós, do 360, batemos um papo super bacana com a ABB para aprender mais sobre robótica e obter respostas às perguntas mais básicas que todos têm sobre esse nicho de mercado com grande potencial! Não deixe de conferir! Assista no link a seguir!

Para mais informações:

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você sabe o que é nióbio? Este é um elemento químico representado na Tabela Periódica pelo símbolo Nb, de número atômico 14. Tem propriedades físicas e químicas similares ao do elemento químico tântalo. E sabe para quê ele é utilizado? Em ligas metálicas de grande resistência, em especial na produção de aços especiais utilizados em tubos de gasodutos. Na prática, também é utilizado na produção de motores de aeroplanos, na propulsão de foguetes e em vários materiais supercondutores. Outras aplicações incluem a soldagem, a indústria nuclear, a eletrônica, a óptica, a numismática e a produção de joias.

Qual é a novidade agora? É que o Governo Federal anunciou recentemente que o Brasil passará a contar com a primeira bateria de nióbio do mundo para recarga rápida de carros elétricos. E por que o nosso país? Porque somos responsáveis por 95% das reservas de nióbio no planeta.

nióbio
Imagem reproduzida de Revista Pesquisa Fapesp
nióbio
Imagem reproduzida de SciELO

Nova parceria poderá mudar o mercado

A Volkswagen e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) anunciaram uma nova parceria para o desenvolvimento e aplicação das baterias com mineral. A saber, em setembro de 2021, a empresa de caminhões e ônibus estudou esta aliança pensando no desenvolvimento e aplicação das baterias com o mineral para utilização em veículos elétricos da montadora, algo inédito na indústria automotiva mundial. A ideia é aprimorar sistemas de controles da operação da bateria com nióbio nos veículos além de fabricar os veículos 100% elétricos utilizados no projeto e implantar a infraestrutura de recarga ultrarrápida.

Sobre o novo uso para o nióbio

Esta nova bateria de nióbio é uma tecnologia que permitirá, como dito antes, recarga de carros elétricos. A informação mais importante é que ela conseguiria fazer isso em cerca de 6 minutos apenas. Conforme a CBMM, a tecnologia que será empregada nas baterias é resultado de mais de três anos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a Toshiba, no Japão. Agora, o Brasil entra no jogo oferecendo a matéria-prima para que ligas metálicas em material mais maleável e resistente ao calor e desgaste possam ser produzidas!


Fontes: Diário do Nordeste.

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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em meio à crise financeira trazida pela Pandemia de 2020 e 2021, muitas pessoas pensaram em alternativas diferentes de ganhar dinheiro. Uma delas, investir na Bolsa. Outras repensaram suas carreiras profissionais. Aliás, falando nisso tudo, uma tendência que está em alta nos últimos tempos é a dos engenheiros atuando no mercado financeiro. Sabia que isso era possível? Afinal, por que empresas buscam engenheiros para trabalhar na área financeira?

Pense assim, o mercado está, para alguns setores, um pouco estagnado no Brasil. E se você é estagiário ou recém-formado, pode aproveitar esta oportunidade! Veja como no texto a seguir!

mercado financeiro
Imagem de Pexels por Pixabay

Mais uma opção de trabalho para engenheiros

Engenharia tem várias ramificações, é uma profissão extremamente ampla e, justamente por isso, dá ao profissional uma oportunidade de trabalhar em diversas áreas. Já dentro da sua principal área de atuação, consegue exercer atividades de administrador ou gestor, por exemplo. Pensando assim, não seria novidade mesmo lidar com o mercado financeiro também!

Pense bem, engenheiros lidam com cálculo desde o momento da faculdade, realizando constantemente análises numéricas. E é olhando para isso que o mercado abriu este espaço para que o seu conhecimento pudesse ser aproveitado para finanças!

Pré-requisitos para trabalhar com finanças

Como é de se imaginar, para trabalhar no mercado financeiro as pessoas precisam ser muito bem preparadas. Primeiro, na questão da compreensão de cálculo, ou seja, de números. Depois, devem ser exploradas outras habilidades suas, como o raciocínio lógico, objetividade e rapidez na formulação de testes. Coisas assim serão um diferencial para o seu currículo. Uma combinação que só pode beneficiar as empresas das áreas analíticas e comerciais!

Se você pensa que não possui muito bem este conhecimento ou gostaria de se aprimorar mais, não perca tempo! Faça cursos na área – como pós-graduação em finanças – e expanda seu networking! Não esqueça também de exercitar habilidades relacionadas, talvez fazendo treinamentos comerciais. E, por fim, exercitar a sua inteligência emocional!

mercado financeiro
Imagem de Edar por Pixabay

Motivos para trocar de carreira

Talvez você se surpreenda com esta informação, mas engenheiros indo trabalhar no mercado financeiro é algo que já acontece desde a década de 70. Aliás, aconteceu principalmente depois que o Invest Banco foi criado, em 1967; ele foi o primeiro banco de investimentos do Brasil. E já nesta época, profissionais de diversas áreas já eram chamados para atuar em modelagem financeira, valuation e análises em geral.

Atualmente, trabalhar com mercado financeiro é ainda algo bastante vantajoso. Por exemplo, pode-se ter uma ascensão rápida de carreira, remuneração elevada e muitos outros atrativos. Sim, se você demonstrar bons resultados, receberá boas recompensas, incluindo bônus bem gordos. Mas o mais legal mesmo é poder, no meio disso tudo, ter experiências de serviço totalmente atípicas e até a oportunidade de se tornar um acionista da companhia onde se está inserido.

Inclusive, algumas empresas possuem a política de premiar os seus melhores funcionários com parcelas de ações da própria companhia, fazendo com que os mesmos se tornem sócios da firma. O que acha disso? É como estar no lugar certo no momento certo!

Salários para iniciantes

Agora, o que mais chama atenção dos engenheiros para o mercado financeiro são mesmo os salários. Calma, no começo a coisa não parecia tão boa assim. É que o valor fixo costuma ser baixo. Quer dizer, a depender da sua opinião, pois pode chegar a 10 mil reais por mês – o que não é de todo mal diante da crise que enfrentamos hoje. Mas se quiser ganhar mais, precisará ficar de olho nos bônus.

Precisa de mais estímulo? Podemos citar o exemplo do engenheiro civil André Moraes que ficou famoso por seu sucesso como trader, criando, em 2007, a primeira empresa de suporte ao investidor on-line e, em 2012, começando a atuar como analista de investimentos.

Perspectivas de oportunidades neste pós-pandemia

O mercado financeiro brasileiro está enfrentando um momento sério, com muitos desafios. Mesmo assim, ainda existe espaço para os profissionais que estão estudando ou já formados em Engenharia. Você poderá encontrar vagas para gerir recursos de terceiros, por exemplo – nesse caso, escolha quais são os ativos que farão parte da carteira de investimentos dos seus clientes e execute o planejado. Outra possibilidade é atuar como um profissional de análise, estudando as ações e entendendo qual será a melhor atitude a ser tomada sobre ela – no caso de um título de renda fixa, analise os caminhos de compra e venda e decida qual será a escolha mais adequada.

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Como engenheiros podem atuar no mercado financeiro?


Fontes: Proseek, Fundação Instituto de Administração, InfoMoney.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

As transformações que nós testemunhamos nos últimos dois anos – incluindo no que abrange o pilar digital, impactou direta ou indiretamente a todos na sociedade. Pode-se dizer que estamos vendo o começo de um “novo modo de viver”, que será percebido em mudanças de práticas e ações na política, economia, relações sociais, cultura e até nos modelos de negócios. Além disso, como já era de se esperar, devem surgir novas necessidades também, que precisarão ser respondidas pela indústria o mais rápido possível.

De forma pró-ativa, muitas empresas, como a ABB, estão repensando suas operações para acompanhar os diversos setores da Engenharia, que devem avançar nas suas operações e produções, de modo a dar o salto de crescimento tão necessário. Lembrando que o mundo está, neste momento, se encaminhando para a Indústria 5.0, enquanto o Brasil recém discute a transformação de sua indústria para o modelo 4.0. Eis o que se espera:

  • mais agilidade, escalabilidade, flexibilidade e customização.
robótica
Imagem reproduzida de ABB

Todas estas características finalmente deixam agora de ser apenas uma tendência para se tornar realidade!

Durante esse curto período, tão cheio de desafios, as empresas puderam aprender que fazem parte de uma nova era de negócios. E, assim, somente aquelas que conseguirem reunir esses recursos é que terão atenção dos clientes. Saiba mais sobre isto no texto a seguir!

Exemplos de setores que cresceram durante a Pandemia

Surpreendentemente, mesmo diante das dificuldades, vários setores de negócios cresceram durante a Pandemia; e, destes, vários contam com a robótica ao seu favor. Por exemplo: supermercados, produtos de alimentos e bebidas, higiene e limpeza.

A Digitalização Industrial e a Engenharia Robótica: quais as perspectivas para o mundo Pós-pandemia?

Imagem reproduzida de ABB

Vendas online

Ainda que a tecnologia dos robôs não seja algo novo no segmento de Automação, eles ajudaram a impulsionar esse avanço. Um exemplo de caso é o nicho de vendas online – que praticamente foi a salvação para muitas pessoas que, com isso, puderam garantir o isolamento social indicado pelos médicos no período pandêmico. 

Essa nova maneira de comprar profissionalizou outros setores paralelos e digitalizou grandes áreas, como a Logística. Explicando melhor, antigamente, os e-commerces usavam diversos centros de distribuição fora das cidades. Mas, hoje, um espaço médio se fez necessário para entregar o produto de forma rápida e na porta do cliente. É aí que entram os novos dispositivos robóticos!

A Digitalização Industrial e a Engenharia Robótica: quais as perspectivas para o mundo Pós-pandemia?

Imagem reproduzida de ABB

Customização de produtos

Quando entramos no tocante de customização, outro setor que deve se beneficiar ainda mais com o avanço da robótica é o da Indústria Automotiva. Por exemplo, agora, os compradores de carros esperam maiores níveis de personalização em seus veículos – uma demanda que se originou com o surgimento dos ‘millennials’ ou pessoas que nasceram entre os anos de 1980 e 1995. Com o avanço dessas customizações, novas aplicações foram surgindo como pintura automotiva em dois tons, feita de um jeito mais simples e sustentável.

Aplicações tradicionais versus o futuro da robótica

A robótica já é, no mundo, bastante utilizada dentro da indústria – por exemplo, em trabalhos de montagem de produtos, movimentação de cargas, soldagem de peças, e mais. Combinado a isso, nesta nova era, nós já podemos ver diversas aplicações para:

  • customização de embalagens;
  • empacotamento vertical;
  • separação e organização de produtos; e
  • manipulação de pedidos sob demanda em centros de distribuição de logística e e-commerce.

Tudo isso poderá ser bem explorado em áreas como indústrias de alimentos e bebidas, farmacêuticas e bens empacotados para o consumidor e a própria logística!

Aprimoramento dos Cobots

A flexibilidade dos sistemas será maior no futuro graças ao aprimoramento dos robôs, ou melhor, dos robôs com braços colaborativos – Collaborative Robots, também chamados cobots -, desenvolvidos para atuar na integração entre homem e máquina. Estes são considerados a evolução dos robôs industriais convencionais. Inclusive, por conta das tecnologias destinadas a eles, é possível existir o trabalho de homem e máquina no mesmo ambiente!

A Digitalização Industrial e a Engenharia Robótica: quais as perspectivas para o mundo Pós-pandemia?

Imagem reproduzida de ABB

Somado a isso,  podemos citar os AMRs ou Autonomous Mobile Robots – Robôs Móveis Autônomos, traduzido para o português. Trata-se de uma evolução dos AGVA ou Autonomos Guided Vehicle – Veículos autônomos Guiados – mais flexíveis desde a produção, logística e distribuição, varejo e até mesmo em ambientes de cuidado com a saúde, como laboratórios.

A Digitalização Industrial e a Engenharia Robótica: quais as perspectivas para o mundo Pós-pandemia?

Imagem reproduzida de ABB

Conclusão

É notória a participação da robótica neste novo modelo mundial de negócios. E esta tecnologia deve trabalhar lado a lado com a Inteligência Artificial para permitir um maior uso dos robôs em diversas aplicações nas empresas. Esta é uma importante via que deve nos levar a uma maior eficiência, produtividade e melhora da qualidade dos processos industriais, pensando num futuro sustentável.


Fontes: UNASUS, IG, Radios EBC, G1, Nem ABB, Nem ABB 2, Nem ABB 3, Revista MT, CNN Brasil, Yank Solutions.

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