Uma equipe de pesquisa da Universidade Nagoya, no Japão, sintetizou em 2019 um material completamente teórico chamado Plumbene. Materiais bidimensionais derivados de elementos do Grupo 14 da tabela periódica, conhecidos como os “primos” do grafeno, têm atraído imenso interesse nos últimos anos devido ao seu potencial como isolantes topológicos úteis. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Plumbene
Imagem de Freepik

O que é o Plumbene?

O Plumbene é um material alveolar, com estrutura similar a um favo de mel 2D, à base de chumbo (Pb) que era, até agora, puramente teórico. Ostensivamente semelhante ao grafeno em sua estrutura, o Plumbene promete fornecer um robusto isolante topológico 2D do futuro.

plumbene
Imagem reproduzida de onlinelibrary.wiley.com

O que são isolantes topológicos?

De acordo com a Wikipedia, um isolante topológico é qualquer material com “ordem topológica não trivial protegida por simetria que se comporte como um isolante em seu interior, mas cuja superfície contenha estados condutores, o que significa que os elétrons só podem se mover pela superfície do material”.

Ao contrário de outros (grafeno, por exemplo), Plumbene deveria, de acordo com os pesquisadores, ser capaz de exibir o efeito Hall Quântico de Spin acima da temperatura ambiente. Por essa razão, encontrar um método confiável e barato de sintetizar o Plumbene tem sido considerado um objetivo importante da pesquisa em engenharia e ciência de materiais.

Como o Plumbene foi produzido?

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Nagoya foi capaz de criar Plubmene aquecendo e esfriando lentamente um filme de chumbo ultrafino em paládio (Pd). Usando este método, a equipe conseguiu desenvolver um material de superfície com a estrutura de favo de mel de assinatura de uma monocamada 2D, como revelado por microscopia de varredura por tunelamento (STM).

plumbene
Imagem reproduzida de phys.org

Perspectivas futuras

“O advento do Plumbene”, observa o professor Yuhara, um dos autores do trabalho, “tem sido muito aguardado, e veio logo após a criação do silicene em 2012, germanene em 2014 e stanene em 2015. Ele certamente lançará uma corrida para aplicações”.

Em meio a tantos nomes complicados, é importante aproveitar o ensejo para comentar que todos esses avanços em materiais são um indicativo de como a engenharia começa em escalas minúsculas, em laboratório, para as nossas aplicações no cotidiano. Por mais utilitaristas que sejamos, vale lembrar de como a aplicabilidade caminha paralelamente às ciências mais básicas em um contexto de desenvolvimento.


Fontes: Advanced Materials; Phys.org.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

A supercondutividade é um sonho do mundo tecnológico. Isso acontece porque ela é uma das atuais restrições para o desenvolvimento de várias tecnologias. Porém, estamos cada vez mais próximos de quebrar essa restrição. Um grupo de pesquisadores, por exemplo, conseguiu um novo recorde na temperatura de um supercondutor, o que já é um grande passo nesse longo caminho.

supercondutor
Imagem: phys.org

Quebrando recorde de temperatura de supercondutor

Os cientistas da Universidade de Chicago quebraram o recorde de temperatura de supercondutor. Eles fazem parte do grupo de pesquisa internacional responsável por descobrir a supercondutividade. Vale destacar que a supercondutividade é a capacidade de conduzir eletricidade em altas temperaturas. Para ser um supercondutor, é preciso ter principalmente algumas características, como zero resistência à corrente elétrica e não ser penetrado por campos magnéticos (o que acontece porque esses materiais ejetam um campo magnético).

Para conseguir o feito, os pesquisadores estudaram uma classe de materiais nas quais eles observaram a supercondutividade em temperaturas de 250 K (-23,15°C). Isso representa um aumento de 50 graus em comparação ao que já tinha sido feito anteriormente (com 33K e 200K).

O material usado foi produzido a partir de lantânio e foi desenvolvido pela Universidade de Chicago (Estados Unidos) em parceria com o Instituto Marx Planck (Alemanha). Ele mostrou baixa resistência, diminuiu sua temperatura crítica sob um campo magnético externo e mostrou mudança de temperatura quando alguns elementos foram substituídos por isótopos diferentes. Porém, os pesquisadores não conseguiram detectar se ele expele um campo magnético porque o material testado foi muito pequeno.

supercondutor
Imagem: chemistryworld.com

Porém, o resultado demandou uma pressão altíssima para ocorrer: cerca de 150 a 170 GPa (Gigapascal). Para conseguir essa pressão, foi preciso comprimir o pequeno pedaço de material entre dois diamantes igualmente pequenos.

Isso significa que o experimento ainda não é reprodutível em condições ambientes. Mesmo assim, já e um avanço no longo caminho para ter a supercondutividade em nosso meio, o que permitiria desenvolver tecnologias avançadas (como supercomputadores e trens de levitação magnética). Por enquanto, o resfriamento do processo ainda é caro e representa um fator limitante para o largo uso dos supercondutores.

Agora, o objetivo é conseguir reduzir a pressão necessária e aproximar a temperatura crítica da temperatura ambiente. Ainda, eles pretendem continuar a busca por novos materiais interessantes que tenham as características de supercondutores.

Referências: Phys.org; Science Daily; UChicago.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Não é novidade que profissionais de engenharia tendem a ser versáteis em seus projetos, mas que isso envolveria habilidades com origami, sem dúvida, foi surpreendente para nós. A gente apresenta aqui um metamaterial inspirado em origami, que pode ser aplicável principalmente na engenharia aeroespacial.

origami aeronáutica
Imagem: phys.org

O problema do impacto:

Graças a empresas como a SpaceX de Elon Musk, chegamos na era dos foguetes reutilizáveis. No entanto, um dos maiores desafios para isso é a adesão ao pouso quando ele completa sua missão. As “pernas” do foguete precisam lidar com a força do impacto do pouso, o que significa que os materiais usados precisam absorver parte da força e suavizar o golpe.

Pesquisadores da Universidade de Washington (UW), incluindo profissionais de Engenharia Aeronáutica e Matemática, desenvolveram uma nova solução para ajudar a reduzir as forças de impacto. Esta alternativa promete possíveis aplicações em espaçonaves, carros, etc. O que tem de especial? Bem, a solução foi inspirada pela arte de dobrar papel do origami.

origami
Imagem: phys.org

Metamateriais e origami:

A equipe criou um modelo de papel de um metamaterial que usa uma série de dobras sobrepostas para suavizar as forças de impacto e promover outras forças que acabam por suavizam as tensões na corrente. Quer um exemplo? “Se você usasse um capacete de futebol feito desse material e algo batesse no capacete, você nunca sentiria aquele golpe em sua cabeça. No momento em que a energia chegasse, você não estaria mais empurrando, estaria puxando”, disse o autor correspondente Jinkyu. Yang, professor associado do Departamento de Aeronáutica e Astronáutica da UW.

origami
Imagem: phys.org

Metamateriais são como Lego. A gente diz isso porque, em teoria, você pode fazer todos os tipos de estruturas repetindo um único tipo de bloco de construção, que nesse caso é chamado de “célula unitária”. Dependendo de como você projeta sua célula unitária, você pode criar um material com propriedades mecânicas únicas. E foi nesse sentido que os pesquisadores se voltaram para a arte do origami para criar essa célula unitária em particular.

Como funciona a célula unitária de origami:

Ao mudar onde são introduzidos vincos em materiais planos, é possível projetar materiais que exibem diferentes graus de rigidez quando se dobram e desdobram. Nesse sentido, a equipe de pesquisadores criou uma célula unitária que suaviza a força que recebe quando alguém a empurra, e isso acentua a tensão que se segue à medida que a célula retorna à sua forma normal.

Assim como o origami, esses protótipos de célula unitária são feitos de papel. Os pesquisadores usaram um cortador a laser para cortar linhas pontilhadas em papel para indicar onde se dobrar. A equipe dobrou o papel ao longo das linhas para formar uma estrutura cilíndrica e, em seguida, colou tampas de acrílico em ambas as extremidades para conectar as células a uma longa corrente.

origami
Imagem: advances.sciencemag.org

Os pesquisadores alinharam 20 células e conectaram uma extremidade a um dispositivo que acionou e desencadeou uma reação em toda a cadeia. Usando seis câmeras GoPro, a equipe rastreou a onda de compressão inicial e a seguinte onda de tensão quando as células unitárias voltaram ao normal.

E qual foi o efeito sobre o material?

A cadeia composta pelas células do origami mostrou o movimento ondulatório contra-intuitivo: mesmo que a força compressiva do dispositivo tenha iniciado toda a reação, essa força nunca chegou à outra extremidade da corrente. Em vez disso, ela foi substituída pela força de tensão que começou quando as primeiras células unitárias voltaram ao normal e se propagaram cada vez mais rápido na cadeia. Assim, as células unitárias no final da corrente apenas sentiram a força de tensão puxando-as para trás.

Em linhas gerais, o estudo concluiu que esse mecanismo dinâmico contra-intuitivo pode ser usado para criar um sistema de mitigação de impacto altamente eficiente, porém reutilizável, sem depender de amortecimento material, plasticidade ou fratura.

origami
Imagem: advances.sciencemag.org

O impacto é um problema que encontramos diariamente, e esse sistema, inspirado por origami, oferece uma abordagem completamente nova para reduzir seus efeitos. Em um cenário futuro, a equipe pretende migrar os estudos para outros materiais, adequados a aplicações específicas. Enquanto isso, a gente se dobra de curiosidade (trocadilho intencional).

Fonte: Phys.org

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Você já deve ter percebido que os engenheiros raramente trabalham sozinhos. Mesmo que seja para prestar uma consultoria ou algo assim, normalmente o serviço sempre envolve outros profissionais. Isso pode nos levar a um questionamento: por que engenheiros trabalham em equipe?

engenheiros(as) trabalham em equipe
Imagem: hpci.net

Você pode comparar a profissão a outras e pensar que quase todas elas trabalham em equipe. Porém, parece que o trabalho na Engenharia é ainda mais dependente de outras pessoas, sejam elas engenheiras ou não.

Por ser muito ampla, de modo que interfere em vários aspectos em outras áreas, normalmente é preciso agregar mais de um profissional ao trabalho na Engenharia. Por exemplo, na construção civil há, normalmente, uma equipe composta por um engenheiro civil, um arquiteto, um engenheiro eletricista, etc. Todos eles se juntam com um objetivo comum, que é o projeto e a construção de uma edificação.

Outro motivo pelo qual os engenheiros trabalham em equipe é o fato de que projetos grandes requerem profissionais de várias áreas de conhecimento. Para desenvolver um estudo de impacto ambiental (EIA) de uma mineradora, por exemplo, a equipe pode ser composta por engenheiros ambientais, engenheiros de minas, biólogos, geógrafos, geólogos, sociólogos, etc. É praticamente impossível que um profissional sozinho consiga dar conta de todo o serviço (fazendo-o com qualidade e em tempo hábil).

Para desenvolver uma nova tecnologia, podemos ver engenheiros de controle e automação, engenheiros mecânicos, engenheiros da computação, programadores, cientistas da computação, técnicos em informática e mais profissionais compondo o time. Esse é só mais um exemplo dentre os inúmeros que poderíamos citar.

engenheiros(as) trabalham em equipe
Imagem: lynda.com

Claro que há pessoas que não se dão bem trabalhando em equipe. Isso é perfeitamente normal e precisa ser aceito pela sociedade. Não é uma questão de individualismo ou de se achar superior, é apenas uma característica da pessoa. Nesses casos, é preciso optar por uma área de atuação que não tenha muita necessidade de trabalhar em equipe.

Ainda, vamos admitir que quase ninguém gosta de trabalho em grupo durante a faculdade. Afinal, é difícil trabalhar com os coleguinhas, estabelecer prazos e exigir um resultado com qualidade. Isso normalmente acontece porque cada um tem uma meta diferente (uns estão felizes com nota 60, outros já querem 100).

Nesse sentido, felizmente, trabalhar em equipe no mercado de trabalho é, quase sempre, diferente de um trabalho em grupo de faculdade (aquele que ninguém faz nada e você quer matar todo mundo), ou, pelo menos, deveria ser. O esperado é que, no mercado de trabalho, quem não cumpra as exigências fique sob o risco de ser dispensado do serviço e, certamente, ficar desempregado é muito pior que tirar nota ruim em algum trabalho (pelo menos para a maioria). Ainda, as pessoas tendem a cumprir prazos e fazer o serviço direito, sem prejudicar os coleguinhas. Afinal, o sucesso ou o fracasso é da equipe como um todo.

engenheiros(as) trabalham em equipe
Imagem: videoblocks.com

De modo geral, trabalhar em equipe pode render mais benefícios para a vida profissional. Além de aprender mais, a qualidade do trabalho pode ser melhor e ele pode ser desenvolvido de forma mais rápida. Entretanto, é preciso saber lidar com a equipe: dividir tarefas, cumprir seus prazos, buscar a excelência, entender que é preciso agir como time e não como em uma competição interna. Isso requer, na maioria dos casos, um bom líder.

Resumindo, engenheiros trabalham em equipe porque a engenharia é interdisciplinar. Seus efeitos têm impactos (positivos e negativos) em várias áreas do conhecimento, de modo que é necessário agregar outros profissionais (sejam eles engenheiros ou não).

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Graças a um novo algoritmo de computador, os robôs agora podem lidar com a bagunça se movimentar em ambiente desordenado.

Robôs ensinados a atuar em ambiente desordenado
Imagem: robotics.sciencemag.org

Os robôs estão aumentando em seu número em nossa vida cotidiana, assumindo tarefas simples em casa e nas empresas. Durante suas tarefas, esses robôs são confrontados com uma ampla gama de objetos articulados, como ferramentas, armários, gavetas etc. Esses objetos, em termos de arrumação, oferecem um número infinito de arranjos e posições possíveis, e os robôs precisam discernir rapidamente o que fazer diante disso.

Mas como ensinar os robôs a se comportarem diante de ambientes desordenados, sem planejamento ou arrumação?

A fim de melhorar a percepção robótica, cientistas da Universidade de Michigan em Ann Arber, liderados por Karthik Desingh, criaram um algoritmo metódico que calcula e estima várias posições potenciais de objetos articulados. Condensado, o algoritmo ensina o robô a coordenar suas ações.

Robôs “pensando” antes de realizarem ações em ambientes desordenados

Em última análise, essa proposta será extremamente útil e melhorará o serviço de robôs, principalmente em depósito ou robôs domésticos. Dizemos isso, pois sua capacidade de interagir e movimentar objetos e ferramentas articulados aumentará drasticamente em ambientes lotados de obstáculos.

ambientes desordenados
robotics.sciencemag.org

A fim de mover-se rapidamente em torno de uma cozinha e seus gabinetes, um robô tem que compreender e conhecer a gama de posições dos objetos (fechando e abrindo gavetas, por exemplo) e praticando um conjunto específico de movimentos.

O desafio? Variação na norma

Por exemplo: Se uma toalha de cozinha estiver espalhada em gavetas ou em um gabinete, o robô não reconhece mais o objeto e não sabe qual movimento realizar.

ambientes desordenados
Imagem: robotics.sciencemag.org

Graças ao novo algoritmo, um robô poderá agora levar isso em conta, percorrer todas as possíveis variações de posição e ainda ser capaz de contorná-las e descobrir como trabalhar em torno do ambiente desordenado.

Como o algoritmo funciona:

Os pesquisadores criaram o algoritmo, chamado PMPNBP, que formula variáveis aleatórias que constituem diferentes opções de uma sequência de avaliações de posições para os objetos. Ele usa os entendimentos anteriores do robô para fazer isso.

Atualmente, 100 iterações distintas são usadas através do PMPNBP, deixando espaço para que muitos panos de prato sejam jogados no armário.

ambientes desordenados
Imagem: robotics.sciencemag.org

Na pesquisa, os cientistas ilustraram que a noção de incerteza na inferência é inevitável na percepção robótica. O algoritmo PMPNBP proposto foi capaz de estimar com precisão a posição de objetos articulados e que manter a crença sobre possíveis posições podem beneficiar um robô na realização de uma tarefa.


Fontes: Science Robotics.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Sabe aquela coisa de “senti pela sua voz?” Pois bem: há rumores de que a Amazon está trabalhando em um gadget na forma de pulseira ativada por voz, que deve ser capaz de ler emoções humanas.

emoções
Imagem: giphy.com

A gente já comentou aqui sobre gadgets vestíveis, isto é, os tais wearable gadgets, mas toda hora surge uma novidade nesse aspecto. E nossas expectativas se tornam cada vez maiores. Além disso, os empreendimentos da Amazon não cansam de nos surpreender, seja no espaço ou nosso punho. Mas veja só essa ideia:

Como funcionaria esse wearable?

O dispositivo detector de emoções, trabalhando em sincronia com um aplicativo de smartphone, funcionaria sincronizando os dados de microfones que seriam capazes discernir o estado emocional do usuário a partir do som de sua voz.

Gadget que detecta suas emoções: novo projeto da Amazon
Imagem: inspirandosonhos.com

A noção de um gadget que pode detectar emoções não é nada inadmissível para nós, pois há vários biomarcadores mensuráveis que podem sugerir estados emocionais, como por exemplo, a agitação. O wearable da Amazon captaria estes dados e entenderia o que eles significam.

gadetc emoções
Imagem: giphy.com

Quando teremos esse detector de emoções disponível?

A pesquisa em todas as informações contidas no modo como as pessoas falam também reforça o argumento da Amazon para um dispositivo emocionalmente sensível. Conseguir um quadro preciso, ou pelo menos confiável, do estado emocional de uma pessoa, no entanto, ainda parece um empreendimento extremamente ambicioso e complexo. Mas a gente sente o impacto da mera possibilidade de chegarmos nesse ponto, né?

Esta é definitivamente uma daquelas coisas que ainda não foram feitas por causa da dificuldade inerente ao processo. Afinal, às vezes é difícil que até mesmo a gente tome consciência do que claramente estamos sentindo em termos emocionais. Ter um wearable afirmando nosso estado emocional de forma categórica seria um avanço incrível na área de saúde.

emoções
Imagem: giphy.com

Ainda é um mistério quando a Amazon vai liberar esse wearable e se ele de fato será um produto comercial. Então, devemos provavelmente manter nossas emoções sob controle por enquanto.


Fontes: The Verge. Bloomberg.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

O Superadobe é amplamente reconhecido como um material altamente sustentável, devido à sua utilização de recursos locais e sua comprovada resistência a climas extremos e terremotos em todo o mundo. Embora já tenhamos discutido aqui, no Engenharia 360, sobre materiais alternativos na construção civil com uma abordagem sustentável, o Superadobe transcende essa perspectiva e se integra à arquitetura tradicional. Continue lendo este texto para saber mais!

superadobe
Imagem de Earthworm em Flirck – https://www.flickr.com/photos/earthworm/4694624229

Veja Também: Qual é a definição de construção pau a pique e de que maneira é usada na atualidade?

O que é Superadobe para a Engenharia?

O superadobe é uma técnica de construção sustentável que utiliza sacos preenchidos com materiais do local, como terra ou areia, empilhados e compactados em camadas para criar estruturas resistentes. Essa técnica é conhecida por sua eficiência, custo relativamente baixo e resistência a terremotos.

Quais as principais vantagens do Superadobe?

As principais vantagens do superadobe incluem:

  • Sustentabilidade: Utiliza materiais locais, como terra, reduzindo a pegada ecológica e minimizando o impacto ambiental.
  • Custo Efetivo: Geralmente mais acessível em termos de materiais e construção, especialmente em comparação com métodos tradicionais.
  • Resistência a Desastres Naturais: As estruturas superadobe são conhecidas por sua resistência a terremotos e outros desastres naturais devido à flexibilidade e durabilidade do material.
  • Isolamento Térmico e Acústico: Oferece bom isolamento térmico e acústico devido à massa térmica das paredes.
  • Versatilidade: Pode ser usado para construir uma variedade de estruturas, desde casas simples até edifícios mais complexos, permitindo flexibilidade de design.
  • Fácil Aprendizado e Construção: A técnica é relativamente simples, o que pode permitir a participação da comunidade local na construção de suas próprias habitações.
  • Baixa Manutenção: Estruturas superadobe geralmente exigem menos manutenção ao longo do tempo.

Qual a origem do conceito de Superadobe?

A ideia por trás do Superadobe originou-se do visionário arquiteto iraniano-americano Nader Khalili. Ele apresentou pela primeira vez a concepção de construir com sacos de terra em um simpósio da NASA em 1984, quando a agência espacial desafiou os participantes a pensar em métodos de construção para a Lua e Marte, considerando a disponibilidade de materiais locais para evitar custos exorbitantes de transporte da Terra para o espaço.

Khalili se inspirou em habitações ancestrais localizadas em climas rigorosos, como os desertos do Oriente Médio. Essas estruturas serviram de base para o conceito do Superadobe, pois já haviam demonstrado uma notável capacidade de resistência a desastres naturais devastadores. De fato, edifícios construídos com Superadobe permaneceram de pé após eventos como o terremoto de magnitude 7,2 no Nepal em 2015 e o furacão Maria em Porto Rico.

superadobe
Imagem de Jan Tik em Flirck – https://www.flickr.com/photos/jantik/7055156

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Como é feito o Superadobe?

A fabricação do Superadobe envolve sacos de polipropileno preenchidos com uma mistura de terra e cal, empilhados e cobertos com camadas de terra, cal, grama e esterco de cavalo para criar as paredes da estrutura. Posteriormente, elementos regionais, como telhas de barro produzidas localmente, podem ser incorporados à arquitetura. O Superadobe, portanto, permite a preservação das culturas e tradições locais, tanto em termos de arquitetura quanto do uso da terra.

Embora o Superadobe compartilhe semelhanças com o adobe tradicional, que também é feito de terra e materiais orgânicos, sua formulação inclui cal e uma disposição em sacos de polipropileno, separados por arame farpado. Isso permite uma maior versatilidade na criação de formas arquitetônicas.

Além disso, as residências construídas com Superadobe têm uma durabilidade estimada em séculos e podem ser uma fonte lucrativa de produção. Em comunidades remotas, a fabricação do material também oferece potencial para criar autonomia e empregos mais bem remunerados para a população local.

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Imagem de Gabriel Anast em Wikimedia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tube_walls.jpg

Veja Também: Engenharia Patológica: a arte de preservar as construções civis

Quais os exemplos de Superadobe pelo mundo?

O Superadobe tem sido adotado em todo o mundo, desde abrigos de emergência até residências luxuosas.

Ele foi utilizado em uma variedade de contextos, desde estruturas construídas pela Oxfam International em campos de refugiados na Jordânia até edifícios da organização educacional sem fins lucrativos Ojai Foundation, que sobreviveram a incêndios florestais devastadores em dezembro de 2017. Essas estruturas frequentemente apresentam formas de cúpulas, consideradas mais resistentes aos elementos devido à física por trás de sua construção, embora também seja possível adotar designs mais tradicionais.

Tanto o Adobe quanto o Superadobe têm demonstrado sua aplicabilidade em climas extremos, como o de Hueyapan, no México, que enfrenta temperaturas extremas durante o dia e a noite. Como materiais térmicos, tanto o Adobe quanto o Superadobe, como explicamos antes, têm a capacidade de absorver o calor do ambiente durante o dia, proporcionando uma sensação de frescor em seu interior, e liberando-o gradualmente durante a noite, contribuindo para o conforto dos ocupantes.

superadobe
Imagem de Ricardo Cacho em Pexels

Considerações Finais

Diante de todos esses benefícios e aplicações, fica claro que o Superadobe é uma alternativa concreta e promissora na construção sustentável e resiliente. Sua capacidade de resistir a desastres naturais, seu uso de recursos locais e sua longa durabilidade fazem dele uma escolha atraente para comunidades ao redor do mundo.

Além disso, ao preservar as tradições e culturas locais, o Superadobe não apenas constrói casas, mas também fortalece comunidades, oferecendo empregos e autonomia. Portanto, o Superadobe representa um exemplo inspirador de como a arquitetura pode ser verdadeiramente sustentável, adaptável e resiliente às adversidades do ambiente em que está inserida.

E então, a técnica de construção via superadobe parece ser uma alternativa sólida e viável atualmente? Escreva sua resposta na aba de comentários!

Veja Também:


Fonte: BBC. Vogue.

Foto de Capa: reproduzida de Flickr

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Quando as provas vão chegando, bate o desespero e todo mundo começa a repetir o famoso mantra “eu preciso estudar”. Porém, na era das distrações, é muito difícil concentrar e realmente sentar para colocar a matéria em dia do jeito “certinho”. Felizmente, apesar de nos distrair, a tecnologia também pode ser usada a nosso favor. Por isso, separamos uma listinha com algumas formas de otimizar os estudos (e ainda sobrar um tempinho para colocar aquela série em dia).

Dicas para otimizar os estudos sem surtar:

1. Planeje!

Para começar, você precisa saber tudo o que tem que fazer. A dica é pegar papel e caneta (ou abrir o bloco de notas) e listar as tarefas, preferencialmente em ordem de prioridade. Isso também vai te deixar mais animado à medida que você for riscando as tarefas concluídas. Mesmo que seja somente uma matéria para a prova, anote os capítulos dos livros ou exercícios que precisa fazer.

Estabeleça um cronograma e tente cumpri-lo. Porém, seja realista. Não adianta tentar colocar toda a matéria para ser estudada em um final se semana (você não é o Jack Bauer). Estabeleça prazos adequados para não se autossabotar.

otimizar os estudos
Imagem: insight.futurestudents.csu.edu.au

2. Foque no rendimento

Primeiro, pare de procrastinar! Segundo, convenhamos que não adianta passar horas olhando para o livro sem absorver nada e achar que gastou muito tempo estudando. O ideal é que você consiga estudar todo o conteúdo de forma adequada, aprendendo o que for necessário.

3. Elimine as distrações

Procure um ambiente calmo, onde você se sente confortável para estudar, e elimine aquilo que te distrai: televisão, redes sociais, etc. Parece banal dizer algo tão óbvio, mas algumas pessoas sempre precisam de um empurrãozinho para realmente buscar um local livre de distrações.

otimizar os estudos
Imagem: gradepowerlearning.com

4. Use aplicativos que te impedem de usar aplicativos

Ficou confuso com este item? Ele é simples: instale aplicativos de estudos que bloqueiam outros aplicativos que podem te deixar distraído, como Facebook, WhatsApp, Instagram, etc.

5. Use aplicativos para organização de tarefas

Nós sempre fazemos nossa listinha de aplicativos mensal e não é difícil achar um aplicativo de organização das tarefas em qualquer uma delas. Há, inclusive, aplicativos que mostram um calendário com suas tarefas.

6. Motivação

Não adianta sentar emburrado para estudar aquela matéria que você odeia. Antes de começar, talvez, você precise de um pouquinho de motivação. Pense nos pontos positivos de estudar (além do fato de ficar livre da matéria mais rápido). Neste caso, a dica é começar sempre pelas mais chatas, assim você não corre o risco de estudar apenas aquilo que gosta – se é que você gosta de algumas delas – e deixar as piores para o final.

otimizar os estudos
Imagem: bbc.co.uk

Se você não conseguiu achar nenhuma motivação para estudar, aqui vai uma valiosa: se você não estudar, provavelmente vai reprovar e ter que aguentar tudo de novo no próximo semestre. Então, pare de enrolar.

7. Relaxe e faça atividades físicas

Se você ficou muito estressado porque não conseguiu entender a matéria ou fazer o exercício, talvez seja hora de parar um pouco. Faça alguns intervalos entre os estudos, veja algum episódio de série (só um, não a temporada inteira!), vá para academia, faça caminhada, etc. A atividade física ajuda bastante a eliminar o estresse. Ter uma boa alimentação também pode contribuir para a melhora do seu rendimento.

otimizar os estudos
Imagem: http://lisabaylis.com

8. Não acumule a matéria

Parece ironia dizer isso porque todo mundo sabe que não deveria deixar a matéria acumular, mas ela sempre acumula (mágica?). É preciso começar a estudar desde o início do semestre para que você já fique familiarizado com termos e conceitos e não tente decorar tudo um dia antes da prova.

Agora que você já aprendeu as dicas, vai estudar!

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Depois de cinco longos e tenebrosos anos na faculdade (ou mais que isso, muito mais), você está finalmente formado, com o diploma e o tão sonhado CREA nas mãos. Porém, a pergunta que não quer calar é: você sabe como emitir uma ART?

Uma das grandes defasagens das graduações no ensino de Engenharia no Brasil é que nem todos os cursos explicam o que é, para que serve ou como emitir essa tal da Anotação de Responsabilidade Técnica. Com sorte, o aluno aprende no estágio, mas é raro. É por isso que nós explicamos tudo que você precisa saber neste texto.

como emitir art
Imagem de LinkedIn Sales Navigator em Pexels

Entenda a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)

ART é a sigla para Anotação de Responsabilidade Técnica. Segundo a definição, ela é “o instrumento que define, para efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea”. Basicamente, isso garante que o profissional que está realizando o trabalho é credenciado. Ele é quem deve registrar a ART referente ao serviço prestado.

Ao registrar a ART, os direitos de autoria do plano de projeto são do profissional responsável pela sua elaboração, bem como as responsabilidades. Com isso, também é possível elaborar o seu portfólio de trabalho e fazer sua propaganda no mercado.

imagem ilustrativa de ART
Imagem: aeago.org.br

Como Emitir uma ART

Para preencher uma ART, é necessário ter o registro no CREA ativo. A empresa também deve ter registro, se for o caso. A ART deve ser feita na jurisdição do local da obra ou do serviço, exceto para os trabalhos de laboratório/escritório, nos quais o registro pode ser feito onde o profissional possui seu registro. Atualmente, o preenchimento é feito de forma 100% online.

imagem de ART do CREA-RS ilustrando como emitir ART
Imagem: crea-rs.org.br

É preciso acessar a área restrita do CREA e buscar pelo ícone da ART. Em seguida, você clica nele e escolhe “Preencher Anotação de Responsabilidade Técnica”.

O próximo passo é escolher o modelo, que varia de acordo com o que você vai fazer. Nas formas de registro, você precisa escolher entre “complementar”, “inicial” ou “substituição”. Como o nome de cada uma explica, complementar é para acrescentar algo a uma anotação que já existe, inicial é para começar uma nova e substituição é para fazer alguma alteração/substituição.

imagem ilustrativa de preenchimento de ART em andamento
Imagem: crea-rs.org.br

A etapa seguinte é do preenchimento de dados, onde seus dados registrados já aparecem. As “Restrições” dizem o que você não pode fazer, de acordo com seu registro. Um engenheiro mecânico, por exemplo, não pode fazer projetos de pontes se não tiver o registro para isso.

Pontos Importantes para uma ART Válida

Independentemente do tipo de ART ou da situação, alguns critérios e exigências devem ser seguidos, caso contrário, ela se torna nula. Os critérios de nulidade são:

  • Se for verificada lacuna no preenchimento, erro ou inexatidão insanável de qualquer dado da ART.;
  • Se for verificada incompatibilidade entre​ as atividades desenvolvidas e as atribuições profissionais do responsável técnico à época do registro da ART;
  • Se for verificado que o profissional emprestou seu nome a pessoas físicas ou jurídicas sem sua real participação nas atividades técnicas descritas na ART, após decisão transitada em julgado;
  • Se for caracterizada outra forma de exercício ilegal da profissão;
  • Se for caracterizada a apropriação de atividade técnica desenvolvida por outro profissional habilitado; ou
  • Se for indeferido o requerimento de regularização da obra ou serviço a ela relacionado.

A vantagem é que os diferentes CREAs oferecem as instruções para o preenchimento de cada campo de forma detalhada (como o de Minas Gerais, o do Rio Grande do Sul e o de São Paulo). Ainda, é preciso ficar atento porque alguns navegadores podem ser incompatíveis com o sistema.

Dicas Úteis para Preencher a ART

No campo “Ações Institucionais”, você deve informar se a sua empresa tem qualquer convênio com o CREA que faça com que a taxa cobrada seja diferenciada. Para “Atividades Contratadas”, você deve incluir a atividade que vai realizar (como o nome já diz). O nível depende do que você vai fazer (fiscalizar, gerir, prestar consultoria, etc.). Já em “Atividade Profissional”, é o serviço que você prestará (projeto, orçamento, laudo, etc.). Para isso, é preciso escolher o código exato.

A unidade de medida e a quantidade dependem do que você vai fazer. Por exemplo, se for um projeto, a unidade pode ser o m² e a quantidade a área da construção.

Já no fim, é preciso informar os dados do contrato com o cliente, como as informações de prazo, contratante, início, término (previsão), valor, etc. Para finalizar, você pode adicionar arquivos. Eles podem ser o arquivo do projeto ou outros que julgar importante. Então, você declara que está cumprindo as normas específicas e valida.

mulher e homem conversando representando engenheiro (s) de produção
Imagem: This is Engineering | Via Unsplash

Finalização da ART

Você deve preencher os dados solicitados e informar qual a sua participação, a finalidade do serviço, descrever o motivo de emissão da ART e mais. O próximo item é o preenchimento de entidades de classe e ações institucionais. O CREA repassa parte da renda líquida da arrecadação das taxas da ART para as entidades declaradas.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Os carros autônomos, também conhecidos como veículos que funcionam sem motorista, estão se tornando uma realidade cada vez mais próxima. Um estudo recente da Universidade de Cambridge revelou que veículos autônomos funcionando de maneira cooperativa podem reduzir os engarrafamentos em até 35%. O Engenharia 360 explica no artigo a seguir os detalhes dessa pesquisa e os impactos que ela pode ter no futuro das cidades. Confira!

Estudo com modelos de carros autônomos em miniatura

O estudo foi realizado com 16 miniaturas de carros robóticos autônomos programados para percorrer uma pista de duas faixas. O objetivo era analisar como o tráfego mudava quando um carro parava, simulando uma situação real de trânsito.

Carros autônomos podem reduzir engarrafamentos em 35%, descubra como!
Imagem reproduzida de techxplore.com

Quando os carros não estavam dirigindo cooperativamente, qualquer veículo atrás do carro parado tinha que parar ou desacelerar e esperar por uma brecha no trânsito para poder passar. Esse efeito, como a gente bem conhece, normalmente aconteceria em uma situação real.

Então, conforme seria de se esperar, uma fila rapidamente se formou atrás do carro parado e o fluxo geral de tráfego diminuiu.

Como a cooperação entre carros autônomos melhora o tráfego

Quando os veículos autônomos atuam de forma cooperativa, a dinâmica do tráfego muda. Quando um carro na pista interna para, ele envia um sinal para todos os outros veículos. Os carros na faixa externa, ao perceberem o carro parado, diminuem a velocidade para permitir que os veículos na pista interna passem sem precisar parar ou desacelerar bruscamente. Isso resulta em um fluxo de tráfego mais fluido e na redução significativa do tempo de viagem.

Os resultados mostraram uma redução de até 35% nos engarrafamentos quando os carros cooperavam entre si. Este é um avanço significativo para a mobilidade urbana.

Carros autônomos podem reduzir engarrafamentos em 35%, descubra como!
Imagem reproduzida de techxplore.com

A segurança no trânsito com carros autônomos

O estudo também incluiu a simulação de um veículo com controle humano, que se comportava de forma agressiva. Mesmo assim, os carros autônomos conseguiram reagir de maneira eficaz, ajustando sua trajetória para evitar o motorista agressivo e melhorando a segurança no trânsito. Este comportamento colaborativo não só melhora o fluxo de tráfego, mas também contribui para a redução de acidentes.

Os resultados ajudarão a trabalhar para estudar como os carros autônomos podem se comunicar uns com os outros e com veículos controlados por motoristas humanos em rodovias reais no futuro.

O Futuro dos carros autônomos nas rodovias

Os pesquisadores acreditam que os resultados desse estudo podem ajudar a desenvolver uma infraestrutura de comunicação mais eficiente entre carros autônomos e veículos controlados por motoristas humanos. Como afirmou Michael He, coautor do estudo e estudante de graduação do St. John’s College, de Cambridge: “Os carros autônomos poderiam resolver vários problemas associados à condução nas cidades, mas é preciso que haja uma maneira de trabalharem juntos”.

Desafios e oportunidades no estudo de carros autônomos

Geralmente os testes para múltiplos carros autônomos sem motorista são feitos digitalmente, ou com modelos em escala que são muito grandes ou muito caros para realizar experimentos em ambientes fechados com frotas de carros. Mas cada carro modelo de escala 1:24 utilizado no estudo gira em torno de 20 cm por 8 cm, possibilitando a realização de testes em ambientes fechados e com baixo custo.

A saber, os pesquisadores testaram a frota em modos de condução “egocêntricos” e “cooperativos”, usando comportamentos de condução normais e agressivos, e observaram como a frota reagiu a um carro parado.

No modo normal, a condução cooperativa melhorou o fluxo de tráfego em 35% em relação à direção egocêntrica. Honestamente, a conclusão desse estudo cabe para a vida, não é?

O próximo passo na pesquisa sobre carros autônomos

Os pesquisadores, cabe citar, dizem que as montadoras precisam trabalhar juntas para garantir que os veículos de marcas diferentes possam se comunicar entre si para o maior benefício. Atualmente, os carros autônomos tendem a ser desenvolvidos usando o software especifico da marca que o produz. Inclusive, a gente já apresentou algumas novidades sobre isso.

Em um cenário futuro, a equipe de pesquisa planeja usar a frota em cenários mais complexos, incluindo estradas com mais pistas, interseções e uma ampla gama de tipos de veículos. Enquanto isso, a gente fica atento e espera essas novidades darem partida.

carros autônomos funcionando cooperativamente
Imagem reproduzida de giphy.com

Fontes: Telegraph UK.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.