Aquela conversa de que dá para viajar na tela de um computador é uma grande verdade. Pensando no tédio coletivo desta quarentena, a gente separou uma lista com diversos tours virtuais para você fazer pelo mundo, seja com foco em arte, engenharia ou mesmo zoológicos e aquários. Vem com a gente!

1 – Museu do Louvre

O lado bom do tour em casa é que você não precisa vencer a multidão no Louvre para ver de perto a Mona Lisa. No topo da lista dos passeios virtuais mais pesquisados do mundo está o lendário museu de arte de Paris. Você encontra as galerias disponíveis para visualização aqui.

Tour virtual Louvre  Engenharia 360
Imagem: Louvre via captura pelo Engenharia 360.

2 – Zoológico de San Diego

Bem diferente da cena artística e histórica de esculturas e quadros, aqui você pode ver animais capturados por várias câmeras no San Diego Zoo. O streaming ao vivo pode ser encontrado aqui. Esta redação não perdeu tempo e foi observar pinguins.

Tour virtual San Diego Zoo Engenharia 360
Imagem: San Diego Zoo via captura pelo Engenharia 360.

3 – Disney World

Isso mesmo. A Disney está trazendo a magia até você. Com tudo, desde panoramas de street view até passeios em parques temáticos virtuais em seu canal do YouTube.

4 – Universal Studios

Seguindo a pegada da Disney, a Universal Studios também disponibiliza algumas visitas virtuais, que você pode verificar aqui. Tudo isso sem gastar nenhum dinheiro com souvenirs.

5 – Grande Muralha da China

Os exploradores podem ir para a Grande Muralha da China e, para quem adora uma trivia, aprender fatos sobre esse incrível feito da arquitetura. O tour está disponível no The China Guide e é melhor do que videogame.

Tour virtual Muralha da China Engenharia 360
Imagem: Muralha da China via captura pelo Engenharia 360.

6 – Google Street Art

Esta redação aprecia tanto arte clássica com um bom grafite. O Google Arts Project fez uma coletânea maravilhosa de street art pelo mundo e você pode conferir imagens aqui.

7 – Torre Eiffel

De volta para a França, nossa lista 360 e, claro, a Google Arts & Culture, traz a Torre Eiffel para você. Confira essa maravilha.

Tour virtual Torre Eiffel Engenharia 360
Imagem: Torre Eiffel via captura pelo Engenharia 360.

8 – Guggenheim

Não contente, Google trouxe mais: o Guggenheim, na cidade de Nova York, permitirá que você percorra os corredores curvos dessa instituição consagrada usando o Street View, criando uma experiência mais realista.

9 – Metropolitan Museum of Art

Amantes de Nova Iorque não precisam se conter. De uma linha do tempo de 5.000 anos de história da arte, o Metropolitan Museum of Art compartilha um menu interativo na visita virtual.

10 – Aquário de Geórgia

Essa visita virtual é embaixo d’água e pode ser extremamente calmante em tempos de coronavírus, em que a gente quer relaxar a cabeça. Você pode acessar as câmeras do aquário da Geórgia neste link.

11 – London’s National Gallery

Outro nome famoso é a Galeria Nacional de Londres, com uma lista imensa de itens para visualização, bem como o tour virtual, que você pode conferir aqui.

12 – Access Mars

Agora a visita é para uma simulação de fora do planeta. Esse tour é baseado em uma réplica da superfície de Marte, tal como foi monitorada pelo rover Curiosity. Confira o Access Mars.

Access Mars tour via captura pelo Engenharia 360.
Imagem: Access Mars via captura pelo Engenharia 360.

Vamos ver o que o Perseverance trará de novidade para nós no futuro.

13 – Hotel Legoland

Paraíso dos engenheiros e engenheiras amantes de Lego, o hotel Legoland, que faz parte de um parque temático localizado na Dinamarca, está disponível para visita online. Esta redação fez o tour e adianta para vocês que o business room é o único sem graça.

Tour virtual Hotel Legoland Engenharia 360
Imagem: Hotel Legoland via captura pelo Engenharia 360.

Quer mais? Na pegada tecnológica, o Engenharia 360 listou 7 museus de tecnologia com tour virtual disponível.

Comentários

Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Prepara o controle, a pipoca e o refri que lá vem 5 filmes super envolventes relacionados a ciência, tecnologia e engenharia, que você precisa assistir!

Bom, vamos lá! Separamos 5 filmes incríveis, de megas produções e roteiros para vocês, amantes da ciência, tecnologia e engenharia, e alguns de ficção e outros baseados em eventos reais. Então bora começar essa lista!

1- Interstellar (2014)

Interstellar é um filme de ficção científica dirigido por ninguém menos que Christopher Nolan e estrelado por astros como Matthew McConaughey e AnneHathaway. O filme gira em torno de uma viagem espacial necessária, após as reservas naturais da Terra terem se esgotado. Dessa forma, um grupo de astronautas viaja na missão de encontrar outros planetas que possam receber a população da Terra. O filme envolve temas como “buracos de minhoca”, “teoria da relatividade” e muitas outras grandes referências a ciência.

Interstellar está disponível para locação Google Play Filmes ou no Youtube por R$ 7,90. Assista ao trailer abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=frD_IiY_A3E

2 – Perdido em Marte (2015)

Perdido em Marte (Título do filme no Brasil) também é um filme de ficção científica, dirigido por Ridley Scott e estrelado por Matt Damon. O filme conta a história de um astronauta que, após um acidente em uma de duas viagens espaciais, é dado como morto por seus companheiros. Sozinho em outro planeta e sem comunicação com a Terra, ele passa a buscar meios de sobreviver.

Perdido em marte está disponível no Telecine Play e para locação no Google Play Filmes e no Youtube por R$ 11,90. Assista ao trailer abaixo:

3 – A Teoria de tudo (2015)

A Teoria de tudo é filme de drama baseado em eventos reais, dirigido por James Marsh e estrelado por Eddie Redmayne. O filme é baseado na biografia de Stephen Hawking, mostrando as importantes descobertas do astrofísico relacionadas ao tempo, seus romances e a descoberta da sua doença com apenas 21 anos. O filme também toca em pontos importantes da física e da ciência.

A teoria de tudo está disponível na Netflix e para locação no GooglePlay Filmes e no Youtube por R$ 9,90. Assista ao trailer abaixo:

4 – Passageiros (2016)

Passageiros é um filme de ficção científica, dirigido por Morten Tyldum e protagonizado por Jennifer Lawrence e Chris Pratt. O filme conta a história de uma nave que está com 5000 viajantes para um novo planeta chamado Homestead II. A viagem para dura 120 anos e as passagens são vendidas por uma grande empresa de tecnologia. Durante a viagem ocorrem problemas com as cabines de hibernação dos protagonistas, que são despertados 90 anos ates do previsto. Logo em seguida, eles descobrem que precisam corrigir problemas na nave para salvar a vida das outras 5 mil pessoas que estão dormindo. O filme tem uma pegada tecnológica, romântica e até criticas em relação divisão de classes sociais.

Passageiros está disponível na Netflix e para locação no Google Play Filmes e do YouTube por R$ 5,90. Assista ao trailer abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=Q5MV9qMXH2I

5 – Gravidade (2013)

Gravidade é um filme de ação e suspense, dirigido por  Alfonso Cuarón e estrelado por Sandra Bullock e George Clooney. O trama do filme não chega a ser complexa, ela conta a histórica de uma viagem ao espaço por grupo de astronautas para fazer reparos em um satélite, até que são atingidos por uma chuva de destroços de outro satélite que foi destruído. O grande impacto do filme é com relação aos sentidos de estar no espaço, sem a própria gravidade, a ausência de som e oxigênio, um ambiente totalmente inóspito e com riscos constantes, e que deixa o telespectador em clima de tensão no inicio ao fim.

Passageiros está disponível na Netflix e para locação no GooglePlay Filmes e do YouTube por R$ 7,90. Assista ao trailer abaixo:

Bom, espero que tenham gostado. Um dica é tentar assistir um a cada semana, pra descontrair, aprender e relaxar. Aqui embaixo vou deixar o link de outras matérias daqui do site parecidas pra vocês.

Não esqueçam de comentar e aproveitem para deixar mais sugestões de filmes e temáticas pra gente abordar nas próxima Lista 360.

Fontes: AdoroCinema , Interesting Engineering.

Comentários

Engenharia 360

Luana Espindola Ribeiro Aguiar

Engenheira Civil; formada pela Universidade La Salle; trabalha como coordenadora de planejamento e controle de custos, com foco em gestão corporativa, construção civil e engenharia de custos.

Você certamente já ouviu falar das empresas juniores, seja para trabalhar ou para realizar algum projeto. Elas ficam situadas dentro das universidades, compostas por universitários, principalmente aqueles que estão nos semestres iniciais da graduação nos cursos de Direito, Engenharia, Administração, Agronomia, Química, Comunicação, Arquitetura e dentre outros vários ramos. Mas afinal, você realmente sabe o que é uma EJ? Será que vale a pena realizar um projeto ou até mesmo trabalhar em uma? Vamos descobrir!

A primeira EJ no mundo foi criada em 1967, em Paris, pelos alunos da ESSEC (L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales) que viam a necessidade de observar no mercado tudo o que aprendiam dentro da faculdade. Entretanto, como sabemos, é muito difícil conseguir um estágio ou emprego nos anos iniciais, logo eles desenvolveram uma empresa que realizava projetos, mas sem fins lucrativos.

No Brasil, a primeira Empresa Júnior foi fundada em 1988, na Fundação Getúlio Vargas. Hoje, acumula mais de 900 empresas dentro das universidades, com mais de 22.000 membros, segundo dados da Brasil Júnior. Tornando o Brasil o país com maior número de EJs e o único do mundo onde elas são regularizadas por lei (13.267/2016), realizando em média mais de 17 mil projetos por ano com um faturamento de 23 milhões de reais em 2019.

Com a popularização ao longo dos anos, cada estado foi criando sua federação, que nada mais é que entidades de acompanhamento e suporte das EJs em cada estado. E no meio de todas estas federações, foi criada a Brasil Júnior, que é responsável pelas 27 federações de cada estado mais a do Distrito Federal, e que tem como grande finalidade auxiliar as empresas e cuidar da imagem frente à sociedade. O conjunto de tudo isso, resulta no MEJ (Movimento Empresa Júnior) que busca unir cada vez mais as empresas de cada canto do território nacional, deixando a competitividade de lado, de modo que cada empresa se ajuda, seja financeiramente ou com conhecimentos técnicos.

Todo ano ocorre também o ENEJ, evento que reúne todos os empresários juniores do país. Também se fazem presentes empresas multinacionais, as quais divulgam seus processos seletivos para os universitários, e palestrantes. Cada edição acontece uma vez anualmente e em uma cidade diferente, a última foi em Gramado/RS e este ano será em Natal/RN.

enej 2019 estudantes de empresa júnior reunidos
Enej, em 2019, reuniu 5 mil empresários júniores mesmo com o frio de 5° em Gramado. (Fonte: Galileu Oldenburg / Divulgação)

Como funciona a empresa?

O funcionamento varia de firma para firma, mas geralmente todas seguem o mesmo escopo dos processos seletivos das empresas transnacionais, de modo que se é realizado entrevistas, dinâmicas em grupo, provas de conhecimentos gerais e etc. 

Quando selecionado, o empresário trabalha de maneira voluntária. Entretanto, todos os ganhos da empresa com projetos serão investidos na capacitação dos membros, com cursos relevantes para a empresa, visitas técnicas, palestras, dentre outras formas de aprendizado.

Todos os projetos são acompanhados por professores ou/e profissionais já formados na devida área em que a empresa atua. Eles são responsabilizados a analisar os trabalhos feitos pelos alunos antes da entrega para os clientes, sendo assim, garantindo ainda mais a qualidade de cada projeto.

epr-colsultoria-enej
(Fonte: Galileu Oldenburg / Divulgação)

Muitos clientes, quando consultam as Empresas Juniores, se surpreendem com os preços dos projetos abaixo do que encontram no mercado. As EJs geralmente cobram em torno de 85% a 90% do preço de seus concorrentes Sênior. Mas isso não significa que se seus projetos são de boa ou má qualidade em relação aos seus concorrentes. Para se ter noção, muitas multinacionais no Brasil realizam projetos com as EJs, como também dão prioridade nos seus processos seletivos para os ex-membros. O motivo é simples: essas firmas de grande porte sabem muito bem da evolução profissional de um ex-integrante júnior, seja nas soft skills, fortemente desenvolvidas durante o período como membro, seja nas habilidades técnicas, as hard skills, com os cursos e elaboração dos projetos.

A verdade é que a EJ é a melhor maneira de se obter uma noção inicial de como o mercado opera em determinada área. Mas, atualmente, algumas EJs já são vistas como grandes empresas, sendo assim, quando membro, se terá uma ideia muito além de inicial sobre o mercado de trabalho, tampouco conseguirá ver para qual área de sua engenharia ele se destaca, seja na comercial ou de projetos, principalmente.

Você participa ou já participou de alguma Empresa Júnior? Conta para a gente!

Leia também: Estagiários de engenharia de grande empresa dão dicas de como ser aprovado no processo seletivo

Comentários

Engenharia 360

João Paulo Pinzon

Engenharia de Produção na UFRGS em formação e Técnico em Automação Industrial. Não sou inteligente, mas sou disciplinado e acredito que unicamente a disciplina é o que leva-nos ao sucesso. Para mim, a base da sociedade moderna é a conjuntura da educação e inovação.

Os Jogos Olímpicos são uma tradição. Suas datas só haviam sido alteradas nos anos de 1916, 1940 e 1944, quando o mundo enfrentava as duas Grandes Guerras Mundiais. Infelizmente, por conta da pandemia do COVID-19, o evento que aconteceria em 2020 foi adiado em um ano, passando para Julho de 2021. Para tomar tal decisão, o Primeiro Ministro Japonês, Abe Shizo, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) enfrentaram inúmeras dificuldades econômicas e de planejamento.

Propaganda Tokyo2020 em Adachi-ku, Japão
Propaganda Tokyo2020 em Adachi-ku, Japão. (Imagem: @rafapanteri_)

A realização do evento sem público, analisada pelo Governo, logo foi descartada. Os investimentos de 12 bilhões de dólares feito pelo Japão e de dois bilhões de dólares pelo COI necessitam do fluxo turístico para gerar retorno financeiro. Surgiu então um novo problema – quando realizar?

A escolha da data de um evento tão importante como a Olimpíada envolve a mobilização de diversas áreas. Uma delas diz respeito ao setor das redes de hotéis que, segundo o Diretor de Esporte do Comitê Olímpico (Christophe Dubi) precisaria entrar em acordo com o Governo japonês sobre a disponibilidade de vagas do parque hoteleiro e dos grandes centros de congresso que hospedariam a central de mídia durante os Jogos. Além disso, a nova data deveria levar em consideração os demais eventos esportivos de 2021, como Eurocopa e Copa América. Era interessante que eles não coincidissem para não prejudicar nenhum dos lados.

Data das olimpíadas de Toquio 2021
Imagem retirada do site oficial Tokyo2020.

Com a nova data escolhida, outro problema apareceu para os organizadores. Toda a propaganda e produtos oficiais que já estavam em circulação levavam o nome “Tokyo 2020”. Nesse caso, a solução foi simples: manter o nome do evento. Assim, além de não perder o investimento já feito, sinalizaria para comunidade internacional que apenas essa edição foi adiada e a próxima será realizada em 2024, como previsto.

Olimpíadas 2020: Como o Japão fez para reorganizar um evento de escala global?
Loja oficial Tokyo2020 (Imagem de @rafapanteri_)

A manutenção de equipamentos por um ano e a diminuição nas vendas de ingressos trouxeram custos adicionais para o evento. Para o Comitê Olímpico, esses valores extras são parte integrante da operação e, portanto, Tóquio deveria cobri-los. Em sua defesa, o ministro japonês afirma que “o Japão cobrirá os custos que teria feito nos termos de contrato existente para 2020“. Ou seja, ele acredita que não é de sua responsabilidade o pagamento de possíveis gastos extras. Essa questão ainda não foi resolvida e aparentemente nenhum dos lados quer arcar com os custos.

A pandemia trouxe prejuízos em diversas áreas e é impossível negá-los. Cabe agora ao COI e ao país sede encontrarem soluções para que os danos sejam minimizados, tanto para o público quanto para os atletas.

O que você achou do adiamento? Quem deveria arcar com os custos adicionais? Deixe sua opinião nos comentários.

Fontes: Tokyo 2020, Olympic.org

Comentários

Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Sabemos que, dentre os nossos objetivos pessoais nessa quarentena, o primeiro é que nos mantenhamos saudáveis: física e emocionalmente. Mas se você está conseguindo manter tudo isso sob controle, vale pensar em como aproveitar esse período para trabalhar algumas habilidades. Uma delas é a escrita técnica.

mãos digitando em um computador
Imagem: Zan via Unsplash

Escrita técnica como uma demanda na engenharia

Apesar de não ser regra, é comum na engenharia muitas reclamações sobre leitura e escrita, de forma que mesmo a Google resolveu trabalhar nesse problema. Pensando principalmente em profissionais da engenharia de software e ciência da computação, com certa proficiência em inglês, a empresa desenvolveu uma coleção de cursos e demais ferramentas de aprendizado com o objetivo de ajudar a melhorar nossa redação técnica.

Os cursos de escrita técnica desenvolvidos pela Google vão desde como planejar, até criar documentos e também aprender sobre o papel da redação técnica na empresa, camadas sobre as quais a gente nem sempre costuma pensar. Parece uma daquelas nossas aulas de português/inglês instrumental, mas com o nome da Google para dar aquela motivada.

Google search Imagem: Nathana Rebouças via Unsplash. Engenharia 360
Imagem: Nathana Rebouças via Unsplash.

Como funcionam os cursos?

A Google disponibilizou dois módulos: Technical Writing One e Technical Writing Two.

O primeiro é voltado principalmente para quem nunca teve contato com qualquer tipo de escrita técnica e precisa de um direcionamento e é dividido em 2 horas de imersão em um material chamado de “pré-aula”, seguido de até 2 horas e meia de aula em si.

Já o Technical Writing Two aborda um conteúdo intermediário, que explora itens como a organização de documentos grandes e complexos e também questões como desenvolvimento de empatia por audiências leigas. A duração das aulas é a mesma que a anterior, mas o “pré-aula” é de apenas uma hora.

Escrita tecnica - Engenharia 360
Imagem: John Schnobrich via Unsplash.

Dificuldade de escrita na vida universitária

Se você não se encaixa nos critérios da Google e seu objetivo para melhorar a escrita é mais voltado para o cenário da faculdade, a gente também tem dicas para você. Aqui você pode conferir como elaborar um bom relatório experimental, que pode ajudar naquelas aulas de química, por exemplo.

O que você acha da iniciativa da Google ao fazer um curso de escrita técnica para engenheiros? Comente!

Comentários

Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

O mundo evolui de maneira cada vez mais rápida. À sombra da 4ª revolução industrial, as organizações mudam e exigem cada vez mais de seus colaboradores e parceiros.

Enquanto, projetamos uma indústria 5.0 logo a frente, muitas habilidades surgem como requisitos essenciais para o profissional do futuro (neste caso, o futuro é logo ali, no curto prazo mesmo).

Muitas tecnologias são emergentes e será preciso que existam pessoas capacitadas para lidar com elas. Recursos como aprendizado de máquina, inteligência artificial, robótica avançada, big data e internet das coisas, são exemplos de tecnologias relativamente novas e que estão sendo inseridas no cotidiano das empresas e da sociedade de modo geral.

Homem olhando para parede com imagem de cérebro conectado a imagens de habilidades
Imagem: findes.com.br

Um relatório publicado em janeiro de 2020 pelo World Economic Forum, intitulado Jobs of Tomorrow – Mapping Opportunity in the New Economy, traz algumas skills necessárias e quais são as áreas que tem previsão de crescimento de oportunidades nos próximos três anos, conforme gráfico abaixo.

gráfico com percentual anual de crescimento de oportunidades por tipo de habilidade
Previsão do aumento de oportunidades por grupo de habilidades. Imagem: World Economic Forum.

Um outro relatório da McKinsey também apresenta as mudanças de habilidades que serão necessárias, frente a automação.

esquema apresentando mudanças estruturais necessárias nas organizações e as cinco opções sugeridas para construir um grupo de trabalho para o futuro
Mudanças de habilidades para o trabalho. Imagem: McKinsey.

Entre necessidades da indústria e das oportunidades no mercado de engenharia, listamos as principais habilidades/conhecimentos à agregar para você ficar preparado para o futuro do trabalho:

1. Ciência de Dados

A ciência de dados é uma área do conhecimento pouco explorada e tem se tornado cada vez mais necessária, dada a capacidade de captação e armazenamento de dados existentes atualmente. Os dados são o novo petróleo. No Brasil, os primeiros cursos de pós-graduação na área já foram iniciados.

2. Tecnologia da Informação Avançada

Inúmeras tecnologias estão sendo inseridas na indústria e precisam ser aplicadas na indústria. Podemos listar a Inteligência Artificial, o Gerenciamento de Blockchain, Aprendizado de Máquinas, Internet das Coisas, e outras mais, que são tecnologias intrínsecas e estarão no dia a dia da indústria naturalmente.

3. Criatividade

A criatividade é algo imprescindível para o desenvolvimento do trabalho, na concepção de projetos e produtos. Novas tecnologias estão sendo incrementadas, como é o exemplo da abordagem do UX Design (Experiência do Usuário).

4. Inteligência Cultural e Diversidade

Importante aspecto trazido pela digitalização, e também pela globalização, é a diversidade cultural num grau elevado. Cada vez mais as empresas possuem pessoas de diferente raça, religião, idade, sexo, orientação sexual, entre outras características e saber lidar com essas diferenças com respeito e leveza é o que se busca.

grupo de cinco pessoas com diversidade cultural com roupas sociais de trabalho
Imagem: pinimg.com

5. Liderança e Inteligência Emocional

A capacidade de liderança é imprescindível em qualquer cenário desde sempre, no entanto, é importante ratificar esta habilidade como requisito. Outra skill requerida tem sido a inteligência emocional. Ter a capacidade de estar ciente, ter autocontrole e segurança ao expressar emoções será cada vez mais valorizada.

6. Marketing e Vendas

Inevitavelmente, estamos todos vendendo algo. Dominar ferramentas de marketing, comunicação, vendas e análise comercial, também será habilidade requisitada com maior frequência.

Quais habilidades que você acredita que são mais requisitadas no mercado? Deixe nos comentários!


Fontes: BBC, Época, Exame.

Comentários

Engenharia 360

Matheus Martins

Engenheiro civil; formado pelo Centro Universitário da Grande Dourados; possui especialização em Gestão de Projetos; e é mestre em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; é entusiasta da gestão, da qualidade e da inovação na indústria da construção; fã de tecnologias e eterno estudante de Engenharia.

Nesses tempos modernos as coisas vêm acontecendo com uma grande dinâmica, o que era novidade ontem, hoje já não é mais. Portanto, informações que nossos avós recebiam ao longo de toda uma vida nos é jogada na cara em poucas semanas. A novidade de hoje, já será substituída por outra amanhã.

De fato, a sociedade está modificando seus padrões, as grandes companhias e corporações também estão, e em meio a todo esse caos, as chances de nos perdermos é grandiosa. Com isso, somos cada dia mais cobrados e não sabemos como lidar. É nesse sentido que a metodologia IKIGAI pode ajudar.

O que significa ter uma vida (iki, em japonês) em harmonia com seus desejos e expectativas (kai)?

Não existe uma tradução direta para o termo. No entanto, o mais próximo que se pode chegar é a descrição feita por Ken Mogi, autor do livro Ikigai: Os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz (Astral Cultural, 2018). “Ikigai é a sua razão de viver”, diz o neurocientista japonês. Segundo o autor, é “muito importante identificar as coisas que você gosta de fazer e que te dão prazer, porque elas dão propósito à vida e levam a uma existência longa e feliz“.

livro e caneca em um parapeito

Uma metodologia de autoconhecimento que aborda diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Assim, alinha seus valores, expectativas, desejos e possibilidades reais de trabalho.

Certamente, quando o trabalho é motivado por um propósito pessoal e há alinhamento entre seus valores individuais e os valores de uma organização, você fica mais satisfeito e produtivo – o que beneficia todo mundo.

É a felicidade que vem de sempre ter algo para fazer, de estar ocupado.“, diz Francesc Miralles, que, junto com Héctor García, escreveu o livro Ikigai: Os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz (Intrínseca, 2016). Ou seja, a ideia por trás disso é que, “se você encontra algo que dê sentido à sua vida, isso o faz seguir em frente e o mantém motivado.”, diz Miralles.

O Ikigai é moldado pela intersecção de quatro dimensões básicas: a sua paixão, a sua profissão, o seu talento (vocação) e a sua missão de vida.

esquema da metodologia ikigai
Fonte: Ikigai Brasil

Como moldar seu Ikigai?

Na primeira seção (o que amo fazer), está é a motivação mais profunda do indivíduo. Questione-se: Qual é sua paixão? O que ama? Pense no conselho de Warren Buffet: o que você faria se não precisasse de dinheiro?

Na segunda seção (o que posso fazer bem), a proposta é aproximar-se de sua vocação de maneira mais prática. Questione-se: No que você é bom? Quais são seus pontos fortes? O que sabe que pode fazer bem? O que outros valorizam em você? Pergunte também para amigos, colegas e familiares.

Na terceira seção (o que posso ser pago para fazer), a visão é mais realista: Onde você poderia trabalhar? Que profissão poderia exercer que esteja alinhada com suas reflexões anteriores? O que você faz e que outros estão dispostos a pagar? Pense no maior número de trilhas possível.

Na quarta seção (o que é bom para mundo) é um tanto mais abstrata, mas nem por isso menos importante. Qual é sua missão na Terra? O que você pode conquistar que ajudará outros, tornar o mundo melhor ou agregar valor social? Acredite: todo mundo guarda isso dentro de si.

Seria o Ikigai o segredo da longevidade?

Se você acha seu Ikigai, as pequenas coisas que dão significado à vida podem te ajudar a preservar sua saúde por mais tempo. Pesquisas mostram que, ao saber seu propósito na vida, as pessoas fazem escolhas melhores sobre dieta e estilo de vida.

Estudos realizados pela Universidade Tohoku, em Tóquio, que investigam o sentido e significado da vida e sua correlação com a taxa de mortalidade em idosos. Diz que há uma correlação entre longevidade e ter uma razão de viver: seu sistema imunológico – e, em especial, um tipo de glóbulo branco, o neutrófilo – atua melhor, ajudando a mantê-los saudáveis por mais tempo.

Em uma outra pesquisa, a neuropsicóloga americana Patricia Boyle, do Centro Rush para Mal de Alzheimer, em Chicago, acompanhou 900 idosos que corriam o risco de desenvolver demência em um período de sete anos. Ela concluiu que aqueles com uma boa noção de seu propósito de vida tinham 50% menos chances de ficar doentes.

Aspectos fundamentais

  • Pare de atuar no piloto automático: pergunte a si mesmo diariamente se o que você faz lhe traz felicidade.
  • Não se compare a ninguém, não deseje ter o mesmo que os outros. Você é a sua própria referência.
  • Todos nós temos talento. Porque sempre há algum tipo de habilidade excepcional que nos diferencia dos outros e que devemos aproveitar, nos apropriarmos dela e desfrutá-la.
  • É uma dimensão que nos dá energia todas as manhãs e que se traduz em uma série de atividades diárias nas quais desejamos continuar investindo o nosso tempo para fazer cada vez melhor.
  • O Ikigai é o oposto da passividade ou do conformismo. Pois ele exige muito de você e o faz se sentir vivo, livre e cheio de energia, independentemente da sua idade ou do seu estado físico.

Vale ressaltar que as dicas acima não estão dispostas para que você se sinta pressionado a encontrar seu Ikigai. Este despertar pode ir acontecendo ao longo da vida. Trabalhar com satisfação aumenta a nossa auto-estima e melhora o nosso humor.

O que você achou dessa metodologia? Deixe sua opinião nos comentários!

Comentários

Engenharia 360

Andreza Ribeiro

Formada em Engenharia de produção, possui certificado em Business English realizado em Toronto na Stafford House Internacional. Interessada em Gestão, Finanças e Inovação, além de ser apaixonada em astronomia e viajar o mundo.

Avanços em inteligência artificial (IA) nos enchem de expectativas para que esse tipo de tecnologia seja implementada em cada vez mais serviços cotidianos. Exemplo dessas aplicações é a triagem de pacientes em hospitais. Mas será que as IAs que temos disponíveis atualmente estão funcionando de forma satisfatória em situações clínicas reais? De acordo com a Google Health, parece que não.

inteligência artificial em saúde
Imagem: The Next Platform.

Testes em campo da IA da Google Health

A primeira oportunidade do Google para testar a ferramenta em um ambiente real veio da Tailândia. O ministério da saúde do país estabeleceu uma meta anual para rastrear 60% das pessoas com diabetes para retinopatia diabética, o que pode causar cegueira se não for identificada cedo. Porém, com cerca de 4,5 milhões de pacientes com apenas 200 especialistas em retina – o dobro da proporção nos EUA – as clínicas estão lutando para atingir a meta.

A Google possui a autorização da marca CE, que cobre a Tailândia, mas ainda aguarda a aprovação do FDA. Para ver se a IA poderia ajudar, a equipe do Google Health equipou 11 clínicas com um sistema de aprendizado profundo treinado para detectar sinais de doenças oculares em pacientes com diabetes.

No sistema que a Tailândia estava usando, os enfermeiros tiram fotos dos olhos dos pacientes durante os check-ups e os enviam para que sejam examinados por um especialista em outro lugar, um processo que pode levar até 10 semanas. A IA desenvolvida pela Google Health pode identificar sinais de retinopatia diabética a partir de uma varredura ocular com mais de 90% de precisão – que a equipe chama de “nível especialista humano” – e, teoricamente, fornece um resultado em menos de 10 minutos. O sistema, por meio do reconhecimento de padrões, analisa imagens para indicadores da condição, como vasos sanguíneos bloqueados ou com vazamento.

Comparação entre retina saudável e condição de retinopatia diabética. Imagem: Google Health.
Comparação entre retina saudável e condição de retinopatia diabética. Imagem: Google Health.

Precisão que muito ajuda é a que não atrapalha

Quando funcionou bem, a IA acelerou as coisas. Até aí, ótimo. O problema foi quando os resultados foram falhos. Ocorre que, como a maioria dos sistemas de reconhecimento de imagem, o modelo de aprendizado profundo havia sido treinado em digitalizações de alta qualidade, obtidas no ambiente controlado do laboratório. Dessa forma, visando garantir a precisão, ele foi projetado para rejeitar imagens que caíam abaixo de um certo limite de qualidade. Com a equipe de enfermagem digitalizando dezenas de pacientes por hora e tirando fotos com más condições de iluminação, mais de um quinto das imagens foram rejeitadas.

Os pacientes cujas imagens foram expulsas do sistema foram informados de que precisariam visitar um especialista em outra clínica em outro dia. Não é difícil para a gente entender que isso era inconveniente. Imaginem em uma situação de pandemia, como a do coronavírus, em que se busca justamente manter as pessoas em casa e fora de ambientes de risco, tais como clínicas e hospitais.

Scan de retina. Imagem: Google Health,
Scan de retina. Imagem: Google Health,

Igualmente, a equipe de enfermagem que atuou nesse estudo na Tailândia se sentiu frustrada, principalmente quando acreditavam que as varreduras rejeitadas não mostravam sinais de doença e as consultas de acompanhamento eram desnecessárias. A mesma coisa de colocar alguém que não precisa de fato do atendimento médico em risco.

Parece que ainda não chegou a hora de termos inteligências artificiais independentes trabalhando na linha de frente de hospitais. Por enquanto, vale nos contentar com a idealização do Baymax.

Escala de sensações no robô Baymax. Imagem: Disney Fandom.
Escala de sensações no robô Baymax. Imagem: Disney Fandom.

O que você acha do uso da inteligência artificial em saúde? Comente!

Fonte: Google Research, MIT Technology Review, TechCrunch.

Comentários

Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Devido a grande propagação do coronavírus (covid-19), muitas cidades e países têm realizado bloqueios em suas fronteiras, decretos de quarentena em seus territórios e até a instauração de lockdown. Isso faz parte de uma série de medidas que as lideranças políticas estão executando para restringir ao máximo o fluxo de pessoas em locais públicos, evitando a disseminação da doença.

Essas medidas em prol da saúde da população também trazem efeitos adversos. Uma dura realidade que, em termos práticos, torna-se difícil de ser revertida em meio a pandemia.

Economia despenca com o coronavírus
Créditos: oglobo.globo.com

Porém, algumas ações têm ajudado a diminuir tamanhos estragos. Um grupo de 73 engenheiros, estudantes e alguns especialistas estão trabalhando para identificar de maneira clara as consequências indiretas de lockdown em populações de vulnerabilidade social.

O grupo foi organizado pela Omdena, uma plataforma de inovação que busca criar soluções de IA para problemas atuais do mundo real. Durante um período de dois meses, o grupo fará buscas em fontes de dados disponíveis ao público e aplicará ferramentas de visualização de dados e IA para investigar como as políticas governamentais estão gerando quatro efeitos bloqueios pandêmicos: acesso reduzido a cuidados de saúde, perda de salário, perda de emprego e abuso doméstico.

O projeto foi iniciado em 24 de março e a expectativa de conclusão é em 19 de maio, com previsão de entrega e exibição dos resultados obtidos no final deste mês.

Um detalhe curioso é que o projeto não teve publicidade paga, sendo toda parte de divulgação construída nas redes sociais. Rapidamente cerca de 150 pessoas, entre elas engenheiros recém-graduados, estudantes e pessoas com uma carreira já estabelecida, resolveram se inscrever no projeto e abraçar a causa

banner especialistas que em AI que estão engajados no projeto da Omdena
Especialistas que se juntaram ao projeto da Omdena. Créditos: omdena.com

Com base nas habilidades e motivações do grupo de candidatos, Rudradeb Mitra , CEO da Omdena, convidou 73 deles de 27 países para participar e definir o grupo com as metas do projeto, um canal Slack, chamadas semanais do Zoom e um repositório do GitHub.

Os membros do projeto foram divididos em quatro áreas de tarefa. Cada grupo ficou responsável por coletar informações e dados sobre políticas de 10 a 15 países, aplicando ferramentas de análise de dados e aprendizado de máquina para identificar os efeitos a curto prazo das políticas de lockdown.

Baidurja Ray, que exerce a função de gerente de tarefas do grupo que analisa o efeito das políticas COVID-19 sobre desemprego relata a importância do fornecimento de dados abertos para a condução do trabalho: “No meio do caminho deste trabalho, já é possível obter algumas ideias para determinados países, enquanto tentamos coletar dados difíceis de encontrar para outros. Estamos percebendo a importância dos governos fornecerem dados abertos e confiáveis ​​para que esse tipo de esforço seja bem-sucedido“.

Alguns impactos da pandemia em populações vulneráveis:

Segundo a Omdena, pode-se observar alguns efeitos colaterais com relação ao bloqueio causado pelo COVID-19:

Aumento do abuso/violência doméstica

No Reino Unido, nas três primeiras semanas de confinamento, as mortes por abuso doméstico mais que dobraram. Líbano e Malásia, por exemplo, dobraram o número de chamadas com relação a esse tipo de ocorrência. Na China triplicou e França aumentou um terço. Esses dados foram comparados com os dados do mês anterior ao confinamento.

No Brasil, tivemos alguns aumentos consideráveis no índice de violência doméstica. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, levantou que somente entre os dias 17 e 25 de março houve um aumento de cerca de 10% nas denúncias registradas no 180.

Crianças em situação de pobreza estão sem acesso a comida

Na Índia, cerca de 120 milhões de crianças em situação de pobreza fazem a primeira refeição no meio-dia nas escolas onde estudam. Geralmente essa é a única fonte de alimento saudável para essas crianças. O fechamento das escolas negará o acesso dessas crianças a alimentos. 

Alimentar crianças que geralmente almoçam na escola também é um problema nos países desenvolvidos. No caso do EUA os bancos de alimentação viram um grande aumento na necessidade e estimam que serão necessários US $ 1,4 bilhões adicionais para atender às crescentes necessidades nos próximos seis meses.

Aumento do casamento infantil

Durante o surto do vírus Ebola, houve um aumento no casamento infantil forçado. Essa situação pode ocorrer também durante o bloqueio do Coronavírus.

Políticas públicas de alguns países para amenizar a pandemia
Políticas públicas de alguns países frente a pandemia de COVID-19. Créditos: anesp.org.br/

E para você? As políticas públicas adotadas no Brasil frente a pandemia do coronavírus surtirão efeitos positivos/negativos para a população? Comenta! Queremos saber a sua opinião.

Referências: Omdena, IEEE Spectrum.

Comentários

Engenharia 360

Kaíque Moura

Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.

No Brasil, o mercado de carros usados vem apresentando uma alta a cada ano que passa. Segundo números da Federação das Revendedoras (Fenauto), o número de automóveis usados vendidos em 2019 foram 14.592.691 sendo 2,2% maior em relação a 2018. A grande justificativa desse aumento é o alto valor dos carros novos e o receio de se comprometer com parcelas longas e caras num eventual financiamento.

homem olhando para automóvel em dúvida

E você, tá pensando em comprar um seminovo ou até mesmo um carro considerado “jovem” no mercado? Pensando nisso o Engenharia 360 vai te passar uma dicas fundamentais na hora de escolher o seu carro.

Preço de mercado

A primeira coisa que o consumidor tem que fazer é um estudo do preço do seu veículo escolhido na tabela FIPE. É lá que você terá um norte de qual preço esperar do automóvel seja nas revendas, concessionárias ou até mesmo em vendas particulares. Para isso basta entrar no site da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e especificar a marca, modelo e ano.

Entretanto, atenha-se que a FIPE te dará o preço médio do veículo, de modo que dependendo das características do carro esse preço pode ser variável. Isso porque existem vários outros fatores individuais que alteram o valor de cada modelo e é justamente alguns destes fatores que você deve saber para ver se o preço dado é justo ou não quando escolher o seu carro.

Consulte a documentação e histórico

Suponha-se que você achou o modelo que estava procurando e o valor está muito abaixo do esperado, o que te deixa com uma pulga atrás da orelha. Numa situação como essa, é essencial pesquisar o histórico do veículo, na verdade não só em circunstâncias de baixo valor, e sim até mesmo quando está dentro do normal é recomendado consultar a placa do carro para saber se não há multas, o ano de fabricação, se há eventuais sinistros e acidentes sofridos ou provocados, e ainda o histórico de revendas.

Para estas consultas, basta encontrar um dos inúmeros sites que realizam essas pesquisas de histórico veicular através da placa do automóvel.

Fique atento também com carros alienados, ou seja, carros que foram financiados e ainda tem parcelas a serem pagas. Para consultar basta entrar no site do Detran da sua cidade e verificar, através da placa, a situação da alienação e se há outros pontos que impeça a venda. Entretanto, caso o carro tenha sido financiado, o site não vai te passar qual o valor das parcelas ou se já foram quitadas. Para saber isso, entre em contato com a financiadora.

Observações que você mesmo pode fazer

Quando visitar o vendedor para ver o carro, evite uma futura dor de cabeça ao estudar os aspectos externos e internos do veículo.

  • Veja como está o alinhamento entre peças do veículo. Como, por exemplo, o para-choque e para-lama, ou como está a situação das portas, se estão fechando sem a necessidade de muita força e se estão alinhadas com o restante da carroceria.  
  • Analise a pintura, se contém arranhões, sinais de batidas ou amassados. Observe também se não está ressecada, o carro pode já ter sido pintado antigamente. 
  • Teste o funcionamento de faróis (todos), câmera de ré, buzina, vidros elétricos, ar condicionado; iluminação interna e dentre outros requisitos da parte elétrica do carro.
  • Outro grande medo de quem compra um carro é o estado do motor, isso porque a sua manutenção é muito cara e, às vezes, nem percebe-se os desgastes de primeiro momento. Revise a  aceleração, em marcha lenta, se está constante, não contendo falhas ou ruídos. Olhe no motor para verificar se não tem vazamento de óleo em sua parte frontal/superior. Aproveite o momento e conste se não tem vazamento no reservatório de água, no óleo de freio ou da direção hidráulica. 
  • Observe o estado de conservação dos pneus, calotas e rodas. Veja se ainda são os de fábrica ou se já foram trocados.
  • Olhe a quilometragem e repare se o carro foi muito utilizado dentro de seu intervalo de uso desde que saiu da concessionária.
  • Veja se os itens de segurança estão presentes e quais os seus aspectos, sendo o estepe, macaco hidráulico, cintos e placas de aviso de manutenção.
homem parado ao lado de carro segurando pneu nas mãos e a frente de triângulo

Na dúvida, vá atrás de um mecânico de sua confiança

É sempre interessante consultar um profissional da área antes da compra definitiva. Um mecânico pode observar atentamente detalhes que às vezes não conseguimos ou não sabemos, como o alinhamento do veículo na pista, ruído no amortecedor ou motor, barulhos na troca de marcha, a força do veículo, se a embreagem não está trepidando, dentre outros fatores fundamentais. Faça um test drive e check com o profissional.

Comprar em uma loja ou vendedor particular?

Aí vai de sua escolha. As revendas e concessionárias costumam dar três meses de garantia, mas avalie se realmente é necessário, já que é comum as lojas venderem carros usados acima da FIPE. Nas vendas entre pessoas físicas você encontrará geralmente valores mais acessíveis. Isso acontece porque as revendas e concessionárias compram carros de vendedores particulares e acrescentam comumente uma taxa de 15% sobre o valor que pagaram, sendo o lucro da loja.

Agora que você sabe o que observar antes de efetuar a compra, faça uma análise se realmente está em conta o preço. Se vale a pena pagar a mais ou a menos do que o valor médio da FIPE. Evite incômodos e leve tudo isso que eu te contei na hora de comprar o seu usado!

Tem mais alguma dica? Conta para a gente!

Leia também: Inspeção de automóveis é acelerada por escaneamento a laser

Comentários

Engenharia 360

João Paulo Pinzon

Engenharia de Produção na UFRGS em formação e Técnico em Automação Industrial. Não sou inteligente, mas sou disciplinado e acredito que unicamente a disciplina é o que leva-nos ao sucesso. Para mim, a base da sociedade moderna é a conjuntura da educação e inovação.