É lançada a missão ELSA-d, que visa limpar detritos espaciais
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2min
A remoção de detritos espaciais é a chave para a sustentabilidade do espaço
Atualmente, a Astroscale Holdings Inc. (ou somente “Astroscale”) é líder de mercado em manutenção de satélites e sustentabilidade espacial. E esse reconhecimento confirmado pelo bem-sucedido lançamento de sua missão ELSA-d. O nome é um acrônimo para “End-of-life-services by Astroscale demonstration”.
O lançamento da missão comercial marca o início de uma iniciativa para avaliar as tecnologias básicas necessárias para a remoção de detritos espaciais. A ELSA-d consiste basicamente em dois satélites empilhados: um deles é um “servicer”, que serve para justamente remover com segurança detritos da órbita. O outro, é um satélite que serve como uma réplica de detritos.
Na segunda-feira, 22 de março, às 6h07 (UTC), o sistema foi lançado pela GK Launch Services, no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O ELSA-d foi ao espaço em uma órbita de 550 km, em um foguete Soyuz.
ELSA-d é desenvolvido por empresa nipo-britânica
Desenvolvido pela empresa nipo-britânica Astroscale, a missão será operada a partir do centro de controle de manutenção em órbita do Reino Unido (IOCC), na Catapulta de Aplicações de Satélite em Harwell, nas proximidades de Oxford. O ELSA-d é um pequeno satélite projetado para encontrar e ligar-se a um satélite indesejado. Em seguida, ele será empurrado pelo satélite para a atmosfera da Terra, onde irá queimar e se desfazer .
Sendo assim, para esta demonstração, o ELSA-d levará uma espaçonave menor junto dela, simulando um pedaço de lixo espacial. Ele executará uma série de cenários de encontro e captura antes de queimar, completando a simulação.
“Tenho o prazer de confirmar que a equipe de Operações da Missão da Astroscale no In-Orbit Servicing Center em Harwell, Reino Unido, fez contato com nossa espaçonave ELSA-d com sucesso e estabeleceu que todas as verificações iniciais do sistema são satisfatórias”, disse Seita Iizuka, Gerente de Projetos da missão. “Parabenizo nossa equipe e estou ansioso para passar para a primeira fase de nossas demonstrações técnicas.”
Sustentabilidade espacial é o objetivo da nova missão
A remoção de detritos espaciais é a chave para a sustentabilidade do espaço. Esta é mais do que necessária, pois é o que garantirá que novos satélites possam ser operados sem o risco de colidir com os antigos.
A Agência Espacial Europeia estima que 3.600 satélites em funcionamento estão em órbita. Além disso, mais de 28.000 fragmentos são atualmente rastreados pela Rede de Vigilância Espacial dos EUA. Estima-se que, na próxima década, mais de 10.000 satélites serão lançados, principalmente de provedores de Internet via satélite, a exemplo do SpaceX ou OneWeb.
O que acontece se você entrar em câmaras anecoicas? Descubra!
por Joachim Emidio | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de Gizmodo – UOL
Imagine um lugar onde o silêncio é tão absoluto que você pode ouvir o som do seu próprio sangue batendo! No campo da Acústica, muito se fala sobre as câmaras anecoicas (sem eco). De fato, são construções arrojadas que têm o propósito de simular um ambiente isento de vibrações, tanto sonoras quanto eletromagnéticas.
Assim, uma sala anecoica é projetada para conter qualquer tipo de reflexão ou refração, vindas do ambiente externo ou interno. Ou seja, a construção cria uma condição de “campo livre”, onde não há sinais refletidos. Obviamente, é impossível conter absolutamente todas as vibrações. No entanto, o ambiente onde isso se torna mais próximo da realidade é a câmara anecoica.
Construídas para diversos propósitos, como teste de radares, antenas e, obviamente, estudos de Engenharia Acústica, as câmaras desse tipo produzem uma experiência única para qualquer um que entra em seu domínio. Com efeito, a construção não só serve para testes científicos, mas também já influenciou músicos e artistas. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!
Imagem reproduzida de Compensated Compact Test Range
Imagem reproduzida de everything RF
O que são câmaras anecoicas?
O objetivo das câmaras anecoicas é absorver energia (vibrações, ondas) vindas de qualquer direção. Por isso, todas as superfícies internas precisam ser revestidas com determinados materiais, incluindo o chão. Como tais materiais impossibilitam qualquer pessoa de andar no local, são frequentemente instaladas grades no chão.
Tais materiais são espumas de alta absorção. Além de funcionar como um bom isolante, o formato dessas espumas é especialmente desenhado para que o som reflita o menos possível.
Imagem reproduzida de concepcaoacustica
Câmara semi-anecoica
Por outro lado, a câmara semi-anecoica já não usa espumas no chão. Ao invés disso, o chão é maciço, contendo no máximo alguns tapetes como revestimento externo. Isso se faz necessário, por exemplo, em testes com objetos pesados, como carros, máquinas industriais, entre outros. Estes, não seriam suportados por uma grade como a da câmara anecoica. Ademais, estúdios profissionais de gravação contém, geralmente, salas semi-anecoicas.
Apesar de seu emprego pragmático, as salas anecoicas ou câmaras anecoicas sempre instigam os curiosos. Comumente, são descritas como lugares que deixarão qualquer um louco, proporcionando um silêncio insuportável.
Apesar de haver um pouco de exagero nisso, também há um pouco de verdade. Certamente, se você ficar por tempo suficiente numa câmara desse tipo, será possível ouvir seus próprios batimentos cardíacos. Com isso, a própria sensação física de seu coração batendo se intensificará.
Muitas pessoas também relatam que, quando você se move dentro das câmaras anecoicas, os ossos fazem “creques”. Além disso, é possível também perder o equilíbrio. Isso se dá pelo fato de que a falta absoluta de reverberação sabota a noção de espaço.
Imagem de Microsoft reproduzida de Fatos Desconhecidos
No vídeo a seguir, confira uma reportagem feita por Derek Muller, em seu canal Veritasium. O vlogueiro e PhD em engenharia física põe à prova o mito de que é impossível permanecer em câmaras anecoicas por mais de 45 minutos.
A influência das câmaras anecoicas na música
Ainda acerca da experiência de estar em uma sala dessas, um interessante relato é o do compositor norte-americano John Cage. Depois de visitar a câmara projetada por Harvey Sleeper e Leo Beranek, em Harvard (uma das primeiras do mundo), Cage relatou um pouco de sua experiência:
“Naquela sala silenciosa, ouvi dois sons, um alto e um baixo. Depois, perguntei ao engenheiro responsável por que, se a sala estava tão silenciosa, eu tinha ouvido dois sons. Ele disse: ‘O mais alto era seu sistema nervoso em operação. O mais baixo era seu sangue em circulação.’.” – John Cage.
A experiência o influenciou a criar a famosa obra 4’33”, de 1952. Nele, o músico não toca nenhuma nota sequer, sendo que a ideia é encorajar a audiência a ouvir o “silêncio” do ambiente, assim como a profusão de sons implícitos que ele apresenta. Mais tarde, em seu livro “Silence”, de 1961, o compositor de vanguarda atesta, de forma poética: “Por mais que tentemos fazer silêncio, não podemos… Até eu morrer haverá sons. E eles continuarão seguindo minha morte.”.
Imagem reproduzida de Olá! Como estás
Salas de silêncio ao redor do mundo
Apesar de a sala de Harvard ter sido demolida em 1971, hoje existem vários outros exemplos ao redor do mundo. A câmara do Orfield Laboratories, por exemplo, bateu recordes como o lugar mais sonoramente isolado do mundo. A sala fica em Minneapolis (EUA), e é usada para testes de ruídos em válvulas cardíacas, displays de smartphones e outros aparelhos eletrônicos.
Além dela, também são famosas a Benefield Anechoic Facility, da aeronáutica estado-unidense, e a Compact Payload Test Range, na Holanda. Também vale mencionar as câmaras da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e da Universidade de Salford, na Inglaterra.
Já pensou em desafiar seus sentidos e experimentar o silêncio absoluto em uma câmara anecoica? Conte para a gente na aba de comentários!
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Pesquisador, professor e artista. Colaborador do E360, difunde notícias e atualidades da Engenharia e todos os seus desdobramentos. É especialmente curioso sobre os campos de intersecção entre Engenharia e Música, como a Acústica e a Organologia. Atualmente é pós-graduando em Performance Musical pelo Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, SP.
4 modelos de projetos que prometem ajudar a melhorar as condições do ar nas cidades
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4minPolazzo – imagem de AIBC eNews
Precisamos ir agora mesmo atrás de novas soluções para diminuir o impacto ambiental e melhorar as condições do ar nas cidades!
Já passou a hora do desenvolvimento sustentável e ecológico ficar apenas no discurso – os efeitos do aquecimento global estão aí para provar isto. E alguns engenheiros e arquitetos espalhados pelo mundo estão lutando para criar estruturas que, além de tudo, possam diminuir a poluição do ar e promover um desenvolvimento social, cultural e econômico nas diferentes comunidades do planeta. Veja exemplos no texto a seguir!
Exemplos de projetos que poderiam ajudar a melhorar as condições do ar nas cidades
1. Hyper Filter Skyscraper
O projeto Hyper Filter Skyscraper foi idealizado pelo arquiteto russo Umarov Alexey. Seria um edifício revestido com uma camada externa composta de tubos e filtros. Tal construção seria capaz de absorver os gases poluentes e devolver, após um processo químico, oxigênio para a atmosfera – como a respiração humana faz, mas em sentido inverso. E o material químico seria posteriormente armazenado em pequenos reservatórios e usado em outras construções e também na indústria química. Sendo mito ou verdade, certamente tal proposta é revolucionária e traz esperança de um mundo melhor!
Hyper Filter Skyscraper – imagem de Green Me
2. Bloom
O projeto Bloom, idealizado pelo escritório francês de arquitetura Sitbon, é bastante semelhante ao modelo anterior. Seria outro edifício – tipo cápsula flutuante – com a capacidade de renovar o ar, porém através de um sistema de conversão de água potável. O mesmo apresentaria grandes tanques de aquários repletos de fitoplânctons e seres microscópicos, retirando o dióxido de carbono da atmosfera como uma estufa orgânica. A construção ainda contaria com diversos sensores para o aviso de possíveis tragédias naturais, como tsunamis.
Bloom, Sitbon – imagem de Ciclovivo
Bloom, Sitbon – imagem de TVBS
3. Polazzo
O Edifício Polazzo, em Milão, na Itália, foi a sede da Expo Arquitetura de 2015. Seu projeto foi todo baseado no mesmo conceito de despoluição do ar. Sua estrutura simulava uma pequena floresta, com apoio gigantes que lembram raízes de uma árvore. Ela contou com a utilização de um cimento fotocalítico – concreto misturado com dióxido de titânio -, que reagia com os raios solares captando alguns poluentes do ar e transformando-os em sais inertes. E por conta de tudo isso e muito mais, foi uma das maiores atrações para os turistas que visitaram a cidade naquele ano.
Por fim, não falamos de um projeto em específico, mas de várias arquiteturas com design biofilico de brises vegetais ou sacadas, terraços e fachadas verdes. Seus interiores oferecem muito mais conforto. As plantas em torno da sua estrutura ajudam a realizar uma proteção termo acústica dos ambientes. Além disso, renovariam o ar local, influenciando também na qualidade de vida das pessoas que andam ao seu redor, pela cidade – diminuindo esse efeito das ilhas de calor em espaços urbanos.
Scy Garden, Milão (imagem de Thoni Litsz)
O ideal também seria sempre termos plantas dentro de casa, renovando e umidificando o ar dos cômodos das nossas próprias residências.
Podemos utilizar espécies como gérberas, crisântemos e azaleias. Outra opção ainda melhor são os legumes e as ervas para mini hortas – que, além de tudo, incentivam a boa alimentação na família. E já que estamos atualmente passando mais tempo dentro de casa e realizando nossas refeições no lar, nada melhor do que poder contar com isto!
Cantinho da casa preparado para home office. (imagem Pixabay)
Você já conhecia algum desses projetos? Conte para nós na aba de comentários!
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Entregador usa mochila para procurar estágio em Engenharia
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2min
Além de entregador, João também já trabalhou como motorista de Uber e vendedor ambulante
É certo que a criatividade é atributo inato dos seres humanos. Em tempos de crise, sobretudo, ela pode ser um caminho para sua sobrevivência, assim como para perseguir seus sonhos. É o exemplo do que fez João dos Anjos, de Belo Horizonte (MG). João tem 27 anos e atualmente está no último período do curso de Engenharia Civil, numa faculdade particular onde tem bolsa integral. Além disso, para sobreviver e sustentar sua filha de quatro anos, o jovem trabalha como entregador.
“Eu sou apaixonado pela Engenharia, é algo que eu sempre fui apaixonado, sempre gostei muito. Então, enquanto eu puder escolher, vai ser isso. Essa é a profissão que eu quero ter como minha, então vou fazer o que eu puder.”
João dos Anjos
E justamente o sonho de atuar profissionalmente na Engenharia que o levou a trabalhar cerca de 10 horas diárias pilotando sua moto. A fim de encontrar trabalho na área, sua mochila de entrega circula por Belo Horizonte com o anúncio: “Procuro estágio em Engenharia Civil”.
Trabalho como entregador é trampolim para alcançar sonhos
Além de entregador, João também trabalhou como motorista de Uber e vendedor ambulante. Mas a paixão pela Engenharia nunca enfraqueceu por isso.
“Eu sempre fui muito apaixonado por Engenharia, sempre gostei muito da execução da obra. Quero evoluir na carreira”, relata o rapaz. “Importante mesmo é correr atrás”. Embora tenha feito outras atividades para se sustentar, foi o trabalho como entregador que lhe trouxe a ideia de anunciar a procura por estágio em sua área.
“Vi na bag uma forma mesmo de chamar a atenção. Com essa dificuldade de conseguir alguma coisa, para cada vaga tem dezenas de candidatos e você precisa ter um jeito de chamar a atenção para o seu currículo.”
João dos Anjos
De fato, o propósito de chamar a atenção foi atingido. O anúncio foi visto, fotografado, publicado, e convites para entrevistas começaram a surgir. “Graças a Deus, depois que o pessoal postou, começou a dar muito resultado”, diz João.
O engenheiro João dos Anjos, 27 anos.
Apesar da falta de incentivos, que o levou a trabalhar como entregador, o jovem já trabalhou duas vezes como concursado, em cargos públicos. Além disso, trabalhou em um empresa privada, na área de iluminação. No entanto, o agravamento da crise atual o fez procurar outros caminhos.
O projeto será implementado em mais de 10 países, nos quais a rede de "guardians" do Rainforest Connection já recolhe dados acústicos
Com o propósito de prever e reduzir a exploração ilegal de biomas naturais latino-americanos, a empresa Rainforest Connection, é especializada em criar sistemas de monitoramento de dados acústicos. A ideia é fornecer para a bioacústica e a ecoacústica ferramentas eficientes, que possam detectar em tempo real ruídos de motosserras, por exemplo.
Jaguar sob uma árvore. Floresta Amazônica, Brasil. Fonte: WWF.
Segundo a ONG internacional World Wide Fund for Nature (WWF), uma área de floresta tropical do tamanho de um campo de futebol é destruída a cada dois segundos. Desse modo, a extração ilegal de madeira ameaça animais, plantas e biomas inteiros. As comunidades indígenas também vivem sob essa constante ameaça. “Nós vimos em primeira mão que, se você protege as árvores, acaba protegendo todo o resto”, diz a apresentação da Rainforest Connection, em seu site oficial.
Além disso, segundo pesquisa realizada em conjunto pela por organizações do Reino Unido e Noruega, pelo menos 80% do desmatamento ilegal nas florestas tropicais é impulsionado pela agricultura extrativista. Como se não bastasse, esta prática também contribui para a emissão de gás carbônico na atmosfera terrestre. Ou seja, a exploração ilegal se insere numa complexa cadeia de grupos de interesse e ameaças ambientais.
Impressão bioacústica ajuda contra a extração ilegal
A princípio, a iniciativa da Rainforest Connection foi a de construir dispositivos que detectam dados acústicos. Os chamados “guardians” podem distinguir sons de motosserras e outros equipamentos. Em tempo real, avisos são enviados para os guardas reais (guardas florestais), para que possam verificar o local.
Contudo, o sistema apresentava uma lacuna na eficiência, pois o processo de localização de motosserras e afins pode demorar até duas semanas. Para esse problema, a Hitachi Vantara, um braço da empresa de soluções digitais Hitachi, trouxe uma solução.
Se utilizando da Lumada, sistema IoT desenvolvido pela Hitachi, é possível diminuir consideravelmente o tempo de latência entre a detecção de um ruído e a localização da ação ilegal em si. No caso, o sistema cumpre a função de extrair uma “assinatura bioacústica” do local.
Sendo assim, não há tanta dependência de detectar o ruído exato de um equipamento de extração madeireira, embora isso seja fundamental. Mas de forma complementar, a assinatura bioacústica fornece informações sobre como a própria ambiência sonora do local está se comportando. Por isso, é possível prever ações ilegais de forma mais otimizada, pois a emissão de sinais vinda da própria floresta (seus animais, em maior parte) serve como aviso.
A cooperação entre as empresas existe desde 2019, quando a Hitachi Vantara doou 250 mil dólares para apoiar a iniciativa da Rainforest Corporation.
Topher White, CEO da Rainforest Connection, afirma: “Os projetos com a Hitachi Vantara são uma mudança de jogo para Rainforest Connection”.
Atualmente, o projeto está programado para implementação em mais de 10 países, nos quais a a rede de “guardians” do Rainforest Connection já está atuando. “Seremos capazes de aumentar nossas operações e fornecer aos guardas-florestais maior certeza sobre quando os eventos ilegais provavelmente acontecerão”, garante White.
E você, o que achou desta inovação no campo da bioacústica? Conte nos comentários!
O que é e como funciona a arquitetura e engenharia estrutural de casas flutuantes
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4mincasa flutuante container – imagem de Trip to Follow
Imagina poder transportar a sua casa por rios e mares, levando este estrutura para onde quiser - áreas de paisagens mais belas e seguras para viver
Certamente, depois de tudo que vivenciamos em 2020, parece ter ficado claro que o impacto do ser humano contra a natureza é mais grave do que pensávamos. Durante muitos anos convivemos com o meio ambiente de forma harmônica. Mas, infelizmente, sobretudo na contemporaneidade, as ações cometidas pelo homem agravaram problemas inclusive de ordem climática. Hoje convivemos com as enchentes e o aumento dos níveis dos oceanos. Muitas pessoas acreditam que devemos nos preparar para os piores cenários. E a arquitetura já saiu na frente, propondo soluções diferentes, como as das casas flutuantes!
O que são casas flutuantes?
Casas flutuantes são modelos totalmente atípicos de arquitetura e que pode ser comercial, residencial ou institucional. Seus padrões primam pela sustentabilidade. Geralmente, já na sua fase de construção, são utilizados materiais mais ecológicos, havendo o mínimo de desperdício de materiais e recursos. Estas casas também se valem de soluções especiais para o fornecimento de energia e de água potável, além da destinação do esgoto e de outros resíduos.
Agora, de tudo, a parte mais incrível dos projetos de casas flutuantes é a construção sobre a água, apresentando uma estrutura flexível, ou seja, que acompanha as mudanças de altura das marés. E nem precisaríamos dizer que a maior vantagem disso é justamente resistir a eventos climáticos extremos!
Diante de tantos problemas ambientais que passamos, e pensando principalmente nas pessoas que vivem em zonas afetadas por catástrofes naturais, é inevitável não lembrar das arquiteturas que são capazes de se adaptar a esta nova realidade. E as casas flutuantes combinam perfeitamente com esta ideia! Mas é óbvio que estes empreendimentos oferecem muito mais do que já citamos antes!
Casas flutuantes também devem oferecer mais autonomia e paz às pessoas. Por exemplo, uma residência com tal estrutura pode ser facilmente adaptada a uma nova paisagem. Sempre que o proprietário quiser, pode mudar de cenário, basta ancorar a sua casa em uma nova marina ou baía. É um modo de vida mais seguro e privativo!
Residências no Lago Bokodi
Por que as estruturas de casas flutuantes não afundam?
Antes de esclarecer como são as estruturas das casas flutuantes, em termos de engenharia, devemos lembrar primeiro que tais construções não são nenhuma novidade. Em tempos antigos certas casas eram construídas sobre troncos de árvores e assim flutuavam. E não podemos nos esquecer da situação de Veneza. De certo modo, este conjunto urbano segue um conceito semelhante, com uma estrutura elevada sobre a água – só que com diferencial de ter uma fundação ligada diretamente ao solo.
Veneza – imagem de Pixabay
No Brasil
Aqui, no Brasil, temos também exemplos de casas flutuantes. Especialmente dentro da região amazônica – onde está localizada a maior bacia hidrográfica do mundo. Lá, diversas construções flutuantes servem não apenas de moradia, mas de escolas, consultórios médicos e mais serviços itinerantes. Neste caso, as casas construídas sobre palafitas ou grandes tonéis presos sob plataformas quase sempre abrigam pessoas de faixas sociais mais baixas, ou seja, pessoas em situação devulnerabilidade ambiental.
casas palafitas – imagem de Pixabay
No mundo
Ao redor do mundo, existem muitos outros exemplos de projetos de casas flutuantes. Especialmente no oriente, várias arquiteturas como esta já foram construídas com estruturas de madeira ou bambu. Em outras localidades também vemos casas flutuantes com estruturas feitas de container e peças pré-fabricadas, até mesmo de concreto. Algumas delas são colocadas sobre catamarãs – com capacidade máxima limitada ao que a embarcação pode suportar. E apesar desse sofisticado sistema poder se movimentar sobre a água, não deve ser comparado a um iate com casa, por exemplo – ambas as coisas são diferentes.
casas de bambu – imagem de Sustenta Arqui
casa flutuante container – imagem de Trip to Follow
casa flutuante catamarã – imagem de NauticExpo
Mesmo com tanta explicação, algumas pessoas podem ficar confusas sobre como as casas flutuantes flutuam. Para resumir, é como colocar uma tigela sobre a água. Todavia é sempre importante prever a distribuição de pesos e estudar como essas cargas irão agir sobre a estrutura.
Quem prefere uma coisa mais fixa, ainda sim flutuante, pode optar pela arquitetura anfíbia. Neste caso, a casa é presa em um poste de amarração flexível e assentada sobre fundações de concreto submerso. E quando o nível da água do rio ou lago onde ela estiver subir, toda a casa irá se mover para cima e flutuar. Lembrando que ainda será preciso fazer uma estrutura fixa na margem para colocar as centrais dos sistemas de elétrica, hidráulica, e mais.
casa flutuante com base fixa – imagem de Casa Vogue
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Sacolas plásticas são transformadas em tecido sintético
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3min
A ideia é que a nova tecnologia têxtil seja aplicada até em trajes espaciais de alta performance
Sem dúvidas, o polietileno é um dos plásticos mais utilizados na indústria contemporânea. Seu uso em embalagens industriais, por exemplo, é uma homogenia. Considerando isso, a reciclagem se mostra uma alternativa pertinente e premente. E este é exatamente o mote de uma nova pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, transformando sacolas plásticas em tecido sintético.
A iniciativa pode ter um impacto sustentável direto em dois aspectos: de um lado, estimula o reuso de resíduos plásticos. De outro, diminui a necessidade de produção de tecidos. Nos últimos anos, a quantidade de resíduo têxtil só aumentou no Brasil, por exemplo.
Em conversa com a BBC News, a Dra. Svetlana Boriskina, do departamento de engenharia do instituto, confirma a urgência da ação: “Não há razão para que uma simples sacola de plástico não possa ser transformada em fibra e usada como roupa de ponta”. E, de fato, não é de hoje que a ideia de uma roupa reutilizável, que dispende de lavagem e descarte, povoa o imaginário popular acerca do que pode ser feito no futuro.
“Você pode ir literalmente do lixo para uma roupa de alto desempenho que oferece conforto e pode ser reciclada várias vezes de volta para uma nova roupa”, continua Boriskina.
Imagem: Christopher Vega | via Unsplash
Polietileno se mostra eficaz
O tecido sintético é feito de fibras de polietileno, tecidas em teares industriais. Uma característica marcante do tecido é que suas fibras tendem a uma certa porosidade, permitindo a entrada de água. Sendo, por convenção, se pensaria o contrário do polietileno (a tendência de repelir a água). Por isso, o tecido tem um bom potencial ao ser usado em roupas esportivas.
O plástico pode ser tingido em diferentes cores antes de virar um tecido. A ideia, aliás, é que o tipo de tecido seja de um componente comum entre as roupas (polietileno), possibilitando a remodelagem de novos exemplares de roupas, de tempos em tempos.
Iniciativa é promissora, mas ainda tem o que melhorar
Segundo os pesquisadores, o tecido sintético de polietileno é menos prejudicial ao meio ambiente do que os de algodão, que são os mais utilizados no mundo todo. Além disso, pode ser lavado em água fria.
Além dos já mencionados impactos no meio-ambiente, a iniciativa também traz promessas para o futuro da exploração espacial. A longo prazo, a ideia é que a nova tecnologia têxtil seja aplicada em trajes espaciais de alta performance. Assim, pretende-se proteger astronautas de radiações cósmicas.
Imagem: Bilge Tekin | Via Unsplash
Apesar disso, em estudo publicado na Nature Sustainability, o Dr. Mark Sumner, da Universidade de Leeds (Inglaterra), aponta críticas ao novo tecido.
“O desafio fundamental que vejo (…), é quão bem a fibra se alinha com os requisitos de conforto, toque e caimento do consumidor”, diz ele. “Se o tecido parecer ceroso ou rígido e não tiver conforto, os consumidores não comprarão o produto e, portanto, a fibra terá uso limitado para roupas.”
O principal alerta de Sumner é quanto a algumas propriedades típicas do polietileno. A resistência e a temperatura de fusão, assim como sua baixíssima absorção de umidade, tendem a limitar seu uso em têxteis.
O que você achou dessa tecnologia? Deixe nos comentários!
MIT desenvolve IA que detecta erros em automedicação
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem:
Olga DeLawrence | via Unsplash
O sistema é menos invasivo que o uso de câmeras, por exemplo
É muito comum, em tratamentos que envolvem a automedicação, que pacientes cometam erros ao realizá-la. Havendo a necessidade de ingerir comprimidos ou cápsulas, ou mesmo de injetar insulina em si mesmo, sempre há um risco de que o paciente não consiga cumprir os protocolos adequados.
É importante lembrar que isso pode acontecer em qualquer tipo de medicina. Tanto na alopatia, homeopatia, quanto em outras vertentes, a medicação irresponsável pode trazer sérios riscos e consequências graves.
Para enfrentar esse problema da automedicação, um grupo de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT) está unindo sensores sem fio a inteligências artificiais. “Alguns trabalhos anteriores relatam que até 70 por cento dos pacientes não tomam insulina conforme é prescrito, e muitos não usam inaladores adequadamente”, disse Dina Katabi, professora do grupo.
Ou seja, pacientes podem nem perceber quando cometem um erro. Sendo assim, a equipe projetou um sistema automatizado que cumpre essa função.
Entre os principais autores do estudo, estão: Mingmin Zhao, um estudante de doutorado no Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (CSAIL), Kreshnik Hotie, atual membro do corpo docente da Universidade de Prishtina em Kosovo. Já entre os co-autores, estão: Hao Wang, ex pós-doutorando do CSAIL e atual membro do corpo docente da Rutgers University, e Aniruddh Raghu, um aluno de PhD do CSAIL.
Sistema funciona como um roteador Wi-Fi
O sistema pode ser instalado em casa, e funciona como um radar, se utilizando de ondas de rádio para agir. Similarmente a um roteador Wi-Fi, o dispositivo rastreia movimentos dentro de um raio de 10 metros.
Inalador. Fonte: MIT.
Depois disso, a leitura desses sinais refletidos é feita por uma IA. Esta, os traduzem em informações que indicam o que o paciente está fazendo. Assim, uma vez que a IA não detecta nenhuma automedicação sendo feita em determinada hora, ela imediatamente faz um aviso. Anteriormente, já houve pesquisas nesse sentido, utilizando os mesmos meios para monitorar as posições de dormir das pessoas.
“Uma coisa boa sobre este sistema é que ele não exige que o paciente use nenhum sensor”, diz Mingmin Zhao. “Ele pode até funcionar quando há barreiras, da mesma forma que você pode acessar seu Wi-Fi quando está em uma sala diferente do roteador.”
Além da facilidade que é não precisar de fios, a rede também traz um alto nível detalhamento na detecção e seus respectivos avisos. Como, por exemplo, reconhecer se um paciente mantém pressionada sua seringa de insulina por cinco segundos em vez dos 10 segundos que são prescritos.
Privacidade de pacientes automedicados foi preocupação
Sobre a realização das pesquisas, Zhao afirma que existem outras possibilidades, como por exemplo o uso de câmeras ao invés de ondas de rádio. “Mas usar um sinal sem fio é muito menos invasivo. Não mostra a aparência das pessoas”, diz ele.
De fato, a novidade se mostra eficiente, mesmo sem usar imagens filmadas. Ou seja, seu bom desempenho independe disso, sendo este fator considerado uma vantagem por Zhao.
Desse modo, é possível reduzir visitas desnecessárias ao hospital. Afinal, é possível que os médicos responsáveis também sejam notificados com os relatórios do aparelho, de forma remota. E, considerando o momento de pandemia, pode-se dizer que essa também é uma valiosa vantagem.
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5minresíduos da construção civil – Imagem de pixabay
A questão do impacto ambiental provocado pela construção civil mundial nunca foi tão discutida quanto nos dias de hoje. De fato, os materiais indicados em projetos repensados visando, por exemplo, a arquitetura de arquitetura desmontável e reaproveitável.
Sim, queremos e podemos ter prédios que tenham um tempo de vida útil maior; estruturas que sejam mais econômicas; e resíduos de obras que possam ser reaproveitados. Mas, infelizmente, o Brasil está atrasado nessa questão. Pensando em mudar esta realidade, trazemos a pauta para discussão no Engenharia 360!
O cenário atual da Arquitetura e Engenharia Civil
A questão do aumento expressivo do desmatamento em território brasileiro nos últimos anos tem impactado toda a população ao redor do mundo. Os profissionais em todos os setores precisam estar mais engajados em buscar soluções que ajudem a amenizar o problema. A ideia é conseguir encontrar alternativas simples e factíveis de mudar o cenário do país, incluindo a situação da arquitetura e engenharia brasileira atual.
Sabemos que a indústria da construção civil é uma das que mais impacta o planeta, aumentando as emissões de CO2 e uso de recursos naturais. Tem-se falado muito sobre projetos mais sustentáveis ou mais verdes. Porém, isso precisa ir além das instalações de telhados verdes ou de painéis solares. De fato, há muito mais a se fazer neste sentido!
Também existe outro problema que se agrava no país envolvendo o meio ambiente, sendo o aumento de pessoas em situação de miséria. Por todas as cidades, há milhares de desabrigados que precisam ser acolhidos; também aquelas pessoas que perderam as suas casas por conta de desastres naturais. Estes são fenômenos que devem aumentar principalmente agora com as mudanças climáticas e a recente pandemia mundial. E projetos mais sustentáveis poderiam ajudar bastante nesse sentido!
moradores de rua – Imagem de pixabay
A solução da arquitetura desmontável e reaproveitável
Trazemos para este texto uma possibilidade de construção que pode ser colocada em prática para atender estas famílias de desabrigados e, além disso, ajudar a amenizar, a longo prazo, outros problemas ambientais. É o caso das chamadas arquiteturas desmontáveis ou reaproveitáveis! Estas seriam estruturas construídas por meio de um sistema efêmero ou que pode ser reaproveitado em caso de demolição, minimizando o desperdício de materiais.
Especificamente no caso das construções efêmeras, tal arquitetura poderia ser provisoriamente instalada em um local longe de perigos de desastres naturais, sendo, posteriormente, remontadas de forma rápida e econômica em outro local e em uma nova situação.
Já no segundo caso, das arquiteturas reaproveitáveis, as estruturas apresentariam partes com conexões desmontáveis que podem ser totalmente recuperadas. Outra opção seria pensar, desde a concepção do projeto arquitetônico, na utilização de materiais em substâncias que são capazes de ser recuperadas ou segregadas para uma possível reciclagem ou modernização da estrutura.
edifícios nas cidades – Imagem de PIXNIO
O modo de pensar desses modelos de arquitetura
Pensar em arquiteturas sustentáveis tão complexas como são essas arquiteturas desmontáveis ou reaproveitáveis não é fácil! Deve-se levar muita coisa em conta na hora de projetá-las!
Primeiro vem a questão da durabilidade – “Quantas vezes poderão ser reutilizadas em situações de emergência?”, “Em quantas horas poderão ser montadas?” – e da praticidade – “Será que poderão ser personalizadas?”. Também deve-se levar em conta uma execução com muito menos resíduos e desperdícios de recursos. Um transporte mais fácil das peças. E por fim como será a integração do homem com esta arquitetura e seus espaços.
Geralmente estas arquiteturas apresentam estruturas modulares pré-fabricadas – como em gesso e polietileno – com possibilidade de desmonte. Sua planta pode ser facilmente adaptada para abrigar diversos usos – moradia, escola, posto de saúde, e mais. Também detalhes que tornam a estadia das pessoas mais confortável, seja no período do ano que for. Elas possuem um bom isolamento térmico e acústico. Muitos revestimentos são feitos de material reciclado – como a base de pneu, por exemplo -, e as instalações hidráulicas e elétricas seguem um modelo sustentável.
Nolla Cabin – Imagem reproduzida de Robin Falck
Dois exemplos de projetos de casas sustentáveis
Na década de 1930, o metalúrgico especialista em móveis estilo Art Decó, Jean Prouvé, começou a testar alguns dos seus estudos em estruturas arquitetônicas. Ele foi o primeiro a pensar em casas desmontáveis, um conceito que está presente hoje em dia em diversas obras de arquitetura e engenharia civil.
O projeto da Nolla Cabin, do finlandês Robin Falck, é um bom exemplo. Ela possui uma estrutura leve com peças de encaixes que são fáceis de montar, desmontar e transportar. Ela ainda apresenta diversas soluções sustentáveis, como painéis solares. E a ideia do projetista é que este modelo de construção sirva de referência de como impactar o mínimo possível o meio ambiente!
Nolla Cabin – Imagem reproduzida de ArchDaily
A Casa Lite, desenvolvida pela empresa Duda Porto Arquitetura, no ano de 2013, é mais outro exemplo bem sucedido – e brasileiro. Ela possui uma área de 190 metros quadrados que pode ser erguida em apenas 40 dias. Sua construção é totalmente modular, desmontável, autossuficiente e sustentável, com baixa utilização de água e emissão de poluentes. Tal estrutura é composta de peças metálicas em estilo steel frame, que dispensa concretagem e pode ser reconstruída em terrenos diferentes. E a casa possui ainda captação de água pluvial, painéis solares, luzes de LED integradas a um sistema automatizado e ventilação cruzada.
Sim, é importante pensarmos na Arquitetura e Engenharia Civil do futuro! Porém, não podemos nos esquecer das obras do passado! É natural que, ao longo do tempo, com a evolução das cidades, muitos desses edifícios sejam demolidos ou renovados, um processo que gera entulhos. Trata-se de mais uma questão que podemos colocar no debate! Afinal, o que fazer com este material residual? Será que podemos reaproveitar alguma coisa?
De fato, deveríamos sempre pensar em adotar uma economia circular baseada em processos e fluxos de construção que tentasse sempre absorver, reutilizar ou reciclar sistemas, componentes e materiais das estruturas já existentes.
E mais, na utilização de materiais que sempre pudessem reformar a natureza! Seriam mais boas soluções para diminuir o impacto da construção civil sobre o meio ambiente!
Imagine você se pudéssemos reaproveitar todos os materiais provenientes de demolições destinados para aterros? É simples, basta olhar para a sua cidade como se fosse um grande estoque de matéria-prima que pode ser, um dia, utilizada para novas edificações. Que tal, ao invés de pensarmos em demolições, pensarmos em desmontagens? Reflita sobre essa questão!
Edifícios em demolição – Imagem de pixabay
Você já tinha parado para pensar sobre retrofit e a possibilidade de arquitetura desmontável? Responda na aba de comentários logo abaixo!
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
NASA divulga som gravado por Perseverance em Marte
por Rafael Panteri | | ATUALIZADO EM < 1minImagem ded Perseverance em Marte
A NASA divulgou, na última quarta-feira (17 de março), uma faixa de áudio que mostra o som do rover percorrendo o solo do planeta vermelho
Perseverance já está em Marte há mais de um mês e enviou uma enorme quantidade de dados – imagens e vídeos lotam a galeria no site da NASA. Agora foi a vez de um áudio chegar até a Terra. A publicação, feita pela Agência Espacial no Twitter, mostra um corte de 90 segundos do arquivo original, que tem mais de 16 minutos.
🔊 Hear that? That’s the sound of me driving over Martian rocks. This is the first time we’ve captured sounds while driving on Mars.
— NASA's Perseverance Mars Rover (@NASAPersevere) March 17, 2021
No áudio, podemos escutar o rover trabalhando e se movendo em cima das pedras marcianas, com suas rodas de metal. Além disso, é percebido um rangido do próprio mecanismo de condução do robô que, segundo a equipe de engenharia da missão é fruto da interferência eletromagnética de uma das caixas eletrônicas do veículo.
A gravação foi possível graças ao sistema EDL (sigla em inglês para Entry, Descent and Landing – “Entrada, Descida e Pouso”). A NASA, agora, consegue estudar o por que de cada som e assim analisar o funcionamento de Perseverance.
Representação gráfica do Perseverance em Marte
O próximo passo é colocar o pequeno helicóptero Ingenuity para funcionar. Pesando cerca de dois quilos, o modelo fará novas imagens que ajudarão o rover na coleta de materiais. Será um teste para futuras missões aéreas em Marte.
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.
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