Engenharia 360

Sydney Opera House: uma junção de Arquitetura e Engenharia

Engenharia 360
por Guilherme Menezes
| 25/09/2020 | Atualizado em 02/06/2022 4 min
Fonte: archdaily

Sydney Opera House: uma junção de Arquitetura e Engenharia

por Guilherme Menezes | 25/09/2020 | Atualizado em 02/06/2022
Fonte: archdaily

Confira como foi a idealização, construção a situação atual desse patrimônio mundial da humanidade!

Engenharia 360

Confira como foi a idealização, construção a situação atual desse patrimônio mundial da humanidade!

Conhecida mundialmente, o Sydney Opera House se tornou icônico e tem uma grande história que poucos sabem. Irei detalhar um pouco desde o motivo de construção, o local e finalidade do edifício, a escolha do arquiteto e sua construção.

O Sydney Opera House está localizado na cidade de Sydney, na Austrália, e foi finalizado em 1973 e inaugurado pela Rainha Elizabeth II (quanta honra, não é mesmo?). Mas sua história começou muito antes, exatamente no ano de 1956, quando ocorreu um concurso para a concepção de duas salas de espetáculos para óperas e concertos sinfônicos.

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E quem idealizou o Sydney Opera House e concebeu esse projeto?

O projeto arquitetônico foi concebido pelo arquiteto Jorn Utzon, na época um profissional desconhecido, que realizou alguns croquis simples que chegaram até a intrigar o júri pela simplicidade dos traços, mas o conceito apresentado de forma inovadora os convenceu.

Projeto inicial do Sydney Opera House
Fonte: archdaily
Projeto inicial do Sydney Opera House
Fonte: archdaily

Como foi construído o Sydney Opera House?

O projeto foi construído em 3 etapas, sendo elas: fundação e construção do embasamento, construção das cascas externas e por fim o interior.

Imagem da Construção do Sydney Opera House
Fonte: Createdigital

Responsável pela Engenharia e supervisão da obra, a empresa escolhida foi a renomada  Ove Arup & Partners. Na construção da primeira parte (embasamento), o projeto da Ópera não havia sido finalizado ainda e, desta maneira, muitas questões estruturais ficaram para trás. Assim, tiveram que ser modificados e reconstruídos para que suportassem a estrutura de concreto maciço.

Para a estrutura em casca, foi necessário um trabalho em equipe entre Utzon e Arup, chegando a uma solução formada por um sistema nervurado de cascas de concreto pré-moldado. Assim, foi permitida a padronização dos segmentos e a industrialização in-loco, já que usavam moldes comuns no próprio canteiro.

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A cobertura demorou muito a ser concluída, foram necessários 11 anos para que atingissem a idealização do arquiteto Utzon, que utilizou mais de 1 milhão de telhas cerâmicas feitas na Suécia.

Imagem da Cobertura do Sydney Opera House
Fonte: archdaily

Acreditam que o arquiteto se demitiu no meio do projeto?

Isto mesmo, o Arquiteto Jorn Utzon se demitiu após um conflito com o Governo de Nova Gales do Sul por causa dos aumentos de custos na construção. Com isso, 3 arquitetos assumiram seu posto.

Vocês conseguem imaginar qual foi o orçamento para essa obra?

Deve ter sido um alto investimento, não é mesmo? Para o Governo intervir e pressionar tanto devido aos custos ultrapassados do que havia sido estimado, chegando ao ponto do arquiteto responsável se demitir.

Sim, foi muito alto. A sua estimativa inicial era de 7 milhões de dólares, porém seu orçamento superior, na verdade, chegou na marca dos 102 milhões de dólares. E em 1989, o governo foi informado que seria necessário um gasto de 86 milhões de dólares para a manutenção do empreendimento.

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Como o projeto foi finalizado e como ele está atualmente?

O projeto sofreu algumas mudanças após os 3 arquitetos assumirem o posto do Utzon. Eles alteraram o Salão Principal, que tinha como intuito um espaço multiuso, mas tornou-se um espaço exclusivo para concertos. A sala menor, idealizada para produções teatrais, foi alterada para Casa de Óperas e Balés.

O acesso às salas é feito por escadarias externas que marcam uma entrada inesquecível devido a sua arquitetura. Devido ao espaço limitado das salas impedindo grandes produções, foram anexados mais 3 teatros menores, bares, restaurantes, sala de cinema e até uma biblioteca, totalizando mil salas.

Imagem do interior do Sydney Opera House.
Fonte: Viajonarios

Todo este estouro no custo previsto e grandes desafios resultou neste marco arquitetônico que é considerado uma das maiores estruturas já construídas e que, a partir de 2007, se tornou Patrimônio Mundial da Humanidade.

Imagem do exterior do edificios Sydney Opera House
Fonte: archdaily

Atualmente, ele vem se inovando, utilizando das novas tecnologias para chamar atenção e realizar os mais diversos eventos. Em 2019, começou outra reforma idealizada desde 2013, em seu aniversário de 40 anos. A reforma pretende trazer maior acessibilidade, aprimorar o espaço para receber as performances e também a melhoria da acústica, possibilitando mais uma vez, o trabalho em equipe entre arquitetos, engenheiros, músicos e cantores.

Leia também: As Torres Gêmeas: história, colapso e reconstrução do ponto de vista da engenharia

E vocês, o que acham desse projeto e obra de arte? Deixe seu comentário!

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Guilherme Menezes

Engenheiro Civil, nascido e criado em São Paulo. Atua na área de projetos de Infraestrutura, estruturas e portuária. Se interessa por economia, atualidades e inovação.

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