A empresa HyperloopTT é responsável pelo primeiro e único sistema de teste em grande escala da tecnologia hyperloop no mundo, em Toulouse, na França. E, agora, ela está se comunicando com o governo gaúcho para implantar um sistema de transporte ultrarrápido entre as cidades de Caxias do Sul e Porto Alegre. Alguns duvidam que esse plano saia do papel. Teoricamente, é tecnicamente viável e traria muita economia para o estado, gerando lucros sem exigir subsídios governamentais. Porém, ainda assim, teria um preço salgado para o brasileiro; fora que é classificado por muitos estudiosos como uma tecnologia que, embora avançada, apresentaria potenciais riscos. Saiba mais no texto a seguir!

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Imagem reproduzida de Tribuna Getuliense – Notícias de Getúlio Vargas e Região

A proposta para o Rio Grande do Sul

Imagina ter na cartela de clientes os Emirados Árabes, Estados Unidos e Alemanha; e no meio desses ainda o Brasil! A proposta da HyperloopTT é que o seu hyperloop faça 135 quilômetros – Caxias do Sul a Porto Alegre – em apenas 19 minutos de 45 segundos, a 835 quilômetros por hora – a saber, de carro, isso representaria cerca de duas horas. O veículo ultrarrápido, em forma de cápsula, faria o trajeto através de vácuo dentro de um tubo de baixa pressão atmosférica e com centenas de quilômetros de comprimento, em baixo consumo de energia. Realmente, uma curiosa solução de Engenharia Moderna!

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Imagem reproduzida de StartSe

Os cientistas dizem que a ideia é reproduzir em solo as mesmas condições encontradas pelos aviões na altitude. No entanto, este projeto é bastante semelhante com os planos da chamada Boring Company, da Tesla, ou mesmo com o sistema ferroviário de levitação magnética lançado recentemente pela China – também tema de matéria do 360. Concorda com a semelhança?!

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Imagem reproduzida de Jornal NH
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Imagem reproduzida de Revista Amanhã

Testes

O Governo do Estado já solicitou para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul uma pesquisa sobre a tecnologia. Nesta pesquisa, foi estimado que, com o hyperloop haveria uma redução de 2,3 bilhões de reais no custo operacional do trajeto Caxias do Sul – Porto Alegre. Além disso, a geração de cerca de 60.000 empregos e cerca de 95.000 toneladas de CO2 a menos na atmosfera. E para os próximos 30 anos, o custo de operação estimado seria em torno de 7,71 bilhões de reais.

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Imagem reproduzida de Jornal NH
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Imagem reproduzida de Diário do Transporte

Os pontos a favor e contra para o hyperloop

O hyperloop da HyperloopTT seria alimentado por energia renovável que poderia ser gerada a partir de painéis fotovoltaicos instalados no próprio percurso do veículo. Os painéis poderiam gerar 339 GWh, enquanto o consumo energético do hyperloop seria, neste caso, de 73 GWh ao ano – o excedente poderia ser vendido. E, por fim, vale a pena citar novamente a redução imensa de CO2 lançada na atmosfera com a adoção do transporte no Rio Grande do Sul.

Por outro lado, a negativa da população também precisa ser considerada. Tem a questão do desmatamento e realocação de famílias de propriedades públicas e privadas para a construção do tubo. Também não há ainda esclarecimentos sobre plano de emergência caso aconteça algum acidente dentro do hyperloop ou mesmo algum esquema de segurança contra ações humanas – assaltos e mais. Além disso, o custo da tecnologia, apesar dos estudos, ainda parece cara demais – sobretudo para a realidade brasileira. Portanto, é preciso questionar se este é mesmo um bom investimento!


Fontes: Revista Exame, Jornal do Comércio.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A economia brasileira, assim como o mercado mundial, está em constante transformação. Só no último ano, conforme o IBGE – ou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, a nossa população aumentou em quase 3 milhões de habitantes, chegando à marca de cerca de 214 milhões de pessoas.

Com esse crescimento exponencial também cresce a necessidade de uma produção de bens mais veloz e mais mão de obra. Em consequência a isso, a tendência global dos cobots está crescendo também aqui no Brasil. É a tecnologia apoiando a colaboração próxima entre humanos e robôs. Saiba mais sobre isso no texto a seguir, do Engenharia 360!

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Imagem reproduzida de ABB

O que é Cobot?

Muitos gestores conhecem pouco ou até desconhecem todas as possibilidades que a automação e o uso de robôs poderiam fazer para as suas produções. Outros, diferente disso, já compreenderam as mudanças que estão acontecendo no mercado e já correm contra o tempo buscando formas de conseguir entregar seus serviços e produtos com mais eficiência e agilidade. E um dos segredos para isso é o uso de cobots!

E para quem não sabe, cobots ou robôs colaborativos são braços robóticos que podem ser combinados com a mão de obra humana para a realização de atividades em fábricas. Explicando melhor, são dispositivos projetados para a interação direta com humanos em um espaço compartilhado, liberando os humanos de certas atividades para poderem ocupar funções nas quais suas habilidades e inteligências são realmente relevantes.

Claro que as aplicações dos cobots contrastam com as aplicações tradicionais de robôs industriais, nas quais os robôs são isolados do contato humano.

cobots
Imagem reproduzida de ABB

Veja Também: INDÚSTRIA 5.0 – estamos rumo a uma nova revolução

Como a indústria pode utilizar os Cobots?

O aumento da utilização de cobots em fábricas – um importante passo em direção à automação – está totalmente ligado à chegada da Indústria 4.0. Mas mesmo diante desse cenário, é normal que empresas tanto maiores quanto menores se questionem se vale a pena ter cobots! E a resposta é ‘sim’!

Até agora, em todo cenário de interação humana com máquinas, manufatura de equipamentos ou complemento de tarefas mais cognitivas, como coleta de mercadorias específicas, a utilização de cobots trouxe resultados extremamente positivos. Eis como esses dispositivos podem ser:

  • eles poderiam lidar com cargas mais pesadas para aumentar a produtividade e a flexibilidade de uma fábrica;
  • ter alcances mais longos para auxiliar os trabalhadores com tarefas repetitivas e ergonomicamente desafiadoras;
  • e trabalhar diretamente e continuamente com segurança ao lado de humanos.

Ou seja, os cobots deveriam ser considerados hoje uma possível complementação da força de trabalho! Eles cooperariam nas mesmas tarefas que os humanos, sem comprometer a velocidade e a segurança, e permitindo a máxima flexibilidade e eficiência. Uma solução eficaz para uma variedade de aplicações, incluindo manuseio de material, alimentação de máquinas, montagem de componentes, embalagem e inspeção, bem como automação de laboratórios. Veja exemplos nos tópicos a seguir!

Descubra o que são Cobots e como estão transformando a produção em fábricas
Imagem reproduzida de ABB
cobots
Imagem reproduzida de ABB

Veja Também: Digitalização Industrial e a Engenharia Robótica: quais as perspectivas para o mundo Pós-pandemia?

Exemplos de utilização de robôs

Setor da alimentação

Dentro desse nicho do mercado, uma ideia já bastante difundida é a da automatização da paletização. O objetivo é aumentar a produtividade e também dar oportunidade para que os trabalhadores cresçam dentro das empresas, mas em outras tarefas.

cobots
Imagem reproduzida de ABB

Setor automotivo

Robôs fazem parte das etapas de montagem, distribuição, soldagem, acabamento, manuseio e remoção de materiais e testes de qualidade de produtos do setor automotivo. Aliás, esse é um setor do mercado com maior potencial para uso de cobots!

cobots
Imagem reproduzida de ABB

Setor farmacêutico

Deixamos para o fim uma tendência que está em alta, que é da utilização de cobots na indústria farmacêutica. Em tal situação, os dispositivos são configurados para oferecer um trabalho impecável – sendo ideal para empresas que desejam ter as melhores soluções para a saúde e a vida de seus clientes, como laboratórios com elevado padrão de qualidade e com extremos cuidados com relação à assepsia e higiene.

Os cobots seriam usados, por exemplo, para inspecionar, distribuir, contar e misturar produtos para a obtenção de resultados consistentes – reduzindo falhas humanas, eliminando desperdícios, melhorando a produtividade e gerando resultados na qualidade dos produtos e serviços. Um exemplo são as análises de amostras de sangue para hospitais e universidades de medicina.

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Imagem reproduzida de ABB

Bônus | Como a legislação está ligada à robótica industrial no Brasil?

Aqui em nosso país, a ISO 9001 define os padrões exigidos nas atividades industriais, tratando das questões referentes aos processos de controle de qualidade de serviços e produtos de maneira específica.

Agora, a ABNT NBR ISO 10218-1:2018 foi desenvolvida para tratar diretamente das especificações para o uso da robótica colaborativa, descrevendo os riscos associados à implementação dessa tecnologia e os requisitos para eliminá-los. Por fim, a International Electrotechnical Comission, através de um grupo de profissionais especialistas, criou a norma IEC 6113, uma regra que é uma referência mundial para as indústrias que desejam utilizar robôs em conformidade com a ISO 9001 e ISO/TS 15066, também sobre robótica colaborativa.

cobots
Imagem reproduzida de ABB

Veja Também: Robótica: como a qualificação profissional é essencial para as transformações do mercado?


Este é um artigo patrocinado. Você leu um texto publicitário. Este aviso representa nosso compromisso e transparência diante de sua opinião.

Fontes: Blog Edge Global Supply, UOL, Fersiltec, Industria40, New ABB, New ABB 2, New ABB 3, New ABB 4, Revista Oil e Gás Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A produção de energia elétrica a partir da luz solar está em expansão acelerada. Usinas fotovoltaicas são erguidas diariamente em vários estados brasileiros, ajudando a diversificar a matriz energética do país, especialmente em tempos de baixo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. No entanto, a empresa norte-americana Heliogen está revolucionando o setor com uma tecnologia que dispensa placas solares e aposta em espelhos giratórios inteligentes. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que são os heliostáticos?

Os espelhos rotativos, chamados de heliostáticos, são instalados são instalados em áreas com elevada incidência solar e refletem os raios para um coletor. Todo esse sistema trabalha de forma inteligente, utilizando um algoritmo de aprendizagem de máquina para posicionar os espelhos de modo a concentrar a energia em um único ponto, chegando a temperaturas de 1500ºC.

Como funciona a tecnologia da heliogen?

O processo envolve uma câmera de monitoramento que analisa a cor do céu a partir de reflexão nos espelhos e uma IA decide como posicioná-los. Uma vez na posição otimizada, todo o calor é “coletado” por um tubo de aço isolado até um leito de rochas. E essas pedras conseguem armazenar e reter energia térmica por um longo período, mesmo depois de anoitecer.

Usina teste da Heliogen
Usina teste da Heliogen | Imagem reproduzida de Site da empresa Heliogen

Após convertida em energia elétrica, as redes de distribuição abastecem as cidades. “Para fornecer energia à Terra, precisamos cobrir centenas de quilômetros quadrados. Mas essa cobertura precisa ser feita de maneira econômica e sustentável em todos os níveis da cadeia de produção”, explica o fundador da Heliogen, Bill Gross, que conta com o apoio do xará Bill Gates, para viabilizar esse projeto.

Assista ao vídeo a seguir para entender melhor como funciona esta tecnologia:

Veja Também: Como funciona uma usina solar?

Testes e expansão da tecnologia

A primeira fazendo desse tipo está em fase de testes em Lancaster, um condado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Por hora, ela possui 400 espelhos heliostáticos, mas a empresa tem ambições bem maiores. A ideia é construir um complexo com mais de 40 mil refletores capazes de gerar energia limpa e renovável com valor competitivo.

imagem do site da empres
Imagem reproduzida de Site da empresa Heliogen
Projeto para Usina da Heliogen
Imagem reproduzida de Site da empresa Helioge

Fontes: Heliogen; Canal Tech

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

Dando sequência à série do Engenharia 360 sobre os grandes matemáticos da história, este artigo é dedicado ao francês, Pierre de Fermat (1601 – 1665), que contribuiu de forma significativa no campo da Matemática (e consequentemente nas ciências exatas).

Matemática
Escultura de Pierre de Fermat | Imagem reproduzida de Flickr

Fermat foi simplesmente o precursor do cálculo! Esclarecendo melhor, antes de Newton e Leibniz iniciarem seu embate histórico sobre quem foi o pai do cálculo integral e diferencial, Fermat já estudava limites, derivadas e integrais, ainda sem o formalismo e rigor que viria alguns anos mais tarde.

Vamos conhecer um pouco mais sobre esse grande gênio da humanidade e suas contribuições? Então, leia o texto a seguir!

Sobre Pierre de Fermat

Quem era o ser humano por trás do gênio?

Pierre de Fermat foi, sem dúvidas, o grande nome da Matemática no Século XVII. Só não foi maior devido ao seu desinteresse em publicar suas descobertas, que só foram conhecidas em função da troca de correspondências com amigos, a quem comunicava seus feitos.

A saber, Fermat era advogado e membro da Suprema Corte Provincial de Tolouse (sudoeste francês). Matemática era seu passatempo e paixão particular. E, como dito antes, sua genialidade e criatividade nessa área foi conhecida por poucos do seu convívio.

Matemática
Pierre de Fermat quando mais novo | Imagem reproduzida de L’Internaute

As correspondências de Fermat e Mersenne

Pela análise de suas correspondências, ele parecia ser um homem envergonhado e reservado, afável e cortês. Embora fosse um gênio de primeira grandeza, se via como no máximo um sujeito inteligente e com algumas boas ideias. Sobre essas correspondências, houve grande troca entre outro matemático francês, o Padre Mersenne, que, na época, surpreendeu Fermat ao entrar em contato com ele; e Fermat o surpreendeu com a agilidade e método com que respondia às questões propostas por Mersenne.

Só como exemplo, Mersenne perguntou certa vez a Pierre se o número 100.895.598.169 era primo ou não (lembrem-se que na época não existiam calculadoras) – perguntas dessa natureza eram frequentes. E ele respondeu que esse número era o produto de 112.303 e 898.423, e que esses, sim, eram primos. Até hoje, ninguém sabe como ele descobriu isso!

E quais foram seus grandes feitos?

Em Teoria dos Números, seu gênio brilhou grandemente! Blaze Pascal, um jovem matemático do mesmo período e que também tinha sua cota de genialidade, ao comentar os trabalhos de Fermat sobre a Teoria dos Números, disse-lhe em uma carta: “procure alguém que possa segui-lo em suas pesquisas sobre números. Da minha parte, confesso que estão bem além de mim e sinto-me competente apenas para admirá-las”. Contudo, nessa área, algumas provas se perderam e só foram provadas mais de um século depois, por Euler, outro cara de genialidade equivalente.

A criação da Geometria Analítica e do Cálculo

No ano de 1629, ele criou a Geometria Analítica como a conhecemos – que até hoje é uma pedra no sapato de muitos alunos no ciclo básico do ensino de Engenharia. E Descartes, em 1637, também fez contribuições e por vezes é atribuído a ele essa descoberta. Porém, todas as bases foram dadas por Fermat oito anos antes.

Já o Cálculo, que hoje sabemos ter sido formulado em paralelo por Newton e Leibniz, teve todas as suas bases preparadas por Fermat! Isso mesmo! Em uma carta descoberta apenas em 1934, Sir Isaac Newton afirma que suas primeiras ideias acerca do Cálculo vieram diretamente “da maneira pela qual Fermat traçava tangentes”. Aliás, os trabalhos de Fermat nesta área datam de 1629, mais de uma década antes do nascimento de Newton e Leibniz.

Entendendo o Cálculo como a matemática de determinar retas tangentes a curvas e máximos/mínimos, então é importante reconhecer a contribuição e influência que Fermat teve sobre os gênios que viriam após ele.

Matemática
Reta tangente a uma curva | Imagem reproduzida de Revista Zunai

Há um caso em que Descartes, em tom desafiador, questiona os métodos generalistas de Fermat sobre a questão das tangentes e propõe que o método falharia para curva x³+y³=3axy (hoje conhecido como “folium de Descartes”). O próprio Descartes não conseguiu resolver esse problema e dizem que ficou mais louco ainda quando viu a bela e rápida solução apresentada pelo advogado por profissão e matemático por diversão, Fermat.

Matemática
Folium de Descartes | Imagem reproduzida de Wikimedia Commons

A palavra “gênio” deve sempre ser usada de forma adequada. Para Fermat, ela é absolutamente apropriada. Teve reconhecimento de matemáticos da época, fez avanços incríveis em Teoria dos Números e influenciou Newton e Leibniz. Gênio!

Matemática
Pierre de Fermat quando mais velho | Imagem reproduzida de String Fixer

O último Teorema de Fermat

Como mencionado anteriormente, vários dos Teoremas de Fermat não tiveram suas provas, dada a banalidade com que ele mesmo tratava esses formalismos (se perguntavam a ele, ele respondia, senão, era seu passatempo). E, assim, muitos desses teoremas foram sendo provados mais de um século depois!

Mas restava um! O último!

A ideia é bem simples. Imagine a equação:

x²+y²=z²

Essa é uma equação bem conhecida e aparece no Teorema de Pitágoras. Pois bem, é sabido que existem soluções inteiras para x, y e z que satisfazem essa igualdade. Por exemplo:

3²+4²=5²

Ora, 3, 4 e 5 são soluções inteiras, assim como 5, 12 e 13. De fato, são várias terças dessa conhecidas desde os tempos de Euclides.

“É impossível separar um cubo em dois cubos, uma quarta potência em duas quartas potências ou, em geral, toda potência acima da segunda em duas potências de mesmo grau. Descobri uma prova verdadeiramente maravilhosa que essa margem é estreita demais para conter.”

– nota feita por Fermat na aba de um livro.
Matemática
Escola Pierre de Fermat | Imagem reproduzida de Cyrille Weiner – https://cyrilleweiner.com/en/lycee-pierre-de-fermat/
Matemática
Escola Pierre de Fermat | Imagem reproduzida de Cyrille Weiner – https://cyrilleweiner.com/en/lycee-pierre-de-fermat/

Euler provou para o caso n=4 em 1747 e para n=3 em 1770; Gauss, Legendre e Dirichlet e outros resolveram par n=5 e 7. Além disso, é sabido que o Teorema é válido para n<125.000. Nessa linha, há especialistas que dizem que Fermat pode ter se enganado em uma prova geral para todo n. O fato é que todos outros teoremas propostos e que não foram apresentadas provas, foram provados ao longo dos anos. Enfim, será que ainda alguém duvida que Fermat tenha realizado mesmo essa prova?

Maldita seja aquela margem estreita do livro!


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Engenharia 360

Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.

Fala-se tanto, hoje em dia, em somar na dieta o consumo de alimentos mais saudáveis, principalmente que venham de uma produção mais sustentável, fazendo um uso mais racional dos recursos. Mas qual o profissional que poderia orientar a população na produção desses produtos? Se pensou nos especialistas em Engenharia Agronômica, você está correto!

ENGENHARIA AGRONÔMICA
Imagem reproduzida de Pixabay

Esta categoria profissional, de extrema importância para o nosso cenário de desenvolvimento econômico nacional, é lembrada todo ano no dia 12 de outubro, o Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo – data da sua regulamentação durante o governo do Presidente Getúlio Vargas, no ano de 1933. E, agora, o Engenharia 360 traz, em parceria com o CREA-PR, este artigo em homenagem àqueles que ajudam na pesquisa e difusão de tecnologia no campo, que proporcionam aumento da produtividade e renda do agricultor, que ajudam a transformar a nossa indústria, e que trabalham pelo nosso alimento – símbolo de sobrevivência! “Onde tem Engenheiro Agrônomo, tem AGRO FORTE”!

ENGENHARIA AGRONÔMICA

Imagem de CREA

O início da Engenharia Agronômica no Brasil

Desde que foi publicado o Decreto n.º 23.196, a Engenharia Agronômica recebeu um maior impulso para o seu desenvolvimento no país. Desde então, esta modalidade de carreira passou por transformações. Já nas décadas seguintes, muitas ações contribuíram para solidificar o Brasil como protagonista mundial no agronegócio. Por exemplo, através da Lei nº 5.194, de 1966, a profissão foi, enfim, regulamentada – antes disso, os engenheiros agrônomos e agrônomos eram considerados sinônimos. Segundo a Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do CREA, hoje, há 12.904 Engenheiros Agrônomos registrados só no estado do Paraná, 105 mil inscritos no Sistema CONFEA/CREA no país. E estes estão distribuídos em tarefas de gestão, administração, gerenciamento e implementação de tecnologias nas plantações, trabalhando no campo e em fazendas.

ENGENHARIA AGRONÔMICA
Imagem reproduzida de Pixabay

As possibilidades de atuação do engenheiro agrônomo

Já pensou sobre qual o objetivo da Engenharia Agronômica? Sim, analisar e fomentar a produção de alimentos sejam eles vegetais – através da agricultura – ou animais – através da pecuária -, com qualidade e de forma sustentável, incluindo a composição do solo. Também fazem parte do seu campo de estudo:

  • fitotecnia, fitossanidade, produção animal, engenharia rural, meio ambiente, silvicultura, cultivo vegetal, bioquímica, solos, mecanização, economia, agroindústria, engenharia rural, condição atmosférica, interação entre plantas e solo, manejo de plantas e animais, zoonoses, controle de pragas agrícolas e urbanas, administração, ecologia, nutrição animal, crédito rural, entre muitas outras.

É importante ressaltar que o engenheiro agrônomo também precisa participar constantemente das discussões de políticas de preservação e conservação das matas e florestas; além disso, na formação, recuperação e manejo de pastagens, alimentação e reprodução de animais, além do melhoramento genético de plantas. E que no seu dia-a-dia poderá trabalhar realizando assistência técnica, consultoria, análise de viabilidade técnica e econômica, perícia, ensino, pesquisa e extensão.

ENGENHARIA AGRONÔMICA

Imagem de CREA

O curso de graduação

O título de ‘engenheiro agrônomo’ passou a ser dado pelas instituições de ensino superior àqueles graduados em bacharelado de Engenharia Agronômica a partir do decreto Lei 9.585, de 1946. A instrução tem, no mínimo, cinco anos de duração. No Estado do Paraná, por exemplo, segundo dados do portal e-Mec, do Ministério da Educação, existem cursos presenciais de Agronomia ou Engenharia Agronômica em 47 instituições de ensino, somando 61 campus e 6.237 vagas. Já no país, também segundo o MEC, existem 456 cursos nesta linha e 93.120 vagas.

E como são as aulas na graduação de Engenharia Agronômica? Bem, as atividades práticas acontecem em campo, com a mão na terra mesmo, principalmente em fazendas-escolas, visando um aprendizado ainda mais próximo do mercado de trabalho. Já dentro da estrutura das universidades, os alunos podem contar com laboratórios de química e física, melhoramento de sementes, produção e processamento de alimentos, microbiologia, produção de plantas e nutrição de animais.

ENGENHARIA AGRONÔMICA
Imagem reproduzida de Pixabay

A importância da profissão para a economia nacional

O Brasil é, atualmente, um dos maiores exportadores de insumos animais e vegetais do mundo. Fora isso, há cada vez mais recursos investidos no setor agrícola e agropecuário, privado e público, fazendo com que o segmento permaneça em desenvolvimento e que aumente a oferta de empregabilidade para os profissionais da Engenharia Agronômica. Quer dizer que, aqueles que se dedicam com paixão à terra sempre terão um espaço na economia brasileira!

Para o coordenador da Câmara de Agronomia do CREA-PR, engenheiro agrônomo Marcos Roberto Marcon, “os profissionais da Agronomia devem adquiri conhecimento e atuar alinhados às demandas brasileiras e novas perspectivas mundiais, que incluem criar alternativas sustentáveis para os produtores rurais. Trabalhar com bioinsumos, por exemplo, é se adequar ao futuro. Eles têm capacidade de aumentar a produtividade e reduzir os impactos ambientais. Um setor que movimenta milhões de reais anualmente e que traz a possibilidade de ofertar um manejo mais sustentável para as lavouras. O engenheiro agrônomo é o profissional indicado para atuar de forma eficaz nesta área”, diz.

A presença do engenheiro agrônomo no campo deve ajudar os produtores a entender como desenvolver empreendimentos rurais aliados à preservação da natureza e, ainda assim, conseguir melhores resultados econômicos! Isso porque este profissional conhece e consegue identificar mais facilmente quais as tecnologias e inovações adequadas para cada situação, sem se esquecer de questões como renda comercial e limitação de mão-de-obra. E é só disseminando corretamente informações sobre a importância e a beleza desta profissão que conseguimos fazer com que a atuação destes profissionais seja mais bem valorizada, requisitada e remunerada – estes são alguns objetivos do 360 e do CREA-PR!

ENGENHARIA AGRONÔMICA

Imagem de CREA

ENGENHARIA AGRONÔMICA
Imagem reproduzida de Pixabay

O profissional do futuro

Então, o que acha de ter uma vida e realidade no campo? Saiba que, se for o caso, você terá que, diariamente, tomar decisões sobre operação, modificação e criação de sistemas agropecuários e agroindustriais, se preocupando com os aspectos sociais e de sustentabilidade. Em contrapartida, poderá ter muita autonomia e responsabilidades, ocupando cargos importantes e até liderando equipes! Mas para conseguir abraçar essas boas oportunidades do mercado de trabalho, precisará se destacar dos concorrentes, começando por realizar o curso em uma boa instituição; depois, realizando o seu registro no CREA do estado em que vai atuar e aproveitando todas as palestras e cursos de atualização constantemente oferecidos pelo Conselho Profissional.

Agora diga: aceita trabalhar com Engenharia Agronômica? Veja o que o conselheiro federal engenheiro agrônomo Daniel Roberto Galafassi, do Paraná, recomendou em reportagem do Jornal Correio dos Campos: “O profissional do futuro tem que estar atento para as questões emergentes. Temos um mundo globalizado, novas fontes energéticas, maior consciência socioambiental. Será necessária uma visão multidisciplinar, uma expertise em alguns assuntos voltados para a tecnologia.”.

ENGENHARIA AGRONÔMICA
Imagem reproduzida de Pixabay

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Engenharia 360

Redação 360

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Sem dúvidas, a câmera GoPro é a mais queridinha das câmeras fotográficas daqueles que viajam pelo mundo e desejam compartilhar as suas experiências em vídeos. Mas será que esta é a única opção da categoria? Não, claro que não! Existem opções com recursos similares e até a preços mais em conta no mercado. Veja, a seguir, 6 modelos destaques em 2021!

Câmeras até R$ 1000

Vivitar DVR787HD

câmeras
Imagem reproduzida de Submarino
  • super compacta e leve;
  • captura de imagens com resolução de 12,1 MP;
  • pode filmar vídeos em Full HD com qualidade de 1080p; e
  • acompanha um slot para cartão de memória de até 32 GB, controle remoto, estojo à prova d’água e suportes para capacete e bicicleta.

Esta câmera é indicada para fotografar em distâncias de até 2,25 metros, e capturar fotos e vídeos em locais como piscinas e praias.

Poraroid Cube

câmeras
Imagem reproduzida de Business Wire
  • em formato de um cubo, medindo 3,5 cm de largura;
  • possui lente grande-angular de 124º;
  • captura de imagens de 6 MP; 
  • possui autonomia de até 90 minutos e
  • conta com capinha protetora com gancho que a faz ser resistente a respingos de água e quedas, além de cartão microSD de 8 GB.

Esta câmera é indicada para captura de imagens durante a prática de esportes e gravação de vídeos em Full HD de 1080p

Câmeras entre R$ 1000 e R$ 3000

DJI Osmo Action

câmeras
Imagem reproduzida de Zoom
  • pesa cerca de 125 g;
  • possui duas telas, tecnologia de estabilização de imagens e suporte para cartões microSD de até 256 GB;
  • conta com modo HDR para gravação de vídeos, funções de gravação que incluem câmera lenta a 240 fps e time lapse e sistema de controle via Wi-Fi ou Bluetooth através de aplicativo; e
  • é à prova d’água e ainda suporta temperaturas até -10 ºC.

Esta câmera é indicada para captura de imagens em 12 MP e gravação de vídeos em até 4K.

Sony Action Cam HD-AS50R

câmeras
Imagem reproduzida de Pocket-lint
  • possui um tamanho pequeno e pesa cerca de 46 g;
  • conta com funções de estabilização e sensor para captar imagens mais nítidas, além de lentes Zeiss,
  • é à prova d’água, aguentando profundidades de até 60 m;
  • vem com estojo capaz de proteger a câmera contra quedas, impactos, umidade e partículas de poeira ou areia; e
  • acompanha o controle remoto Live View e bateria com autonomia de até 2h30.

Esta câmera é indicada para fotografar 11,1 MP e gravação de vídeos em resolução 4K.

Veho Muki KX-1

câmeras
Imagem reproduzida de Veho
  • pesa cerca de 70 gramas;
  • tem bateria com autonomia de até 2 horas
  • traz tecnologias que permitem capturar imagens mesmo em ambientes com pouca luz;
  • pode ser controlada à distância de até 60 metros por meio do smartphone;
  • permite o compartilhamento de fotos de forma rápida via aplicativo; e
  • acompanha um estojo de proteção que pode ser usado embaixo d’água e suporta profundidades de até 40 metros. 

Esta câmera é indicada para captura de imagens em 12 MP – inclusive em modo sequencial em alta velocidade – e gravação de vídeos em até 4K.

Câmeras acima de R$ 3000

Insta360 One R

câmeras
Imagem reproduzida de Showmetech
  • apresenta uma estrutura diferenciada e pesa cerca de 140 g;
  • pode ser desmontada;
  • traz sistema que permite escolher o melhor posicionamento para o display ao capturar fotos ou gravar vídeos, além de dois tipos de lentes que podem ser encaixadas à estrutura;
  • pode ser controlada à distância por meio do smartphone;
  • responde a comandos de voz; e
  • é à prova d’água, e resiste a profundidade de até 5 metros.

Esta câmera é indicada para tirar selfies ou fazer vídeos de si mesmo, inclusive em 4K.


Fontes: TechTudo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Obviamente, se você não conhece, pelo menos já deve ter ouvido falar na Torre Eiffel. Ela foi inaugurada em 1889, durante a Exposição Universal. Por razões semelhantes, muitas outras obras emblemáticas de Arquitetura também foram realizadas – por exemplo, o Parque das Nações, em Lisboa.

2020 era o ano da cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, receber a maior exposição de tecnologia e arquitetura mundial. Contudo, veio a Pandemia. Mas tudo bem, pois o megaevento foi transferido para 01/10/2021 a 31/03/2022. Serão cerca de 25 milhões de visitantes ao longo de seis meses, com direito a um pavilhão dedicado ao Brasil. Saiba mais no texto a seguir!

Algumas curiosidades sobre a exposição de Dubai em 2022

O tema da Expo 2020, que acontece em Dubai, será “Connecting minds and creating the future” ou “Conectando mentes e criando o futuro”. Dentro do complexo, foram montados 200 pavilhões representando 191 países. E a programação prevê para os visitantes mais de cinquenta atividades diferentes, incluindo palestras e debates sobre sustentabilidade, mobilidade e oportunidades de negócios.

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Imagem reproduzida de Khaleej Times
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Imagem reproduzida de ArchDaily Brasil
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Imagem reproduzida de ArchDaily Brasil
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Imagem reproduzida de Panrotas

O pavilhão brasileiro

Com a Expo 2020 realmente será possível conhecer um pouco mais da cultura e dos projetos de várias nações. Isso inclui a China, cujo pavilhão, de acordo com projeto, será em forma cilíndrica; o Reino Unido, com seu pavilhão em fibra ótica; a Holanda, com pavilhão piramidal; e o próprio Emirados, com um suntuoso pavilhão desenhado por nada mais nada menos do que o famoso arquiteto Santiago Calatrava.

Mas e como é o pavilhão brasileiro? Bem, dizem que ele foi montado na The Sustainability Pavilion, uma estrutura em forma de funil dedicada à sustentabilidade. A subestrutura, destinada ao Brasil, foi montada com aço e lona branca, e envolta de um imenso espelho d’água – lembrando a questão da importância dos recursos hídricos. Em seu interior, estão sendo transmitidas imagens e sons da natureza. E, de acordo com os projetistas, todos os detalhes do projeto foram pensados para que o local seja democrático, ponto de reflexão, tranquilidade e brincadeiras.

“Espero que as crianças, principalmente, entrem no espelho d’água e se divirtam curtindo os sons do Brasil.”,
“À noite, o pavilhão se converte numa enorme tela de projeção. Cento e vinte e cinco projetores de alta definição vão converter o pavilhão em uma viagem pelo Brasil. Vamos convidar os visitantes para percorrerem nossos patrimônios históricos, nossas indústrias, nosso agro e tudo que o Brasil tem a oferecer pro mundo.”

– Raphael Nascimento, em reportagem de UOL.
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Imagem reproduzida de TripAdvisor
Expo Dubai 2020: o que rolou no megaevento de tecnologia e arquitetura
Imagem reproduzida de City Milano News

Os verdadeiros impactos da Expo 2020 sobre o urbanismo de Dubai

A Expo 2020 não é apenas uma atração de arquitetura ou uma oportunidade de lançamentos de inovações tecnológicas. Assim como acontece quando cidades são sedes de eventos como Olimpíadas e Copas Mundiais de Futebol, tal tipo de exposição deve mudar a cada desta cidade – que já é tão incrivelmente encantadora.

Muito do design arrojado criado especialmente para a exposição precisará ser adaptado, no futuro, para a construção de um novo bairro de Dubai. Cerca de 80% das estruturas inteligentes e sustentáveis devem permanecer nesta nova área urbana. Por exemplo, a Al Wasl Plaza, a maior cúpula sem suporte do mundo, com 150 metros de diâmetro, que servirá, primeiramente, para conectar alas da Expo 2020.

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Imagem reproduzida de Teatur Viagens
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Imagem reproduzida de Prefeitos e Gestores

Atualização | Março 2022

A Itaipu Binacional, a convite do Governo Federal, foi responsável por encerrar a programação brasileira na Expo 2020 Dubai, que foi realizada por conta da Pandemia, e como dito antes neste texto, agora entre 2021 e 2022. Para a ocasião, a empresa preparou vários atrativos, como mostras de interconexões entre água, biodiversidade, clima e energia – muito pensando na questão da sustentabilidade no planeta e a preservação da natureza, como a nossa Mata Atlântica. E tudo isso só foi possível graças a utilização de recursos tecnológicos, como de realidade aumentada. A saber, os expectadores da feira puderam visualizar em modo virtual os rios voadores do Brasil e mais. Foi o fechamento perfeito para a participação do nosso país neste evento que, certamente, entrou para a história da Arquitetura e Engenharia Global!

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Imagem reproduzida de TN Petróleo

Fontes: UOL, O Globo, Click Foz do Iguaçu, Mercado e Eventos.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Qual o seu propósito de vida? Às vezes, recebemos as “ferramentas” certas, só decidimos, por comodismo, não fazer nada com elas! Bem, não foi o caso da jovem tema desta matéria! Nascida na Austrália, em uma família criadora de gado, ela foi estudar em Oxford, no Reino Unido, e por lá teve o seu insite. De repente, seu foco foi voltado para o mundo da tecnologia e inovação. Agora, ela tenta usar o seu conhecimento – e drones – para mudar o planeta! Saiba mais a seguir!

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Imagem reproduzida de Razões Para Acreditar

O objetivo de trabalho da australiana

No coração desta jovem, cresceu uma forte paixão pelo ramo da sustentabilidade. É que, na verdade, ela estava bem atenta aos problemas de desmatamento e incêndios florestais vividos por seu país. Outra coisa que a incomodava era a deficiência de mulheres na área de tecnologia. Hoje, além de participar de várias ações neste sentido, ela é dona de uma empresa que fundou em 2014, a Dendra Systems, que promete trazer soluções para as diferentes crises ambientais do mundo.

Os drones para reflorestamento

“Atualmente temos 2 bilhões de hectares de terras degradadas e pontos de interrogação sobre o futuro da segurança alimentar para todos na Terra. Eu olhei para isso e pensei: ‘Tem que haver tecnologia para ajudar as pessoas a virar a maré nesta crise.”,

“Falar sobre o que está acontecendo nas florestas e não fazer nada a respeito é irresponsabilidade coletiva.”

– testemunho da jovem australiana publicado em reportagem de Razões para Acreditar.

Esta jovem não quer apenas realizar boas ações em vida, mas causar um impacto positivo no meio ambiente. Seu objetivo é bem ambicioso: plantar 1 milhão de mudas por ano na Austrália, a começar por áreas atingidas pelo desmatamento ilegal e por incêndios florestais. E como ela pretende fazer isso? Com drones desenvolvidos na sua própria empresa.

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Imagem reproduzida de Canal Rural
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Imagem reproduzida de Medium

Capacidade do equipamento

Na teoria, resolver os problemas do planeta parece algo simples, mas sabemos que não! Por exemplo, muitos desses ambientes citados pela jovem são íngremes e de difícil acesso. Então, é necessário realmente que haja processos mais eficientes de reflorestamento do que centenas de milhares de voluntários plantando sementes por semente na terra.

Os robôs voadores da Dendra Systems conseguiriam analisar terras degradadas até uma folha de grama, capturando dados detalhados através de inteligência artificial. Fora isso, conseguem plantar e reflorestar áreas inteiras, a uma velocidade de até 100 mil árvores por dia. E eles fariam isso de forma independente, usando o que a empresa chama de “trator do céu” para restaurar os ecossistemas. É como se os equipamentos pudessem estar no lugar exato e na hora exata!

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Imagem reproduzida de Engadget
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Imagem reproduzida de Unreasonable Group

Veja Também: Solução para a Amazônia? Entenda como Drones são usados para fazer chover em áreas remotas do planeta


Fontes: Razões para Acreditar.

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Os robôs já não são só uma fantasia de histórias de ficção científica. Atualmente, já existem todos os tipos de dispositivos operando no mundo. Inclusive, um relatório divulgado agora em 2021 pela IFR – ou Federação Internacional de Robótica – aponta que, em 2019, houve um recorde global de unidades de robôs por trabalhadores, onde a média global passou de cerca de 113 robôs para 10 mil trabalhadores. E é provável vermos, em breve, um crescimento ainda maior desses valores de robotização.

Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
Imagem de ABB

A robotização traz inúmeros benefícios. Assim como o surgimento da produção em série aumentou o número de empregos nas fábricas ao redor do mundo, a aplicação de robôs para realização de atividades pesadas permite que os profissionais foquem em outras tarefas. 

Olhando para essa jornada, levantamos uma pergunta: qual o futuro do mercado de trabalho diante dessa tecnologia? Um relatório do Fórum Econômico Mundial no final de 2020, aponta que, até 2025, serão criados 10 milhões de novos postos de trabalho em todo mundo em razão da nova convivência entre humanos, máquinas e algoritmos. E isso poderá ser percebido em diferentes indústrias, como a automotiva, plástica, química, eletrônica, metalúrgica e de alimentação.

Mas, olhando para o mercado interno brasileiro, como será que ocorreu essa transformação? Será que ela acompanha mesmo a tendência mundial? Ou segue um curso diferente? Leia o texto a seguir e descubra!

Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
Imagem reproduzida de ABB

A robotização no Brasil

A robotização convencional já está presente na indústria desde a década de 1950, mas ganhou mais força na década de 1970. De lá para cá, muita coisa mudou. Nos últimos dez anos, surgiram os chamados robôs colaborativos ou cobots. E foi aí que o mundo finalmente chegou na mais alta revolução dos robôs industriais, com diversas outras tecnologias implantadas em sua estrutura.

Quer saber mais sobre qual a situação da robótica no mundo? Então, assista ao vídeo a seguir!

E no Brasil? O que se sabe é que, nos últimos anos, o nosso país tem explorado esse mercado também. O setor automotivo, obviamente, é o que mais investe nessa tecnologia e que foi responsável por introduzir os robôs na produção industrial brasileira. Em 2019, foram vendidos 1.818 robôs industriais no mercado interno brasileiro, conforme a IFR. E com um número assim, o país lidera agora a região sul-americana no ranking de unidades de robôs por trabalhadores. Contudo, ainda fica bem distante dos líderes como China, Japão ou Estados Unidos – este último com 33 mil unidades.

Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
Imagem reproduzida de ABB

Observação: um ponto muito positivo da situação atual do Brasil é o custo para a robotização, cerca de 300% menos com relação aos anos de 1990, quando os primeiros robôs apareceram por aqui. 

A chegada da Pandemia

O uso dos robôs ganhou um novo significado na Pandemia, considerada um catalisador para acelerar o crescimento de investimentos em automação. Só para se ter uma ideia, a instalação dos chamados ‘cobots’ cresceu 11% nesse período. Foi como um grande empurrão para o avanço da robotização no Brasil, passando por setores como eletrônica e alimentos, e chegando na química, medicina e indústria farmacêutica.

Com o aumento da atividade logística, veio o aumento significativo do e-commerce – 75% em 2020, comparado ao ano anterior, segundo o indicador Mastercard SpendingPulse. Isso também exigiu um aumento de soluções eficazes e seguras, onde os robôs possam trabalhar 24 horas ininterruptamente em atividades repetitivas e desgastantes para o ser humano. 

A ABB, olhando esse cenário – e com a aplicação da Inteligência Artificial – investiu na aquisição da ASTI, uma empresa de AMR (Autonomous Mobile Robots), expandindo o portfólio para atender plenamente seus clientes e os novos segmentos em crescimento.

robótica
Imagem reproduzida de ABB

O futuro e a Indústria 4.0

Claro que o Brasil, em meio a tantas dificuldades, precisa avançar bastante nessa questão da robotização. O país precisa ganhar mais investimentos e passar por mudanças necessárias na sua indústria. Mas não é só isso! Também tem a questão de moldar novos gestores, encontrar os caminhos certos para a lucratividade e, sim, reduzir muito mais os custos de implementação dos sistemas. Para resumir, o “Custo Brasil”, a pouca mão-de-obra especializada e a baixa capacidade do país de absorver a nova demanda ainda afeta demais a capacidade das empresas usarem bem a robótica em seu dia a dia.

Claro que não adianta pensar só negativo; temos que olhar para frente com otimismo também, pois o espaço para crescimento é grande! Apesar dos vários entraves, a tecnologia robótica que já está disponível no Brasil tem muito a oferecer! Por exemplo:

  • Previsão da produção e de custos com monitoramento dos robôs. A ABB, por exemplo, oferece o “ABB ABility Connected Services” como ferramenta.
  • Alta flexibilidade aliada a uniformização de produtos.
  • Maior controle de qualidade, inclusive com sistemas avançados de visão e inspeção padronizados, como o Sistema 3DQI da ABB.
  • Possibilidade de monitoramento de todas as etapas do processo de produção em tempo real. Na ABB é utilizada a plataforma “ABB Ability” que suporta todas as soluções em digitalização da empresa.
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Imagem reproduzida de ABB
Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
Imagem reproduzida de ABB

Cobots

Os cobots simbolizam uma importante evolução dos robôs industriais convencionais – não confundir com os AMR ou robôs colaborativos móveis. Isso porque os convencionais precisam de uma grande estrutura para manter o isolamento e segurança entre os humanos. Já os cobots permitem uma implementação em células bem compactas, uma vantagem para o planejamento de layout dos ambientes de trabalho!

Podemos dizer que avançar no mercado dos cobots faria o Brasil dar bons passos em direção a Quarta Revolução ou Indústria 4.0 – realidade já para muitas outras economias, sobretudo da Alemanha, onde esse movimento começou. Na verdade, os pilares dessa revolução seriam:

  • Big Data;
  • Realidade Aumentada;
  • Internet das coisas e integração de sistemas;
  • Cyber Segurança; e
  • Robótica.
Robotização no Brasil: entenda como aconteceu a evolução dessa tecnologia [sobretudo na Pandemia]
Imagem reproduzida de ABB

Sabemos bem que, como qualquer outra tecnologia, existe um atraso para chegar com força no Brasil. Mas vamos focar nas coisas boas! Por exemplo, hoje esse atraso já é muito menor do que se tinha há alguns anos. E se conseguirmos reduzir ainda mais o tempo de implementação da tecnologia, reduzir esses valores altos de investimento e tirar da mente dos empresários qualquer receio ainda existente, a Indústria 4.0 poderá ser aplicada igualmente de forma rápida no Brasil.

Chegou a vez da nossa sociedade admitir que a aplicabilidade das novas tecnologias deve ser vista como um investimento e não como um custo. E as indústrias precisam entender que todo esse investimento vai trazer vários benefícios para o nosso futuro!


Fontes: Revista RPA News, Infra FM, Mundo do Marketing, Computer World.

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Por certo, não é mais segredo que as grandes empresas usam, hoje, softwares para ajudar a filtrar currículos de modo automatizado. Claro que esse método de processo seletivo não parece muito claro para quem busca uma vaga de emprego. Será mesmo verdade que este sistema poderia dificultar a realização do sonho de tantos candidatos? Veja a resposta no texto a seguir!

A surpreendente descoberta de Havard

Um estudo da Universidade de Harvard revelou que, sim, a tecnologia que filtra os currículos impede que milhões e milhões de pessoas consigam emprego. O relatório foi realizado entre a Business School em parceria com a Accenture. E ele ainda revelou que, durante a Pandemia do Covid-19, este problema ficou ainda mais evidente. Ou seja, neste momento, como bem sabemos, está ainda mais difícil conseguir emprego, principalmente para aqueles sendo negros, imigrantes e portadores de deficiência.

currículos
Imagem de David Mark por Pixabay

O descarte de currículos

Conforme o documento apresentado pela Harvard, 75% das empresas no mercado usariam estes softwares de seleção que estariam rejeitando candidatos provavelmente viáveis com base em comandos automatizados. Esses trabalhadores – chamados ‘hidden workers’ – seriam constantemente descartados. E por quê? Porque o processo estaria baseado naquilo que eles não têm ao invés de focar nos bons valores ou capacidades que eles podem apresentar ou o que poderiam agregar para uma determinada função.

Funciona assim: primeiro o programa seleciona os currículos com base nas habilidades definidas pela empresa. E, depois, descarta os candidatos que apresentam alguma falta em seus currículos. Pronto, finalizado! Quem “marcar mais pontos” vence a “competição”!

Veja Também: Saiba como a Inteligência Artificial avalia o seu currículo online

A solução para as empresas

Os pesquisadores de Harvard e Accenture não pararam por aí! Eles resolveram, na sequência, listar o que as empresas poderiam fazer para evitar com que bons candidatos sejam descartados pelos softwares de seleção. Seriam estas as recomendações:

  • investir em filtros mais “afirmativos” do que negativos, de modo a enfatizar as habilidades da pessoa ao invés de focar apenas na experiência;
  • tornar os processos de candidatura mais simplificados, de modo a atrair mais interessados na vaga; e
  • que as companhias expliquem se a pessoa em busca de um emprego pode ou não esperar um retorno da seleção.
currículos
Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

Veja Também: Pesquisadores da USP e Harvard desenvolvem bateria de gelatina para uso na área médica


Fontes: Épocas Negócios.

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