Plataforma 3DEXPERIENCE, na prática: estudo de caso em vinícola espanhola
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de Vinho Capital
Falamos tanto aqui, no Engenharia 360, sobre a plataforma 3DEXPERIENCE, mas pode parecer difícil entender isso, na prática, de contextualizar isso dentro do nosso mundo das engenharias, não é mesmo. Tudo bem! A Dassault Systèmes compartilhou uma história recentemente que pode esclarecer tudo para nós. É sobre como gerenciar digitalmente o processo de desenvolvimento de inovação de uma vinícola localizada na Espanha, de propriedade da Família Torres. Quer saber como tudo aconteceu? Então, leia o texto a seguir!
O desafio da Família Torres
Imagem reproduzida de Revista ADEGA – UOL
A Família Torres é proprietária de uma vinícola que produz vinhos e destilados comercializados em 150 países. Talvez por isso, o desejo de seus gestores era conseguir reduzir pela metade o tempo necessário para a aprovação de seus projetos; também agilizar, ao máximo, o lançamento dos seus produtos. O objetivo era conseguir, de algum modo, aumentar a colaboração de seus empregados e parceiros, visando melhorar a visibilidade de projetos e acelerar o processo de tomada de decisões. Mas, para isso, era preciso um serviço de nuvem para gerenciar digitalmente tudo, olhando exclusivamente para produção de seus vinhos – claro que preferencialmente com mais eficiência e segurança.
A escolha pela plataforma 3DEXPERIENCE
Sabe qual foi a decisão da Família Torres para a sua vinícola? Apostar na plataforma 3DEXPERIENCE para trazer uma inovação para a sua principal propriedade, perto de Barcelona, além de uma produção sustentável de suas marcas. E a solução apresentada pela Dassault Systèmes é a Perfect Package, que parece já estar ajudando a tornar a gestão manual de projetos em um processo de aprovação digital eficiente e seguro, que acelera a inovação e o tempo de lançamento de produtos no mercado.
“A plataforma 3DEXPERIENCE é um instrumento para colaboração e inovação empresarial. A Família Torres obtém insights digitais para gerenciamento de inovação em tempo recorde, com toda a flexibilidade e escalabilidade que a Nuvem oferece”, “O vinho é uma paixão, e a paixão da Família Torres por inovações que encantam seus clientes e são admiradas por seus pares é reforçada por esta nova experiência de negócios digitais”. – Philippe Loeb, Vice-Presidente, Bens de Consumo e Indústria de Varejo da Dassault Systèmes.
Imagem reproduzida de O Barato do Vinho
Melhorias contínuas
Claro que o crescimento dessa empresa deve exigir, no futuro, ainda mais outras inovações. Mas, por hora, os resultados positivos do trabalho dentro da 3DEXPERIENCE já começam a aparecer. Vamos começar dando um exemplo. A Família Torres precisa constantemente gerenciar a documentação de centenas de projetos a cada ano. Nisso, está incluída a mudança de rótulos, garrafas físicas e formatos de tampas, até a criação de embalagens promocionais especiais para lançamentos de produtos novos ou reestilizados, que envolvem 50 documentos diferentes e 20 pessoas. Agora tudo isso é feito dentro de um ambiente digital colaborativo. E já se sabe que se teve uma impressionante redução de erros.
Imagem reproduzida de Vinho Capital
Qual é o desafio maior de tudo isso? Bem, primeiro, garantir que este material seja aprovado e preparado quando um produto está pronto para ser engarrafado. Mas existe também, ao mesmo tempo, algumas urgências que precisam ser atendidas, como, por exemplo, a forma de utilização da água, a tendência de sustentabilidade, e mais. O lado bom do uso da plataforma 3DEXPERIENCE é ter sempre disponível, para todas as partes interessadas, o repositório para todos os dados e designs do projeto. O processo todo é bastante ágil e trouxe mais ordem e controle às tarefas da Família Torres.
“A plataforma 3DEXPERIENCE também contribui indiretamente para atingir nossos objetivos de sustentabilidade. Nós a utilizamos para gerenciar melhor os requisitos do projeto que integram objetivos como a redução da pegada de carbono da embalagem, minimizando o peso, peças ou materiais.” – Francesc Gómez Montenegro, COO da Familia Torres.
Imagem reproduzida de Revista ADEGA – UOL
Então, conseguiu entender como funciona e para que serve, na prática a plataforma 3DEXPERIENCE? Continue acompanhando o Engenharia 360 que, em breve, traremos mais informações relevantes sobre os trabalhos da Dassault Système!
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A importância das propriedades dos materiais para os processos de fabricação
por Lincoln Jose dos Santos | | ATUALIZADO EM 5minImagem reproduzida de Medal Bombas Hidráulicas
Os materiais são essenciais para todos os processos de fabricação, e as propriedades dos materiais determinam o seu desempenho.
É sabido que, dentre os materiais mais usados na Engenharia, os metais fazem parte de uma grande porcentagem, senão a maior, encontrada na natureza. E como os minérios, os metais são frequentemente usados nos processos de fabricação, aparecendo quase sempre em forma de ligas denominadas ‘metálicas’.
Para receber essa denominação, uma liga deve ser composta de dois ou mais elementos, sendo pelo menos um destes com origem metálica, conforme afirma Groover. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!
A importância dos processos de fabricação
Em nossa história, a sociedade desenvolveu muitas novas técnicas e novos processos de fabricação para suprir a necessidade do uso de materiais metálicos e não metálicos – aliás, os materiais não metálicos são aqueles que não possuem propriedades metálicas, como a condutividade elétrica e a maleabilidade. Então, ao utilizarmos uma peça, seja ela de metal ou de um polímero qualquer, por exemplo, nos deparamos com técnicas ou processos de fabricação.
Talvez para a maioria das pessoas, sua importância não seja identificada no dia-a-dia. Contudo, para quem busca formação ou cursos na área, tal compreensão é imensurável. Ou seja, entender de onde surge o material ‘metal’ e como ele é processado contribuirá muito na sua aplicação!
Entender os processos de fabricação é compreender as propriedades dos materiais; que há diferentes tipos de metais, por exemplo, e que suas aplicações dependem muito justamente de cada propriedade. Devemos estar atentos também à escolha do processo de fabricação e sua relação com o produto final!
Imagem reproduzida de InfoEscola
Fica claro, portanto, que o entendimento deste assunto sobre propriedades dos materiais, além de necessário, é determinante para quem trabalha em qualquer área da Engenharia!
Propriedades dos materiais, os metais e suas ligas
A Ciência diz que um metal ou uma liga metálica é ferrosa quando seu elemento base é o ferro. O mesmo é encontrado na natureza, mas não tem muita aplicabilidade sozinho, sendo seu uso muito limitado. Porém, ao se adicionar o carbono na liga, sua industrialização passa a ser maior. Aliás, a saber, duas ligas importantes se incluem neste grupo: o aço e o ferro fundido.
Quanto às propriedades físicas dos metais, elas determinam basicamente o comportamento de um metal quando este é posto em um processo de fabricação ou usinagem, por exemplo. Usualmente se define as propriedades mecânicas por meio de um ensaio mecânico, como o de tração ou de compressão. E são exemplos de propriedades dos materiais: resistência mecânica, elasticidade, ductibilidade, dureza, resiliência e tenacidade.
Observação: As propriedades mecânicas dos metais são aquelas que determinam a sua resistência à deformação e à fratura. Já as propriedades físicas dos metais são aquelas que determinam o seu comportamento em relação a fatores como temperatura, luz e eletricidade.
Imagem reproduzida de Conhecimento Científico
Bônus | Os Plásticos
Polímeros; assim são também chamados os plásticos. Essa expressão é originada do grego “poli” (muitos) e “meros” (que quer dizer partes). Inclusive, um polímero é uma união de muitas moléculas.
Para se aprofundar no tema, uma boa fonte de pesquisa sobre o assunto é o livro Passatore Química dos Polímeros. Ele explica que quando as moléculas se tornam muito grandes, contendo um número de átomos encadeados superior a uma centena, podendo atingir um valor limitado, as propriedades destas moléculas ganham características próprias e se chama de macromoléculas. E essa macromolécula, formada por um composto de unidades estruturais que se repetem, é denominada de “meros”, e é obtida por meio de uma reação química que ocorre formando um novo composto denominado polímero.
Assim como os metais, a nomenclatura ‘plástico’ não se refere a um único tipo de material. Interessa saber que essa nomenclatura não costuma ser usada para qualquer polímero de estrutura mais simples e de uso comum, principalmente porque tais materiais foram inventados antes que se publicassem as primeiras normas da International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) – nada antes de 1952 -, e, por isso, seus nomes tradicionais já haviam sido popularizados.
Imagem reproduzida de Compostos do Brasil
Imagem reproduzida de Nikoguru
Polímero Verde
O polietileno verde é um plástico produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar, uma matéria renovável, ao passo que os polietilenos tradicionais são produzidos utilizando matéria-prima de fonte fóssil, como, por exemplo, o petróleo e o gás natural. O grande diferencial do tipo ‘verde’ é contribuir para a redução do gás carbônico da atmosfera durante seu processo produtivo, colaborando para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa.
Embalagem do Arroz Pilleco Nobre criado nestes padrões, primeira embalagem de arroz feita em plástico verde. – Imagem reproduzida de Embalagem Marca
Os termoplásticos ou polímeros termoplásticos são materiais solidificados à temperatura ambiente e tornam-se líquidos quando aquecidos. Entre os termoplásticos mais comuns estão os acrílicos, que são derivados do ácido acrílico, as poliamidas (nylon e o kevlar) e os policarbonatos – conhecidos pela excelente tenacidade, resistência à fluência, ao calor e ao fogo.
Para finalizar, a título de curiosidade, vale acrescentar neste texto sobre propriedades dos materiais que existe uma crença de que o Kevlar – fibra sintética ou tecido sintético, polímero – seria útil contra armas brancas. Mas isso não passa de mito! O material é capaz de resistir muito bem a impactos, principalmente de arma de fogo. Contudo, materiais cortantes conseguem inutilizar essa característica, rasgando o traje com muita facilidade.
Conhecer as propriedades dos materiais é essencial para engenheiros e outros profissionais que trabalham com processos de fabricação.
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O Google Glass para realidade aumentada voltou! Empresa planeja lançar o produto em 2024
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 2minImagem reproduzida de Revista Galileu – Globo
Sob o nome de código “Project Iris“, a Google está desenvolvendo o seu headset de realidade aumentada, com tecnologia que deve ser lançada em 2024. Este é o Google Glass! Seu projeto, na verdade, já existe há algum tempo, e o mercado estava desanimado com ele. Mas, de acordo com rumores, a sede Google Mountain View está trabalhando para fazer renascer todos os planos. A ideia é fazer uma mistura entre gráficos computorizados e imagens do mundo, captadas por câmaras exteriores, para uma experiência mais imersiva. E isso já está sendo testado em protótipos em formatos de óculos de esqui, com processador Google Tensor.
Acredita-se que a Google esteja também elaborando um sistema operativo próprio para esse óculos. Que vá usar os seus data centers para processar os gráficos do headset através de uma ligação de Internet remota. E que vá usar componentes de software para controlar e gerir o hardware dos seus produtos de realidade aumentada. Contudo,… sua concorrente Apple também está na corrida nesta área. Então, quem você acha que vencerá a prova primeiro? Escreva nos comentários!
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Entenda como funciona o carregador sem fio | 360 Explica
por Rafael Panteri | | ATUALIZADO EM 3minFoto: Divulgação/Anker
Os carregadores sem fio estão ficando cada vez mais populares no segmento de celulares ‘premium’. Ainda há, no entanto, muita confusão quando se trata do funcionamento dessa tecnologia. Para entender um pouco mais do carregamento wireless, leia o texto a seguir.
Carregador sem fio – Foto: Samsung
Indução Eletromagnética
Apensar de parecer futurista, a tecnologia é antiga e base para geração de energia elétrica, ou a indução eletromagnética. Por volta de 1820, Hans Christian Oersted descobriu que existe uma relação entre fenômenos elétricos e magnéticos. Oersted observou que a passagem de corrente elétrica em um fio condutor podia alterar a direção de alinhamento de algumas bússolas próximas.
Com o avanço dos estudos, foi comprovado que correntes elétricas são capazes de gerar campos magnéticos. E apenas em 1831, Michael Faraday observou a recíproca desse fenômeno – onde a variação no fluxo de campo magnético través de materiais condutores induz o surgimento de uma corrente elétrica.
Carregadores sem fio
Conhecendo esses fenômenos, o funcionamento dos carregadores sem fio se torna simples. A base desses dispositivos possui bobinas que geram campos magnéticos oscilantes quando submetidos à passagem de corrente elétrica. Esses campos magnéticos ficam mais fortes em regiões mais próximas do carregador.
Por dentro de um carregador sem fio – Foto: Reprodução/Belkin / Tecnoblog
Ao aproximar um celular que possua tecnologia compatível com o carregador, o campo magnético movimenta elétrons para o circuito interno do smartphone, gerando uma corrente elétrica que é transformada em contínua para alimentar a bateria.
A transmissão de energia por indução alcança de 60% a 70% de eficiência em relação ao carregamento feito via cabo. Mas o que poderia ser uma desvantagem se torna um dos aspectos interessantes do método. É que ele foi pensado para as baterias de íons de lítio usadas atualmente, que respondem melhor a um carregamento mais lento, com menores doses de energia.
Na prática, pode-se até carregar vários aparelhos de uma vez só com distâncias de até alguns metros aplicando-se o fenômeno da indução.
Novas tecnologias
No futuro talvez eliminemos os fios para a maioria dos dispositivos que utilizamos, juntando o carregamento sem fios e outras tecnologias como a Intel Wireless Display (transmissão de vídeo), roteadores sem fio de longas distâncias ou bluetooth.
Um ótimo exemplo disso é o controle de televisão, anunciado pela Samsung, que carrega a bateria com ondas do sinal Wi-Fi. A tecnologia envolvida no processo é um pouco diferente da Indução Magnética, mas uma ótima alternativa para acabar com pilhas e cabos espalhados pela casa.
Controle remoto para televisão com carregamento por ondas de Wi-Fi – Foto: Samsung
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Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.
Android: descubra quais os 8 melhores aplicativos destaque neste início de 2022
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem reproduzida de Gizmodo Brasil
Em 2022, temos duas boas expectativas com relação ao sistema operacional Android – desenvolvido por um consórcio de desenvolvedores conhecido como Open Handset Alliance, sendo o principal colaborador o Google. Para começar, a chegada da sua versão número 12. Depois, a promessa também da vinda da versão 13 o que, provavelmente, será também o prenúncio do lançamento de uma série de novos aplicativos – para a nossa felicidade. A seguir, confira a nossa pequena lista de alternativas já disponíveis de aplicativos para Android, com excelentes funcionalidades e que podem ajudar demais o seu cotidiano!
Lista de aplicativos para Android
1. Share It
Esse aplicativo serviria para a transferência de arquivos de até 2GB em apenas alguns minutos, usando a conexão Wifi entre telefones. E quando os arquivos são “leves”, esse processo é quase instantâneo – sendo até 200 vezes mais rápido do que via Bluetooth. Por isso, é que os usuários gostam tanto. Fora que o sistema é muito fácil de usar. A única desvantagem é que os dois aparelhos precisam fazer o download e instalação do app.
Imagem reproduzida de TechTudo
2. InShot e Kinemaster
InShot é um editor de vídeos, muito simples de ser utilizado também. Ele possui diversas ferramentas bastante úteis, pelo menos o mínimo necessário que qualquer pessoa precisaria para editar vídeos simples – como cortar, ajustar cores, escrever textos, e mais. Também é possível fazer montagem de fotos em sistema de slideshow, com transições animadas, trilhas de som e ajuste de velocidade. A melhor parte é poder usá-lo para gerar conteúdos para redes sociais como Instagram e TikTok.
Claro que se você quiser algo muito mais avançado, o Kinemaster pode ser o aplicativo mais indicado. Com ele, é possível salvar vídeos em 4K a 30 fps.
Imagem reproduzida de Blog Fast Life – Fast Shop
3. Story Splitter
Esta é mais uma opção para quem gosta de gravar vídeos e postar nas redes sociais. Isso porque este aplicativo consegue cortar os conteúdos em pequenos pedaços para “caber” no formato necessário que se adapta para no Instagram, WhatsApp e Facebook.
Imagem reproduzida de EPICS
4. AZ Gravador de Tela
Agora, e se você não quer “simplesmente” gravar vídeos? Mas fazer lives ou gravar imagens da tela do seu celular? Pode! Basta usar este aplicativo – perfeito para criar conteúdos para Facebook e YouTube. Com ele, é possível fazer também prints da tela. Depois disso, é possível consultar, sempre que quiser, a central do app para consultar as imagens e modificar a taxa de quadros, orientação, resolução e mais arquivos nesse banco.
Imagem reproduzida de Ajudandroid
5. Canva
Quem já usou este aplicativo sabe o quanto ele é sensacional! Dá para criar milhares de artes diferentes dentro da sua plataforma, de cartões de visitas a vídeos para o YouTube – mesmo se você não tem qualquer formação em design, por exemplo. Meio que tira, em muitos casos, a necessidade de se mexer em programas como Adobe Illustrador, Corel Draw ou Adobe Photoshop, com possibilidade de fazer o download dos modelos prontos em diversos formatos, como JPG. E, em outros momentos, é possível acessar os arquivos criados via celular também no computador ou até tablet com sistema Android.
Imagem reproduzida de Canva
6. Adobe Scan
Às vezes, o que precisamos não é editar ou produzir trabalhos no celular, mas fazer o registro de documentos fora do aparelho. Na falta de um scanner para computador, este aplicativo pode ajudar a fazer o escaneamento, digitalizando RGs, contas, comprovantes, e mais. Na sequência, na tela do aparelho, pode-se fazer retoques nos documentos para melhorar a sua leitura ou remover imperfeições, redimensioná-los, fazer cortes e salvar em JPEG ou PDF.
Imagem reproduzida de MK’s Guide
7. Chrome Remote Desktop
Este aplicativo da Google funciona em Androids muito bem – mas para navegador Chrome, claro, como diz o nome. E para que ele serve? Ele permite “jogar”, na tela do celular, o que é exibido na tela do notebook ou PC. Inclusive, como mágica, é possível mover o mouse com o dedo e, assim, acessar todo o conteúdo da máquina. Portanto, vale a pena explorar esse recurso, principalmente pensando em apresentações de trabalho, em que você não pode ficar perto do aparelho principal para gerar ações que sejam mostradas em tela de projeção, por exemplo!
Imagem reproduzida de Technical Shuaib
8. Photomath
Para finalizar, um aplicativo para ajudar na realização de cálculos e resolução de exercícios básicos e complexos instantaneamente – como integrais, derivadas, equações quadráticas, logaritmos, problemas de geometria, cálculos complexos, curvas, trigonometria ou qualquer outra coisa. Durante o processo, fica bem registrado cada procedimento realizado, etapa por etapa. Isso é bom para você fazer suas contraprovas ou demonstrar seu raciocínio a professores, ou alunos.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Honor Watch GS 3: tecnologia luxuosa em design esportivo [com tela AMOLED]
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de gizchina.it
A Honor, uma submarca da Huawei – uma multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações sediada na cidade de Shenzhen, província de Guangdong, na China – apresentou, recentemente, o seu novo smartwatch, o Honor Watch GS 3. Este aparelho foi lançado juntamente com o seu smartphone dobrável Magic V. Ele tem uma tela AMOLED – uma tecnologia de display híbrida que combina a matriz ativa de um display TFT tradicional com um display OLED -, com 1,43 polegadas e densidade de 326 pixels por polegada, em um vidro com bordas curvas 3D. Pesa 44 gramas e tem 10,5 mm de espessura. Bateria que dura até 30 dias com o GPS ligado e 14 dias sem estar ligado, podendo ser carregado em menos de uma hora.
Claro que o que mais chama atenção no Honor Watch GS 3 é o seu visual minimalista e a sua capacidade de personalização – em 3 versões de pulseiras. Pode ser usado debaixo d’água ou sob chuvas fortes. Apresenta 100 modos esportivos. Fora isso, com este lindo relógio é possível medir batimentos cardíacos com precisão de 97%; também tem um oxímetro para medir a saturação de oxigênio no sangue. Tudo isso pode indicar, por exemplo, se você está estressado e precisa parar para respirar um pouco. Nesse momento, o seu Honor pode ajudar, colocando música para todas enquanto você faz uma caminhada ou corrida. E não se preocupe em se perder, porque o relógio também vem com esse GPS, que tem dupla-frequência e acessa 5 constelações de satélites.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.
Engenharia Química: qual o papel e a transformação dessa profissão na Indústria 4.0
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 8minImagem de Freepik
Neste texto do Engenharia 360, vamos focar no papel do engenheiro químico neste novo cenário. E para falar sobre isso, foi convidado o colaborador do Engenharia 360, Diego Rafael Santos, com sete anos atuando na indústria. Confira!
Lembrando que a indústria, de modo geral, está evoluindo e crescendo de forma bastante expressiva nos últimos anos. A própria pandemia tem impulsionado grandes transformações. E algo que não podemos negar é a importância da Engenharia Brasileira se adequar, cada vez mais, ao modelo de Indústria 4.0.
1) Na sua opinião, qual é a importância da atuação dos engenheiros na atualidade, pensando na resolução de todos os problemas que enfrentamos e na busca por soluções eficazes, além de mais econômicas e eco-friendlies possível?
“Nos países emergentes, como o Brasil, a engenharia se mostra indispensável para a ampliação da infraestrutura, para a melhoria na qualidade de serviços prestados à sociedade e para a resolução de problemas de caráter econômico, ambiental e social. Devido a sua formação, o profissional de Engenharia desenvolve alta capacidade analítica e habilidades para integrar conhecimentos técnico-científicos, no sentido da inovação e da solução de problemas tecnológicos. Esses fatores evidenciam que a atuação do engenheiro é fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Contudo, é importante ressaltar que estes profissionais necessitam estar sempre na vanguarda do conhecimento tecnológico e desenvolver cada vez mais habilidades comportamentais (soft skills), uma vez que a tecnologia está impactando o mundo de forma profunda, mudando a dinâmica da sociedade.”
2) Vamos ao tema principal da nossa conversa: explique para os nossos leitores, em poucas palavras, a tradução do conceito ‘Indústria 4.0’ ou ‘Quarta Revolução Industrial’!
“De forma simples, todo período em que a tecnologia provoca mudanças profundas na sociedade, alterando nossa forma de se relacionar, locomover, trabalhar e consumir, é definido como uma Revolução Industrial.”,
“Nosso mundo está passando por um momento como este pela quarta vez, sendo as tecnologias digitais a principal força motriz. Com base nisso, o termo ‘Indústria 4.0’ representa a ‘Quarta Revolução Industrial’.,
“Enquanto as outras três transformações foram focadas na automação de máquinas e processos, a Indústria 4.0 centra-se na digitalização de ponta a ponta de todos os ativos físicos e a integração de um ecossistema digital.”
3) Para você, quais as consequências da digitalização na Indústria Química e no estudante e profissional de Engenharia Química?
“Na indústria química, com a digitalização dos ativos e a implantação de ecossistemas digitais, tenho observado grande aumento de produtividade, eficiência e, até mesmo, a transformação de modelos de negócio. Veja o caso de empresas como o da Raízen e Ambev, que desenvolveram plataformas digitais para o cliente final, sendo elas o Shell Box e o Zé Delivery, respectivamente.”,
“A digitalização está mudando a indústria, mas, no caso do Brasil, o processo de transformação ainda precisa amadurecer. Já em relação ao estudante e ao profissional de Engenharia, além das habilidades digitais, a transformação tecnológica está exigindo cada vez mais o desenvolvimento de habilidades comportamentais, como empatia, comunicação, pensamento crítico, inteligência emocional, aprender a aprender, multidisciplinaridade, liderança e criatividade.”
4) De acordo com o seu conhecimento, quais as melhores oportunidades de atuação que você acha que o engenheiro químico irá encontrar nesta nova fase da indústria?
“Vejo que essa nova fase aumenta a gama de possibilidades. Com as tecnologias digitais, o engenheiro químico tem muito mais ferramentas e oportunidades para desenvolver e otimizar processos. Agora, podemos aplicar, de forma mais simples e viável, tecnologias de controle avançado, simulação de processos, inteligência artificial, realidade aumentada, e muito mais. E como o Brasil é um país em desenvolvimento e carente de profissionais qualificados, as novas necessidades da indústria trazem boas oportunidades. Contudo, é importante ressaltar que a demanda de engenheiros anda lado a lado com o PIB e a situação econômica do país. Em linhas gerais, se a economia cresce, a demanda aumenta; se a economia retrai, a demanda anda na mesma direção. Levando isso em consideração, também é preciso estar atento ao contexto econômico para entender e selecionar as melhores oportunidades.”
Imagem de usertrmk em Freepik
5) Como tudo isso que envolve a ‘Indústria 4.0’ (como Internet das Coisas, Robôs Automatizados, Computação em Nuvem e mais) pode melhorar ou já está melhorando os processos através da integração de toda a cadeia produtiva industrial, desde o fornecimento de insumos para a manufatura até a distribuição do produto final? Por exemplo, comente sobre os ganhos e benefícios operacionais da adoção do modelo 4.0!
“As tecnologias da Indústria 4.0 trazem o conceito de Planta Auto-Otimizada. Trata-se de uma operação de auto-aprendizagem, auto-ajustável e auto-sustentável. Com isso, é possível analisar dados em tempo real e fazer ajustes mais inteligentes durante a operação, reagindo de forma automática nas condições para cumprir as metas. Além disso, é possível detectar problemas com antecedência, para maximizar o tempo de atividade e melhorar a longevidade dos ativos. Como resultado, é extraído mais valor dos equipamentos de produção, tornando-os mais seguros, mais ecológicos, por mais tempo e mais rápido. A maior velocidade em análise de dados leva a uma melhor tomada de decisão e colaboração, aumentando a produtividade, rendimento e flexibilidade operacional.
6) Conte para nós quais foram as maiores transformações de sistemas de controle, supervisórios e mais que você presenciou em seu dia-a-dia de trabalho nos últimos anos.
“Os sistemas industriais avançaram muito nos últimos anos, tanto em controle de processos, quanto em histórico e análise de dados. Hoje existe o Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD), historiadores com ferramentas avançadas de análise de dados e, até mesmo, controle avançado aprimorado com ferramentas de Inteligência Artificial.”,
“Quando iniciei minha carreira na indústria, há sete anos, grande parte dos processos eram controlados em campo e eu analisava dados de forma manual em planilhas eletrônicas. Hoje, atuo em processos operados via sistemas de controle e grande parte dos dados já são coletados e analisados automaticamente através de algoritmos. Além disso, tenho o controle de algumas operações unitárias sendo realizadas via aprendizado de máquina.”,
“Contudo, é importante ressaltar que esta não é a realidade da maioria das indústrias no Brasil. Muitas empresas ainda têm uma base antiga instalada, com baixa velocidade e processadores inferiores, principalmente no que diz respeito às redes industriais. Além disso, outro desafio da indústria brasileira é desenvolver a capacidade de avaliar os investimentos em SDCD a longo prazo. Em uma visão imediatista, o custo do investimento acaba sendo considerado alto. Entretanto, a modernização é fundamental, especialmente em um momento que exige cada vez mais produtividade, eficiência operacional e adoção de tecnologia.”
7) Você acredita que os conhecimentos adquiridos pelos estudantes de Engenharia Química durante a sua formação (pensando principalmente nas instituições brasileiras) é o suficiente para entender e responder o modelo de ‘Indústria 4,0’?
“De forma geral, as universidades brasileiras oferecem uma boa bagagem técnico-teórica dos fundamentos envolvidos nas engenharias. Contudo, o sistema de ensino é falho quando falamos de tecnologias como Inteligência Artificial, controle avançado e análise de dados. Além disso, as universidades não fomentam o desenvolvimento de habilidades comportamentais, cada vez mais necessárias hoje em dia.”,
“Nesse contexto, vejo que é fundamental o estudante buscar conhecimento e experiências além das portas da academia. Estar pronto para o futuro não significa somente adquirir conhecimento técnico, mas desenvolver habilidades que podem ser aplicadas a qualquer trabalho. Habilidades estas inerentes aos humanos, pois são elas que nos diferenciam dos robôs.”
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8) Dizem que é na subárea da Engenharia Química definida como ‘Engenharia de Processos’ em que se dará a maior parte das transformações na quarta onda da Revolução Industrial. Você concorda com isso? Se sim, pode nos citar um exemplo?
“O engenheiro de processos é o profissional da Engenharia Química que trabalha na operação de uma planta. Ele acompanha o processo no dia-a-dia e desenvolve soluções para otimizar os ativos, aumentando a eficiência e reduzindo o consumo de matéria-prima, por exemplo. Para atingir os resultados desejados, o engenheiro de processos pode utilizar tecnologias de automação, controle avançado, gêmeos digitais, Inteligência Artificial, Machine Learning e muito mais.”,
“Então, levando isso em consideração, podemos, sim, afirmar que a Engenharia de Processos é a área da Engenharia Química em que ocorre a maior parte das transformações da Quarta Revolução Industrial.”
9) Como você enxerga o nível de qualidade de mão de obra disponível hoje no mercado das engenharias? Será que os brasileiros estão se preparando bem para atender à demanda das indústrias e os futuros empregos que devem surgir dessa nova revolução?
“Na minha experiência, a mão-de-obra disponível no mercado de Engenharia é de boa qualidade. Como disse anteriormente, as universidades brasileiras oferecem uma boa bagagem técnico-teórica dos fundamentos envolvidos nas engenharias. Contudo, vejo um déficit de conhecimento em tecnologias digitais, como Data Science e Programação, por exemplo.”,
“Entretanto, é importante destacar que estas são habilidades que qualquer pessoa pode ‘correr atrás’ e aprender. Hoje, todo o conhecimento desenvolvido pela sociedade está literalmente na palma das nossas mãos, sendo muito mais fácil e barato aprender e desenvolver novas habilidades. Nesse quesito, vejo que o brasileiro precisa aproveitar mais e melhor as oportunidades de aprendizado que a Internet está trazendo.
10) Imagine um profissional já graduado há bastante tempo em Engenharia Química, mas que quer se atualizar para atender melhor a indústria. Que tipo de curso complementar você recomendaria que ele fizesse, pensando em obter mais conhecimento sobre esta ‘Quarta Revolução Industrial’?
“Primeiramente, eu recomendaria esse profissional ler muito sobre transformação digital, atualidades e como a tecnologia está impactando a sociedade. O acesso a essas informações está facilmente disponível na Internet. Além disso, ele poderia fazer cursos relacionados ao tema em diversas plataformas digitais, como StarteSe, Udemy, Escola Conquer e Data Scinece Academy, por exemplo; essas empresas oferecem cursos técnicos e estratégicos relacionados à gestão.”
11) Você indicaria também para os nossos leitores algum título de livro ou outra bibliografia complementar sobre o assunto?
“Sugiro a leitura do livro ‘Automação e Sociedade: Quarta Revolução Industrial, um olhar para o Brasil‘. A obra apresenta e discute a Quarta Revolução Industrial, trazendo profundas reflexões sobre o tema e apresenta diversas oportunidades a serem exploradas pelo nosso país. Ao mesmo tempo, faz alerta sobre os riscos de não se participar ativamente do processo de mudança desencadeado por essa revolução. O livro cria ainda uma base sólida para que profissionais possam compreender as correlações entre diferentes inovações tecnológicas, processos de negócios e modelos mentais – cada vez mais presentes na sociedade e nas organizações.”
12) Por último, gostaria de passar alguma mensagem final para os leitores e seguidores do Engenharia 360?
“Eu acredito que nossa carreira somos nós quem fazemos! Então, não fique esperando algo acontecer. Corra atrás dos seus objetivos. Estude novas tecnologias, culturas e finanças; desenvolva novas habilidades; conheça pessoas e aprenda o máximo que você puder.”,
“O conhecimento é uma das poucas coisas que ninguém pode tirar de você e é uma das principais forças que pode mudar a vida das pessoas! Cuide com carinho da sua carreira e lute pelos seus sonhos.”
Nota: Na data de atualização desse texto, em agosto de 2023, um grande incêndio atingiu uma indústria química na Zona Norte de São Paulo. Equipes de bombeiros foram ao local para controlar o fogo, que foi confinado. Não houve feridos e não houve risco de propagação para a comunidade próxima. Mas foi preciso trabalhar para combater as chamas e proteger a população. A Cetesb foi acionada, e seus técnicos agiram após o término do combate ao incêndio. Fica aqui a reflexão sobre os riscos envolvidos para quem trabalha na indústria química.
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por Cristiano Oliveira da Silva | | ATUALIZADO EM 10minImagem reproduzida de G1
Segundo L. Kronecker, o nome de Gauss está ligado a quase tudo que a Matemática do século XIX criou em matéria de ideias científicas originais. Talvez tenha sido o matemático a melhor equilibrar a ‘Matemática Pura’ com a ‘Matemática Aplicada’.
Bem, certamente você ouviu falar sobre Gauss no Ensino Médio, com plano de Argand-Gauss para o domínio dos números complexos, com a Lei de Gauss da Ótica e mais, não? E certamente depois, no Ensino Superior. Por exemplo, com o Teorema do Divergente – que relaciona integral de volume com integral de superfície; a Lei de Gauss para Eletromagnetismo; e Geometria Não-Euclidiana, contribuição no campo da Astronomia, desde desenvolvimento de lentes para telescópios até métodos para cálculo de órbitas; e muito mais!
Vamos conhecer um pouco mais sobre a história desse gênio da humanidade?
Apresentando o matemático Gauss
Carl Friedrich Gauss (1777-1855) foi o maior de todos os matemáticos e talvez o mais bem-dotado gênio de que já se teve notícia – em breve, neste texto, você entenderá o porquê.
Imagem reproduzida de Infoenem
Gauss nasceu em Brunswick, no norte da Alemanha. Sua familiaridade com números foi notada desde muito cedo, sendo que ele costumava brincar na vida que aprendera a contar antes mesmo de falar. Costuma-se dizer que Goethe escreveu e dirigiu peças para um teatro de bonecos quando tinha apenas 6 anos; que Mozart compôs seus primeiros minuetos quando tinha 5 anos; mas Gauss corrigiu um erro nas contas da folha de pagamentos de seu pai quando tinha 3 anos! Pode imaginar?
Infância
O pai de Gauss era um homem simples e não dispunha de recursos para ajudar a desenvolver os talentos do seu filho. Entretanto, as habilidades de Gauss com os números e cálculos mentais eram evidentes e chamou a atenção de muitos homens influentes de sua comunidade, entre eles, o duque de Brunswick, que acabou por financiar a sua educação. Dessa maneira, por volta dos 15 anos, já conhecera os trabalhos de Newton, Euler e Lagrange. Foi quando descobriu o Teorema do Número Primo. Nesse mesmo período, ele inventou o Método dos Mínimos Quadrados e concebeu os conceitos da famosa “Curva Normal” ou “Curva Gaussiana“, relacionada à Distribuição na Teoria das Probabilidades. Isso aos 15 anos!
Curva Gaussiana – Imagem reproduzida de O Blog do Mestre
Adolescência
Na faculdade, não se sentia atraído pelos cursos de Matemática – vai saber, talvez fossem enfadonhos para ele, como seria para um aluno de Engenharia ter aulas sobre adição e subtração. Durante um tempo, seu futuro foi incerto. Mas aos 18 anos, fez uma bela descoberta em Geometria e acabou se decidindo por Matemática. E que descoberta foi essa? Os gregos antigos sabiam construir, com régua e compasso, polígonos regulares de 3, 4, 5 e 15 lados – e todos aqueles que podem ser obtidos dividindo os ângulos em 2 partes iguais. Isso era tudo que sabiam e esse problema ficou desse jeito, em aberto, por 2.000 anos, até que o jovem de 18 anos resolveu o problema completamente, provando que outros polígonos podem ser construídos se respeitada determinada condição.
Suas contribuições iniciais nesse período foram ao campo da Teoria dos Números, onde mergulhou profundamente em vários campos inexplorados. Seu tratado Disquisitiones Arithmeticae, publicado em 1801 – mas finalizado em 1798 – é considerado um marco do início da moderna Teoria dos Números, cuja importância para a Matemática é comparada aos Principia de Newton. Esse trabalho como um todo era um farto banquete de pura Matemática que seus sucessores só puderam digerir com dificuldade e lentamente.
Disquisitiones Arithmeticae – Imagem reproduzida de Amazon
Nesse trabalho, Gauss também criou a abordagem rigorosa e moderna da Matemática. Isso porque ele havia se tornado bastante impaciente com a escrita descuidada e desleixo de seus predecessores. Decidiu então que suas obras estariam acima de qualquer crítica, como escreveu: “Eu entendo a palavra ‘prova’, não no sentido do advogado, para quem 2 meias provas equivalem a uma prova completa, mas no sentido do matemático, para quem ½ prova = 0 e se exige uma demonstração que qualquer dúvida torne-se impossível.”.
Juventude
Disquisitiones revela um Gauss austero, maduro, rigoroso, sem comentários e, em alguns pontos, quase ininteligível. Segundo ele próprio em uma carta, “(…) sou lento para escrever. Isso ocorre principalmente porque não me satisfaço enquanto não consigo colocar o máximo de informação no menor número de palavras possível, e escrever de forma concisa leva muito mais tempo do que ser prolixo.”. Por conta disso, suas publicações ocultavam tanto quanto revelavam, uma vez que ele próprio conscientemente trabalhava para remover qualquer traço de linha de raciocínio que o havia levado às suas descobertas. Um amigo comentou: “Ele é como uma raposa que apaga a sua pegada na areia com o rabo.”. Gauss rebatia as críticas dizendo que nenhum arquiteto que tenha respeito próprio deixa os andaimes depois de terminada a construção.
A dissertação de doutoramento foi em 1799, outro marco na história da Matemática. Após várias tentativas frustradas de matemáticos anteriores – como D’Alembert, Euler, Lagrange e Laplace -, o Teorema Fundamental da Álgebra foi provado. Esse teorema afirma que todo polinômio com coeficientes reais ou complexos – tem uma raiz real ou complexa. Nessa primeira demonstração, ele apresentou quatro ao todo; e Gauss foi o primeiro matemático a usar números complexos e a Geometria no Plano Complexo com total segurança.
Teorema Fundamental da Álgebra – Imagem reproduzida de Blog do Enem
Fase adulta
Nesse próximo período da sua vida, Gauss se dedicou à Matemática Aplicada e seus “passatempos” com Teoria dos Números ficariam em suspenso por um tempo.
Nas últimas décadas do século XVIII, muitos astrônomos procuravam um planeta entre Marte e Júpiter. O primeiro e maior dos numerosos planetas menores – hoje, conhecido como asteroides – foi descoberto naquela região em 1801 e foi chamado de Ceres. O ponto é que esse “planeta” era muito pequeno e se perdeu no céu, ou seja, era muito difícil de ser visto nas melhores condições, logo perdido na luz do céu próximo ao Sol.
O “pequeno planeta” Ceres
Os esparsos dados obtidos da observação dificultaram o cálculo da órbita com precisão suficiente para localizar Ceres. Foram vários meses de tentativas frustradas. Finalmente, Gauss foi atraído pelo desafio. Pegou os dados de que dispunham os astrônomos, aplicou o seu Método dos Mínimos Quadrados aliado à sua destreza com os cálculos numéricos e determinou a órbita, contando aos astrônomos para onde deveriam mirar seus telescópios; e lá estava o “planetinha”.
Isso lhe rendeu fama, um aumento da pensão recebida do duque e, em 1807, uma nomeação como professor de Astronomia e primeiro diretor do novo observatório em Göttingen. Se encarregou de suas atribuições com a costumeira eficácia, mas mostrou-se avesso ao trabalho administrativo, reuniões, burocracias, etc. Também não se sentia motivado a ensinar. Dizia que era uma perda de seu tempo e essencialmente inútil, por razões diferentes, tanto para os alunos talentosos, quanto para os “meia-boca”. Recebeu diversos convites para deixar Göttingen, mas recusou todas as ofertas e lá permaneceu até o final de sua vida.
Imagem reproduzida de Olhar Digital – https://olhardigital.com.br/2020/08/11/ciencia-e-espaco/brilho-estranho-indica-que-planeta-anao-ceres-possui-oceano-subterraneo/
A coletânea de trabalhos de Gauss
Nas primeiras duas décadas do século XIX, Gauss produziu uma série de trabalhos sobre Astronomia, entre eles, o tratado Theoria Motus Corporum Coelestium, de 1809; essa foi a “bíblia” dos astrônomos por mais de um século. Seus métodos para lidar com perturbações levaram à descoberta de Netuno. Gauss pensava na Astronomia como sua profissão e na Matemática Pura como recreação e, de tempos em tempos, publicava alguns frutos de suas pesquisas individuais. A saber, datam dessa época seus estudos sobre Séries Hipergeométricas, que foi uma proeza tipicamente gaussiana, que envolveu novas ideias em análise e que mantém os matemáticos ocupados e com lição de casa desde então.
Por volta de 1820, o matemático foi chamado pelo governo de Hanover para supervisionar um levantamento topográfico no reino. Um trabalho tipicamente enfadonho, inclusive nos dias de hoje – exceto quando usamos drones, que, obviamente não existiam na época de Gauss, mas posso apostar que o Drone tem alguma contribuição de Gauss em sua tecnologia. Para ele, seria natural recusar esse trabalho exaustivo e com tediosas triangularizações. Mas, afinal, seria um desperdício usar uma mente tão avançada num trabalho desses? Certo? Errado!
Theoria Motus Corporum Coelestium – Imagem reproduzida de Amazon
O levantamento topográfico de Hanover
Mentes brilhantes têm a estranha característica de buscar enxergar as coisas por todas as óticas possíveis. Então, durante esse trabalho “tedioso”, Gauss forneceu profundas contribuições para a Matemática Pura, sem as quais a Teoria Geral da Relatividade teria sido totalmente impossível de ser formulada. O trabalho de Gauss sobre geodésicas e medição precisa de grandes triângulos na superfície terrestre. Isso gerou mais um trabalho em 1827, o “Disquisitiones generales circa superficies curvas”. Nesse trabalho, ele lança a Geometria Diferencial Intrínseca das Superfícies e introduz coordenadas curvilíneas numa superfície, já que a superfície terrestre é curva.
Geometria Diferencial Intrínseca das Superfícies – Imagem reproduzida de Wikipédia
O nome dessa Geometria é bonito, mas a ideia por trás é simplesmente brilhante! Gauss descobriu um método para estudar a superfície estando sobre a mesma, apenas medindo distâncias e determinando o caminho mais curto de um ponto a outro – a tal geodésica. E, além disso, ele descobriu um método de medir a curvatura da Terra e qualquer outra superfície curva sem precisar se preocupar com o espaço à volta.
Outras coisas grandiosas que Gauss fez nesse período:
apresentou, em 1831, artigo sobre resíduos biquadráticos;
ampliou a Teoria dos Números para o domínio dos complexos – por exemplo, com a definição de inteiros complexos, hoje chamados inteiros gaussianos;
introduziu um novo conceito de número primo, no qual 3 permanece primo, mas 5 = (1+2i).(1-2i) não;
e provou o teorema da fatorização única para esses inteiros e primos.
Os estudos na área da Física
Gauss também, nesse período, direciona a sua atenção para a Física, dando contribuições originais e significativas sobre todo assunto que se debruçou. Para começar, na Teoria de Tensão de Superfícies, desenvolveu a ideia fundamental de conservação de energia e resolveu o mais antigo problema do cálculo variacional, envolvendo uma integral dupla com extremos variáveis. Já em Óptica, além da formulação matemática, introduzindo conceito de distância focal de um sistema de lentes e inventou as lentes grandes angulares de Gauss para telescópios e objetivas. Criou a ciência do geomagnetismo…
Inclusive, Maxwell publicou seu trabalho sobre Eletromagnetismo em 1873 e há diversas referências a Gauss nele. No prefácio, o matemático disse: “Gauss dirigiu seu poderoso intelecto para a teoria do magnetismo e para os métodos de observação, e ele não só contribuiu grandemente para aumentar nosso conhecimento na Teoria da Atração, mas reconstruiu toda a Ciência do Magnetismo no que diz respeito aos instrumentos usados, métodos de observação e cálculo dos resultados…”.
Em 1839, Gauss publicou seu artigo fundamental sobre a Teoria Geraldas Forças Proporcionais ao Inverso do Quadrado, que estabeleceu a Teoria do Potencial como um ramo coerente da Matemática. Entre as descobertas, estavam o Teorema do Divergente da análise vetorial moderna, também chamado de Teorema de Gauss; além do Teorema do Valor Médio, para funções harmônicas.
lentes grandes angulares de Gauss para telescópios e objetivas – Imagem reproduzida de InfoEscola
A genialidade do matemático
Conhecemos algumas contribuições de Newton, bem como a genialidade de Fermat, o brilhantismo de Euler… Mas Gauss parecia sobre-humano!
Falamos de suas publicações, contribuições à Ciência, vida profissional de astrônomo, passatempo matemático; tudo isso já faria dele alguém com muita relevância na nossa espécie.
A questão é que o que ele não publicou, as suas pesquisas pessoais – o tornariam igualmente grande!
Muito desse material só apareceu após sua morte, quando uma grande quantidade de anotações de seus cadernos e correspondências científicas foram cuidadosamente analisadas e incluídas em seus trabalhos. Nesse material, encontra-se uma relíquia da história da Matemática: um caderno de 19 páginas, que permaneceu desconhecido até 1898. As anotações datam de 1796 até 1814 e consistem em 146 enunciados concisos, avesso à prolixidade ou ao estilo do próprio Gauss. Para se ter uma ideia, se ele não tivesse feito NADA do que foi publicado, apenas o conteúdo deste caderno já o tornaria o maior matemático de seu tempo!
Era muito comum que pessoas do círculo de Gauss e da comunidade científica trouxessem a ele um problema como “novo” e encarar a frustração de que Gauss já havia se debruçado sobre aquele problema e extraído tudo quanto fosse possível.
“Não é o conhecimento, mas o ato de aprender; não é a posse, mas o ato de chegar lá, que garantem maior satisfação. Quando esclareci e exauri um assunto, o deixo de lado para mergulhar novamente na escuridão.” – Gauss, em correspondência para Wolfgang Bolyai.
A urgência por um novo problema
Nota-se claramente que Gauss não queria perder tempo sobre o que descobria, mas tinha urgência em mergulhar num novo problema e tirar o máximo dele.
Um exemplo claro disso remete à Geometria Não-Euclidiana. Havia um postulado desde o tempo de Euclides. Muitos matemáticos tentaram prová-lo, sem sentido. Gauss, aos 15 anos, também falhou, mas como ele não dava “viagem perdida”, chegou a conclusão de que a geometria euclidiana não era a única possível. Em se tratando de Gauss, se havia outras geometrias possíveis, então o próximo passo era formular com critério. E como ele não quis publicar seus resultados, os créditos pelos Teoremas da Geometria Não-Euclidiana foram para Lobachevsky (1829) e Johann Bolyai (1832 – filho de Wolfgang).
Longe dos holofotes
Mas o que explica Gauss não publicar? Bem, uma carta enviada a Bessel, em 1829, pode dar uma pista. Nela, está dito o seguinte: “Não irei dedicar muito dos meus esforços para escrever algo publicável sobre esse assunto, pois tenho horror aos gritos histéricos que ouviríamos dos beócios se eu tornasse claros meus pensamentos sobre o assunto.”. Lembrando que, nessa época, a filosofia estava em alta e alguns filósofos, como Kant, por exemplo, viam a Geometria Euclidiana como única forma possível de pensar o espaço.
Outro matemático muito famoso contemporâneo de Gauss, Jacobi, ao ver uma passagem em Disquisitiones, percebe que era preciso saber sobre funções elípticas para o conteúdo que encontrou. Então, em seguida, foi até Gauss e descobriu que ele havia avançado muito em assuntos que o Jacobi trouxe, mas que Gauss já tinha domínio antes mesmo do jovem matemático ter nascido.
Em carta ao seu irmão, Jacobi afirma: “a Matemática estaria numa posição muito diferente se a Astronomia prática não houvesse desviado esse gênio colossal de sua grandiosa carreira”.
Assim era Gauss, o supremo matemático. Ele sobrepujou em tantos aspectos as realizações possíveis para homens comuns com gênio que por vezes pode-se ter a misteriosa sensação de que ele pertencia a uma espécie superior.
Filme ‘Não olhe para cima’ – Imagem reproduzida de Exame
Em um trecho do filme “Don’t look up”, a personagem interpretada por Leonardo diCaprio, em uma tentativa de garantir que a órbita do recém descoberto cometa estava certa, diz que “a órbita foi calculada pelo método de Gauss, com erro de 0,02%”. Mas quem foi Gauss? Agora você já sabe!
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Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.
Parabéns, São Paulo: cidade completa 468 anos de história
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minParque do Ibirapuera – Imagem reproduzida de Viagem e Turismo
Hoje é uma data muito especial do ano! Sabe qual é? É o aniversário de São Paulo, lar de mais de 12 milhões de brasileiros – sendo uma das cidades mais populosas do mundo. Este é o centro financeiro mais importante do nosso país, ocupando 1.521 km² com diversas obras de Engenharia e Arquitetura emblemáticas. Por exemplo, poderíamos citar o Edifício Copan, projeto do inesquecível Oscar Niemeyer, e a belíssima Ponte Octávio Frias de Oliveira. São 468 anos de história!
Foi nesta data, em 1554, que os padres jesuítas da Companhia de Jesus estabeleceram, a partir da serra do mar, a companhia na região o Pateo do Collegio, a fim de catequizar a população indígena local. No dia, foi celebrada a primeira missa de São Paulo, rezada pelo padre Manuel de Paiva. E por que tudo foi feito em 25 de janeiro? Por que, de acordo com a Igreja Católica, a data para a instalação dos jesuítas combina com a comemoração do momento em que o apóstolo Paulo teria se convertido ao cristianismo.
“A 25 de janeiro do Ano do Senhor de 1554, celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo. Por isso, a ele (nós) dedicamos nossa casa!” – padre José de Anchieta, em carta à Companhia de Jesus.
Pode-se dizer, também, que este é o aniversário do começo da ocupação e exploração das terras brasileiras pelos portugueses – que começou no século XVI.
Mas vamos deixar o passado para trás e pensar no futuro! São Paulo deve continuar sendo uma importante referência para as engenharias. Um dos maiores polos tecnológicos do nosso país. Por isso e mais, merece a nossa singela homenagem! Que venham muitos anos de reorganização urbana, de construções e reconstruções civis, de expansão de áreas verdes, e mais. Parabéns, São Paulo!
Ponte Octávio Frias de Oliveira – Imagem reproduzida de marengenharia
Edifício Copan – Imagem reproduzida de Exame
MASP – Imagem reproduzida de Catraca Livre
Praça das Artes – Imagem reproduzida de CASACOR
Parque do Ibirapuera – Imagem reproduzida de Viagem e Turismo
SESC – Imagem reproduzida de Arte-Sur.org
Edifício projeto de Tomie Ohtake – Imagem reproduzida de SP Escola de Teatro
Japan House – Imagem reproduzida de ArchDaily Brasil
Galeria do Rock – Imagem reproduzida de A Vida no Centro
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Lufe Gomes e a sua visão sobre a responsabilidade social na Engenharia, Arquitetura e Design
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 12minImagem reproduzida de Life by Lufe – em Facebook
Para muitas pessoas, trabalhar com Engenharia, Arquitetura e Design de residências é algo apenas comercial. Por consequência, os projetos saem impessoais. E, no fim, as pessoas acabam vivendo como se tivessem que servir a estas construções, que simplesmente parecem seguir uma moda e que pouco atendem os seus gostos e necessidades. Mas existe um profissional, bastante influente nas redes sociais, que sempre me provou o contrário. Este é o Luiz Fernando Gomes ou Lufe Gomes, formado em engenharia, fotógrafo, escritor de livros, autor de lindos vídeos no YouTube (canal ‘Life By Lufe’), grande influenciador em outras redes sociais, autodidata em arquitetura e, por que não dizer, decorador; um profissional com uma trajetória de carreira que deve inspirar você também! Esta é uma entrevista longa, mas vai te ensinar demais! Confira!
O Lufe (assim vou chamá-lo, como fazem todos os seus fãs), sempre mostrou que precisamos ter um olhar diferente para os projetos arquitetônicos. Todo o seu trabalho nos faz refletir, primeiro, sobre a importância dos profissionais estarem sempre atentos com relação à qualidade dos espaços construídos, incluindo os materiais utilizados – ainda mais pensando na questão da preservação do meio ambiente. Outra coisa é como podemos expressar, através dos elementos, a nossa cultura, a nossa história – com todas as idas e vindas – e as coisas que amamos. E se vocês puderem acompanhar os registros que ele faz, por meio de fotos e vídeos, verá exemplos impressionantes de pessoas ao redor do mundo que realmente conseguem fazer tudo isso, com menos ou mais recursos financeiros.
Recentemente, o Lufe deixou de mostrar “apenas” os lindos habitats de outras pessoas e começou a se abrir para o público, mostrando a sua própria visão sobre a boa moradia. Foi quando ele finalmente apresentou para todos um outro lado seu mais profissional, onde parece conseguir reunir todos estes seus interesses para a criação de residências mais bonitas, agradáveis, saudáveis e cheias de personalidade – não só para si, mas para os clientes também. Não à toa, ele conseguiu milhares de seguidores na internet apaixonados por sua visão sobre Engenharia Civil, Arquitetura, Design e Decoração. Por isso, consideramos que ele seria um excelente exemplo para trazermos aqui, no Engenharia 360!
É com imensa honra que entrevistamos o Lufe. Aproveitem para conhecê-lo e tirar dele inspiração de vida, arte e carreira!
1) Querido Lufe, é verdade que você é formado em Engenharia Civil? Pode contar para os nossos leitores os motivos que levaram esta sua escolha de faculdade?
“Sim, eu sou formado emEngenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina. Desde sempre… Enfim, tive vontade até de desistir da Engenharia, desde o primeiro momento. E, hoje, eu sou muito feliz de não ter feito esta decisão e ter continuado até o final e me formado com louvor, na verdade.”,
“Agora, quais os motivos reais que me fizeram escolher a profissão de Engenharia? Foi motivo de influência familiar! Eu tenho um tio que tem uma construtora. E, naquele momento, eu estava vivendo com eles (família) em Florianópolis. Então, era o universo que eu vivia, era o universo de que a Engenharia sendo uma grande opção.”,
“Na verdade, bem real, o início foi esse. É… seguir os passos de alguém que tinha sucesso na carreira. Mas, logo no início da faculdade, quando eu entrei e percebi que não tinha certeza se era esse ou não o meu caminho, eu pensei em desistir. E é aí que a gente entra na pergunta número dois e o porquê de eu nunca ter desistido e escolhido o caminho da Engenharia.”
2) Em entrevista à Casa Vogue você disse que este caminho de “sair” da Engenharia, virar fotógrafo e trabalhar com revista foi “uma consequência natural”. Comente sobre isso, principalmente considerando aqueles estudantes e profissionais que estão indecisos com a sua trajetória de carreira!
“Quanto eu estava na Engenharia, eu pensei em desistir logo de início, porque eu não conseguia ainda me enxergar no mundo profissional.”
“Muitas vezes, a gente ainda está na faculdade, ou a gente está no início de carreira, ou alguns anos na profissão e a gente parece que ainda não entende até onde a Engenharia pode nos levar.”,
“E, na verdade, isso aconteceu quando eu estava conversando com alguns amigos na faculdade, antes de começar a aula, dizendo que eu queria desistir da Engenharia. E, aí, um professor entrou na sala, escutou a nossa conversa e perguntou: ‘Por que você quer desistir da Engenharia?’. Aí eu falei: ‘Ah, não sei, eu preciso fazer alguma coisa que eu ame, né?’. Sabe, toda esta história que a gente sempre fala?”,
“Aí ele falou: ‘Ah, legal! Então, você vai desistir e vai fazer o quê? Odonto? Medicina? Não, advocacia, Direito? Você não sabe o que você vai fazer?’, ‘(Eu) Não!’, ‘Então, por que você vai sair da Engenharia? Fica aqui quieto esperando. Na hora que você tiver certeza do que você quer, aí você segue o caminho!’. Daí eu falei: ‘Ah, mas eu queria parar, pensar no que eu vou fazer e refletir…’. Aí ele falou: ‘Mas você sabe o que é Engenharia?‘.”,
“E esta resposta que ele deu mudou toda a minha visão da Engenharia, tanto é que eu nunca mais quis desistir e sigo com este conteúdo e esta sabedoria até hoje devido à esta frase que ele me respondeu, que era assim: ‘A Engenharia é um curso que te ensina a pensar rápido, de forma lógica e resolver problemas.‘. Então, era exatamente esta a faculdade que eu queria!”,
“Então, na verdade, a Engenharia hoje nos prepara para qualquer coisa que a gente quiser fazer na vida.”
“Claro, não para Medicina, Direito e coisas específicas. Mas, a gente… nós somos engenheiros preparados para resolver problemas, sermos rápidos nessa resolução e também conseguir (isso) de forma lógica, bem pensada, embasada…”,
“A gente consegue fazer muitas coisas, em muitas profissões; e isso me deu, na verdade, LIBERDADE! Quando eu entendi isso, entendi que Engenharia era mais do que construir prédios, mais do que construir pontes e estradas, etc., mas era preparar o meu cérebro para eu poder fazer o que eu ainda nem sabia que faria na minha vida!”
Imagem reproduzida de Life by Lufe – em Facebook
3) Olhando seus trabalhos, parece que você não segue regras e mantém uma postura artística mais livre. Contudo, sempre mantém uma análise ou crítica leve, destacando a luz natural e priorizando o “toque” humano nos espaços construídos e decorados através das suas fotografias. É verdade? Por quê? O que te fez querer explorar estes detalhes dos projetos de Arquitetura, Design e Engenharia?
“O que me faz destacar esses pontos da luz natural, da ventilação natural, da presença do ser humano dentro da Arquitetura, do Design, da Engenharia é justamente que ‘a Arquitetura, o Design, a Engenharia’ é feita principalmente para pessoas, para quem vai morar lá dentro. Muitas vezes, a gente ainda está fazendo… as pessoas pensam em fazer projeto com ego, para atender uma tendência, para atender uma revolução que ela vai sair em uma revista, ganhar um prêmio, etc. e tal. Mas o que se esquece é que a pessoa precisa sentar naquele sofá, precisa viver dentro daquela casa e precisa principalmente se sentir feliz dentro daquela obra de Engenharia. Então, quando eu destaco isso, é mostrando a importância que a Arquitetura tem no mental da sociedade.”,
“Eu acho que você construir um prédio feio e não funcional numa cidade é um desserviço para o mental de quem vive naquela cidade, né?”
“Você estraga a visão que aquela cidade poderia ter, a beleza que ela poderia ter, porque você quis fazer um prédio imitando alguma coisa que não tem nada a ver com aquela cidade, de uma estética que você quis economizar e não se preocupou, em tempo algum, em como aquilo vai ficar por muitos e muitos anos – se não para sempre -, né? Você constrói um prédio que simplesmente faz muros na rua, em vez de criar um comércio, uma vida que existe ali dentro. O que que acontece? Você acaba interferindo na saúde mental da sociedade!”,
“Quando a gente fala de Arquitetura, Design e Engenharia, nós não falamos de quem constrói um prédio, mas a gente está falando em quem interfere no ‘modus’ de viver das pessoas naquele lugar, né? Quando a gente começa a entender isso, a gente começa a entender a responsabilidade social que nós temos de criar coisas belas, funcionais e que façam bem para as pessoas daquele lugar.”,
“E considerando que você está pensando em quem vive dentro dos ambientes criados, quem circula pelos lugares projetados, aí são os humanos, né? Então, o que acontece nessa situação? É importante você ter contato com as coisas naturais, como o vento, o sol, a luz, o verde, né? O elemento de sociabilidade também, onde a gente vai conviver com os vizinhos, com o entorno, com os comércios locais.”,
“Todas estas preocupações são para mim preocupações que estão voltadas para a coisa mais básica de todas, que é o bem estar de quem vive ali, né? Por isso que eu destaco muito esta questão. Por isso que eu acho que é uma das profissões mais incríveis que existe. Por que ela tem uma interferência direta em você se sentir bem ou você se sentir oprimido, você se sentir livre ou você se sentir preso, iluminado ou no escuro. Então, realmente é uma das coisas que eu mais gosto de destacar do poder da Arquitetura, da Engenharia e do Design.”
4) Você também disse para a Vogue que “casas são como pessoas: únicas”, com “personalidades individuais”. Queríamos saber a sua opinião sobre o limite da identidade ou da assinatura de arquitetos, designers e engenheiros em suas obras. Como fazer para traduzir os desejos, sonhos e necessidades dos clientes – sem que o projetista ultrapasse os limites de prestação de serviços com a sua opinião, valores e gostos?
“Olha, é… quando a gente fala sobre ou da opinião do cliente, o que o cliente deseja, a gente esbarra numa história muito interessante. A maioria das pessoas não foi ensinada, preparada a saber exatamente o que ela quer de estilo. Por isso é que, muitas vezes, elas confundem. Elas dizem: ‘Ah, o meu estilo…”. E daí confundem todos os estilos misturados, como se ela entendesse o que aquilo quer dizer. É como ela entrar no Pinterest e pegar um monte de coisas que ela gosta, jogar lá e querer juntar tudo. Então, o desafio do engenheiro, do arquiteto e do designer é traduzir algo que aquela pessoa nem sabia que precisava tanto.“,
“Quando você consegue fazer um projeto de arquitetura, quando você consegue fazer algo que faça bem para aquela pessoa, mas que ela nem sabe que precisava tanto daquilo, aí você consegue atender o gosto dela, mas sem impor o seu gosto e o seu ego profissional.”,
“O grande problema que acontece é que as pessoas estão tão ávidas, os profissionais estão tão interessados em serem aprovados em uma revista, em saírem na capa de algum lugar, de receberem um prêmio ‘x, y ou z’, que não estão realmente interessados na pessoa que vai viver lá dentro.”,
“E, muitas vezes, existem brigas conhecidíssimas entre clientes e arquitetos, porque existe uma vontade de impor algo que deveria ser feito daquele jeito porque quer atender aquele estilo que ele quer. Ao mesmo tempo, ele sabe de alguma solução, mas o cliente não aceita. Então, na verdade, todo arquiteto, designer e engenheiro deveria ser um pouco psicólogo também; entender como ele pode… é… através da conversa, da experiência e da HUMILDADE de escutar o cliente e conseguir trazer, através da sua capacidade técnica e o seu aprendizado, toda aquela satisfação que aquele cliente vai ter mesmo sem ele saber que ele precisava tanto daquilo para ser feliz.”,
“Então, muitas vezes, é no silêncio! Você faz algo. Quando o seu cliente vê, ele fica impressionado, mas ele não sabe nem da onde vem aquilo. Mas é porque você realmente olhou para ele; você realmente entendeu quem é aquele ser humano que vai viver lá dentro e não se preocupou com o prêmio que você talvez ganharia, ou as comissões que você receberia no projeto, etc. e tal.; e, sim, como aquela pessoa se sentiria realmente feliz, sua cliente para sempre, recomendando o seu trabalho para sempre; e você feliz sabendo que o seu trabalho interfere no bem estar de quem te contratou.”
5) Como é para você, como fotógrafo e entrevistador, entrar no lar das pessoas e pedir para elas compartilharem as suas histórias de vida através da Arquitetura, Design e Engenharia? Como esta experiência tem lhe transformado como pessoa e profissional?
“Então, eu tenho um caso muito especial que, na verdade, que as pessoas que eu escolhi para fotografar e entrevistar para o meu canal são pessoas que já têm aquela visão que eu gostaria de mostrar; são as pessoas que já compreendem, com mais clareza, o que que é você colocar a sua personalidade dentro de uma casa, o que é você conseguir trazer as suas histórias, você quebrar aquela falsa obrigação imposta pela sociedade do ‘tem que’, ‘você tem que ser assim’, ‘a tendência é essa’, ‘agora é assim’.’,
“Se tem uma coisa que me irrita profundamente, e é o comentário que a gente sempre faz, é por que os arquitetos, designers e engenheiros estão fazendo tudo tão parecido? Por que eles estão usando todos o mesmo acabamento, os mesmos modelos, as mesmas cores, as mesmas histórias, né? A gente vê isso. Tem inúmeros exemplos que a gente pode dar, de cada fase que parece que todo mundo só usava aquilo.”
“Agora, quando a gente olha para os grandes arquitetos, engenheiros e designers que se destacaram e viraram realmente tendência atemporal, a gente vê que eles eram completamente diferentes do que se fazia normalmente na época deles. Então, é isso que eu acho importante, a gente entender que quando a gente está criando alguma coisa, a gente precisa treinar na nossa própria casa, né?”,
“Você, como arquiteto, designer ou engenheiro, olhe para a sua própria casa e vê se você está conseguindo trazer você de dentro para fora! Você está conseguindo se enxergar através do ambiente que você vive? Através de pequenos detalhes. Porque isso vai te ajudar muito a compreender como os seus projetos vão ajudar aqueles que vão morar lá dentro.”,
“Então, quando eu visito uma casa, quando eu entro em uma obra de arquitetura, design, engenharia, é que eu consigo… entender a alma de quem está vibrando ali dentro daquele espaço. Eu começo a entender que aquilo ali já vem de um treinamento dela de se permitir. ‘Eu me permito viajar, viver e conhecer o diferente!’. Portanto, quando eu trago uma coisa que faz sentido de viagem para mim, aquilo me toca tão profundamente que, ao estar na parede, é mais do que uma decoração, mas ela se torna uma emoção, que é muito diferente de você viajar em uma viagem de turismo qualquer e comprar um suvenir.”,
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“Assim, é interessante a gente entender como a sua casa fala de você. E ao você compreender isso, se torna mais fácil você ajudar o outro a compreender a si mesmo através do ambiente em que ele vive. Então, eu sou uma daquelas pessoas que passa por uma transformação, porque eu gosto muito disso. Eu sei que eu sou assim, porque eu vivo dessa forma. Mas é muito gostoso, quando eu viajo e entro na casa de outras pessoas e compreendo que o que ela está fazendo representa ela, me dá a liberdade de eu fazer o que eu quiser que me represente.”,
“Quanto mais pessoas diferentes eu encontro, mais eu vejo quão diferente eu posso ser. E isso é libertador! Isso me tira da ‘caixinha’! Quanto mais pessoas eu vejo que arriscam, mais eu posso arriscar, porque mostra, pra mim mesmo, quanto eu não preciso me ‘encaixar’ dentro do que as pessoas esperam, e sim do melhor que eu estou acumulando nessa vida de aprendizados. Entendeu?”,
“Isso é muito importante! Eu sou um aprendiz de cada casa que eu entro e, ao mesmo tempo, eu vejo, por exemplo, quando eu saí desse último apartamento que eu morava – que era o ícone, que todo mundo dizia ‘não, você nunca pode sair desse apartamento, porque é a sua cara’ – e eu comecei a construir o meu novo apartamento, dizendo que ele ia ser mais minimalista. E, aí eu falava: ‘Gente, o que que eu vou fazer nessa casa, porque o outro é tão a minha cara?’. E eu nunca me preocupei com isso, porque, por mais que eu não tivesse certeza do que eu estava fazendo, eu estava me colocando. E seja lá o que fosse, ia ser a minha cara. E quando eu terminei esse novo apartamento, todo mundo disse ‘cara, é a sua cara’, e não tem NADA a ver com o outro.”,
“Como o outro pode ser a minha cara, esse não tem nada a ver com o outro e continua sendo a minha cara? Porque ele tem a essência mais básica, que é colocada com VERDADE. Entendeu? Então, a gente, nessas visitas, estou buscando a minha verdade interna, a verdade interna das pessoas, e que a gente pare de querer ser igual a todo mundo.”,
“Porque o grande poder que a gente tem de se destacar profissionalmente é quando a gente se DESTACA, literalmente. A gente… ou seja, você se desprende do outro, você desprende do que está todo mundo fazendo; e, aí, você começa a entender que esse diferente é o que vai fazer a grande diferença na sua vida profissional!”
6) Por fim, recentemente, você começou a mostrar em seus vídeos mais do seu lado engenheiro e até decorador, através de um novo negócio de reforma de apartamentos. Como está sendo unir essas experiências tão vastas?
“É, foi muito interessante, porque no início da nossa entrevista eu comentei que no início da minha vida profissional eu queria desistir de Engenharia e fiquei porque queria aprender a pensar rápido, de forma lógica e resolver problemas; e com isso, me joguei na vida, me permiti ver, vivenciar, entender a vida de tantas formas. De repente, eu entendi que lá, quando entrei na Engenharia, não estava distante do que eu sou, que é ‘gosto da moradia’.”
“Eu gosto da reforma, eu gosto do cheiro de obra, eu gosto de lidar com as pessoas, da obra. É uma coisa que realmente faz parte de mim! Até quando eu estou em entretenimento, estou buscando coisas que tem a ver com reforma e moradia, porque realmente eu gosto disso.”,
“Então, foi muito interessante, quando a gente começou estas reformas porque eu percebi que toda a minha experiência de vida, a minha permissão a mim mesmo, de enxergar a casa dos outros – como algo que era, para mim, uma das grandes escolas -, com um olhar de quem estava a aprender e não de quem estava querendo encaixar aquelas casas em padrões que eu deveria classificar, eu acabei me permitindo abrir a mente – que é uma das grandes coisas que a Engenharia nos ensina – para que eu pudesse hoje, na hora de fazer, ter um repertório imenso dentro da minha mente, que me ajuda a criar soluções o tempo inteiro, de obras que eu considero com personalidades únicas, fortes, soluções fáceis, bacanas e principalmente simples, e preparadas, e pensadas para a felicidade de quem vai morar ali.”,
“Sempre o primeiro pensamento que eu tenho em qualquer reforma que eu vou fazer é: ‘O quão feliz eu posso fazer a pessoa que vai morar aqui?’. Esse é o pensamento o tempo inteiro!
Confira esta mensagem final muito bacana que o Lufe deixa para nós!
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
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