O Engenharia 360 aterrissará neste domingo, 12 de fevereiro de 2023, em Nashville, no estado do Tennessee, Estados Unidos, para a cobertura especial do 3DEXPERIENCE World 2023, um dos maiores eventos de engenharia do mundo. E por falar em engenharia, uma das atrações da cidade é justamente a John Seigenthaler Pedestrian Bridge, uma estrutura de 960 metros que foi inaugurada no início do século passado. Quer conhecê-la? Então, confira detalhes da sua história no texto a seguir!

A história da ponte John Seigenthaler

Originalmente, a John Seigenthaler Pedestrian Bridge era chamada de Shelby Street Bridge ou Shelby Avenue Bridge. Esta ponte, sobre o rio Cumberland, no quarteirão ao sul da Broadway, conectando a Sparkman Street e a Shelby Avenue, em Nashville, terminou de ser construída em 1906. E ela é considerada uma referência para a Engenharia Civil, pois foi a primeira estrutura de ponte de treliças arqueadas de concreto na América do Norte. Aliás, a saber, seu projeto foi supervisionado pelo engenheiro Howard M. Jones; os desenhos arquitetônicos originais estão arquivados no Metro Transportation Offices.

John Seigenthaler Pedestrian Bridge
Imagem de @eduardomikail

Agora, por que o novo nome John Seigenthaler Pedestrian Bridge ao invés de Shelby Street Bridge? Bem, o rebatismo aconteceu em 2014, em homenagem a John Seigenthaler, jornalista e defensor de direitos civis. Isso porque, na década de 1950, enquanto fazia reportagens para o jornal The Tennessean, ele impediu fisicamente um homem suicida de pular da ponte.

Por fim, em 1998, a John Seigenthaler Pedestrian Bridge foi admitida no Registo Nacional de Lugares Históricos por conta do seu design único.

Veja Também: Parthenon de Nashville: descubra a impressionante réplica do antigo templo de Atenas

A estrutura da John Seigenthaler Pedestrian Bridge

Durante muitas décadas, a ponte John Seigenthaler esteve bem preservada. Sua estrutura é composta de treliças Parker conectadas por pinos, com uma única treliça Pratt conectada por pinos na extremidade leste; o interessante é que esse vão de treliça dava para dentro de um prédio. Já para o oeste, há dois vãos únicos de acesso em concreto, semelhantes a arcos amarrados comumente erguidos na europa na mesma época.

Infelizmente, com o passar dos anos, o concreto da John Seigenthaler Pedestrian Bridge começou a se deteriorar e se fragmentar. Em certo momento, entre os anos de 1920 e 1930, alguns vãos de concreto armado, dentro os 48 originais, precisaram ser substituídos por vãos modernos, além disso, peças de treliças de aço. Em 1998, a decisão final do município de Nashville foi fechar a ponte para tráfego de automóveis e restaurá-la apenas para uso de pedestres. Inclusive, hoje esta estrutura é considerada uma das maiores pontes para pedestres do mundo.

Conheça a John Seigenthaler Pedestrian Bridge: símbolo da engenharia nos EUA
Imagem: @eduardomikail

Observação: o tráfego de veículos da John Seigenthaler foi passada para uma nova ponte, chamada Gateway Bridge, agora conhecida como a Ponte Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia.

John Seigenthaler Pedestrian Bridge
Imagem de @eduardomikail

Veja Também: Nashville, nos EUA: música, arquitetura e gastronomia marcam a cidade do country

A criação de uma nova atração turística para Nashville

Talvez valesse mais para Nashville a demolição da ponte John Seigenthaler. Porém, políticos e especialistas em engenharia consideraram a estética, a arquitetura e a história desta obra e resolveram mantê-la na paisagem da cidade. Após ser convertida como ponte de pedestres, receber elevador, rampas, escadas, uma faixa central com 4,6 m de largura para acomodar bicicletas, nova iluminação, e representações artísticas da história da vida no rio Cumberland na sua grade de metal, a ponte virou cartão-postal, atraindo visitas de milhares de turistas todos os anos.

Observação: a John Seigenthaler Pedestrian Bridge também fica muito próximo de outra atração interessante de Nashville, o Estádio Nissan, usado principalmente para futebol e é o campo.

John Seigenthaler Pedestrian Bridge
Imagem de @eduardomikail

Fontes: Wikipédia.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O Engenharia 360, com muita felicidade, foi convidado mais uma vez para cobrir o 3DEXPERIENCE World, um dos eventos mais importantes na área das engenharias. A saber, esta é uma excelente oportunidade para quem deseja explorar as tendências e inovações na área da engenharia ecológica, por exemplo. Isso porque, através das sessões e também exposições dentro do parque, pode-se ter acesso a soluções e tecnologias avançadas – inclusive da plataforma 3DEXPERIENCE.

Aliás, o foco de muitos palestrantes é, justamente, a discussão de questões importantes como a medição de impacto ecológico, a importância da engenharia verde no futuro, como testar projetos ecológicos na plataforma 3DEXPERIENCE, e como desenvolver engenharia ecológica de forma eficiente e inovadora. Saiba mais sobre o tema no texto a seguir!

O que é um design sustentável?

Design sustentável é um conceito que se baseia em criar produtos, edifícios, sistemas e estruturas que minimizem o impacto ambiental negativo e promovam a eficiência de recursos, a preservação da biodiversidade e o bem-estar humano. Isso inclui considerações sobre a escolha de materiais, produção, uso, descarte e reciclagem. O objetivo é criar soluções que atendam às necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras.

Engenharia sustentável
Imagem de freepik

Como projetar engenharia focando no conceito ecológico?

Pode-se dizer que a engenharia é uma das principais forças de desenvolvimento da sociedade e, por isso, é importante que seja projetada com uma visão mais ecológica no futuro. A proteção do meio ambiente, a sustentabilidade econômica e a garantia de recursos naturais para as gerações futuras são algumas das razões para a necessidade de engenharias mais verdes. Além disso, a conscientização crescente sobre questões ambientais e a exigência por soluções mais sustentáveis tornam a engenharia ecológica uma necessidade cada vez mais urgente.

Ao projetar engenharia com foco no conceito ecológico, é importante considerar os seguintes aspectos:

  • Eficiência de recursos: buscar soluções que minimizem o uso de recursos naturais, como água, energia e matérias-primas.
  • Materiais sustentáveis: escolher materiais que tenham baixo impacto ambiental, sejam biodegradáveis ou fáceis de reciclar.
  • Eficiência energética: projetar edifícios e sistemas que sejam altamente eficientes em termos de energia, como o uso de fontes renováveis de energia.
  • Conectividade com a natureza: integrar a natureza no projeto, incluindo áreas verdes, jardins e espaços para a vida selvagem.
  • Design modular: projetar soluções que permitam a expansão, atualização e reutilização de componentes, ao invés de descartá-los e substituí-los completamente.
  • Resiliência climática: considerar os impactos das mudanças climáticas e projetar soluções que consigam resistir a eventos climáticos extremos.
  • Sustentabilidade social: considerar o impacto do projeto sobre a comunidade local e buscar soluções que promovam o bem-estar humano e a equidade social.

Além disso, é importante envolver a comunidade na concepção do projeto e buscar soluções que atendam às suas necessidades. É importante também trabalhar com equipes multidisciplinares, incluindo especialistas em engenharia, arquitetura, meio ambiente e saúde pública, para garantir que todas as perspectivas sejam consideradas.

Engenharia sustentável
Imagem reproduzida de Dassault Systèmes – https://www.3ds.com/newsroom/press-releases/dassault-systemes-introduces-life-cycle-assessment-solution-3dexperience-platform-transform-sustainable-innovation-process

Como medir impacto ecológico em um projeto de engenharia?

Existem várias maneiras de medir o impacto ecológico de um projeto de engenharia, incluindo:

  • Análise de ciclo de vida: essa abordagem considera todas as fases do projeto, desde a extração de matérias-primas até o descarte final, para avaliar o impacto ambiental.
  • Indicadores de sustentabilidade: esses indicadores medem o impacto do projeto em áreas específicas, como o uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa e resíduos gerados.
  • Indicadores de desempenho energético: esses indicadores medem o uso de energia do projeto e a eficiência energética, ajudando a avaliar o impacto sobre o meio ambiente.
  • Indicadores de qualidade do ar e da água: esses indicadores medem a qualidade do ar e da água nas proximidades do projeto, ajudando a avaliar o impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente.
  • Monitoramento contínuo: o monitoramento contínuo do impacto ambiental do projeto permite identificar problemas em tempo real e tomar medidas para corrigi-los antes que causem danos irreparáveis.

É importante destacar que a escolha dos indicadores e como eles são aplicados variam conforme o tipo de projeto e as prioridades ambientais específicas. Vale trabalhar com especialistas em avaliação ambiental e consultar a comunidade local para garantir que as medidas sejam apropriadas e relevantes.

Por que apostar na plataforma 3DEXPERIENCE para criar um design ecológico?

A plataforma 3DEXPERIENCE é uma ferramenta valiosa para a criação de designs ecológicos, pois permite a integração de dados, a modelagem virtual, a colaboração de equipes multidisciplinares, a análise de dados em tempo real e a otimização de recursos. Esses recursos ajudam a avaliar o impacto ambiental de um projeto, a tomar decisões informadas e a criar soluções mais eficientes e sustentáveis.

Além disso, a plataforma 3DEXPERIENCE é uma ferramenta flexível e escalável, que pode ser adaptada às necessidades específicas de cada projeto, garantindo que todos os aspectos relevantes sejam considerados na criação de um design ecológico. Ao integrar os conceitos de sustentabilidade no processo de design desde o início, é possível garantir que as soluções sejam eficientes em termos ambientais e econômicos, ao mesmo tempo em que são viáveis e funcionais para as pessoas que as usam.

Em resumo, a plataforma 3DEXPERIENCE é uma excelente opção para empresas e profissionais que desejam incorporar a sustentabilidade em seus projetos de engenharia.

Engenharia sustentável
Imagem reproduzida de Dassault Systèmes

Veja Também: O que é a Plataforma 3DEXPERIENCE e quais as suas Ferramentas Integradas?

Como testar projetos ecológicos de engenharia na 3DEXPERIENCE Works?

Na plataforma 3DEXPERIENCE, é possível testar projetos ecológicos de engenharia de várias maneiras. Algumas dicas incluem:

  • Simulações virtuais: a plataforma oferece a possibilidade de simular o comportamento do projeto em diferentes condições, incluindo cenários climáticos, de uso e de impacto ambiental.
  • Análise de desempenho: a plataforma permite a realização de análises de desempenho para avaliar o consumo de recursos, as emissões de carbono e outros indicadores de sustentabilidade.
  • Testes de validação: é possível validar o projeto em simulações virtuais antes da construção real, identificando problemas e oportunidades de melhoria.
  • Integração com outras ferramentas: a plataforma 3DEXPERIENCE pode ser integrada com outras ferramentas, incluindo softwares de análise de dados e de gerenciamento de projetos, permitindo uma visão completa e integrada do projeto ecológico.

Essas são apenas algumas dicas sobre como testar projetos ecológicos na plataforma 3DEXPERIENCE. Claro que cada projeto é único e a estratégia de teste dependerá das especificidades do projeto.

Confira a entrevista completa que o Engenharia 360 fez em Nashville, na edição 2023 do 3DEXPERIENCE World, com os representantes do Dassault Systèmes no Brasil:


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Você já ouviu falar nas equações de Navier-Stokes? Elas são um conjunto de fórmulas que buscam prever o comportamento dos fluidos (líquidos e gases), suas propriedades e seu movimento. Pense em uma nuvem se formando, um rio correndo, o sangue circulando, um navio flutuando ou um avião voando. Essas equações buscam justamente descrever as propriedades dos fluidos, sua pressão, velocidade e trajetória em cada ponto.

A história por trás da elaboração das equações de Navier-Stokes

As equações de Navier-Stokes foram desenvolvidas no século XIX por Claude-Louis Navier e George Stokes, se baseando fortemente nos trabalhos de seus antecessores, como a família Bernoulli. Apesar de desenvolvidas, até hoje essas equações não apresentam uma solução exata e única, e você pode ficar milionário se conseguir resolvê-las.

equações de Navier-Stokes
Imagem de Kanenori em Pixabay

O desafio de resolver estas difíceis equações

Estas equações fazem parte do Millenium Prize, uma série de prêmios fornecido pelo Clay Mathematics Institute, que fornecerá 1 milhão de dólares para quem conseguir uma solução analítica, única e suave dessas equações. E, afinal, por que elas são tão difíceis de serem resolvidas? Isso deve-se porque são equações diferenciais parciais que, além de envolver inúmeras incógnitas, são altamente não-lineares e vetoriais (pois devem ser solucionadas nas 3 dimensões, além do tempo). Dê uma olhada em um caso geral dessas equações abaixo:

Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário
Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário

Equação 1

É denominada Equação da Conservação da Massa (conhecida também como Equação da Continuidade) e ela, como o nome indica, se baseia no fato de que a massa não é criada ou destruída em um dado ponto de um sistema, apenas rearranjada.

Equação 2

É denominada Equação da Quantidade de Movimento, é basicamente a aplicação da segunda lei de Newton (que dita que a força resultante em um dado sistema é dado pelo produto de sua massa por sua aceleração) para um sistema fluido, extrapolado para todas as dimensões. Mais abaixo teremos essas equações escritas de uma forma mais “simples”, bem como a definição de cada símbolo.

As aplicações das equações de Navier-Stokes

Os avanços tecnológicos que a solução dessas equações traria são inúmeras e, além da exatidão na previsão do comportamento dos fluidos, um dos principais desmembramentos dessa solução é a análise da turbulência, sendo um evento aleatório e caótico. As ferramentas matemáticas que deverão ser empregadas para a solução das equações de Navier-Stokes poderão ser empregadas, posteriormente, para a análise de eventos aleatórios, probabilidade, inteligência artificial, gerando uma exatidão muito maior nesses comportamentos e, assim, ampliando muito a sua aplicação.

equações de Navier-Stokes
Imagem de WikiImages em Pixabay

Então, se essas equações ainda não foram resolvidas, como temos tantos avanços nessa área? Como conseguimos prever hoje o comportamento dos fluidos e analisar seus comportamentos? Como conseguimos saber se o avião vai voar ou não? A realidade é que, apesar de não haver solução exata, as equações de Navier-Stokes são amplamente utilizadas nas mais diversas áreas.

Simulações de aerodinâmica

O que ocorre é que, para cada aplicação diferente (por exemplo: uma análise aerodinâmica da asa de um avião difere da análise meteorológica para sabermos se vai chover amanhã) nós fazemos algumas suposições sobre o comportamento e simplificamos essas equações. Em conjunto com técnicas matemáticas de simulação discreta, como o Método dos Elementos Finitos, essas soluções podem ser aproximadas e as equações de Navier-Stokes podem ser resolvidas.

Você talvez já tenha visto a foto da “aerodinâmica da vaca” (abaixo), e isso nada mais é do que a solução das Equações de Navier-Stokes, com alguma simplificação, do vento ao redor de uma vaca. Esse diagrama colorido indica, justamente, alguma das características do fluido (velocidade, no caso) em cada ponto do domínio (já adiantamos que a simulação da vaca apresenta algumas inconsistências, para os curiosos).

https://www.pinterest.com/pin/605241637404250509/sent/?invite_code=0dc6e8a4adb041eaa4df1ea68ad42469&sender=633952222455089138&sfo=1

Buscando entrar brevemente na parte mais técnica das equações para os mais curiosos, as equações de Navier-Stokes, de forma expandida (entenda: com menos termos matemáticos complexos), é descrito abaixo:

Equação da Continuidade:

Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário

Equação da Quantidade de Movimento em cada direção (x, y e z) separadamente:

Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário
Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário
Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário

Abaixo, segue uma breve descrição do significado de cada termo:

Desvendando o enigma dos fluidos: as equações de Navier-Stokes e o desafio milionário

Conclusão

Enfim, as equações de Navier-Stokes são um dos maiores desafios matemáticos da atualidade, mas mesmo sem uma solução exata os engenheiros utilizam os mais diversos artifícios para conseguir trabalhar com elas. Estou na torcida para que você, leitor, consiga resolver estas equações (e se lembre de nós depois do prêmio).

E aí, gostou do conteúdo? Não esqueça de comentar abaixo!

Veja Também: Decolagem histórica do maior avião movido a hidrogênio em fotos


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Engenharia 360

Victor Peron

Engenheiro Mecânico formado pela Fundação Educacional Inaciana (FEI); especialista em Administração Industrial; com mestrado com ênfase em Energia de Fluidos pela Escola Politécnica da USP; formação extracurricular em Matemática Aplicada no curso da Prandiano; e também experiência em CFD, utilizando principalmente o método dos elementos espectrais em solvers de código aberto.

Atualização: Na metade de 2023, o Google lançou o Bard, um chatbot concorrente do ChatGPT, no Brasil e na Europa. O Bard é um chatbot conectado em tempo real à Internet, utilizando o Palm 2, um grande modelo de linguagem do Google, para fornecer respostas de alta qualidade. Os usuários podem ajustar o tom e o estilo das respostas, além de aproveitar integrações nativas com outras ferramentas do Google. Ao contrário do ChatGPT, o Bard possui acesso atualizado a conteúdos online, o que o coloca em disputa direta com a Microsoft.

google bard
Imagem reproduzida de O Globo

Achava que a Google ia ficar de camarote, quietinha, vendo toda a evolução da concorrência em Inteligência Artificial sem se manifestar? Claro que não! A empresa de tecnologia sempre primou pelos seus altos padrões de qualidade de seus produtos e serviços. Então, certamente, era de se esperar que tomasse alguma atitude depois que a Microsoft prometeu investimentos na nova tecnologia ChatGPT da OpenAI para o Bing e a Apple testou a tecnologia na Siri, sua assistente virtual inteligente para iOS.

Sem dúvidas, o ChatGPT é um grande fenômeno, já dominando o mercado. Ele deve ter assustado demais a Google. E o que fez a empresa? Decidiu acelerar o anúncio de uma novidade que estava guardando na manga já há algum tempo, o lançamento de Bard, seu “serviço de conversação usando Inteligência Artificial”. Saiba mais no texto a seguir!

Google Bard
Imagem de Inactive account – ID 377053 em Pixabay

Google prova que está pronta para enfrentar a concorrência

A Google não quer perder o domínio que tem hoje na Internet. E a resposta está vindo com os experimentos da empresa com o Bard, seu serviço de conversação usando Inteligência Artificial, que deve conseguir – igual ou até melhor que o ChatGPT – responder às perguntas dos usuários. E mais, talvez bater um bate-papo sobre diversos assuntos no mesmo modelo de linguagem para aplicativos de diálogos, LaMDA.

google bard
Imagem reproduzida de Mundo Conectado

Veja Também:

Temor Tecnológico: Será que as Novas Tecnologias Levarão à Extinção da Raça Humana?

Como funcionará a nova tecnologia Bard, da Google

Qual a diferença do Google “comum” para o Bard? De acordo com a empresa, a nova ferramenta de conversa será uma versão mais leve do modelo completo, usando menos poder de processamento e alcançando mais usuários. A questão é que, diferente de inteligências artificiais desenvolvidas por terceiros, esta poderá explicar informações de forma simples, para crianças, ou complexa, para acadêmicos e outros especialistas, ajudando todos a desenvolverem suas habilidades.

Em texto divulgado nas mídias, o CEO do Google explica que o Bard será capaz de recorrer à Internet para conseguir fornecer respostas atualizadas e de alta qualidade, segurança e fundamentação em informações reais. E sabe no que mais, por hora, o Bard ganha do ChatGPT? É que o chatbot da OpenAi domina apenas informações até 2021. Então, se hoje você perguntar quem ganhou as eleições brasileiras ou a Copa de 2022, o sistema não sabe dizer!

Google Bard
Imagem de Pexels em Pixabay

Então, o que você acha dessa novidade da Google? E qual a sua opinião sobre este avanço da tecnologia de Inteligência Artificial? Como ela irá impactar a nossa vida? E quais as vantagens e desvantagens que trará para o mercado das engenharias? Comenta aí!

Veja Também:


Fontes: Tecnoblog.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Já houviu falar em SOLIDWORKS, CATIA, DELMIA ou SIMULIA? Tudo isso é tema do 3DEXPERIENCE World, um um evento global anual realizado pela Dassault Systèmes, uma empresa francesa de software. Na ocasião, além de promover a sua plataforma de experiência em 3D, ela reúne líderes da indústria, empresários e especialistas em tecnologia para discutir tendências, soluções e inovações no setor de Design, Arquitetura e Engenharia.

Durante a conferência, há palestras, demonstrações ao vivo e muito mais. E, neste ano, mais uma vez, o Engenharia 360 faz a cobertura completa do 3DEXPERIENCE (presencial e virtual), entre os dias 12 e 15 de fevereiro.

Agora, antes disso, vamos falar do SOLIDWORKS, propriedade da Dassault Systèmes, que pode ajudar os profissionais a aumentarem sua produtividade e qualidade dos seus projetos, realizarem trabalhos em colaboração, inovando e integrando tecnologias. Saiba mais no texto a seguir!

O que é SOLIDWORKS?

Precisamos destacar que a Dassault Systèmes é conhecida por sua ampla gama de soluções de software para a indústria. Especialmente o SOLIDWORKS é amplamente utilizado por profissionais de engenharia. Ele é um software de design e modelagem 3D para a indústria de manufatura e design. Inclusive, é amplamente utilizado para a criação de peças, componentes, sistemas e equipamentos, tornando-se uma ferramenta valiosa para diversos profissionais, sobretudo para criação de protótipos, análise e simulação, colaboração e gerenciamento de projetos.

SOLIDWORKS
Imagem reproduzida de SOLIDWORKS

Como o SOLIDWORKS é utilizado pela engenharia?

O SOLIDWORKS é amplamente utilizado pelas engenharias em diversas áreas, como mecânica, elétrica, eletrônica e de produtos, para ajudar na criação e desenvolvimento de projetos. Algumas das principais maneiras de uso incluem:

  • Design de peças e componentes: criação de modelos 3D precisos de peças e componentes para avaliar o desempenho, funcionalidade e aparência antes da fabricação.
  • Análise e simulação: oferecimento de recursos avançados de análise e simulação para avaliar a resistência, confiabilidade e desempenho de projetos antes da fabricação.
  • Prototipagem: criação de modelos físicos e virtuais de projetos para avaliar o design e funcionamento antes da produção em massa.
  • Colaboração: colaboração em tempo real entre equipes, departamentos e parceiros, tornando o processo de desenvolvimento mais eficiente.
  • Documentação técnica: criação e gestão de documentação técnica, incluindo desenhos técnicos, especificações e listas de peças.

Resumindo, o SOLIDWORKS é uma ferramenta valiosa para profissionais de engenharia, ajudando a agilizar o processo de desenvolvimento de projetos e garantir a qualidade dos produtos finalizados.

SOLIDWORKS
Imagem reproduzida de SOLIDWORKS

Qual a relação do SOLIDWORKS e a plataforma 3DEXPERIENCE?

O SOLIDWORKS é uma aplicação dentro da plataforma de software 3DEXPERIENCE da Dassault Systèmes. A 3DEXPERIENCE integrada de software de design, engenharia, manufatura e gerenciamento de projetos que oferece uma ampla gama de soluções para empresas em vários setores, incluindo aeroespacial, automotivo, saúde, construção e muito mais.

Ao combinar o SOLIDWORKS com outras aplicações da 3DEXPERIENCE, como CATIA e DELMIA, as empresas podem criar uma experiência de trabalho mais integrada e eficiente, garantindo uma colaboração mais fluida entre equipes, departamentos e parceiros. Além disso, a plataforma 3DEXPERIENCE permite a gestão de dados, recursos e processos de forma mais eficiente, tornando o desenvolvimento de projetos mais rápido e eficiente.

SOLIDWORKS
Imagem reproduzida de https://www.solidworks.com/pt-br/product/3dexperience-works-simulation

Como o SOLIDWORKS pode facilitar a vida do profissional?

Aqui estão 5 maneiras pelas quais o uso do software pode mudar a vida dos profissionais:

1. Produtividade aumentada

Com sua interface intuitiva e ferramentas avançadas de modelagem 3D, o software permite criar projetos mais rapidamente e com maior precisão, aumentando a produtividade.

2. Qualidade dos projetos aprimorada

O SolidWorks possibilita validar o design antes da produção, identificar problemas e garantir a qualidade e segurança dos produtos, aprimorando a qualidade dos projetos.

3. Comunicação e colaboração facilitadas

Com a possibilidade de compartilhar modelos e dados, o software facilita a comunicação e colaboração com outros membros da equipe e parceiros externos.

4. Inovação impulsionada

O SolidWorks oferece ferramentas para simulação e visualização, permitindo explorar novas ideias e conceitos de forma mais fácil, impulsionando a inovação.

5. Processos mais eficientes

Com a integração com outros softwares e tecnologias, o software permite a automatização de processos, aumentando a eficiência e reduzindo erros.

SOLIDWORKS
Imagem reproduzida de https://www.solidworks.com/pt-br/product/3dexperience-works-simulation

Confira a entrevista completa que o 360 fez em Nashville, na edição 2023 do 3DEXPERIENCE World, com os representantes do Dassault Systèmes no Brasil:


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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nashville é a capital do estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Agora, entre os dias 12 e 15 de fevereiro, a cidade recebe a edição 2023 do 3DEXPERIENCE World. E o Engenharia 360 estará lá cobrindo o evento e compartilhando todas as novidades nas áreas do Design, Arquitetura e Engenharia. E neste período de esquenta, queremos compartilhar algumas curiosidades com nossos leitores. Começando por uma curiosa atração turística deste destino de viagem, o Parthenon de Nashville.

Parthenon de Nashville
Imagem de paulbr75 em Pixabay

A Atenas do sul dos Estados Unidos

Quando se fala em Nashville, pensamos primeiro na sua longa história com a música. Mas o que você sabe sobre sua paisagem urbana?

Parthenon de Nashville
Imagem de paulbr75 em Pixabay

Saiba que a cidade é linda e deve ser considerada como um dos lugares mais bonitos para se visitar nos Estados Unidos – não à toa foi escolhida como pano de fundo para as edições 2019 e 2023 do 3DEXPERIENCE World. E uma das atrações da região é o Parthenon de Nashville, projeto do veterano confederado William Crawford Smith e construído em 1897 como parte da Exposição do Centenário do Tennessee.

O Parthenon de Nashville, no endereço 2500 West End Ave, trata-se, obviamente, de uma réplica em tamanho real do grande monumento de Atenas, na Grécia. A construção está localizada no Parque Centenário da cidade e funciona desde 1920 como um museu de arte. Aliás, ela remete ao apelido da cidade ‘Atenas do Sul’, por conta de sua posição no cenário da educação de ensino superior no país.

ORIGINAL

Parthenon de Nashville
Imagem de sandyjohnhood em Pixabay
Parthenon de Nashville
Imagem de Anestiev em Pixabay

RÉPLICA

Parthenon de Nashville
Imagem de USA-Reiseblogger em Pixabay
Parthenon de Nashville
Imagem de dani_chalkr em Pixabay
Parthenon de Nashville
Imagem de @eduardomikail

A arquitetura do Parthenon de Nashville

A zona onde foi construído o Parthenon de Nashville é muito bem frequentada por residentes que buscam o local para a realização de caminhadas, corridas, piqueniques e mais. Claro que a réplica grega é o ponto turístico mais disputado, uma construção linda, imponente e muito bem conservada, pintada em cores muito próximas à arquitetura clássica, encantando sobretudo os turistas. Já da entrada é possível ver réplicas de gesso, feitas a partir de moldes das partes das esculturas originais das fachadas do verdadeiro Parthenon, datando de 438 a.C., e que se encontram no Museu da Acrópole em Atenas e no Museu Britânico em Londres.

Parthenon de Nashville
Imagem de futilitarian em Pixabay

Interior do museu

Dentro do museu, a decoração é ainda mais impressionante, com pinturas em cores, tão próximas do original quanto possível. Nos interiores, os visitantes podem conferir uma recriação de Alan LeQuire, do ano de 1990, uma estátua da deusa Athena Parthenos (ou Atena) folheada com 3,6 kg de folhas de ouro e com 13 metros de altura. A mesma está junto a uma imagem serpente, tem uma couraça e um capacete, além de carregar um escudo e uma pequena estátua de 1,8 m de altura da deusa Nice (ou Vitória).

Vale destactar que o museu em si não é muito grande, embora o seu edifício seja enorme e com grandes jardins ao redor. A Atena – executada por Alan LeQuire – está no grande salão, logo depois de uma escadaria, junto a outras réplicas de esculturas e colunas gregas. Para conferir tudo isso é preciso comprar um ingresso na bilheteria atrás do prédio. Mas vale a pena, pois o Parthenon de Nashville é um ótimo cenário para ensaios fotográficos.

Parthenon de Nashville
Imagem reproduzida de The Parthenon

Agora, Nashville não se resume a isso. Acompanhe as próximas publicações do 360! Em breve, traremos mais curiosidade sobre a cidade durante a nossa cobertura do 3DEXPERIENCE World 2023.

Veja Também: Nashville, nos EUA: música, arquitetura e gastronomia marcam a cidade do country


Fontes: Wikipédia, Cantinho de Ná.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Na segunda-feira, dia 6 de fevereiro de 2023, o território do sul da Turquia e norte da Síria sofreu com um terremoto de magnitude 7,8. O epicentro do tremor foi no povoado de Kahramanmaras, próximo à cidade de Gaziantep, onde está localizado o Castelo de Gaziantep, uma obra de 2 mil anos. A construção foi severamente danificada. Certamente, essa perda não se compara à vida de tantos que se foram durante o evento. Mas gostaríamos de comentar, aqui neste texto, o quanto a própria história da arquitetura também foi impactada. Veja a seguir!

A história do Castelo de Gaziantep

O Castelo de Gaziantep é uma das principais atrações turísticas da Turquia. Trata-se de uma das primeiras estruturas construídas na parte central e mais alta da cidade durante o Império Hittite, dois mil anos atrás. Durante séculos, foi dominado por várias forças. A partir de 661 d.C., esteve nas mãos dos califas muçulmanos. Já em 962, voltou a pertencer aos bizantinos. Depois de 1067, quem tomou foram os seljúcidas. Capitulado pelos cruzados no ano de 1098. Voltando para os seljúcidas, em 1218.

A construção resistiu aos ataques do Império Molgol e de mamelucos, alternadamente. Passou por renovações e reformas, sobretudo no Império Bizantino de Justiniano I. Recebeu várias torres, baluartes, fortificações defensivas, além de um fosso no entorno. Serviu de base militar depois do Império Otomano, por volta de 1500. E serviu de defesa no século XVIII. Mesmo assim, grande parte da sua estrutura foi ao chão neste triste fevereiro de 2023.

Terremoto na Turquia
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Terremoto na Turquia - Castelo de Gaziantep
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Os estragos provocados pelo terremoto

Visto de cima, antes do terremoto, o Castelo de Gaziantep ocupava uma área de 1.200 metros em um desenho de círculo irregular. Mas esta já não era a sua forma original. A mesma foi já impactada por um terremoto durante a dinastia Ayyubid, entre os séculos XIII e XVI. Foi nesta época que a fortaleza do castelo ganhou muros mais altos e suas seis torres ganharam decorações, além de alguns prédios civis.

O castelo, assim como a mesquita Haji Yusuf, nas proximidades, também sofreu com terremotos em 1864, 1964 e 2020. Mas este terremoto de 2023 foi diferente. A saber, a energia liberada neste dia 6 se compara a 130 bombas atômicas da potência da bomba de Hiroshina – energia acumulada na falha que se rompeu por 500 anos. A Turquia se moveu 3 metros. Nisso, partes das paredes da fortaleza e das torres de vigia foram niveladas e outras partes desabaram. As grades de ferro em volta se espalham pelas calçadas. A parede de contenção também colapsou. E, no que ficou de pé, vê-se grandes rachaduras.

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Fontes: G1, UOL.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A indústria da construção civil é, infelizmente, um dos segmentos de mercado que mais contribuem hoje para o aumento do aquecimento global, sobretudo com a emissão de gases poluentes. Mas os pesquisadores vêm trabalhando para encontrar alternativas para a realização de obras de Engenharia e Arquitetura com produtos mais ecológicos, principalmente biodegradáveis. Um exemplo seriam os novos tipos de cimento e argamassa, que dispensam metais pesados na sua fabricação. Saiba mais a seguir!

argamassa e cimentos biodegradáveis
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Como diminuir o uso do cimento na construção civil?

Elisangela Fedwyczyk é bióloga. Ela é a criadora da empresa ArgaPower, que trabalha com produtos não poluentes e alternativos aos materiais tradicionais para a construção civil. Seu objetivo era contribuir para a diminuição, na indústria da da Engenharia e Arquitetura, do uso do cimento comum, bastante prejudicial ao meio ambiente devido aos seus componentes químicos. E a sua proposta é a utilização de matérias-primas não poluentes e biodegradáveis, sem encarecer os trabalhos.

argamassa e cimentos biodegradáveis
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Quais os impactos ambientais do uso cimento a longo prazo?

Elisangela tirou sua inspiração para a criação da ArgaPower do tempo em que trabalhou em uma loja de material de construção, em 2009. Conhecendo melhor como funcionava o mercado da construção civil, ficou interessada em cursar biologia, visando entender quais os impactos ambientais do uso cimento a longo prazo. São eles:

  1. Emissão de gases de efeito estufa: A produção de cimento é responsável por uma grande quantidade de emissões de gases de efeito estufa, incluindo dióxido de carbono (CO2), que contribui significativamente para o aquecimento global.
  2. Consumo de energia: A produção de cimento é intensiva em energia, o que leva a emissões adicionais de gases de efeito estufa e ao uso excessivo de fontes não renováveis de energia.
  3. Escassez de recursos naturais: A produção de cimento requer matérias-primas, como calcário, argila e areia, recursos finitos e podem ser esgotados a longo prazo.
  4. Degradação do solo: A mineração de matérias-primas para a produção de cimento pode levar à degradação do solo, incluindo erosão, poluição por minerais tóxicos e perda de biodiversidade.
  5. Contaminação da água: A produção de cimento pode contaminar a água com resíduos tóxicos, incluindo sais, metais pesados e outros contaminantes químicos.
  6. Perda de habitat: A mineração de matérias-primas para a produção de cimento pode levar à destruição de habitats e à perda de espécies animais e vegetais.
  7. Resíduos tóxicos: A produção de cimento gera resíduos tóxicos, incluindo pó de cimento, que podem ser perigosos para a saúde humana e ambiental se não forem gerenciados corretamente.
  8. Alteração do clima: A emissão de gases de efeito estufa resultante da produção de cimento pode afetar o clima, causando mudanças no padrão de chuvas, aumento da temperatura global e outros impactos negativos.
  9. Perda de paisagem: A construção de grandes projetos de cimento pode alterar a paisagem natural, danificar a beleza natural e interferir na qualidade de vida de humanos e animais.
  10. Poluição sonora: A produção de cimento e a construção com uso de cimento podem causar poluição sonora, prejudicando a qualidade de vida das comunidades próximas.
  11. Impacto social: A produção e uso excessivo de cimento pode ter impactos sociais negativos, incluindo deslocamento de comunidades inteiras, conflitos territoriais e disputas por recursos naturais.

Em geral, a produção e o uso excessivo de cimento podem ter impactos graves no ambiente e na sociedade a longo prazo. É importante adotar práticas sustentáveis na produção e uso de cimento, e considerar alternativas mais sustentáveis em projetos de construção.

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Quais as perspectivas de construção sustentáveis no Brasil?

Com mais maturidade, a bióloga em formação buscou recursos e abriu a sua própria construtora – precisando superar a dificuldade de manter o negócio no formato de trabalho remoto, por conta da pandemia. Neste curto período, porém, o mercado brasileiro mudou e cresceu o interesse de investidores por produtos mais sustentáveis. Foi o intervalo que Elisangela precisava também para terminar sua graduação e ingressar numa faculdade de química, para adquirir mais conhecimento na fabricação de produtos.

argamassa e cimentos biodegradáveis
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Um dos impedimentos para a expansão de negócios como o da ArgaPower no Brasil parece ser, em primeiro lugar, o custo alto dos fretes. Mas especialistas de mercado apontam outras barreiras que aumentam o desafio disso em meio à alta competitividade:

  1. Falta de regulamentação: A falta de regulamentação clara e uniforme para a construção sustentável no Brasil pode ser um obstáculo para a sua expansão, pois faltam incentivos e diretrizes claras para empresas e indivíduos adotarem práticas sustentáveis.
  2. Falta de conhecimento: A falta de conhecimento sobre construção sustentável e tecnologias alternativas entre profissionais da construção, proprietários de imóveis e consumidores em geral pode ser um obstáculo para a sua adoção em larga escala.
  3. Custo elevado: A adoção de tecnologias e práticas sustentáveis na construção pode ser mais cara do que as práticas convencionais, o que pode ser um obstáculo para sua expansão, especialmente em projetos de baixo orçamento.
  4. Falta de infraestrutura: A falta de infraestrutura adequada para suportar tecnologias sustentáveis na construção, como energia renovável e sistemas de gestão de água, pode ser um obstáculo para sua adoção em larga escala.
  5. Mentalidade conservadora: Uma mentalidade conservadora e uma cultura que valoriza soluções rápidas e baratas ao invés de soluções sustentáveis e duráveis pode ser um obstáculo para a expansão da construção sustentável no Brasil.
  6. Falta de investimento: A falta de investimento em tecnologias e soluções sustentáveis na construção pode limitar a sua expansão, especialmente em projetos de grande escala.

Em geral, a expansão da construção sustentável no Brasil enfrenta vários obstáculos, incluindo falta de regulamentação, falta de conhecimento, custo elevado e falta de investimento. Para superar esses desafios, é importante aumentar a conscientização e o conhecimento sobre a importância da construção sustentável, bem como investir em tecnologias e soluções sustentáveis. Além disso, é importante criar regulamentações claras e incentivos para empresas e indivíduos adotarem práticas sustentáveis, e fortalecer a infraestrutura necessária para suportar tecnologias sustentáveis na construção.

Olhando para 2023, apesar de um ambiente de negócios ainda muito “frio”, as expectativas de construção sustentável no Brasil são mais positivas. Parece que muitas das mudanças ocorrem por conta da expansão de marcas como a ArgaPower nas redes sociais.

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Qual o potencial dos novos tipos de cimentos e argamassas?

Elisangela Fedwyczyk afirma que certos materiais, como a argamassa produzida pela empresa ArgaPower, ainda não podem substituir inteiramente o cimento comum. Eles, além de mais caros, não seriam bons, por exemplo, para serviços que demandam camadas grossas de rejunte, porque demoram a secar. Mas ela promete que não perdem em qualidade, isso porque a companhia utiliza liga de titânio na composição de suas argamassas.

argamassa e cimentos biodegradáveis
Imagem de jcomp em Freepik

Este novo material, mais amigo do meio ambiente, pode ser usado em para assentamento de blocos, tijolos, azulejos e reboco. No processo, precisa-se de menos material para “colar” os tijolos, já que a massa tem um preparo simplificado, sem precisar de areia nem água para misturar o rejunte.

Claro que um cimento feito de matérias-primas renováveis, com aditivos biodegradáveis que aceleram o processo de decomposição, ainda estão em sua fase inicial de uso na Engenharia e Arquitetura e há desafios a serem superados. Mas vale a pena, sendo uma solução promissora para uma construção mais sustentável. Seu potencial deve ser explorado e desenvolvido em larga escala. Em destaque, abrindo oportunidades econômicas, incluindo a criação de novos empregos e o aumento da eficiência energética.

Veja Também: Como funciona o concreto autocurativo?


Fontes: Poder360.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Uma coisa de que você pode ter certeza é não haverá futuro se não preservarmos a Amazônia e os outros biomas brasileiros! Certamente, o foco do governo nos próximos anos, querendo ou não, deve ser investir mais em projetos e ações para o meio ambiente. Nesse sentido, o mercado de trabalho deve passar a abrir cada vez mais oportunidades de trabalho ligadas à sustentabilidade e responsabilidade social. Confira, a seguir, as carreiras mais promissoras atualmente com base na agenda das empresas em 2023!

engenharia e meio ambiente
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As novas tendências de carreiras voltadas ao meio ambiente

O levantamento destas informações foi feito pela empresa PageGroup, consultora global especializada em recrutamento de executivos. Parece que muitas carreiras promissoras atualmente, que podem pagar salários de até R$ 60 mil, estão relacionadas sobretudo às ESG (Ambiental, Social e Governança, em inglês) – isso em quatorze diferentes do mercado brasileiro -, impactando diversas práticas, inclusive dentro das engenharias.

A justificativa do surgimento destas novas tendências de carreiras faz relação com a urgência das empresas em terem, dentro do seu quadro, profissionais que entendam como adequar os processos das companhias para responder às questões ambientais e de sustentabilidade. Isso inclui, por exemplo, especialistas em gestão de empresas, recursos humanos e engenharia ambiental, com foco em ESG.

E o que a empresa ganha em troca apostando no conhecimento e experiência destes profissionais? Bem, para começar, desenvolvimento de valores de respeito. Também conseguir financiamentos internacionais e certificações.

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As profissões na área do meio ambiente mais promissoras

1. Diretor de Sustentabilidade

Profissional preferencialmente com conhecimento em saúde, segurança e meio ambiente; que atua em construção de políticas, definição de metas, cumprimento de normas, execução das ações, se envolvendo em certificações e preparação de relatórios.

Perspectiva de salário: R$ 40 mil a R$ 60 mil.

2. Head de Sustentabilidade

Profissional que domina projetos de sustentabilidade; e que sabe mapear áreas operacionais da empresa para identificar oportunidades de implementação de ações de sustentabilidade, além de desenvolver e implantar projetos e padrões para tornar a empresa mais sustentável.

Perspectiva de salário: R$ 15 mil a R$ 25 mil.

3. Diretor financeiro e de ESG

Profissional preferencialmente com formação em cursos relacionados às áreas ambiental, social, operacional e jurídica; que compreende o mercado de capitais e em projetos de sustentabilidade; que sabe como desenvolver e implantar o projeto governança e sustentabilidade em diferentes operações.

Perspectiva de salário: R$ 35 mil a R$ 50 mil.

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4. Gestor de projetos para carbono e eficiência

Profissional com experiência no desenvolvimento de negócios e projetos ligados ao mercado de créditos de carbono; que sabe justamente como trabalhar com informações e ferramentas relacionadas ao tema para implementar modelos de eficiência de carbono dentro das empresas.

Perspectiva de salário: R$ 18 mil a R$ 22 mil.

5. Especialista em ESG

Profissional especialista em gestão de projetos, além de acompanhamento e métricas de projetos ESG; que consegue compreender como implantar boas práticas e soluções ESG nas empresas para a geração de projetos sociais e de sustentabilidade.

Perspectiva de salário: R$ 10 mil a R$ 15 mil.

6. Coordenador de Produção

Profissional com habilidade em gestão de pessoas, boa comunicação e vivência em processos produtivos; sendo destinado dentro das empresas para trabalhos voltados à produtividade da companhia, avaliando a qualidade dos processos e dos produtos.

Perspectiva de salário: R$ 10 mil a R$ 20 mil.

7. Analista de Back Office

Profissional com conhecimento em programação e outros métodos para aumentar eficiência de projetos; que assuma responsabilidade para a execução de operações de investimentos de fundos, conduzindo operações cumprindo exigências regulatórias.

Perspectiva de salário: R$ 5,5 mil a R$ 15 mil.

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8. Gerente Agrícola

Profissional com habilidade em gestão de pessoas e conhecimento sobre as culturas em que trabalham; saiba como construir uma estrutura agrícola saudável, com manejo e tratos culturais para garantir que a produtividade das empresas seja a melhor possível.

Perspectiva de salário: R$ 25 mil a R$ 35 mil.

9. Gerente de conteúdo

Profissional preferencialmente com formação em história, jornalismo, relações-públicas e marketing; que saiba como lidar com conteúdo digital de empresas, marcas e produtos, incluindo planejamento, execução e distribuição de conteúdos em diferentes canais.

Perspectiva de salário: R$ 15 mil a 25 mil.

10. Diretor de Finanças

Profissional com conhecimento em gestão de grandes projetos como de reestruturação de companhia, fusões e aquisições, abertura de capital, profissionalização, contenção de caixa, etc.

Perspectiva de salário: R$40 mil a R$ 65 mil.

11. Diretor de Inteligência Estratégica e para Novos Negócios

Profissional com perfil altamente analítico, estratégico, resiliente e com conhecimento em planejamentos de projetos; que saiba conduzir vendas e traçar planos para ampliação de renda focando em margem, custos e produtividade.

Perspectiva de salário: R$ 25 mil a R$ 45 mil.

12. Gerente de Projetos de Recursos Humanos

Profissional preferencialmente com formação em engenharia ou áreas correlatas, com conhecimento e experiência em planejamento e gestão de projetos estratégicos e gestão de mudança; que saiba como traçar iniciativas estratégicas para o desenvolvimento do negócio.

Perspectiva de salário: R$ 18 mil a 30 mil.

13. Especialista de Remuneração e Benefícios

Profissional com conhecimento em estruturação de programas e políticas de remuneração – sobretudo em empresas multinacionais; e que será responsável por desenhar e liderar a estratégia de remuneração e benefícios, revisão de tabelas salariais, e mais.

Perspectiva de salário: R$13 mil a R$ 20 mil.

Bônus | O que é preciso para trabalhar com ESG?

Para trabalhar com ESG (Ambiental, Social e Governança), é importante estar preparado para atuar em um mercado promissor. O conceito de ESG tem ganhado destaque no mundo corporativo, levando empresas a buscarem profissionais especializados em sustentabilidade e responsabilidade social. O especialista Rodolfo Guttilla compartilha algumas dicas para se preparar para essa área em ascensão:

  • Compreenda os conceitos de ESG: Entenda os princípios e objetivos da abordagem ESG, bem como as principais questões ambientais, sociais e de governança relevantes para o setor em que deseja trabalhar.
  • Atualize-se sobre as práticas do setor: Pesquise sobre as políticas de sustentabilidade adotadas pelas empresas do setor em que deseja atuar, demonstrando interesse e comprometimento com o ESG.
  • Destaque suas habilidades relevantes: Identifique habilidades e experiências que possam contribuir para as metas de ESG da empresa, como conhecimentos em sustentabilidade, responsabilidade social corporativa e gerenciamento de riscos ambientais.
  • Foque em resultados e impacto: Enfatize suas conquistas anteriores relacionadas ao ESG, mostrando como suas ações tiveram um impacto positivo nos resultados da empresa ou comunidade.
  • Demonstre alinhamento com a cultura da empresa: Pesquise sobre os valores e a cultura da empresa que está oferecendo a vaga. Destaque como suas crenças e visão estão alinhadas com as práticas de ESG que a empresa adota.
  • Mostre sua capacidade de inovação: Propor soluções criativas e inovadoras para desafios relacionados a ESG é valorizado pelas empresas. Seja proativo em apresentar ideias e projetos relevantes.
  • Esteja aberto ao aprendizado contínuo: O campo do ESG está em constante evolução. Demonstre disposição para aprender e se atualizar sobre as melhores práticas e tendências emergentes.

Além disso, para assumir uma posição estratégica em ESG, é fundamental que a empresa possua uma cultura de sustentabilidade consolidada, e os executivos devem reconhecer a relevância desses temas para a organização. O profissional precisa ser capaz de animar e conectar diferentes áreas da empresa para implementar a agenda estratégica com sucesso. Uma formação humanista, especialmente em ciências humanas, pode ser benéfica para entender as dimensões sociais e ambientais do ESG.

Veja Também:


Fontes: Tribuna Online, Terra.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Os americanos se surpreenderam nesta semana com o surgimento em seu território de um “balão de observação” chinês, sobrevoando o seu espaço aéreo na costa da Carolina do Sul – há também relatos de balões científicos sobrevoando a América Latina. Para Washington, se trata de um balão espião, uma grave violação à sua soberania. Já a China se justificou afirmando que o instrumento se tratava de uma estação de observação meteorológica, que teria entrado por engano na zona devido às correntes de ar. Todavia, a decisão dos americanos foi derrubar o balão com ajuda de um caça F-22.

balões científicos
Imagem reproduzida de CHASE DOAK – AFP – METSUL METEOROLOGIA

Mas o que interessa para os leitores do 360 esta história? Bem, você já pensou que os balões científicos são usados em experimentos científicos e de engenharia? Você sabia, por exemplo, que eles servem para a exploração espacial ou para levar Internet a regiões mais remotas do planeta? Até mesmo Júlio Verne já contava histórias, em obras datadas por volta de 1860, de balões sendo usados como veículos aéreos, levando o homem a viver grandes aventuras e realizar fabulosas descobertas científicas. E esse foi só o começo desta história!

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Para que são usados os balões científicos?

Verne imaginou os balões tripulados, mas a ciência realmente usa mais os aeróstatos para outros fins. Nos anos de 1980, a NASA apresentou seu programa de balonagem científica, que hoje lança equipamentos recheados de hélio na estratosfera ao menos duas vezes por ano. E, de lá para cá, a agência sempre conta com ajuda de universidades e institutos internacionais para aprimorar a tecnologia dos seus balões científicos, visando utilizá-los em diversas pesquisas.

balões científicos
Imagem reproduzida de Folha de Catalão – Ilustration

A saber, os cientistas usam balões científicos para coletar informações sobre a atmosfera terrestre, a estrutura da Terra, o clima e outros fenômenos naturais. Esses instrumentos são projetados para subir a grandes altitudes, permitindo que os cientistas coletam dados precisos e valiosos sobre as camadas superiores da atmosfera, difíceis de serem alcançadas por outros meios. Além disso, balões científicos também são usados para testar tecnologias e equipamentos em condições de voo e para ajudar na formação de satélites e outras missões no espaço.

Quais os tipos de balões científicos que existem?

Existem principalmente dois tipos de balões científicos: balões sonda e balões estratosféricos.

  1. Balões sonda: São balões de pequeno porte usados para coletar dados de curta duração, geralmente por apenas algumas horas. Eles são usados para medir a temperatura, pressão, umidade e outros dados meteorológicos.
  2. Balões estratosféricos: São balões de grande porte que podem subir a altitudes de até 40 km. Eles são usados para estudar a atmosfera, a ionosfera, o clima e outros fenômenos naturais. Balões estratosféricos são projetados para voar por períodos mais longos, geralmente por vários dias ou até mesmo semanas.

Além disso, existem também balões de super-pressure, que mantêm uma pressão constante mesmo durante as variações de temperatura e pressão, e balões radiossondas, usados para medir a umidade relativa, pressão e temperatura da atmosfera terrestre.

O que é e para que são usados os balões de observação?

Balão de observação é um tipo de balão científico usado para coletar dados atmosféricos e geofísicos em altitudes elevadas. Eles são equipados com sensores e instrumentos científicos para medir variáveis como temperatura, pressão, umidade, vento e radiação solar. Os dados coletados pelos balões de observação são usados para aprimorar nossa compreensão da atmosfera terrestre, do clima e de outros fenômenos geofísicos.

Esta seria uma ferramenta importante na pesquisa meteorológica e climática, pois permite aos cientistas obter informações precisas sobre as camadas superiores da atmosfera, difíceis de serem alcançadas por outros meios. Além disso, tais balões científicos também são usados para testar tecnologias e equipamentos em condições de voo e para ajudar na formação de satélites e outras missões no espaço.

balões científicos
Imagem reproduzida de Zenith Aerospace – Medium

Como balões de observação são usados em estratégias de guerra?

Balões de observação têm sido usados em estratégias militares para coletar informações sobre o terreno e as condições atmosféricas em uma área de conflito. Eles são equipados com câmeras e outros equipamentos de observação que permitem monitorar a atividade militar e os movimentos de tropas inimigas.

Os balões de observação são particularmente úteis para missões de reconhecimento, pois podem ser lançados rapidamente e fornecer informações em tempo real. Eles também podem ser usados para medir o impacto de armas em uma área e avaliar a efetividade de estratégias de combate.

No entanto, é importante destacar que o uso de balões de observação em estratégias militares pode ser controverso sendo regulado por leis internacionais. Alguns argumentam que o uso de balões de observação pode violar a privacidade e os direitos humanos, especialmente se os dados coletados são usados para fins de espionagem ou para realizar ataques.

balões científicos
Imagem reproduzida de Pplware – SAPO

Quais outras utilidades para balões dentro da ciência?

Além de coletar dados atmosféricos e geofísicos, balões científicos também são utilizados em outras áreas da ciência para realizar vários tipos de pesquisas. Algumas das utilizações incluem:

  1. Astronomia: Balões estratosféricos são usados para colocar telescópios e outros instrumentos astronômicos em altitudes elevadas, onde a luz artificial e a atmosfera terrestre são menos prejudiciais.
  2. Biologia: Balões são usados para coletar amostras de ar e solo de diferentes altitudes, ajudando a entender a biodiversidade e os ciclos biogeoquímicos.
  3. Geologia: Balões estratosféricos são usados para coletar amostras de solos e rochas em áreas remotas e inacessíveis, ajudando a entender a estrutura e a composição da Terra.
  4. Tecnologia: Balões são usados para testar tecnologias e equipamentos em condições de voo, incluindo sistemas de comunicação, sensores e instrumentos científicos.

Esses são apenas alguns exemplos das inúmeras maneiras que balões científicos são utilizados para avançar o conhecimento em diferentes áreas da ciência e tecnologia.

balões científicos
Imagem reproduzida de AeroExpo

Veja Também: Dirigíveis: aeronave do passado pode estar voltando com combustíveis mais seguros


Fontes: Correio Braziliense, UOL.

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