Você sabia? O uso excessivo de fertilizantes convencionais gera problemas ambientais graves devido à lixiviação de nutrientes, contaminação de corpos hídricos e danos ao ecossistema. Para abordar essa questão, pesquisadores da Universidade de São Paulo desenvolveram um biofertilizante revolucionário a partir de resíduos agrícolas.

A saber, esse “Biofertilizante Bioativo Líquido” é uma alternativa sustentável e rica em nutrientes para as plantas. Em resumo, ao utilizar matérias-primas descartadas, busca-se uma produção agrícola mais amigável ao meio ambiente. E, de fato, o potencial dessa inovação é promissor, oferecendo uma abordagem mais ecológica para a agricultura, contribuindo para um futuro agrícola responsável e sustentável. Saiba mais neste texto do Engenharia 360!

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Imagem de @aleksandarlittlewolf em Freepik

Qual foi a motivação por trás do desenvolvimento desse biofertilizante?

Os responsáveis pela pesquisa e desenvolvimento desse novo biofertilizante são os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), especificamente a equipe do Laboratório de Química Ambiental. E, ademais, a pesquisadora Giovanna Ribeiro, sob orientação da professora Maria Olimpia Oliveira, teve um papel fundamental no desenvolvimento dessa inovação.

A motivação por trás desse trabalho foi, claro, a preocupação com as questões ambientais relacionadas à atividade agrícola. Como já explicado antes, o uso inadequado de fertilizantes convencionais pode causar muitos danos ao meio ambiente. Portanto, agora, temos uma alternativa mais sustentável!

O processo de desenvolvimento desse biofertilizante envolveu a fermentação anaeróbica de resíduos agrícolas comuns, como a cama de frango e o esterco bovino, que normalmente seriam descartados – aliás, é isso que diferencia o biofertilizante da USP dos fertilizantes tradicionais. Essa técnica transforma os resíduos orgânicos em um fertilizante rico em nutrientes para as plantas. Inclusive, durante o processo, as matérias-primas foram cuidadosamente analisadas para garantir que o produto final atendesse aos padrões de qualidade e fosse rico em nutrientes essenciais para o crescimento das plantas.

A boa notícia é que o biofertilizante já foi validado em escala laboratorial, e também um pedido de patente foi depositado.

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Imagem reproduzida de USP

Quais são os planos da equipe de pesquisa para viabilizar a produção em larga escala?

Os próximos passos antes que o biofertilizante possa ser comercializado incluem testes de desempenho em solo, ajustes de diluição, dosagem e aplicação, além do registro junto aos órgãos reguladores. A equipe de pesquisa busca também parcerias comerciais para viabilizar a produção em larga escala.

Espera-se que o biofertilizante tenha um impacto significativo no mercado nacional, oferecendo uma alternativa mais ecológica e eficiente aos fertilizantes convencionais. Sem contar que, utilizando resíduos agrícolas como matéria-prima, o biofertilizante pode contribuir para uma produção de alimentos mais amigável ao meio ambiente, reduzindo a poluição do solo e da água.

A equipe de pesquisa planeja viabilizar logo a produção em larga escala através de parcerias comerciais, o que permitiria que o biofertilizante chegasse aos agricultores interessados de forma mais ampla e eficiente.

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Quais são os benefícios ambientais do uso desse biofertilizante?

São os principais benefícios ambientais do biofertilizante da USP:

  • Redução da poluição do solo e da água.
  • Prevenção de excesso de nutrientes que podem ser lixiviados e contaminar o ambiente.
  • Contribuição para a produção agrícola responsável e sustentável.
  • Promoção da sustentabilidade ao transformar resíduos em recursos valiosos.
  • Redução do desperdício agrícola.
  • Estímulo para uma abordagem circular na agricultura.
  • Fornecimento de nutrientes essenciais para o crescimento das plantas.
  • Melhora da qualidade e quantidade da colheita.
  • Contribuição para a proteção do meio ambiente.
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Imagem de Freepik

Iniciativas como essa têm o poder de moldar um futuro mais verde e promissor para a nossa sociedade. Caso tenha apreciado, sinta-se à vontade para compartilhar este artigo com aqueles que possam se interessar!

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Fontes: Escola Educação.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O sistema AMOC (Circulação Meridional de Revolvimento do Atlântico) desempenha um papel fundamental na regulação do clima global ao redistribuir o calor pelos oceanos. No entanto, um estudo recente aponta que ele corre o risco de colapsar devido às mudanças climáticas, com possíveis impactos catastróficos para o planeta. Diante desse cenário, ações imediatas são necessárias para conter a crise climática e reduzir a poluição. Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Correntes Oceânicas pode Impactar
Imagem de vecstock em Freepik

O que é o Sistema AMOC e por que ele é essencial?

Antes de tudo, você deve saber que a corrente oceânica que faz parte do sistema AMOC é a Corrente Meridional do Atlântico.

O que o sistema AMOC faz? Ele transporta água quente dos trópicos para o Atlântico Norte, onde a água esfria, torna-se mais salgada e afunda no oceano, antes de se espalhar para o sul. Sim, é um ciclo! E isso tudo ajuda a regular os padrões climáticos globais.

Enfim, por isso, como dito antes, os cientistas estão preocupados com a instabilidade do AMOC, sabendo que ele desempenha um papel crucial no sistema climático global e que seu colapso teria efeitos dramáticos no clima, eventos climáticos extremos e padrões climáticos.

Primeiro colapso

Agora, vamos voltar no tempo. É importante dizer que, há mais de 12.000 anos, o AMOC já entrou em colapso devido ao rápido derretimento das geleiras, levando a flutuações drásticas de temperatura no Hemisfério Norte. Inclusive, segundo um estudo publicado recentemente na revista Nature, o AMOC poderia entrar em colapso novamente em meados deste século, ou até mesmo em 2025. As estimativas variam, mas o ponto mais provável de colapso está entre 2039 e 2070.

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Imagem de R. Curry, Woods Hole Oceanographic Institution,
Science, USGCRP, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_meridional_
de_capotamento_do_Atl%C3%A2ntico#/media/Ficheiro:OCP07_Fig-6.jpg

Quais as recomendações dos cientistas para evitar o colapso do AMOC?

Os cientistas do estudo analisaram as mudanças nas correntes oceânicas, em particular a Corrente Meridional do Atlântico (AMOC), utilizando dados de temperaturas da superfície do mar no Atlântico Norte ao longo de um período de 150 anos entre 1870 e 2020. Eles subtraíram os efeitos do aquecimento global causado pelo homem para entender as mudanças nas correntes. E, infelizmente, há sinais de alerta precoce.

Peter de Menocal, presidente da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), uma instituição de pesquisa líder em oceanografia, expressa preocupação com as implicações do colapso do AMOC. Ele ressalta que o impacto seria globalmente perturbador e que medidas rápidas e eficazes são necessárias.

A saber, o relatório apresentado pelo estudo científico recomenda ações urgentes para reduzir a poluição que contribui para o aquecimento global, diminuir as temperaturas globais e retardar o degelo no Ártico.

Correntes Oceânicas pode Impactar
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Medidas urgentes recomendadas

  • Redução da poluição: Diminuir emissões de gases de efeito estufa de combustíveis fósseis, indústria e desmatamento.
  • Energias limpas: Investir em fontes renováveis como solar e eólica, reduzindo combustíveis fósseis.
  • Conservação de ecossistemas: Proteger/restaurar florestas e manguezais que absorvem carbono.
  • Políticas climáticas globais: Acordos internacionais para reduzir emissões de carbono.
  • Eficiência energética: Melhorar uso de energia em transporte/indústria para reduzir emissões.
  • Educação/sensibilização: Informar sobre mudanças climáticas, incentivar ações sustentáveis.
  • Pesquisa/inovação: Desenvolver tecnologias para combater/adaptar-se às mudanças climáticas.
  • Monitoramento/adaptação: Acompanhar mudanças climáticas e criar estratégias de adaptação.

Lembrando que a Engenharia desempenha um papel crucial ao desenvolver tecnologias inovadoras para reduzir emissões, como sistemas de energia renovável e eficiência energética em setores industriais e de transporte. Além disso, a Engenharia contribui ao projetar soluções para conservar ecossistemas, como métodos avançados de reflorestamento e gestão sustentável de recursos naturais.

Dito isto, através de pesquisa e desenvolvimento contínuos, a Engenharia pode impulsionar a transição global para práticas mais sustentáveis, ao mesmo tempo que monitora e adapta-se às mudanças climáticas por meio de sistemas de vigilância e estratégias de resiliência.

Correntes Oceânicas pode Impactar
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Quais as possíveis consequências do colapso do sistema de correntes oceânicas?

A instabilidade das correntes oceânicas, especialmente a possível falha da Corrente Meridional do Atlântico, afetaria os padrões climáticos globais, levando a consequências graves.

Para começar, as mudanças climáticas podem resultar em invernos mais extremos, aumento do nível do mar, alterações nas monções tropicais e tempestades tropicais mais intensas. Essas mudanças influenciariam a temperatura e a precipitação em diferentes partes do mundo, causando, por exemplo, invernos mais frios na Europa e possíveis transformações abruptas em outros sistemas climáticos. Contando com o fenômeno El Niño que, junto ao colapso das correntes, poderia intensificar ainda mais os efeitos, afetando os padrões atmosféricos e oceânicos e aumentando os impactos em todo o mundo.

Pensando em tudo que foi dito, podemos até resumir como as consequências do colapso do sistema de correntes oceânicas impactaria de várias maneiras as engenharias:

  • Necessidade de mais investimentos em infraestruturas costeiras, como portos, instalações industriais e cidades costeiras.
  • Também necessidade de mais construções de estruturas costeiras, como diques, quebra-mares e sistemas de proteção contra tempestades.
  • Reforços estruturais, laudos de estabilidade e criação de novas soluções para infraestruturas, como pontes, estradas, píeres, marinas e edifícios, devido a variações mais extremas de temperatura e condições climáticas.
  • Novas estratégias para abastecimento de água potável, produção de energia por meio de correntes marítimas e ecossistemas marinhos, que pode ficar afetado e isso se refletir na infraestrutura.
  • E planos de proteção e gestão da estabilidade e operação de estruturas offshore, como plataformas de petróleo e gás, parques eólicos marinhos e instalações de energia renovável, podem ser afetadas por mudanças nos padrões de correntes oceânicas, afetando sua estabilidade e operação.

Temperatura oceânica em recorde

Em final de agosto de 2023, a temperatura oceânica atingiu recorde de 21,1 °C, repetindo marca de abril. Esse aumento resulta de exposição uniforme à luz solar nas duas hemisferas, entre março e abril.

O aquecimento prejudica absorção de dióxido de carbono, intensificando efeito estufa e gerando consequências, como eventos climáticos extremos e insegurança energética. Impactos afetam regiões distantes do litoral, biodiversidade marinha, pesca e recursos hídricos. Reduzir emissões de gases de efeito estufa, abandonar combustíveis fósseis, combater desmatamento e criar mecanismos de captura de carbono, como reflorestamento, são urgentes. Brasil pode liderar negociações de carbono devido a seu potencial florestal.

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Fontes: Agronews TV, CNN.

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Engenharia 360

Redação 360

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A técnica construtiva de pau a pique é um método antigo que utiliza terra crua como o principal componente, em conjunto com outros elementos para criar uma trama que serve como estrutura e vedação para a construção.

Essa técnica possui várias vantagens. Por isso, não à toa, tem um histórico de sucesso, sendo amplamente utilizada no período colonial no Brasil, resultando em estruturas que permanecem intactas até hoje. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

pau a pique
Imagem reproduzida de Dante Laurini Jr, em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Casa_de_Adobe_na_Chapada_das_Mesas.jpg
pau a pique
Imagem reproduzida de Moacir Ximenes em Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arquitetura_em_taipa_no_Brasil.JPG

O que é pau a pique e por que é considerada bioconstrução

A bioconstrução é uma abordagem sustentável de construção que utiliza materiais naturais como terra crua para criar moradias.

Dito isso, pode-se dizer que a técnica de pau a pique faz parte da bioconstrução. Ela envolve entrelaçar madeira e preencher os espaços com uma mistura de solo, esterco e material vegetal. E faz parte do conceito de bioconstrução criar moradias mais sustentáveis ao usar materiais locais e renováveis, reduzindo custos e impactos ambientais. Além disso, essa abordagem pode ter impactos sociais positivos, como a promoção de habitações acessíveis e a capacitação de comunidades.

Contudo, vale destacar que a falta de mão-de-obra especializada é um desafio na prática da bioconstrução, levando a iniciativas de capacitação.

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Imagem reproduzida de Portoquá, via Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Casa_de_Pau_a_Pique.jpg
pau a pique
Imagem reproduzida de Glauco Umbelino em Flirck – https://www.flickr.com/photos/geoglauco/1376815610

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Como é feita a construção com pau a pique

A técnica de construção conhecida como pau a pique utiliza terra crua em combinação com elementos como madeira, bambu ou cipó para formar uma estrutura básica.

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Nesse método, a construção segue os seguintes passos:

  1. Primeiro, uma estrutura de suporte é criada usando madeira ou bambu, servindo para sustentar cargas superiores.
  2. Em seguida, os elementos de suporte são entrelaçados para formar uma trama com espaços vazios.
  3. Uma mistura de terra é preparada, composta por 60% de argila e silte, 40% de areia, cerca de 10% de esterco verde e uma porção de palha, capim seco ou folhas de bambu. Essa mistura é então cuidadosamente inserida nos espaços vazios da trama, com a palha e outros materiais servindo como reforços naturais para evitar rachaduras durante a secagem.
  4. A terra é compactada nos espaços para formar uma parede sólida.
  5. A seguir, a mistura preenchida passa por um processo de fermentação que dura pelo menos 15 dias, permitindo a união dos materiais e o ganho de resistência da parede. Por fim, a superfície da parede é alisada e revestida para proteção e acabamento.

Função da trama feita com sarrafos de madeira

Antes de tudo, vale lembrar que as paredes construídas com a técnica de pau a pique, em princípio, têm a finalidade de serem paredes de vedação, ou seja, elas não suportam o peso de telhados ou pavimentos superiores. Elas são construídas para delimitar espaços e fornecer isolamento térmico e acústico.

Nesse tipo de construção, o acréscimo da trama feita com sarrafos de madeira tem a função estrutural. Ela sustenta a construção e seus espaços vazios são preenchidos com terra umedecida.

pau a pique
Imagem reproduzida de Paulo Cesar Menezes, Wikipédia – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Casa_de_pau-a-pique.jpg

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Importância da fermentação da massa

Na técnica de pau a pique, os componentes da massa usada para preencher os espaços são:

  • 1 parte de solo formado por 60% de argila e silte, e 40% de areia.
  • 10% de esterco verde (fresco de curral é ideal, mas pode-se usar esterco curtido).
  • 1 parte de palha, capim seco, folhas de pinus ou de bambu (idealmente, 20 cm de comprimento médio).

Essa massa é pisada sobre uma lona plástica e precisa fermentar antes de ser utilizada. O esterco favorece o alinhamento das partículas de argila durante o processo de fermentação, e a palha e a areia atuam como minivergalhões para evitar rachaduras no processo de retração da argila. Essa técnica é considerada uma ótima alternativa de construção sustentável, pois possui um impacto ecológico positivo.

E, para concluir, fermentação da massa é importante no processo de construção com pau a pique porque o esterco presente na mistura favorece o alinhamento das partículas de argila durante o processo de fermentação. Essa fermentação, que deve ocorrer por no mínimo 15 dias, ajuda a melhorar a coesão e a estabilidade da mistura, garantindo a durabilidade e resistência das paredes.

Vantagens da técnica de pau a pique

  • Custos: A construção com pau a pique é econômica, pois utiliza materiais locais e facilmente disponíveis, como madeira, barro e pedra.
  • Durabilidade: Quando construída e mantida adequadamente, as estruturas de pau a pique podem ser duráveis e resistentes, desafiando a ideia de que a técnica atrai roedores e insetos.
  • Sustentabilidade: A técnica utiliza materiais naturais e de baixo impacto ambiental, contribuindo para a construção sustentável.
  • Conforto térmico e acústico: As paredes de terra e palha oferecem um bom isolamento térmico e acústico, tornando as estruturas mais confortáveis para os habitantes.
  • Engajamento da comunidade: A técnica pode ser uma opção viável para projetos de autoconstrução, envolvendo a comunidade no processo de construção.

A técnica de pau a pique pode ser uma abordagem interessante para construções sustentáveis, com benefícios econômicos, sociais e ambientais, além de proporcionar maior conforto e bem-estar aos moradores. Inclusive, atualmente, existe uma proposta tramitando no Senado para oferecer um financiamento de projetos de bioconstrução pelo programa Minha Casa, Minha Vida, visando reduzir custos e impactos ambientais enquanto proporciona moradias de qualidade.

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Fontes: UFSC, Truibuna de Minas, Pindorama.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Neste texto do Engenharia 360, exploraremos um panorama abrangente ao apresentar as 15 maiores mineradoras do Brasil. Essas empresas desempenham um papel crucial na economia do país, contribuindo significativamente para a produção de minerais essenciais e recursos naturais. Através desta análise, iremos examinar tanto a magnitude de suas operações quanto o impacto que exercem no setor industrial e no desenvolvimento nacional.

Quais são as maiores mineradoras do Brasil?

Aqui estão as 15 maiores mineradoras do Brasil de acordo com o levantamento da publicação Brasil Mineral, publicado no site O Tempo:

1. Vale

A Vale é a maior mineradora do Brasil e produz minério de ferro e níquel em 34 unidades de operação. O valor total da produção foi de R$ 103,45 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de SINTRICOM

2. Mineração Brasileiras Reunidas

Essa empresa extrai minério de ferro em quatro unidades e arrecadou R$ 11,84 bilhões no ano passado.

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Imagem reproduzida de Montcalm Montagens Industriais

3. Anglo American

A Anglo American possui duas unidades de produção de minério de ferro, com um valor de produção de R$ 11,195 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Diário do Comércio

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4. CSN Mineração

Essa mineradora extrai minério de ferro em duas unidades de operações, com um valor de produção de R$ 7,903 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Inteligência Financeira

5. Salobo Metais

A Salobo Metais produz cobre, com sua unidade tendo um valor de produção de R$ 7,085 bilhões no ano passado.

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Imagem reproduzida de Concremat

6. Kinross

A Kinross extrai ouro, e sua unidade apresentou um valor de produção de R$ 4,925 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Diário do Comércio

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7. Anglo Gold Ashanti

Essa empresa produz ouro em seis unidades de operações, com um valor de produção de R$ 3,053 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Noticias de Mineração

8. Mineração Usiminas

A Mineração Usiminas extrai minério de ferro em três unidades, com um valor de R$ 2,901 bilhões apurados em 2022.

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Imagem reprodução de Vídeo Institucional, via Além do Fato, UAI

9. Mineração Maracá Indústria e Comércio

Essa empresa produz cobre e ouro em três unidades, com um valor de produção de R$ 2,462 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Cesbe Engenharia

10. Mineração Rio do Norte

A Mineração Rio do Norte produz bauxita, e sua unidade faturou R$ 2,275 bilhões no ano passado.

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Imagem reproduzida de Noticias de Mineração

11. Mineração Paragominas

Essa empresa também produz bauxita, e sua unidade levantou R$ 2,170 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Noticias de Mineração

12. Mineração Caraíba

A Mineração Caraíba extrai cobre em três unidades, com uma produção avaliada em R$ 2,169 bilhões.

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Imagem reproduzida de Noticias de Mineração

13. ArcelorMittal

A ArcelorMittal produz minério de ferro em três unidades, com um valor de R$ 2,074 bilhões em 2022.

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Imagem reproduzida de Portos e Navios

14. Atlantic Nickel

Essa empresa produz níquel em oito unidades, com um valor de produção alcançado em 2022 de R$ 1,993 bilhão.

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Imagem reproduzida de Atlantic Nickel

15. Mosaic Fertilizantes

A Mosaic Fertilizantes produz fosfato e potássio em seis unidades, com um valor de produção no ano passado somando R$ 1,953 bilhão.

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Imagem reproduzida de Assessoria de comunicação Mosaic, via G1

Resumindo, as principais regiões de mineração no Brasil onde essas empresas operam incluem estados como Minas Gerais, Pará, Bahia e outros estados ricos em recursos minerais. Os principais minerais e recursos explorados incluem minério de ferro, níquel, cobre, ouro, bauxita, níquel, fosfato e potássio.

Qual é a importância da indústria de mineração para a economia brasileira?

A indústria de mineração desempenha um papel crucial na economia do Brasil assim como de muitos países ao redo do mundo, sendo uma das principais fontes de receita e exportações da nação. Além disso, ela contribui para a diversificação industrial e o fornecimento de matérias-primas essenciais para diversas indústrias, como siderúrgica e de construção.

Aliás, vale ressaltar que, com relação à geração de empregos, a indústria de mineração emprega uma parcela significativa da mão-de-obra brasileira, abrangendo desde trabalhadores nas minas até profissionais de engenharia e gestão. Essa vasta rede de empregos diretos e indiretos contribui para o crescimento econômico e a estabilidade social.

De acordo com o site O Tempo, Seto de mineração apurou que, em 2022, a produção mineral brasileira alcançou cerca de R$ 250 bilhões. Das 200 principais empresas do setor, que representaram 86,1% desse total (equivalente a R$ 215,7 bilhões), o montante recolhido em Contribuição Financeira pela Extração Mineral (Cfem) foi de R$ 6,512 bilhões. É preciso dizer que o levantamento não considerou produtores de água mineral e empresas de comercialização de ouro. Todavia, parece que as produtoras de minério de ferro lideraram a lista, sendo as quatro primeiras entre as 15 maiores empresas de mineração, contribuindo com 53,5% do valor total gerado pelo setor.

Benefícios e desafios

As mineradoras também trazem benefícios econômicos e sociais para as regiões onde atuam. Elas investem em infraestrutura, como estradas e energia, melhorando a conectividade e a qualidade de vida local. Além disso, programas de responsabilidade social corporativa podem incluir projetos de educação, saúde e desenvolvimento comunitário, gerando impactos positivos nas áreas circunvizinhas.

Embora isso não justifique a devastação da natureza, claro! Por isso, essa é uma atividade que necessita de muita análise e acompanhamento técnico, além de uma legislação bastante rígida.

Infelizmente, a exploração mineral também pode apresentar desafios. Comunidades próximas às operações mineradoras podem enfrentar impactos ambientais, como degradação do solo e recursos hídricos. Além disso, a migração de trabalhadores para as áreas de mineração pode sobrecarregar serviços públicos e desencadear mudanças culturais e sociais nas comunidades locais.

Como as mineradoras devem lidar com questões de responsabilidade social e ambiental?

Muitas mineradoras no mundo têm buscado abordar questões de responsabilidade social e ambiental através de medidas como a implementação de práticas sustentáveis, investimento em comunidades locais e projetos de desenvolvimento, além de cumprir regulamentações ambientais e de segurança no trabalho.

Os principais desafios ambientais enfrentados pelas mineradoras no Brasil incluem a gestão de resíduos, o tratamento adequado de água contaminada, a reabilitação de áreas degradadas, a redução das emissões de gases poluentes e o impacto nas comunidades indígenas e tradicionais.

Vale ressaltar que a efetividade dessas abordagens pode variar e há sempre espaço para melhorias contínuas visando um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente. Nessa linha, podemos contar cada vez mais com as novas tecnologias. Isso tem tido um grande impacto na indústria de mineração no Brasil, melhorando eficiência, segurança e reduzindo custos. A automação de processos, uso de sensores, análise de dados e modelagem computacional têm otimizado operações, permitindo maior controle e previsibilidade.

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Fontes: O Tempo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Primeiro, aqui vai um alerta! A amônia é muito perigosa devido aos seus vapores tóxicos. Inclusive, recentemente saiu uma notícia de que uma caminhada espacial programada na ISS para procurar microrganismos sobreviventes no espaço foi cancelada devido a um vazamento de amônia no módulo Nauka. A amônia vazou de um radiador do módulo russo.

Sim, a amônia é perigosa durante caminhadas espaciais. A NASA adiou as caminhadas espaciais até concluir as análises. O vazamento parou, restando apenas gotículas residuais de amônia. O radiador primário do Nauka continua funcionando normalmente, sem impacto na tripulação ou nas operações da estação.


Você sabia dessa? A amônia verde é uma variante da amônia convencional, composta por nitrogênio e hidrogênio. Enquanto a produção convencional depende de combustíveis fósseis e contribui para as emissões de CO2, a amônia verde é fabricada por meio de eletrólise, utilizando água, ar e energia renovável, reduzindo a pegada de carbono.

amônia verde
Imagem reproduzida de Yara Brasil

Qual a relevância de saber disso? É que, atualmente, a maior planta de amônia verde está sendo construída em Nelson Mandela Bay, na África do Sul. Ela se concentrará em substituir combustíveis pesados nos navios. Saiba o porquê nesta publicação do Engenharia 360!

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Região onde está localizada a planta de amônia | Imagem reproduzida de TUBS em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Oriental#/media/Ficheiro:Eastern_Cape_in_South_Africa.svg
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Imagem de wirestock em Freepik

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O problema da produção atual de amônia no mundo

A saber, a amônia é tóxica e requer manuseio cuidadoso. A produção atual de amônia é responsável por 1,8% das emissões globais de CO2. Por isso, a nova abordagem chamada de “amônia verde”, que está sendo desenvolvida, pode ajudar na descarbonização. No entanto, há desafios em relação à toxicidade da amônia e ao desenvolvimento de tecnologias para seu uso eficiente e controle de emissões. Inclusive, vale dizer que o mercado de amônia verde ainda está em crescimento, e ainda espera-se um aumento significativo nos próximos anos.

Em 2021, o mercado de amônia representou cerca de US$ 36 milhões, mas deverá atingir cerca de US$ 5,4 bilhões até 2030, de acordo com um relatório da entidade Precedence Research.

amônia verde
Imagem reproduzida de Enaex

Usos comumentes para a amônia

A amônia é comumente usada como fertilizante devido ao seu teor de nitrogênio, essencial para o crescimento das plantas. Antes dela, o principal fertilizante agrícola usado era o guano, feito de excremento de morcegos ou pássaros, obtido em ilhas tropicais. Mas a produção em escala industrial de amônia impulsionou a agricultura, permitindo o crescimento de alimentos em larga escala.

Atualmente, diz-se que amônia é crucial na produção de alimentos em todo o mundo. Fora isso, a amônia é utilizada na fabricação de explosivos para a indústria de mineração, bem como em produtos farmacêuticos e de limpeza.

A produção de amônia verde e seus benefícios

A amônia verde seria produzida através de um processo relativamente simples. Explicando melhor, a eletrólise separa a água em hidrogênio e oxigênio, enquanto uma unidade de separação de ar extrai nitrogênio do ar, combinando então hidrogênio e nitrogênio para criar a amônia.

Vale dizer que a principal fonte de energia para a produção de amônia verde é proveniente de fontes renováveis, como energia solar ou eólica, evitando emissões de gases de efeito estufa. Como pode-se imaginar, isso tem impactos positivos na economia local, incluindo a criação de empregos, redução de emissões de CO2, diversificação econômica, inovação tecnológica, atendimento à demanda futura e promoção do desenvolvimento sustentável.

amônia verde
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Amônia verde para a indústria naval

Sabe-se que a indústria naval está relacionada às emissões globais de CO2 devido ao uso de combustíveis fósseis, como óleos combustíveis pesados ​​e diesel, para alimentar navios. Esses combustíveis emitem dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes atmosféricos, contribuindo para o aquecimento global e a poluição do ar.

A boa notícia é que é esperada para até 2050 mais investimentos em amônia, contribuindo com cerca de 45% da demanda global de energia para transporte marítimo, especialmente em cenários de emissões líquidas zero. Isso sugere que a amônia desempenhará um papel essencial na transição para um setor naval mais sustentável e com menor impacto ambiental. Nesse cenário, a produção de “amônia verde” seria muito bem-vinda, visando a descarbonização do setor naval.

amônia verde
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Lembrando que o uso da amônia como combustível enfrenta desafios como emissões de óxidos de nitrogênio, toxicidade e inflamabilidade, exigindo manuseio seguro, necessidade de sistemas de controle de emissões e desenvolvimento contínuo de tecnologia de motores e sistemas.

Qual é a sua opinião sobre a viabilidade da amônia verde como uma alternativa promissora de combustível para embarcações? Por favor, compartilhe seus pensamentos na seção de comentários abaixo!

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Iniciamos este artigo enfatizando uma notícia que tem despertado recentemente o interesse dos usuários da Internet. O governo britânico aprovou a construção de uma rodovia subterrânea perto de Stonehenge, antigo monumento de pedras, famoso por suas formações circulares e megalíticas, levantadas há milhares de anos. A ideia é reduzir o congestionamento na A303, apesar das críticas e oposição significativas.

A obra custaria US$ 2,2 bilhões. Mas, por hora, o projeto ainda enfrenta muita resistência de arqueólogos, grupos de preservação do patrimônio e da UNESCO. Inclusive a agência já alertou sobre danos potenciais ao monumento neolítico e a possibilidade de incluir Stonehenge na lista de Patrimônios Históricos Mundiais em Risco, porém a aprovação não foi impedida.

stonehenge
Imagem reproduzida de National Highways, via Casa Vogue

Tendo isso em mente, o Engenharia 360 traz uma reflexão sobre o tópico. Como navegar em direção ao progresso desejado, representado pela proposta de uma rodovia subterrânea próxima a monumentos históricos, ao mesmo tempo em que se preserva o patrimônio como Stonehenge? Saiba mais no texto a seguir!

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Como a construção da rodovia subterrânea pode impactar a região ao redor de Stonehenge?

A rodovia subterrânea próxima a Stonehenge pode diminuir o congestionamento e impulsionar a economia local, mas também levanta preocupações sobre a preservação do patrimônio histórico, o turismo e a qualidade de vida das comunidades.

A avaliação dos benefícios econômicos deve ser equilibrada com os possíveis danos ao monumento e a preocupação com a experiência turística e cultural da região. O debate entre preservação e progresso é complexo, exigindo consideração cuidadosa das perspectivas de arqueólogos, comunidades locais e agências de preservação para encontrar soluções que minimizem os impactos negativos enquanto maximizam os benefícios.

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Imagem reproduzida de National Highways, via UOL
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Imagem reproduzida de National Highways, via Casa Vogue

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Quais são os desafios técnicos associados à escavação e construção da rodovia?

A construção de uma rodovia subterrânea próxima a Stonehenge, um monumento arqueológico de renome, enfrenta uma série de desafios técnicos e considerações ambientais. A preservação do patrimônio arqueológico é uma preocupação fundamental, exigindo técnicas precisas de escavação e monitoramento constante para evitar danos aos sítios históricos. Além disso, a estabilidade estrutural do solo e das estruturas circundantes, assim como a engenharia geotécnica, são aspectos críticos a serem abordados.

A gestão de resíduos gerados durante a escavação e a construção, o uso eficiente de recursos naturais, a minimização das emissões de gases poluentes e a reabilitação ambiental da área após a conclusão do projeto também representam desafios significativos. Encontrar um equilíbrio entre o progresso da infraestrutura e a preservação do patrimônio cultural e ambiental é a principal questão em debate, considerando a resistência de diversos grupos, incluindo arqueólogos, defensores do patrimônio e a própria UNESCO.

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Imagem reproduzida de National Highways, via Casa Vogue
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Imagem reproduzida de National Highways, via UOL

Como a Engenharia pode minimizar o impacto ambiental da construção da rodovia perto de Stonehenge?

Melhores práticas

Engenheiros podem colaborar com arqueólogos, especialistas em patrimônio histórico ao adotar uma abordagem interdisciplinar. Isso envolve a realização de avaliações detalhadas de impacto, considerando os aspectos técnicos, culturais e ambientais do projeto.

A coleta de dados arqueológicos e históricos é essencial para entender a importância do local e identificar potenciais áreas sensíveis. No caso específico da rodovia subterrânea de Stonehenge, os engenheiros deveriam considerar as advertências da UNESCO e da comunidade de preservação do patrimônio.

Sempre tomar decisões informadas e sensíveis envolvendo equilibrar o progresso com a preservação, reconhecendo o valor cultural e histórico dos locais afetados.

stonehenge
Imagem de Ruhrgebiet por Pixabay

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Ações de pré-projeto

Para garantir flexibilidade em projetos diante de mudanças futuras, pode-se adotar um design modular e escalável, com componentes separados e padrões abertos. Manter mentalidade ágil, aceitar feedback e ajustar o projeto conforme necessário.

No caso da rodovia subterrânea perto de Stonehenge, equilibrar infraestrutura moderna e preservação histórica requer avaliações rigorosas. De fato, seria imprescindível a colaboração entre especialistas, como arqueólogos e UNESCO, ajustando o projeto para minimizar danos e considerando alternativas. Ademais, envolver a comunidade para soluções que harmonizem progresso e preservação, ciente da importância de legados históricos.

Nesse cenário, as melhores práticas incluiriam workshops, reuniões públicas e plataformas online para receber feedback.

Modelagem e simulação

A modelagem e simulação computacional podem ser usadas para prever os impactos da construção subterrânea próxima a Stonehenge e auxiliar no planejamento do projeto. Isso envolve criar modelos digitais que representam o terreno, a geologia e as estruturas envolvidas.

Com base nesses modelos, é possível simular como a construção subterrânea pode afetar o local, incluindo possíveis danos ao monumento e suas formações. Essas simulações podem oferecer informações valiosas para tomadores de decisão, arqueólogos e grupos de preservação, ajudando a minimizar impactos negativos e a encontrar soluções que conciliem progresso e preservação.

Técnicas de construção

A Engenharia pode reduzir o impacto ambiental da rodovia subterrânea perto de Stonehenge com métodos de construção não intrusivos, gestão de resíduos e controle de poluição. Para começar, se valendo de técnicas modernas de construção subterrânea, como tunelamento controlado e escavação remota, minimizam os danos ao patrimônio.

Ademais, medidas de mitigação, como estudos geotécnicos detalhados, monitoramento sísmico e limitações de velocidade, evitam riscos à estrutura do monumento. Ferramentas como modelagem BIM e análises geotécnicas computacionais otimizam o projeto e a estabilidade do solo. E o monitoramento contínuo, usando sensores de inclinação, deformação e imagens de satélite, ajuda a identificar impactos negativos e assegura uma construção equilibrada entre progresso e preservação.

Estas são as recomendações propostas pelo Engenharia 360 para guiarmos em direção ao avanço desejado enquanto preservamos locais históricos como Stonehenge. Possui sugestões adicionais? Compartilhe suas ideias na seção de comentários!

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Fontes: Casa Vogue.

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Engenharia 360

Redação 360

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O maior parque eólico do planeta é o Dogger Bank Wind Farm, localizado no Reino Unido, a cerca de 130 km da costa de Yorkshire. Quando estiver completamente funcional, terá uma capacidade total de geração de energia de 3,6 GW. Vale destacar que as empresas envolvidas no desenvolvimento e construção do parque são SSE Renewables, Equinor e Vårgrønn (joint-venture entre Eni Plenitude e Hitec Vision). Ademais, as turbinas utilizadas no parque são as Haliade-X 13 MW da GE Renewable Energy. Confira outros destalhes no texto a seguir, do Engenharia 360!

Dogger Banks
Imagem reproduzida de Equinor, via Petróleo Hoje

Como as turbinas eólicas do parque Dogger Bank serão instaladas?

Na construção do parque Dogger Bank serão usadas as turbinas Haliade-X 277 da GE Renewable Energy, cada uma com 13 MW de potência. A instalação será realizada pelo navio Voltaire – o maior navio de elevação offshore do mundo -, que possui uma capacidade de elevação de 3,2 mil toneladas. No total, serão 277 turbinas eólicas, de 260 metros de altura – cada volta das lâminas de 107 metros de comprimento pode produzir energia suficiente para abastecer um ambiente domiciliar britânico por dois dias.

Dogger Banks
Imagem reproduzida de Dogger Banks, via Portal da Engenharia

Aliás, a construção do parque eólico Dogger Bank já começou, em 2020; a previsão é que seja concluída em 2026. O custo total da obra está estimado em 9 bilhões de libras (aproximadamente R$ 48 bilhões). E a fazenda eólica, depois de tudo, terá uma capacidade instalada de 3,6 GW e será capaz de fornecer eletricidade para cerca de seis milhões de residências.

Dogger Banks
Imagem divulgação SSE, via CNN Brasil
Dogger Banks
Imagem reproduzida de NCE, via Blog Canal da Engenharia

É importante dizer que o projeto do parque eólico Dogger Bank é uma iniciativa significativa do Reino Unido para reduzir suas emissões de carbono e alcançar a meta de gerar 30% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2030. O projeto é uma joint-venture entre a desenvolvedora britânica SSE Renewables, Equinor e Vårgrønn.

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Quais são os benefícios ambientais esperados da operação do Dogger Bank Wind Farm?

A extensão da fazenda eólica Dogger Bank, que se localiza no fundo do mar, ocupa uma área praticamente equivalente à dimensão da grande Londres, antes parte de uma ponte terrestre entre o Reino Unido e a Europa. O projeto, além disso, resultará em uma significativa redução das emissões de CO₂, equivalente à poluição gerada por cerca de 1,5 milhão de veículos a gasolina, com uma redução concomitante do consumo de recursos fósseis. Além disso, a fazenda eólica tem o potencial de minimizar a vulnerabilidade às oscilações nos preços dos combustíveis e de promover a segurança energética.

A construção de um empreendimento como o Dogger Bank Wind Farm tem o propósito de catalisar, no futuro, a promoção da energia renovável no país, impelindo a migração para fontes de energia limpa e afastando a dependência de combustíveis fósseis, assim como mitigando as emissões de gases de efeito estufa. Adicionalmente, a iniciativa é prevista para estimular avanços na inovação tecnológica, instigando pesquisas e desenvolvimento de soluções mais eficazes para a geração de energia eólica, contribuindo para o avanço do setor.

Dogger Banks
Imagem reproduzida de Aibel, em Tayrones Galvão LinkedIn

A construção das bases submarinas e demais infraestrutura associada ao Dogger Bank Wind Farm oferece a possibilidade de criar habitats artificiais benéficos à vida marinha, desempenhando o papel de recifes artificiais e áreas de preservação. Além disso, no contexto de preservação ambiental, o projeto tem o potencial de gerar empregos verdes, particularmente em áreas como engenharia, manufatura, logística e manutenção, impactando positivamente a economia local e fomentando oportunidades de trabalho sustentáveis.

Sem dúvida, o parque de energia eólica representa um avanço importante nessa direção, colaborando para a geração de energia sustentável e para a autossuficiência energética da nação. Compartilhe suas opiniões sobre essa emocionante inovação na seção de comentários logo abaixo!

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Fontes: Olhar Digital.

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Engenharia 360

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Você já parou para considerar o que diferencia os estudantes de sucesso? Se você é, por exemplo, um concurseiro buscando aprovação em concursos de Engenharia altamente competitivos, a resposta pode estar nos hábitos adotados pelos melhores estudantes do mundo. Neste artigo do Engenharia 360, vamos apresentar a você os 10 hábitos que podem fazer toda a diferença em sua jornada de estudos. Confira!

Princípios Fundamentais para o Sucesso de Estudantes de Engenharia

1. Criar uma Rotina Estruturada

Estudantes notáveis na área de Engenharia cultivam uma rotina altamente estruturada. Essa abordagem é crucial para alcançar um desempenho acima da média e obter sucesso em suas empreitadas acadêmicas.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de StockSnap por Pixabay

2. Eliminar a Procrastinação

Os estudantes exemplares de Engenharia evitam a procrastinação durante os momentos de estudo. Eles reconhecem que a postergação prejudica o aprendizado e desperdiça tempo valioso que poderia ser investido de maneira mais produtiva.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de tookapic por Pixabay

3. Manter o Foco Inabalável

Outro hábito compartilhado pelos estudantes mais destacados na área é a capacidade de manter um foco inabalável. Eles resistem às distrações do dia a dia, direcionando sua atenção de forma contínua e dedicada aos estudos.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de Наталия Когут por Pixabay

4. Estabelecer Horários Fixos de Estudo

Estudantes de Engenharia que se destacam tendem a seguir horários de estudo regulares. Essa prática auxilia na adaptação do corpo e da mente, levando a níveis mais elevados de produtividade e concentração.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de donterase por Pixabay

Veja Também: Domine Python sem gastar um centavo: Aprenda de forma gratuita na Internet!

5. Adotar Técnicas de Aprendizado Personalizadas

Uma característica distintiva entre os estudantes de Engenharia mais bem-sucedidos é a adoção de técnicas de aprendizado personalizadas. Essas abordagens sob medida garantem um rendimento superior ao assimilar os conteúdos complexos do curso.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de congerdesign por Pixabay

6. Priorizar um Sono de Qualidade

Estudantes exemplares reconhecem a importância de um sono de qualidade para o sucesso acadêmico. Dormir de sete a nove horas todas as noites é uma prática valorizada, pois compreendem que o repouso adequado é vital para um desempenho ideal.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de muntazar mansory por Pixabay

7. Cultivar a Estimulação Mental

O último hábito compartilhado entre os estudantes de Engenharia mais destacados é a busca constante por estimulação mental. Eles estão sempre engajados em aprender algo novo, pois compreendem a necessidade de manter o cérebro ativo e receptivo a novos conhecimentos.

Hábitos dos Melhores Estudantes do Mundo
Imagem de Pexels por Pixabay

Resumindo, ao incorporar hábitos dos melhores estudantes de Engenharia – como rotina organizada, foco, técnicas de aprendizado personalizadas e estímulo intelectual constante – se alcança o sucesso acadêmico e profissional desejado.

Ao incorporar essas práticas em sua rotina, você pode aumentar significativamente suas chances de sucesso. Boa sorte!

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Fontes: Concursos no Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

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A fiscalização de obras civil rigorosa traz benefícios significativos para a qualidade e segurança dos projetos de Engenharia. Isso resulta em construções mais duráveis e seguras, mitigando riscos e prevenindo problemas futuros.

Nesse cenário, o engenheiro civil desempenha um papel central nesse processo, supervisionando cada etapa da construção para garantir a conformidade com normas e regulamentos. Suas responsabilidades incluem verificar projetos, coordenar equipes, identificar desvios e propor soluções corretivas. Essa atuação vigilante contribui diretamente para o sucesso de empreendimentos construtivos seguros e de alta qualidade.

Fiscalização de Obras Civis
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Quais são os passos-chave para realizar uma fiscalização de obras eficiente e precisa?

Passos-chave para realizar fiscalização de obras civis eficiente e precisa:

  1. Planejamento detalhado: Definir objetivos, escopo, cronograma e recursos necessários para a fiscalização.
  2. Conhecimento técnico: O engenheiro fiscal deve compreender os aspectos técnicos da obra para identificar possíveis problemas.
  3. Documentação: Manter registros precisos de todas as etapas, desde aprovações até relatórios de inspeção.
  4. Inspeções regulares: Realizar visitas periódicas ao canteiro de obras para verificar o progresso e a conformidade.
  5. Verificação de conformidade: Assegurar que a construção esteja de acordo com regulamentos, códigos e projetos aprovados.
  6. Comunicação transparente: Manter diálogo constante com todas as partes envolvidas, esclarecendo dúvidas e relatando problemas.
  7. Resolução de problemas: Identificar e resolver problemas de maneira ágil e eficaz para evitar atrasos e custos extras.
  8. Relatórios detalhados: Elaborar relatórios de inspeção claros e completos, destacando achados e medidas corretivas.

Para uma comunicação eficaz do engenheiro civil com a equipe de construção e demais envolvidos, é fundamental realizar reuniões regulares para alinhar metas, compartilhar informações relevantes e manter um diálogo aberto para ouvir sugestões e preocupações. A tecnologia, como aplicativos e plataformas colaborativas, ajuda na comunicação em tempo real, enquanto a linguagem clara garante compreensão mútua.

Fiscalização de Obras Civis
Imagem de Freepik

Desafios e erros a serem evitados

Durante a fiscalização, desafios comuns incluem atrasos em materiais, mudanças no projeto, condições climáticas e problemas de qualidade, que exigem flexibilidade e tomada de decisões ágeis.

Para concluir este tópico, vale dizer que, na fiscalização de obras civis, é essencial evitar erros como falta de planejamento, comunicação insuficiente, falta de entendimento técnico, excessiva flexibilidade em desvios do projeto, ausência de registros adequados, negligência de regulamentos, conflitos de interesse e decisões precipitadas. Uma abordagem equilibrada entre conhecimento técnico, comunicação eficaz e gerenciamento proativo de recursos é fundamental para garantir qualidade e evitar erros na construção.

Observação: para gerenciar prazos e orçamento, o engenheiro civil utiliza cronogramas detalhados e sistemas de controle de custos, ajustando o planejado conforme o progresso real. Adotam estratégias para minimizar atrasos e controlar gastos, avaliando mudanças no projeto e otimizando a alocação de recursos.

Fiscalização de Obras Civis
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Quais são as qualidades essenciais que um engenheiro civil precisa ter para ser um bom fiscal de obras?

Um engenheiro civil pode se especializar em fiscalização de obras civis através de uma jornada que começa com a formação básica em Engenharia Civil e a obtenção de experiência prática em projetos de construção. Aprofundar-se nas normas e regulamentos é crucial, assim como buscar cursos de especialização em fiscalização. E ter conhecimento sólido em projetos e execução, habilidades de comunicação eficazes e atenção aos detalhes são essenciais para identificar problemas durante a fiscalização.

Além disso, habilidades de resolução de conflitos, gestão do tempo e uma base ética forte são importantes para lidar com as complexidades do canteiro de obras. A constante atualização e o desenvolvimento de redes profissionais também desempenham um papel vital na trajetória para se tornar um fiscal de obras civil bem-sucedido.

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Fontes: Engenharia Civil Brasil.

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Na manhã do dia 15 de agosto de 2023, praticamente todo o território brasileiro sofreu uma interrupção no fornecimento de energia elétrica. As razões por trás desse incidente serão exploradas ao longo deste artigo do Engenharia 360. Antes disso, é necessário esclarecer alguns conceitos fundamentais.

Qual é a diferença entre “apagão de energia” e “racionamento de energia”?

Um apagão de energia é a interrupção do fornecimento de energia elétrica devido a falhas na transmissão, causando falta de eletricidade em uma região. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) classifica essas falhas em ocorrências e interrupções. Ocorre quando o Sistema Interligado Nacional (SIN) não opera normalmente, resultando em investigações e medidas corretivas. Já interrupções de energia envolvem desligamentos forçados de componentes do SIN, que podem causar cortes de carga e danos em equipamentos.

Ademais, vale ressaltar, antes de falar do causo de hoje, que o Sistema Interligado Nacional (SIN) é a rede de operação elétrica que interconecta diversas regiões do Brasil, permitindo o fornecimento e distribuição de energia elétrica de forma integrada. No entanto, o SIN também torna as áreas suscetíveis a falhas em uma parte da rede que podem afetar áreas mais amplas.

apagão de energia
Imagem de Alexandra_Koch por Pixabay

Quais regiões do Brasil foram mais afetadas pelo apagão de 2023?

No recente apagão de energia no Brasil, que afetou principalmente as regiões Norte e Nordeste, houve um corte de energia equivalente a 25% da carga total. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) relatou que uma ocorrência na rede de operação interrompeu 16 mil MW de carga, sendo que seis mil MW já haviam sido restaurados até as 9h16. E o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a recuperação rápida da carga nas regiões afetadas, com o Nordeste recuperando 80% e o Norte mais de 40%.

O ministro Alexandre Silveira, empenhado em investigar o incidente, logo criou uma sala de situação para coordenar a restauração e solicitou a instauração de um inquérito policial para apurar a causa do apagão, suspeitando de uma falha na linha de transmissão de Belo Monte. Inclusive, o apagão de energia reacendeu preocupações sobre a estabilidade do sistema elétrico interligado do país, que já havia enfrentado desafios semelhantes no passado, resultando em quedas de energia generalizadas.

apagão de energia
Gráfico fornecido pela ONS indica uma acentuada redução na produção de energia no momento do incidente – Imagem reproduzida de ONS

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Qual foi a causa suspeita do apagão de energia de acordo com as informações preliminares?

Com base nas informações compartilhadas nas mídias, as causas suspeitas do apagão de energia que ocorreu no Brasil são as seguintes:

  • Evento na rede de operação do Sistema Interligado Nacional: A interrupção ocorreu devido à abertura da interligação Norte-Sudeste do Sistema Interligado Nacional, o que levou a uma perda de carga e resultou em um apagão de energia que afetou todas as regiões do Brasil.
  • Causa relacionada à Usina Hidrelétrica de Belo Monte: Informações preliminares indicam que uma falha em uma linha de transmissão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte teria provocado o problema. Essa é uma das causas suspeitas investigadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
  • Sobrecarga no Ceará: O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que houve uma sobrecarga no Ceará, o que fez o sistema entrar em colapso na região. Isso contribuiu para o apagão de energia. No entanto, ainda está sendo investigado se há outros eventos ou causas associadas.

É importante ressaltar que essas são causas suspeitas e que as investigações ainda estão em andamento para determinar as causas precisas do apagão.

A saber, os órgãos responsáveis pela investigação das causas do apagão são a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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Imagem de Vice-Presidência da República, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Hidrel%C3%A9trica_de_Belo_Monte#/media/
Ficheiro:09_09_2021_Visita_%C3%A0_Usina_Hidrel%C3%A9trica_Belo_Monte_(51443381900).jpg

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Quais foram os principais apagões que ocorreram no Brasil nas últimas décadas?

Antes de tudo, vale dizer que o Brasil passou por um racionamento de energia entre 2001 e 2002 devido a uma combinação de fatores, incluindo a falta de chuvas que afetou o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, que compõem a maior parte da matriz energética do país. Isso levou a uma redução significativa na capacidade de geração de energia elétrica, o que resultou na necessidade de um racionamento para evitar apagões.

Principais apagões ocorridos no Brasil nas últimas décadas:

  • Amapá (2020): Um incêndio na principal subestação de energia do estado do Amapá afetou o fornecimento de eletricidade em grande parte do estado, deixando quase 800 mil pessoas sem energia por cerca de dez dias.
  • Brasil (2018): Em março de 2018, um apagão afetou todas as regiões do país, especialmente o Norte e o Nordeste, devido a uma falha na linha de transmissão ligada à usina hidrelétrica de Belo Monte. Cerca de 70 milhões de pessoas foram afetadas.
  • Nordeste (2011): Uma falha em uma subestação localizada entre Pernambuco e Bahia deixou quase 47 milhões de pessoas sem energia em todo o Nordeste por várias horas.
  • Brasil e Paraguai (2009): Falhas em linhas de transmissão de energia da usina hidrelétrica de Itaipu causaram um apagão que afetou quase 90 milhões de pessoas no Brasil e no Paraguai.
  • Brasil (1999): Um grande blecaute ocorreu em 1999, afetando dez estados e o Distrito Federal. Cerca de 76 milhões de pessoas foram afetadas. Inicialmente, um raio foi considerado a causa, mas posteriormente a sobrecarga do sistema foi apontada como motivo.

As consequências dos apagões anteriores no Brasil foram amplas, incluindo interrupções no fornecimento de energia para residências, empresas e serviços públicos, causando transtornos, prejuízos econômicos e impactos na qualidade de vida. Além disso, os apagões também geraram preocupações quanto à confiabilidade do sistema elétrico e à necessidade de investimentos em infraestrutura e diversificação da matriz energética para evitar recorrências no futuro.

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Fontes: O Globo, O Globo – 2, Poder 360, CNN Brasil, Itatiaia.

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