Engenharia 360

Estudo Brasileiro Propõe Bambu e Mamona como Alternativa na Construção Civil

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por Redação 360
| 03/10/2023 | Atualizado em 24/10/2023 4 min
Imagem reprodução Ufla, via G1

Estudo Brasileiro Propõe Bambu e Mamona como Alternativa na Construção Civil

por Redação 360 | 03/10/2023 | Atualizado em 24/10/2023
Imagem reprodução Ufla, via G1
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Um dos materiais mais usados hoje na construção civil são os painéis OSB (Oriented Strand Board), que é material derivado da madeira, composto por pequenas lascas de madeira orientadas em camadas cruzadas seguindo uma determinada direção. Eles são bastante resistentes e rígidos. Mas levam na sua composição adesivos sintéticos tóxicos à base de formaldeído. Além disso, costumam ser produzidos com partículas de madeira de pinus e eucalipto, o que levanta questões de sustentabilidade e desmatamento.

mamona e bambu na construção civil
Imagem reproduzida de Ufla

Pensando em promover a biodegradabilidade e a renovação do material, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Universidade Federal do Ceará (UFC) apresentaram uma alternativa inovadora, painéis de construção utilizando bambu e nanopartículas de celulose de torta de mamona. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para entender como essa pesquisa é promissora para guiar a Engenharia e Arquitetura para um rumo menos prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana na construção civil!

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mamona e bambu na construção civil
Foto de Oleksandr P: https://www.pexels.com/pt-br/foto/arvore-de-bambu-320029/
mamona e bambu na construção civil
Imagem de LoggaWiggler por Pixabay

O processo de produção dos novos painéis de bambu e mamona

O estudo universitário citado apontou que o bambu pode ser usado para substituir a madeira, especificamente os painéis OSB. Especialmente as nanofibrilas de celulose de torta de mamona entraram para substituir o adesivo tóxico que normalmente é usado na fabricação dos painéis.

Nos experimentos, os bambus utilizados foram fornecidos pela Ufla. Eles foram reduzidos em partes menores e tratados para evitar o apodrecimento. E, em seguida, as partículas de bambu foram unidas usando um pouco de resina de formaldeído, que é reduzida pela presença das nanofibrilas de celulose de torta de mamona. Enfim, o resultado foram painéis prensados em alta temperatura e cortados em partes menores para análise.

mamona e bambu na construção civil
Imagem reprodução Ufla, via G1
mamona e bambu na construção civil
Imagem reprodução Ufla, via G1

Os novos modelos de painéis tiveram suas propriedades físicas e de resistência testadas, bem como a quantidade de formaldeído emitida pelos painéis. As respostas foram positivas, indicando que essa é, sim, uma opção menos tóxica, biodegradável e renovável para a construção civil.

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A vantagem ambiental da nova alternativa em comparação com os painéis OSB convencionais

São vantagens ambientais dos novos painéis em bambu e mamona, a nova alternativa em relação aos painéis OSB convencionais:

  • Uso de fonte renovável de material de construção.
  • Biodegradabilidade das nanofibrilas de celulose.
  • Redução do uso de adesivos sintéticos tóxicos.
  • Contribuição para a redução da emissão de compostos nocivos.
  • Opção menos tóxica, sustentável e amiga do ambiente para a construção civil.
mamona e bambu na construção civil
Imagem reprodução Ufla, via G1

Veja Também: Qual é a definição de construção pau a pique e de que maneira é usada na atualidade?

Os próximos passos do estudo voltado à construção civil

O estudo com bambu e mamona voltado à construção civil já ganhou um prêmio na 3ª edição do Programa 25 Mulheres na Ciência América Latina.

Daqui em diante, os pesquisadores pretendem realizar novas verificações, focando na produção industrial. O estudo completo deve ser publicado até o final de 2023.

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São os cientistas envolvidos nesse estudo voltado à construção civil:

  • Pesquisadora Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de Oliveira. Responsável pelo projeto e atualmente realizando pós-doutorado no Departamento de Engenharia Química da UFC. Ela concluiu sua graduação em Agronomia na UFLA, fez seu mestrado em Ciência e Tecnologia da Madeira e doutorado em Engenharia de Biomateriais, ambos na UFLA.
  • Professor Francisco Murilo Tavares de Luna - orientador da pesquisa de Bárbara na UFC.
  • Pós-graduanda em Engenharia Química Solange Assunção Quintella.
  • Lourival Marin Mendes, José Benedito Guimarães Junior e Gustavo Henrique Denzin Tonoli, professores da Escola de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA).

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Fontes: G1.

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