O maior satélite de comunicações do mundo, o Júpiter 3, foi lançado recentemente numa segunda tentativa de decolagem no sábado, ocorrida em 29 de julho de 2023, a bordo do foguete Falcon Heavy da SpaceX. O lançamento ocorreu a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

Júpiter 3
Imagem divulgação via Mundo Geo

O satélite Júpiter 3, desenvolvido pela Maxar Technologies para a Hughes Network Systems, ampliará a capacidade de dados da frota Hughes, oferecendo serviços de internet de alta velocidade nas Américas do Norte e do Sul. Após o lançamento, haverá um período de testes e posicionamento na órbita adequada antes de entrar em operação. O adiamento anterior foi devido a uma “violação dos critérios de aborto”, conforme informado pela SpaceX.

Qual é a envergadura aproximada do satélite Júpiter 3?

O satélite Júpiter 3, o maior satélite de comunicações do mundo, foi fabricado pela empresa Maxar Technologies, aprimorado com tecnologias que permitem a miniaturização de sua eletrônica, a inclusão de amplificadores de estado sólido e uma maior eficiência em suas antenas. Sua envergadura é de aproximadamente 40 a 50 metros. E, após o lançamento, aumentará significativamente as capacidades de taxa de dados da frota Hughes.

Júpiter 3
Imagem divulgação via Diário Tocantinense

Que função o satélite Júpiter 3 desempenhará em órbita?

O satélite Júpiter 3 desempenhará, em órbita, a função de fornecer serviços de Internet, banda larga e conectividade. Inclusive, ele se junta à frota de satélites já em órbita para fornecer serviços de Internet para as Américas do Norte e do Sul.

Júpiter 3
Imagem divulgação via YouTube Space X

Alguns dos serviços de conectividade oferecidos pelo Júpiter 3 incluem:

  • Wi-Fi a bordo: O satélite suporta serviços de Wi-Fi em locais onde a conectividade tradicional é limitada, permitindo a conexão de dispositivos a bordo de veículos, embarcações e aeronaves.
  • Internet de baixa latência: O Júpiter 3 oferece planos de Internet com baixa latência, o que é essencial para atividades que exigem resposta rápida, como jogos online e videoconferências.
  • Ampliação da capacidade de dados: Com um aumento significativo na capacidade de taxa de dados, o Júpiter 3 permite uma maior quantidade de usuários conectados simultaneamente, atendendo à demanda crescente por dados.
  • Acesso em áreas remotas: O satélite proporciona conectividade em regiões onde a infraestrutura terrestre é escassa ou inexistente, permitindo que pessoas em áreas remotas também tenham acesso à Internet de alta velocidade.

Em resumo, o Júpiter 3 deve melhorar as capacidades de conectividade existentes da frota Hughes através do aumento substancial na capacidade de dados, permitindo atender a mais clientes e fornecer serviços de Internet de alta qualidade onde outras opções de conectividade podem não estar disponíveis, como em áreas rurais e remotas. Isso possibilitará que as pessoas realizem várias atividades online, como trabalho remoto, estudos, entretenimento e comunicação, enriquecendo suas vidas e mantendo-as conectadas.

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Fontes: Olhar Digital, CNN Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Recentemente, engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram estruturas de concreto capazes de armazenar energia. Essa inovação resulta em supercapacitores, que são alternativas às baterias, capazes de armazenar energia elétrica de forma eficiente e de baixo custo. O estudo foi publicado na revista PNAS. Confira informações mais detalhadas sobre esta notícia significativa no texto a seguir, do Engenharia 360!

concreto do MIT que armazena energia
Imagem de wirestock em Freepik

Quais materiais são utilizados na criação das estruturas de concreto capazes de armazenar energia?

Essas estruturas desenvolvidas pelos engenheiros do MIT utilizam uma combinação de cimento e carbono negro, criando um nanocompósito condutor. A mistura de cimento, água e carbono negro resulta em uma estrutura condutora com alta área de superfície interna, permitindo armazenamento eficaz de energia. O carbono negro forma filamentos na mistura, criando espaços vazios quando a água é absorvida pelo cimento. Esses espaços funcionam como placas de capacitores, armazenando carga elétrica.

A saber, o carbono negro é uma forma impurifica de carbono produzida durante a combustão incompleta de combustíveis fósseis, madeira ou de biomassa.

concreto do MIT que armazena energia
Imagem de MIT, via Época Negócios

Como a descoberta dos engenheiros do MIT se diferencia da proposta de estradas movidas a energia solar?

O sistema de armazenamento de energia baseado em concreto desenvolvido pelos engenheiros do MIT é altamente escalável devido à sua composição simples e à disponibilidade do material necessário, o cimento. A combinação de materiais resulta em estruturas condutoras com uma área de superfície interna extremamente alta, permitindo um armazenamento eficiente de energia elétrica.

Vale destacar que a descoberta dos engenheiros do MIT se diferencia das propostas já tão conhecidas de estradas movidas a energia solar. Enquanto a ideia de estradas solares tentava converter as superfícies de asfalto em geradores de energia solar, enfrentou diversos problemas, como altos custos de construção, desgaste rápido, vulnerabilidade a danos e ineficiência na captação de luz solar. Por outro lado, a tecnologia de armazenamento de energia em concreto do MIT utiliza materiais simples e amplamente disponíveis para criar supercapacitores condutores que podem ser usados em estruturas de concreto, paredes de casas e até mesmo estradas para armazenar energia de forma eficiente e a baixo custo.

concreto do MIT que armazena energia
Imagem de kjpargeter em Freepik

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Inovações na Construção Civil: Explorando as Lajes do Futuro em Engenharia de Edificações

Como a tecnologia desenvolvida pelos engenheiros do MIT pode impulsionar a economia global?

Essa tecnologia do MIT tem o potencial de impulsionar o uso de fontes renováveis de energia, como solar, eólica e marés, ao superar os desafios das oscilações de fornecimento dessas fontes.

A vantagem de construir baterias com materiais comuns, como o cimento, em comparação com componentes metálicos raros tradicionalmente usados, como lítio e cobalto, reside na disponibilidade e escalabilidade desses materiais. Materiais comuns são mais acessíveis e abundantes, o que pode reduzir a dependência de recursos escassos, diminuir os custos de produção e mitigar preocupações ambientais associadas à mineração desses metais raros.

Pode-se até dizer que essa descoberta está alinhada com a busca por soluções mais sustentáveis na indústria de veículos elétricos, onde a demanda por metais raros usados em baterias tem causado questões ambientais e de disponibilidade. Ao utilizar materiais comuns em baterias de concreto, a dependência desses metais pode ser reduzida, tornando os veículos elétricos mais ecologicamente viáveis.

Voltando à questão energética, a tecnologia de armazenamento de energia baseada em concreto pode impactar a indústria de geração de energia e o armazenamento intermitente. Essas estruturas de concreto oferecem uma maneira eficaz de gerenciar a energia gerada por fontes renováveis e mitigar a intermitência da geração. Isso poderia ter implicações significativas para a estabilidade das redes elétricas e a viabilidade de fontes de energia intermitentes.

Qual é a sua opinião sobre essa inovação do concreto criado pelos engenheiros do MIT, que tem a capacidade de armazenar energia? Compartilhe suas impressões na seção de comentários e não deixe de compartilhar este artigo com aqueles que possam se interessar!

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Fontes: Época Negócios, Sputniknews Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

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Nota: Antes de falarmos sobre o uso do ouro na Engenharia, queremos citar que, em outubro de 2023, data de atualização deste texto, o Nobel de Física foi concedido a Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier por suas pesquisas que possibilitaram a exploração do mundo dos elétrons em átomos e moléculas.

Os três cientistas desenvolveram pulsos de luz extremamente curtos medidos em attossegundos, permitindo a observação de processos previamente inacessíveis.

Anne L’Huillier descobriu diferentes tons de luz ao transmitir luz laser infravermelha através de um gás nobre, Pierre Agostini produziu pulsos de luz de 250 attossegundos, e Ferenc Krausz isolou pulsos de luz de 650 attossegundos.

Embora essas descobertas ainda não tenham aplicações práticas diretas, elas podem levar a avanços na eletrônica e no diagnóstico de doenças. Anne L’Huillier também é a quinta mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física.


O ouro é um elemento altamente maleável, considerado o mais maleável da tabela periódica. Um estudo demonstrou que pode ser martelado em folhas mais finas que um comprimento de onda de luz visível. E há muito mais a aprender sobre esse elemento, principalmente pensando em trabalhar com ouro na Engenharia. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

ouro
Imagem reproduzida de Brasil Escola – UOL

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Quais as principais características do elemento ouro?

O ouro apresenta notável maleabilidade devido à sua estrutura atômica de face centrada e ligações metálicas, permitindo ser transformado em folhas finas sem se romper. Essa característica o posiciona como o elemento mais maleável na tabela periódica, conforme demonstrado pela Universidade de Leeds em 1977, quando foi martelado a um tamanho menor que o comprimento de onda da luz visível.

No entanto, apesar de ser altamente maleável, o ouro não é duro, sua maleabilidade deriva da capacidade de deformação, não da dureza. Também vale destacar que resistência e maleabilidade não são diretamente relacionadas, e na escala de Mohs, que avalia a resistência a arranhões, o ouro não se destaca.

ouro
Imagem reproduzida de Jewelry Site Image – Mohs, via Jewelry Site Image – Mohs

A maleabilidade do ouro é possibilitada pelas ligações metálicas que mantêm seus átomos unidos, com elétrons externos livres, permitindo o deslizamento atômico. Já a reatividade química do ouro é baixa, o que preserva sua resistência e maleabilidade, enquanto sua ausência de formação de camadas de óxido mantém essas características intactas ao longo do tempo.

Além disso, o ouro apresenta excepcional condutividade elétrica e térmica, tornando-o valioso em aplicações tecnológicas, como componentes eletrônicos e cabos condutores. Sua resistência à corrosão e oxidação, mesmo em ambientes adversos, o torna durável e ideal para usos industriais. E, ademais, o ouro exibe propriedades ópticas distintas, especialmente em escala nanométrica, absorvendo e espalhando eficazmente a luz, resultando em sua coloração característica e brilho metálico, características que são exploradas em experimentos científicos avançados.

ouro na engenharia
Imagem de lcd2020 em Freepik

Quais áreas empregam ouro na Engenharia?

Dentro das diversas disciplinas de Engenharia, algumas que exploram e utilizam o ouro incluem:

Engenharia Ambiental

O ouro é usado em sensores avançados para detecção de poluentes e contaminantes em corpos d’água, auxiliando na monitorização e na melhoria da qualidade ambiental.

Engenharia de Mineração

Engenheiros de mineração exploram técnicas para extrair o ouro de jazidas, considerando métodos eficientes e sustentáveis de mineração e processamento.

Engenharia de Materiais

Os engenheiros de materiais investigam como usar o ouro em ligas e compostos para obter propriedades específicas para diversas aplicações.

Engenharia Química

O ouro catalítico é estudado para melhorar e otimizar reações químicas em processos industriais.

Engenharia Eletrônica

O ouro é usado para fabricar contatos elétricos confiáveis em dispositivos eletrônicos, como semicondutores e circuitos integrados.

ouro
Imagem de Alethea Flowers por Pixabay

Engenharia de Telecomunicações

O ouro é utilizado na fabricação de componentes de alta frequência e transmissores, garantindo a eficiência e a qualidade das comunicações sem fio.

Engenharia de Energia

Em células solares de película fina, o ouro é empregado como um eletrodo condutor, ajudando na conversão da luz solar em energia elétrica.

Engenharia de Processos e Manufatura

Engenheiros nesta área podem estar envolvidos na criação de processos para a produção eficiente de componentes eletrônicos ou produtos químicos que envolvam o uso de ouro.

Engenharia Biomédica

O ouro é aplicado no desenvolvimento de dispositivos médicos avançados, como sensores e marcadores para diagnóstico médico.

Engenharia de Nanotecnologia

O ouro é explorado na criação de nanoestruturas e nanomateriais com propriedades únicas, sendo utilizado em aplicações variadas, como na detecção de moléculas específicas.

Engenharia Industrial

O ouro é empregado na fabricação de contatos elétricos em dispositivos de automação, garantindo a confiabilidade das operações industriais.

ouro
Imagem de MoneyforCoffee por Pixabay

Engenharia de Controle e Automação

O ouro é aplicado na fabricação de sensores de alta precisão e dispositivos de medição em sistemas automatizados e de controle industrial.

Engenharia de Superfícies

Engenheiros nesta área estudam o revestimento de superfícies com ouro para melhorar propriedades como resistência à corrosão, durabilidade e estética.

Engenharia Civil

O ouro é usado em revestimentos decorativos e funcionais em edifícios e estruturas, proporcionando durabilidade e estética.

ouro
Imagem de Adrian Malec por Pixabay

Engenharia Aeroespacial

Por fim, além dos revestimentos térmicos, o ouro é empregado em conectores e componentes críticos em satélites e veículos espaciais devido à sua confiabilidade em ambientes extremos.

Portanto, o ouro desempenha um papel significativo em várias disciplinas de Engenharia, contribuindo para uma ampla gama de aplicações tecnológicas e científicas.

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Fontes: Mega Curioso.

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Engenharia 360

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As plantas humanizadas representam visualmente projetos de construção de uma maneira única e envolvente. Ao adicionar detalhes como cores, texturas realistas, mobiliário e objetos, essas plantas tornam os espaços mais tangíveis e fáceis de serem compreendidos. Diferentemente das plantas baixas técnicas, que se concentram em detalhes específicos, as plantas humanizadas priorizam uma representação estética e facilmente interpretável.

Essa abordagem não apenas agiliza a aprovação de projetos e reduz revisões para os profissionais da construção, mas também proporciona aos clientes uma compreensão mais clara do resultado final. Além disso, é comum que empreendimentos imobiliários façam uso dessas plantas para promover seus projetos antes mesmo do início da construção. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

planta humanizada no autocad
Imagem reproduzida de Wix

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Quais são os benefícios de utilizar plantas humanizadas?

Para profissionais da construção

As plantas humanizadas são uma abordagem de Arquitetura, Engenharia e Design que acelera a aprovação de projetos, reduz retrabalhos e agiliza a comunicação com os clientes.

Para clientes

A compreensão do cliente durante a construção é vital para evitar mal-entendidos. As plantas humanizadas evitam mesmo discrepâncias, já que oferecem uma visão clara e intuitiva do projeto final.

Para corretores de imóveis

Os corretores de imóveis devem concordar que a representação visual é crucial na venda de propriedades, estimulando o interesse e a confiança, influenciando positivamente as vendas de empreendimentos imobiliários. Nesse setor, as plantas humanizadas são usadas para divulgar projetos antes da construção, compartilhando detalhes com corretores e agentes de venda para promover os empreendimentos de maneira eficaz.

planta humanizada no autocad
Imagem reproduzida de Vobi

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Quais são os programas de software recomendados para criar plantas humanizadas?

São softwarse recomendados para criar plantas humanizadas:

  • AutoCAD (incluir link para versão gratuita para estudantes),
  • SketchUp (mencionar a versão gratuita e a versão Pro),
  • Revit (descrever as principais funcionalidades para criação de plantas humanizadas),
  • Além desses, Lumion, Enscape e V-Ray.

Especialmente a planta humanizada no AutoCAD combina a capacidade de criar plantas técnicas e humanizadas no mesmo programa, aproveitando os recursos e familiaridade. Isso é bastante útil para profissionais da construção.

Pois o AutoCAD oferece uma versão gratuita para estudantes, e é amplamente utilizado e permite otimizar o trabalho, inserir blocos humanizados, aplicar hachuras para detalhes realistas e configurar a apresentação de cores e espessuras de linhas através de um arquivo CTB. Isso resulta em uma planta humanizada com qualidade de apresentação aprimorada, que pode ajudar a transmitir o design de forma mais clara aos clientes e partes interessadas.

planta humanizada no autocad
Imagem reproduzida de Vobi

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Como criar uma planta humanizada no AutoCAD?

Criar uma planta humanizada no AutoCAD envolve os seguintes passos:

1. Preparação Inicial:

  • Abra um template no AutoCAD que contenha suas configurações preferidas.

2. Inserção de Blocos e Configuração de Layers:

  • Insira os blocos dos móveis, objetos e elementos de decoração que deseja na planta humanizada.
  • Configure layers específicos para os diversos elementos, como paredes, mobiliário, hachuras etc.
  • Use os blocos para representar os objetos dentro da planta.

3. Aplicação de Hachuras:

  • Edite os blocos para incluir hachuras representando texturas e padrões de superfície.
  • Use diferentes tipos de hachuras (sólidos, gradientes, linhas) para simular materiais e detalhes.

4. Cotas Invisíveis:

  • Crie cotas que se ajustam ao interior dos ambientes, sem linhas de extensão.
  • Personalize as posições das cotas para melhorar a legibilidade.

5. Edição de Texto:

  • Insira textos indicativos de ambientes, medidas e detalhes relevantes.
  • Ajuste a posição e formatação dos textos para maior clareza.

6. Configuração para Impressão e PDF:

  • Configure a escala do desenho no layout do AutoCAD.
  • Acesse o painel de impressão (Ctrl + P) para definir as configurações de saída.
  • Converta o arquivo para PDF, escolhendo o tamanho da prancha e a área a ser impressa.

7. Arquivo CTB:

  • Selecione um arquivo de estilo de plotagem (CTB) que determine a aparência final das linhas e cores na impressão.
  • Edite o CTB para ajustar as cores, espessuras e tipos de linha conforme sua preferência.

8. Visualização e Verificação:

  • Use a visualização de impressão para verificar como o desenho será apresentado.
  • Garanta que todas as camadas, hachuras e elementos estejam configurados corretamente.

9. Salvar e Imprimir:

  • Salve o desenho no formato desejado (DWG) e exporte para PDF.
  • Certifique-se de que o arquivo de impressão esteja correto antes de finalizar.

O resultado final será uma planta humanizada no AutoCAD, que apresenta elementos de mobiliário, texturas e detalhes visuais para tornar o projeto mais compreensível e atraente para os clientes. Isso pode ajudar a acelerar o processo de aprovação do projeto e evitar mal-entendidos durante a execução.

Lembrando que a escolha de cores, hachuras, tipos de linha e outros detalhes de representação pode variar de acordo com o estilo do projeto e as preferências do profissional. O importante é que a planta humanizada torne o projeto mais claro e fácil de entender para os clientes.

Assista ao vídeo abaixo para obter mais dicas sobre como criar uma planta humanizada no AutoCAD:

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Fontes: Vobi.

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Engenharia 360

Redação 360

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No cenário atual, marcado por mudanças sociais e lutas por direitos igualitários, uma nova legislação surge como um marco significativo para a equidade de gênero no ambiente de trabalho, também para o setor da Engenharia. A Lei de Igualdade Salarial, sancionada em 3 de julho de 2023, reforça a busca pela equiparação salarial entre homens e mulheres e, em especial, terá um impacto transformador na Engenharia. Mais informações a seguir, neste texto do Engenharia 360!

https://www.instagram.com/p/Cu12mG4NYCy/

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Uma Nova Abordagem da Lei de Igualdade Salarial

A desigualdade salarial de gênero tem sido uma preocupação persistente em diversos setores, incluindo a Engenharia, onde a representação feminina tem historicamente sido menor. A nova Lei de Igualdade surge como um poderoso instrumento para promover a igualdade salarial e combater as disparidades persistentes nesse campo. Ao estabelecer a obrigatoriedade de transparência nas remunerações, a legislação exige que as empresas, principalmente as que possuem 100 ou mais empregados, publiquem relatórios semestrais que permitam a comparação das remunerações entre homens e mulheres que desempenham funções equivalentes.

Um aspecto notável da nova legislação é a inclusão de penalidades para as empresas que não cumpram as determinações. A imposição de multas, com valores expressivos, serve como incentivo para que as empresas adotem medidas concretas para eliminar as disparidades salariais decorrentes do gênero. Além disso, a Lei de Igualdade também abrange outras fontes de discriminação, como raça, etnia, nacionalidade e idade, ampliando seu escopo de atuação.

Lei de Igualdade
Imagem de Freepik

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Inclusão e Equidade de Gênero na Engenharia

A equidade de gênero no campo da Engenharia vai além da igualdade salarial e envolve também a promoção de condições que permitam que as mulheres possam avançar em suas carreiras de maneira igualitária. A implementação de programas de diversidade e inclusão é um ponto central da nova legislação. Esses programas não apenas favorecem a entrada de mais mulheres em setores como da Engenharia, mas também criam um ambiente propício para que elas possam crescer profissionalmente e ocupar posições de liderança.

A Lei da Igualdade se alinha com metas globais de desenvolvimento sustentável estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e reflete a necessidade de garantir a igualdade de gênero em todos os níveis da sociedade. Também está em consonância com convenções internacionais de trabalho que buscam eliminar a discriminação e garantir a igualdade de remuneração por trabalho de igual valor.

No contexto da Engenharia, a Lei de Igualdade Salarial deve desencadear, provavelmente, uma transformação importante. Além de impulsionar a transparência nas remunerações e o combate à discriminação salarial, ela enviará uma mensagem clara de que a equidade de gênero é uma prioridade, incentivando mais mulheres a ingressar e prosperar nesse campo.

A implementação eficaz da Lei de Igualdade exigirá o engajamento das empresas, profissionais da Engenharia e da sociedade como um todo para criar um ambiente inclusivo, diversificado e justo.

Lei de Igualdade
Imagem de Freepik

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Relatos de Especialistas na Indústria da Engenharia

A promulgação da Lei de Igualdade Salarial marca um avanço crucial para a Engenharia. Ao exigir transparência salarial e equiparação de remuneração, a lei não apenas aborda disparidades históricas, mas também sinaliza uma transformação cultural necessária. Isso posiciona a Engenharia como um setor inclusivo e progressista, reconhecendo o potencial de todas as profissionais. Enfim, a implementação efetiva da lei, com a colaboração das empresas e da sociedade, impulsiona um futuro mais justo no campo da Engenharia.

Nossa equipe interna do Engenharia 360 discutiu a questão da equidade nas empresas. Daniel dos Santos Silva, um colega da equipe, destacou que a legislação do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) não faz distinção salarial entre engenheiros e engenheiras. No entanto, ampliando a análise além das questões de gênero, ele enfatizou que muitos engenheiros e profissionais, como tecnólogos, enfrentam dificuldades para encontrar empregos compatíveis com suas qualificações devido à crise de mercado. Muitas vezes, são contratados para cargos como analistas e projetistas, o que resulta em remunerações inferiores às dos engenheiros.

Quanto à disparidade salarial entre homens e mulheres, Daniel observou que não percebe essa diferença entre profissionais da Engenharia. No entanto, ele destacou a discrepância na representação de homens e mulheres em cargos de Engenharia. Ele atribuiu essa disparidade à cultura, que frequentemente começa em casa, onde as mulheres não são incentivadas, e até mesmo são desencorajadas a seguir carreiras de Engenharia. Além disso, mencionou o preconceito, às vezes presente nos departamentos de Recursos Humanos, que pode impedir que os currículos de engenheiras cheguem aos gestores. No entanto, ele notou um aumento no número de alunas nos cursos superiores de Engenharia, o que pode indicar perspectivas positivas.

Lei de Igualdade
Imagem de jcomp em Freepik

Cristiano Oliveira compartilhou que em sua empresa a remuneração é estruturada com base em níveis que consideram a experiência e a responsabilidade do profissional, sem levar em conta o “gênero” como um fator de peso salarial. Isso é uma notícia positiva.

Para concluir, Lucas Souza Venciguerra sugeriu o podcast “O Mercado de Trabalho no GAC” do Spotify, do programa Áreas Contaminadas, como uma fonte para entender melhor a situação do mercado de trabalho. O podcast aborda a situação na área de geologia, na qual ele atua, e que também é representada pelo CREA.

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Fontes: G1, Transparência e Mercados.

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Engenharia 360

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Há pouco tempo, um especialista em física espacial levantou a possibilidade de que um foguete lançado pela SpaceX possa ter criado uma abertura na ionosfera. Registros indicam que a SpaceX já teria desencadeado um evento semelhante em 2017 e 2018, de acordo com relatório da Arts Technica. No entanto, até o momento, a SpaceX não se pronunciou sobre essa questão. Intrigado? Oferecemos detalhes adicionais sobre esse incidente e também exploramos as distintas camadas da atmosfera neste artigo apresentado pelo Engenharia 360. Não perca a oportunidade de conferir!

camadas atmosfera
Imagem reproduzida de SpaceX, via Wikipédia – https://trello.com/b/Wtq2g5j4/reda%C3%A7%C3%A3o-360-engenharia-360

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Quais são as camadas da atmosfera da Terra?

As camadas da atmosfera da Terra e suas altitudes aproximadas são as seguintes:

  • Troposfera: A camada mais próxima da crosta terrestre, onde ocorrem os processos meteorológicos e a vida. A altitude varia de cerca de 7 km nas regiões polares a cerca de 17 km nas regiões trópicas.
  • Estratosfera: A segunda camada, contendo a camada de ozônio que protege contra os raios ultravioleta. Pode alcançar até cerca de 50 km de altura.
  • Mesosfera: A camada mais fria da atmosfera, com temperaturas em torno de -100ºC. Sua altura vai até cerca de 80 km.
  • Termosfera: A camada mais extensa, podendo chegar a 500 km de altitude. É muito quente devido à absorção de radiação solar, com temperaturas próximas a 1000ºC.
  • Exosfera: A camada mais distante da Terra, indo até 800 km de altura, composta principalmente por hélio e hidrogênio. Abriga satélites e telescópios espaciais.

A título de curiosidade, vale destacar que a maior parte do vapor atmosférico está concentrada na troposfera, a camada mais próxima da superfície da Terra. Também que a camada atmosférica mais extensa e quente é a termosfera, devido à absorção intensa de radiação solar, o que eleva suas temperaturas.

camadas atmosfera
Imagem reproduzida de Cola da Web

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Estratosfera

Como dito antes, a camada da atmosfera estratosfera atua como uma barreira de proteção da Terra. Ela é estável e tem pouco fluxo de ar. Parte dela é a camada de ozônio, a cerca de 20 a 35 quilômetros da superfície do planeta, cuja função é absorver os UV, contra os efeitos nocivos dessa radiação. Sem isso, os raios UV poderiam causar danos à pele, olhos e até mesmo às células das plantas.

camadas atmosfera
Imagem reproduzida de A Tribuna

É importante notar que os buracos na camada de ozônio são um fenômeno que ocorre principalmente nas regiões polares, causados pelo aumento de gases poluentes, como os CFCs (clorofluorcarbonos). Esses buracos intensificaram devido à atividade humana e a produção exagerada desses gases, mas esforços de substituição têm sido realizados para reduzir o tamanho dos buracos e proteger os seres vivos. Isso envolve regulamentações internacionais e medidas para controlar a produção e o uso desses gases.

A saber, o gás poluente que contribuiu para o aumento do buraco na camada de ozônio é o clorofluorcarbono (CFC).

camadas atmosfera
Evolução buraco camada de ozônio na atmosfera | Imagem reproduzida de NASA, reprodução YouTube, via Revista Galileu, Globo

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Termosfera

Termosfera, também chamada de ionosfera, é caracterizada pela presença de íons e elétrons livres, resultantes da ionização das moléculas de gás pela radiação solar. Essa ionização é mais intensa durante o dia, quando a radiação solar é mais forte.

A ionosfera é diferente das outras camadas, pois ela é eletricamente condutiva. Isso permite a propagação de ondas de rádio de longa distância, bem como influencia a propagação de sinais de GPS e comunicações via satélite.

Vale dizer que, durante o nascimento do sol, ou seja, durante o amanhecer, a radiação solar começa a ionizar a atmosfera da ionosfera. Isso ocorre porque a energia solar excita os elétrons nas camadas mais altas da atmosfera, liberando-os e criando íons positivos e negativos. Esse processo afeta as propriedades de transmissão de rádio e comunicação na Terra, uma vez que a ionização influencia a reflexão das ondas de rádio na ionosfera.

camadas atmosfera
Imagem reproduzida de Todo Estudo

Como as fendas ionosféricas podem ser relacionadas aos foguetes lançados?

As fendas ionosféricas são regiões na ionosfera, onde ocorrem perturbações temporárias na densidade de íons e elétrons. Como explicado antes, essas perturbações podem causar distorções na propagação de sinais de rádio e comunicações por satélite que dependem da reflexão das ondas na ionosfera.

Recentemente, as fendas ionosféricas se tornaram mais comuns devido ao aumento significativo no lançamento de foguetes, especialmente por empresas como SpaceX. Esses lançamentos frequentes introduzem ainda mais gases e partículas na atmosfera. É claro que, por isso, Elon Musk, o fundador da empresa, tem recebido críticas por isso, incluindo do pesquisador sênior da Universidade de Boston Jeff Baumgardner.

É importante dizer que os buracos causados na ionosfera são temporários, porque o sol, através de processos naturais de reionização, recompõe gradualmente a densidade de íons e elétrons na região. Acontece assim, quando os foguetes queimam seus motores a altitudes de 200 a 300 quilômetros acima da superfície da Terra, eles liberam esses gases e partículas na ionosfera, perturbando temporariamente sua estrutura.

camadas atmosfera
Imagem reproduzida de SpaceX Photos, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ORBCOMM-2_(23815832891).jpg

A energia solar ioniza novamente as partículas na ionosfera, preenchendo os buracos criados pelos foguetes. Portanto, essas perturbações não são permanentes e a ionosfera retorna ao seu estado normal com o passar do tempo.

Nota: o fenômeno causado pela SpaceX em 2017 e em 2018 está relacionado ao lançamento do Falcon 9, que gerou um buraco de mais de 900 quilômetros de largura na ionosfera, por duas a três horas.

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Fontes: Folha Pernambuco, UOL.

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Engenharia 360

Redação 360

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O Copacabana Palace é um icônico hotel histórico localizado em frente à Praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. Com quase um século de existência, a edificação continua sendo um dos mais importantes estabelecimentos hoteleiros do país, com 239 apartamentos e suítes distribuídos entre o prédio principal e o anexo, em uma área de 11.000 metros quadrados. Sua fama no Brasil deve-se ao fato de hospedar celebridades internacionais que visitam a cidade, além de sediar alguns dos mais badalados eventos sociais do país.

Para quem não sabe, Joseph Gire, o arquiteto francês responsável por sua construção, foi uma personagem importante na história da Arquitetura Brasileira, deixando um legado significativo na paisagem urbana do Rio, onde projetou diversas outras obras notáveis. Sua contribuição incluiu a introdução de padrões de elegância e conforto inéditos na cidade, bem como a adoção do concreto armado como elemento essencial na arquitetura brasileira do século XX. Saiba mais neste texto especial do Engenharia 360 em homenagem aos 100 anos do Copacabana Palace!

copacabana palace
Imagem reproduzida de Donatas Dabravolskas, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Copacabana_Palace#/media/Ficheiro:The_Most_Expensive.jpg

Como o arquiteto Joseph Gire contribuiu para o desenvolvimento do Rio de Janeiro?

Joseph Gire contribuiu para o desenvolvimento da indústria da construção no Rio de Janeiro ao estabelecer novos parâmetros construtivos, introduzindo, como dito antes, o uso do concreto armado, uma inovação francesa aprimorada por engenheiros da Alemanha e dos Estados Unidos. Ele expandiu as possibilidades do uso do material, tornando-o um elemento indispensável do vocabulário arquitetônico do século XX na cidade.

O arquiteto agiu para ajudar a cidade do Rio de Janeiro a se voltar para o mar, impulsionando a cultura praiana dos cariocas. Alguns de seus projetos que refletiram essa influência incluem o Edifício Praia do Flamengo, que apresentava uma decoração Luís XVI e cobertura em mansardas renascentistas, e o Hotel Copacabana Palace, inspirado em dois famosos hotéis da Riviera Francesa, o Negresco em Nice e o Carlton em Cannes, que se tornou um marco icônico na praia de Copacabana e influenciou a cultura hoteleira e turística do Rio.

copacabana palace
Imagem reproduzida de G1

São as principais construções de Joseph Gire no Rio de Janeiro:

  • Hotel Glória (1922)
  • Edifício A Noite (primeiro arranha-céu do Brasil, 1930)
  • Edifício da seguradora Sul América (Rua da Quitanda, 86, projeto de 1925)
  • Hotel Copacabana Palace (1923)
  • Palácio Laranjeiras (1913, em parceria com Armando Silva Telles)
  • Edifício Praia do Flamengo (1923, na Praia do Flamengo, 116)
  • Palácio de Brocoió (1930)

Além das construções no Rio de Janeiro, Joseph Gire também realizou obras notáveis em outras cidades brasileiras, como o Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu. No exterior, suas obras se estenderam para países como Argentina, França, Alemanha, Espanha, e incluem diversos prédios e projetos monumentais, contribuindo para a arquitetura e a paisagem urbana de várias localidades.

Quem fundou o Copacabana Palace e em que ano foi construído?

O Copacabana Palace foi fundado pelos empresários Octávio Guinle e Francisco Castro Silva. E sua construção ocorreu entre 1919 e 1923.

Vale destacar que o motivo da inauguração considerada tardia do Copacabana Palace deveu-se a algumas dificuldades enfrentadas durante a construção. Entre elas estavam a demora na importação de mármores e cristais, a complexidade das fundações (com catorze metros de profundidade), a falta de tecnologia e experiência no país para tais obras e uma violenta ressaca que destruiu a Avenida Atlântica, causando danos aos pavimentos inferiores do hotel em 1922.

Já a piscina do Copacabana Palace só foi inaugurada em 1934, com um projeto do engenheiro César Melo e Cunha. Posteriormente, em 1949, a piscina foi ampliada.

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Imagem reproduzida de Archtrends
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Imagem reproduzida de Archtrends
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Imagem reproduzida de desconhecido, coleção Marcelo Almirante, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CopacabanaPalaceAnos30.jpg

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Quais as principais características arquitetônicas do Copacana Palace?

A construção do Copacabana Palace possui uma estrutura sóbria e imponente, com destaque para o uso de mármore de Carrara e cristais da Boêmia em sua edificação. O hotel ainda apresenta elementos arquitetônicos que remetem ao estilo Luís XVI, com detalhes ornamentados e elegantes. De quebra, possui uma vista deslumbrante para o mar. Na área comum, há uma grande piscina, além do “Golden Room”, que é um espaço de eventos e espetáculos inaugurado em 1938. Enfim, seu complexo é um exemplo significativo da arquitetura luxuosa e sofisticada desde a época em que foi construído!

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Imagem reproduzida de Belmond – Copacabana Palace
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Imagem reproduzida de Belmond – Copacabana Palace
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Imagem reproduzida de Belmond – Copacabana Palace
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Imagem reproduzida de Belmond – Copacabana Palace
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Imagem reproduzida de Belmond – Copacabana Palace
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Imagem reproduzida de Belmond – Copacabana Palace

Por que o Copacabana Palace tornou-se patrimônio histórico?

O hotel e cassino Copacabana Palace foram essenciais para a fama e o glamour do bairro de Copacabana nas décadas seguintes. Para começar, por sua importância arquitetônica, histórica e cultural, tanto para a cidade do Rio de Janeiro quanto para o Brasil. Depois, porque ele hospedou celebridades de renome mundial que visitavam a cidade do Rio de Janeiro, o que trouxe prestígio e notoriedade ao local. E também, por fim, porque sediou eventos sociais badalados, atraindo a atenção da sociedade e da mídia.

Mas antes de tudo isso, houve no hotel um curioso episódio envolvendo o presidente Washington Luís, em 23 de maio de 1928. Na ocasião, o presidente foi baleado no Copacabana Palace por sua amante, a marquesa italiana Elvira Vishi Maurich. O presidente foi internado, alegando-se que teve uma crise de apendicite, e a marquesa foi encontrada morta quatro dias depois, com a versão oficial sendo de que teria sido suicídio.

Atualmente, o hotel Belmond Copacabana Palace é considerado um marco da paisagem urbana carioca e é tombado nas esferas federais, estaduais e municipais como patrimônio histórico, devido à sua importância cultural e arquitetônica para o Brasil.

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Imagem reproduzida de Rtietz, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hotel_copacabana_palace.jpg

Em 2009, o Belmond Copacabana Palace recebeu o prêmio World Travel Award, um dos mais importantes prêmios mundiais de turismo. Ele foi eleito como o melhor hotel da América do Sul naquele ano, reforçando sua reputação como um dos principais estabelecimentos hoteleiros da região.

E, em 2018, o grupo LVMH comprou o Belmond Copacabana Palace e demais hotéis da rede Belmond em uma transação no valor de US$ 3,2 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões). O grupo LVMH é uma empresa multinacional francesa que atua nos setores de luxo, moda, perfumes, joias, entre outros.

Nota: O Copacabana Palace, desde sua inauguração, em 1923, já contou com a presença da artista francesa Mistinguett. Além disso, o hotel recebeu outras inúmeras personalidades, incluindo Albert Einstein, U2, Ava Gardner, Orson Welles, Rolling Stones e Elizabeth II. A realeza também marcou presença, com visitas de reis, rainhas e príncipes. Ademais, o local foi cenário de filmes famosos e palco de shows históricos, como o dos Rolling Stones em 2006. Jorginho Guinle, figura central, foi testemunha da história do hotel até seu falecimento.

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Fontes: Wikipedia, Wikipedia 2, Archtrends, G1, Belmond.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Nas últimas décadas, o Brasil se tornou o maior produtor, consumidor e exportador de sementes de plantas forrageiras no mundo, graças a avanços tecnológicos e ao desenvolvimento de sementes híbridas. A saber, essas espécies melhoram a produtividade das lavouras, são resistentes e ajudam a recuperar terras degradadas. Saiba mais sobre elas neste texto do Engenharia 360!

Plantas Forrageiras Híbridas
Imagem reprodução Wolf Sementes, via Jornal da USP

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Qual é o objetivo do uso das plantas forrageiras na agricultura?

O objetivo do uso de forrageiras na agricultura é alimentar o gado, proporcionando uma fonte de alimento para o rebanho. No entanto, com os avanços das tecnologias de aperfeiçoamento de sementes, as forrageiras também têm se mostrado úteis na agricultura em geral. Quando semeadas sem (ou pouco) revolvimento de terra, elas tornam o plantio mais eficiente, preservam a saúde do solo e aumentam a rentabilidade das lavouras.

Inclusive, vale destacar que as forrageiras híbridas são especiais em comparação com as tradicionais devido ao cruzamento de espécies que originou essas sementes. Elas possuem características aprimoradas, como raízes mais longas e maior valor proteico.

Plantas Forrageiras Híbridas
Imagem reproduzida de Norte Agropecuário Noticias

Benefícios diversos

Os benefícios das forrageiras para o solo e a produtividade das lavouras são diversos. Elas têm raízes mais longas, o que permite uma absorção maior de água e nutrientes do solo. Isso faz com que as plantas cresçam de forma robusta e saudável. Além disso, o cultivo de forrageiras protege o solo durante o período entre a colheita e a semeadura de uma cultura, evitando a exposição do solo às intempéries e mantendo-o mais rico em nutrientes.

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Como o uso de forrageiras pode aumentar a produção de proteína animal?

O uso de forrageiras se apresenta como uma alternativa promissora para aumentar a produção de proteína animal de forma sustentável e eficiente, contribuindo para sistemas agroalimentares mais resilientes e produtivos.

Com uma maior quantidade de proteínas nas forrageiras, os animais que se alimentam delas recebem uma dieta mais nutritiva, o que resulta em um aumento da produção de carne e leite. Isso é especialmente relevante para a pecuária, onde os animais alimentados com forrageiras de maior qualidade apresentam um melhor desempenho produtivo.

Plantas Forrageiras Híbridas
Imagem reproduzida de Portal do Agronegócio

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Como as forrageiras híbridas podem ajudar na recuperação de solos degradados?

O cultivo de forrageiras tradicionais já protege o solo entre o período de colheita e o novo plantio de outras culturas de várias maneiras, incluindo a cobertura do solo, a retenção de água, a ciclagem de nutrientes e a supressão de plantas invasoras.

As forrageiras híbridas são especialmente mais eficazes na recuperação de solos degradados, que permitem acessar nutrientes e água em camadas mais profundas do solo, e maior resistência a condições adversas, como secas e pragas.

Como dito antes, o uso de forrageiras híbridas em rotação de culturas prepara o solo para o plantio de outras culturas posteriormente, como a soja. Além disso, pode dispensar o uso de arado, reduzindo a necessidade de insumos e melhorando a eficiência do processo de plantio.

Plantas Forrageiras Híbridas
Imagem reprodução Wolf Sementes, via Jornal da USP

Portanto, o uso de forrageiras – sobretudo híbridas – é uma prática importante para melhorar a saúde e fertilidade do solo, aumentar a produtividade das lavouras em áreas degradadas e contribuir para sistemas agroalimentares mais sustentáveis e produtivos.

Observação: chama-se sistema ‘integração lavoura-pecuária-floresta’ (ILPF) a realização de cultivo de forrageiras híbridas, que se tornam aliadas poderosas na busca por sistemas agroalimentares mais sustentáveis, aumentando a rentabilidade e diversificando a produção.

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Fontes: NeoFeed.

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Engenharia 360

Redação 360

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O radar de velocidade é uma das ferramentas mais essenciais para a gestão de tráfego urbano de veículos. Suas aplicações vão desde a segurança nas rodovias até a fiscalização de velocidades em áreas urbanas. Desenvolvido originalmente com fins militares, esse dispositivo passou a ser utilizado em diversas outras áreas após a Segunda Guerra Mundial. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar a história e a importância do radar de velocidade e como ele contribui para a segurança no trânsito.

Radar de Velocidades
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O que é o radar de velocidade e como surgiu?

O radar de velocidade é uma tecnologia que utiliza ondas de rádio para detectar a velocidade dos veículos em movimento. Seu surgimento remonta à década de 1930, quando o engenheiro Sir Robert Watson-Watt e sua equipe no Reino Unido desenvolveram o primeiro radar com o propósito de detectar aeronaves inimigas durante a Segunda Guerra Mundial.

Inicialmente, o radar era conhecido como “Radio Detection and Ranging” (Detecção e Localização por Rádio, em tradução livre) e operava emitindo pulsos de rádio e medindo o tempo que levavam para os sinais refletidos retornarem após atingirem um objeto. Esse sistema permitia a detecção antecipada de aeronaves inimigas, desempenhando um papel fundamental na coordenação das defesas aéreas durante a guerra.

Radar de Velocidades
Imagem de wirestock Freepik

A aplicação do radar após a guerra

Após o término da Segunda Guerra Mundial, a tecnologia do radar começou a ser aplicada em outras áreas, incluindo a aviação civil e a fiscalização de trânsito. A partir desse momento, o radar de velocidade tornou-se uma ferramenta crucial para garantir a segurança no tráfego urbano de veículos.

Qual a importância do radar de velocidade para a Engenharia de Tráfego?

Com a crescente frota de veículos nas cidades e rodovias, a gestão do tráfego tornou-se um desafio complexo. Nesse cenário, o radar de velocidade desempenha um papel fundamental ao contribuir para a segurança viária e a prevenção de acidentes.

Controle de Velocidade

O radar de velocidade permite que as autoridades monitorem e controlem o limite de velocidade em vias urbanas e rodovias. Através da detecção de veículos que excedem os limites estabelecidos, é possível aplicar multas e inibir comportamentos de alta velocidade, reduzindo assim o risco de acidentes.

Fiscalização Eficiente

O uso de radares de velocidade possibilita uma fiscalização mais eficiente e contínua do trânsito. Diferentemente das operações manuais, o radar é capaz de monitorar uma grande quantidade de veículos de forma automática, tornando a fiscalização mais abrangente e precisa.

Redução de Acidentes

Ao coibir o excesso de velocidade, o radar de velocidade contribui diretamente para a redução de acidentes nas vias urbanas e rodovias. O cumprimento dos limites de velocidade melhora a fluidez do tráfego e diminui a ocorrência de colisões e atropelamentos.

Conscientização dos Motoristas

Além de aplicar multas, o radar de velocidade também exerce um papel educativo. A presença desses dispositivos ao longo das vias incentiva os motoristas a respeitarem os limites de velocidade, promovendo uma cultura de trânsito mais segura.

Radar de Velocidades
Imagem de vecstock Freepik

Qual é a tolerância do radar de velocidade?

A título de curiosidade, nos trechos com velocidade máxima de até 100 km/h, o radar impõe uma tolerância fixa de 7 km/h; ou seja, o motorista pode passar a até 37 km/h acima da velocidade sem multa. Já para velocidades máximas de 90 km/h, a tolerância é de 7 km/h, permitindo até 97 km/h sem multa. Acima de 100 km/h, a tolerância é de 7%. E no trecho com limite de 110 km/h, o motorista pode andar até 118 km/h, considerando os 7% de tolerância, ou aproximadamente 7,7 km/h adicionais.

É importante lembrar que ultrapassar qualquer limite ainda gera risco de multa, pois o velocímetro pode ter uma pequena margem de erro. Respeite sempre os limites de velocidade estabelecidos!

Radar de Velocidades
Imagem de wirestock Freepik

O que é e como funciona o gel antirradar?

Com o objetivo de escapar das multas por excesso de velocidade, algumas pessoas recorrem a artifícios disponíveis que prometem inibir a leitura das placas pelos dispositivos de fiscalização de trânsito. O gel antirradar, por exemplo, é vendido na Internet no valor de cerca de R$ 149, 00, com alegações de eficácia e segurança, mas é importante lembrar que seu uso é proibido e pode trazer consequências graves.

No entanto, é importante destacar que o uso do gel antirradar é ilegal e pode acarretar em sérias penalidades. O Código de Trânsito Brasileiro classifica o uso de dispositivos antirradares como uma infração gravíssima, sujeita a multa, perda de pontos na carteira, apreensão do veículo e recolhimento do documento.

Radar de Velocidades
Imagem reproduzida de Canaltech

Portanto, a melhor forma de evitar multas e problemas com a lei é dirigir com responsabilidade, respeitando os limites de velocidade estabelecidos para cada via. A segurança no trânsito e o respeito às leis devem sempre ser prioridade.

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Fontes: Olhar Digital, Olhar Digital 2.

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Engenharia 360

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Começamos este texto explicando o que é um pulsar! Pois bem, um pulsar é uma estrela de nêutrons altamente magnetizada que emite pulsos regulares de radiação eletromagnética. E o radiotelescópio FAST da China identificou novos pulsares desde 2016, incluindo um pulsar binário – sistema composto por duas estrelas de nêutrons altamente magnetizadas que orbitam em torno de seu centro de massa com um período orbital definido – com um período orbital recorde de 53 minutos.

Além disso, o radiotelescópio FAST já encontrou evidências de ondas gravitacionais de nanohertz, o que é crucial para resolver problemas na astrofísica contemporânea. Saiba sobre isso e mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de Absolute Cosmos, via Wikipédia

Entendendo o radiotelescópio FAST

O Five-hundred-meter Aperture Spherical Radio Telescope (FAST) da China é o maior radiotelescópio de única antena do mundo. Ele foi lançado em 2016 e tem como objetivo estudar diversas áreas da astronomia. O FAST é capaz de detectar rajadas rápidas de rádio, por exemplo.

A saber, o FAST está localizado em uma depressão natural profunda e redonda na província sudoeste de Guizhou, e possui uma área de recepção equivalente a 30 campos de futebol padrão.

Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de eoPortal
Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de Cmglee, via Wikipédia
Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de Phoenix7777, via Wikipédia
Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de ResearchGate – https://www.researchgate.net/figure/Photograph-of-FAST-FAST-Five-hundred-meter-Aperture-Spherical-radio-Telescope_fig1_323013542

Mas vamos esclarecer o que querem os chineses com essa tecnologia! Bem, os chineses buscam descobrir várias coisas com este radiotelescópio, incluindo a confirmação da existência de radiação gravitacional e buracos negros. Parece que a detecção de ondas gravitacionais de nanohertz é especialmente importante.

Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de Undark Magazine – https://undark.org/2021/04/13/china-fast-telescope-open-for-business/

Até agora, conforme afirmam os cientistas, o FAST tem contribuído para ampliar significativamente o escopo da exploração humana do universo e para avanços na compreensão da física do cosmos.

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Quais são as conquistas importantes do FAST na astronomia até o momento?

O radiotelescópio Five-hundred-meter Aperture Spherical Radio Telescope tem sido utilizado para realizar pesquisas astronômicas, obtendo diversas conquistas importantes até o momento.

Uma dessas conquistas é, além da identificação de um pulsar binário com um período orbital excepcionalmente curto, a identificação de mais de 800 pulsares, que são estrelas de nêutrons de rotação rápida originárias de núcleos implosos de estrelas maciças moribundas através de explosões de supernova. E vale destacar que esse número é mais de três vezes superior ao total de pulsares descobertos por telescópios estrangeiros durante o mesmo período.

Além do sucesso notável com o estudo de rajadas rápidas de rádio, fenômenos astrofísicos intrigantes que emitem pulsos intensos e curtos de rádio, o radiotelescópio tem contribuído para o estudo do hidrogênio neutro, um componente essencial do universo, fornecendo informações cruciais sobre a distribuição e movimento do gás interestelar.

Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de CanalTech

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Ondas gravitacionais de nanohertz

Antes de tudo, precisamos contar que ondas gravitacionais de nanohertz são ondulações no tecido do espaço-tempo que se propagam à frequência de nanohertz, ou seja, possuem ciclos muito longos, com períodos medidos em milhares de anos. Essas ondas são extremamente difíceis de detectar devido à sua frequência muito baixa, o que as torna um dos desafios mais significativos na astronomia e astrofísica contemporânea. E estudá-las pode fornecer informações valiosas sobre fenômenos astrofísicos, como buracos negros supermassivos e a formação de estruturas cósmicas em grande escala no universo.

A recente descoberta de evidências da existência de ondas gravitacionais de nanohertz é, portanto, particularmente relevante para resolver problemas na astrofísica contemporânea. As pesquisas são conduzidas por cientistas do Observatório Astronômico Nacional da Academia Chinesa de Ciências (NAOC) e podem fornecer informações valiosas sobre a formação das estruturas do universo e o crescimento, evolução e fusões dos objetos celestes mais massivos.

Bônis | Relembrando o caso do Telescópio Arecibo

Para quem não lembra, a América Latina já teve o telescópio mais poderoso do planeta, o Telescópio Arecibo, pertecente ao Observatório Arecibo, em Porto Rico. O mesmo, infelizmente, desmoronou em dezembro de 2020, deixando a comunidade astronômica com uma sensação de perda. Afinal, durante meio século, o Arecibo era utilizado para estudar sinais de rádio vindos das estrelas e investigar vida extraterrestre, pulsares, planetas e asteroides.

Telescópio de Arecibo
Imagem reproduzida de Revista Galileu – Globo

Sua queda também afetou o orgulho e a economia de Porto Rico. A Fundação Nacional de Ciência anunciou que investirá US$ 5 milhões para criar um centro educacional no local, mas a reconstrução do telescópio de 305 metros não está prevista. Muitos astrônomos lamentam essa decisão e lembram das contribuições importantes do telescópio para a ciência, incluindo a observação de pulsares emitindo ondas gravitacionais, pelas quais ganharam um Prêmio Nobel de Física.

Radiotelescópio Chinês FAST
Imagem reproduzida de Stewart Young, via Pinterest – https://br.pinterest.com/pin/2016-timeline–325948091761081911/

Ainda há esforços para reconstruir um Telescópio Arecibo de Próxima Geração (NGAT), com capacidades aprimoradas, mas o alto custo do projeto e outras prioridades científicas dificultam a concretização. Apesar disso, a ciência permanece resiliente, e a busca por descobertas astronômicas continua – por exemplo, através do FAST.

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Fontes: Revista Forum, CNN, UOL, CanalTech, Wikipédia.

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