Sem dúvidas, não teve brasileiro que não se chocou com o que aconteceu no Rio Grande do Sul em maio de 2024. Sem contar que, nos últimos anos, vimos tragédias semelhantes (em maiores ou menores escalas) em estados como Bahia, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Nestes momentos, nos perguntamos sobre o que a engenharia pode fazer para minimizar ou mitigar estas situações. Então, nós, do Engenharia 360, resgatamos a história do asfalto absorvente.

Lá no começo da década de 2010, foi divulgada uma notícia nas redes sobre um tipo de asfalto, desenvolvido por um pesquisador brasileiro e que poderia ser a resposta para revolucionar a pavimentação, vias e rodovias pelo país. O que aconteceu com esta tecnologia do asfalto absorvente? Afinal, por que ela não foi adotada? Não sabemos. Porém, sempre é tempo de recomeçar. Então, que tal pegarmos este exemplo e repensarmos nossas obras de infraestrutura? Se aceitar o desafio, continue lendo este texto!

A problemática das vias e rodovias brasileiras

Vamos a uma reflexão! A maioria das ruas das metrópoles brasileiras são asfaltadas. Notou que, depois que eles cobriram os calçamentos de pedra, ocorreram mais alagamentos? Bem, isto já era de se esperar, pois acabamos com a área permeáveis dessas ruas; então, a água não é absorvida pelo solo e fica depositada nas áreas mais baixas, buscando correr em direção às inclinações até encontrar bueiros ou outras calhas de escoamento fluvial (desde que não estejam entupidas de lixo, como sempre acontece).

Agora, se o asfalto aplicado fosse permeável, se fosse um asfalto absorvente, absorvendo a água da chuva e armazenando-a nas camadas inferiores do pavimento, seria o cenário ideal! Ruas e estradas sem poças e alagamentos. Foi exatamente isto o que pensou o professor José Rodolpho Martins, do Departamento de Hidráulica da Universidade de São Paulo (USP). Ele acreditava que responder a esta necessidade era uma oportunidade de revolucionar a Engenharia Civil.

Asfalto Absorvente
Imagem de Globo reproduzida de Forum Sustentabilidade

Veja Também: Concreto Permeável: Uma Abordagem Sustentável para Reduzir Inundações

A inovação brasileira proposta pela USP

O asfalto absorvente brasileiro, chamado de Camada Porosa de Asfalto (CPA), foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da USP em parceria com a Engenharia de Transportes. Trata-se de uma mistura de pedras, cal e asfalto convencional, que permite a passagem da água sem comprometer a resistência do pavimento.

Teste de eficiência do asfalto absorvente

Em teste realizado lado a lado com o asfalto convencional, a diferença ficou clara. Um caminhão-pipa despejou 3 mil litros de água em 10 minutos sobre as superfícies. Enquanto o asfalto tradicional formava poças, o novo asfalto absorvia a água rapidamente (infiltração de até 25%), deixando apenas uma fina camada úmida na superfície (2 a 3 horas para o escoamento para o sistema de drenagem), sem rastros de alagamento. Desde então, os pesquisadores acreditaram que este material poderia não apenas ser uma solução viável, mas também altamente eficiente.

pavimentação permeável
Imagem reproduzida de Universidade Federal do Espírito Santo

Desafios de implantação

Na verdade, a implementação em larga escala do asfalto absorvente ainda não aconteceu, principalmente por conta da comparação de custos (25% mais), embora devêssemos considerar que o mais barato está colocando em risco as nossas vidas e impactando mais a natureza. Agora, vendo o que acontece pelo Brasil, até que seria positivo que os governantes apostassem nesse tipo de tecnologia de engenharia – será que é uma visão utópica nossa? Lembrando que o valor deve diminuir a partir do aumento da produção.

A saber, embora a troca total do asfalto urbano seja um desafio, o CPA pode ser aplicado em áreas específicas, como ruas internas de condomínios, estacionamentos de shopping centers e áreas com histórico frequente de alagamentos.

Veja Também: Pavimentos permeáveis: entenda como a tecnologia pode ajudar a evitar as inundações urbanas

As principais vantagens do asfalto absorvente

O CPA ou asfalto absorvente oferece diversas vantagens, como:

  • Redução de alagamentos e erosão do solo;
  • Melhoria na qualidade da água;
  • Diminuição do efeito “ilha de calor” nas cidades;
  • Maior durabilidade do pavimento.

Outras opções de pavimentos permeáveis

Existem outras opções de pavimentos permeáveis contra enchentes. São exemplos:

Pavimento de massas porosas

Existe o concreto poroso, por exemplo, que reflete mais luz solar, colabora para o resfriamento das cidades, reduz ilhas de calor, permite a passagem da água para o solo, evita alagamentos e contaminação da água, atua como filtro e reduz gastos com iluminação pública. Veja outro exemplo no vídeo a seguir:

Pavers ou intertravados porosos

Permitem a passagem da água para o solo, evitam alagamentos, absorvem água da chuva, reduzem o risco de contaminação da água, filtram poluentes e diminuem as “ilhas de calor”.

pavimentação permeável
Imagem reproduzida de site do Governo do Estado do Paraná
pavimentação permeável
Imagem reproduzida de Cidade Engenharia

Blocos de concreto permeável

Contribuem para reduzir alagamentos, aumentam a permeabilidade do solo, absorvem água das chuvas, atenuam picos de inundação e são mais eficazes que pavimentos convencionais.

pavimentação permeável
Imagem reproduzida de site do Governo do Estado do Paraná

Pisos drenantes

Permitem a infiltração da água no solo, reduzem o escoamento superficial, colaboram para a redução das enchentes, amenizam a temperatura urbana, combatem as ilhas de calor e dispensam manutenção frequente.

pavimentação permeável
Imagem divulgação Molbra via AEC Web

Observações: Essas opções variam em termos de construção, capacidade de drenagem, resistência e custo, mas todas têm em comum a capacidade de reduzir enchentes e contribuir para a sustentabilidade ambiental.

Considerações finais

O uso desses materiais em obras de engenharia já era para ser obrigatório. Mesmo assim, seria positivo se pelo menos a substituição gradual do asfalto impermeável para soluções como o CPA estivesse encaminhada em obras de recapeamento. Essa medida, aliada a outras, como áreas verdes e permeáveis, poderia estar salvando nossas cidades, combatendo as enchentes. Falamos tanto no Brasil em olhar para o futuro… Temos é que olhar para o presente e investir ao máximo na inovação!

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Fontes: Forum Sustentabilidade, Bom Dia Brasil – Globo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Em abril e maio de 2024, fomos surpreendidos tristemente com as notícias das drásticas inundações que assolaram o Rio Grande do Sul. Por sorte, neste momento tão dramático, foi possível a Defesa Civil do estado e a Guarda Municipal da capital Porto Alegre anteciparem a aquisição de novas viaturas. Assim, durante o período dos resgates e assistências às comunidades, foram utilizadas picapes Chevrolet S10 4×4 com snorkel. Conheça mais detalhes deste veículo no texto a seguir, do Engenharia 360!

Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet

Os veículos da Defesa Civil do RS em suas missões de resgate

Antes de tudo, vale destacar que a força do voluntariado foi essencial para o salvamento de milhares de vidas de pessoas e animais por todo o Rio Grande do Sul nesta enchente histórica de 2024. Porém, é claro que as forças especiais brasileiras, incluindo exército, bombeiros, polícia e oficiais da Defesa Civil, foram fundamentais na linha de frente de muitas das operações realizadas no estado.

defesa civil RS
Imagem de Alex Rocha, PMPA, reproduzida de CNN Brasil

Neste contexto, as novas picapes adquiridas se tornaram peças fundamentais em diversos episódios de resgate e assistência às comunidades afetadas, incluindo em zonas de evacuação. Esses veículos, Chevrolet S10 4×4, são equipados com snorkels e outros acessórios especiais, o que facilitou a atuação em áreas alagadas pelas fortes chuvas.

Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet
Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet

A saber, no total, foram investidos pelo governo R$ 1.920.139,20 para a compra dos veículos,- cuja aquisição fez parte do Programa de Aceleração de Investimentos (PAI).

“Estamos enfrentando um momento desafiador que requer medidas extraordinárias por parte dos órgãos de resposta imediata. Nosso objetivo principal é preservar vidas e prestar assistência às famílias necessitadas, e esses novos veículos facilitarão enormemente essa missão.” – secretário municipal de Segurança de Porto Alegre, Alexandre Aragon, em reportagem de CNN.

Veja Também: Colocamos a S10 na lama! Confira!

Necessidade de adaptação

É claro que, para situações extraordinárias, é preciso um equipamento igualmente extraordinário em termos de tecnologia (desempenho, autonomia e mais), capaz de suportar a complexidade de qualquer cenário de condução que se apresente. O Chevrolet S10 é um veículo muito potente; porém, era preciso mais, pensando nos desafios enfrentados. Por isto, viu-se a necessidade de adaptar sua engenharia.

A instalação de snorkels surgiu como uma solução eficaz. Seria uma proteção extra para os motores, evitando que a água entre quando em contato com vias inundadas, permitindo que as viaturas atravessem áreas alagadas com segurança. Além disso, as picapes da Defesa Civil do RS contam com cabo de aço na dianteira, para poderem ser usadas como guincho elétrico, e protetores de farois e grade.

defesa civil RS
Imagem de Cesar Lopes, PMPA, reproduzida de CNN Brasil
Chevrolet S10
Ilustração modelo de snorkels | Imagem reproduzida de Jeep Militar Peças

As principais especificações técnicas da Chevrolet S10

Com tração 4×4, motor turbodiesel potente e câmbio automático e diversos recursos de segurança, as picapes Chevrolet S10 estão preparadas para enfrentar qualquer terreno e garantir a integridade de seus ocupantes. São outras de suas especificações e recursos:

  • motor 2.8 turbodiesel de 200 cv
  • 51 kgfm de torque
  • 6 velocidades
  • câmera de ré digital de alta resolução
  • sensor de estacionamento traseiro
  • freios ABS com EBD
  • protetor de cárter
Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet
Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet
Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet
Chevrolet S10
Imagem de Chevrolet

Aliás, em termos de segurança, as viaturas oferecem seis airbags, alerta de pressão dos pneus, controle de estabilidade (ESC), controle eletrônico de tração (TCS), sistema de imobilização do motor, assistente de partida em aclive (Hill Start Assist) e controle de velocidade em declive (Hill Descent Control). Esses recursos proporcionam maior segurança aos ocupantes em situações adversas.

Observação: Atualmente, a Chevrolet já está se preparando para lançar a linha 2025 da S10. Fique ligado! Ela terá um visual reestilizado e um conjunto mecânico atualizado, com padrão de desempenho e segurança ainda mais elevado.

Enfim, as viaturas Chevrolet S10 da Defesa Civil do Rio Grande do Sul são verdadeiros exemplos de robustez e versatilidade, com desempenho excepcional em diferentes terrenos e condições climáticas. E que maravilhoso seria se sempre pudéssemos contar com a melhor inovação e tecnologia para nos apoiar em tempos de crise e emergência, não é mesmo? Não se trata de despesa, mas de investimento para salvar vidas!

defesa civil RS
Imagem de Cesar Lopes, PMPA, reproduzida de CNN Brasil

Fontes: CNN Brasil.

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Engenharia 360

Redação 360

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No passado, os sensores imageadores começaram a ser testados para instalação em satélites. O fato de um satélite orbitar em torno da Terra permite a obtenção de imagens periódicas de um local, de forma que é possível monitorar a superfície. Aliás, esta é uma das grandes funções dos sensores remotos atualmente, monitorar áreas, como, por exemplo, o desmatamento em um local. Saiba mais no texto a seguir, do Engenharia 360!

O início do sensoriamento remoto

A década de 1960 é conhecida como a década da corrida espacial. Foi graças à busca por conquistar o espaço que o sensoriamento remoto começou a consolidar-se.

O lançamento de satélites meteorológicos foi um marco do início do sensoriamento remoto, demonstrando que era possível captar imagens da superfície terrestre fora do planeta. A ida do homem ao espaço, permitindo a captura de imagens por máquinas fotográficas, também instigou a pesquisa por tecnologias que conseguissem captar imagens da Terra automaticamente.

Sensoriamento Remoto e os Satélites Espaciais
Imagem reproduzida de Adenilson Giovanini

Definição de sensoriamento remoto

O que é o Sensoriamento Remoto?

Os sensores remotos são equipamentos que captam e registram a energia refletida ou emitida por elementos da superfície terrestre. Há sensores que captam diferentes regiões do espectro eletromagnético. É possível obter imagens de uma mesma área em diferentes faixas espectrais, também conhecidas como bandas.

Entendimento da ciência

O sensoriamento remoto pode ser definido como uma ciência que visa o desenvolvimento da obtenção de imagens da superfície terrestre por meio da detecção e medição quantitativa das respostas das interações da radiação eletromagnética com os materiais terrestres. E também é entendido como a tecnologia que permite obter imagens e dados da superfície terrestre por meio da captação do registro da energia refletida ou emitida pela superfície.

Veja Também: Satélite da NASA captura imagens impressionantes da devastação no RS

Aplicações do Sensoriamento Remoto

Funcionamento dos Sensores

A partir da definição de sensoriamento remoto é mais fácil compreender como ele é aplicado. A superfície terrestre emite uma energia, captada por sensores eletrônicos instalados em satélites artificias, posteriormente transformada em sinais elétricos registrados e transmitidos de volta para à Terra. Estes sinais são transformados em dados, permitindo a obtenção de informações a respeito da superfície terrestre.

Imagem: parquedaciencia.blogspot.com
Imagem reproduzida de parquedaciencia.blogspot.com

Características e Assinatura Espectral

Objetos da superfície absorvem e transmitem radiação eletromagnética de acordo com suas características. Assim, a forma como uma folha absorve e transmite energia difere da forma como a água o faz. É isso que permite diferenciar uma árvore de um rio, por exemplo, em uma imagem proveniente de um sensor remoto.

O fator que mede a capacidade de um objeto de refletir a energia radiante indica sua reflectância. Uma curva que demonstre como varia a reflectância de um objeto para cada comprimento é denominada assinatura espectral.

Sensoriamento Remoto e os Satélites Espaciais
Imagem reproduzida de engesat.com.br

Identificação de Objetos

Cada objeto possui uma assinatura espectral. É a partir da assinatura espectral que é possível identificar, por exemplo, uma base militar no meio da floresta amazônica, mesmo estando a base pintada de verde. Também é através dela que é possível identificar uma planta não sadia em meio a uma grande plantação, visto que sua reflectância será diferente de uma planta sadia.

Veja Também: O que é um satélite e como funciona a comunicação via satélite?

Imagens de Satélite e Resoluções

Tonalidade das Imagens

As absorções e reflectâncias diferentes vão resultar em diferentes tons de cinza. É em tons de cinza que as imagens de satélite são recebidas na Terra, pois as diferentes quantidades de energia são associadas a tons de cinza. Quanto mais energia um alvo reflete, mais claro será o tom de cinza associado a este alvo.

Aliás, como o olho humano não é tão sensível a tons de cinza, as imagens são trabalhadas e são associadas cores aos tons de cinza.

Sensoriamento Remoto e os Satélites Espaciais
Imagem reproduzida de ufrgs.br

Tipos de Resolução

Há, ainda, diferentes resoluções em sensoriamento remoto. A resolução espacial é a capacidade que o sensor tem de discriminar objetos em função do tamanho deles. Ela está ligada ao conceito de escala, quanto menor a resolução, melhor a visualização de objetos pequenos, e ao tamanho do pixel, aqueles quadradinhos que formam a imagem.

Um sensor com resolução espacial de 30 m permite identificar apenas objetos maiores que 30 m.

  • Resolução espectral: Diz respeito à capacidade que um sensor possui para discriminar objetos em função da sua sensibilidade espectral, ou seja, quanto mais estreita a faixa de captação de dados, maior a possibilidade de registrar variações de energia.
  • Resolução radiométrica: Diz respeito à capacidade do sensor de discriminar a intensidade de energia refletida ou emitida pelo objeto e está associada aos tons de cinza.
  • Resolução espacial: Refere-se à frequência com a qual o sensor passa por uma mesma área. Assim, quanto mais um sensor se sobrepõe a uma área, maior a frequência e, consequentemente, maior a resolução temporal.
Imagem: produtivatreinamento.com.br
Imagem: produtivatreinamento.com.br

Importância do Sensoriamento Remoto

O sensoriamento é aplicado em tantos campos que fica até difícil escolher um para exemplificar sua importância. Uma das aplicações importantes do sensoriamento pode ser resumida à obtenção de informações relevantes em tempo rápido, permitindo agir em tempo hábil para mitigar problemas ou para aplicação das informações.

Como já citado ao longo do texto, ele também pode ser usado para monitoramento e diagnóstico de áreas, na agricultura, no fornecimento de informações cartográficas, no planejamento urbano, na elaboração de estudos de impacto ambiental, no levantamento de informações diversas sobre uma área e demais itens que tornam a lista de aplicações imensa.

A saber, atualmente, dominar programas que usam dados de sensoriamento remoto como base, o ArcGis, por exemplo, é um requisito para preenchimento de vagas em diversas empresas.

Veja Também: A conquista do espaço por satélites brasileiros


Fontes: INPE; Meneses e Almeida (2012); Florenzano, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. 3ª Ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Comenta aí: o que você sente quando alguém fala em problemas hidráulicos? Vai dizer que não dá até um frio na espinha, pensar em como lidar com vazamentos, entupimentos e rachaduras nas tubulações de casa? Só de lembrar da quebradeira de pisos e paredes, no tempo dos reparos e mais, desanima. Mas em alguns países é bem comum o uso do CIPP. Já conhece?

No artigo a seguir, do Engenharia 360, te apresentamos um método de solução hidráulica já oferecido por empresas brasileiras e que promete aliviar as dores de cabeças com reformas. Confira!

O que é método CIPP?

CIPP quer dizer ‘Cured In Place Pipe’ ou “Tubo Curado no Local” em português, uma tecnologia revolucionária para a reparação de tubulações de esgoto, água potável, industrial e pluvial, eliminando a necessidade das tradicionais escavações de valas e quebra-quebra de estruturas. Certamente uma das soluções mais eficazes, versáteis e menos invasivas para o setor da Engenharia Civil.

método CIPP
Imagem reproduzida de Sindiconet

O método CIPP é utilizado para eliminar pingos, poças e infiltrações de forma definitiva. Desobstruir tubulações com rapidez. Reparar rachaduras, corrosões e desgastes naturais das tubulações. E proteger tubulações contra o crescimento invasivo de raízes.

A saber, certa vez, em Cartagena, na Colômbia, 1,5 quilômetros de rede de aquedutos históricos foram restaurados utilizando o método CIPP. A obra durou apensa quatro semanas, causando mínimo impacto no trânsito e na vida cotidiana dos habitantes locais.

Como é aplicado o CIPP?

O processo é bastante simples. Consiste em uma inserção de revestimento de feltro embebido em resina epóxi ou poliéster no interior da tubulação danificada. Ela se fixa então às paredes do tubo – não importando a dimensão ou material -, vedando qualquer trinca ou buraco em menores proporções, mas que causam grandes vazamentos, comprometendo as edificações.

método CIPP
Imagem reproduzida de RePipe
método CIPP
Imagem reproduzida de Desentupidora Curitiba

Depois da cura, este revestimento se transforma em uma espécie de novo tubo bastante sólido, pronto para enfrentar os desafios hidráulicos.

Veja Também: Mini Dicionário sobre Esgoto em Edifícios

Passo a passo

Num primeiro momento, o profissional especialista deve inspecionar a tubulação com auxílio de uma câmera para identificar o tipo de problema e determinar a melhor solução, que pode ou não ser o método CIPP.

Depois, se for o caso de usar o CIPP, é feita a devida limpeza do tubo, removendo todos os detritos para garantir a aderência da resina. A manga é, então, impregnada até a área afetada, posicionada com precisão no local do reparo. E para finalizar, depois da cura, deve-se fazer um teste da vedação. Pronto, agora é curtir a casa sem preocupações!

método CIPP
Imagem reproduzida de RePipe

Processo de cura

Há duas possibilidades de cura desse material utilizado no método de reparos de tubulação CIPP. Um deles é por raio UV (ultravioleta), garantindo a integridade do tubo em tempo recorde. Outro é o vapor, que é menos comum, porém igualmente eficaz e proporcionando resultados mais duradouros.

método CIPP
Imagem de US Technologies reproduzida de Hydramax
método CIPP
Imagem reproduzida de Desentupidora Curitiba

Quais os benefícios do CIPP?

  • Sem quebra-quebra: Diga adeus ao barulho, poeira e transtornos causados pelas obras tradicionais.
  • Rápido e eficiente: O reparo com CIPP é concluído em poucas horas, minimizando o tempo de inatividade.
  • Econômico: O CIPP oferece um custo-benefício superior em comparação com métodos tradicionais de reparo.
  • Durável: A manga CIPP garante uma vida útil de até 50 anos, livre de preocupações.
  • Mínimo impacto ambiental: O CIPP é uma solução ambientalmente amigável, reduzindo o uso de materiais e o impacto na natureza.

Veja Também:


Fontes: Vision GS, Hidramax.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Hisense é uma renomada empresa chinesa de eletrônicos, com reconhecimento internacional. Recentemente, ela divulgou uma notícia que impactou este setor do mercado, prometendo empreender forte no Brasil, começando por fabricar modelos de televisores em Manaus, no Amazonas.

Futuros lançamentos de modelos da marca, com tamanhos variando entre 50 e 75 polegadas, estão prestes a inaugurar uma era inovadora no entretenimento residencial na América Latina. Para uma análise detalhada, confira o artigo completo no Engenharia 360!

TVs Hisense
Imagem divulgação Hisense reproduzida de Portal Eletrolar

A chegada da Hisense ao Brasil

A Hisense entendeu que precisava se tornar mais competitiva e relevante no mercado brasileiro. Ela reconheceu que, de fato, o país tem grande potencial. E vendo que outras marcas relevantes também já estão há tempos marcando presença aqui, incluindo Samsung e LG, decidiu pegar também uma fatia mais significativa.

A empresa chega por aqui prometendo uma série de vantagens. Além da criação de empregos em seus futuros pólos de produção, a venda de itens com preços acessíveis – e vamos combinar que isso é tudo o que o brasileiro, ávido por tecnologia de ponta, adora ouvir. Claro que a produção em Manaus não é por acaso, mas se trata de uma localização estratégica. A capital amazonense oferece diversas vantagens logísticas, econômicas e fiscais.

Parceria e controle comercial

Em um anúncio à imprensa na CES 2024, foi dito que a Multi ou Multilaser será a grande parceira da Hisense nesta empreitada, ficando a cargo da chinesa apenas o controle comercial dos produtos e da brasileira a fabricação. Essa decisão foi tomada para que os consumidores locais possam ser melhor atendidos, recebendo um serviço eficiente e de qualidade, com produtos que atendam suas expectativas e padrões exigidos.

TVs Hisense
Imagem divulgação Hisense reproduzida de Mundo Conectado

Veja Também: O que é, como funciona e as vantagens da TV 3.0?

Detalhes da produção local e modelos disponíveis

Agora vamos falar sobre a tecnologia de TVs que deve chegar ao Brasil com a Hisense. Antes de tudo, vale dizer que ela poderá ser básica ou avançada. Os modelos ofertados devem vir com sistema Vidaa OS (para os dispositivos mais simples) ou Android TV (versões mais caras), alguns com tela 4K. Infelizmente, nem todos os detalhes constam ainda no portfólio da empresa, como preços. Só se sabe realmente que, se tudo der certo, em breve, haverá uma expansão da linha de TVs até 110 polegadas, além de outros eletrodomésticos e dispositivos eletrônicos.

O futuro da Hisense no Brasil

Por hora, parece que a Hisense está comprometida em conquistar o brasileiro. Por exemplo, ela está prometendo uma garantia estendida de dois anos para suas TVs – isso é um super diferencial. A produção já está em andamento e logo deve chegar às prateleiras das lojas. E com tantas ofertas, pode democratizar o acesso à tecnologia para um público maior no país.

TVs Hisense
Imagem divulgação Hisense reproduzida de Engadget

Veja Também:


Fontes: Tecnoblog, Mundo Conectado.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Atualmente, estamos vivendo muitas crises humanitárias. Passamos pela pandemia de 2019, depois por queimadas, ondas de calor extremo – sobretudo no centro do país – e, agora, as enchentes no sul. Neste contexto, os projetos humanitários de Engenharia e Arquitetura se destacam com respostas ágeis, criativas e eficazes às necessidades mais urgentes.

A inovação neste setor do mercado é essencial para transformar vidas e salvar comunidades. Pensando nisso, o Engenharia 360 resolveu desenvolver este artigo como um farol de esperança, compartilhando exemplos de casos de Engenharia e Arquitetura de Emergência. Confira!

Resposta urgente às crises humanitárias

Depois de tantas tragédias, tomara que tenha fica bastante claro para as pessoas de que precisamos ser mais resilientes. Definitivamente, não podemos “fazer mais do mesmo”, incluindo na Engenharia e Arquitetura. E vale destacar que o que mais pesa neste momento é saber que ainda são aprovadas as construções de tantas as moradias e escolas inadequadas e ver os hospitais tão sobrecarregados.

Mesmo que obras temporárias, como as modulares e infláveis, ajudem nestes momentos de crise, criando abrigos para os refugiados, é preciso pensar além, a longo prazo. Afinal, o que se pode fazer no presente para melhorar o futuro das cidades, evitando certos desastres como o enfrentado em maio de 2024 em Canoas e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul? Sim, é essencial explorarmos projetos arquitetônicos mais revolucionários para mitigar os impactos desses eventos.

Observação: Convidamos que você acesse depois outra matéria do Engenharia 360 que cita o trabalho do arquiteto japonês Shigeru Ban, que segue uma abordagem sustentável e humanitária em seus projetos. Dentre as suas obras mais notórias estão algumas erguidas com tubos de papelão. Clique aqui e saiba mais!

Veja Também: Engenharia Humanitária: o que é isso?

Casos inspiradores de Arquitetura de Emergência

Unidades móveis de terapia intensiva

O projeto CURA do escritório CRA-Carlo Ratti Associati transforma contêineres em unidades de terapia intensiva móveis e seguras, fornecendo atendimento médico vital em áreas com recursos limitados.

Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Dezeen
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Dezeen

Refúgio para a saúde mental

Criada por Bonaventura Visconti di Modrone e Leo Bettini Oberkalmsteiner, a Tenda Maidan oferece aos refugiados um espaço seguro e acolhedor para promover o bem-estar mental e combater os traumas da guerra e da perseguição.

Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Filippo Bolognese reproduzida de Arch2o
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Archdaily
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Casa Vogue

Edifícios religiosos pop-up

Lucas Boyd e Chad Greenlee, da Escola de Arquitetura de Yale, projetaram igrejas, sinagogas e mesquitas temporárias para campos de refugiados, reconhecendo a importância da fé e da comunidade na recuperação.

Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Lucas Boyd and Chad Greenlee reproduzida de Archdaily
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Lucas Boyd and Chad Greenlee reproduzida de Archdaily

Veja Também: Exército Brasileiro e as Ações para Auxiliar em Obras de Emergência no RS

Casas em apenas um minuto

Após o terremoto devastador de 2015, o escritório Barberio Colella ARC criou estruturas temporárias com materiais locais, fornecendo moradia rápida e econômica para as comunidades afetadas.

Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Barberio Colella ARC reproduzida de Archdaily
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Barberio Colella ARC reproduzida de Archdaily
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Barberio Colella ARC reproduzida de Archdaily

Abrigo inflável para desabrigados

Desenvolvido por Gregory Quinn, o SheltAir é um pavilhão inflável de fácil construção que oferece abrigo rápido e acessível para populações deslocadas por desastres ou outras crises.

Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Universität der Künste Berlin
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Dezeen
Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem reproduzida de Dezeen

Abrigo flutuante para áreas afetadas

O escritório SO? de arquitetura projetou um abrigo flutuante leve e modular (Fold & Float) para regiões atingidas por terremotos, fornecendo uma solução inovadora para crises em áreas costeiras.

Projetos humanitários de arquitetura em resposta a crises humanitárias
Imagem de Kayhan Kaygusuz reproduzida de Archello

Transformando vidas em tempos de crise

Quando um profissional de Engenharia e Arquitetura está se formando, na colação de grau, ele faz um juramento que diz que uma de suas obrigações é trabalhar para ajudar as pessoas a terem uma vida digna, com proteção e saúde. Além disso, não podemos nos esquecer que este juramento também faz relação com construir respeitando a natureza, tentando diminuir os impactos das ações humanas sobre o meio ambiente.

As crises humanitárias enfrentadas hoje nos lembram do poder transformador da Engenharia e Arquitetura e do papel crucial que os engenheiros e arquitetos desempenham na construção de um mundo mais justo, resiliente e compassivo. E como profissionais do setor, nós devemos responder a esse chamado! Ou seja, usar ao máximo a nossa criatividade e habilidades técnicas para cumprir o compromisso que fizemos.

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Fontes: Archdaily.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Atualmente, existe uma urgência de apresentação, por parte da engenharia, de soluções mais inovadoras e eficientes para diversos desafios de infraestrutura. As razões são diversas, como o crescimento econômico, a necessidade de interligar localidades e fazer o escoamento de mercadorias ou levar assistência básica à população. Neste cenário, os sistemas de pontes modulares pré-fabricadas e padronizadas oferecem as melhores vantagens em relação aos métodos tradicionais de construção de pontes.

pontes modulares
Imagem reproduzida de Janson Bridging, dlubal

Os benefícios da engenharia de pontes modulares

Começamos este texto do Engenharia 360 destacando a lista de vantagens de se trabalhar com pontes modulares como solução de projeto de engenharia. E, inclusive, neste ponto do artigo podemos resumir a questão em três palavras: “eficiência, economia e versatilidade“.

De fato, as pontes modulares são fáceis de serem transportadas e bem rápidas de serem erguidas; elas podem ser montadas e instaladas em um tempo recorde, significativamente menor do que as pontes tradicionais, reduzindo o tempo de inatividade e minimizando o impacto no tráfego. Isto muito se deve ao fato da padronização dos componentes, que otimizam o processo, resultando, além da economia de tempo, uma economia de custos.

pontes modulares
Imagem de EcoTruss reproduzida de Eco Pontes

A fabricação das suas peças das pontes modulares costuma ser fora do local e ainda é possível o uso de materiais reciclados, o que contribui para a minimização do impacto ambiental, fazendo a escolha por este modelo de estrutura ser algo sustentável para os projetos. Também vale dizer que essas pontes modulares podem apresentar um design interessante e uma resistência e durabilidade ótimas. E para finalizar, sua engenharia pode ser adaptada a diversos vãos, cargas e condições de solo, atendendo a uma ampla gama de necessidades.

Observação: As pontes modulares são atraentes para os governos, pois podem ser utilizadas como permanentes ou temporárias, para veículos e pedestres. E mais, geralmente sua construção pode ser financiada.

Os diferentes tipos de pontes modulares

1. Pontes Bailey

  • Sistema modular mais conhecido, com alta capacidade de carga e versatilidade.
  • Utilizadas para pontes permanentes, temporárias e de emergência.
  • Vãos de até 60 metros com rapidez de montagem.

2. Pontes de Aço

  • Fabricadas com aço de alta resistência, oferecendo durabilidade e confiabilidade.
  • Vãos de até 100 metros com diversas configurações.
  • Adequadas para pontes permanentes em áreas com tráfego intenso.
pontes modulares
Imagem reproduzida de Janson Bridging, dlubal

3. Pontes de Concreto

  • Fabricadas com concreto pré-moldado, oferecendo resistência e durabilidade excepcionais.
  • Vãos de até 50 metros com alta capacidade de carga.
  • Adequadas para pontes permanentes em ambientes agressivos ou com alto fluxo de veículos.
pontes modulares
Imagem reproduzida de Zigurat Institute of Technology

4. Pontes de Alumínio

  • Leves e resistentes à corrosão, ideais para locais com restrições de peso ou em ambientes marinhos.
  • Vãos de até 30 metros com rápida montagem e fácil transporte.
  • Utilizadas para pontes para pedestres, ciclovias e acessos temporários.

5. Pontes Flutuantes

  • Suportadas por flutuadores ou barcaças, ideais para locais com acesso limitado ou condições de solo instáveis.
  • Vãos de até 100 metros com capacidade de carga personalizável.
  • Aplicadas em pontes temporárias, pontes militares e travessias em corpos d’água.

6. Pontes Híbridas

  • Combinação de diferentes materiais, como aço e concreto, para otimizar características e atender necessidades específicas.
  • Vãos personalizados com alta capacidade de carga e resistência.
  • Utilizadas em projetos complexos que exigem soluções personalizadas.

7. Pontes Personalizadas

  • Projetadas e fabricadas sob medida para atender a requisitos específicos e estéticos.
  • Vãos e configurações variáveis com soluções inovadoras e personalizadas.
  • Aplicadas em projetos emblemáticos ou com necessidades estruturais únicas
pontes modulares
Imagem reproduzida de Janson Bridging, dlubal

Veja Também: As Estruturas de Pontes Mais Incríveis da Engenharia Civil

As aplicações das pontes modulares

Como dito antes, as pontes modulares podem servir para diversas finalidades, como de infraestrutura (permanente, de substituição ou reparo), emergências (sendo temporárias) e muito mais. São exemplos:

  • Pontes rodoviárias para tráfego leve e pesado.
  • Também as pontes ferroviárias para transporte em linhas férreas.
  • Pontes para pedestres e ciclistas, com foco na mobilidade reduzida em áreas urbanas e parques.
  • Suporte logístico, com travessia em rios, cursos d’água e obstáculos diversos.
  • E pontes para canteiros de obras, pontes em eventos e pontes para fins agrícolas.
pontes modulares
Imagem reproduzida de Zigurat Institute of Technology
pontes modulares
Imagem reproduzida de Zigurat Institute of Technology

Veja Também: As Maiores Pontes em Construção no Brasil

Avanços tecnológicos e sustentabilidade no setor

Com o contínuo avanço tecnológico e a crescente demanda por soluções inovadoras, as pontes modulares estão fadadas a desempenhar um papel cada vez mais importante na construção e revitalização da infraestrutura global nos próximos anos. Em contrapartida, ainda é preciso melhorar as regulamentações e os códigos de construção de pontes modulares no Brasil. E são outros desafios importantes a serem superados:

  • Mudança de percepção pública – que pelo menos já está em rota de mudança.
  • Limitações técnicas para atendimento de certos vãos, cargas e configurações de projetos de engenharia.
  • Necessidade de melhora no monitoramento e diagnóstico estrutural, via sensores e sistemas integrados.
  • E melhora na integração das pontes modulares com outras estruturas, como edifícios e sistemas de transporte.

Queremos concluir este texto dando uma prévia do futuro. A tecnologia de impressão 3D de concreto e aço deve abrir novas possibilidades para a criação de pontes modulares com designs complexos e personalizados.

Veja Também:


Fontes: Mabey Bridge.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Quantas vezes você já viu notícias sobre estruturas de engenharia que desabaram ou tiveram danos estruturais, sem devido memorial em software de engenharia? Se pararmos para pensar, certamente perderemos a conta. Geralmente, existem dois fatores que podem ocasionar esses acidentes: problemas no cálculo estrutural ou falhas de execução. Cada caso é único e deve ser analisado por um profissional qualificado.

O cálculo estrutural de uma estrutura deve ser muito bem feito e sempre acompanhado por um memorial de cálculo detalhado. É essencial escolher um software confiável que atenda às especificações da norma vigente.

MSCalc
Imagem MSCalc reproduzida de AppAdvice

Conheça o MSCalc, um software desenvolvido pela MSC Engenharia de Software, uma empresa brasileira especializada no desenvolvimento de soluções para as áreas de projeto, com foco em Engenharia e Arquitetura.

O que é o MSCalc 14?

O MSCalc é, sem dúvidas, um dos softwares mais completos para cálculo estrutural. Lançado em 2012, inicialmente disponível apenas para iOS, passou por diversas atualizações até se tornar um software multiplataforma. Atualmente, está disponível para Windows, Mac OS X, Android e iOS. Além disso, o software foi atualizado para atender à nova norma NBR6118:2014.

Dimensionamento de pilares
Dimensionamento de pilares no MSCalc
Gráfico de tensões admissíveis no MSCalc
Gráfico de tensões admissíveis no MSCalc

Principais Vantagens do Software de Engenharia

Calculadoras para Dimensionamento

O MSCalc inclui 12 calculadoras diferentes que permitem o dimensionamento desde a fundação de estruturas de concreto, pilares, lajes e vigas até a cobertura.

Calculadoras para cálculo estrutural, disponíveis no MSCalc
Calculadoras para cálculo estrutural, disponíveis no MSCalc

Veja Também: Entenda a importância do engenheiro calculista na construção civil

Uma Licença – Todos os Seus Dispositivos

Um dos grandes destaques do MSCalc é a possibilidade de utilizá-lo em qualquer dispositivo com apenas uma licença, além da sincronização dos históricos de cálculo entre todos os dispositivos de forma super simples.

Tela de sincronização entre dispositivos
Tela de sincronização entre dispositivos

“Em nossos testes levamos menos de 5 minutos para ativá-lo em 3 dispositivos diferentes.”

Transparência nos Cálculos

O MSCalc gera um relatório completo e detalhado da memória de cálculo, contendo todo o passo a passo realizado, desde os dados de entrada até o resultado, mostrando todas as fórmulas utilizadas e citando todos os itens normativos. Você pode personalizar seus relatórios com cabeçalho, incluindo o nome, endereço, e-mail e telefone do projetista responsável.

Exemplo de relatório gerado pelo MSCalc
Exemplo de relatório gerado pelo MSCalc

“É ideal tanto para uso profissional quanto para uso acadêmico.”

Interface Amigável e Intuitiva

Um dos grandes problemas ao migrar de software é a dificuldade de realizar operações complexas, muitas vezes exigindo um curso para aprender a manuseá-lo. Com o MSCalc, esse problema não existe, pois oferece uma interface muito simples e intuitiva. Ao entrar em um campo de dado de entrada, o sistema exibe um “balão” descrevendo os dados que você deve inserir em cada campo.

Tela para inserção dos dados para cálculo
Tela para inserção dos dados para cálculo

Se mesmo assim você ainda tiver alguma dúvida ao utilizá-lo, é só dar uma lida no manual integrado que acompanha cada módulo.

Norma Técnica NBR6118:2014

O MSCalc está totalmente atualizado para atender à norma técnica NBR6118:2014. Se desejar, você pode editar critérios normativos (ponderadores, parâmetros de cálculo, etc.) de forma muito simples.

O MSCalc foi desenvolvido baseado na norma NBR6118:2014
O MSCalc foi desenvolvido baseado na norma NBR6118:2014

Gratuito para Estruturas de Pequeno Porte

Você pode usar o MSCalc gratuitamente para o dimensionamento de estruturas de pequeno porte. Para uso profissional, faça um upgrade para o modo Pro, que permite dimensionar estruturas de qualquer porte.

Você pode comprar cada pacote de forma separada, ou então comprar o pacote completo com cerca de 40% de desconto!
Os pacotes podem ser adquiridos separadamente ou em um pacote completo com desconto.

Como Instalar o MSCalc 14?

O processo de instalação é super simples e rápido. Faça o download gratuito e use a versão lite. Para fazer o upgrade para a versão Pro, comprar uma licença clicando aqu.

Download

Confira os links diretos para o download:

MSCalc 14 Grátis | 40,6 MB
Compatível com Windows
   
DOWNLOAD
MSCalc 14 Grátis | 4,3 MB
Compatível com Mac OS X
   
DOWNLOAD

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O futuro da mobilidade já faz parte do nosso presente. E especialmente a Volkswagen está nas primeiras posições desta revolução de mercado com o seu Volkswagen ID.4, um SUV totalmente elétrico que promete revolucionar a forma como interagimos com os veículos. No artigo a seguir, mergulhe com o Engenharia 360 na experiência de conduzir o ID.4 por mais de 700km, tanto em estradas pavimentadas quanto em terra. Prepare-se para uma jornada eletrizante!

Conhecendo o Volkswagen ID.4

A criação do ID.4 foi, de fato, um marco muito importante para a estratégia de eletrificação da Volkswagen, que visava um melhor posicionamento no setor veicular, combinando desempenho, conforto e sustentabilidade. Como é sabido, este modelo de assinatura chegou já faz algum tempo no país e parece ter sido muito bem recebido pelo mercado. E para o Engenharia 360, a chance de testar o veículo foi uma jornada eletrizante!

Foram 700km rodados em uma semana no Volkswagen ID.4. E, neste meio tempo, tivemos a oportunidade de testar todos os aspectos deste SUV elétrico, desde a sua capacidade de resposta em diferentes terrenos até a praticidade do seu modelo de assinatura exclusivo para o mercado brasileiro.

Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360
Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360

Ficha técnica

Antes de detalhar melhor nossa experiência de condução, vamos conferir um resumo da ficha técnica do Volkswagen ID.4, que traz informações precisas sobre o que este SUV tem a oferecer:

  • Motorização: 100% elétrico
  • Potência: 204 cv
  • Torque: 310 Nm
  • Autonomia: Até 522 km no ciclo WLTP
  • Tempo de Recarga: Cerca de 7h30min em Wallbox (AC 11 kW) ou 38 min em estação de carga rápida (DC 125 kW) para 80% da capacidade
  • Capacidade da Bateria: 77 kWh
  • Tração: Traseira
  • Velocidade Máxima: 160 km/h
  • Aceleração (0 a 100 km/h): 8,5 segundos
  • Capacidade do Porta-malas: 543 litros, expansíveis para 1.575 litros com os bancos traseiros rebatidos
  • Rodas: Liga leve de 21 polegadas
  • Teto Panorâmico: Sim

Pode-se dizer que, com essas especificações, o ID.4 se destaca por sua eficiência energética e desempenho robusto, adequando-se tanto ao uso urbano quanto a viagens mais longas.

Veja Também: O Engenharia 360 testou o ID.3 e ID.4, as apostas da Volkswagen para o segmento 100% elétrico

O modelo de assinatura Volkswagen

Uma das novidades mais interessantes do Volkswagen ID.4 que desejamos destacar é o seu modelo de assinatura. Explicando melhor, diferente da compra tradicional, os interessados podem usufruir do carro mediante uma assinatura mensal, sem se preocupar com custos de manutenção ou depreciação do veículo.

Tal estratégia representa uma abordagem moderna e flexível à mobilidade, ideal para quem busca praticidade e deseja estar sempre ao volante de um carro atualizado.

Veja Também: Família ID e o processo de eletrificação dos produtos Volkswagen

Experiência de condução e carregamento

Durante a nossa jornada, o Volkswagen ID.4 demonstrou uma performance excepcional tanto em estradas pavimentadas quanto em trechos de terra. A experiência de carregamento em casa surpreendeu por ser notavelmente simples, com a possibilidade de utilizar uma tomada convencional para uma carga completa durante a noite, garantindo autonomia para o dia seguinte sem complicações.

Enfim, resumindo, dirigir o ID.4 foi uma experiência reveladora. O SUV elétrico da Volkswagen impressiona pela suavidade e silêncio – que, aliás, são características marcantes de modo geral nos veículos elétricos. E enfatizamos que a resposta imediata do motor elétrico, aliada ao torque disponível desde o zero, proporciona uma aceleração vigorosa e prazerosa.

Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360

Design, tecnologia e segurança

O design do Volkswagen ID.4 é tão elegante quanto funcional. É impossível não reparar no teto panorâmico do veículo, que aumenta a sensação de amplitude do espaço interno. Por fim, a tecnologia embarcada inclui um sistema de infotainment intuitivo, conectividade avançada e recursos de segurança, como o piloto automático adaptativo, que elevam a experiência de condução a um novo patamar.

Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360
Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360
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Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360
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Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360
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Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360
Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360

Pontos positivos e negativos

Entre os pontos positivos, destacam-se a autonomia, o conforto de condução e a praticidade do carregamento doméstico. Contudo, alguns aspectos negativos foram observados, como o preço da assinatura (algo em torno de R$ 7 mil na data de publicação deste texto), que pode ser um obstáculo para alguns consumidores, e a necessidade de planejamento para viagens mais longas, considerando a infraestrutura de carregamento ainda em desenvolvimento no Brasil.

De todo modo, podemos enxergar o Volkswagen ID.4 mais do que um carro; é uma proposta de mudança na maneira como interagimos com a mobilidade urbana.

Seu modelo de assinatura, combinado com uma experiência de condução excepcional e tecnologias avançadas, posiciona-o como um pioneiro no mercado brasileiro. No entanto, a adoção em massa dependerá da evolução da infraestrutura de carregamento e da percepção de valor por parte dos consumidores.

Volkswagen ID.4
Imagem de Rafael Rosa (@porteiradoalto) – Engenharia 360

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Engenharia 360

Rafael Rosa

Um experiente desenvolvedor criativo e de negócios com mais de 20 anos no mercado de comunicações. Formado em Escola Panamericana de Arte e Design, com passagens na University of the Arts London. Já atuou da produção de conteúdo e outros projetos em famoso site de inovação e criatividade do Brasil, trabalhou como diretor de arte em agência, e lançou plataforma de conteúdo.

Falar sobre os militares é hoje um assunto muito delicado diante do cenário político nacional. O propósito do Engenharia 360 não é, aqui, atacar ou defender ninguém. Quero destacar que, independente da opinião partidária que temos, este é um momento de unirmos forças para salvar vidas. E, por ser gaúcha e testemunhar de perto o cenário da crise no Rio Grande do Sul, tomo a liberdade de destacar como o Exército Brasileiro pode contribuir para auxiliar em obras de emergência, seja no meu estado ou onde for necessário em nosso país.

Obras de Emergência
Imagem de Comunicação Social do 5º Gpt E reprodução via Comando Militar do Leste

O Exército Brasileiro e seu papel na defesa nacional

Infelizmente, estão rolando muitas fakes news por aí dizendo que o Rio Grande do Sul foi completamente abandonado pelas forças nacionais. O que posso dizer é que, por aqui, temos muitos oficiais trabalhando (incluindo exército, marinha, aeronáutica, polícia rodoviária, polícia civil, bombeiros e mais) ao lado de milhares de voluntários. E essa soma é o que permitiu que tantas vidas de humanos e animais pudessem ser salvas. Ponto.

Minha ideia aqui é comentar APENAS que muitos profissionais que trabalham para o Exército Brasileiro e outros exércitos ao redor do mundo têm conhecimento, ou seja, são preparados, capacitados para apoiar resoluções de infraestrutura com foco em emergências ou calamidades.

Eles têm essa expertise em construção e manutenção – inclusive de estruturas de montagem rápida, como aquelas utilizadas para recuperação de pontes e estradas em situações críticas, a exemplo de desastres naturais e acidentes – que devem ser explorados pelo governo federal assim quando necessário. Isto quer dizer que, em tese, a instituição se posiciona também como um instrumento para atender as demandas dentro do país em projetos como o de reconstrução do Rio Grande do Sul.

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A engenharia das Pontes LSB para situações de emergência

Um modelo de engenharia hoje utilizado pelo Exército Brasileiro trata-se das pontes metálicas do tipo LSB (Pontes de Apoio Logístico), que podem ser utilizadas para a montagem de estruturas provisórias, como as utilizadas para auxiliar na mobilidade das tropas em cenários de guerra. Eventualmente, elas podem ser adaptadas para atender às necessidades de reconstrução rápida de pontes rodoviárias danificadas.

Obras de Emergência
Imagem reproduzida de Revista M&T

Digamos se tivéssemos um vão de 62 metros de carga para receber em média até 120 toneladas. Esse é um caso em que uma ponte LSB funcionaria bem, suportando tráfego de diversos veículos pesados simultaneamente – pelo menos diversas carretas de porte médio -, garantindo o fluxo vital de pessoas e bens em áreas afetadas.

Obras de Emergência
Imagem de Comunicação Social do 5º Gpt E reprodução via Comando Militar do Leste

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Flexibilidade e rapidez

Vale destacar que essas pontes LSB podem ser escalonadas vertical ou horizontalmente, permitindo a construção de estruturas ainda mais robustas quando preciso, servindo a diferentes contextos. Outro diferencial deste modelo de engenharia é a rapidez de montagem. O planejamento do Exército Brasileiro prevê uma mobilização para, no máximo, 24 horas após uma solicitação, com tempo total de entrega e montagem inferior a 48 horas por módulo, a depender da distância e em um raio de até 500 quilômetros.

É claro que este é o tipo de agilidade que esperamos e que é crucial para minimizar os impactos negativos de desastres em comunidades afetadas, restabelecendo a conectividade e facilitando o acesso a serviços essenciais.

Obras de Emergência
Imagem de Comunicação Social do 5º Gpt E reprodução via Comando Militar do Leste

Aquisição dos módulos

Embora as pontes LSB sejam atualmente adquiridas de fornecedores estrangeiros, há um potencial significativo para a produção nacional. A indústria siderúrgica brasileira tem capacidade para fabricar essas estruturas com a mesma qualidade, o que poderia fortalecer a economia interna e garantir uma resposta ainda mais rápida a emergências.

Exemplo de caso de Engenharia de Emergência

Minas Gerais

Em fevereiro de 2024, o Exército Brasileiro trabalhou em cooperação com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em Minas Gerais para a construção de uma ponte LSB sobre o Ribeirão Águas Verdes. O objetivo das obras era a recuperação e expansão estratégica da infraestrutura de transporte, garantindo a segurança e o bem-estar da população local.

Em uma semana, cinquenta militares dos batalhões do Rio de Janeiro e Itajubá construíram a ponte, ligando Ilicínea à cidade vizinha de Boa Esperança, após danos na estrutura da ponte original da BR-265. Esta é uma clara demonstração de como o poder público pode usar a força militar – inclusive, talvez, com parceria com outras instituições – para responder rapidamente a uma operação emergencial – mesmo que em regiões remotas e de difícil acesso.

Obras de Emergência
Imagem de Comunicação Social do 5º Gpt E reprodução via Comando Militar do Leste

Porto Alegre

Agora vamos a um exemplo de caso que foge da linha de trabalho do Exército com pontes LSB. Em Porto Alegre, os engenheiros da prefeitura trabalharam para criar um corredor humanitário para que até mesmo os caminhões do exército pudessem passar com doações e serviços de assistência à cidade. Foi preciso derrubar uma ponte de pedestres com cerca de 50 anos, feita em concreto, e aterrar um trecho de 300 metros de uma avenida próxima à rodoviária da cidade. Confira detalhes no vídeo a seguir:

Lajeado

Uma passarela flutuante foi construída na segunda semana de maio de 2024 para restabelecer a ligação entre Lajeado e Arroio do Meio após a destruição da ponte na RS-130 durante as recentes enchentes no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Instalada pelo Exército, a passarela permite aos pedestres atravessar o Rio Forqueta, substituindo a necessidade de barcos.

A estrutura, composta por estruturas flutuantes, foi finalmente instalada após a remoção do barro da área inundada. Com a redução do nível do Rio Taquari, espera-se que a situação melhore nos próximos dias.

Obras de Emergência
Imagem André Ávila, Agência RBS, reproduzida de Blog Paulo Marques Notícias

O futuro da atuação do Exército Brasileiro em obras de emergência

Digo de novo, independente da opinião política que temos, vamos torcer sempre para que seja feito o melhor em nosso país, cobrando os nossos direitos com coerência, responsabilidade e respeito. Precisamos que o Exército Brasileiro funcione e trabalhe nos auxiliando e defendendo sempre. Nos últimos anos, a instituição ajudou a fortalecer milhares de quilômetros de rodovias e linhas ferroviárias pertencentes à infraestrutura nacional. Desejamos que continue assim!

A esperança agora é que o Exército Brasileiro também possa ser um agente de mudança na Engenharia Civil do Rio Grande do Sul, contribuindo para a recuperação e desenvolvimento regional – algo que é de interesse de toda a nação. Mas, independente disso, tenhamos o compromisso de lutar como cidadãos, de criarmos uma mobilização ágil, para auxiliar as milhares de famílias e centenas de comunidades que estão neste momento desamparados por conta das enchentes.

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Fontes: Sociedade Militar, Revista M&T, Comando Militar do Leste.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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