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Projeto Willow: a polêmica engenharia que ameaça a preservação ambiental no Alasca

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por Redação 360
| 24/03/2023 | Atualizado em 25/04/2023 6 min
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Projeto Willow: a polêmica engenharia que ameaça a preservação ambiental no Alasca

por Redação 360 | 24/03/2023 | Atualizado em 25/04/2023
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Você talvez não esteja ciente da nova controvérsia ambiental em curso. Trata-se do projeto Willow, uma proposta bilionária apresentada pela ConocoPhillips, uma multinacional americana, que foi aprovada pelo gabinete do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O projeto prevê a perfuração de 199 poços de petróleo em uma das maiores áreas públicas preservadas do país, a Reserva Nacional de Petróleo-Alasca, que cobre uma área de 93 mil hectares.

Projeto Willow
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O que é Alasca

O Alasca é um estado dos Estados Unidos localizado na região noroeste do país, fazendo fronteira com o Canadá. É o maior estado dos EUA em área territorial, mas tem uma população relativamente pequena. A região é conhecida por sua paisagem natural impressionante, incluindo geleiras, montanhas, florestas e parques nacionais. Além disso, o Alasca é um importante centro de pesca, mineração e extração de petróleo e gás natural.

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A Reserva Nacional de Petróleo-Alasca (ANWR, na sigla em inglês) foi criada em 1980, com o objetivo de preservar a vida selvagem, os recursos naturais e culturais da região. A reserva é considerada uma das últimas áreas selvagens e intocadas do país, com uma grande diversidade de animais, como ursos polares, alces e caribus. Desde a sua criação, tem havido um debate entre aqueles que defendem a sua preservação e aqueles que querem explorar os seus recursos naturais, como o petróleo e o gás natural.

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Por que a exploração de pretróleo é uma ameaça à ANWR

A exploração de petróleo na Reserva Nacional de Petróleo-Alasca pode causar diversos impactos negativos ao meio ambiente e à biodiversidade da região, bem como às comunidades locais. Isso porque a extração de petróleo pode resultar em vazamentos e derramamentos de óleo, causando poluição da água, do solo e do ar, além de danos à vida marinha e terrestre.

Além disso, a construção de infraestrutura necessária para a exploração de petróleo pode levar à fragmentação de habitats naturais e à perturbação de espécies animais. Por essas razões, a exploração de petróleo na Reserva Nacional de Petróleo-Alasca é considerada uma ameaça à preservação ambiental da região. Então, dá para entender porque as entidades ambientalistas e comunidades da população nativa do estado receberam com espanto tal notícia da aprovação do projeto Willow. Eles acusam Biden de descumprir promessas de adotar medidas para diminuir o aquecimento global.

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O Alasca é o lar de uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, e desempenha um papel crucial na regulação do clima global. Com vastas áreas cobertas de gelo, ele reflete a luz solar de volta para o espaço, contribuindo para manter o equilíbrio térmico do planeta. Por isso, a preservação do Alasca é essencial para garantir a preservação da vida no planeta como um todo.

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Os planos da empresa ConocoPhillips

A ConocoPhillips é uma empresa multinacional de energia, que atua na exploração, produção, transporte e comercialização de petróleo, gás natural e líquidos de gás natural. Fundada em 2002, a empresa tem operações em mais de 20 países ao redor do mundo e é uma das maiores produtoras de petróleo e gás natural dos Estados Unidos. E seu plano é perfurar em cinco locais do Alasca, o que resultaria na construção de dezenas de quilômetros de estradas, pontes e oleodutos.

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Atualmente, o Departamento do Interior dos EUA aprovou a exploração em três locais da Reserva Nacional de Petróleo-Alasca com potencial para extração de petróleo. No entanto, o projeto Willow enfrenta uma série de liminares na Justiça que impediram o início da execução. A ConocoPhillips planeja produzir 180 mil barris de petróleo por dia, o que poderia gerar 2,5 mil empregos durante a fase de construção e outros 300 mil contratos de longo prazo.

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Como seria feita a extração de petróleo no Alasca

As perfurações de petróleo em áreas como o Alasca envolvem a construção de estruturas de perfuração e a utilização de equipamentos para perfurar o solo e retirar o petróleo. Normalmente, a perfuração é realizada através de uma sonda de perfuração, que utiliza brocas para abrir um buraco no solo. O petróleo é então extraído do solo através de bombas de sucção ou de elevação.

No entanto, a extração de petróleo em áreas sensíveis, justamente como o Alasca, é muito mais complexa e difícil do que em outras áreas. Isso ocorre porque o solo é coberto de neve e gelo durante a maior parte do ano, o que torna o acesso e o trabalho muito mais difíceis. Além disso, a região é habitada por muitas espécies animais, que podem ser afetados pela exploração de petróleo.

Por essa razão, as empresas de petróleo devem seguir regras e regulamentações rigorosas, incluindo medidas para minimizar o impacto ambiental, monitorar e controlar a poluição e garantir a segurança dos trabalhadores. Essas medidas incluem a utilização de equipamentos de baixo impacto ambiental, a remoção cuidadosa do solo e a recuperação das áreas exploradas após o fim da atividade.

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Os Estados Unidos na contração da sua própria promessa

A exploração de petróleo no Alasca pode ter consequências desastrosas para o ecossistema, e impactar negativamente o clima global, contribuindo para o aquecimento global e outras mudanças climáticas. É importante lembrar que uma das promessas da administração Biden era transformar os Estados Unidos em uma liderança climática, mas a aprovação do projeto Willow pode colocar em risco essas metas e comprometer o futuro do planeta.

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De acordo com previsões, em 30 anos o projeto Willow pode gerar cerca de 239 milhões de toneladas de gases do efeito estufa, o que corresponde a aproximadamente as emissões de 1,7 milhão de carros.

A Casa Branca se antecipou às possíveis reações negativas à aprovação do projeto Willow e declarou que o presidente Joe Biden vai implementar medidas para limitar ou impedir as perfurações em busca de petróleo em uma área de 64 milhões de hectares na baía de Beaufort, no Oceano Ártico, e na Reserva Nacional de Petróleo-Alasca. Segundo sua equipe, o fim da exploração offshore vai garantir a proteção em perpetuidade de importantes habitats de espécies como baleias, focas, leões-marinhos, ursos polares e outras.

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A ativista Elise Joshi, diretora-executiva da ONG Gen-Z for Change, afirmou que o projeto Willow é uma ação performática para tentar minimizar sua impacto negativo. Qual é a sua opinião sobre o assunto? Compartilhe sua impressão sobre o projeto Willow na seção de comentários abaixo."

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Fontes: UOL.

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