Tudo o que vem ocorrendo na década de 2020 prova que estamos à beira do abismo; as mudanças climáticas acontecem de modo mais acelerado do que os cientistas previram e as consequências são desastrosas. Veja as enchentes de 2023 e 2024 no Rio Grande do Sul, que tirou do mapa cidades inteiras. E esse desafio é enfrentado também por outras cidades brasileiras – já não é mais questão de ‘se’, mas ‘quando’. Todos nós devemos estar preparados para isso!

A prefeitura de São Vicente, no litoral de São Paulo, em benefício de seus moradores, está tentando correr na frente, executando a maior obra de prevenção contra enchentes do país. A proposta é ousada – envolvendo reestruturação de canais e instalação de comportas em locais estratégicos -, exigindo investimentos robustos. Mas será que vale a pena? Veja a seguir, neste artigo do Engenharia 360!

MAIOR obra contra enchentes
Imagem de Ideogram reproduzida de Diário do Litoral

A transformação de São Vicente

A cidade de São Vicente tem sofrido com enchentes recorrentes. Bairros como Cidade Náutica, Vila Fátima, Pompeba, Jóquei e Tancredo são especialmente os mais afetados com alagamentos durante os períodos de chuvas intensas ou maré alta. O comprometimento econômico e social tornou ainda mais urgente a necessidade de uma solução eficaz para sanar ou mitigar o problema.

Assim surgiu uma das propostas mais ambiciosas da engenharia brasileira, o maior projeto de infraestrutura do país, que promete revolucionar o cenário urbano e transformar a qualidade de vida dos moradores da Baixada Santista.

A estrutura do projeto para São Vicente

O projeto em andamento em São Vicente inclui:

  • Reestruturação do canal central: O canal da Avenida Eduardo Souto está sendo ampliado de seis para dez metros de largura e sua profundidade aumentada de 1,5 para 2,5 metros.
  • Instalação de comportas: Serão instaladas comportas em oito locais estratégicos: Castelo Branco, Pompeba, Dique das Caixetas, Beira Jóquei, Sambaiatuba, Dique do Piçarro, Caminho da Divisa e Sambaiatuba 2.
  • Reurbanização das áreas afetadas: As ruas ao redor do canal estão recebendo novas interligações de microdrenagem, asfaltamento e modernização das calçadas.
MAIOR obra contra enchentes
Imagem de imprensa de São Vicente reproduzida de th+ Play
MAIOR obra contra enchentes
Imagem de Ideogram reproduzida de Click Petróleo e Gás

A saber, a ampliação e reestruturação do canal central já está 85% concluída. Ele passou de 6 a 10 metros de largura, enquanto a profundidade aumentou de 1,5 para 2,5 metros. Essas modificações possibilitarão uma maior capacidade de escoamento, reduzindo significativamente o impacto das chuvas intensas e das marés altas.

A prefeitura de São Vicente ainda estuda expandir o alcance do projeto, com estudos indicando a necessidade não só de comportas, mas estações elevatórias em outros 16 pontos da cidade. 

MAIOR obra contra enchentes
Imagem divulgação Prefeitura de São Vicente via Costa Norte

O papel das comportas

A instalação de comportas deve acontecer nos locais mais críticos. O objetivo é controlar o fluxo de água, impedindo que ela invada os bairros de São Vicente. Quando finalizadas, as estruturas deverão reduzir em até 80% os alagamentos nas áreas contempladas, beneficiando milhares de moradores. E com menos alagamentos, as condições sanitárias melhoram, os riscos à saúde pública diminuem e a valorização imobiliária deve aumentar, atraindo novos investimentos.

O futuro de São Vicente e a continuidade do projeto

Para a execução do projeto de São Vicente, o Governo do Estado de São Paulo destinou R$ 45 milhões. Desses recursos, R$ 30 milhões são voltados para propostas de drenagem, enquanto o restante para reurbanização e outras melhorias. Ruas próximas ao canal devem receber nova pavimentação e iluminação, calçadas modernizadas e melhorias na microdrenagem. Todas essas mudanças devem oferecer mais segurança para a população e atrativos para investidores.

Embora esse caso possa ser um case de sucesso na engenharia, especialistas questionam sobre a possibilidade do plano ser replicado em outras localidades brasileiras. Fato é que não se pode ignorar o histórico déficit de infraestrutura no país. E, nesse caso, talvez a única saída seja o governo apostar mais nas tecnologias de engenharia e seu poder de transformar realidades em regiões vulneráveis. 

A sustentabilidade das soluções implementadas deve ser uma prioridade contínua. Isso inclui não apenas a manutenção das obras realizadas, mas também o monitoramento constante das condições climáticas e do uso do solo na região.

MAIOR obra contra enchentes
Imagem divulgação Prefeitura de São Vicente via Click Petróleo e Gás

Veja Também: Combate às Enchentes no Brasil: Estratégias Eficazes


Fontes: Click Petróleo e Gás, Diário do Litoral,

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A engenharia já desenvolveu, ao longo dos anos, muitos modelos diferentes de sensores, para os mais diversos propósitos – alguns com soluções sofisticadas, aplicações na robótica, próprios para dispositivos portáteis e até mesmo em combinação com implantes. Esse tipo de tecnologia se vale de algoritmos de aprendizado de máquina para reconhecer sons específicos e objetos em imagens.

Agora você não vai acreditar nessa novidade: trata-se de um sensor acústico líquido, inspirado na estrutura do órgão conhecido como “melão”, encontrado na cabeça de várias espécies de golfinhos e baleias, como as cachalote. Tal invento está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

A inovação que está mudando a tecnologia de sensores acústicos

Antes de tudo, precisamos destacar que a engenharia de sensores tem um objetivo claro: que é captar dados que, analisados por meio de algoritmos em áudios, auxiliam dispositivos a reconhecerem sons específicos, objetos em imagens ou outros estímulos distintos.

O setor agora tem uma inovação, que é a biomimética, ou seja, o uso de soluções inspiradas em fenômenos naturais para o desenvolvimento de tecnologias de ponta. E justamente os cientistas da UCLA deram um grande passo nessa direção, criando um novo sensor inspirado no órgão adiposo (rico em gordura) localizado na testa de muitas baleias e golfinhos.

Vale destacar que o “melão” tem como função focar e modular as vocalizações usadas pelos cetáceos para a ecolocalização, ajudando-os a emitir sons que viajam através da água com mínima perda de energia. Basicamente, o mecanismo permite uma comunicação eficiente entre os animais mesmo em grandes profundidades e com altos níveis de ruído na água. E foi justamente isso que inspirou a equipe americana!

O novo sensor que coleta de dados acústicos inspirado em baleias

Os pesquisadores da UCLA desejavam criar um sensor acústico com funcionalidades semelhantes ao “melão” das baleias. Assim como foi publicado no periódico Nature Eletronics, com base no aprendizado de máquina, eles conseguiram desenvolver uma solução que pode revolucionar a ciência e a engenharia, sobretudo no que diz respeito a estudos em ambientes subaquáticos e áreas industriais com grande interferência de ruídos.

Da mesma forma como o órgão animal, o novo sensor ajusta suas propriedades acústicas para permitir que o som emitido viaje com a mínima perda de energia. Assim, há uma melhora na coleta de dados acústicos em ambientes ruidosos e um aumento na precisão do sistema de reconhecimento de voz – a taxa de acerto, pelo que tudo indica, é impressionante (99%)!

Algo que se destaca nesse projeto é a possibilidade da convergência do sensor com Inteligência Artificial (IA), crucial no suporte ao reconhecimento. Também vale citar sua estrutura inovadora. Nesse caso, o sensor é composto por uma rede magnética tridimensional, orientada e ramificada, formada por nanopartículas magnéticas de neodímio-ferro-boro suspensas em um fluido transportador. Essas nanopartículas se comportam coletivamente como um ímã, o que permite que o dispositivo perceba até as menores variações acústicas no ambiente.

Os resultados em testes e comparação com sensores convencionais

Caso você esteja se perguntando se há diferença entre o novo sensor e os sensores acústicos convencionais, a resposta é ‘sim’! Os sensores convencionais detectam sons por meio da medição de deformação dos materiais e suas vibrações, causadas pela pressão do próprio som. Esse modelo até é eficaz para o nosso dia a dia, porém limitado em ambientes mais complexos. Já o sensor desenvolvido pela UCLA supera essas limitações, se saindo melhor em ambientes desafiadores e em situações como detecção de animais marinhos em alto-mar.

Em testes iniciais, o sensor líquido foi capaz de filtrar ruídos indesejados; de discriminar pressões mínimas de 0,9 Pa, apresentando uma relação sinal-ruído de 69,1 dB; e ainda de se auto filtrar – quer dizer que ele reduziu os ruídos de baixa frequência abaixo de 30Hz, causados por movimentos biomecânicos.

sensor acústico líquido
Imagem reproduzida de Nature Electronics (2024) via Techxplore

As possibilidades de aplicação prática da tecnologia de sensores líquidos

Neste momento, já podemos considerar algumas possibilidades para o novo sensor líquido inspirado nas baleias. Especialistas em engenharia garantem que a inovação pode ter implicações profundas em diversas áreas, incluindo no monitoramento de ambientes (na água e no ar), na proteção de ecossistemas marinhos, e até mesmo em campos como medicina e segurança. As possibilidades são praticamente ilimitadas; e a combinação biomimética e Inteligência Artificial parece ser uma tendência para o futuro!

Os pesquisadores da Califórnia garantem continuidade da pesquisa para otimizar os materiais líquidos dentro do sensor e aplicar técnicas avançadas de cancelamento de ruído, o que garantiria mais aplicações da tecnologia. Um exemplo seria a integração em fones de ouvido ou dispositivos móveis, para melhorar a experiência do usuário ao interagir com assistentes virtuais.

sensor acústico líquido
Imagem de Xun Zhao, UCLA, reproduzida de Techxplore

Veja Também: Sensor de R$ 0,50 para Controle de Qualidade da Água


Fontes: Techxplore.

Imagem de capa: Wikipédia.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

No último dia 21 de novembro de 2024, em São Paulo, aconteceu um evento especial para profissionais da engenharia e design, focado nas inovações trazidas pela versão 2025 do software SOLIDWORKS, da Dassault Systèmes. Este evento apresenta como o novo software está transformando o processo de desenvolvimento de produtos, tornando-o mais ágil e dinâmico.

A versão 2025 incorpora tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial, cálculos estruturais em nuvem e colaboração de dados, oferecendo soluções para empresas de todos os portes – desde pequenas equipes de engenheiros até grandes indústrias com fábricas espalhadas pelo mundo. A promessa é acelerar a criação de produtos e otimizar o trabalho de engenheiros, projetistas e equipes de produção de forma eficiente e inovadora. O Engenharia 360 te conta mais no artigo a seguir. Confira!

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O que é o SOLIDWORKS e como ele impacta a Engenharia

O SOLIDWORKS é um software de modelagem 3D amplamente utilizado em diversas indústrias para criar projetos de design de produtos. Ele oferece aos engenheiros e designers ferramentas poderosas para transformar ideias criativas em soluções viáveis, com foco em engenharia mecânica, design industrial e até engenharia eletrônica. Desde seu lançamento, o SOLIDWORKS tem sido uma peça chave no desenvolvimento de produtos, desde o conceito até a fabricação.

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A versão mais recente, o SOLIDWORKS 2025, promete trazer inovações significativas que irão impactar diretamente a produtividade, a colaboração e a eficiência no processo de design.

O SOLIDWORKS 2025 já está disponível desde 15 de novembro de 2024 por meio de revendedores de valor agregado ou online. Para mais informações: https://www.solidworks.com/how-to-buy/solidworks-solutions

As principais novidades do SOLIDWORKS 2025

Mário Belesi, Diretor LATAM da Dassault Systèmes, conversou com o Engenharia 360 e compartilhou um pouco sobre as suas impressões sobre o SOLIDWORKS 2025. Ele afirma que, “apesar do modelo anterior já trazer uma melhoria muito forte com Inteligência Artificial, isso agora é muito mais intuitivo”, o que deve beneficiar trabalhos de montagem em grande escala, simulações avançadas, design de componentes para robotização, etc. Então, todos os recursos, que estes estavam espalhados em soluções distintas, hoje estão condensados numa solução – cloud – e com a IA para otimizar a experiência, ganho de performance e produtividade dos profissionais que as utilizam.

Enfim, o novo SOLIDWORKS consolida-se como uma solução de desenho 3D e desenvolvimento de produtos ainda mais robusta e integrada, com funcionalidades avançadas e foco na experiência do usuário. Essa nova versão do software é apoiada pela integração com a plataforma 3DEXPERIENCE WORKS, uma solução em nuvem que conecta pessoas, ideias, dados e ferramentas de forma colaborativa e segura. Confira os principais destaques dessa evolução tecnológica:

1. Aprimoramentos em colaboração e gerenciamento de dados

Uma das inovações mais importantes do SOLIDWORKS 2025 é a melhoria nas funcionalidades de colaboração e gerenciamento de dados. Os usuários agora podem se conectar facilmente com colegas e acessar comunidades diretamente da plataforma, garantindo uma troca de informações mais eficiente. As notificações em tempo real sobre alterações nos projetos asseguram que todos trabalhem com as versões mais atuais dos arquivos, minimizando o risco de erros devido a dados desatualizados.

2. Inovações em modelagem e fabricação

A modelagem 3D foi aprimorada com novas ferramentas que aumentam a precisão e a capacidade de fabricação. O acelerador de seleção para chanfros permite uma seleção mais rápida de arestas, enquanto a nova ferramenta de mesclagem contínua para filetes de raio variável facilita a criação de peças complexas. O recurso Sheet Metal Bend Notch melhora ainda mais a fabricação de peças metálicas, essencial para engenheiros que trabalham com chapas.

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3. Montagens mais ágeis e precisão na detecção de interferências

Os engenheiros podem agora acelerar o processo de montagem copiando componentes e seus parâmetros mecânicos com maior eficiência. A detecção de interferência foi aprimorada, permitindo uma análise rápida e precisa das compatibilidades entre componentes, o que reduz o tempo na fase de revisão e aumenta a exatidão no desenvolvimento do produto final.

4. O impacto das simulações avançadas no design

Os novos recursos de simulação permitem análises mais detalhadas, possibilitando que os engenheiros testem seus designs em um ambiente virtual antes da produção. Essa capacidade ajuda a prever problemas de desempenho, reduzindo o risco de falhas no produto final.

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5. Melhorias em desenhos e documentação

A criação de desenhos técnicos foi otimizada, permitindo a geração automática de listas de corte detalhadas e símbolos de acabamento em conformidade com normas ISO. Essas melhorias garantem que todos os aspectos do projeto atendam aos requisitos regulatórios da indústria, facilitando a comunicação entre os membros da equipe.

Integração com 3DEXPERIENCE

O SOLIDWORKS 2025 também se integra melhor à plataforma 3DEXPERIENCE, permitindo que os usuários virtualizem ativos, propriedade intelectual e processos em um ambiente colaborativo na nuvem. Isso garante que todos os dados estejam sempre atualizados e acessíveis, promovendo uma inovação impulsionada por inteligência artificial (IA).

Essas inovações não apenas aceleram o fluxo de trabalho mas também ampliam as possibilidades criativas dos usuários, permitindo o desenvolvimento de produtos mais inovadores e competitivos no mercado atual.

SOLIDWORKS
Imagem de SOLIDWORKS

Para obter uma visão geral completa das melhorias e novas funcionalidades do SOLIDWORKS 2025, visite: https://www.solidworks.com/whatsnew.

Os impactos do SOLIDWORKS 2025 na Engenharia Industrial

Vale destacar que o SOLIDWORKS 2025 não se limita apenas à modelagem 3D; ele também é uma ferramenta poderosa para a engenharia industrial.

Mário Belesi lembrou na entrevista com o Engenharia 360 sobre a transformação do SOLIDWORKS, citando que “(…) com a conexão de cloud service (hoje), nós abrimos outro mundo de conexão com as tecnologias”, “(…) talvez esse ponto seja a questão de maior força dessa nova versão do software”. Nesse processo, acaba que algumas soluções que antes eram restritas a algum determinado tipo de uso, acaba sendo complementar e um diferencial – via troca de dados – para outras aplicações dentro da indústria, incluindo o uso da impressão 3D na construção civil.

“Usando o portfólio que nós já temos, aliados à tecnologia e à capacidade que os usuários SOLIDWORKS têm, é imensurável onde podemos chegar em termos de produto”, “(…) pode-se fazer virtualização (Virtual Twin) dentro da plataforma (3DEXPERIENCE), sem precisar criar um modelo (físico) para ver ele funcionando” – complementa Belesi.

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Imagem de SOLIDWORKS

É importante dizer que, com suas novas integrações com plataformas baseadas em nuvem, como através da plataforma 3DEXPERIENCE, o software agora permite uma colaboração mais eficiente em projetos de larga escala, conectando todos os membros da equipe e stakeholders envolvidos.

Além disso, a integração com sistemas de gerenciamento de dados de produtos (PDM) facilita o controle de versões e a manutenção de uma base de dados organizada. A melhoria nas funções de colaboração e gerenciamento de dados também impacta diretamente a qualidade do produto final e a redução de custos ao longo do ciclo de vida do projeto.

O futuro da Engenharia com o SOLIDWORKS

A versão 2025 do SOLIDWORKS não é apenas uma atualização; ela traz uma transformação significativa na forma como engenheiros e designers trabalham. Com melhorias em colaboração, simulação avançada e novas ferramentas de design, o software se torna ainda mais poderoso para empresas que buscam agilidade, eficiência e inovação no desenvolvimento de produtos.

Alinhado com os princípios da Indústria 4.0, o SOLIDWORKS 2025 integra práticas de automação, análise de dados e conectividade em nuvem para o design industrial. Empresas que adotam essa versão estarão mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro, criando produtos mais inteligentes e de alto desempenho.

Por exemplo, no evento do dia 21 de novembro, foram destacadas inovações como a aplicação de Inteligência Artificial para otimizar a interface do usuário e novas ferramentas baseadas em nuvem para engenharia. Além disso, a integração entre disciplinas como Engenharia Mecânica, Elétrica e Eletrônica, que promete acelerar o desenvolvimento de projetos e melhorar a colaboração.

Inteligência Artificial

Mário Belesi revela que “o SOLIDWORKS (…) já traz a interface com Inteligência Artificial há algum tempo”, “tem as questões já de intuição no processo de desenvolvimento de engenharia há bastante tempo”, “do ano passado pra cá, houve um incremento da tecnologia (…), que propõe recursos que fazem mais sentido a depender do que o usuário está fazendo (…), quase que lendo a ideia do que você está propondo”. Ou seja, seria um processo de melhoria contínua quase que instantâneo – algo que, na verdade, a empresa já estava se preparando antes mesmo da pandemia.

SOLIDWORKS
Imagem reproduzida de SOLIDWORKS

Sobre a Dassault Systèmes

A Dassault Systèmes é uma empresa global voltada para a inovação, combinando arte, ciência e tecnologia para criar soluções que promovem a sustentabilidade.

Fundada em 1981 com foco em design 3D, a empresa evoluiu continuamente, introduzindo tecnologias como o Digital Mock-up (DMU), o gerenciamento do ciclo de vida do produto (3D PLM) e a revolucionária plataforma 3DEXPERIENCE. E, em 2020, a Dassault deu mais um passo à frente com experiências de gêmeos digitais voltadas para humanos, e projeta um futuro sustentável com soluções avançadas até 2040.

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Imagem de SOLIDWORKS

Com mais de 23.800 colaboradores em 194 locais globais e um robusto ecossistema de parceiros, a Dassault Systèmes atende mais de 350.000 clientes em 12 indústrias, impactando milhões de usuários. Seu compromisso com pesquisa e desenvolvimento, que representa 41% de sua força de trabalho, aliado à ampliação de soluções na nuvem, manufatura e simulação, reforça sua posição como líder em tecnologia e sustentabilidade.

Veja Também:

O que há de novo no SOLIDWORKS 2025?

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Engenharia 360

Redação 360

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A COP29, recém-realizada neste novembro de 2024, em Baku, Azerbaijão, representou um marco significativo para a indústria global – apesar da forte decepção entre ambientalistas e países emergentes.

COP29
Imagem reproduzida de AEPET

Durante esse evento sobre mudanças climáticas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou os avanços do setor na transição para uma economia de baixo carbono e expôs como a engenharia nacional está se posicionando para enfrentar os desafios do futuro. Inclusive por que o setor de engenharia, com sua capacidade de inovação, tem sido crucial na adaptação às novas demandas do mercado e na implementação de práticas mais sustentáveis.

Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar as principais orientações para o futuro da indústria de engenharia brasileira, com base nas discussões e iniciativas apresentadas na COP29. A partir de dados e tendências reveladas durante o evento, entenderemos como a engenharia poderá contribuir para um mundo mais sustentável.

1. A importância da transição energética

A transição energética é um dos pilares fundamentais discutidos na COP29. A indústria da engenharia deve priorizar a adoção de fontes de energia renováveis e a eficiência energética. Isso não apenas reduz as emissões de gases de efeito estufa, mas também promove a inovação tecnológica e a competitividade no mercado global.

Diretriz:

  • Investir em tecnologias de energia renovável como solar, eólica e hidrogênio verde, que são essenciais para descarbonizar processos industriais.
COP29
Imagem gerada em IA de Freepik

2. Implementação do mercado de carbono

Outro ponto crucial abordado na conferência foi a regulamentação do mercado de carbono no Brasil. Com a aprovação do projeto de lei que estabelece um sistema de comércio de emissões, as empresas de engenharia devem se adaptar rapidamente a essa nova realidade.

Diretriz:

  • Desenvolver estratégias para monitorar e reduzir emissões, aproveitando os créditos de carbono como uma forma de financiar projetos sustentáveis.

3. Economia circular como modelo de negócio

A economia circular foi destacada como uma abordagem vital para minimizar resíduos e maximizar o uso eficiente dos recursos. A indústria da engenharia deve repensar seus modelos de produção e consumo.

Diretriz:

  • Implementar práticas de economia circular, como reciclagem e reutilização de materiais, para reduzir o impacto ambiental dos projetos.
COP29
Imagem gerada em IA de Freepik

4. Conservação florestal e bioeconomia

A conservação florestal e a bioeconomia foram enfatizadas como componentes chave para o desenvolvimento sustentável. A integração da biodiversidade nas operações industriais é não apenas benéfica ao meio ambiente, mas também pode agregar valor aos produtos.

Diretriz:

  • Integrar práticas que promovam a biodiversidade, utilizando insumos sustentáveis e respeitando os ecossistemas locais.

5. Adoção de tecnologias sustentáveis

Durante a COP29, ficou claro que a adoção de tecnologias sustentáveis é um caminho promissor para as indústrias. Isso inclui desde inovações em processos até o uso de materiais ecoeficientes.

Diretriz:

  • Investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para criar soluções tecnológicas que atendam às demandas ambientais atuais.

6. Fortalecimento das certificações ambientais

As certificações ambientais são fundamentais para garantir que as empresas estejam seguindo práticas sustentáveis reconhecidas globalmente. Elas ajudam não apenas na conformidade legal, mas também na construção de uma imagem positiva junto aos consumidores.

Diretriz:

  • Buscar certificações reconhecidas, como ISO 14001, que validem as práticas ambientais adotadas pela empresa.

7. Mobilização para financiamento climático

A COP29 destacou a necessidade urgente de mobilização financeira para projetos sustentáveis. As indústrias precisam se preparar para acessar esses recursos financeiros disponíveis globalmente.

Diretriz:

  • Estabelecer parcerias com instituições financeiras para desenvolver projetos que possam ser financiados com recursos climáticos.
COP29
Imagem gerada em IA de Freepik

8. Formação e capacitação profissional

O desenvolvimento sustentável requer profissionais capacitados que entendam as novas práticas e tecnologias emergentes no setor. A formação contínua é essencial para manter a competitividade da indústria.

Diretriz:

  • Promover programas de capacitação em sustentabilidade e inovação tecnológica dentro das empresas.
COP29
Imagem gerada em IA de Freepik

9. Engajamento com políticas públicas

A participação ativa nas discussões sobre políticas públicas é crucial para garantir que as necessidades do setor sejam atendidas nas decisões governamentais relacionadas ao meio ambiente.

Diretriz:

  • Criar grupos de trabalho com representantes do setor privado para influenciar políticas ambientais e climáticas relevantes.

10. Preparação para a COP30

Com a COP30 programada para ocorrer no Brasil em 2025, é fundamental que a indústria se prepare adequadamente para apresentar suas iniciativas e compromissos em relação à sustentabilidade.

Diretriz:

  • Desenvolver uma agenda proativa que destaque os avanços em sustentabilidade até a próxima conferência, garantindo visibilidade internacional.

Sustentabilidade no DNA da indústria brasileira

Não poderíamos concluir este texto sem citar uma pesquisa recente da CNI, que revelou dados importantes sobre como a sustentabilidade está sendo integrada na indústria brasileira.

A saber, essa pesquisa contou com a participação de mais de 1.500 empresas de setores como transformação e extração, e apontou que 58% das indústrias já implementaram práticas relacionadas à biodiversidade, como o uso sustentável de recursos e a adoção de tecnologias verdes.

Além disso, a pesquisa destacou que 85% das indústrias no Brasil já adotam ao menos uma prática de economia circular, refletindo um esforço coletivo para transformar os modelos tradicionais de produção e consumo. Esses números demonstram que a sustentabilidade não é mais uma tendência distante, mas uma realidade concreta para a maioria das indústrias brasileiras.


Fontes: CNN Brasil.

Imagem de capa: Wikimedia.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O Engenharia 360 quer compartilhar com você neste artigo um dos inventos mais integrantes dos últimos tempos, um novo cinto de segurança com biossensor projetado para monitorar a saúde e o estado de alerta de motoristas e pilotos. Este dispositivo inovador foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura, em Singapura, e da Universidade Tsinghua, em Pequim, na China. A promessa é de que ele possa ajudar a melhorar a segurança nas estradas – e talvez até no ar. Continue lendo para saber mais!

O que são biossensores na engenharia

Antes de tudo, precisamos destacar o que são biossensores. Pois bem, trata-se de dispositivos capazes de detectar sinais biológicos de usuários humanos, medindo marcadores fisiológicos de fadiga. Atualmente, eles já são incorporados em tecnologias vestíveis ou implantáveis, embora ainda apresentem por vezes falhas em situações onde os usuários estão em movimento constante, como dentro de veículos, devido ao ruído vibracional imprevisível. Mas esse desafio tem impulsionado inovações na área, a exemplo da solução descrita neste texto.

A nova tecnologia de cinto de segurança

O que os pesquisadores conseguiram desenvolver é um novo cinto de segurança com biossensor integrado capaz de monitorar sinais como de frequência cardíaca e respiração do usuário de forma contínua, confiável e sem contato direto. A saber, esse modelo é baseado em metamateriais, que são materiais projetados para melhorar ou alterar suas propriedades. Para fabricá-lo, foi preciso bordar fios condutores em um padrão semelhante a um pente no próprio cinto para carros, criando uma superfície-guia para ondas de rádio que amplifica interações sem fio com o corpo humano.

Não entendeu? Quer dizer que, ao contrário dos sensores tradicionais, que precisam ser colados ao corpo da pessoa para coletar dados, esse novo biossensor para cinto de segurança não necessita de contato. Ele consegue, mesmo sobre camadas de roupas e com ruídos ambientais, vibrações do veículo ou de outros passageiros, detectar movimentos fisiológicos sutis. E tudo isso graças a um sistema avançado de processamento de sinais.

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Imagem Zeng et al. reproduzida de eletronicsforu

Avaliação de desempenho

Para comprovar a capacidade do novo biossensor, os cientistas realizam testes em um simulador de cabine de avião e em um carro em movimento. Eles recriaram em software de computador diferentes condições de tráfego numa rota de 1,5 por Singapura. Então, depois, descobriram que o cinto consegue se ajustar confortavelmente ao corpo dos usuários e detectar com precisão seus sinais cardiopulmonares, mesmo em condições dinâmicas e durante o sono.

Veja Também: Biosensor vestível pode ajudar no desempenho de atletas

Vantagens para a segurança rodoviária e aérea

Listamos as principais vantagens deste biossensor inovador que promete transformar a segurança no transporte, reduzindo riscos e salvando vidas:

  • Prevenção de acidentes: Monitoramento contínuo dos sinais vitais em tempo real para evitar situações perigosas.
  • Redução de riscos humanos: Detecção de fadiga e estresse em motoristas e pilotos, fatores críticos na prevenção de acidentes.
  • Impacto social e comercial: Aumento da segurança para passageiros e profissionais do transporte e criação de novas oportunidades de inovação para as indústrias automotiva e aérea.
  • Escalabilidade da tecnologia: Potencial para ser implementado em larga escala em diferentes meios de transporte, ampliando a proteção.
  • Salvamento de vidas: Promessa de reduzir significativamente o número de acidentes causados por fatores humanos.
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Imagem gerada em IA DALL·E

O futuro do monitoramento de saúde no trânsito e na aviação

O protótipo desse cinto de segurança com biossensor recém-desenvolvido continua em fase de aprimoramento. Mas os pesquisadores têm grandes planos para o futuro! A previsão é de que, na próxima etapa, ocorra a miniaturização dos componentes de rádio do dispositivo e a integração disso com módulos compactos, permitindo a produção em massa num custo acessível. Ademais, os cientistas querem desenvolver algoritmos que analisem os dados fisiológicos coletados de modo mais eficaz.

A saber, a equipe está buscando colaborar com fabricantes automotivos para refinar e validar o sistema em cenários do mundo real. Essa colaboração pode acelerar que a adoção do sensor a cintos de seguranças realmente aconteça em veículos comerciais e particulares.

Por enquanto, podemos afirmar que esse invento pode ser a chave para a prevenção de acidentes fatais causados por fadiga e estresse. Inclusive, os testes já ajudaram a destacar seu potencial para o monitoramento contínuo em ambientes desafiadores. E você, gostou dessa ideia? Compartilhe suas impressões conosco, na aba de comentários logo abaixo!


Fontes: Techxplore, Nature.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Já conversamos algumas vezes aqui, no Engenharia 360, sobre o comportamento de Elon Musk. O empresário é conhecido mundialmente por suas opiniões polêmicas, mas também pelos investimentos em ideias revolucionárias.

Muito se questiona o que tanto Musk deseja com o Brasil – será que estaria motivado por razões políticas, estratégicas ou econômicas? Bem, fato é que ele já deu algumas declarações que indicam suas visões para a produção agrícola global, o que poderia impactar o futuro do agro também em nosso país.

@celsolimas.12

🌱🚀 Elon Musk está de olho no agro brasileiro! Enquanto todos falam de seus carros elétricos e foguetes, ele já prepara o próximo salto: fazendas automatizadas, energia solar com a Tesla e internet rural via SpaceX. Tudo isso para transformar a agricultura em algo 100% sustentável e eficiente. As empresas que não acompanharem? Bom, elas podem simplesmente desaparecer. ⏳ Se Musk fez foguetes darem ré, você acha que ele não pode mudar o agro também? 🌾 🔔 Siga nosso perfil para acompanhar de perto essas e outras tendências que estão mudando o mercado! 🚜

♬ som original – Celso Lima

O que Elon Musk está planejando para o agro?

Elon Musk é reconhecido no setor tecnológico por suas empresas, especialmente SpaceX e Tesla. Além disso, por conta dos investimentos em soluções que ajudam a otimizar e reduzir o custo de operações nos mais diversos setores da engenharia. Só o fato dele transformar essas ideias audaciosas em realidades tangíveis é notável.

Acontece que Musk tem uma visão de como revolucionar o setor agrícola. Ele diz imaginar um futuro onde as fazendas operam de maneira automatizada e eficiente, sem a necessidade de intervenções humanas diretas, e que a tecnologia pode substituir métodos tradicionais. Talvez isso explique o porquê da Tesla está desenvolvendo neste momento sistemas solares capazes de fornecer energia para fazendas inteiras sem depender da rede elétrica convencional.

Elon Musk
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

A ideia de Elon Musk vai além. O empresário chega até a considerar como integrar outros produtos de suas empresas nesse plano. Por exemplo, Inteligência Artificial tomando decisões que antes eram de responsabilidade dos produtores rurais. Veículos agrícolas conectados por meio de Internet via satélite de alta velocidade, operando de forma sincronizada e com total controle remoto.

Elon Musk
Imagem gerada em IA de Freepik

O que Elon Musk poderia querer do agro brasileiro?

Já considerou por que Elon Musk se envolve em tantas polêmicas aqui no Brasil? Será que ele se importa mesmo com a direita ou com a esquerda política de nosso país? Será que ele se importa com o fato de as pessoas que vivem em comunidades carentes da Amazônia têm ou não Internet? Ou será que ele considera em primeiro lugar o potencial econômico do Brasil e como isso pode beneficiar seus negócios? Vamos deixar você livre para responder essas questões. Mas, lembre-se, somos um dos maiores produtores agrícolas do mundo!

Independentemente disso, é evidente que as soluções tecnológicas das empresas de Musk podem trazer grandes benefícios para nós. Um exemplo é a implementação do serviço Starlink em nosso país, que já tem impactado positivamente vários agricultores. Com maior conectividade, o cenário no campo está passando por grandes mudanças. No entanto, é crucial que o agronegócio vá além da automação e da conectividade, colocando a sustentabilidade como um dos pilares fundamentais dessa transformação!

Elon Musk diz acreditar que as novas tecnologias podem fazer a diferença na redução de desperdícios, no aumento da eficiência e na criação de uma agricultura mais limpa e verde.

Elon Musk
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Conectividade para a eficiência agrícola

Que tal se entrássemos mais a fundo na mente de Elon Musk? O empresário sempre afirma em entrevistas que acredita numa agricultura 100% sustentável, onde o uso excessivo de recursos naturais é minimizado. A questão é que um modelo agro assim dependeria de uma gestão de excelência, o que no cenário atual só seria possível com conectividade. Para muitos agricultores do Brasil, a adoção dessa tecnologia sempre foi um desafio. Por isso, é fácil imaginar a empolgação no setor com a chegada dos serviços da Starlink ao país!

A saber, mesmo hoje, mais de 70% das áreas rurais no Brasil enfrentam problemas de conectividade.

A integração de soluções tecnológicas tornou possível monitorar as operações nas propriedades de forma eficiente, otimizando recursos e evitando desperdícios. A automação de tarefas diárias se tornou uma realidade, liberando os trabalhadores para focarem em decisões estratégicas. Enquanto isso, máquinas, robôs e drones assumem o trabalho pesado, aumentando significativamente a produtividade nas fazendas.

Qual o próximo passo? A utilização da IA – talvez da X, quem sabe – auxiliando no monitoramento em tempo real, análise de dados e realização de diagnósticos dos produtos cultivados e colhidos.

Elon Musk
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Parceria SpaceX e John Deere

Enquanto você reflete sobre o que Elon Musk quer do Brasil, queremos compartilhar a notícia de que recentemente foi assinado uma parceria entre SpaceX e John Deere, com foco na produção agrícola brasileira.

A iniciativa busca auxiliar os trabalhadores a coordenarem melhor suas atividades através de tecnologias avançadas e suporte técnico remoto – que antes eram inacessíveis devido à falta de Internet. Essa colaboração promete otimizar cada etapa do processo produtivo, trazendo benefícios como maior rentabilidade e a implementação de práticas mais sustentáveis.

Elon Musk
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Quais são as reais perspectivas para os planos de Elon Musk?

Na visão de Musk, as terras brasileiras oferecem grandes oportunidades comerciais, apesar dos desafios consideráveis. Diante de um mercado tão carente de soluções verdadeiramente sustentáveis e eficientes, o empresário chega com a promessa de mudar radicalmente a produção de alimentos no país, ajudando a introduzir inovações que podem tornar as fazendas do futuro. Mas isso em benefício de quem mesmo? Para atender ao mercado interno ou voltadas para exportação? Pois é, não somos o “celeiro do mundo”? Então…

Parece que, enquanto nos encantávamos com os carros elétricos das Tesla e os foguetes da SpaceX, Musk já traçava um plano secreto para o agro, que pode alterar profundamente a realidade brasileira. Você imaginava algo assim?

Será que a combinação de automação, energia solar e conectividade via satélite no campo tem reais chances de se concretizar? Bem, o empresário já provou sua capacidade de revolucionar indústrias inteiras, por que seria diferente agora? No entanto, será que o setor agropecuário brasileiro está pronto para essa mudança? Ou melhor, será que realmente queremos essa transformação?

A questão é que, se não nos adaptarmos, podemos ficar para trás, mas abraçar essa inovação sem cautela também pode comprometer nosso meio ambiente. Vale a reflexão!

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Fontes: Compre Rural.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Com o aumento da demanda por eletricidade no mundo, cresce os investimentos em diferentes sistemas de geração de energia. Inclusive, considerando as mudanças climáticas, as soluções limpas e sustentáveis são as mais valorizadas, a exemplo do uso de paineis solares. Mas sabia que até esse modelo de engenharia enfrenta seus desafios?

Aposto que você nem imaginava que podem surgir nessas placas microtrincas ou microfissuras. Isso tende a comprometer significativamente a eficiência dos módulos fotovoltaicos, levando a perdas financeiras e reduzindo a vida útil do sistema. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para conhecer as causas, impactos e estratégias de mitigação do problema!

O que são microfissuras em paineis solares?

As microtrincas ou microfissuras em células fotovoltaicas de paineis solares surgem como pequenas rachaduras, geralmente muito discretas ou até invisíveis a olho nu. Esses defeitos tendem a surgir em qualquer momento, da fabricação, passando pelo transporte, instalação e uso do produto. Sem dúvidas as tensões mecânicas e variações térmicas provocadas pelas mudanças climáticas no mundo contribuem para o surgimento dessas falhas.

Quais as possíveis causas das microfissuras em paineis solares?

Muitas podem ser as causas do surgimento de microtrincas ou microfissuras em paineis solares, incluindo:

  • Defeito de fabricação: Erros como tensões internas residuais nas células solares ou uso de materiais de baixa qualidade, somados a outras falhas de planejamento, gestão e controle de qualidade.
  • Manuseio e transporte: Empilhamento e deslocamentos em posição horizontal, provocando deformações. Impactos ou vibrações sofridas durante o transporte, que causam tensões excessivas nas células fotovoltaicas.
microfissuras em painéis solares
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik
  • Instalação inadequada: Equipes responsáveis pelo transporte utilizando métodos equivocados. Falta de cuidado no manuseio, uso de força excessiva, aplicação com ângulos errados e fixações mal posicionadas, criando pontos de tensão nas células solares.
microfissuras em painéis solares
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik
  • Condições climáticas extremas: Mudanças bruscas de temperatura, ventos fortes, chuva de granizo e até ciclos de expansão e contração térmica dos materiais, gerando estresse mecânico acumulado, levando a deformações dos paineis solares.
microfissuras em painéis solares
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik
  • Manutenção equivocada: Equipes sem capacitação responsáveis pela limpeza e conserto de danos físicos nas células solares, usando produtos abrasivos e equipamentos pesados.

Quais as consequências das microfissuras em paineis solares?

As trincas e microfissuras podem impactar significativamente a eficiência dos módulos fotovoltaicos.

Essas rupturas nas placas interrompem o fluxo elétrico nas células, resultando imediatamente em perda de potência e eficiência, ou seja, o sistema passa a produzir menos energia do que o esperado. Além disso, é possível que se tenha também um aumento da resistência elétrica interna, dificultando a conversão de energia solar, e o surgimento de hot spots (pontos quentes ou de superaquecimento), que aceleram a degradação das peças.

Em casos mais graves, essas fissuras podem permitir a entrada de umidade no sistema, agravando os danos estruturais e reduzindo a vida útil das placas.

microfissuras em painéis solares
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Como detectar microfissuras em paineis solares?

A detecção precoce de microtrincas ou microfissuras em paineis solares permite a manutenção preventiva dos sistemas fotovoltaicos antes que esses problemas se tornem críticos. E a boa notícia é que existem várias maneiras para identificar essas falhas. Alguns métodos comuns incluem:

  • Inspeção visual regular: Identificação dos danos mais evidentes nos módulos, como rachaduras ou zonas de desgaste.
  • Eletroluminescência: Emissão de luz para identificação de fissuras invisíveis a olho nu, oferecendo uma análise detalhada das células.
  • Termografia infravermelha: Deteção de pontos quentes causados pelas galhas nas células fotovoltaicas, revelando as áreas mais problemáticas.
microfissuras em painéis solares
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Veja Também: Fatores determinam a eficiência de um painel solar

Como corrigir microfissuras em paineis solares?

Para minimizar os riscos associados às microfissuras nos paineis solares, algumas estratégias podem ser adotadas.

Isso inclui investimentos em processos rigorosos de fabricação e controle de qualidade, fundamental para minimizar defeitos iniciais nos módulos fotovoltaicos. Também o uso de embalagens apropriadas e métodos de transporte que reduzam impactos, protegendo os módulos durante o deslocamento. Para completar, a contratação de equipes especializadas para instalação e implementação de sistemas de monitoramento contínuo para detecção de falhas precocemente.

Todavia, embora prevenir seja a melhor abordagem, a correção das microfissuras também é possível. Algumas soluções incluem:

  • Encapsulamento: Aplicação de uma camada protetora de resina ou outro material sobre o painel.
  • Substituição de células: Troca das células afetadas por novas, garantindo o funcionamento adequado do módulo.
  • Reparos pontuais: Aplicação de resina ou fitas adesivas para prevenir a propagação das fissuras.

É importante lembrar que esses procedimentos podem ser custosos e, em alguns casos, o painel inteiro pode precisar ser substituído.

microfissuras em painéis solares
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Fontes: Canal Solar, Gabriel Batista em LinkedIn, Contas de Energia, Solis.

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Engenharia 360

Redação 360

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O mundo tem um novo marco arquitetônico! Estamos falando do UCCA Clay Museum, na cidade de Yixing, na China, obra assinada pelo renomado arquiteto japonês Kengo Kuma. Vale destacar que esse não é “apenas” um espaço de exibição de arte, mas uma celebração da cultura e do legado da cerâmica – especialmente a cerâmica de argila roxa – que permeia a história dessa comunidade. Para saber mais, confira todas as informações e imagens compartilhadas no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A tradição cerâmica de Yixing

Yixing é conhecida na China como a “cidade da cerâmica“; ela possui mais de mil anos de tradição nesse ofício e continua sendo um dos maiores pólos de produção de cerâmica do mundo. De modo admirável, suas técnicas artesanais foram passadas de geração em geração. A argila roxa, em particular, sempre foi altamente valorizada devido a suas propriedades únicas e beleza estética nos produtos finais.

A proposta de Kengo Kuma explora, então, essa linda história. Sua proposta é incentivar nas novas gerações a admiração pelo trabalho e herança cultural, além de revitalizar uma importante área de Yixing, transformando-a em um vibrante, dinâmico e acessível centro de exposição de artes, respeitando bem os vestígios da antiga indústria cerâmica da cidade.

Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily

O projeto do UCCA Clay Museum

O UCCA Clay Museum foi erguido em um local de Yixing onde antes abrigava um centro de produção cerâmica, composto por fábricas históricas que ajudaram a moldar a identidade da cidade. Vale destacar que a nova edificação, embora em formato bastante moderno, de estrutura escultural – como uma montanha de peças de cerâmica -, se integra bem ao tecido urbano. Sua área total é de 3.437 m². E as fachadas são revestidas de paineis feitos por artesãos locais.

Kengo Kuma afirma ter se inspirado no projeto do UCCA Clay na Montanha Sgushan, que é uma referência ao legado do “forno do dragão”, um forno tradicional em operação há mais de 600 anos na China. No fim das contas, o museu ficou parecendo como uma concha invertida. E um detalhe interessante da sua arquitetura é que os paineis na parte externa mudam de cor conforme a luz do dia e as estações do ano, criando uma experiência visual surpreendente.

Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily
Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily

Os detalhes mais incríveis da proposta

Estrutura e materiais

A estrutura do museu UCCA Clay é bastante resistente, sustentada por quatro camadas de viga de madeira treliçada, proporcionando um espaço interno dinâmico e leve. As aberturas estratégicas permitem a entrada de luz natural, criando nas salas de exposição uma atmosfera acolhedora, com jogo de luz e sombras que muda a depender do horário do dia. Além disso, essas mesmas aberturas permitem conexões visuais com as fábricas ao redor e com o canal próximo, fazendo os visitantes se sentirem parte de um ambiente cultural ainda mais amplo.

Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily
Kengo Kuma
Imagem reproduzida de Archdaily
Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily

Os paineis cerâmicos escolhidos por Kengo Kuma para revestir UCCA Clay foram feitos à mão, com uso de materiais locais, e apresentam uma superfície irregular, que evoca a “temperatura” da cerâmica na manufatura. O mais legal é que seu projeto envolveu a comunidade local na produção das peças e no processo criativo, estimulando a preservação das técnicas tradicionais. Por isso, especialistas em arquitetura afirmam que esse museu é único no mundo e uma verdadeira expressão da cultura de Yixing.

Educação e preservação

É importante dizer que o projeto do UCCA Clay Museum está alinhado completamente a um plano diretor mais amplo, que prevê a revitalização de toda a área industrial ao redor do terreno. Já por hora, nesse processo de Kengo Kuma de tentar preservar vestígios das antigas fábricas enquanto criava um novo espaço cultural, as linhas da proposta desempenharam um papel crucial na transformação da região em centro vibrante ou ponto de encontro moderno para aqueles que desejam compreender a evolução da cerâmica.

Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily
Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily
Kengo Kuma
Imagem reproduzida de Archdaily

O plano de reurbanização de Yixing prevê para o bairro a continuidade das tradições através da educação da comunidade. Especialmente o UCCA Clay Museum apresenta estúdios e oficinas onde as pessoas podem aprender, em palestras e workshops, sobre como trabalhar com cerâmica, incluindo técnicas de fabricação de vasos e telhas. Além disso, o espaço interno conta com salas de exposições temporárias e permanentes.

Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily
Kengo Kuma
Imagem de Fangfang Tian reproduzida de Archdaily

O impacto global da arquitetura de Kengo Kuma

Antes do UCCA Clay Museum, Kengo Kuma já era reconhecido por seus projetos inovadores. Ele sempre buscou criar obras com total harmonia com a paisagem local, provocando reflexões e conexão cultural. E esse projeto para Yixing é só um exemplo em seu vasto portfólio que prova como a arquitetura pode desempenhar um papel significativo na preservação cultural e revitalização de áreas históricas, ao mesmo tempo em que introduz novos conceitos e formas de viver o espaço.

Concluindo, como Kuma integra a história, a arte e a natureza em seus projetos, torna este museu um exemplo de como a arquitetura pode ser uma ponte entre o passado e o futuro.

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Fontes: Casa Vogue, Archdaily.

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Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

A Google, gigante de tecnologia, sempre está envolvida em planos audaciosos. Recentemente, foi noticiado que a empresa firmou um acordo com a startup Kairos Power, especializada em energia nuclear. O objetivo, pelo que parece, é garantir que suas operações de Inteligência Artificial (IA) sejam alimentadas por uma fonte de energia limpa e constante. A saber, esse acordo envolve a construção de sete reatores nucleares modulares (SMR) para a geração de 500 megawatts de energia até 2035. Saiba mais detalhes no artigo a seguir, do Engenharia 360!

usinas nucleares da google
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

A necessidade de energia para IA

A estratégia da Google de investir em energia nuclear tem uma explicação simples: esse é o reflexo de uma mudança de mercado, onde as empresas trabalham para suprir suas necessidades energéticas. Acontece que, pelo que já se sabe, estamos consumindo muito mais energia elétrica por conta da geração, armazenamento e processamento de dados do que a indústria consegue produzir. Imagina então a demanda agora, com o impulsionamento pelo avanço das inteligências.

Claro que, por conta das mudanças climáticas e atual crise energética global, se tem um consenso de que os novos investimentos em produção de energia precisam focar em fontes limpas, confiáveis e de baixo carbono, sobretudo as renováveis. É claro que a Google deseja estar na vanguarda dessa inovação. O problema é que os modelos de engenharia solar e eólica não atendem bem uma necessidade crescente de eletricidade em horários críticos. Por sua vez, a energia nuclear é vista como uma solução mais viável.

usinas nucleares da google
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Resumindo, se a IA está impulsionando grandes avanços em várias áreas, dentre elas a engenharia, sua inovação também exige na mesma proporção uma fonte capaz de fornecer eletricidade 24 horas por dia, sete dias por semana.

Veja Também: Usinas nucleares: tudo o que você precisa saber sobre elas

As metas da Google para transição energética

Nos últimos anos, as operações digitais e sistemas de processamento em nuvem das empresas cresceram demais. Especialistas garantem que estamos quase à beira de um colapso no sistema elétrico. Reconhecendo essa possibilidade, a Google está se adiantando e já começa a colocar em prática o plano de construir seus reatores nucleares. Além disso, ela também vem investindo pesadamente em outras fontes de produção, como solar e eólica.

A decisão de investir em energia nuclear está bem alinhada com as metas ambientais da Google. Seus gestores trabalham para que a empresa seja um dos principais players na adoção de fontes renováveis, tendo o sistema nuclear como complemento importante nesse mix que, combinando modelos, terá sua demanda totalmente suprida em questão de poucos anos; o foco é acelerar a transição para uma matriz energética completamente limpa. A saber, o primeiro reator está previsto para entrar em operação até 2030 e todos os sete até 2035.

usinas nucleares da google
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

Mas é claro que essa transição não será fácil! Desde 2019, as emissões da Google aumentaram cerca de 50% – por isso essa corrida por soluções eficazes -, e já se sabe que, até 2030, o uso de energia pelos data centers só nos Estados Unidos deve triplicar. Assim, o modelo de contrato com a Kairos Power deve servir de modelo para outras parcerias com empresas tecnológicas e startups especializadas em energia.

Os benefícios dos reatores nucleares modulares

A Google optou em investir nos SMRs devido às suas características inovadoras e promissoras. Esses reatores são compactos, fáceis de instalar e de operar em comparação com as usinas nucleares tradicionais. Além disso, elas utilizam um sistema de resfriamento diferenciado, feito com sal de flúor fundido em vez de água, o que permite um funcionamento com baixa pressão e num design mais simples e acessível, com menos riscos operacionais.

Veja Também: A Engenharia Nuclear na Produção de Eletricidade

O futuro da energia nuclear no setor de tecnologia

É claro que a Google não é a única empresa do setor tecnológico que está correndo contra o tempo na produção de energia. Outras gigantes do setor, como Amazon e Microsoft, também estão explorando essa alternativa para garantir a energia necessária para suas operações de IA.

usinas nucleares da google
Figura meramente ilustrativa – Imagem gerada em IA de Freepik

A Amazon, por exemplo, comprou um campus de data centers que funciona com energia nuclear. Já a Microsoft anunciou recentemente um acordo para reativar uma usina nuclear desativada, a Three Mile Island, na Pensilvânia, para alimentar seus próprios centros de dados. Aliás, essas iniciativas provam que a energia nuclear está ganhando cada vez mais espaço entre as big techs como uma solução para a crescente demanda energética.

A questão é que, embora investimentos como o da Google representem uma inovação significativa, elas também vêm recebendo críticas. Ambientalistas se preocupam com o descarte de resíduos radioativos, o potencial para acidentes (mesmo com uso de sal de flúor fundido ao invés de água) e os altos custos associados à construção e possível desativação dessas usinas. Mas a tendência parece estar, por hora, consolidada, com os SMRs transformando a indústria de informática e, talvez, em outras indústrias.

Veja Também: Bill Gates investe em usina nuclear de ponta


Fontes: UOL, Poder 360.

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Engenharia 360

Redação 360

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A Força Aérea Brasileira (FAB) está prestes a dar um importante passo rumo à sua autonomia espacial, colocando o país em uma posição superior no crescente mercado aeroespacial global. Está previsto que, ainda em 2024, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, seja colocada em prática a Operação Potiguar, para lançamento do foguete de sondagem VS30 V15. Saiba mais detalhes sobre essa história no artigo a seguir, do Engenharia 360!

A evolução do programa espacial brasileiro

Muitos não sabem, mas o Brasil tem uma rica história no desenvolvimento de tecnologias espaciais. Tudo começou nos anos sessenta, com o lançamento do primeiro foguete. Depois disso, a expansão das suas capacidades no setor só aumentaram, embora numa escala bem menor do que se poderia em comparação com os esforços dos engenheiros locais.

Especialmente o CLBI foi criado em 1965. Ele já realizou mais de três mil lançamentos e se tornou um centro estratégico para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias espaciais na América Latina.

Operação Potiguar para Lançamento de foguetes
Imagem de Wikimedia Commons

Claro que, apesar das conquistas, o Brasil tem enfrentado desafios significativos ao longo dos anos. Com infraestrutura cada vez mais precária e orçamento limitado – resultado de anos de negligência governamental e descrença na ciência -, tem sido difícil o progresso em relação a outras nações. Mas agora, com o aumento na demanda por lançamentos suborbitais, países como o Brasil se veem forçados a investir nessas operações. Assim surgiu a ideia da Operação Potiguar!

O que é Operação Potiguar da FAB

A Operação Potiguar da FAB tem por objetivo enviar um foguete suborbital ao espaço, o VS30 V15, com 7,911 metros de comprimento, 1,5 tonelada de peso, 278,46 kg de carga útil e quase uma tonelada de combustível sólido; se tudo der certo, esse será um marco na história da tecnologia aeroespacial brasileira. Em princípio, a data marcada para a sua realização é 29 de novembro de 2024. Só que esse é um projeto de longo prazo.

Antes de detalhar todas as fases dessa missão, vamos esclarecer o que são lançamentos suborbitais. Bem, em termos simples, trata-se do lançamento de foguetes ao espaço sem alcançar a órbita da Terra, apenas cruzando a linha da atmosfera que separa o espaço exterior. Geralmente, usa-se esse tipo de ação para testes de experimentos, coletas de dados e aprimoramento de tecnologias projetadas pela engenharia, que podem vir a ser usados para explorar o espaço profundo ou realizar experimentos de microgravidade.

Fases da operação

A FAB planeja que a Operação Potiguar será realizada em duas fases:

Primeira Fase (29 de novembro de 2024)

Lançamento do veículo de sondagem monoestágio VS30 V15, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), não-guiado e movido por propelentes sólidos, com capacidade de atingir até 6 mil km/h e uma altitude máxima de 154,9 km. Esta fase, para realização de voo de cerca de 6 minutos e 20 segundos, tem como objetivo treinar os técnicos do CLBI e verificar equipamentos (como de telemetria e radar de respostas) e processos envolvidos na atividade.

Operação Potiguar para Lançamento de foguetes
Imagem de FAB reproduzida de Correio Brasiliense

Segunda Fase (segundo semetres de 2025)

Um segundo lançamento terá como foco a qualificação do sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecida como Plataforma Suborbital de Microgravidade (PSM), garantindo eficiência e sustentabilidade das futuras operações. Essa estrutura será crucial para quando o Brasil, se quiser, realizar experimentos diversos em condições de microgravidade e recuperar cargas úteis enviadas ao espaço. Enfim, o ciclo da Operação Potiguar estaria completo!

O que espera o Brasil no futuro aeroespacial

Com o êxito da Operação Potiguar – dedos cruzados – há grande expectativa de que o Brasil consiga melhorar sua competitividade no mercado tecnológico. Afinal, ainda enfrentamos um atraso significativo nesse setor.

Esse avanço pode impulsionar o desenvolvimento econômico do país, promovendo novos intercâmbios comerciais, parcerias internacionais, trocas de conhecimento e inovações, especialmente nas áreas de telecomunicações, meteorologia e tecnologias ambientais. Além disso, fortalecerá as vantagens estratégicas da Força Aérea Brasileira, ao mesmo tempo que contribuirá para o treinamento e a capacitação de seus técnicos, preparando-os melhor para os desafios futuros no campo aeroespacial.

Operação Potiguar para Lançamento de foguetes
Imagem reproduzida de FAB

Veja Também: Projeto 14-X: saiba como a aviação brasileira está explorando a tecnologia de Hipersônica Aspirada


Fontes: Bans News, Força Aérea Brasileira, CNN Brasil.

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