Um dos equipamentos mais importantes do esquema hidráulico de uma casa é o vaso sanitário ou bacia sanitária. E a três modelos usados em residências: com válvula de descarga, caixa acoplada e caixa de descarga – este último, com cordinha, já em desuso nos projetos de arquitetura. Cada um tem suas diferenças quanto ao design e consumo de água, funcionamento e instalação. A escolha entre o modelo e outro deve ser feita com atenção e no início do projeto de instalações. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

Como escolher um esquema de descarga para banheiro?

O sistema de descarga de um banheiro é composto pelo conjunto do qual a bacia sanitária também faz parte. 

tipos de sistemas de descarga sanitária
Imagem reproduzida de Guia da Engenharia

Como dissemos no primeiro parágrafo, os dois modelos utilizados em residências atualmente são a válvula e a caixa acoplada. Especialmente a válvula requer instalação de uma coluna hidráulica embutida na parede com tubulações mais espessas vindas direto do reservatório de maneira independente. Então, quando há vazamentos, exige a quebra do revestimento para reparos, algo que traz muitas dores de cabeça.

Mas todo modelo é válido! A escolha entre um e outro vai depender do projeto de construção. Lembrando que a própria estrutura original do prédio pode inviabilizar alterações se não houver reformas de engenharia.

Faça sua escolha consciente do consumo de água. Aliás, sabia que o consumo desse equipamento na sua casa equivale a 29% dos seus gastos residenciais? Por isso o modelo com dois fluxos é considerado a alternativa mais alinhada com as metas ecológicas. Considere a substituição da válvula de parede pela bacia acoplada no seu imóvel – a troca pode ser relativamente simples.

Válvula de parede

tipos de sistemas de descarga sanitária
Imagem reproduzida de FazFacil
tipos de sistemas de descarga sanitária
Imagem reproduzida de Docol

A válvula de parede é um modelo de descarga que oferece vazão de fluxo contínuo, podendo usuário “jogar” água  para dentro da bacia sanitária o quanto quiser. Ela gera uma descarga efetiva de alta pressão, regulada por meio de um parafuso interno. Porém, é justamente isso que provoca o alto desperdício de água neste modelo.

tipos de sistemas de descarga sanitária
Imagem reproduzida de Blog da Chatuba

A vantagem de usar a válvula de parede nos projetos de arquitetura é o visual discreto e o sistema compacto. Porém as imperfeições para reparos geram quebra-quebra, com a necessidade de reposição de azulejos outro Inconveniente é o barulho – só podendo ser solucionado com revestimento da canalização com lã de vidro.

Veja Também: Hidráulica de apartamento: desmistificando o que passa por dentro das estruturas de piso e paredes do banheiro

Caixa acoplada

tipos de sistemas de descarga sanitária
Imagem reproduzida de Não Estamos Parados

Agora vamos falar do modelo de descarga que é o queridinho do momento, sendo a caixa acoplada, conhecida por sua economia de água. Seus componentes de funcionamento ficam dentro de um recipiente à parte, fora da parede. Neste caso a pressão é menor (já que o reservatório fica a poucos centímetros do vaso), impondo um limite de uso de água para o usuário.

tipos de sistemas de descarga sanitária
Imagem reproduzida de Astra

A caixa, por ser externa, fica mais exposta aos riscos de mau uso. e o seu modo de operar não permite acionamento seguido de mais uma de uma descarga – por conta disso, pode ser preciso aguardar até minutos para o reservatório encher e poder realizar nova descarga.

Curiosidades | Medidas padrões de descargas 

  • Para válvula: A altura de entrada de água é de 33 cm e a distância da parede até a saída de esgoto é de 35 cm.
  • Para caixa acoplada: A altura de entrada de água é de 20 cm e a distância da parede até a saída de esgoto é de 30,5 cm. 

Veja Também:


Fontes: Revista Cronstrução Do Começo ao Fim, Ed. Casa Dois, Ano 11; Manual da Hidráulica e Áreas Molhadas, Ed. Escala, Número 01.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O verão está chegando! As altas temperaturas pedem um banho de piscina. Se você está considerando construir este equipamento no pátio de casa, já sabe qual o material vai escolher para fazer o acabamento de borda ou a moldura dessa piscina no paisagismo? É preciso conhecer as opções disponíveis no mercado e utilizar um piso que proporciona beleza e bem-estar com as características certas que combinam com a proposta.

Atualmente, a preferência do público é pelos pisos antiderrapantes. Uma tendência em alta nas últimas décadas são os pisos atérmicos, que não esquentam. Há também os decks, as pedras nobres e até mesmo os tijolos. Detalhamos melhor estas opções no artigo a seguir, do Engenharia 360!

1. Pedras

molduras de piscinas
Imagem de 4045 em Freepik

A lista de opções nesta categoria é bem extensa – sem contar que a manutenção é mais simples, é só lavar com água e sabão ou limpar com limpa pedras. Geralmente o que mais se vê nos projetos de arquitetura são as placas São Tomé e Goiás. Uma alternativa mais moderna é Limestone. E ainda pode se usar certos tipos de granito.

Quanto ao acabamento dessas pedras, as placas de maior resistência podem receber tratamento apicotado, flameado ou levigado. Especialmente o granito precisa ser avaliado, certos tipos de acabamentos só podem ser aplicados em peças com espessura superior a 2,5 cm.

2. Cerâmica

molduras de piscinas
Imagem de awesomecontent em Freepik

A qualidade das peças cerâmicas para revestimento vendidas hoje nas lojas é muito maior, permitindo que sejam usadas em molduras de piscinas . Aquelas projetadas para tal finalidade possuem acabamento antiderrapante, são fáceis de limpar, apresentam alta resistência e baixa absorção de água. No entanto, só alguns poucos modelos (mais caros) são verdadeiramente atérmicos.

3. Deques

molduras de piscinas
Imagem de jannoon028 em Freepik

Esse é um tipo de solução muito empregada como molduras de piscina compostos por réguas de madeira ou PVC os decks sofrem menos com ações do tempo. Sendo em madeira, precisam ser envernizados com verniz duplo filtro solar

4. Tijolos

molduras de piscinas
Imagem de rawpixel.com em Freepik

Os tijolos, justamente por serem feitos de cerâmica, são atérmicos; e inclusive, por apresentar acabamento antiderrapante, tornam-se perfeitos como molduras de piscinas. Contudo, precisam receber camada impermeabilizante para prolongar sua durabilidade.

5.  Pisos cimentícios

molduras de piscinas
Imagem de vecstock em Freepik

Os pisos cimentícios, compostos por cimento branco e minerais refratários, são a melhor opção para bordas de piscina. Eles são versáteis, resistentes ao tráfego, atérmicos e antiderrapantes oferecendo muito conforto, proteção e charme a essas áreas de lazer. Inclusive esse material pode ser moldado para imitar madeira, pedras e concreto. Essas texturas devem conferir bem-estar e personalidade aos projetos.

Uma característica que chama atenção neste material são os pequenos furos em sua superfície, que fazem às vezes de ventosas, contribuindo para a maior aderência e absorção de calor. Suas tonalidades e texturas combinam bem com outros materiais de paisagismo,como decks, pastilhas, seixos, etc, além da própria coloração da água da piscina.E se necessário, ainda há opções de peças grelhas, executadas em concreto atérmico, para o escoamento de água.

Durante o assentamento não se pode exceder na quantidade de argamassa para não tampar os poros existentes. Na manutenção nada de lavar com lava jatos de pressão e produtos abrasivos. E o rejuntamento deve ser feito com bisnaga e fita crepe para proteção das peças alguns fabricantes chegam até a indicar impermeabilização do piso, feita com óleo fugante à base de água para proteção contra manchas, gorduras e o desenvolvimento de micro-organismos como fungos e algas. 

Bônus | Revestimento interno de piscinas

molduras de piscinas
Imagem de Freepik

Falamos em todo este texto sobre materiais para bordas e molduras de piscinas, mas o que usar na parte interna dessas estruturas? Não sendo de fibra, mas sim de alvenaria, as piscinas podem ser revestidas de vários materiais, com cores, texturas e desenhos diferentes, seguindo as preferências do projeto arquitetônico.

Entre as opções mais preferidas pelos engenheiros estão as pastilhas (de vidro, cerâmica ou porcelana), nos modelos próprios para essa finalidade, com baixa absorção de água, alta resistência e aderência. Nesse caso, vale escolher os produtos de melhor qualidade, como argamassa e rejunte adequados. Para o assentamento a superfície deve estar nivelada e seca ponto e só depois de 48 horas é possível aplicar o rejunte.

Uma alternativa ainda mais moderna e prática para piscinas, com menor manutenção, é o cimento estrutural. Perfeita para equipamentos em formatos orgânicos, pois é maleável e permite a criação de diversas formas. Sua superfície fica lisa, homogênea e resistente. Para sua impermeabilização, por exemplo, pode-se usar produto especial, com cristais de quartzo e aditivos.

Como fazer drenagem ao redor da piscina?

O projeto de paisagismo do quintal da casa pode contar além da piscina com o sistema de drenagem, o objetivo é evitar problemas de infiltração e vazamentos.

molduras de piscinas
Imagem reproduzida de Total Solo – Soluções em Geotecnia
molduras de piscinas
Imagem de 8photo em Freepik

Para fazer isso será necessária a instalação de tubulação subterrânea. Um jeito é com o uso de valas no solo, forradas com mantas e o texto envolvida com britas.Esse conjunto funcionará como filtrante e ainda pode receber um tubo ranhurado, que irá favorecer o escoamento da água.O sistema Então deve impedir o contato da água com a terra sem entupir a drenagem, além da lama com a borda e a água da piscina.

molduras de piscinas
Imagem de Freepik

Veja Também:

Conheça os 5 tipos diferentes de tratamento de piscinas

Medidas e Cálculo de Volume de Água em Piscinas


Fontes: Revista Cronstrução Do Começo ao Fim, Ed. Casa Dois, Ano 11; Revista Casa e Construção, Ed. Escala, Número 01; Manual da Hidráulica e Áreas Molhadas, Ed. Escala, Número 01.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Nenhum profissional consegue executar seus trabalhos sozinho. Parcerias são necessárias para tornar ideias realidade. Por exemplo, um construtor civil deve realizar em um determinado momento contratos com prestadores de serviço. Mas, infelizmente, não é incomum dores de cabeça neste momento.

Algumas medidas devem ser tomadas antes da contratação. Um documento bem redigido e assinado entre as partes – desde engenheiros e arquitetos até empreiteiros, pintores, encanadores eletricistas e mais – pode assegurar que prazos sejam cumpridos, trabalhadores que recebam pagamento não sumam, entre outros problemas.

contratos com prestadores de serviço de engenharia
Imagem de Freepik

Pensando nisso, o Engenharia 360 listou algumas dicas que podem lhe ajudar na hora de fechar o contrato. Confira!

1. Descreva os serviços

 Liste corretamente dentro dos contratos com prestadores de serviço os serviços que devem ser prestados. Além disso, destaque bem quais são os prazos e pagamentos limites além de obrigações de todas as partes envolvidas em cada etapa de execução.

2.  Estabeleça limites

Deve-se deixar claro nos contratos assinados até onde vai o serviço de cada profissional envolvido na obra. Mesmo que você seja o autor do projeto, especifique – até para esclarecer para seu cliente – até onde vai o detalhamento, a área e a localização da obra; E principalmente, quem fará ou não o acompanhamento da mesma.

contratos com prestadores de serviço de engenharia
Imagem de Freepik

3.  Dite Quem fará as contratações

Engenheiros e arquitetos sempre costumam ter parceiros profissionais de confiança. Mas os clientes sempre podem dizer que preferem escolher outro profissional por indicação de amigos e familiares. Neste caso, é ainda mais importante deixar claro em contrato entre as partes sobre quem ficará responsável pela contratação de mão de obra, eliminando quaisquer trocas de acusações que possam levar a problemas judiciais.

Observação: Quando o engenheiro fica responsável pela contratação da mão de obra, é fundamental também colocar no contrato quem será o responsável pelo recolhimento do INSS dos trabalhadores terceirizados, como funileiros, serralheiros, etc.

4. Dite quem comprará os materiais

Outra questão importante que deve estar discriminada em contratos de prestação de serviços é quem será responsável pela aquisição dos materiais de construção. Ademais, quem fará o acompanhamento das entregas e estocagem dos itens dentro do canteiro de obras. Lembrando que alguns materiais requerem cuidados extras, sobretudo pisos porcelanatos e peças em louça.Já os sacos de cimento e itens elétricos devem ser acomodados sobre paletes, evitando o contato com umidade que possa comprometer sua qualidade e funcionalidade.

5.  Especifique o tipo de contrato

Vale dizer que, dentro do mundo da construção civil pode-se fazer alguns tipos de contrato entre engenheiros e clientes: de preço global ou fechado, também preço unitário ou administrativo.

Na dúvida, o melhor caminho é contratar um escritório de advocacia para esclarecer Qual o modelo deve não apenas atender as necessidades de sua empresa, mas lhe proteger de problemas burocráticos e judiciais. Saiba que não existe um modelo padrão. Cada caso será um caso, pois toda situação exige artigos diferentes.

contratos com prestadores de serviço de engenharia
Imagem de Freepik

Bônus | Dicas extras

  • Mesmo que você venha a trabalhar com velhos parceiros de confiança, segundo seus critérios, não deixe de fazer um contrato.
  • Quanto mais detalhado for o documento, mais segurança e garantias são fornecidas para sua obra.
  • Nunca assine sem ler, e leia com cuidado todas as cláusulas.
  • Depois do documento ser assinado por todos, é recomendado ir até um cartório para reconhecer firma das assinaturas.
  • Em casos de descumprimento de alguma cláusula, procure a justiça e até mesmo a  Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) da sua região.
contratos com prestadores de serviço de engenharia
Imagem de Freepik

Quais os modelos de contrato usados na engenharia?

  • Preço global ou fechado: Quando ganho é maior, mas com a desvantagem de perdas de lucro em caso de gastos além do previsto na execução. Por isso, tende a beneficiar mais os proprietários dos imóveis – apesar de não permitir alterações de metragem, acabamentos e demais detalhes do projeto ao longo do tempo.
  • Preço unitário: Também traz prejuízos se o orçamento inicial for ultrapassado. Mas garante o recebimento do valor total do serviço realizado, sem abrir margem para questionamentos sobre as quantidades a executar, porém o modelo exige mais controle de gestão de obras.
  • Administração: Sem perdas de dinheiro, permitindo mais margem para gastos além do que estava previsto. Nesse caso, o proprietário pode alterar acabamentos e outros detalhes durante a obra, ou seja, sem amarras de que a construção só será erguida dentro do orçamento inicial.

Veja Também: Como Escrever Seu Primeiro Contrato de Engenharia?


Fonte: Revista Cronstrução Do Começo ao Fim, Ed. Casa Dois, Ano 11.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A computação espacial é uma tecnologia emergente que integra o ambiente físico e digital de forma natural e fluida. Ela é responsável pela criação de experiências imersivas que vão bem além de interfaces tradicionais. Por isso, é considerada como uma das mais fascinantes inovações do século XXI, com potencial de transformar a maneira como interagimos com o mundo ao nosso redor. Confira no artigo a seguir, do Engenharia 360, quais são suas aplicações em diversos setores!

O que é computação espacial

Computação espacial é uma área da ciência da computação que permite interação com dados e processos de forma tridimensional, integrando informações digitais – inclusive aquelas que antes eram restritas a telas de computadores e dispositivos móveis – ao ambiente físico ao nosso real.

Vale destacar que, para isso, a computação espacial se vale de diferentes tecnologias, como sensores, câmeras, acelerômetros, giroscópios e algoritmos, mapeando e compreendendo o espaço, permitindo a projeção de hologramas e a manipulação de objetos virtuais. Ou seja, são criados ambientes onde dados e informações virtuais se fundem perfeitamente ao mundo real. Ainda difícil de entender? Quer um exemplo?

Explicações sobre o funcionamento

Imagine se você deseja comprar uma bolsa. Ao invés de ver o modelo em tela plana, pode colocar um óculos VR, “entrar” num ambiente digital e manipular sua versão virtual através de gestos e movimentos corporais. Essa seria uma experiência rica e realista, como se estivésse em uma loja física, olhando para o objeto real.

computação espacial
Imagem gerada em IA de Freepik

A saber, o Apple Vision Pro, da Apple, é um dos melhores exemplos de tecnologia de computação espacial da atualidade. O dispositivo – um headset de realidade mista – combina conteúdo digital com o mundo físico de maneira revolucionária. Ele consegue mapear o ambiente ao redor do usuário e projetar elementos virtuais que se integram perfeitamente ao espaço real. Desse modo, os usuários conseguem interagir com aplicativos de forma imersiva, capturando memórias e assistindo a conteúdos multimídia em um novo nível.

As possíveis aplicações da computação espacial

A computação espacial oferece uma ampla gama de aplicações que já estão transformando diversos setores. Aqui estão algumas das áreas mais relevantes:

1. Entretenimento e jogos

Revolucionando a interação com mundos virtuais, a computação espacial oferece experiências imersivas em jogos e filmes, integrando elementos digitais ao ambiente físico. Exemplos incluem jogos que utilizam o espaço real do jogador e filmes projetados em telas virtuais flutuantes.

computação espacial
Imagem gerada em IA de Freepik

2. Educação

Ferramentas interativas permitem explorar modelos 3D, facilitando o aprendizado de conceitos complexos. Nesse caso, os estudantes podem visualizar estruturas anatômicas ou eventos históricos de maneira prática e envolvente.

computação espacial
Imagem gerada em IA de Freepik

3. Medicina e saúde

Projeções de informações vitais durante cirurgias aumentam a precisão e segurança. Além disso, simulações ajudam no treinamento de profissionais, e pacientes recebem orientações claras, com projeções que facilitam o entendimento de tratamentos.

computação espacial
Imagem gerada em IA de Freepik

4. Arquitetura e design

Profissionais podem visualizar projetos em escala real antes da execução, otimizando designs, reduzindo custos e aprimorando a comunicação com clientes. E modelos 3D possibilitam simulações precisas no local da construção.

5. Comunicação

Videoconferências tornam-se mais imersivas, simulando a presença física de participantes em um mesmo ambiente, mesmo quando estão em locais diferentes, transformando a interação remota.

6. Trabalho

Ambientes virtuais permitem colaboração em tempo real entre equipes dispersas geograficamente. Inclusive, reuniões virtuais oferecem uma sensação de presença compartilhada, viabilizando um novo modelo de trabalho remoto.

7. Comércio e compras

Por fim, consumidores podem visualizar produtos em escala real no ambiente antes da compra, aprimorando a experiência de avaliação. Por exemplo, o corte de um vestido pode ser “testado” visualmente no corpo antes da decisão de compra.

Os desafios e perspectivas da computação espacial

A computação espacial é, sem dúvidas, uma tecnologia promissora, mas que enfrenta desafios. Um dos maiores obstáculos é a necessidade urgente do desenvolvimento de dispositivos como óculos de VR mais leves, confortáveis e com alta capacidade de processamento. Também equipamentos fáceis de usar e a um custo menor, permitindo sua acessibilidade a um público mais amplo. E, para completar, aplicativos que aproveitem melhor o potencial da própria computação espacial.

Apesar dos pesares, grandes empresas já estão investindo pesadamente no desenvolvimento de novos dispositivos que utilizem computação espacial integrada a outras tecnologias, como de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), o que deve expandir ainda mais as aplicações dessa inovação.

A expectativa é que nos próximos anos vejamos tudo isso devidamente aplicado ao nosso cotidiano. Por exemplo, em videoconferências mais imersivas, ambientes virtuais para colaboração em tempo real entre equipes de trabalho distantes geograficamente, e pacientes recebendo orientações médicas via projeções diretamente em seus campos de visão.

computação espacial
Imagem gerada em IA de Freepik

Veja Também:

O futuro com VR e AR: o que esperar dessas tecnologias?

Como transformar qualquer coisa em um bloco para SketchUp?


Fontes: TecMundo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Dentre tantos avanços impressionantes da tecnologia, o surgimento dos modelos de Inteligência Artificial é o que mais tem chances de impactar nosso futuro. Inclusive, já podemos considerar a assistência de IA na modificação e criação de áudios. A exemplo do último lançamento da NVIDIA, o Fugatto. Este sistema promete revolucionar como produtores de música, filmes e games criam e manipulam sons. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Nvidia
Imagem reproduzida de NVIDIA

O papel da NVIDIA na evolução tecnológica

A NVIDIA é uma empresa mundialmente conhecida pelo fornecimento de chips e softwares para sistemas de Inteligência Artificial (IA). Ela tem sido uma força motriz na inovação tecnológica global, liderando o desenvolvimento de soluções que melhoram a eficiência dos processos criativos e expandem fronteiras de projetos, inclusive no setor musical. E o lançamento do Fugatto é mais um passo nessa jornada!

O grande anúncio foi feito em novembro de 2024. A empresa revelou sua criação; trata-se de um modelo de IA para gerar efeitos sonoros e música a partir de simples descrições textuais e até modificar áudios já gravados.

O que é e como funciona o Fugatto

A fronteira da criatividade foi aberta! Agora é possível criar sons inteiramente novos a partir de textos. Imagine poder fazer com que um trompete soe como o latido de um cachorro para animar uma cena de videogame. Ou, então, modificar áudios já existentes, como um trecho ticado no piano transformado em interpretação vocal humana. Bom, dá para fazer! Essa é a proposta para o Fugatto (Foundational Generative Audio Transformer Opus 1), da NVIDIA.

É interessante como essa tecnologia funciona. Em vez de depender exclusivamente de sons gerados digitalmente, o Fugatto consegue adaptar a essência de um áudio e transformá-lo de maneiras que eram impensáveis até pouco tempo atrás. Pode-se dizer que isso coloca a tecnologia NVIDIA em um patamar à frente de outras soluções similares do mercado, incluindo da Meta. Até mesmo quem não tem formação musical vai se sentir a vontade de experimentar com sons de maneira intuitiva, como um produtor musical profissional.

Nvidia
Imagem reproduzida de NVIDIA
Nvidia
Imagem reproduzida de NVIDIA

O impacto do Fugatto na música e no entretenimento

Então, será que não é mais necessário ter um vasto conhecimento técnico para criar sons e músicas de alta qualidade? Talvez não! Amadores e profissionais poderiam utilizar a IA da NVIDIA para explorar sua criatividade sem depender de equipamentos de gravação caros. E mais, em vez de passar horas no estúdio, compondo e gravando, podem simplesmente escrever o que desejam e deixar a tecnologia fazer o trabalho pesado. É, esse debate, sem dúvidas, ainda vai muito longe!

O que queremos destacar aqui é que essa relação da música com as tecnologias não é algo novo. Nos últimos cinquenta anos, computadores e sintetizadores transformaram radicalmente como a música é criada e consumida. Desde o lançamento dos dispositivos analógicos até os digitais, foram abertas inúmeras oportunidades para compositores e produtores. E agora essa mesma indústria pode se beneficiar das IAs para criar experiências sonoras mais imersivas.

Outras aplicações

O impacto do Fugatto não deve se limitar apenas à música. No campo do cinema, da televisão e dos games, o sistema pode revolucionar dublagens (inclusive com sotaques) e efeitos sonoros (sem precisar de um grande banco de sons), tudo gerado a partir de um simples comando textual. A IA da NVIDIA também poderá ser utilizada para modificar diálogos e outras narrativas audiovisuais com bastante flexibilidade criativa.

Nvidia
Imagem reproduzida de NVIDIA
Nvidia
Imagem reproduzida de NVIDIA

O futuro da IA generativa no áudio

A introdução do Fugatto no mercado pode indicar o começo de uma nova era na produção musical. Mas será que isso é bom ou ruim? Vamos refletir sobre isso?

Por um lado, podemos esperar um aumento na diversidade musical e na experimentação sonora. Por outro, podemos nos preocupar com uma onda de infrações éticas e de direitos autorais; ainda a criação de desinformação ou a manipulação de áudios para outros fins prejudiciais. Porque, sim, qualquer tecnologia generativa traz riscos e pode ser usada para fins indesejados ou ilegais. Mas será que tem como barrar essa revolução?

Um caminho é encontrar o equilíbrio entre inovação e regulamentação. E a sociedade precisará estabelecer diretrizes claras para garantir que o uso da tecnologia seja feito de maneira ética e que os direitos de todos os envolvidos sejam respeitados.

Veja Também:

O que é o recurso Eye Contact da NVIDIA?

Nova tecnologia NVIDIA controla robôs com Apple Vision Pro


Fontes: Infomoney, Fast Comany Brasil.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A mobilidade deu mais um salto rumo ao futuro! Duvida? Recentemente, a fabricante de veículos elétricos XPENG apresentou ao público, durante a 15ª Feira Internacional de Aviação da China (Airshow China), em 12 de novembro, o Land Aircraft Carrier, seu primeiro carro voador. Esse foi um verdadeiro espetáculo tecnológico!

Na ocasião, o que mais chamou atenção dos espectadores foi não só a capacidade desse carro de voar, mas sua integração com um módulo terrestre elétrico. A solução promete, segundo seus designers, reduzir os limites entre o céu e a terra, oferecendo uma alternativa de transporte mais eficiente, sustentável e revolucionário. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

carro voador
Imagem reproduzida de Xinhua em Época Negócios

A apresentação do Land Aircraft Carrier

Com base na apresentação na Airshow China, o Land Aircraft Carrier é capaz de realizar manobras impressionantes, inclusive acelerar linear em baixa altitude, subir em espiral, descer de modo controlado e pousar preciso. Todos esses movimentos foram executados com total autonomia, sob o comando de um piloto automático de última geração. E além do desempenho robusto e funcionalidade prática, o design futurista do conjunto também agradou os milhares de entusiastas da aviação e tecnologia presentes no evento.

As características inovadoras do carro voador

Talvez de tudo que esse carro voador e carro elétrico da XPENG possa fazer, é a capacidade de operar automaticamente para voo que mais atrai na tecnologia Land Aircraft Carrier. A ideia dos criadores é facilitar a locomoção das pessoas, além de garantir segurança e eficiência.

Então, basicamente tal engenharia é dividida em duas partes: terrestre e aérea. O módulo terrestre é um veículo elétrico que funciona como um verdadeiro “porta-aviões” para transporte e recarga do dispositivo aéreo (via estação de recarga móvel). Pode-se dizer que isso não apenas facilita o uso do carro voador, como redefine o conceito de mobilidade híbrida. A saber, o processo de acoplamento leva apenas 5 minutos e não requer controle manual, sendo muito prático.

carro voador
Imagem reprodução Forbes

O impacto da tecnologia na mobilidade urbana

Vale destacar que a empresa chinesa XPENG já detém uma importante posição no mercado de veículos elétricos. Mas agora, com o Land Aircraft Carrier, ela se torna uma pioneira na integração de transporte terrestre e aéreo. Segundo especialistas do setor, esta é uma resposta direta às demandas crescentes de grandes metrópoles por soluções de mobilidade que reduzam o trânsito e os tempos de deslocamento. E é possível também que a utilização da tecnologia elétrica em ambos os módulos reforce o próprio compromisso da XPENG com a sustentabilidade.

De fato, veículos como o Land Aircraft Carrier provaram em testes serem uma solução mais sustentável em comparação com os veículos convencionais, movidos a combustíveis fósseis. A saber, a utilização de energia elétrica para suas operações reduz as emissões de carbono, contribuindo para um futuro mais limpo.

As tendências globais na mobilidade aérea

A XPENG já iniciou a produção em massa do Land Aircraft Carrier. A previsão é de lançar as primeiras unidades já no terceiro semestre de 2025, com as entregas programadas para 2026. Em princípio, a capacidade anual de fabricação do modelo (com módulos terrestre e aérea) é de 10 mil unidades. Cerca de 2 mil pessoas já fizeram suas encomendas, evidenciando o potencial comercial do veículo e a expectativa positiva em relação ao seu desempenho.

Só que, apesar do entusiasmo inicial na pré-venda, a aceitação do mercado ainda é uma dúvida. Certamente a confiança na tecnologia será essencial para sua integração no cotidiano das pessoas. A regulamentação para veículos voadores está atrasada em vários países, sem contar que as cidades ainda enfrentam desafios para adaptar suas infraestruturas para suportar esse tipo de transporte. Essas são só algumas barreiras que precisam ser superadas.

Todavia, podemos esperar, sim, uma revolução provocada pelas tecnologias. Com a crescente urbanização urbana e os congestionamentos nas vias, soluções como carros voadores podem oferecer uma alternativa viável para melhorar a mobilidade. Logo esses veículos devem se tornar parte da paisagem cotidiana. E, pelo que tudo indica, a XPENG demonstra confiança nessa visão de futuro.

Veja Também: Carro Voador de R$ 1,5 mi é promessa para 2025


Fontes: Forbes.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A luta contra o câncer é uma batalha cruel e cansativa, que só pode ser vencida quando se consegue usar as “armas” certas no tempo certo. Isso quer dizer que o diagnóstico precoce é importante para salvar vidas!

A ciência vem trabalhando para desenvolver métodos mais eficazes e rápidos para detecção da doença. Um exemplo é a inovação apresentada pela biomédica brasileira Deborah Zanforlin, o ConquerX. Trata-se de um dispositivo revolucionário, um chip capaz de identificar até 18 tipos diferentes de câncer em apenas 15 minutos e utilizando uma simples amostra de sangue. Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

chip
Imagem reproduzida de BNT Online

O contexto da inovação na biomedicina

Não sei se você sabe, mas o câncer é uma das principais causas de mortalidade no mundo; e as chances de cura só aumentam quando a doença é detectada em estágios iniciais – é uma batalha contra o tempo. Nesse caso, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico precoce eleva as taxas de sobrevivência em até 70%. Mas a ideia do ConquerX é agilizar o diagnóstico, renovando a esperança dos pacientes, permitindo que eles iniciem o tratamento mais cedo e com maiores probabilidades de sucesso.

Em entrevista, a cientista Deborah destacou que os exames tradicionais são quase sempre caros e inacessíveis para grande parte da população, especialmente em áreas rurais e comunidades carentes. E o ConquerX é diferente! Para começar ele é fácil de usar; e sendo pequeno e leve, pode ser levado aonde for necessário. Ou seja, a acessibilidade é o pilar mais importante desse projeto, visando democratizar o diagnóstico de câncer.

A tecnologia por trás do chip ConquerX

O funcionamento do ConquerX é fascinante! O mesmo utiliza tecnologia de biossensor em formato de chip para detectar presença e mapear marcadores sanguíneos específicos associados a diferentes tipos de câncer. Na prática, esse método – sem emissão de radiação – elimina a necessidade de exames caros e invasivos, como tomografias e mamografias. E a melhor parte é que os pacientes podem ter resultados precisos em questão de minutos.

Se você já precisou ir ao médico e aguardar o resultado de um exame sério, sabe o quanto a espera para obter as respostas necessárias é angustiante demais. Então, com a eficiência do ConquerX, a medicina poderia ter um ganho de tempo, melhor usado no tratamento dos pacientes. Com o diagnóstico rápido e mais chances de recuperação, o ambiente médico torna-se mais positivo e esperançoso para todos!

chip
Imagem de @deborahzanforlin reproduzida de Portal Plural

Resultados em testes

Deborah Zanforlin realizou os primeiros testes do ConquerX em Pernambuco. Na ocasião, os resultados foram promissores, o que ajudou os cientistas a formar parcerias internacionais para expandir sua pesquisa. Em 2015, ela foi reconhecida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um marco importante que consolidou sua credibilidade no campo da biomedicina. Agora a colaboração já conta com especialistas da Eslováquia, Vietnã, Espanha e Argentina.

O futuro do ConquerX na medicina

Como pudemos perceber, a tecnologia do ConquerX tem grande potencial e pode transformar como a sociedade enxerga o câncer. Ao facilitar diagnósticos precoces, o dispositivo pode ajudar a desestigmatizar a doença e promover uma cultura de prevenção, inclusive em locais onde as infraestruturas médicas são limitadas.

Mas a caminhada de Deborah Zanforlin deve continuar. Isso porque, apesar do avanço de suas pesquisas, o dispositivo ConquerX precisa passar por aprovações regulatórias, incluindo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), antes de ser produzido em larga escala e adotado pela medicina. Essas certificações são cruciais para garantir a segurança e eficácia do chip.

Deborah Zanforlin expressa otimismo ao afirmar que a ciência, apesar de demandar paciência, está preparada para transformar o futuro da medicina.

Veja Também: Engenheiros mecânicos desenvolvem modelo de tumor mais próximo da realidade


Fontes: Porto Alegre 24 horas, Diário Econômico.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

O setor de engenharia de microscopia acaba de dar um grande salto! Foi lançada recentemente a tecnologia lente iMicro Q3p, uma mini lente projetada para transformar smartphones em microscópios de alta precisão, ideal para uso científico e acadêmico. O dispositivo portátil, leve (menos de 0,5 gramas), fácil de transportar, de design compacto e com diversas funcionalidades avançadas, é capaz de ampliar objetos até 1200 vezes. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais! 

A revolução na microscopia portátil

O iMicro Q3p é um tipo de microscópio portátil, com dimensões reduzidas (de apenas meia polegada ou 1,27 cm), compatíveis para ser fixado à lente de uma câmera de qualquer smartphone. O mesmo utiliza milhares de nanossucções (ventosas), como patas de lagartixa, para se aderir à lente dos celulares – por isso é que consegue ser compatível com uma gama tão vasta de modelos, incluindo Androides e iPhones.

mini lente microscópio
Imagem reproduzida de The Awesomer
mini lente microscópio
Imagem reproduzida de The Awesomer

O destaque maior desta tecnologia é a combinação de ampliação óptica com o zoom digital do próprio telefone, o que garante capturas detalhadas de estruturas submicrônicas. E o polarizado integrado ajuda a melhorar o contraste e a qualidade cromática das imagens, facilitando a análise de cristais e minerais.

mini lente microscópio
Imagem reproduzida de The Awesomer

As funcionalidades inovadoras do iMicro Q3p

As características do iMicro Q3p permitem que a nova tecnologia supere as capacidades da maioria das lentes macro disponíveis no mercado – sem contar que seu custo é mais baixo. Sem dúvidas, sua lente polarizadora é o maior diferencial, permitindo controle melhor da iluminação que passa pelos objetos analisados, aumentando a clareza e o contraste das imagens. Todos esses ajustes são especialmente úteis para análise de estruturas cristalinas e minerais.

mini lente microscópio
Imagem reproduzida de The Awesomer

Ademais, vale citar que o kit do iMicro Q3p acompanha suporte de focalização e micrômetro para medições precisas, além de aplicativo i-Seeing, que calibra e otimiza as análises. Assim sendo, o novo dispositivo se torna uma ferramenta versátil para diversas aplicações!

Observação: Apesar de todas as vantagens anteriormente listadas, a resolução do iMicro Q3p ainda é inferior a microscópios laboratoriais avançados.

As possíveis aplicações práticas para o iMicro Q3p

Segundo os desenvolvedores do iMicro Q3p, em princípio, a tecnologia seria voltada ao uso educacional, em salas de aula, para observação de células, tecidos e outros materiais biológicos. Também em ambientes industriais, onde a visualização detalhada de componentes e materiais é crucial. Ou ainda por entusiastas pelas ciências, para exploração do mundo microscópio em casa ou ao ar livre.

mini lente microscópio
Imagem reproduzida de Nerdizmo
mini lente microscópio
Imagem reproduzida de Nerdizmo

A perspectiva dos engenheiros é que, com o novo dispositivo, se tenha um pouco mais de democratização da ciência! Até porque, diferente dos equipamentos laboratoriais tradicionais, caros e inacessíveis para muitos, essa inovação poderia ser adquirida por qualquer pessoa de forma prática e econômica. A saber, o preço de venda estimado para o iMicro Q3p é R$ 195,00 ou cerca de U$ 39,00 (dados de 2024). 

O futuro da microscopia portátil

O iMicro Q3p é a sexta geração da série iMicro. Neste momento, a meta inicial de vendas já superou as expectativas e atraiu muita a atenção do público, isso por conta do financiamento coletivo Kickstarter. Os primeiros dispositivos devem ser entregues ainda neste ano, após o lançamento oficial da campanha em 16 de dezembro.

Talvez esse seja só o começo de uma grande revolução no campo da microscopia, transformando a maneira como enxergamos o mundo ao nosso redor, ampliando os horizontes da observação e impactando como as ciências são ensinadas e aplicadas. Aguardemos os próximos capítulos dessa história!

Veja Também: Engenharia e biologia: uma outra forma de olhar as células


Fontes: Olhar Digital.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A engenharia desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico de qualquer país, base para avanços na infraestrutura, empreendedorismo, cidades inteligentes e mais. E aqui vai uma boa e uma má notícia: o Brasil tem engenheiros ocupando 50% dos cargos executivos de presidência em empresas; no entanto, cada vez menos forma estudantes nos cursos de bacharelado.

Bem, como se pode imaginar, esse fenômeno já compromete o setor e ainda ameaça o futuro da profissão num mercado que clama por mais engenheiros qualificados. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar as razões por trás de tudo isso. Confira!

engenheiros - cursos de engenharia
Imagem de Freepik

A preocupante evasão nos cursos de engenharia

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação, a taxa de evasão nos cursos superior (2023/2024) varia entre 25% a 80%, a depender do modelo de ensino. Diferente do que alguns possam pensar por conta das facilidades trazidas pelas tecnologias, o ensino a distância (EaD) é o que mais sofre, podendo chegar a 80%. Nas instituições públicas, a taxa está entre 25% e 30%, enquanto nas privadas varia de 40% a 50%. 

A questão é que, segundo o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), no cenário ideal, o Brasil deveria formar cerca de 1 milhão de engenheiros até 2030 para atender as demandas do mercado interno. Só que, infelizmente, estamos bem distantes disso!

Fatores que contribuem para a evasão

Alguns fatores contribuem para essa alta taxa de evasão nos cursos de engenharia. Entre os principais estão:

  • Dificuldades acadêmicas: Falta de preparação nas disciplinas básicas, como matemática e física.
  • Carga horária elevada: Turnos irregulares e alta carga horária dificultam a conciliação entre estudo e trabalho.
  • Qualidade do ensino: Deficiência na qualidade do ensino, especialmente em cursos EAD, onde o suporte aos alunos é insuficiente.
  • Desmotivação: Falta de identificação com o curso e visão negativa sobre o futuro na profissão.
  • Falta de incentivo: Jovens não veem a engenharia como uma profissão atraente, preferindo áreas menos desafiadoras.
engenheiros - cursos de engenharia
Imagem de Freepik

O impacto da evasão no mercado de trabalho

Como salientamos no início deste texto, a evasão nos cursos de engenharia tem repercussões diretas no mercado de trabalho e na economia do país. Atualmente, há uma relação alarmante no Brasil entre a formação em engenharia e outras áreas. Por exemplo, enquanto países desenvolvidos formam 3 engenheiros para cada 5 profissionais de áreas de administração e direito, por aqui essa proporção é de apenas 1 engenheiro para cada 11 formados nessas áreas.

A escassez de engenheiros qualificados deve levar o Brasil a uma estagnação econômica sem precedentes muito em breve. Não querendo ser pessimistas, mas cientistas, como engenheiros, são fundamentais para impulsionar inovações tecnológicas e contribuir para o crescimento sustentável do país. Então, se desacreditamos da ciência, se investimos cada vez menos em ciência e na formação técnica, vamos ficar para trás em relação a outras nações.

engenheiros - cursos de engenharia
Imagem de Freepik

O papel das universidades na formação dos engenheiros

É claro que o estímulo à curiosidade e ao gosto por criação e inovação deve começar cedo, dentro de casa, quando a pessoa é ainda criança. Já citamos outras vezes aqui, no Engenharia 360, como brinquedos a exemplo do LEGO aproximam as crianças da engenharia. Professores bem preparados na educação básica também devem contribuir para a promoção do gosto por ciências exatas. Enfim, todo esse conjunto de estímulos pode ser decisivo para a escolha futura da profissão.

Já quando dentro das universidades, os futuros engenheiros precisam receber uma educação de qualidade, com disciplinas que permitam os alunos ter contato mais cedo com a prática da engenharia. Além disso, é fundamental que as universidades ofereçam suporte psicológico e acadêmico aos alunos durante os períodos iniciais. Essas são medidas que ajudariam na retenção dos alunos nos cursos!

O futuro da engenharia no Brasil: Desafios e soluções

O Brasil precisa de mais engenheiros! O déficit atual de engenheiros qualificados no mercado prejudica o país em sua competitividade internacional, limitando sua capacidade de inovação e crescimento tecnológico.

Então, o que podemos fazer para mudar este cenário? Bom, uma coisa é certa, este esforço precisa ser coletivo, envolvendo não apenas universidades e conselhos profissionais, mas toda a sociedade. O papel de portais, como o Engenharia 360, é ajudar na conscientização da população sobre a importância das engenharias. Mas é preciso mais, muito mais ações direcionadas ao fortalecimento das engenharias no Brasil!

  • Melhoria na educação básica: Reforço do ensino de matemática, física e outras disciplinas essenciais desde o ensino fundamental.
  • Qualidade nos cursos superiores: Garantia de que as instituições, especialmente as que oferecem EAD, possuam infraestrutura adequada e professores qualificados.
  • Incentivos governamentais: Políticas públicas que apoiem financeiramente estudantes e promovam a valorização da engenharia.
  • Capacitação contínua: Investimentos em programas que ofereçam cursos gratuitos e suporte aos novos profissionais.
  • Aproximação com empresas: Parcerias entre universidades e o setor privado podem facilitar a inserção dos engenheiros no mercado de trabalho e melhorar a formação técnica.
engenheiros - cursos de engenharia
Imagem de Freepik

Incentivo à diversidade

Para concluir este texto, precisamos falar sobre a inclusão das mulheres na engenharia! É preciso incentivar mais a participação feminina na engenharia, superando fatores como estereótipos de gênero, falta de incentivo desde a educação básica e a percepção de que a profissão é predominantemente masculina.

Vamos apresentar um exemplo: segundo o CREA, em Santa Catarina – um estado com grandes investimentos em engenharia, apenas 20% dos engenheiros registrados são mulheres. É claro que esse número precisa aumentar se quisermos atender a demanda por diversidade nas empresas, alinhada aos objetivos da ONU.

Em resumo, para garantir um futuro promissor para a engenharia no Brasil, é essencial melhorar a formação acadêmica, incentivar a diversidade de gênero, incluindo a maior participação feminina na profissão, e adotar políticas públicas que valorizem a engenharia, assim, o país poderá enfrentar os desafios do mercado de trabalho e alcançar o desenvolvimento sustentável que tanto necessita.

Veja Também: Por que os alunos de Engenharia desistem dos seus cursos?


Fontes: NSC Total.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Nova York é considerada a cidade que nunca dorme; e é bom mesmo que seus cidadãos (os 8,5 milhões de habitantes) não durmam no ponto, pois eles precisam se atentar a um grave problema que a cidade enfrenta: o afundamento do solo. Exatamente! Sob seus arranha-céus imponentes e infraestrutura urbana robusta, a terra cede lentamente. E qual seria a razão por trás deste fenômeno? Haveria soluções para mitigar o problema? Descubra a seguir, neste artigo do Engenharia 360!

Nova York
Imagem de Lukas Kloeppel em Pexels

Quando Nova York começou a afundar?

Tudo começou com a urbanização em grande escala da ‘Big Apple’, no final do século XIX, marcada pela construção do Tower Building e o começo da era dos arranha-céus na cidade, em 1889. A saber, esse edifício de 11 andares foi o primeiro a utilizar uma estrutura de aço – um modelo de engenharia que permitiu obras cada vez mais altas e mais densas. E, desde então, Nova York só foi crescendo mais e mais, acumulando massa (de concreto, vidro e… aço, é claro), afundando 1 a 2 mm por ano.

O que acontece hoje nessa região dos Estados Unidos não é um caso isolado, mas um fenômeno cada vez mais comum, exacerbado pelas mudanças climáticas e o aumento do nível do mar. Todas as cidades costeiras ou não devem estar em alerta!

Por exemplo, Jacarta, na Indonésia, está afundando entre 2 a 5 cm por ano; e Tampa Bay, na Flórida, cerca de 6 mm anualmente. A Cidade do México tem perspectiva de ceder 50 cm por ano em algumas áreas por conta da extração excessiva de água subterrânea. E não podemos deixar de lembrar o caso de Maceió, cujo colapso de mina está provocando um desastre urbano de proporções preocupantes (leia aqui).

Mas, calma, não é toda Nova York que está afundando. Algumas partes repousam sobre leito rochoso firme. Contudo, regiões baixas, como o sul de Manhattan, sobre solos argilosos e preenchimento artificial (aterros), é que estão suscetíveis a ceder.

Nova York
Imagem de Luis Dalvan em Pexels
Nova York
Imagem divulgação Virginia Tech via Época Negócios

Quais as causas para o afundamento de Nova York?

1. Peso da infraestrutura

Segundo cálculos de pesquisadores do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e da Universidade de Rhode Island, Nova York abriga cerca de 762 milhões de toneladas de materiais construídos. Parece que esse pedo todo gera uma pressão que contribui para o afundamento da cidade. É um processo sutil, mas cumulativo, com implicações severas para a cidade, já vulnerável pelo aumento do nível do mar.

A saber, os empreendimentos imobiliários na região central de Nova York só devem aumentar nas próximas décadas. Hoje, aproximadamente 1,3 milhão de pessoas vivem dentro ou adjacentes à planície de inundação da cidade; mas esse número deve chegar a 2,2 milhões até o final do século.

Nova York
Imagem de Nout Gons em Pexels

2. Mudanças climáticas

Por conta das mudanças climáticas, as inundações e tempestades na região de Nova York estão cada vez mais frequentes e severas, ameaçando infraestrutura e vidas. Claro que a expansão urbana acelerada reduz ainda mais a recuperação das áreas afetadas.

Quais as possíveis consequências do afundamento de Nova York?

O afundamento de Nova York pode ter consequências sociais e econômicas; a começar pelos danos à infraestrutura urbana e aumento das desigualdades sociais. Por outro lado, seu caso de superação pode servir de exemplo para outras cidades costeiras ao redor do mundo, incentivando que ajam rápido para evitar perdas catastróficas.

Nova York
Imagem de Nancy Bourque em Pexels

Governos, engenheiros e cientistas precisam trabalhar juntos para desenvolver soluções sustentáveis e resilientes.

Quais as soluções para mitigar o problema de Nova York?

  • Construção sustentável: Priorizar edifícios sobre leitos rochosos sólidos e adotar práticas que minimizem o impacto ambiental na construção civil.
  • Infraestrutura verde: Utilizar tanques de atenuação e soluções naturais, como lagoas e valas, para controlar águas pluviais e reduzir impactos de chuvas intensas.
  • Infraestrutura de defesa contra inundações: Adotar barreiras marítimas, diques e sistemas de bombeamento, aliados a treinamentos de evacuação e alertas.
  • Combate às mudanças climáticas: Contribuir para o plano global de redução das emissões de gases de efeito estufa para desacelerar o aumento do nível do mar e ganhar tempo para adaptação.

Veja Também:

Mudanças Climáticas: Soluções para Proteção Costeira

Como defender cidades do aumento do nível do mar


Fontes: BBC, Superinteressante, Exame, Época Negócios.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

Comentários

Engenharia 360

Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.