A Volkswagen transformou a ilha de Astypalea, na Grécia, em um tipo de ‘Paraíso de Carros Elétricos’. O projeto é utilizado como base para estudo acadêmico que servirá de referência para o resto da Europa. O objetivo é avaliar uma possível transição total para sistema de mobilidade elétrica.

Na verdade, o primeiro carro de polícia totalmente elétrico, juntamente com outros veículos elétricos, já está em serviço na ilha grega. Isso só foi possível depois de instalados pontos de recarga públicos e privados, marcando o início da transição que levará Astypalea a se tornar uma “ilha inteligente e mais sustentável“, modernizando completamente seu sistema de energia. É uma importante fase de transição para a eletrificação do país, e um excelente exemplo para o mundo!

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Volkswagen ID.4 – imagem reproduzida de InsideEVs – UOL
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Imagem reproduzida de InsideEVs – UOL

Vantagens dos carros elétricos

As principais vantagens dos carros elétricos sobre os automóveis com motor a combustão são:

1. Redução de emissão de poluente

Em comparação aos veículos de motor a combustão, os veículos de propulsão elétrica reduzem em aproximadamente 30% a geração de CO² lançados na atmosfera. Diz-se que eles não liberam fumaça enquanto circulam. Entretanto, ainda são responsáveis pela emissão de CO² durante a fabricação.

 2. Eficiência energética

O carros elétricos consomem cerca de 90% da eficiência energética disponível. Enquanto isso, os carros com motor a combustão aproveitam apenas de 30% a 40%.

3. Baixa manutenção

Os gastos de manutenção com carros elétricos são de 20% a 30% mais baixos do que de carros convencionais, já que não há necessidade de substituição de algumas peças e, em geral, o desgaste das mesmas também é menor. Além do mais, eles são mecanicamente mais simples e a durabilidade de seu propulsor é superior à do motor a combustão.

4. Menor custo por quilômetro rodado

Em geral, a energia elétrica é mais em conta que a gasolina, o diesel e o etanol.

5. Menor ruídos

Sem a queima de combustível e o sistema de escape, os motores elétricos trabalham em silêncio, dando maior sensação de conforto acústico e bem-estar a bordo do veículo. Para evitar acidentes envolvendo pedestres “distraídos”, a União Europeia determinou às montadoras o desenvolvimento de um barulho artificial nos carros elétricos, principalmente quando eles estiverem em baixas velocidades.

6. Maior desempenho

O torque do propulsor eletrificado é instantâneo, sem a necessidade de elevar as rotações do carro. Ou seja, é só pisar no acelerador que a energia é entregue de imediato às rodas.

Vantagens da mobilidade elétrica

A mobilidade elétrica propõe a união de dois mundos: o dos que preferem os carros com velocidade e desempenho, e o dos que preferem um meio de transporte com economia e sustentabilidade, como os carros elétricos!

No início do século XX, a maioria das grandes cidades deixou para trás os veículos de tração animal e introduziu os veículos à combustão, melhorando a qualidade de vida nos grandes centros urbanos. Entretanto, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição causada pela emissão de CO² provoca a morte de milhares de pessoas todos os anos, além de várias doenças respiratórias e cardiovasculares. Portanto, para o bem, temos que superar mais uma vez a troca da matriz de mobilidade!

Mudança da matriz de mobilidade

“A Volkswagen tem conduzido essa mudança, oferecendo uma gama completa de mobilidade mais sustentável – de veículos elétricos com zero emissões diretas, para carregamento, para soluções de energia mais sustentáveis. Astypalea pode se tornar um modelo para uma transformação rápida, promovida pela estreita colaboração de governos e empresas.” – disse Herbert Diess. 

Pesquisas estão sendo realizadas para descobrir o que motiva as pessoas a quererem a mudança e quais são os incentivos necessários para fazer a transição para um estilo de vida mais sustentável. Até agora, sabe-se que os resultados adquiridos com este projeto ajudarão não só a Grécia, mas servirão de molde para outros países que pretendem fazer a transição para um estilo de vida mais sustentável.

Veículos zero emissão

A polícia, a autoridade aeroportuária e a administração da ilha de Astypalea irão utilizar, em breve, os primeiros veículos zero emissão. A venda de carros elétricos a particulares teve início no final de junho. Desde então, os clientes podem escolher entre os modelos Volkswagen e-up!, ID.3 e ID.4, bem como o SEAT MÓ e-Scooter.

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Volkswagen ID.3 – imagem reproduzida de Motor1 – UOL
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Volkswagen ID.4 – imagem reproduzida de Car Blog
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SEAT MÓ e-Scooter – – imagem reproduzida de Pplware – SAPO

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Energias renováveis

O governo grego, através de subsídios, está apoiando muito bem a transição. Há previsão para que um sistema de geração de energia seja convertido em energias renováveis. A primeira fase das mudanças será em 2023, quando um novo parque solar fornecerá cerca de 3 megawatts de energia, cobrindo 100 por cento da energia necessária para carregar os veículos elétricos e mais de 50 por cento da demanda energética geral da ilha. Já em 2026, o novo sistema de energia será expandido para cobrir mais de 80 por cento da demanda total de energia. 

Um sistema de armazenamento de bateria ajudará a equilibrar a rede e a fazer pleno uso do parque solar. As emissões de CO2 do sistema de energia da ilha podem ser reduzidas significativamente, enquanto os custos de energia podem cair em pelo menos 25% . A saber, atualmente, a ilha é abastecida com energia de geradores a diesel.


Fontes: UOL, Globo, iCarros, Olhar Digital, Estadão.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A Holanda é um país da Europa onde a bicicleta é um dos principais meios de transporte urbano. Ela é até considerada o “Reino das Bicicletas”, tendo cerca de 1,3 bicicletas por habitante. Inclusive, a sua quarta cidade mais populosa, Utrecht, localizada no centro do país e próxima de um ramal do Rio Reno, também possui muitas ciclovias. Conheça no texto a seguir uma ciclovia dessas!

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Imagem reproduzida de Jornal Cruzeiro do Sul

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Utrecht e suas bicicletas

Utrecht é considerada uma cidade “bike-friendly” e incentiva o uso de bicicletas para reduzir os gastos anuais com saúde e programas sociais. O município possui uma ciclovia com 570 metros de extensão que liga a Universidade de Utrecht, a Universidade de Ciências Aplicadas de Utrecht e o Hospital Universitário.

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Elias Van Mourik – Imagem reproduzida de Twitter

A nova ciclovia colorida

Elias Van Mourik, um aluno de Ciências Aplicadas, propôs, em dezembro de 2020, pintar a ciclovia de Utrecht com as cores do arco-íris. A iniciativa, ligada às atividades do mês do orgulho LGBTQI+ – que é comemorado em junho -, foi apoiada pelas universidades e pela prefeitura da cidade.

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Elias Van Mourik – Imagem reproduzida de Twitter

A proposta da arte era tornar a ciclovia um símbolo de apoio não só às causas das pessoas LGBTQI+, mas também das pessoas negras e pessoas pertencentes a outros grupos considerados oprimidos pela sociedade. E, para isso, foram acrescentadas faixas com as cores preto e marrom.

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Imagem reproduzida de EsQrever
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Imagem reproduzida de Go Outside

Para saber mais sobre essa incrível ciclovia na Holanda, assista aos vídeos a seguir:


Fontes: G1, UOL, Go Out Side, Deutschland, Wikipedia.

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Para que uma residência possa funcionar adequadamente, atendendo bem às nossas necessidades, é essencial que ela seja ligada aos sistemas de abastecimento de energia e água. Você já deve ter percebido que estes recursos que chegam dentro da nossa casa passam por aparelhos de medição. A água, mas especificamente, é medida pela distribuidora por meio de um aparelho chamado de hidrômetro. Saiba mais lendo o texto a seguir!

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Imagem extraída de Site Casal

O que é hidrômetro?

Hidrômetro é um tipo de relógio instalado pela distribuidora de tratamento de água em um pequeno cavalete dentro dos terrenos e o mais próximo possível na divisa com a calçada. Então, toda a água que sai da rede pública e chega até as nossas torneiras passa por esse relógio e tem o seu volume registrado. Essa medição é depois conferida por um fiscal, ajudando a estabelecer o valor de pagamento conforme o consumo feito pelos moradores.

No Brasil, as empresas distribuidoras utilizam uma peça de hidrômetro redonda, com uma entrada e uma saída de água. No visor desse relógio, é possível controlar certas informações. Na parte de cima, podemos ler os metros cúbicos de água consumidos. Os escritos da direita para esquerda significam a unidade de medida, as dezenas de litros, as centenas de litros, e assim por diante. Já na parte de baixo, um mini relógio marca os litros e outra marca os décimos de litros; e ainda podemos ver o selo do Inmetro.

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Imagem extraída de facebook – cedaerj

Quem faz a instalação do hidrômetro?

Na maioria das cidades brasileiras, a ligação do relógio de água é feita pelos técnicos da companhia de água local. Esse relógio deve ser instalado na parte da frente do terreno e em um local de fácil acesso para as medições periódicas, e dentro de uma caixa cuja estrutura deve ser feita pelo proprietário do imóvel. Além disso, o dono da residência também tem que providenciar as tubulações necessárias para a montagem do cavalete.

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Imagem extraída de LHS-SISTEMAS LTDA

Fica a cargo da companhia, então, apenas o relógio. O hidrômetro é instalado com o selo que não pode ser violado, a não ser pela empresa responsável. Do contrário, se o dispositivo for rompido, isso será considerado uma ação de roubo de água que será reclamada na polícia!

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Imagem extraída de Click Camboriú

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Como ocorre a medição de água em condomínios?

Infelizmente, até pouco tempo atrás, as construções de condomínios aqui no Brasil apresentavam apenas um único medidor compartilhado para todo o edifício. O que acontece nesses casos é que todos os proprietários dos imóveis irão dividir a conta da soma de consumo de todos os moradores, independente de terem consumido mais ou menos que seus vizinhos.

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Imagem extraída de blog.infokings

Já os novos empreendimentos e os edifícios reformados estão adotando um sistema individual de medição de consumo. Claro que isso depende da aprovação de um projeto por uma empresa credenciada pela companhia de abastecimento. Em tal situação, é instalado um medidor para cada unidade e esses medidores enviam os dados para um concentrador na entrada do prédio e a conta, então, é emitida individualmente. Por fim, o consumo das áreas comuns é calculado pela diferença entre o que é indicado pelo hidrômetro da entrada e a soma dos consumos das residências.

Agora você já sabe como é calculada a sua conta de água. Conte para nós, nos comentários, se o seu edifício possui um sistema individual ou coletivo de medição e o que pensa a respeito disso! Vamos adorar ler a sua história!


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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

O dispositivo robótico, chamado de terceiro polegar, fez parte de um projeto de graduação da designer Dani Clode. Seu trabalho foi premiado no Royal College of Art, instituição pública de pesquisa em Londres, no Reino Unido, e buscava reformular a forma como vemos as próteses, desde a substituição de uma função perdida até uma extensão do corpo humano.

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Dani Clode – imagem reproduzida de Dani Clode Designer

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O protótipo do terceiro polegar

A designer foi convidada a se juntar à equipe de neurocientistas da professora Tamar Makin, do Instituto de Neurociência Cognitiva da University College London (UCL), que estava investigando como o cérebro pode se adaptar ao aumento do corpo.

O prolongamento articulado, batizado de Third Thumb, foi impresso em 3D, podendo ser personalizado. Ele é usado na lateral da mão, no lado oposto ao polegar real do usuário, próximo ao dedo mínimo. É controlado através de um sensor de pressão sem fio conectado à parte inferior do pé, abaixo dos dedões. Basta uma pequena quantidade de pressão aplicada sob o dedão do pé para que o polegar extra se contraia, permitindo que o usuário segure objetos. E, em resumo, é assim que os sensores controlam diferentes movimentos do polegar!

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As reações do cérebro ao terceiro polegar

O terceiro polegar robótico Third Thumb pode ajudar quem permanente ou temporariamente só possa usar uma única mão – e tenha que fazer tudo com essa mão. Entretanto, é preciso continuar as pesquisas para entender melhor como dispositivos como esse interagem com o cérebro humano.

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Imagem reproduzida de FLMarket

Dados obtidos em primeira pesquisa

Vinte pessoas foram treinadas para usar o terceiro polegar durante cinco dias. Elas foram incentivadas a levá-lo para casa após o treinamento para usá-lo em tarefas normais do cotidiano, totalizando duas a seis horas de uso por dia. Já outro grupo de dez pessoas, que serviu de controle e comparativo, usou uma versão estática do Third Thumb enquanto completavam o mesmo treinamento.

Geralmente, todos os participantes foram treinados para usar o terceiro polegar em tarefas que ajudaram a aumentar a cooperação entre suas mãos e o polegar. Desse modo, melhorando o controle motor, a destreza e a coordenação, chegando a usar o polegar quando distraídos ou com os olhos vendados. No final do período estabelecido, eles relataram sentir que o terceiro polegar fazia parte de seu corpo. Com isso, ao final, o estudo conseguiu responder parte das questões sobre a reação do corpo humano a adicionada de uma parte extra ao corpo e como esta tecnologia pode impactar o sistema cerebral das pessoas.

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Imagem reproduzida de Dani Clode Designer

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As vantagens e desvantagens do dispositivo robótico

A professora Tamar Makin, neurologista do Third Thumb, disse que ainda tem uma compreensão clara de como nosso cérebro pode se adaptar às partes robóticas como o terceiro polegar. Contudo, um novo estudo da University College London apontou que usar um ‘terceiro polegar robótico’ pode afetar a forma como a mão é representada no cérebro.

Esse novo estudo mostrou que o cérebro humano pode aprender rapidamente a controlar um dispositivo de aumento e usá-lo em seu benefício. Então, ao usar o terceiro polegar, as pessoas que participaram do estudo mudaram os movimentos naturais das mãos e também relataram que o polegar robótico parecia até como parte de seu próprio corpo.

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Tamar Makin – imagem reproduzida de Twitter

Como os dados foram obtidos

Os cérebros dos participantes do estudo foram escaneados antes e depois do treinamento. Após o período de uso do terceiro polegar robótico, foram descobertas mudanças sutis, mas significativas. Por exemplo, em como a mão que havia sido aumentada com o terceiro polegar era representada no córtex sensório-motor do cérebro. 

A saber, os dedos são representados no nosso cérebro de forma distinta uns dos outros. Porém, entre os participantes do estudo, o padrão de atividade cerebral correspondente a cada dedo individual tornou-se menos distinto. Algumas das pessoas foram examinadas novamente uma semana após o término do estudo e as mudanças na área das mãos do cérebro diminuíram. Isto sugere, enfim, que as mudanças podem não ser de longo prazo, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar isso.

Com mais estudos, os cientistas querem garantir que os dispositivos de aumento aproveitem ao máximo a capacidade de nosso cérebro de aprender e se adaptar e, ao mesmo tempo, que eles possam ser usados ​​com segurança.

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Imagem reproduzida de Quartz

Qual a sua opinião com relação aos dispositivos de aumento? Conte as suas impressões nos comentários. Vamos adorar saber a sua opinião!

Veja Também:


Fontes: Scitech Daily, iflscience, Yahoo, Gizmodo.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

Conhecida como Engenharia Diagnóstica ou Engenharia Legal, a Engenharia Patológica é uma formação profissional técnica. Ela é essencial para a preservação, proteção e aperfeiçoamento de obras. E visa assegurar a estabilidade das edificações, estendendo a sua vida útil (VU) e garantindo a segurança de indivíduos. Saiba mais no texto a seguir!

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Imagem extraída de Makibestphoto – Adobe Stock

A engenharia mais próxima da medicina

A estrutura de um edifício pode ser comparada a um esqueleto humano. Analogamente, os cômodos de uma construção são como os órgãos do corpo humano, bem como as instalações hidráulicas e elétricas que imitam os sistemas circulatório e neurológico, além das exteriorizações patológicas que se associam às doenças. Sendo assim, é comum ligar a medicina diagnóstica com a engenharia diagnóstica!

Leonardo da Vinci já possuía o pensamento de um engenheiro patologista. Segundo ele, “os remédios, quando usados da maneira adequada, restauram a saúde dos inválidos, e um médico fará o uso correto se conhecer a natureza humana. Uma catedral adoentada necessita exatamente do mesmo – de um médico-arquiteto que conheça a natureza dos edifícios e as leis nas quais se baseia a construção correta”. E, dessa maneira, a profissão tornou-se consagrada em meio à humanidade e ao amplo universo da engenharia!

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Imagem extraída de Getty Images – iStockphoto

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A atuação de um engenheiro patologista

Esse ramo da Engenharia Civil é direcionado a engenheiros que oferecem serviços técnicos e procuram verificar a capacidade e responsabilidade do edifício. Portanto, busca apurar prováveis obstáculos e respostas para manifestações patológicas. E essa área da Engenharia abrange diferentes averiguações técnicas: perícia, auditoria, vistoria, inspeção e consultoria.

  • A perícia visa localizar a raiz e a causa do problema, além da solução.
  • A auditoria é a analogia técnica com a utilização de livros manuais, normas, especificações de projetos, padrões técnicos, entre outros.
  • A vistoria é a mais usada e sucinta de todas, focalizada na identificação de problemas.
  • A inspeção, por sua vez, é um termo mais aprofundado, tratando-se de uma avaliação mais específica de risco e qualidade.
  • Por fim, a consultoria proporciona a solução e a determinação de reparação da patologia.

Por meio desses distintos tipos de investigação técnica, é provável diagnosticar manifestações patológicas, a exemplo de falhas na manutenção, anormalidade de uso e anomalias de uso, como rachaduras, manchas de mofo e bolor, corrosão de armaduras. Além disso, pode-se apontar os níveis de desempenho impostos pela NBR 15.575 da ABNT – mínimo, intermediário ou superior.

Veja Também: Saiba como funciona o serviço de perícias técnicas em Arquitetura e Engenharia Civil

O apontamento de uma manifestação patológica

Após identificar uma manifestação patológica, é necessário obter uma visão certeira e treinada para reconhecer sua causa e a raiz da origem. No entanto, somente esse olhar apurado não é suficiente para discernir a problemática, tornando-se imprescindível analisar os acontecimentos para realizar uma investigação assertiva. Mas por qual motivo? Algumas dessas manifestações, ainda que parecidas, possuem causas e origens diferentes. Por isso, um diagnóstico precoce pode ser prejudicial para a edificação.

Para aplicar o tratamento na anomalia presente na obra, é importante reconhecer a sua causa. Se isso não for feito, o tratamento será apenas atenuante e o problema permanecerá! Em vista disso, nota-se a relevância da vistoria, seguida de entrevistas com indivíduos que saibam da existência dessas manifestações, para que se possa entender as reais circunstâncias.

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Imagem extraída de Chaisire – Adobe Stock

Veja Também:

O caminho para se tornar um engenheiro patologista

Antes de ingressar na Engenharia Diagnóstica, é importante que o engenheiro possua uma capacitação, que não é obtida somente por experiência, mas também de estudo e pesquisa. A Engenharia Civil é extensa, e assim como na medicina, é indispensável o tempo de “residência” na área, para se especializar no assunto!

Embora não seja possível encontrar esse tipo de capacitação nas escolas de Engenharia, é aconselhável buscar essa qualificação para dar início a carreira – seja contratando um outro profissional para atuar em conjunto ou acompanhando um engenheiro mais experiente do ramo – até o momento de alcançar uma independência técnica para prosseguir com a ocupação de maneira solo.

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Imagem extraída de Moritz – Adobe Stock

Entretanto, a Engenharia apresenta diversos casos distintos com o passar dos dias, se mostrando muito surpreendente. Sendo assim, independente de todo o aprendizado adquirido, é preciso atuar em parceria, ou buscar uma consultoria, durante o percurso profissional, ao ter que enfrentar desafios inéditos. Dessa maneira, entendendo a relevância do compartilhamento de ideias, o profissional demonstrará ter ética e responsabilidade.

Você tem interesse nessa área de atuação? Deixe sua opinião nos comentários!


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Engenharia 360

Samira Gomes

Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.

Manter a limpeza urbana em dia – e com um custo baixo – é desafio de muitas nações pelo mundo! Em várias cidades, principalmente em grandes centros urbanos, é comum que a limpeza das ruas e avenidas sejam feitas por veículos equipados para este fim. O custo deste serviço, porém, pode ficar muito caro, já que tais veículos são movidos por combustíveis fósseis e exigem mão de obra qualificada. Mas uma empresa finlandesa pensou numa possível solução! Veja a seguir!

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Imagem reproduzida de Inceptive Mind

O robô varredor elétrico para limpeza das cidades

Pensando em aumentar a eficiência e rapidez do trabalho de limpeza urbana, além de diminuir os custos, a empresa finlandesa Trombia Technologies, desenvolveu o Trombia Free. Trata-se de um varredor elétrico capaz de evitar obstáculos de forma independente.

Projetado para economizar energia e água, a máquina consome apenas uma fração da quantidade de água e 15% da energia exigida pelas máquinas convencionais – aproximadamente de 6 a 10 kW. Além disso, o Trombia Free também é equipado com baterias próprias de 45 ou 90 kWh, pode operar de 8,5 a 17 horas em modo econômico ou 4 a 8 horas em modo contínuo.

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Imagem reproduzida de Tekniikan Maailma
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Imagem reproduzida de Trombia Technologies

A saber, a empresa Trombia Technologies, criadora desse varredor elétrico, pensa também em alternativas para a redução da emissão de poluentes causados pelos veículos convencionais que utilizam diesel.

Principais características do Trombia Free

O Trombia Free, primeiro varredor elétrico e autônomo de rua do mundo, fez sua estreia em Helsinque, capital da Finlândia.

O robô vem sendo testado no bairro Jätkäsaari, desde 2020. Por causa do trânsito urbano, sua velocidade média é limitada a 2 a 6 km/h. Contudo, durante a noite, quando as ruas da região ficam mais vazias, o varredor elétrico está programado para acelerar até um máximo de 10 km/h.

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Imagem reproduzida de Pplware – SAPO

Esses testes são realizados principalmente à noite, para causar menos transtornos aos moradores. E eles visam analisar o nível de ruído, a eficiência da varredura, a operação, benefícios e limitações do varredor de rua autônomo. 

A ideia é que a máquina possa trabalhar de forma autônoma. Porém, para garantir a segurança durante a fase de testes, o funcionamento dela é acompanhado por um operador, embora a sua tecnologia tenha sido projetada para detectar obstáculos, como pedestres, que estejam na trajetória.

Após o sucesso do lançamento na cidade Helsinque, a empresa Trombia Technologies planeja realizar dez programas-piloto antes da pré-venda do seu veículo varredor elétrico, prevista para ter início no primeiro trimestre de 2022.

Veja Também: Veículos autônomos ganham força em smart cities europeias


Fonte: Um só Planeta – Globo, Executiva do Bem.

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Engenharia 360

Redação 360

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O casal espanhol, Jaume Puig, engenheiro elétrico, e sua esposa, a médica Constanza Lucero, desenvolveu um óculos de alta tecnologia para o seu filho.

Os pais do menino Biel, que na época tinha apenas dois anos, observaram que a criança tinha dificuldades para subir escadas e andar pela casa sem esbarrar nos obstáculos. Buscando ajuda médica, descobriram que ele apresentava um grave problema no nervo óptico. Sabendo que isso não poderia ser corrigido com cirurgias ou com o uso de óculos normais, buscaram, portanto, alternativa para ajudar o menino a viver com a baixa visão.

O problema é que o casal não encontraram no mercado nada além de bastões e cães-guia! Foi aí em seguida que tiveram a ideia de criar um óculos especial baseado na tecnologia já utilizada pelos óculos para videogames. Em síntese, com visão em 3D, inteligência artificial e realidade aumentada, para tornar a vida de seu filho mais independente. Saiba mais sobre a proposta no texto a seguir!

portadores baixa visão
Imagem extraída de Biel Glasses – LinkedIn

O protótipo dos óculos de alta tecnologia

Os óculos idealizado por Jaume e Constanza foi desenvolvido para melhorar a percepção espacial, dando maior autonomia ao portador de baixa visão e permitindo que ele se locomova sem tropeçar. O protótipo foi baseado nas tecnologias que criam imagem 3D. Logo, em suma, onde textos, gráficos e vídeos em alta resolução podem ser sobrepostos em cenas do mundo real, utilizando inteligência artificial (IA) para detectar e sinalizar objetos dentro do campo de visão do usuário.

Detalhe: um grande círculo vermelho aparece na tela quando o usuário dos óculos se aproxima de algum obstáculo que está bloqueando o seu caminho! Este círculo vermelho avisa que existe algo por perto que precisa ser evitado. Além disso, os óculos também permite ampliar objetos para aumentar a capacidade visual.

portadores baixa visão
Imagem extraída de Fundació iSocial

Os custos do projeto

O desenvolvimento dos óculos de alta tecnologia de Biel exigiu um investimento de US$ 1 milhão. Parte disso procedente de instituições públicas, parte de microfinanciamento, economias do próprio casal e campanhas de financiamento coletivo na internet. O casal também recebeu a ajuda de uma equipe de médicos e engenheiros. No fim, os óculos custam mais de US$ 5.000 (cinco mil euros) e precisam ser personalizados para cada usuário.

portadores baixa visão
Imagem extraída de abs-cbn

Biel Glasses

Jaume Puig e Constanza Lucero fundaram, em 2017, a empresa Biel Glasses, que leva o nome de seu filho.

Aliás, Puig é fundador de outras empresas emergentes de tecnologia e espera adicionar nos óculos, em breve, funções como ativação por voz ou um sistema de navegação combinado com os mapas da Google.

portadores baixa visão
Imagem extraída de MedScaler

O produto, cuja inovação foi apresentada na Conferência Mundial da Telefonia Móvel (MWC) em Barcelona, pode ser adaptado de acordo com a deficiência de cada usuário. Já foi até mesmo aprovado para uso na União Europeia. E a perspectiva, agora, é que seja colocado à venda na Espanha e Dinamarca ainda neste ano.

O que achou desta tecnologia? Diga nos comentários!


Fontes: G1, Canal Tech, Head Topics.

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Uma equipe de pesquisadores da China construiu um computador quântico capaz de completar, em pouco mais de uma hora cálculo que levaria mais de oito anos para ser realizado.

Em 2020, um computador chinês já havia superado a marca conquistada pela Google, sendo 10 bilhões de vezes mais rápido. Mas, agora, é a vez de outra equipe do país, liderada pelo mesmo pesquisador, Jian-Wei Pan, da Universidade de Ciência e Tecnologia da China em Xangai, anunciar que superaram as outras marcas com o processador quântico chamado Zuchongzhi, atingindo o mais recente marco global de desenvolvimento em computação quântica!

A competição pelos computadores quânticos

Durante a mostra CES 2019, a IBM apresentou o Q System One, o primeiro computador quântico para uso comercial e científico do mundo, com 20 qubits.

Pesquisadores chineses criam computador quântico mais rápido do mundo [Confira!]
Computador Q System One da IBM – Imagem reproduzida da IBM

No mesmo ano, a Google anunciou que construiu a primeira máquina a atingir a “supremacia quântica”. Com o seu Sycamore, seria a primeira a superar os melhores supercomputadores do mundo em cálculo quântico, usando 53 qubits (supercondutores que dependem do fluxo de corrente para realizar cálculos).

Pesquisadores chineses criam computador quântico mais rápido do mundo [Confira!]
Computador Sycamore da Google – Imagem reproduzida de TechTudo

Contudo, em 2020, a equipe chinesa, baseada principalmente nas pesquisas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em Hefei, informou que seu computador era 10 bilhões de vezes mais rápido que o da gigante da tecnologia americana.

O computador quântico, chamado Jiuzhang, usa qubits fotônicos (que são baseados em luz e têm potencial para operação mais rápida). E por que difere do da Google? Porque que constrói circuitos quânticos usando metal supercondutor e super frio. A saber, a equipe chinesa registrou seu resultado manipulando fótons (partículas de luz).

computador quântico
Computador chinês Jiuzhang – Imagem reproduzida de Universo Racionalista

Para finalizar, em 2021, outros pesquisadores chineses apresentaram  Zuchongzhi, um computador programável 2D, usando qubits supercondutores. Segundo eles é o computador quântico mais poderoso do mundo!

computador quântico
Computador chinês Zuchongzhi – Imagem reproduzida de Stealth Optional

As principais características do computador quântico Zuchongzhi

Zuchongzhi é um computador programável 2D que pode manipular simultaneamente até 66 qubits. Os qubits, por sua vez, são empacotados em chips, criando um efeito de superposição mecânica. Aliás, adicionar vários qubits a uma CPU quântica aumenta exponencialmente seu desempenho!

Em demonstração, a equipe chinesa usou 56 deles qubits para testar a destreza do computador Zuchongzhi, demonstrando a distribuição de saída de circuitos quânticos aleatórios. 

computador quântico
Processador quântico de 66 qubits – – Imagem reproduzida de Avalanche Notícias

Enfim, concluindo, o desenvolvimento de computadores quânticos é um dos maiores desafios da ciência!

Os equipamentos precisam estar em constante evolução em busca da melhoria exponencial da sua eficiência na resolução de problemas das diversas áreas das ciências.

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Fontes: Olhar Digital, Universo Racionalista, ATSIT, UOL, China Hoje.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A água é um dos recursos mais preciosos do nosso planeta e está cada vez mais escassa! Apesar da imensa quantidade, uma pequena porcentagem ainda pode ser considerada potável. Várias são as formas utilizadas para se tentar conseguir água, entretanto, com as mudanças climáticas e com o grande crescimento populacional, está se tornando cada vez mais difícil. Contudo, uma empresa privada norte americana promete fazer água no deserto a partir do sol e do ar por meio de tecnologia de geradores. Veja a seguir!

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placasImagem extraída de Australian Renewable Energy Agency

A produção de água potável com geradores

A empresa SOURCE GLOBAL, que fornece água potável para aplicação na indústria, comércio, áreas comunitárias e residenciais, apresenta seu inovador SOURCE® Hydropanel. Trata-se de um gerador de água a partir do ar, movido à energia solar!

Com tecnologia sustentável, seus chamados “hidropainéis” são alimentados por painéis solares embutidos. Eles aproveitam o suprimento infinito de energia solar e umidade do ar, produzindo água potável totalmente fora da rede em um sistema independente. E segundo informações da empresa, seria possível coletar água do ar usando energia solar e mais nada, sem necessidade de infraestrutura ou sem precisar estar ligado à rede de energia elétrica.

Porém, esses geradores de água atmosférica que produzem água potável a partir do ar não seriam necessariamente uma novidade. Na verdade, é uma tecnologia existente há cerca de uma década! E como funciona? Bem, usando a condensação – resfria o vapor de água e coleta as gotículas que formam. Em síntese, essa tecnologia promete fazer pela água o que os painéis solares fazem pela eletricidade, tornando a água um recurso renovável.

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Imagem extraída de ecoworld
geradores
Imagem extraída de ecoworld

Os países que já utilizam esta tecnologia

Os hidropanéis SOURCE® estão atualmente em funcionamento em mais de 40 países em todo o mundo! Por exemplo: Estados Unidos, México, Colômbia, Chile, Argentina, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Espanha, Grécia, Africa do Sul, Zimbabwe, Zambia, Kenia, Arábia Saudita, Paquistão, Índia, China, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia.

No setor hoteleiro, grandes empresas ligadas ao turismo, principalmente aquelas com empreendimentos localizados em áreas de deserto,  estão buscando soluções sustentáveis também.

Pensando nisso, a SOURCE construiu seu maior projeto turístico em Dubai, em um acampamento no deserto onde os geradores produzem água potável no local.  Outro projeto já está previsto para a costa do Mar Vermelho, na Arábia Saudita, onde uma empresa pretende construir 18 hotéis utilizando água extraída pelos painéis da SOURCE. 

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Imagem extraída de CleanTechnica

O futuro da extração de água

A crise hídrica mundial está se agravando. Empresas de fornecimento de água estão enfrentando sérios problemas com a baixa do nível das águas em rios, lagos e lençóis freáticos.

No futuro, estes geradores poderiam ser usados de grandes resorts até pequenas instalações residenciais. Infelizmente, a tecnologia utilizada pelos geradores como os fabricados pela SOURCE, e pelas dezenas de outras empresas do ramo, ainda são muito caros.

Segundo Keith Hays, vice-presidente da consultoria especializada em desafios hídricos Bluefield Research, levará cerca de 10 anos para que os geradores de água atmosférica sejam competitivos em termos de custos. Além disso, produzem só uma fração da água que um poço ou sistema de dessalinização do mar é capaz de fornecer.

Hoje, esse sistema deve ser visto como um complemento aos sistemas de água potável já existentes, sendo um suporte auxiliar.

Enquanto torcemos para que este sistema e tantos outros sistemas sustentáveis deem certo, e que sejam cada vez mais aprimorados e de baixo custo, vamos fazer a nossa parte no consumo racional e consciente de um recurso tão importante para a vida na Terra!

Veja Também: Saiba por que vale a pena investir em um sistema de cisterna de água [+ exemplos de modelos]


Fontes: CNN Brasil, Trilho Ambiental, Source Globa – LinkedIn, Unreason Able Group.

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Engenharia 360

Redação 360

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Prever o próximo terremoto é o desejo de sismógrafos do mundo inteiro. E por quê? Porque saber quando e onde haverá um grande abalo sísmico poderia diminuir danos e salvar vidas. Infelizmente, isso ainda é impossível com a tecnologia atual! Contudo, pesquisas realizadas nos últimos anos demonstram que a Terra fornece alguns sinais instantes antes de um grande terremoto.

Os especialistas em geofísica têm se concentrado, então, nos chamados ‘terremotos lentos’. Esses fenômenos, diferentemente dos tremores que sacodem a superfície, liberam energia gradativamente durante semanas ou até meses – o que os tornam quase imperceptíveis. E pelo seu baixo poder destrutivo, os ‘terremotos lentos’ não eram analisados quando um desastre acontecia.
Os terremotos lentos foram observados em zonas de subducção, onde as placas tectônicas interagem — Foto: Getty Images via BBC
Os ‘terremotos lentos’ foram observados em zonas de subducção, onde as placas tectônicas interagem — Foto: Getty Images via BBC

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México, porém, constatou que esses abalos silenciosos precederam diversos tremores de elevada magnitude ao redor do mundo – entre eles, o terremoto de magnitude 9,1 no Japão em 2011; o de magnitude 7,8 na Nova Zelândia em 2016; e o de magnitude 8,2 no Chile em 2014.

Para esses estudiosos, a dificuldade dessa detecção está em encontrar um ‘terremoto lento’ acontecendo. Eles precisam de aparelhos de GPS específicos de altíssima precisão para o processo de monitoramento – equipamentos que medem a deformação dos continentes com uma exatidão de 2 milímetros. Além disso, não é sempre que um tremor lento antecipa um “normal”. Víctor Cruz-Atienza, um dos participantes da pesquisa, alerta que “com as evidências atuais, não se pode dizer que ‘terremotos lentos’ são um fenômeno que sempre produzirá terremotos na superfície”.

No vídeo a seguir, um especialista dá mais detalhes sobre o fenômeno dos ‘terremotos lentos’:

Veja também: Por que ocorrem terremotos?

O que a ciência espera descobrir?

Os próximos estudos com os ‘terremotos lentos’ devem permitir que os cientistas avaliem se há evidências de que a atividade na crosta terrestre pode evoluir para um evento com potencial destrutivo.

Com pouco tempo de pesquisa, apenas nos últimos 20 anos, os abalos lentos ainda são um mistério. A falta de testes e a pequena quantidade de equipamentos de precisão geram uma dúvida se existe, de fato, alguma relação entre os dois tipos de terremotos.

Para Sergio Ruiz, do Departamento de Geofísica da Universidade do Chile, “ainda é muito difícil concluir se os ‘terremotos lentos’ são um fenômeno geral. Como não temos uma boa quantidade de ‘terremotos lentos’ registrados, fica a dúvida. Essas observações precisam ser mantidas ao longo do tempo para ser possível tirar conclusões mais precisas”.

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Veja Também:


Fontes: G1.

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Engenharia 360

Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.