Veículos autônomos começam a ser testados em um contexto de alto desenvolvimento tecnológico, como inteligência artificial e robótica, por exemplo. Nesta via, a União Européia começa a implementar os modernos veículos sem motorista em alguns municípios que são considerados “smart cities” ou então cidades inteligentes.
A primeira fase de testes começou em abril de 2020 e estava programada para encerrar em outubro deste ano. Porém, com a epidemia da Covid-19, o prazo deve ser estendido.
Cidades selecionadas
Essa experiência parte do Programa de Pesquisa e Inovação da UE “Horizon 2020”, um fundo privado que financia projetos científicos em diversos campos, principalmente a ciência e tecnologia.
Nesse leque de novos estudos, veio a retomada dos testes de veículos autônomos em condições de tráfego. Esse projeto especificamente ganhou o nome de FABULOS (Sistemas Futuros de Operação em Nível Urbano de Ônibus Automatizados).
As cinco cidades escolhidas para testes foram:
- Gjesdal (Noruega)
- Tallin (Estônia)
- Helsinque (Finlândia)
- Lamia (Grécia)
- Helmond (Holanda)
Juntamente, também há os ônibus autônomos, que devem circular com demais transportes públicos existentes.
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Para cada cidade, um plano diferente
É interessante dizer que cada cidade tem uma peculiaridade e desafios relacionados ao transporte. Sendo assim, a segurança e funcionalidade das frotas autônomas serão colocadas à prova caso sejam levadas adiante.
Em Lamia, por exemplo, as altas temperaturas serão encaradas como desafio. Enquanto em Gjesdal podem surgir dificuldades por causa de seu terreno montanhoso, afinal, existe uma inclinação de 12%.
Já em Helmond o tráfego intenso de ciclistas é um fator a ser levado em consideração, assim como em Helsink, pela qual passa umas das estações ferroviárias mais movimentadas do país.
Todos os testes realizados com veículos autônomos serão para garantir a funcionalidade correta da sala de controle remota. Segundo o projeto FABULOS, os ônibus têm de ser capazes de superar os desafios do trânsito, como carros estacionados, por exemplo.
E como se trata de um veículo sem motorista físico, só será permitida uma pessoa de segurança a bordo, caso as regulamentações locais exijam isso.
Veículos autônomos no Brasil
Aqui no Brasil ainda não há uma legislação específica para veículos autônomos. Porém, a Hitech Eletric, uma startup de Curitiba de carros elétricos, desenvolveu uma versão.
O veículo denominado “e.coTech 4” traz consigo “sensor box” e contém radares, câmeras, GPS, entre outros apetrechos. Sua velocidade pode chegar até 50 km por hora e roda até 100 km por recarga, pois trata-se de um veículo elétrico.
Já quando pensamos em um cenário macro, para essa nova tecnologia ser implementada em solo brasileiro deve surgir bastante resistência. Algumas empresas, como a KPMG, afirmam em um relatório divulgado em 2019 que o Brasil é o pior país para receber este tipo de veículo.
Os motivos? Bom, alguns deles são falta de estrutura, de incentivos a pesquisas e às próprias corporações. Ao mesmo tempo, universidades brasileiras poderiam se movimentar caso nasçam incentivos para redução de preços.
Fontes: Sparelabs; Interesting Engineering; Auto Esporte; Startse
E, você, o que acha dos veículos autônomos? Acha de algum dia poderemos ter uma frota a pleno vapor no Brasil?