Que estamos passando por um momento de Aquecimento Global, não é mais novidade! E também sabemos que, por isso, somado a outros fatores, como a emissão de gases poluentes na atmosfera, a temperatura dos pólos do nosso planeta está aumentando, consequentemente o degelo das placas e o aumento do nível das águas. Pois, por conta disso, a NASA ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos resolveu lançar, em 2021, uma nova ferramenta online; a ideia é ir monitorando essa mudança de nível do mar.

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Imagem reproduzida de Gizmodo Brasil – UOL

Qual o objetivo da NASA com o aplicativo?

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – organização científico-política no âmbito das Nações Unidas – fornece, todos os anos, desde 1988, avaliações em escala global do clima da Terra. E seus últimos pareceres não foram nada agradáveis!

Conforme as suas últimas análises, estamos passando por um severo momento de transformação de temperaturas, cobertura de gelo, emissões de gases de efeito estufa e as variações do nível do mar em todo o planeta. Dados mais concretos, numa dimensão gráfica, foram obtidos através de base de dados de satélite, de instrumentos de solo e simulações em computador. E até para educar e conscientizar as pessoas da realidade, tudo isso está cada dia com acesso mais facilitado para o público geral.

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Imagem reproduzida de NASA

A intenção da NASA, com o seu novo aplicativo, é dar auxílio a essas divulgações, ou seja, facilitar o processo de leitura e entendimento dos relatórios do IPCC. Mas o foco, nesse caso, é demonstrar como essas mudanças climáticas já estão afetando áreas densamente povoadas do nosso planeta!

Quais as vantagens desse novo sistema?

Como será o mundo nos próximos anos? Será que temos como saber? Sim, temos como prever muita coisa já!

O aplicativo da NASA, como dito antes, vai fornecer uma visualização facilitada das projeções dos relatórios do IPCC. Além disso, vai trabalhar diferentes variáveis, que envolvem mudanças no cenário socioeconômico das nações e as emissões de gases do efeito estufa. Na prática, ele já foi utilizado no Sexto Relatório de Avaliação do IPCC e poderá ser utilizado num momento de revisão do Acordo de Paris, por exemplo.

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Imagem reproduzida de Olhar Digital

Como funcionará a ferramenta?

De acordo com especialistas, a ferramenta da NASA está sendo desenvolvida visando facilitar o acesso do público a esses dados em diferentes esferas. A ideia é que todas as sociedades possam, AGORA, planejar e tentar diminuir os efeitos das mudanças climáticas! Para isso, conta com recursos de interatividade, que permitem aos usuários clicar em qualquer lugar do oceano global e na costa e escolher o ano a ser monitorado entre as décadas de 2020 e 2150.

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Imagem reproduzida de Inhabitat – https://inhabitat.com/nasa-predicts-a-dangerous-sudden-rise-in-sea-levels/sea-level-netherlands/

Clicando em determinado ponto, logo será mostrado dados do aumento médio para aquela área. Para obter dados mais detalhados, é só clicar em “full projection”. E, em seguida, o usuário é redirecionado para outra página, onde é possível navegar pelos diferentes cenários – aumentos ou reduções significativas nas emissões.

Se você tiver interesse em conhecer o aplicativo da NASA, basta clicar aqui!

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Imagem reproduzida de NASA

Fontes: Ambiente Brasil, Olhar Digital.

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Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

A Hoversurf S3 é uma moto voadora, estilo drone, com decolagem e aterrissagem vertical. Ela é produto da empresa Hoversurf, a fabricante de drones fundada pelo russo Alex Atamanov, com sede nos Estados Unidos; e cujo objetivo é revolucionar a mobilidade urbana.

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Imagem reproduzida de TurboSquid

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Quais as principais características da moto voadora Hoversurf S3?

Movida a hélices e quatro motores elétricos, a Hoversurf S3, tem baterias híbridas de lítio, manganês e níquel, de 12,3 kWh e uma autonomia de 25 minutos. E ela pode ser pilotada remotamente (modo drone). Sendo que a sua bateria foi projetada para ser recarregada através de um sistema de carregamento portátil, em um tempo aproximado de 2,5 horas. Por fim, seus motores têm potência de 33kW cada; usados para girar as hélices de carbono de 3 pás – combinadas,  fornecem um empuxo total de 364 kg.

A saber, peso total da Hoversurf S3 é de 114 quilos, suportando o peso de uma pessoa de, no máximo, 100 quilos. Ademais, a velocidade atingida pela moto voadora pode chegar a 96 Km/h e a uma altura segura de 5 metros do nível do solo. 

Conheça a moto voadora de alta tecnologia testada com sucesso pela polícia de Dubai
Imagem reproduzida de Aniwaa
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Imagem reproduzida de AeroExpo

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Como funciona o sistema de pilotagem dessa moto voadora?

O sistema de pilotagem da moto voadora Hoversurf S3 conta com:

  • três unidades de processamento individuais,
  • recursos de segurança que incluem auto-estabilizadores,
  • auto-decolagem e pouso automático,
  • além de um sistema eletrônico de segurança, que inclui pouso de emergência, sistema de alerta sonoro e visual e triagem anti-interferência.

O veículo possui também um display para exibição de informações do veículo e um módulo especial de “position round”, que mantém a posição e altitude estáveis. Ou seja, a Hoversurf S3 consegue ficar parada no mesmo lugar e altura!

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Imagem reproduzida de Hoversurf, via Voicers

Para desenvolver a estrutura do Hoversurf S3, a empresa Hoversurf usou diferentes tipos de tecnologia de fibra de carbono. E, pensando na ergonomia, utilizou um modelo de assento que permite que o piloto se sinta confortável e seguro, em qualquer altura.

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Imagem reproduzida de Hoversurf, via Voicers

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Como pilotar a moto Hoversurf S3?

A polícia de Dubai, cidade e emirado mais populoso dos Emirados Árabes, recebeu, em 2017, as primeiras unidades da Hoversurf S3 para treinamento dos seus oficiais. O departamento de inteligência artificial (IA) da polícia apostou no veículo eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso verticalpara trânsito e acesso em áreas difíceis. O lado positivo é que, para pilotar a moto, não é exigida licença, pelo menos nos EUA, já que cumpriu os requisitos para ser classificada como ultraleve – isso dentro das normas norte-americanas da FAA (Federal Aviation Administration). 

Quer dizer que, em tese, pessoas comuns já poderiam encomendar sua Hoversurf S3 – que, em 2019, foi apresentada a um custo de 150 mil dólares. Entretanto, a empresa adverte que os compradores serão selecionados, para garantir que possam lidar com a nova tecnologia em segurança. Pela quantia adicional de 10 mil dólares, o cliente ainda pode adquirir um pacote de treinamento de 3 dias, com direito a passagem aérea para as instalações da empresa em Watsonville, CA, três noites de hospedagem e um traje de voo.

O vídeo a seguir mostra a polícia de Dubai em seu treinamento com a moto voadora Hoversurf S3:

Resultados obtidos nos treinamentos

Inicialmente, a Hoversurf S3 pode parecer um tanto quanto “limitada”, principalmente para ser usada por um departamento de polícia, levando-se em conta sua velocidade e autonomia de energia. Porém, alguns especialistas acreditam que, no futuro, com o emprego de novas tecnologias na fabricação das baterias – talvez com o uso do grafeno, por exemplo -, seja possível aumentar os tempos de voo dos eVTOLs. 

A empresa Hoversurf informou nas redes que já desenvolveu um novo sistema de ventiladores, com dutos menores e mais silenciosos, seguros e eficientes, com empuxo equivalente ao das hélices atualmente utilizadas. Além disso, ela planeja adicionar justamente essa ideia aos novos modelos de motos voadoras em projeto.

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Fontes: Voicers, Auto Evolution, UOL, Tecno Games Brasil.

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A Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A., companhia aérea brasileira fundada em 2008, e a empresa de aeronaves elétricas alemã Lilium fizeram uma revelação recentemente! Elas anunciaram que pretendem firmar um acordo comercial de até US$ 1 bilhão para a aquisição de 220 eVTOLs, veículos elétricos de pouso e decolagem verticais.

Só é importante ressaltar que, ao longo do primeiro semestre, companhias aéreas como a Virgin Atlantic e a United Airlines, além da fabricante brasileira Embraer, também anunciaram parcerias para investimentos em aeronaves elétricas. Contudo, as atividades da Azul e Lilium já têm data para iniciar, 2025; e só estão aguardando a conclusão dos termos comerciais entre ambas as partes e a documentação definitiva do acordo.

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Imagem reproduzida de O Globo

O que está previsto no acordo da Azul e Lilium?

Como irá funcionar, então, esse acordo comercial? A Azul será a responsável por fazer a manutenção e operação dos veículos elétricos. Eles terão autonomia para 240 quilômetros e configuração para seis passageiros mais o piloto. Já a Lilium fará o fornecimento da plataforma de monitoramento das aeronaves, além das baterias de reposição e outras peças.

“Nossa presença de marca, nossa malha com exclusiva conectividade e nosso robusto programa de fidelidade nos fornecem as ferramentas para criar os mercados e a demanda para a operação com jatos Lilium no Brasil.”,

“Assim como fizemos no mercado doméstico brasileiro nos últimos 13 anos, esperamos novamente, agora com os jatos da Lilium, criar um mercado totalmente inovador nos próximos anos.”

– John Rodgerson, CEO da Azul, em reportagem de Money Times.

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Imagem reproduzida de Economia & Negócios – Estadão
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Imagem reproduzida de O Globo

A nova malha aérea

As intenções das empresas Azul e Lilium é poder conectar grandes centros econômicos, regiões metropolitanas, cidades turísticas, condomínios residenciais e aeroportos. Ou seja, lidar com os trajetos e uma possível demanda alta, visto que os veículos elétricos estudados para este fim teriam 36 motores e podem ser recarregados em até 30 minutos. “É o transporte do futuro, 100 vezes mais seguro e mais silencioso”, e não poluente, dispensando combustível fóssil. Aliás, isso vai de encontro com a própria Agenda Ambiental, Social e Governança Corporativa da Azul, que visa alavancar o “desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio de uma aeronave 100% elétrica e com emissão zero de carbono”.

“Pode ser o ‘Uber dos céus’. Como essa aeronave pode decolar verticalmente, como um helicóptero, podemos usar pequenos aeroportos ou até mesmo os helipontos instalados nas grandes cidades.”,

“Essas aeronaves devem ser certificadas ao longo de 2024 para começarmos a operar em 2025. Já estamos conversando com a Anac [Agência Nacional de Avião Civil] para a elaboração das regras de operação desses carros voadores.”

– John Rodgerson, em reportagem da revista Valor Econômico.

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Imagem reproduzida de Click Petroleo e Gas

Quais as vantagens desses veículos elétricos trarão para o Brasil?

É possível que a economia brasileira se beneficie bastante deste acordo Azul-Lilium. Como? Por exemplo, criando um novo segmento de viagens curtas para competir com os helicópteros, como já foi explicado no tópico anterior! As empresas avaliam operar, por 1/4 do preço da viagem de helicóptero, com os “carros elétricos voadores” entre Campinas-Santos, Campinas-Campos de Jordão, São Paulo-São José dos Campos e Rio de Janeiro-Búzios.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), existem no Brasil 1.265 helipontos, sendo 196 apenas na cidade de São Paulo.

Veja Também: Nem helicóptero, nem avião: esse drone gigante promete ajudar a resgatar soldados e funcionar como ambulância voadora


Fontes: UOL, Yahoo, Money Times.

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Engenharia 360

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Mais uma notícia boa para os amantes de automóveis! A startup holandesa Breda apresentou recentemente a sua solução de mobilidade urbana usando energia limpa e sustentável, o Squad. Finalmente, esse seria um carro elétrico movido à energia solar – uma energia limpa e sustentável -, e promete agradar tanto aos ambientalistas quanto ao bolso dos consumidores, pois consegue rodar até 100 quilômetros com uma única carga.

veículo elétrico
Imagem reproduzida de AutoEvolution

E olha que interessante, o slogan desse produto é “um carro solar para todos”. Por que será? Pela razão que, para dirigir o Squad na Holanda, não é exigida licença de motorista – equivalente a CNH do Brasil -, já que os comandos desse veículo são muito simples. Ainda mais que, acima de tudo, ele roda com a velocidade máxima de 45 km/h.

As principais características do Squad

O Squad é um modelo compacto de carro elétrico, que mede 2m x 1,2m x 1,6m. Ele é produzido, em grande parte, com materiais recicláveis e com uma estrutura feita de alumínio bem leve e resistente. Possui um painel de energia solar no teto que consegue uma autonomia de 20 Km, em um dia de carga. Levando-se em conta que a quilometragem média de viagem de uma pessoa na Europa é de 12 km por dia, o veículo terá autonomia suficiente para rodar sem necessitar de carregamento pela rede elétrica. Porém, para a sua utilização em dias nublados, sem energia solar, o Squad possui baterias que poderão ser carregadas em tomada de 220V

veículo elétrico
Imagem reproduzida de @SquadMobility em Instagram

Outra característica interessante do Squad é o seu design, semelhante àqueles carrinhos de golf, oferecendo flexibilidade do transporte pessoal e o conforto de um automóvel, com portas removíveis e carroceria criada para uma maior segurança do motorista em caso de acidente. Além disso, com as portas no lugar, em dia chuvoso, é possível fechar as janelas.

Detalhe importante: o Squad foi projetado para levar apenas duas pessoas – motorista e passageiro! E ele também tem um pequeno compartimento de carga, com capacidade para 68 litros.

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Imagem reproduzida de Portal Ekko Green
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Imagem reproduzida de AutoEvolution

O carro elétrico Squad no mercado

Segundo Robert Hoevers, CEO da Breda, existe interesse por parte da Índia, dos EUA e de outros países da Europa, na aquisição do veículo elétrico e espera levar o Squad a outras regiões da Ásia e América. Da mesma forma, há uma enorme demanda para este tipo de solução, principalmente, em áreas urbanas. Entretanto, digno de nota, a competição entre a startup e grandes empresas, como a Mercedes, ainda é muito difícil.

Lembrando que a Breda é holandesa. Porém, para a fabricação do Squad, ela importa materiais, como painéis de energia solar que vem da China, as baterias que vem da Coréia e a carroceria que vem da Polônia. Sua previsão é de que conseguirá lançar no mercado o veículo somente em 2022, a um custo de  € 5.750 na pré-venda (R$ 35.305,00, na cotação atual).

O vídeo a seguir apresenta um trecho de reportagem que cita o carro elétrico Squad, da Breda:

Veja Também: Novo carro elétrico da Daymak tem três rodas


Fontes: Click Petróleo e gás, Canal Tech, Altomotive Business, Alexa Archer.

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O uso de bicicletas, como meio de locomoção em áreas urbanas, já é bastante comum em diversas partes do mundo e se ela puder ser elétrica é ainda melhor. E segundo um usuário do Reddit (rede social e agregador de notícias bastante popular nos EUA), identificado como @Jimminecraftguy, é possível usar peças de uma máquina de lavar que podem dar “asas” a uma bicicleta! Duvida? Bom, ele afirma ter usado um protótipo que ele já tinha há vinte anos e peças de uma máquina de lavar para criar uma bicicleta elétrica. Saiba mais a seguir!

A bicicleta de Jimm

A bicicleta de Jimm foi apelidada de “The Spin Cycle” (o ciclo giratório), ou algo como “Bike Centrífuga”. 

Eis como ela funciona! O “inventor” acoplou o motor de uma máquina de lavar de 1.100 Watts ao centro do quadro de uma bike velha, passando a corrente do veículo por uma das engrenagens do motor. Este motor, quando acionado, faz movimentar a corrente que impulsiona a roda traseira da bicicleta. E, de acordo com Jimm, esse seu veículo usa um motor que pode receber até 48 V, alcançando 110 km/h e podendo chegar à velocidade máxima de uns 150 km/h.

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Imagem reproduzida de SpinCycle Solutions
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Imagem reproduzida de TecMundo

Jimm está atualmente tentando utilizar baterias menores, mas mais potentes, para dar maior autonomia à sua bicicleta. Para que o motor possa funcionar sem ter que movimentar os pedais, ele modificou a manivela deixando a roda dianteira livre. 

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Imagem reproduzida de SpinCycle Solutions

A bicicleta de Graeme Obree

Existem notícias de que não foi a primeira vez que alguém “criou”, assim como Jimm, uma bicicleta elétrica usando peças de uma máquina de lavar roupas. Na verdade, antes disso, um dos casos mais famosos foi do britânico Douglas Graeme Obree, campeão mundial de ciclismo.

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Imagem reproduzida de Mania de Cantar
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Imagem reproduzida de TecMundo

Segundo consta, Graeme Obree, sem patrocínio na época, teria montado sua própria bicicleta elétrica feita com rolamentos de uma máquina de lavar que ele mesmo desmontou.  A saber, sua bicicleta está em exposição no Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo.

Aliás, a história de superação deste grande desportista, Graeme Obree, está retratada no filme “O Escocês Voador”!

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Imagem reproduzida de Glasgow University Students Representative Council
https://www.youtube.com/watch?v=oJ9H0INZ2_s

Veja Também: Empresa lança bicicleta com pneus da NASA ultra resistentes que não furam


Fontes: Engenharia Hoje, Tecmundo, Startupi.

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Fase, Neutro e Terra. Quando ouvimos esses nomes, já sabemos que estamos falando de corrente alternada (CA). Ala tem esse nome, aliás, porque a energia oscila no tempo entre valores positivos e negativos – mais especificamente em ciclos de 60 vezes por segundo (60Hz) aqui no Brasil. E justamente essa oscilação ocorre pela forma como ela é gerada nas usinas – observe a imagem a seguir!

Função senoidal
Gráfico da tensão alternada | Imagem reproduzida de Mundo Projetado

Neste artigo do Engenharia 360, vamos desvendar os mistérios por trás desses termos – Fase, Neutro e Terra – e explicar como cada um contribui para o funcionamento seguro da sua rede elétrica. Confira!

Diferença de Potencial (ddp) e Tensão

Vamos explicar resumidamente! Para ocorrer um fluxo de energia elétrica, é necessário existir uma diferença de potencial (ddp), ou seja, a tensão como a gente conhece, possibilitando a passagem de cargas elétricas de um condutor para outro quando o circuito é fechado. Essa tensão existe entre fases diferentes ou entre fase e neutro.

Portanto, o condutor que tem um potencial (127V, 220V ou outro, dependendo do local) é chamado de fase; e o neutro, por sua vez, tem um potencial de 0V, de onde vem o seu nome.

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Funcionamento do Transformador

A energia que recebemos em casa vem antes da concessionária para o enrolamento primário de um transformador – esses que vemos nas ruas – de forma trifásica (com três condutores) e em média tensão, geralmente 13.800V. Esse transformador do tipo abaixador deixa a tensão pronta para a utilização, por exemplo, nas residências.

Para isso, ele tem sua bobina secundária (baixa tensão) fechada em estrela – como você pode ver na imagem abaixo – saindo dos enrolamentos das fases. E, da intersecção delas, parte o condutor neutro, que por se anular nesse ponto, seu potencial se torna zero.

Ligação transformador
Ligação delta-estrela de transformador | Imagem reproduzida de Mundo da elétrica

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Importância do Aterramento na Segurança Elétrica

O condutor terra é utilizado como segurança. Se, por exemplo, o condutor de um motor ou de um aparelho qualquer encostar em sua carcaça metálica, ela passa a ficar energizada. Se essa máquina não tiver aterramento, o nosso corpo pode se tornar condutor nesse caso, podendo ser até um risco de vida. Porém, se existir um aterramento correto, a corrente fluirá para ele, visto que a sua resistência é menor que a do nosso corpo.

As tomadas, como conhecemos, geralmente tem um pino específico para o terra. Atenção: nunca o retire e garanta que a tomada sempre tenha essa proteção instalada! Portanto, tome muito cuidado com a falta desse item, inclua sempre nos seus projetos!

Condutores terra
Condutores terra | Imagem reproduzida de Instrumentation Tools
Cabos condulete
cabos condulete | Imagem reproduzida de Blog Astra

Padronização de Condutores e Aterramentos na NBR 5410

Existem várias normas técnicas que regulam e padronizam os condutores e aterramentos. A NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão -, dá diretrizes sobre dimensionamento desses cabos.

O item 6.1.5.3.1 desta norma, por exemplo, padroniza o condutor neutro como de cor azul: “Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor neutro deve ser identificado conforme essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor azul-clara na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.”.

A do aterramento, por sua vez, na cor verde ou verde-amarelo no item 6.1.5.3.2: “Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de proteção (PE) deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a dupla coloração verde-amarela ou a cor verde (cores exclusivas da função de proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.”.

Já para o condutor fase pode ser utilizada qualquer cor, desde que não seja as mencionadas anteriormente.

Observação importante: A mesma norma tem um item específico para aterramento, o 6.4. Nele tem as diretrizes para eletrodos, condutores, tipos de ligação e várias outras. Vale a pena dar uma conferida, pois é um trecho de texto muito importante!

O vídeo sugerido ilustra bem o tema deste texto, veja!

Medidas de Segurança para Prevenir Acidentes Domésticos

Em julho de 2023, uma mulher de 39 anos morreu eletrocutada ao utilizar um lava a jato em Joinville, Santa Catarina. Especialistas explicaram em reportagem de G1 que esse tipo de acidente costuma ocorrer devido a falhas na rede elétrica. Para evitar tragédias semelhantes, eles enfatizam algumas medidas de segurança:

  • Equipamentos como lavadores de alta pressão devem estar conectados a tomadas com Dispositivo Diferencial Residual (DR), que interrompe a corrente elétrica em caso de fuga, evitando choques fatais.
  • É fundamental proteger as tomadas mais propensas a causar choques, como as do chuveiro, cozinha, área de serviço e aquelas usadas para equipamentos elétricos, com o DR.
  • A garantia de aterramento elétrico, com tomadas de três furos (fase, neutro e terra), é essencial para reduzir a corrente que pode passar pelo corpo humano.
  • Ao manusear equipamentos elétricos em ambientes externos ou molhados, é aconselhável utilizar calçados isolantes.
  • Se um equipamento estiver apresentando funcionamento estranho, é importante interromper o uso e chamar um profissional para avaliar o problema.
  • Prever o aterramento e realizar a equipotencialização da instalação elétrica também são medidas adicionais de segurança.
  • Instalar um dispositivo de seccionamento automático (DR) aumenta a proteção contra acidentes elétricos.
  • Em casos de funcionamento anormal da instalação elétrica, como cheiro de queimado ou zumbidos, é recomendado desligar o disjuntor e manter o circuito desenergizado até que um profissional qualificado faça a avaliação.
  • Nunca realizar manutenções na instalação elétrica enquanto estiver energizada.

O acidente aconteceu enquanto a mulher limpava a calçada de sua casa, e apesar dos esforços de vizinhos e socorristas, infelizmente, ela não sobreviveu.

Comente na aba de descrição se quer saber mais sobre esse assunto! E não esqueça de compartilhar este texto para quem interessar!

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Fontes: Terra, Toda matéria

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Engenharia 360

Luan Rodrigues

Engenheiro eletricista e MBA em engenharia e gestão de energias renováveis. Fanático por filmes, música e tecnologia.

No meio rural, ‘manejo’ e ‘gestão’ são questões que geram métricas sobre o ganho médio de peso e a produtividade de um rebanho. Mas parece que os novos modelos de Inteligência Artificial (IA) vão começar a ajudar nessa atividade. Essa era uma ideia impossível até poucos anos atrás. Mas agora as fazendas já estão muito mais modernas, com uso da Internet – reflexo das novas gerações que trabalham no campo, com mais “apetite” pelas tecnologias.

A saber, a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) afirma que, hoje, 61% dos produtores rurais têm acesso à internet, 96% possuem celular e 61% usam smartphones (dados de 2021). Leia mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

agro
Imagem extraída de Compre Rural

Desafios no rastreio do gado

Atualmente, apenas 5% do rebanho nacional é rastreado no campo (dados de 2021). Isso é um sério problema para os pecuaristas, seguradoras, bancos e frigoríficos. De acordo com eles, agora, não existe nenhum método ou banco de dados que possa afirmar, com precisão, quantos bois existem no país ou numa propriedade rural. E o que isso quer dizer? Quer dizer que em situação de tormenta, os donos de gado podem perder seus rebanhos por não saber onde eles estão.

Neste cenário, os animais podem ser levados por ladrões sem se descobrir de imediato. E também, nesse caso, é impossível punir fazendeiros fora das normas ambientais – uns acabam depois pagando pelos outros!

“A seguradora e o frigorífico pagam de acordo com o número de chamadas na nossa aplicação, ou seja, o número de animais identificados ou de comparação de templates.” – Floriano Varejão, diretor-presidente e fundador do aplicativo Databoi, em reportagem de Globo.

inteligência artificial (ia)
Imagem de fio de aço em Freepik

O sistema de rastreio atual

Atualmente, o rastreamento de bois e vacas é feito com brincos, chips e marcação a ferro, e o animal pode trocar três vezes de proprietário ao longo da vida – consequentemente, necessitando de novas marcações. Mas, com o marcadores biométricos por algoritmo de Inteligência Artificial, a plataforma identifica o boi por características intrínsecas ao animal, isso evita o risco de fraudes, perdas de brincos e chips.

“Pensamos em uma maneira de resolver o problema de forma totalmente digital, identificar o boi sem a necessidade de uma logística complexa, sem que algo possa se perder ou quebrar, e a solução foi uma foto.” – Floriano Varejão.

A solução inovadora da Inteligência Artificial

A agritech Databoi deseja lançar, em breve, um aplicativo gratuito para que os pecuaristas possam ter o rastreio dos seus animais, com o objetivo criar um “marketplace de gado” 100% rastreável. Assim, a identificação de animais aconteceria apenas com uma foto do focinho dos bois e vacas, que possuem marcações únicas e permanentes semelhantes à impressão digital dos dedos humanos.

Na tela do celular, seria possível ver o ponto de geolocalização das cabeças para haver um controle ambiental. Os fiscais poderiam fazer um cruzamento de dados de georeferenciamento, com fontes públicas e privadas, para assegurar o cumprimento das normas ambientais das propriedades. A saber, todas as informações geradas na plataforma seriam salvas em blockchain. 

“E, para o pecuarista, a gente tem um plano de, pelo menos por algum tempo, não cobrar nada justamente para incentivar e fazer com que essa transformação cultural possa ocorrer de forma mais rápida.” – conta Floriano Varejão.

Pecuaristas usam IA para rastrear gado por meio de reconhecimento facial
Imagem extraída de Blogs – Globo

Marcadores Biométricos

A solução de marcador biométrico para cabeças de boi não é nenhuma novidade. De fato, ela está sendo estudada já desde o início do século passado. Mas é claro que, com o avanço das tecnologias, viu-se a possibilidade de usar esse marcador usando inteligência computacional. Contudo, ainda foi preciso alguns anos de pesquisa para treinar um robô que conseguisse identificar um padrão e generalizar isso criando um template biométrico de cada animal.

Pesquisas desenvolvidas no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) revelaram que o focinho é a impressão digital do boi, ou seja, tem características morfológicas singulares que se mantêm inalteradas durante todo o ciclo de vida do boi. Assim foi possível os cientistas criarem um algoritmo de Inteligência Artificial apto a formar uma identidade única e permanente do animal usando uma fotografia do celular – sistema que será utilizado no app da Databoi.

inteligência artificial
Imagem de fio de aço em Freepik

Veja Também: Inteligência Artificial ajuda a analisar sementes para uso agrícola


Fontes: Revista Globo Rural, Milk Point, Portal Kynetec.

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Redação 360

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No último mês, duas grandes explosões foram provocadas pela Marinha dos Estados Unidos. E não foi acidente, não! Na verdade, as ações foram totalmente intencionais. Mesmo assim, os resultados surpreenderam, chegando o último experimento a gerar um terremoto de magnitude 3,9 na escala Richter. Logo as cenas viralizaram nas redes sociais. Mas a explicação veio em seguida: se tratava de um exercício com navios de guerra. Saiba mais no texto a seguir!

engenharia naval
Imagem extraída de Poder Naval

Quando e como foram os testes?

O primeiro teste da Marinha americana aconteceu no início de junho de 2021, a cerca de 161 quilômetros da costa da Flórida, com um porta-aviões USS Gerald R. Ford, de 100 mil toneladas. E já nesse momento o Serviço Geológico dos Estados Unidos registrou a explosão como um terremoto de magnitude 3,9.

O segundo experimento foi na primeira semana de julho de 2021, também na Flórida. A Marinha lançou 18 mil quilos de explosivos de alta velocidade a um porta-aviões da Marinha, a menos de 200 quilômetros da costa de Jacksonville. O resultado, mais uma vez, foi um terremoto de magnitude 3,9. Por que surpreendeu as pessoas? Porque o estado sequer tem raramente alguma notificação de tremores de terra.

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Imagem extraída de Olhar Digital
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Imagem extraída de Olhar Digital

O navio utilizado nas duas ocasiões foi levado a um estaleiro próximo, para passar por manutenção e reparos. Segundo a Defesa dos EUA, esses “testes de choque completo em navios” ainda devem durar alguns meses. Até agora, o porta-aviões resistiu ao impacto de três explosões subaquáticas de 40.000 libras. Cada uma delas ocorreu a distâncias progressivamente menores do navio.

“A Marinha projetou o porta-aviões da classe Ford usando métodos avançados de modelagem de computador, testes e análises para garantir que os navios sejam reforçados para resistir às duras condições de batalha.” – capitão Brian Metcalf, em reportagem do site das Forças Armadas.

E qual o objetivo da Marinha com os testes?

O objetivo dos Estados Unidos com esses testes é avaliar a capacidade de resistência de porta-aviões diante de condições hostis de batalha. Por exemplo, em um bombardeio com 18 mil quilos de explosivos. Na verdade, esse tipo de experimento é até bem normal. E, até agora, o que se descobriu é que esse porta-aviões em específico é o primeiro de sua classe a sustentar operações em um ambiente de combate usando artilharia real.

“(sobre os seus navios de guerra) conseguem continuar a atender aos exigentes requisitos de missão sob as condições adversas que podem encontrar em batalha.” – disse a Marinha em um comunicado.

Veja, no vídeo a seguir, as cenas divulgadas na imprensa internacional da última explosão realizada pela Marinha americana na Flórida:


Fontes: Olhar Digital, BBC, G1, CNN Brasil.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Redação 360

Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.

‘Cemitério de Impérios’, assim é, por alguns, chamado o território do Afeganistão.

Recentemente, assistimos com perplexidade o desespero de milhares de afegãos amedrontados com a volta do Talibã, temendo que o país mergulhe em um novo retrocesso social e em um caos econômico. As cenas divulgadas na imprensa internacional foram extremamente chocantes. Pessoas se dependurando e até caindo de aeronaves, enquanto um mar de carros ficavam presos nas rodovias. Realmente, algo que jamais sairá da nossa memória, assim como o 11 de Setembro.

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Imagem extraída de UOL
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Imagem extraída de Diário do Nordeste

Mas o que os Estados Unidos tem a ver com isso? Bem, quem tem mais de trinta anos de idade, com certeza, tem uma lembrança ainda muito forte dos acontecimentos de vinte anos atrás. Contudo, poucos se lembram de como era o Afeganistão antes disso. E, mais, como era a situação das mulheres, inclusive na Engenharia, antes do avanço do Talibã no país. Descubra no texto a seguir!

Localizando o Afeganistão no mapa

Sem saída para o oceano e caracterizado por regiões montanhosas, o Afeganistão é um país historicamente importante nas rotas comerciais e disputas políticas da Ásia. Ele é vizinho de países com poderio nuclear como o Paquistão e a China, fronteira com o Irã, Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão. Por isso tem grande importância geopolítica! Ou seja, poderia ser uma grande potência econômica mundial!

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Imagem extraída de Escola Educação

Entretanto, o terreno montanhoso do Afeganistão tem facilitado a operação de grupos guerrilheiros e dificultado a ação de tropas invasoras. Seu território está sempre sofrendo com disputas, culminando com a invasão pelos soviéticos em dezembro de 1979 a pretexto de combater os guerrilheiros islâmicos que ameaçavam levar às repúblicas soviéticas sua luta santa em nome do Islã. A saber, um dos territórios desmembrados da antiga União Soviética é a Rússia, que ontem, junto da China, acenou a favor do próprio Talibã – vai entender.

Agora, o temido grupo extremista está de volta ao comando do Afeganistão, dominando a capital Cabul vinte anos após ser expulso pelas tropas dos Estados Unidos e o presidente Ashraf Ghani abandonar o governo e fugir rumo ao Tajiquistão.

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Imagem extraída de Jovem Pan

Entendendo a presença das tropas americanas no país

Em 1996, o grupo fundamentalista sunita Talibã tomou o controle da capital, Cabul, e impôs um regime extremista no país. Anos depois, vários atentados terroristas foram atribuídos aos seus líderes. Os piores foram aqueles ocorridos no dia 11 de Setembro de 2001, com Osama Bin Laden mentor dos ataques às torres gêmeas do World Trade Center em Nova York.

Depois disso, no mesmo ano, os norte-americanos agiram contra o Talibã se juntando à Aliança do Norte para unir a população e combater o grupo extremista. O governo instalado em seguida, reconhecido internacionalmente e com uma nova Constituição adotada em 2004, teve muitas dificuldades em estender sua autoridade além de Cabul e forjar uma união nacional. No final do governo Obama, foi reduzido o contingente militar americano. E em 2017, sob o governo de Donald Trump, os Estados Unidos e o Talibã assinaram um acordo que previa a retirada completa, em 14 meses, das tropas americanas e da Otan do território afegão.

Em julho deste ano, os soldados dos Estados Unidos deixaram a base aérea de Bagram e entregaram o espaço para a administração do governo afegão. O resultado já estamos vendo pela TV e Internet!

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Imagem extraída de Valor Econômico – Globo

Consequências para as mulheres afegãs

O que se pode esperar de um grupo extremista? O que o Talibã diz é que “vai respeitar direitos das mulheres que estão previstos na lei islâmica”. Mas como é esse tipo de respeito que eles falam? Já horas após tomar Cabul, imagens de publicidade com fotos de mulheres começaram a ser retiradas das fachadas das lojas. A saber, de acordo com a ONU, hoje cerca de 80% das pessoas do Afeganistão que tiveram que deixar suas casas é de mulheres e crianças. Podemos imaginar o desespero!

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Imagem extraída de CLAUDIA

Antes dos anos 90, 70% dos professores no país eram mulheres. Elas dominavam também 50% dos cargos públicos e de vagas no ensino superior, 15% no legislativo, e tinham direito a voto. Ou seja, as afegãs viviam livremente até que o Talibã chegou nos anos noventa, as forçando a usar burca, restringindo a sua educação e ameaçando com punições brutais, incluindo execuções públicas, como apedrejamento e amputações. Essa é a versão da sharia, a lei islâmica – o tal respeito que eles falam!

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Imagem extraída de Gizmodo Brasil – UOL
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Imagem extraída de TRT

Protótipo de respirador

Esse cenário foi de total retrocesso para o Afeganistão! Certamente, agora, veremos mais uma fase de censura, para a alegria dos conservadores religiosos. E isso irá, sem sombra de dúvidas, afetar também a atuação das mulheres na Engenharia. E olha que em abril deste ano, um grupo só de meninas afegãs desenvolveu um ventilador para ajudar no tratamento de pacientes com covid e foram parar na lista “Under 30″da Forbes.

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Imagem extraída de Correio Braziliense
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Imagem extraída de Blog do Mesquita

As jovens projetaram um robô de baixo custo, usando peças de motor e baterias de um Toyota Corolla. Elas tentavam aprovação do governo para a produção do protótipo por apenas 300 dólares a unidade, 100 vezes menos do que os valores normais de venda de respiradores no Afeganistão. Esse trabalho contou a ajuda de especialistas da Universidade de Harvard, com base em um projeto do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sendo as estrelas as garotas do ensino médio de alto desempenho, conhecidas como as “sonhadoras afegãs”, da cidade de Herat. Detalhe: o grupo ganhou destaque na imprensa em 2017, quando lhes foi negado o visto para participar de uma competição de robótica em Washington, antes de o presidente Donald Trump intervir e permitir que viajassem.

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Imagem extraída de Medium

Qual o destino que essas mulheres terão sob o regime do Talibã?

Bem, vamos pegar como exemplo como era a vida das mulheres nos anos que antecederam a invasão pela coalizão. Naquela época, as meninas não podiam estudar, as mulheres não podiam trabalhar e nem mesmo sair de casa se não estivessem acompanhadas de um parente. Além dessas regras relativas a mulheres, os talibãs também faziam execuções públicas e, como medida de punição, cortavam as mãos de quem eles diziam ser ladrões.


Fontes: Quebrando o Tabu, O Globo, G1, BBC.

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Simone Tagliani

Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.

Segundo o astrônomo, físico e engenheiro Galileo Galilei, “a matemática é a linguagem que Deus escreveu o Universo”. O fato é que desde que o homem aprendeu a contar, muito se evoluiu em termos de matemática e foram diversos gênios da humanidade que contribuíram nesse processo. Pensando nisso, o Engenharia 360 irá mostrar, numa série de 3 matérias, um breve resumo biográfico dos matemáticos que contribuíram na decodificação dessa linguagem do Universo e que é também ferramenta poderosa nas mãos dos engenheiros, cientistas e todos nas áreas relacionadas ao campo das exatas.

Os três primeiros grandes matemáticos

Nessa primeira parte, buscaremos na antiguidade 3 grandes nomes que ajudaram a construir os Pilares Matemáticos Modernos. São eles:

  • Pitágoras: que viveu entre 580 e 500 aC e organizou uma associação semi-secreta chamada Escola Pitagórica, que pode ser considerada a primeira Universidade da civilização ocidental.
  • Euclides: que nasceu em 300 aC e seu grande mérito foi organizar os fundamentos da matemática num dos maiores livros escritos sobre matemática: Os Elementos.
  • Arquimedes: que viveu entre 287 e 212 aC e usou o que o primeiro e o segundo desenvolveram, adicionando sua própria curiosidade e genialidade.

Que tal conhecer um pouco da contribuição desses grandes estudiosos às ciências naturais e exatas? Continue lendo para saber mais!

Pitagóricos e a primeira universidade

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Imagem extraída de Aventuras na História – UOL

Pitágoras era um cara com diversas facetas. Além de conhecido como matemático (aliás, ele foi quem primeiro usou o termo ‘matemática’ como conhecemos até hoje), também era visto como um místico, profeta religioso, professor da sabedoria, mágico, charlatão ou agitador político. Dependia do ponto de vista de quem o estava julgando.

O fato é que, dos grandes matemáticos, Pitágoras teve a maior influência na civilização europeia nos campos da Ciência, Matemática e Filosofia. Mais importante que qualquer outro que tenha vivido à sua época.

A Matemática começa com ele, no sentido de que ele foi o primeiro a concebê-la como um sistema de pensamento mantido coeso por provas dedutivas.

A Ciência começa com ele, a partir do momento em que ele realiza deliberadamente o primeiro experimento científico, além de assumir como premissa que o mundo é um todo ordenado e compreensível. É quem primeiro faz uso da palavra “kosmos”.

E a Filosofia começa com ele, na medida que seus estudos acerca da natureza da realidade chegaram dois séculos depois a Platão, que iria consumir e cristalizar as visões de mundo pitagóricas. Criou ainda a própria palavra Filosofia (philos = amigo, sophia = sabedoria).

Essa tríplice de realização por si só já seria suficiente para colocá-lo no hall dos maiores “influencers” da humanidade daquela época!

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Imagem extraída de Revista Galileu – Globo

Teorema de Pitágoras

Foram muitas as suas contribuições no campo da Geometria e Teoria dos Números. Seu famoso Teorema que leva seu nome, observa uma regra simples:

A soma dos quadrados dos lados que formam o ângulo reto nesse triângulo (catetos) é exatamente igual ao quadrado do lado oposto ao ângulo reto (hipotenusa).

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Imagem extraída de Estudo Kids

Atribui-se a Pitágoras, a primeira prova rigorosa de que o número “raiz quadrada de 2” é irracional (usou um recurso muito elegante matematicamente, que é hipótese por absurdo: suponha que a raiz de 2 é racional e conclua que não é).

Quadrivium e Trivium

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Imagem extraída de Ensaios e Notas

Dentre os grandes matemáticos, Pitágoras exercia mesmo a função de Mestre, tanto que a expressão “como ele mesmo disse” era usada comumente ao se encerrar uma arguição. Todas as descobertas eram atribuídas a Pitágoras, o que torna difícil saber se as realizações eram suas ou de seus discípulos. Bem, o que se fala é que ele tinha mesmo muita autoridade no que lecionava!

E a Escola Pitagórica abordava em seu conteúdo programático as disciplinas de Geometria, Aritmética, Música e Astronomia. Esse grupo era chamado de quadrivium (ou caminho quádruplo), que mais tarde receberia o trivium Gramática, Retórica e Lógica.

Enfim, não podemos negar que a passagem de Pitágoras pela Terra ainda ecoa na nossa existência!

Euclides e os Elementos

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Imagem extraída de Estado da Arte

Segundo o matemático, filósofo, ensaísta, historiador e lógico Bertrand Russel, ‘Os Elementosde Euclides é, certamente, um dos maiores livros já escritos.

A proposta do livro é trazer definições que não requerem conhecimento prévio do leitor. Começa com a definição de ponto como aquilo que não tem parte. E seguem mais 465 proposições distribuídas em 13 volumes.

Essa forma e rigor foram modelos em seus 2300 anos de existência. Alguns livros e personalidades que foram influenciados pelo Estilo Axiomático apresentado n’Os Elementos são: Arquimedes, Platão, Kant, Ética (Spinoza), e Principia (Newton).

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Imagem extraída de Medium

Com a Revolução Científica advinda dos estudos no campo relativístico, soubemos que a Geometria Euclidiana não é mais a única possível sob o ponto de vista de estudos topológicos. Entretanto, a clareza e objetividade das ideias contidas n’Os Elementos são perfeitamente válidos em certos domínios de existência.

A saber, o Método Axiomático de Euclides ainda é vastamente utilizado em Matemática Abstrata, mostrando-se um modo conveniente para se delimitar com clareza o sistema matemático a ser investigado.

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Imagem extraída de Revista Zunai

Além de uma exposição sistemática de Geometria Elementar, ‘Os Elementos’ apresenta ainda tudo que se sabia na época sobre Teoria dos Números. O papel de Euclides, nesse caso, foi o de grande organizador das informações esparsas de seus predecessores – também grandes matemáticos -, mas é possível que ele próprio tenha dado alguma contribuição em termos de ideias e provas. Afinal, muitos dos teoremas propostos são atribuídos a Euclides.

Arquimedes de Siracusa e a Engenharia

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Imagem extraída de SoCientífica

Segundo o escritor, ensaísta, deísta e filósofo Voltaire, havia mais imaginação na cabeça de Arquimedes do que na de Homero – poeta épico da Grécia Antiga, autor das obras ‘Ilíada’ e ‘Odisseia’.

Ele nasceu na cidade grega de Siracusa, ilha da Sicília. Conta-se que tinha algum parentesco com o Rei Hierão II. E, na sua juventude, estudou no centro intelectual de Alexandria, onde conheceu seu amigo Eratóstenes, aquele que estimou o raio da Terra há 300 anos aC e que viria a ser futuro Diretor da Biblioteca de Alexandria.

Eureka!

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Imagem extraída de EBC

Talvez a história mais famosa de Arquimedes seja aquela em que o Rei solicita que alguém dê uma solução para o seguinte problema: “Como confirmar se a coroa havia sido feita de ouro maciço ou se o ourives havia se enganado e feito a coroa com uma amálgama menos nobre, apenas revestindo a peça de ouro?”.

Após pensar alguns dias na questão, Arquimedes foi tomar seu banho, entrou na banheira e observou que o nível d’água subira. Até aí, nenhuma novidade. Porém, na hora, ele deduziu que, para um dado peso, o ouro é mais denso que a prata, ocupando um volume menor e deslocaria um volume menor de água.

Reza a lenda que ele ficou tão feliz com a descoberta, que esqueceu que estava nu e saiu gritando pela rua “eureka! eureka” (que significa “achei! achei!”). Foi então que descobriu que o ourives enganara o Rei, quando foi observado um volume de água maior comparado ao mesmo peso em ouro.

Fato é que esse episódio forneceu a outros grandes matemáticos os princípios da Hidrostática, que até hoje tem sua validade e aplicabilidade!

Mecânica e Matemática

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Imagem extraída de Na Trilha – Percurso – Percurso Educacional

Em Mecânica, Arquimedes desenvolveu trabalhos sobre o centro de gravidade de figuras sólidas e descobriu o Princípio da Alavanca. Em relação a esse princípio, ele dizia “me dê um ponto de apoio e um braço de alavanca que moverei o mundo”.

A despeito desse episódio, o Rei lhe pediu uma demonstração desse princípio. Então, o matemático, usando um conjunto complexo de cordas e polias, criou um sistema que com mínimo esforço, conseguiu tracionar e arrastar um navio. Foi quando o Rei Hierão II então disse “desse dia em diante, Arquimedes deve ser acreditado em tudo que diz”.

Em relação à Matemática propriamente dita, foram realizados trabalhos notadamente geniais por Arquimedes. São nove tratados autorais e originais, versando sobre Geometria Plana e Sólida, Aritmética, Astronomia, Hidrostática e Mecânica. Assuntos como ‘quadratura da parábola’ (ele demonstra uma forma de calcular o volume sob uma curva parabólica), espirais, medição do círculo, esferas, cilindros, esferóides, conóides e mais. Realmente, foi muito profícua a contribuição de Arquimedes nesses campos!

Em mecânica, por exemplo, criou diversos aparatos. Dentre eles, destaca-se um que até hoje é usado no Rio Nilo para transposição: uma bomba d’água espiralada conhecida como “parafuso de arquimedes”.

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Imagem extraída de SoCientífica

Muito de sua notabilidade na época vem do fato de que ele desenvolveu diversas engenhocas bélicas para proteger Siracusa dos exércitos romanos. Há inúmeras páginas escritas pelo historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo Plutarco relatando os ataques romanos e como os aparatos de defesa projetados e construídos por Arquimedes dizimavam as forças inimigas – desde catapultas até jogos de lentes incendiando frotas.

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Imagem extraída de Aventuras na História – UOL

Essa defesa durou 3 anos e acabou em 212 aC, quando Siracusa caiu.

O fim do homem e o começo da lenda

Arquimedes morreu pelas mãos de um soldado romano. No momento de sua morte, conta-se, estava absorto em contemplação matemática, onde havia rabiscado alguns diagramas na areia. Ao chegar o soldado próximo a ele, disse “não perturbe meus círculos, estou quase conseguindo”. Ao que o soldado não lhe dera ouvidos e passara-lhe a espada.

O general romano Marcelo havia dado ordens para que a vida do homem conhecido como Arquimedes fosse poupada, pois um inimigo de tal valor não poderia morrer em batalha. Ao saber de sua morte, conta-se que entristeceu por não ter tido a oportunidade de conhecer uma mente tão genial. Arquimedes pediu para inscrever em sua lápide uma figura de um cilindro circunscrevendo a uma esfera e gravar a proporção 3/2, que é a razão entre os volumes.

Arquimedes foi certamente o maior dos matemáticos, físicos e inventores do Mundo Antigo. Foi famoso em todo mundo grego e tornou-se uma figura lendária, não apenas por suas profundas descobertas matemáticas, mas também por suas engenhocas famosas e façanhas memoráveis. Infelizmente, o mundo precisou esperar 2500 anos até que outro gênio de semelhante expressão surgisse, Isaac Newton.

Referência: Cálculo com geometria analítica Volume I – Anexos (Simmons)

Veja Também: Não sou bom em matemática, posso fazer engenharia?


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Cristiano Oliveira da Silva

Engenheiro Civil; formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; com conhecimentos em 'BIM Manager at OEC'; promove palestras com foco em Capacitação e Disseminação de BIM / Soft Skills.