Descubra neste artigo do Engenharia 360 como a planta brasileira que produz canabidiol (CBD) sem efeitos alucinógenos pode ser utilizada na produção de papel, pólvora e até lenha. Aliás, essa descoberta foi da UFRJ e trata-se de uma alternativa promissora também para o uso medicinal do CBD, contornando as barreiras jurídicas associadas à maconha. Saiba mais no texto a seguir!
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Conhecendo a planta Trema micrantha blume
Vamos lá! A planta Trema micrantha blume, se você não conhece, é uma espécie nativa do Brasil e de outras regiões da América Central e do Sul. Trata-se de uma árvore que pode atingir até 20 metros de altura, crescendo rapidamente em áreas desmatadas e degradadas. Aliás, ela é comumente encontrada nas margens de estradas.
Pesquisadores descobriram que é possível extrair do seu fruto e flores uma substância chamada canabidiol (CBD), presente na Cannabis sativa, porém sem a presença do tetrahidrocanabinol (THC), que é a substância psicoativa da maconha. Isso significa que a planta Trema micrantha blume pode ser uma alternativa para a produção de CBD, mas sem os efeitos alucinógenos associados à maconha.
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As restrições legais relacionadas à produção de CBD no Brasil
No Brasil, as restrições legais relacionadas à produção de CBD estão em vigor, permitindo seu uso apenas para o tratamento de epilepsia em crianças e adolescentes, de acordo com uma resolução do Conselho Federal de Medicina. No entanto, a Trema micrantha blume não está sujeita a essas restrições, uma vez que não contém THC. Isso possibilita seu cultivo pela Engenharia Agrícola sem restrições.
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Apensar de ser um assunto polêmico, devemos destacar que existem muitos benefícios terapêuticos do CBD. Pesquisas preliminares provaram o potencial do canabidiol no alívio de condições como epilepsia, ansiedade, autismo, câncer, dor crônica, depressão, fibromialgia, enxaquecas, entre outras. Contudo, os médicos ainda precisam compreender completamente seus efeitos e usos.
O uso da Trema micrantha blume pela Engenharia
Engenharia Florestal
Com crescimento rápido e adaptabilidade a diferentes condições ambientais, a Trema micrantha blume é uma opção adequada para o reflorestamento de áreas desmatadas e degradadas.
Engenharia de Produção
A planta Trema micrantha blume está sendo explorada na Engenharia de Produção de papel devido à sua casca, que é utilizada como matéria-prima para a fabricação do papel.
Além do papel, a casca da Trema micrantha blume também foi historicamente utilizada na produção de pólvora. Ela é conhecida como "Pau-Pólvora" devido a essa aplicação.
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Engenharia Biomédica
O CBD pode ser utilizado para o desenvolvimento de medicamentos e terapias para tratar essas condições. A saber, hoje, os pesquisadores estão estudando justamente métodos eficazes de análise e extração do CBD da planta Trema micrantha blume. Esses estudos envolvem também botânicos, biólogos, geneticistas e químicos.
Além disso, o uso do CBD na Engenharia Biomédica pode incluir o desenvolvimento de sistemas de liberação controlada de medicamentos, como microcápsulas ou nanopartículas, que podem fornecer doses precisas de CBD no organismo. Essas tecnologias podem melhorar a eficácia dos tratamentos e reduzir os efeitos colaterais.
Existe hoje uma pesquisa na áerea sendo financiada pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), com um valor de R$ 500 mil. O objetivo é explorar o potencial medicinal do CBD da planta Trema micrantha blume, que não contém THC, a substância psicoativa encontrada na maconha.
Dentro de aproximadamente seis meses, estão previstos testes in vitro para avaliar a atividade do CBD da planta no corpo humano e determinar se ele possui propriedades semelhantes ao canabidiol extraído da Cannabis sativa.
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Fontes: Extra - Globo, O Globo.
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Eduardo Mikail
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