Descubra o significado por trás dos anéis de formatura para engenheiros
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem de Felipe Gregate em Unsplash
Num passado não muito distante, era tradição dar de presente para os recém-graduados anéis de formatura, simbolizando o orgulho de seu sucesso e conquistas. Os modelos vendidos nas lojas no começo do século XIX eram simples. Depois, eles foram evoluindo para peças mais elaboradas. Até que o custo se tornou tão alto que a tradição quase se perdeu no tempo. Mesmo assim, essa ainda é uma boa opção de presente, representando os mais sinceros desejos de boa sorte para a carreira profissional. Confira mais neste artigo do Engenharia 360!
Anéis de formatura: Uma jornada através do tempo
Embora a tradição dos anéis de formatura tenha se popularizado no século XIX, suas raízes remontam há tempos ancestrais.
Culturas como a egípcia e a hindu já atribuíam a essa joia, o anel, significados místicos, associando-a à eternidade, força, união e poder. Já o primeiro anel de formatura surgiu em 1835, na Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos. Naquele tempo, o propósito da peça era outro, identificar os formandos através das cores e formatos das pedras, servir de comprovação da passagem pela instituição e lembrete constante dos valores aprendidos durante a jornada acadêmica.
Então, o anel de formatura jamais foi um acessório, sem relação alguma com sexo ou crenças religiosas. Ele sempre foi visto como uma joia de grande prestígio, ao qual os estudantes almejavam muito receber um dia. Assim surgiu a tradição de ganhar anéis de formatura de presente na colação de grau.
Imagem de Matthias Zomer em Pexels
Mantendo as tradições acadêmicas
Será que hoje em dia é brega dar e receber um anel de formatura? O que você acha? Ostentação desnecessária? Talvez. Mas uma coisa é certa, não é pecado algum celebrar a conclusão de uma etapa da vida. Pense nos anéis de formatura como uma representação da superação de desafios, de anos de dedicação aos estudos, dos esforços empreendidos e da conquista de um sonho. De certo modo, mesmo que simples, esses anéis podem ser uma maneira bonita de honrar tradições acadêmicas e demonstrar orgulho pela trajetória percorrida.
A pedra símbolo da Engenharia
Desde a antiguidade, pedras preciosas foram atribuídas a significados simbólicos. No caso dos anéis de formatura, cada gema representa os valores e ideais associados a diferentes áreas profissionais. Especialmente para a engenharia, a pedra escolhida é a safira azul, representando concentração, serenidade e proteção dos pensamentos. Já o dedo em que o anel será usado é de escolha pessoal – não há regras culturais para isto.
Selecionamos alguns exemplos de design de anéis de formatura de engenharia como inspiração para você:
Imagem reproduzida de RDJ Joias
Imagem reproduzida de Joias Gold
Imagem reproduzida de Volpi Joias
Imagem reproduzida de Retran Joias
Imagem reproduzida de RDJ Joias
Imagem reproduzida de Sempre Joias
Imagem reproduzida de Alianças união via Elo7
Imagem reproduzida de Poésie via Pinterest
Imagem reproduzida de Rubia Colonial Joias
Usar um anel de formatura é como dizer para o mundo a qual comunidade profissional você pertence. Mesmo que alguns na modernidade questionem sua relevância, esse ainda é um símbolo vitalício de conquista, sonhos e motivação para o futuro. É uma insígnia de paixão pelo saber que pode lhe acompanhar para todo o sempre. Considere ter um exemplar!
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Como o Concreto com Cana-de-açúcar deve impactar o futuro da Construção Civil
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4minFigura ilustrativa | Imagem de Freepik
Há milênios o homem utiliza concreto em suas obras de engenharia; mesmo assim, está sempre aprimorando a fórmula deste material. Atualmente, o foco é torná-lo mais sustentável, leve e com característica de autocura ou autoregeneração. E por incrível que pareça, a cana-de-açúcar, para a criação do concreto com cana-de-açúcar, pode ser a solução para essa mudança. O Engenharia 360 te conta mais no artigo a seguir. Confira!
Revolução do biocimento
Neste momento, está acontecendo uma corrida acelerada liderada por universidades, indústrias e agências para transformar o cimento tradicional. Mas por que será? Bem, os números explicam! Só em 2021, por exemplo, o consumo global de cimento ultrapassou 4 bilhões de toneladas e é esperado um aumento anual de 5% até 2027. Em contrapartida, as dificuldades permanecem.
O custo do reparo de rachaduras e fissuras no concreto ainda é um tremendo desafio para a engenharia. Vale destacar que avanços significativos já foram feitos com bactérias e biofibras. Uma alternativa que vem se apresentado bastante promissora é o biocimento. A exemplo da pesquisa conduzida por cientistas da Universidade Kohn Kaen e da Universidade de Tecnologia de Suranaree, na Tailândia, que propõem o uso do resíduo da clarificação da cana-de-açúcar para criação de um concreto com incríveis propriedades de cicatrização.
Imagem de Freepik
Propriedades autocurativas do concreto com cana-de-açúcar
O novo concreto a base de biocimento com resíduo da clarificação da cana-de-açúcar é chamado de IBFC. Esse material parece ser muito mais leve que o concreto tradicional (cerca de 10%) e parece apresentar propriedades de autocura devido à menor resistência à compressão. Testes realizados, combinando cimento comum com IBFC e bactéria Lysinibacillus, revelaram resultados surpreendentes, como é possível ver na figura a seguir.
Imagem de Nature reproduzida de IGN Brasil
Na coluna da esquerda, o cimento convencional (P) não apresenta recuperação, enquanto amostras com adição de IBFC (20, 30 ou 40%) demonstram melhora. Já na coluna da direita, com a inclusão da bactéria, a selagem das fissuras é evidente após 15 dias, consolidando-se com o tempo (taxa de cura de 86%). Em apenas 15 dias, as fissuras foram seladas com uma taxa de cura de 86%; em 30 dias, a recuperação chegou a 100%.
Conclusão: O concreto tradicional não precisa ser totalmente substituído; pode ser aprimorado com adições de cana-de-açúcar e bactérias.
Compromisso com a sustentabilidade
Essa ideia de concreto com cana-de-açúcar nem chega a ser uma novidade. A saber, muitos outros estudos já exploraram essa linha de pensamento e revelaram os benefícios dos resíduos industriais para a construção civil. Mas o diferencial agora é essa capacidade de autoregeneração, um avanço para a engenharia.
Lembrando que a quantidade de resíduos da clarificação da cana-de-açúcar descartada anualmente pode, nesse caso, encontrar uma nova vida como parte essencial de um concreto mais inteligente e ecológico. Quer dizer que a criação desse tipo de material não só beneficia a construção, mas também reduz o impacto ambiental. E isso é uma super notícia, já que a produção de cimento é um grande emissor de CO2. Então, o IBFC, por exemplo, seria algo mais ecológico.
Usar a concreto com cana-de-açúcar na construção civil é como combinar tradição com inovação, transformando um dos materiais mais antigos em uma solução moderna e eco-friendly. Segue mais duas inovações que prometem revolucionar o futuro da engenharia:
Concreto da cinza do bagaço da cana
Um estudo realizado recentemente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) demonstrou que a cinza do bagaço da cana-de-açúcar pode melhorar a qualidade do concreto, refinando os poros, reduzindo danos externos e fortalecendo suas propriedades pozolânicas. Para isso, a cinza precisa ter baixo teor de matéria orgânica e granulometria fina. Ainda são necessários novos testes para comprovar a viabilidade econômica e logística de uso. Mas certamente os benefícios de menos descarte inadequado de materiais e redução de emissões de CO2 já devem compensar.
Imagem de Victor Marcelo Estolano de Lima, UFPE, reproduzida de Cimento Itambé
Bloco de concreto de cana-de-açúcar
Para finalizar este texto, mais um novo material recém-descoberto, o Sugarcrete, que pode substituir o concreto tradicional. Esse concreto com cana-de-açúcar é produzido combinando bagaço de cana-de-açúcar com ligantes minerais. Ele é leve, tem apenas 15-20% de pegada de carbono, e sua produção é sustentável. Estruturas construídas com este material são resistentes ao fogo e podem ser desmontadas e reutilizadas.
O mais legal dessa história é que a fabricação do Sugarcrete se vale de ferramentas digitais de engenharia avançada, integrando computação de material, design paramétrico e fabricação robótica. Não à toa a tecnologia foi indicada ao prêmio Earthshot, que reconheceu sua contribuição para soluções inovadoras na construção.
Imagem de Sugarconcrete reproduzida de ArchDaily
Imagem de Sugarconcrete reproduzida de ArchDaily
Enfim, há desafios a serem superados, como entender o impacto de microrganismos nas estruturas de biocimento e concreto com cana-de-açúcar. De todo modo, este é um campo de pesquisa em expansão, não apenas para o betão, mas também para outros materiais de construção civil.
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Terraplenagem de Estradas: O que é e como funciona o Diagrama de Brückner?
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 5minImagem de Freepik
O Diagrama de Brückner ou Gráfico de Brückner é como uma tradução das movimentações de terras em obras de engenharia, indicando possíveis escavações e aterros.
Traduzindo, o Diagrama de Brückner – que leva o mesmo nome do seu criador – é uma representação do volume de terraplanagem necessário durante um processo de construção, pode servir de guia para a distribuição eficiente de materiais para obras em estradas, garantindo a economia e eficiência do projeto. Se os engenheiros conseguem compreender bem seu funcionamento, têm a chance de ter uma visão abrangente sobre os elementos de uma estrada e as etapas para sua execução. Saiba mais neste artigo do Engenharia 360!
Imagem de Jamar Penny em Unsplash
Os princípios básicos da terraplanagem rodoviária
Para entender bem o Diagrama de Brückner, antes é necessário compreender os fundamentos do terraplanismo rodoviário, o que envolve o planejamento e execução cuidadosos da construção de estradas – incluindo o projeto de seu alinhamento, perfil e seção transversal.
O papel do projetista é estudar e identificar o trecho mais favorável para a obra. Mas, no momento seguinte, é preciso realizar um levantamento topográfico detalhado para entender o terreno escolhido. Com esses dados, elabora-se o projeto geométrico da estrada. Também é dimensionado o projeto de pavimentação – considerando o que tipo de via e volume de tráfego -, além das obras complementares, como de sistema de drenagem. São estimados custos; traçado um cronograma; emitido o pedido de licenciamento ambiental; e, finalmente, é estabelecido um plano de monitoramento e manutenção.
É agora que você se pergunta onde entra o Diagrama de Brückner? Bem, é durante a fase de terraplenagem da construção de rodovias, ajudando os engenheiros a determinar a maneira mais eficiente de mover o solo de um local para outro, garantindo que o perfil final da estrada seja alcançado com o mínimo de desperdício e custo.
Imagem reproduzida de Brainly
Como funciona o Diagrama de Brückner?
O Diagrama de Brückner vai informar como será a distribuição dos volumes de corte (material escavado) e de aterro (material necessário para o preenchimento) ao longo de todo o traçado de uma estrada. No gráfico, cada seção transversal é representada por um ponto na horizontal (distância cumulativa) e sua altura vertical corresponde ao valor absoluto da diferença entre os volumes de corte e aterro. E nessa representação, a linha que une os pontos é chamada de “onda de Brückner”, revelando informações sobre o transporte de materiais.
Como criar um Diagrama de Brückner?
A criação de um Diagrama de Brückner envolve várias etapas. Se você vai fazer isso manualmente, vai precisar ter em mãos os dados gerais do projeto (seções transversais da estrada, com cotas do terreno natural e do projeto da via). Também um papel milimetrado (mais lápis, borracha e régua) ou software de plotagem.
Passo a passo
Primeiro é calculado o volume de terraplenagem necessário para cada trecho da estrada.
É preciso determinar a escala horizontal e vertical adequadas para representar o traçado da estrada e os volumes de corte e aterro no gráfico.
No papel, o eixo horizontal é traçado representando os volumes de corte e aterro. A distância acumulativa inicia a partir do ponto inicial.
Na perpendicular vão os dados de volumes de corte e aterro – com valor de referência para a escala algo como 1 cm = 100 m³ de material.
Então são unidos os pontos sequenciais no gráfico com uma linha suave, formando a “onda de Brückner”.
Por último, é destacado no gráfico os pontos máximos e mínimos (de distância cumulativa e valor absoluto da diferença entre volume de corte e aterro).
Depois, esses volumes são plotados em um gráfico. O diagrama resultante é uma representação visual da terraplenagem necessária para toda a estrada.
Imagem de amol sonar em Unsplash
Interpretação
No Diagrama de Brückner, o eixo horizontal representa a distância ao longo da estrada e o eixo vertical representa o volume de terraplenagem.O comprimento da linha horizontal que passa por um ponto de passagem representa a distância média de transporte do material escavado nesse ponto. A área acima da linha do eixo horizontal representa o volume total de corte a ser escavado, enquanto a área abaixo da linha representa o volume total de aterro a ser realizado.
A onda de Brückner indica as seções com predominância de corte (necessidade de transporte do material excedente) e as seções com predominância de aterro (necessidade de transporte de material para preenchimento). Os trechos descendentes indicam seções com predominância de aterro, necessitando de transporte de material para seu preenchimento. E pontos extremos (máximo e mínimo) representam os pontos de passagem de corte para aterro e vice-versa, indicando a mudança na necessidade de transporte.
Imagem reproduzida de Guia da Engenharia
Qual o impacto do Diagrama de Brückner na Engenharia?
O Diagrama de Brückner tem revolucionado o planejamento rodoviário na Engenharia. Como explicado antes, ele fornece uma representação visual e fácil de entender da terraplanagem necessária. Na prática, permite que os engenheiros possam moldar seus projetos para otimizar as rodas de transporte e minimizar custos. O gráfico deixa claro como obter equilíbrio entre volumes de corte e aterro, o que pode evitar até mesmo a compra desnecessária de materiais.
Enfim, ao seguir o Diagrama de Brückner, os engenheiros podem garantir estradas construídas com o perfil correto, sendo seguras e eficientes. À medida que a tecnologia continua a evoluir, as aplicações e benefícios potenciais dessa ferramenta provavelmente se expandirão, revolucionando ainda mais a indústria.
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por Antonio Targino | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de Freepik
Imagine rios colossais cruzando o céu! Assim são os rios voadores, responsáveis pelas chuvas em grande parte do Brasil.
Em período de secas/cheias, é bom sabermos que os rios não existem apenas em terra firme. Sim, os rios voadores estão em cima de nossa cabeça. Acredite, eles existem! Aliás, você consegue imaginar todo o volume do Rio Amazonas passando por cima de nossas cabeças? Descubra como funcionam esses fenômenos naturais neste artigo do Engenharia 360, com explicações, imagens e vídeos fascinantes!
Imagem reproduzida de DUC Acre
Como funcionam os rios voadores?
A evaporação das águas do oceano e árvores formam nuvens, que seguem um caminho lógico guiado pelos ventos e pressão atmosférica. Todo espelho d’água (oceanos, rios, lagos, lagoas…), plantas, florestas, terra… que evapora, faz com que as nuvens sejam formadas e criam “cursos de água atmosféricos”. Isto tem um grande impacto em nossas vidas.
Ciclo da Água
No Brasil, os vapores de água no ar percorrem a Região Nordeste, provocando chuvas e sendo realimentados. As mesmas são carregadas pela Bacia Amazônica, fazendo chover no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Impacto Ambiental
O ciclo é constante! Os vapores de água do Oceano Atlântico são levados pelos ventos e caem como chuva sobre a floresta, que evapotranspiram e recarregam as nuvens, que continuam sendo transportadas, caindo como chuvas rumo ao sul.
Imagem reproduzida de Dark Tichondrias em Wikipédia – https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Unlabeled_Renatto_Luschan_Skin_color_map.png
Desmatamento e Desertificação
Se observarmos o mapa de desertos pelo mundo, podemos concluir que há uma “rotina” nesse ciclo de geração dos rios voadores no Brasil. Eles aparecem entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio.
Diagrama dos Rios Voadores
Imagem de Projeto Rios Voadores reproduzida de EcoDebate
Por que não há deserto no Brasil?
A imagem acima mostra um diagrama do caminho dos rios voadores. Nele vemos a rota que as nuvens carregadas seguem. Ao extremo oeste temos a Cordilheira dos Andes, que barra parte dos ventos úmidos, fazendo com que eles retornem ao continente e desçam para o sul. Neste ciclo, a faixa de terras que seria tipicamente deserto (Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil) está cheia de chuvas.
Contudo, estes rios voadores tendem a perder força com o aumento do desmatamento. Uma única grande árvore na Amazônia pode evaporar até 1000 litros de água por dia; já as gramíneas dos pastos evaporam menos de 25% em relação às grandes árvores. Se retirarmos árvores de um determinado lugar, estaremos reduzindo as chuvas de cidades bem distantes deste ponto.
Crescimento desmedido? Repense! A exploração desenfreada hoje pode gerar desastres ecológicos amanhã, prejudicando as próximas gerações.
E você, se encantou com os rios voadores? Já conhecia essa maravilha da natureza? Compartilhe suas impressões nos comentários!
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FMEA: o que é, suas vantagens e como aplicar na Engenharia?
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem de Freepik
A Engenharia sempre deve trabalhar pela excelência. E um bom guia de confiabilidade de produtos, processos e sistemas – inclusive de Engenharia – é o FMEA, ou modelo ‘Failure Modes and Effects Analysis’ (Análise de Modos de Falha e Efeitos). Trata-se de uma ferramenta que permite a identificação e avaliação de possíveis causas de problemas (até potenciais falhas), permitindo o apontamento de soluções eficazes para preveni-los.
Imagem reproduzida de Andre Renato Barretto em LinkedIn
Este artigo do Engenharia 360 explora o significado do FMEA, seus objetivos, vantagens e aplicações. Confira!
Principais benefícios do FMEA
Na prática, o FMEA atua como um escudo protetor de um trabalho, combatendo falhas antes que elas surjam. O objetivo é que haja mais eficiência e produtividade, além de menos retrabalhos ou gastos desnecessários. Com serviços de Engenharia impecáveis, a confiança dos clientes é logo conquistada. Garante-se a segurança dos processos, evita-se acidentes, e muito mais. Ou seja, os dados rastreados e avaliados passam a embasar decisões estratégicas, direcionando corretamente os investimentos e otimizando recursos.
Dentro da Engenharia, o FMEA é essencial para prevenir falhas e melhorar continuamente os processos, incluindo em setores como automotivo, aeroespacial e biomedicina.
Imagem de rawpixel.com em Freepik
Tipos de FMEA
Existem diferentes tipos de FMEA, cada um focado em aspectos específicos:
FMEA de Design: Avalia problemas no design do produto.
FMEA de Processo: Identifica falhas nos processos de produção.
FMEA de Sistema: Prioriza falhas críticas em sistemas complexos.
Aplicações do FMEA na Engenharia
Para aplicar o FMEA na Engenharia, primeiro deve-se escolher o projeto e o método de execução. Depois, reunir todas as especificações, detalhadas nos desenhos técnicos e outros documentos. Uma análise profunda deve apontar os problemas e modos de falha. O profissional experiente pode o andamento do processo – inclusive com base em cálculos matemáticos -, classificando causas, pontuando riscos e apresentando soluções, dando encaminhamento a um plano de implementação.
Nota: Recálculos constantes dos riscos podem garantir melhorias contínuas, estimando a chance e gravidade de cada falha futura que deve se manifestar. Melhor ainda, para uma análise completa, é preciso contar com a opinião de especialistas com visão diferentes.
Um brainstorming pode contribuir para a fácil identificação em equipe dos modos de falha de um projeto. E para que o cliente compreenda os resultados dessa investigação, o ideal é a apresentação de um Diagrama de Blocos – representação gráfica do sistema, identificando componentes e interações.
Imagem reproduzida de Six Sigma Daily
Boas práticas para a implantação do FMEA
Conheça as melhores práticas para implementar com sucesso o FMEA em sua organização:
Concluímos este texto enfatizando que a FMEA não é um evento único, mas sim um processo contínuo de aprimoramento, necessitando de revisão constante. Além disso, apesar desta ser uma ferramenta poderosa, ela só pode gerar bons resultados se utilizada em conjunto com outras práticas de qualidade.
Ao aprimorar suas habilidades e dominar a FMEA você tem mais chances de se tornar um fera em Engenharia, podendo oferecer projetos de mais qualidade, eficiência e segurança para seus clientes. A aplicação sistemática desse modelo de análise fará a diferença para o sucesso do seu trabalho. Previna falhas e otimize processos!
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O que é e para que serve a cortina de contenção em obras de Engenharia?
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 5minImagem reproduzida de Escoll
A cortina de contenção é uma técnica de engenharia essencial nas obras modernas, utilizada para estabilidade e segurança de escavações e construções. Nesse caso, é construída uma estrutura com estacas estrategicamente posicionadas para conter o solo natural, como uma barreira de sustentação, permitindo a viabilidade de obras subterrâneas, evitando o deslocamento de terra e rupturas. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!
Em que situação é utilizada a cortina de contenção?
A aplicação da cortina de contenção na engenharia abrange uma ampla variedade de projetos na construção civil, contribuindo para a otimização de espaços e a segurança dos trabalhadores, bem como de estruturas vizinhas.
Imagine a situação em que precisamos realizar uma obra de Engenharia Civil grandiosa. Para que ela seja resistente e durável, precisa ser erguida em solo firme. Mas, ao escavarem, o equilíbrio natural ou geológico desse solo se rompe, colocando em risco a integridade do projeto. O que você faz? Desiste do plano? Não! É aí que entra a solução da cortina de contenção.
Imagem reproduzida de APL Engenharia
É claro que a execução dessa estrutura vai exigir um planejamento altamente detalhado, incluindo documentos arquitetônicos, relatório de sondagens, desenho de locação de estacas e mais. Fora isso, a execução precisará ser monitorada aos mínimos detalhes. Para o sucesso da empreitada, é melhor contar com profissionais qualificados (incluindo os engenheiros) e equipamentos adequados!
A estrutura criada deverá resistir a empuxos de terreno, impedindo deslocamentos e garantindo a estabilidade do conjunto. Vale destacar que a construção de cortinas de contenção geralmente envolve cravação ou perfuração de estacas, exigindo estudo, análises e testes rigorosos de engenharia, como o ensaio de integridade física.
Nota: A cortina de contenção não é indicada para solos com baixa resistência mecânica, fracos organicamente ou nos que apresentam rochas muito duras.
Quais as vantagens das cortinas de contenção?
Além de proporcionar estabilidade e segurança, a cortina de contenção oferece outras vantagens, incluindo:
Versatilidade: Pode ser utilizada em diversos tipos de projetos, desde obras subterrâneas até escavações profundas.
Redução de custos e agilidade na construção: Sua rápida execução e baixo custo a tornam uma solução econômica e eficiente.
Sustentabilidade: Reduz o consumo de materiais e o impacto ambiental da obra.
Quais os tipos de estacas para obras de contenção?
Existem diferentes tipos de soluções executivas para a construção de obras de contenção. Escolher entre um ou outro vai depender das condições de terreno e necessidades de projeto, considerando os materiais disponíveis, as cargas a serem suportadas e as condições de terreno.
As estacas para cortinas de contenção podem ser moldadas in loco ou pré-moldadas. As cortinas de estacas moldadas in loco adaptam-se melhor às particularidades do terreno. As pré-moldadas são mais robustas, cravadas no solo com mais precisão e força. E não podemos deixar de citar as cortinas atirantadas, para solos mais desafiadores; são o reforço perfeito, unindo estacas com tirantes que distribuem os empuxos de forma harmônica.
Como são construídas as cortinas de contenção?
Etapa 1: Execução
Neste ponto do texto, vale esclarecer que existem diversos tipos de contenção, como solo grampeado, muros de arrimo, terra amarrada, gabiões, cortina atirantada, aterro reforçado, crib-walls, retaludamento e cortina de contenção. Mas, aqui, estamos detalhando somente as cortinas de contenção.
A execução das cortinas de contenção segue um processo rigoroso, que inclui a preparação do terreno, a execução das estacas e a realização da escavação conforme o projeto definido. Atenção: a garantia da estabilidade estrutural é primordial em todas as etapas!
Instalação das estacas: As estruturas são firmemente colocadas no solo através de golpes precisos, resultando em uma harmonia de elementos essenciais. Elas são solidarizadas por meio de vigas de amarração. Os critérios para a escolha dos métodos de cálculo dos empuxos laterais provocados pelo solo sobre as estacas de contenção podem ser realizados por métodos bem distintos entre si.
Preparação e construção: O processo de moldagem no local avança conforme o solo é perfurado e as estacas são preenchidas com concreto, formando assim uma estrutura resistente.
Imagem reproduzida de Jakub Nowikowisk (Linkedin) via Prof Rangel Lage (Facebook)
Imagem reproduzida de HLN Engineering
Imagem reproduzida de Sibrape Fundações
Etapa 2: Análise e verificação
O espaçamento, diâmetro e a disposição das estacas é consequente das cargas que elas devem suportar e podem ser espaçadas, tangentes ou secantes.
Em relação à segurança estrutural, devem ser observadas as seguintes normas:
NBR 8681: Ações e Segurança nas estruturas;
NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto;
NBR 8800: Projeto e Execução de estruturas de aço.
Especialmente o dimensionamento de uma cortina de contenção envolve diversas fases de verificação, incluindo:
Deslizamento e tombamento: A estrutura é minuciosamente examinada para garantir que resistirá a qualquer movimento indesejado.
Capacidade de carga: A capacidade da cortina de suportar os empuxos do solo é meticulosamente calculada.
Estabilidade global: A estabilidade da estrutura como um todo é rigorosamente avaliada, garantindo a segurança da obra.
Imagem reproduzida de Rosilene Guido Pereira em Pinterest
Quais são as possíveis causas de rupturas de sistemas de contenção?
Vários fatores podem influenciar as estruturas de contenção, como tensões excessivas no sistema de suporte, sobrecarga dos materiais envolvidos (como esforços de flexão na cortina), cargas nas estacas superando limites de flambagem, falta de ancoragem adequada, resistência ao cisalhamento do solo no fundo da escavação insuficiente para garantir estabilidade global, possibilidade de liquefação do solo (fenômeno de areia movediça) e risco de ruptura hidráulica devido a elevadas pressões hidrostáticas sem possibilidade de drenagem adequada.
Nota: É essencial considerar a presença ou não de água no canteiro de obras, pois isso pode influenciar diretamente no desempenho da estrutura de contenção. Pode ser imprescindível um sistema de drenagem.
Enfim, seria possível afirmar que a técnica cortina de contenção permite, com sua versatilidade, eficiência e sustentabilidade, que possamos executar com segurança e viabilidade obras com projetos mais complexos. Mais do que isso, quando bem executada, é praticamente uma obra de arte da engenharia. Se você conhece um bom exemplo de cortina de contenção, compartilhe conosco na aba de comentários!
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Dicas para usar botijões de gás com segurança e tranquilidade
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 4minImagem de Freepik
No Brasil, podemos encontrar uma variedade de opções de botijões de gás, também uma demanda muito grande. Usamos o GLP para cozinhar e aquecer nossas casas. Mas será que fazemos isso com tranquilidade? Afinal, seria ótimo saber as diferenças entre os botijões para saber escolher melhor e garantir um uso mais seguro e eficiente deles. Pensando nisso, o Engenharia 360 lança este guia que vai te preparar para lidar com esses indispensáveis aliados do dia-a-dia. Confira!
Imagem de Teona Swift em Pexels
Tipos de botijões de gás no Brasil
No mercado brasileiro, os botijões de gás são classificados pela letra ‘P’, seguida de um número que indica a quantidade de gás que podem conter.
Os botijões de gás de 13 kg são os mais comuns, fáceis de encontrar em casas e lojas comerciais, com GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Eles são mais fáceis de transportar; além disso, considerados os mais seguros, seguindo as normas ABNT de segurança para transporte, armazenamento e uso adequados. Mas sabia que existem outros tamanhos de botijões disponíveis no mercado? Bem, é justamente sobre isso que falaremos nos tópicos seguintes deste texto.
Imagem de
Eric Prouzet em Unsplash
Botijões de Pequena Escala
P2: De 2 kg, ideal para acampamentos e pequenos negócios móveis.
P5: De 45 kg, ótimo para uso doméstico individual ou eventos ao ar livre.
P13: O mais comum em residências, utilizado em fogões e aquecedores.
P45: Para demandas maiores, como restaurantes e hoteis.
Cilindros de Gás Industrial e para Empresas
P20: Usado em empilhadeiras, liberando gás na forma líquida.
P45: Versátil, atende a alta demanda em restaurantes e estufas.
P90: De 90 kg, maior capacidade, ideal para grandes comércios e empresas.
Observação: Esses últimos botijões citados também são conhecidos como estacionários. Como se pôde perceber pela descrição, eles atendem bem a demandas muito maiores de serviços. Tanto é que seus tamanhos podem ir muito além, 190 kg, 500 kg, mil, 2 mil, 4 mil e 20 mil quilos, para os modelos verticais, e 60 mil quilos, para os modelos horizontais.
Imagem reproduzida de MaCamp
Como escolher o botijão de gás ideal
Na hora de escolher um botijão de gás considere o local e a finalidade para qual o recipiente será utilizado. Depois, a quantidade de consumo. Por fim, as conexões e regulações, além do local mais adequado, ventilado e seguro, para sua instalação. E nem esqueça, claro, de sempre comprar por meio de empresas credenciadas.
É essencial tomar todos os cuidados necessários na hora de usar um botijão de gás, garantindo a integridade física de todos ao redor; ademais, a segurança e a proteção do ambiente.
Sempre manuseie botijões de gás com o maior cuidado, evitando quedas e pancadas.
Jamais deixe os recipientes instalados ou guardados em locais mal ventilados e sem proteção; quentes e com risco de explosão; ou perto de fontes de calor, chamas abertas e eletricidade.
Imagem de bearfotos em Freepik
Verifique sua data de validade antes de usá-los. Caso estejam vencidos, devem ser esvaziados, recarregados e testados pelas empresas credenciadas para continuarem sendo usados com segurança.
Depois da instalação, use espuma de sabão para testar conexões.
E não deixe botijões de gás aberto por períodos prolongados.
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O que é e como usar Vergalhão de Fibra de Vidro em Obras de Engenharia?
por Simone Tagliani | | ATUALIZADO EM 4minImagem de Vergalhão Boa Fibra reproduzida de Casa e Jardim
A Engenharia Civil está sempre em busca de novos materiais de construção. Uma alternativa que se mostrou bastante promissora recentemente para substituir o tradicional vergalhão de aço é o vergalhão de fibra de vidro. Ele é pouco utilizado no Brasil, mas oferece vantagens para vários tipos de obras. Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar o que é esse vergalhão e como pode ser aplicado pela engenharia. Confira!
O que é vergalhão de fibra de vidro?
O vergalhão de fibra de vidro é um material compósito, feito a partir de polímeros e filamentos finos de vidro. Tal combinação confere a ele muita resistência, tanto mecânica quanto à corrosão. Inclusive, estima-se que sua durabilidade pode chegar até oito décadas, ou seja, quase um século. Para completar, exige pouca manutenção ao longo de sua vida útil. E a lista de vantagens não para por aí!
“O aço estrutural especial Classe CA (Concreto Armado) é dominante. Mas, hoje, o mercado nacional e internacional dispõe de produtos alternativos para o uso em estruturas de concreto, como os polímeros estruturados com fibra de vidro, carbono e aramida.” – Affonso Pappalardo Jr, professor da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em reportagem de Casa e Jardim.
Imagem reproduzida de Stratus
Imagem de Vergalhão Boa Fibra reproduzida de Casa e Jardim
Quais as vantagens do vergalhão de fibra de vidro?
O vergalhão de fibra de vidro se destaca em relação ao vergalhão tradicional por apresentar as seguintes vantagens:
Leveza: Pode pesar até 70% menos que o aço, facilitando seu transporte e manuseio, reduzindo custos, otimizando o tempo de obra, e sendo ideal para estruturas que exigem redução de peso sem comprometimento de resistência.
Flexibilidade: Pode ser moldado facilmente em diferentes formas, adaptando-se a diversos projetos arquitetônicos.
Durabilidade: Com vida útil longa, livre de rachaduras e deterioração.
Imunidade: Diferente do aço, resiste de tal forma à corrosão que se torna ideal para ambientes costeiros e marítimos.
Economia: Pode ter seu uso otimizado, fazendo reduzir desperdícios na obra – uma economia de até 25%.
Prevenção: Reduz o risco de trincas e rachaduras, especialmente em estruturas sujeitas a movimentações e cargas.
Sustentabilidade: Pode ser reciclado e, em sua produção, impactar menos o meio ambiente em comparação ao aço, o que contribui para construções mais sustentáveis em consonância com as práticas ecológicas.
Imagem de Vergalhão Boa Fibra reproduzida de Casa e Jardim
Imagem reproduzida de Fama Fiberglass
Vale destacar que um vergalhão de aço de 8 mm e 12 metros pesa apenas 0,96 kg. Além disso, para bitolas de até 12 mm, o material é fornecido em rolos. Para bitolas maiores do que 12 mm, o vergalhão é produzido e entregue em barras sob medida conforme a solicitação do cliente, minimizando o desperdício de material.
Infelizmente, apesar das inúmeras vantagens, o vergalhão de fibra de vidro possui algumas limitações. Por exemplo, sua elasticidade inferior ao aço pode resultar em deformações sob cargas elevadas, e o material pode perder propriedades em altas temperaturas.
“É necessário cuidado no uso de vergalhões de vidro em elementos de concreto armado sujeitos a altas temperaturas, como no caso de estruturas em situação de incêndio. Os vergalhões de aço estrutural têm suas resistências mecânicas praticamente inalteradas até temperaturas próximas de 400 graus Celsius” – Affonso Pappalardo Jr.
Quais as aplicações do vergalhão de fibra de vidro na engenharia?
Como dissemos no início deste texto, o vergalhão de fibra de vidro pode ser utilizado em diversos tipos de obras. Suas características beneficiam a construção em áreas de ambientes agressivos. Por isso, podemos considerá-lo para projetos residenciais, comerciais e até mesmo industriais. Eis alguns exemplos:
Obras de infraestrutura: Em grandes pontes, rodovias, viadutos e túneis, reduzindo o peso da estrutura e aumentando a resistência do concreto.
Imagem reproduzida de Composite Group
Imagem reproduzida de Composite Group Brazil
Edificações: Oferecendo resistência, durabilidade e economia, sendo aplicado do piso, contrapiso à laje, sem rachaduras ou fissuras, mesmo sem obras à beira-mar.
Imagem reproduzida de Composite Group
Indústria química: Opção segura e eficiente para construções que requerem resistência à corrosão e condutividade térmica controlada, sendo ideal para o reforço de estruturas em ambientes com alto risco de incêndio.
Enfim, o vergalhão de fibra de vidro é uma alternativa muito vantajosa para obras de Engenharia Civil. Mas é claro que seu uso exige um planejamento cuidadoso e acompanhamento profissional especializado, para garantir sua correta aplicação e o máximo aproveitamento de suas vantagens.
Compreender as potencialidades deste material é essencial para explorar novas possibilidades na construção e promover o avanço da engenharia estrutural. E quanto mais as pesquisas na área avançarem, mais o potencial do vergalhão de fibra de vidro será reconhecido, passando a se tornar uma opção essencial para obras mais resistentes, duráveis, econômicas e sustentáveis.
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Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.
Conheça o tijolo ecológico RePlast, produzido com plástico retirado dos oceanos
por Larissa Fereguetti | | ATUALIZADO EM 3minImagem reproduzida de portalwagnermontes.com.br
Combata a poluição dos oceanos e construa verde! O plástico é um grande problema ambiental. Além do enorme tempo levado na degradação, ele vai parar nos oceanos, prejudicando a vida marinha e, consequentemente, a nossa vida. Por outro lado, os tijolos ecológicos são vistos como uma solução na construção civil.
Então, foi unindo essas duas situações e pensando transformar um problema em solução que foi criado o tijolo ecológico feito de plástico retirado dos oceanos, o RePlast. Saiba mais neste no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Imagem reproduzida de expertskiphire.co.uk
Surgimento do RePlast
A tecnologia de construir tijolos com plástico retirado do oceano foi criada por Peter Lewis, um engenheiro neozelandês. O processo consiste em comprimir os restos de plástico em vários formatos, conforme a demanda. Nesse caso, o sistema de fabricação fica em um contêiner, o que permite que ele seja transportado para qualquer lugar.
A saber, quem fabrica é a startup ByFusion. Segundo ela, a fabricação emite 95% menos gás carbônico que o tijolo tradicional. Vale ressaltar que o seu uso pode contribuir para a certificação LEED.
Imagem reproduzida de YouTube
Vantagens do RePlast
A vantagem do Replast é que esses blocos de plástico oferecem isolamento térmico e acústico, são resistentes à compressão e se encaixam como no Tetris. Para construir, não é necessário nenhum agente ligante, basta encaixar os blocos. Eles podem ser usados em paredes e barreiras de estrada e também na construção de casas e edifícios.
Imagem reproduzida de enlacearquitectura.com
Não há diferença entre o tipo de plástico usado. Outra vantagem do RePlast é que o plástico não retorna aos oceanos. Inicialmente, a ideia era fazer uma parceria com as empresas responsáveis pela coleta de resíduos. Porém, percebeu-se que o plástico retirado do oceano pode ser uma fonte muito mais promissora.
Atualmente, boa parte do plástico produzido não chega ao destino adequado e acaba nos oceanos ou degradando de forma incorreta em lixões e áreas de depósito de resíduos irregulares. A estimativa é de que, até 2050, haja mais plástico nos oceanos que peixes. Isso foi calculado baseado no fato de que, anualmente, 4 a 12 milhões de toneladas de plástico são lançados nos oceanos.
É por isso que a proposta da ByFusion é inovadora e considerada uma grande solução. Ela também resolve outro grande problema ambiental: as emissões de gás carbônico durante a fabricação de tijolos convencionais.
Imagem reproduzida de plasticoceans.org
É importante notar que já exploramos aqui no Engenharia 360 diversas alternativas ao tijolo convencional, desde o feito a partir de cinzas de cana-de-açúcar até o feito de urina humana. Portanto, o RePlast é uma opção certamente viável no mercado. Além disso, esse tijolo colorido traz uma atmosfera alegre para qualquer ambiente.
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Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.
O que é Engenharia Clínica e Quais suas Atribuições e Responsabilidades?
por Redação 360 | | ATUALIZADO EM 3minImagem de nuraghies em Freepik
A Engenharia Clínica é uma área interdisciplinar que combina conhecimentos de engenharia e técnicas gerenciais para melhorar os cuidados proporcionados aos pacientes. Surgiu na década de 1960, em resposta à necessidade de garantir a segurança dos equipamentos médicos, especialmente após um grande número de mortes relacionadas a choques elétricos. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!
A Engenharia Clínica é responsável por uma variedade de tarefas, incluindo:
Supervisão, coordenação e orientação técnica;
Estudos, planejamento, projeto e especificação;
Padronização, mensuração e controle de qualidade;
Condução de equipe de desinstalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; e
Operação e manutenção de equipamento e instalação.
Além disso, o engenheiro clínico é o profissional mais capacitado para colocar em prática as exigências trazidas pela legislação relacionada à gestão de tecnologias em saúde.
Perfil Profissional
Um MBA em Engenharia Clínica oferece bom preparando profissional para os desafios do setor. O curso abrange desde gestão de tecnologias até inovação e empreendedorismo em saúde. Mas é claro que um bom engenheiro clínico deve ter habilidades analíticas, capacidade de gestão e compromisso com a segurança e eficiência dos serviços de saúde.
No Brasil, as atividades de engenharia são regulamentadas pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
A Resolução nº 218/73 do CONFEA abrange as atividades do engenheiro clínico. Somado a isto, órgãos regulamentadores como a Anvisa (via RDC nº 2/2010) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) trabalham para estabelecer normas e regulamentações na área da Engenharia Clínica.
Mensurar a eficácia da Engenharia Clínica é fundamental para garantir sua eficiência e impacto. Alguns indicadores-chave incluem:
Custo de equipamento parado
Tempo médio de resposta
Custo de manutenção versus valor do equipamento
Esses parâmetros permitem avaliar a performance do setor e identificar oportunidades de melhoria.
Imagem de freepic.diller em Freepik
Impacto da Engenharia Clínica na Saúde
A presença do engenheiro clínico é fundamental em diferentes cenários:
Hospitais de grande porte
Empresas terceirizadas de serviços médicos
Instituições acadêmicas e de pesquisa
Empresas de tecnologia aplicada à saúde
Nas instituições de saúde, o engenheiro clínico trabalha para melhorar seu desempenho e posicionamento no mercado. Ele garante a segurança e a eficácia do tratamento, gerencia um parque tecnológico complexo, ajuda no descarte de equipamentos de maneira ambientalmente responsável e garante a presença de profissionais técnicos capacitados.
Sem contar que a Engenharia Clínica ajuda a eliminar ou reduzir exponencialmente os riscos e falhas na operação de equipamentos hospitalares.
Imagem de Marcel Scholte em Unsplash
Benefícios da Implementação da Engenharia Clínica
A implementação da Engenharia Clínica traz benefícios significativos às instituições de saúde, incluindo:
Redução de gastos com manutenção;
Diminuição do tempo de ociosidade dos equipamentos;
Avaliação da conformidade dos orçamentos;
Melhor controle das empresas prestadoras de serviço;
Melhoria da qualidade técnica dos equipamentos;
Melhorias garantidas a partir da validação e auditoria dos indicadores; e
Treinamento constante dos operadores.
Enfim, a Engenharia Clínica é uma área complexa e desafiadora, mas também muito gratificante. Os profissionais dessa área têm a oportunidade de fazer a diferença na vida das pessoas, garantindo que a tecnologia médica seja utilizada para salvar vidas e melhorar a saúde da população.
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Nossa missão é mostrar a presença das engenharias em nossas vidas e a transformação que promovem, com precisão técnica e clareza.
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