Engenharia de Bioprocessos

Bioengenheiros criam dispositivo de menos de R$1,00 que pode mudar a medicina em países pobres

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Por: Clara Ribeiro | Em: | Atualizado: 4 meses atrás | 3 min de leitura

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Uma invenção que custa apenas moedas pode mudar alguns processos da medicina oferecidos em países pobres. Trata-se de um pequeno dispositivo batizado de “Paperfuge”, uma junção de paper (papel) e centrifuge (centrífuga), desenhado por pesquisadores da Universidade de Stanford. Um deles, Manu Prakash, um professor assistente de bioengenharia da mesma universidade, tem como linha de pesquisa a criação de soluções baratas com foco no cuidado da saúde em países que sofrem com falta de recursos e infraestrutura. O Paperfuge é uma dessas soluções. Para fazê-lo é preciso desembolsar cerca de 20 centavos de dólares - perto de R$0,60 - e pode ter grande impacto positivo na saúde mundial.
As centrífugas se mostram essenciais para o diagnóstico de portadores do vírus HIV, confirmação de casos de malária, entre outros procedimentos médicos. Entretanto, as originais necessitam de espaço, pois geralmente são grandes, eletricidade e um bom orçamento.
Essas características vão contra o que os pesquisadores pretendem, já que o objetivo é atender comunidades carentes. “Um bilhão de pessoas em nosso planeta vive sem eletricidade, infraestrutura, estradas e qualquer tipo de assistência média”, diz Prakash em um vídeo produzido por Stanford. Por conta disso, inspirados em um antigo brinquedo, surgiu o novo apetrecho, que substitui as centrífugas no trabalho de separar o plasma do sangue. Ao colocar um fino tubo de vidro preenchido com sangue e brincar com o Paperfuge, o conteúdo gira a uma grande velocidade. Alguns testes mostraram que a amostra de sangue pode girar a até 125.000 rpm (rotações por minuto). Para comparação, uma centrífuga profissional gira a 15.800 rpm. Veja abaixo um vídeo sobre o dispositivo: Essa é uma alternativa econômica e eficaz para auxiliar a medicina de forma geral e conter, por exemplo, situações de epidemia de certas doenças. O que você achou? Conte para a gente!

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