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Por que o Brasil deseja investir em Gasolina sem Petróleo?

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Por: Redação 360 | Em: | Atualizado: 4 meses atrás | 1 min de leitura

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Já comentamos em outra oportunidade aqui, no Engenharia 360, sobre a gasolina sem petróleo que o Chile estava produzindo. Na época, o setor ficou bastante animado, sobretudo projetando quando tal tecnologia chegaria a outras nações, mudando o cenário do mercado global. Agora, mais recentemente, foi anunciado pelo governo brasileiro a intenção de pôr em prática uma iniciativa ambiciosa para a transformação do cenário energético nacional, o Projeto de Lei do Combustível do Futuro. Continue lendo este artigo para saber mais!

gasolina sem petróleo
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O que é "e-fuel" e como ele é produzido?

Antes de tudo, queremos explicar o conceito de "e-fuel". Pois bem, trata-se de um tipo de gasolina sintética ou gasolina sem petróleo, feita a partir de fontes renováveis, como hidrogênio de dióxido de carbono. Justamente essa alternativa mais sustentável e ecológica à gasolina convencional, derivada do petróleo, é que o mercado global está mirando neste momento - até porque o produto oferece uma boa compatibilidade com motores de combustão interna, ou seja, seu carro convencional não precisaria de modificação para utilizar o combustível.

Nesse caso, a água é submetida à eletrólise para separar o hidrogênio, combinado com o dióxido de carbono para criar o metanol sintético. Em seguida, são feitos refinamentos e adições de derivados para obter combustíveis semelhantes aos utilizados em carros, como eGasolina, eDiesel ou eQuerosene. Então, seria um processo com menos emissões de gases de efeito estufa e menos dependência do petróleo!

@lucas.varos

Será que a “gasolina sem petróleo” vai dar certo no Brasil? Com R$250 bilhões de investimentos, esse projeto do governo relacionado à energia limpa chamou atenção pelo destaque ao E-Fuel, um combustível feito sem petróleo! Uma das principais questões sobre E-Fuel é que a energia usada na sua produção precisa ser limpa para fazer sentido, o que é um desafio para países europeus, por exemplo. Mas a matriz brasileira já é extremamente limpa (água, Sol e vento), o que pode colocar o Brasil na vanguarda do mundo na produção do “Combustível do futuro”! O mercado dos carros elétricos certamente não ficou muito feliz com essa notícia…

♬ original sound - Lucas Guimarães

Veja Também: Engenharia de Automóveis: O que Acontece se Colocar Diesel em um Carro a Gasolina?

Quais são os principais desafios enfrentados na produção em larga escala de e-fuel?

Agora o Brasil, através no novo Projeto de Lei, orçado em R$ 250 milhões, poderá investir mais nesse caminho, promovendo mais o uso de e-fuel no país. Aliás, por aqui, já existem empresas envolvidas na produção de gasolina sem petróleo, como a Petrobras e até a Porsche - no nosso vizinho, Chile, empresas como a Audi e a Bosch. Claro que a barreira ainda são os custos, sem contar a competitividade com os próprios combustíveis fósseis, a demanda por tecnologia avançada, bem como a disponibilidade de energia renovável. Por outro lado, é possível explorar a infraestrutura de abastecimento existente.

No fim das contas, se tudo der certo, esse será um importante passo do Brasil em direção a uma matriz energética sustentável, contribuindo para a mobilidade e a preservação ambiental. Resumindo, um futuro mais limpo para todos!

Como o Brasil planeja seguir o exemplo do Chile na produção de e-fuel?

Como pode-se imaginar, todo esse processo, do abandono dos combustíveis fósseis para a utilização 100% do e-fuel no Brasil, não ocorrerá de uma hora para outra. O governo projeta primeiro a criação de um marco regulatório para os combustíveis sintéticos, estabelecendo diretrizes e regulamentações necessárias para produção segura de novos combustíveis. Na sequência, aumentar o percentual de etanol na gasolina para reduzir as emissões de CO2. Investir mais em fontes de energia limpa e renovável, como hidrelétricas, eólicas e solares. Por fim, repassar mais recursos para essa produção de combustíveis sintéticos. A expectativa é de um maior estímulo para a produção local da gasolina sem petróleo.

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Em entrevista para alguns veículos de imprensa, o Ministro de Minas e Energia destacou que o Projeto de Lei do Combustível do Futuro deve impactar positivamente a matriz energética do Brasil. Por consequência, pode contribuir para a redução dos preços dos combustíveis nas bombas e promover a independência energética do país, incentivando o uso de biocombustíveis e energias renováveis.

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Fontes: Jornal O Sul.

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