A multinacional sul-coreana Hyundai apresentou recentemente uma inovação que promete revolucionar o mundo do trabalho, o X-ble Shoulder, um robô vestível projetado especialmente pensando no trabalhador. O objetivo é poder aumentar a sua força e eficiência, além de segurança em diversos cenários industriais; ao mesmo tempo, oferecendo mais conforto e reduzindo incidências de lesões musculoesqueléticas. Exploramos mais essa inovação no artigo a seguir, do Engenharia 360!
Características e funcionamento do X-ble Shoulder
O X-ble Shoulder poderia ser chamado de robô industrial, exoesqueleto industrial wearable ou dispositivo vestível. Ele foi desenvolvido pela Hyundai Motor Group Robotics Lab, sendo o primeiro da linha “X-ble”, que promete ser uma nova era de tecnologias de suporte ao trabalhador. A ideia para esse produto é que possa reduzir significativamente a carga nos ombros e nos braços (até 60%) e a tensão nos músculos (até 30%); só que, diferente de modelos similares, não dependeria de alimentação elétrica para operar.
A saber, no caso do X-ble Shoulder, o módulo de compensação muscular gera esse torque de assistência sem necessidade de recarga ou baterias. Por isso, esta é considerada uma solução prática e eficiente!
Vale destacar que o X-ble Shoulder utiliza uma estrutura de múltiplos elos. Na versão básica, consegue oferecer até 2,9 kgf de assistência, sendo recomendado para tarefas dinâmicas. Já na versão ajustável, oferece até 3,7 kgf de assistência, com configuração máxima em ângulo, ideal para tarefas repetitivas. Todavia, ambas possuem ajuste de comprimento entre 406 mm e 446 mm, permitindo liberdade total de movimento entre 0 e 180 graus.
Diferenciais do dispositivo X-ble Shoulder
Recapitulando, a Hyundai desenvolveu o X-ble Shoulder com foco em três aspectos principais: segurança, eficiência e conforto. O dispositivo é leve, podendo ser usado por longos períodos sem comprometer a mobilidade do trabalhador. É feito de materiais resistentes, como compostos de carbono. E possui componentes modulares, que podem ser ajustados para se adaptarem a diferentes tipos de corpos e tarefas. Além disso, sendo como um colete, é removível e até lavável, de fácil limpeza e manutenção.
Possibilidades de aplicação do X-ble Shoulder
Para garantir a eficácia de seu novo produto, a Hyundai conduziu entre 2022 e 2024 um teste envolvendo a participação de mais de 300 trabalhadores e especialistas da área de saúde ocupacional. Seu feedback é de que o X–ble Shoulder é, sim, fácil de usar; oferece conforto prolongado; adaptável aos movimentos naturais do corpo humano; e simples de ser limpo e sofrer manutenção.
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Desse modo, os desenvolvedores concluíram que este exoesqueleto ou robô vestível tem um grande potencial, assim como imaginavam, podendo impactar diversos setores. Entre as áreas possivelmente beneficiadas estão:
- Construção Civil: Reduzindo a fadiga em tarefas de levantamento de materiais.
- Indústria Naval e Aeronáutica: Sendo suporte para trabalhos acima da cabeça.
- Setor Automotivo: Oferecendo maior precisão e segurança na montagem de peças.
- Agricultura: Minimizando o impacto do trabalho repetitivo na colheita e poda.
- Logística: Facilitando o manuseio de cargas e a movimentação de mercadorias.
Perspectivas para a linha X-ble no mercado de robôs vestíveis
O X-ble Shoulder é a primeira “aventura”, por assim dizer, da Hyundai no mercado de robôs vestíveis; podemos esperar muitas outras grandes inovações pela frente. Neste momento, a empresa já está expandindo a linha X-ble com o X-ble Waist (para a região lombar, especial para o levantamento de cargas pesadas) e o X-ble MEX (para reabilitação motora de pacientes). E é normal que ela foque bem nesse setor do mercado, já que ele está aquecido por conta do aumento da demanda por soluções que melhorem a segurança e eficiência no trabalho.
Agora vamos lhe deixar muito animado, pois temos uma excelente notícia para compartilhar: é que o X-ble Shoulder será lançado no mercado coreano já neste primeiro semestre de 2025.
A Hyundai planeja expandir as vendas para outros países, como os Estados Unidos e a Europa, em 2026. Lógico que a empresa deve implementar o dispositivo primeiro dentro de suas fábricas. Depois, ela pretende abrir consultoria para outras empresas que desejem implementar a tecnologia em suas operações. O processo incluiria análise de processos e avaliação de adequação.
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Eduardo Mikail
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