O funcionamento das células é completamente baseado em química. Foi pensando nisso que pesquisadores do Imperial College London desenvolveram uma célula artificial que responde às alterações químicas no ambiente. As implicações disso podem estar relacionadas desde medicina até remediação de ambientes. A gente explica:

quimica células
Imagem: bitesizebio.com

As células biológicas funcionam com base em respostas a alterações químicas no ambiente em que se encontram. Exemplos disso são nossos neurotransmissores (“love is just a bunch of chemical reactions!”), produção de energia (lembram daquele ciclo de Krebs assustador?) ou mesmo a destruição por osmose.

A questão é que, em células naturais, essas respostas químicas podem ser muito complexas, envolvendo várias etapas. Isso dificulta a engenharia, por exemplo, se os pesquisadores quisessem fazer com que as células naturais produzissem algo útil, como uma molécula de medicamento.

Em vez disso, os pesquisadores da biotecnologia estão criando células artificiais que imitam essas respostas químicas de uma maneira muito mais simples, permitindo que sejam mais facilmente projetadas.

Células artificiais responsivas:

A equipe do Imperial College London criou as primeiras células artificiais que podem detectar e responder a um sinal químico externo por meio da ativação de uma via artificial de sinalização. Eles criaram células que detectam íons de cálcio e respondem emitindo fluorescência, isto é, brilhando.

O trabalho desenvolvido foi a criação uma célula artificial que possui compartimentos menores no interior, como vesículas ou vacúolos. A borda da célula é formada por uma membrana que contém poros, que permitem a entrada de íons de cálcio. Dentro da célula, os íons de cálcio ativam enzimas que fazem com que as vesículas liberem partículas fluorescentes.

célula química
Imagem: PNAS.org

Esse mecanismo químico de regulação das células artificiais é uma alternativa à tendência de alteração genética das células biológicas para cumprirem funções de biotecnologia.

Aplicações das células artificiais:

Esses sistemas podem ser desenvolvidos para uso em biotecnologia. Por exemplo, poderíamos imaginar a criação de células artificiais capazes de detectar marcadores de câncer e sintetizar uma droga já dentro do corpo. Outra situação a pensar seriam células que pudessem detectar metais no meio ambiente e metabolizá-los, promovendo biorremediação.

Os pesquisadores defendem o uso de células artificiais para criar respostas químicas, argumentando que elas podem misturar mais facilmente elementos encontrados na natureza do que adicionar um elemento externo a um sistema biológico existente.

Fonte: Phys.org; PNAS.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Desde o lançamento do T-Cross estávamos ansiosos para testá-lo. Afinal, para nós, brasileiros e apreciadores de carros, ter um SUV nacional para enfrentar máquinas já super potentes no mercado é de grande importância.

Sendo assim podemos dizer que esse momento é nosso! Preparamos um review completo sobre o novo queridinho da VW em duas versões: 200 TSI e 250 TSI.

O que motivou a VW a lançar um SUV compacto

Primeiramente, é bacana contextualizar o projeto da Volkswagen para o público do Brasil. A empresa alemã descobriu a necessidade dos brasileiros por carros maiores e mais confortáveis para a família. 

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Muitos têm procurado de um veículo diferente dos típicos sedãs e dos populares hatches. E a partir daí que foi pensado o T-Cross nacional, primeiro SUV compacto da marca criado em solo tupiniquim, e com diferenças visíveis do modelo europeu.

A saber, o T-Cross foi construído com base no Virtus, que conta com entre-eixos mais longo (2,65 m) em relação a, por exemplo, o Polo, que é inspiração para o mesmo modelo na Europa. Por conta disso, nasceu um carro familiar expansivo com cerca de 4,20 metros de comprimento. 

Comfortline 200 TSI

Sobre a versão 1.0 TSI, com 128 cv, 20,4 kgfm de torque e câmbio automático, podemos dizer que se trata do topo de linha dos “1000” por conta da quantidade e qualidade de seus acessórios. Mas ainda assim é a versão mais simples entre os T-Cross disponíveis.

Em um primeiro momento percebemos que esse modelo tem um comportamento dinâmico, lembrando bastante o que encontramos no Polo e no Virtus, por exemplo.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Realmente dá para notar que a Volks se preocupou em dar mais atenção ao motor dessa vez, pois apesar de ser 1.0 ele é potente e cumpre seu papel, principalmente para uso do dia a dia.

Na estrada, vale dizer, em certos momentos é possível sentir que ele dá uma enfraquecida. No caso de ultrapassagens ou para uma velocidade mais alta você vai precisar ter um pouquinho de paciência. 

No entanto, isso não deve ser motivo para espanto, afinal, não se esqueça que estamos falando de um carro SUV moderno, porém, com motor 1.0. 

Consumo de combustível

Como a proposta de um carro urbano ele atende às expectativas normalmente.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Para se ter uma ideia, você não sente a vibração de três cilindros, o que lhe dá uma agilidade espontânea. Isso também faz com que ele economize combustível. 

Em média, o T-Cross Comfortline consome 10 km por litro de gasolina na cidade e 15 km por litro na estrada. E no caso do etanol, 7 km/l na cidade e 12 km/l na estrada – lembrando que os carros da Volks sempre “bebem” mais álcool mesmo.

Suspensão – Firme na medida certa

Com relação à suspensão, esse modelo tem as mesmas rodas que o 250 TSI 1.4, se mostrando somente um pouco mais firme, mas que não atrapalha em nada na performance geral.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

O engraçado é que mesmo sendo robusto não faz barulho de suspensão. Seu silêncio predomina, sendo interrompido em alguns casos, como quando ultrapassamos 120 km/h.

Outro ponto bacana da suspensão é a facilidade para absorção de buracos, que já é algo característico dos SUV’s e que também pode ser enxergado facilmente no T-Cross 1.0.

Modos de condução variáveis

Temos que assumir que o TSI 1.0 é gostoso para dirigir. Muito se deve ao fato de ter a direção elétrica e mais amplitude de entre-eixo – são 9 cm a mais de o Polo, para citar um exemplo.

Algo que garante ainda mais personalidade é a possibilidade de escolher o modo de condução. É um item opcional, mas que pode ser interessante para motoristas versáteis.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

O destaque fica para o modo Eco, para privilegiar o consumo, reduzir as rotações e anestesiar o acelerador. É ideal para quem vive no trânsito caótico de metrópoles, como São Paulo, sobretudo naqueles dias com chuva nos quais se tem o famoso “anda e para” em todos os horários.

Também há o modo Comfort, Sport e o Individual.

Em qualquer modo, se compararmos com outros SUV’s da mesma classe o T’Cross 200 TSI é ligeiramente mais pesado. Todavia, na hora de calcular a performance na prática perto dos concorrentes não mostra diferenças drásticas.

Espaço interno

Como falamos anteriormente o entre-eixos é maior que o Polo e semelhante ao Polo. Possui 373 litros de capacidade na parte traseira, o que significa que acomoda, em média, duas malas de viagem. Mais que isso digamos que é impossível.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Você pode ter uma folga a mais se colocar o banco de trás reto, resultando em quase 40 litros a mais.

Os passageiros da parte traseira até ficam confortáveis, mas algo que chama atenção é a medida para os ombros que é visivelmente mais tímida que os demais SUV’s da categoria. Sendo assim, pode ser que incomode em algum momento para encostar,

Vale o preço?

O T-Cross 200 TSI automático está disponível a partir de R$100 mil. 

Como há uma série de opcionais, você pode chegar a gastar uns 10 / 15 mil reais a mais no preço final e comprar um carro que seja mais completo, bem próximo do Highline 1.4. 

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Isso tem gerado dúvidas sobre o real custo x benefício do modelo 200 TSI, pois com pouca diferença você leva o modelo topo de linha. De fato é algo a se pensar antes de bater o martelo.

Manual pode ser uma boa opção

Para quem quer economizar e gosta de ter aquela sensação de controlar o carro há a opção manual do 200 TSI. 

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Em tempos de transmissão automática, esse modelo apresenta um preço bem melhor e competitivo. E isso pode ser um atrativo bem interessante, não é mesmo? O T-Cross 200 TSI manual custa a partir de R$85 mil.

Highline 250 TSI (com sistema de som Beats)

Se o 200 TSI é o mais básico e já surpreende, o que esperar da versão Highline 250 TSI 1.4 do T-Cross?

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Bom, há quem diga que não há muita diferença, não justificando o preço superior: a partir de R$109,990.

Porém, nossa impressão é que os pacotes que nele podem ser inseridos garantem um resultado atraente para quem procura um SUV com certo luxo.

Não é à toa que em junho deste ano as concessionárias já puderam constatar que se trata da versão do T–Cross mais procurada do que o 1.0 até agora. 

Parece brincadeira, mas a galera está preferindo pagar um pouco a mais, não para superar na performance – pois o 1.4 não está muito à frente do modelo mil -, mas para ter determinados itens opcionais.

Equipamentos de série

Entre os principais componentes de série, o Highline oferece central multimídia, chave presencial, rodas de liga leve aro 17, bem como câmera de ré.

Também dá para citar o interessante sistema Connect, acessado pelo motorista por meio do App Connect para obter dados úteis do veículo, por exemplo: consumo de combustível, histórico de rotas e lembretes de manutenção.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Para essa versão há diversos opcionais que podem complementar o veículo com maestria. É o caso do painel digital, a central multimídia com GPS, tela touch e comandos de voz, faróis full-led e teto solar panorâmico.

No entanto, para se ter tudo isso – e mais um pouco que não citamos aqui – o valor final sobe para quase R$125 mil.

Para citar algo que deixou a desejar em relação aos concorrentes Jeep e Honda, foi o freio de mão, que é tradicional. Poderia ser eletrônico para dar um upgrade a mais.

Sistema de som Beats

A versão topo de linha, isto é, com a adição de todos os opcionais, tem um dos diferenciais que mais valem a pena na nossa opinião, sobretudo para condutores que curtem viajar ouvindo música.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Trata-se do sistema de som premium da marca Beats. Ele vem em um pacote com os faróis full-led e o park assist que custa um adicional de exatos R$6.050.

Design do T-Cross 200 e 250

Uma vantagem do desenho do interior do T-Cross é que o acabamento das peças, bem como o encaixe é exemplar. Nesse quesito o SUV está muito próximo do Polo e do Virtus.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Por outro lado, o material predominante é o plástico rígido, que não garante um aconchego que esperamos em um carro assim. Para se ter uma ideia, somente na versão Highline encontramos uma base macia que imita couro, que é o descanso para braço no interior das portas.

Achamos que eles poderiam seguir a linha do Renegade, por exemplo, que conta com o painel emborrachado e demais detalhes mais confortáveis tanto física quanto visualmente.

E então, vale a pena ou não ter um T-Cross na garagem?

Para finalizar, elaboramos um top 5 com os pontos positivos e negativos do T-Cross da VW.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail

Positivos:

  • Desempenho

Na cidade, o 1.0 supera expectativas, o que não ocorre na estrada. Nesse caso, o melhor resultado fica com o 1.4 de 150 cv. Destaque para as acelerações e retomadas.

  • Espaço interno

Na fita métrica as medidas do T-Cross ficam atrás de outros carros da categoria. No entanto, eles ainda apresentam um ótimo espaço interno, sobretudo no banco de trás, no qual se acomodam dois adultos sem problemas.

  • Painel virtual

O Highline 250 possui o painel virtual como opcional exclusivo. É um dos componentes que mais valem a pena por conseguir facilitar a rotina do motorista.

Testamos o novo VW T-Cross 200 TSI e 250 TSI
Review VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI | Foto: Eduardo Mikail
  • Suspensão

A suspensão do T-Cross foi pensada com carinho pela Volks. A eficiência em curvas, buracos e desníveis é ótima e quase não gera ruídos. Também podemos citar a redução do barulho alto do vento em altas velocidades, como é sentido em demais carros da montadora.

Negativos

  • Material simples

O plástico simples e duro incomoda um pouco na versão de entrada do T-Cross. Mas como falamos, isso não interfere na qualidade dos acabamentos, tampouco nos encaixes, que são eficientes.

  • Preço de uma versão para outra

Algo que não pudemos deixar de constatar é a pouca diferença de preço entre a versão 200 TSI manual 85 mil para a Comfortline 99.990, bem como desta para a Highline, que é de somente R$10 mil reais. Bom, deve ser por conta disso que o modelo 1.4 tem vendido mais.

  • Design externo simples na versão de entrada

Os modelos do T-Cross 200 TSI de entrada têm visual diferente dos que recebem o upgrade ds adicionais. Apresentam uma carroceria “plastificada” em excesso, com rodas simplórias e até pequenas demais para a imponência do veículo.

Bom, para saber mais sobre o T-Cross nas duas versões, entre no site da Volkswagen.

Galeria de Fotos: VW T-Cross 200 TIS e 250 TSI

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

Apesar dos significativos avanços recentes no campo da inteligência artificial (IA), a maioria dos agentes virtuais ainda precisa de centenas de horas de treinamento para alcançar o desempenho humano em várias tarefas. Mas por que a gente é mais rápido no processo de aprendizado? A física intuitiva e a psicologia intuitiva.

bebês machine learning
Imagem: techxplore.com

Modelos de intuição:

Esses modelos de intuição, observados em seres humanos desde os primeiros estágios de desenvolvimento, podem ser os principais facilitadores da aprendizagem futura. Com base nessa ideia, pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coréia (KAIST) desenvolveram recentemente um método de normalização de recompensa intrínseca que permite que agentes de IA selecionem ações que melhorem seus modelos de intuição. É… Intuição em IA.

Os pesquisadores propuseram especificamente uma rede de física gráfica integrada com aprendizagem de reforço profundo inspirada no comportamento de aprendizagem observado em bebês humanos. A referência derivou de algo que você já deve ter percebido ou escutado falar sobre o caráter “cientista” de crianças.

bebês machine learning
Imagem: giphy.com

Como bebês aprendem?

Essa perspectiva sugere que bebês humanos, ou crianças em geral, são motivados a conduzir suas próprias experiências, descobrir mais informações e, eventualmente, aprender a distinguir objetos diferentes, por exemplo.

Estudos de psicologia sugerem que, em seus primeiros anos de vida, os seres humanos estão continuamente experimentando seu ambiente, e isso permite que eles formem uma compreensão-chave do mundo. Além disso, quando as crianças observam resultados que não atendem às suas expectativas anteriores, que são conhecidas como violação da expectativa, muitas vezes são encorajadas a experimentar mais para obter uma melhor compreensão da situação em que estão.

Os testes incorporando intuição de crianças:

A equipe de pesquisadores do KAIST tentou reproduzir esses comportamentos em agentes de IA usando uma abordagem de aprendizado por reforço. Em seu estudo, eles introduziram pela primeira vez uma rede de física gráfica que pode extrair relações físicas entre objetos e prever seus comportamentos subsequentes em um ambiente 3D. Posteriormente, eles integraram essa rede com um modelo de aprendizagem de reforço profundo, introduzindo uma técnica de normalização de recompensa intrínseca que encoraja um agente de IA a explorar e identificar ações que melhorarão continuamente seu modelo de intuição.

bebês machine learning
Imagem: arxiv.org

Usando um motor de física 3D, os pesquisadores demonstraram que sua rede de física gráfica pode inferir eficientemente as posições e velocidades de diferentes objetos. Eles também descobriram que sua abordagem permitiu que a rede de aprendizagem de reforço profundo melhorasse continuamente seu modelo de intuição, encorajando-a a interagir com objetos unicamente com base na motivação intrínseca.

bebês
Imagem: arxiv.org

Em uma série de avaliações, a nova técnica desenvolvida por essa equipe de pesquisadores alcançou uma precisão notável, com o agente de IA realizando mais diferentes ações exploratórias. Futuramente, poderia informar o desenvolvimento de ferramentas de aprendizado de máquina que podem aprender com suas experiências passadas de maneira mais rápida e eficaz.


Fontes: Techxplore.

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Engenharia 360

Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Conseguir uma bolsa de estudo em engenharia parece uma idéia dos sonhos, não é mesmo? Agora já pensou se você conseguir uma bolsa de estudo para fazer um curso fora do país? Existem diversas opções com este objetivo, separamos algumas abaixo:

Programa de Bolsa Santander Mundi

Você sabia que o Santander fornece bolsas de estudo em engenharia para estudantes de graduação? O objetivo deste programa é oferecer um auxílio no valor de 4 mil euros para cobrir com os gastos do intercâmbio. Como destino, os estudantes podem escolher entre mais de 1200 universidades, em países como: França, México, e Argentina.

Para participar o candidato já deve fazer parte de uma universidade conveniada. Também é necessário preencher o formulário de inscrição no app Santander Universitário. Inclusive será liberado um edital, pela Universidade participante, estabelecendo os critérios de aprovação para o programa de bolsa de estudo em engenharia.

3 Programas de Bolsas de estudo em engenharia que valem a pena conferir

Pós Graduação em Stanford

Já imaginou uma bolsa de estudo para cursar pós graduação em engenharia na Universidade de Stanford? É esta a proposta do programa Knight-Hennessy. No total serão ofertados 750 milhões de dólares para apoio financeiro em todos os cursos nesta Universidade.

Para se inscrever é só seguir o edital disponível no site do Knight-Hennessy.

3 Programas de Bolsas de estudo em engenharia que valem a pena conferir

Programa de Bolsas DAAD – Deutscher Akademischer Austauschdienst

O DAAD, é um Programa Alemão de Intercâmbio Acadêmico que conta com um escritório no Rio de Janeiro, e em São Paulo. Em que o objetivo do escritório é fornecer informações sobre bolsas de estudo oferecidas a Brasileiros.

Embora na Alemanha, existem algumas opções de bolsa de estudo com aulas somente em inglês. Diversas informações sobre o programa estão disponíveis no site do DAAD.

3 Programas de Bolsas de estudo em engenharia que valem a pena conferir

Na engenharia, é importante observar todos os tipos de oportunidades. Uma bolsa de estudo em uma universidade renomada, pode ser um excelente impulso para aquela melhoria que seu currículo precisa.

Referência:

Estudar Fora

Leia Também:

Como conseguir uma bolsa para fazer Engenharia Civil?

Como conseguir uma bolsa para fazer Engenharia de Produção?

 

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Engenharia 360

Beatriz Zanut Barros

Engenheira de Energia; formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; com Mestrado em Energia Renovável pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona; profissional no setor de armazenamento de energia com vasta experiência em expansão de sistemas de transmissão e análise de mercado de energia em países latino-americanos.

Entre os hatchs esportivos, o Golf GTI é o que se destaca. Na verdade, ele vigora como um dos melhores de sua categoria, para não dizer o melhor.

Por essas e outras que não poderíamos deixar de fazer um review com sua versão completa. Afinal, o modelo 2018 / 2019 recebeu um upgrade daqueles para ninguém botar defeito e precisamos saber como ficou sua performance e seu estilo.

Já adiantamos que seu desenho ganhou uma repaginada e 10 cv, resultando em 230 cv em seu motor 2.0 turbo, com 35 de torque.

Para quem quer fugir da moda dos SUVs o Golf GTI com essas transformações é um alento. Porém, para ter uma belezinha dessa na garagem é preciso desembolsar pelo menos R$143.790.

Primeira impressão é a que fica

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

Logo de cara o Golf GTI apresenta seu, digamos, novo cartão de visitas. Trata-se de um conjunto ótico tanto em sua dianteira quanto traseira, somados a LEDs.

Além disso, os protetores agora têm um design diferente. São mudanças externas que chamam atenção e garantem um visual bem mais sofisticado ao modelo esportivo.

Design

O Golf GTI foi, em partes, redesenhado para conferir um ar mais moderno e personalizado. A começar pelas cores. Há duas opções exclusivas do carro: o prata metálico e o preto perolizado, além dos convencionais branco, vermelho e cinza, que não ficam atrás.

Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

Outra mudança significativa do lado de fora é a faixa vermelha na região frontal de uma ponta à outra, deixando o visual ainda mais sport. Os faróis, assim como as lanternas também receberam retoques e ficaram mais chamativos que a versão anterior.

Espaço e conforto interno

De fora não dá para notar o quão espaçoso é o Golf GTI. O que é possível perceber é que você vai dirigir um pouquinho mais perto do solo: 14,6 cm. Outros modelos esportivos têm vão livre bem maior.

Bom, isso pode parecer uma besteira, mas essa característica têm uma função importante de dar ao motorista mais sensação de controle, sobretudo em arrancada e curvas.

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

A versão mais recente conta com o banco do motorista mais aconchegante, apesar de ter o visual tradicional no modelo de entrada, com tecido quadriculado. Se quiser, há opcionais como o couro e os ajustes feitos digitalmente. Há agora apoios laterais para que você se sinta realmente “em casa”.

Cinco pessoas são acomodadas sem esforço. Muito pelo contrário, há espaço de sobra tanto para os passageiros quanto para as bagagens. O porta-malas oferece 338 litros sem mexer no banco traseiro. Ao colocá-lo na posição reta, a capacidade aumenta significativamente.

Tecnologia

Pode-se dizer que o Golf GTI vem muito bem equipado. Entre tantos detalhes tecnológicos – a maioria disponível somente para a versão topo de linha – dá para destacar, por exemplo, a central multimídia com câmera de ré e GPS embutido. Sua tela touch-screen facilita a vida do condutor.

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

Há ainda o monitoramento da pressão dos pneus, sensores que acionam os faróis e limpador automático de para-brisa… Bom, a tecnologia veio para deixar tudo “mamão com açúcar”, não é mesmo?

E não acabou. A lista de itens adicionais é extensa. Vale citar o sistema Stop&Start, o retrovisor fotocrômico, o controle de velocidade de cruzeiro, e até o porta-luvas climatizado. Uma máquina dessa não 

Performance

O Golf GTI dispensa apresentações formais. Afinal, o carro possui agora um motor mais potente, o EA888, turbo com injeção direta e indireta. Antes tinha 220 cv, mas passou a ter 230 cv, o que é algo que atrai uma boa parcela dos consumidores nacionais.

Podemos dizer que a eficiência do Golf GTI foi remodelada para agradar os brasileiros. 

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

Isto é, é um carro para motoristas versáteis e arrojados, claro, no entanto, pode agradar muitos outros perfis, pois demonstra eficiência tanto na cidade quanto na estrada.

É um possante que permite acelerar com vigor, demonstrando segurança e precisão na hora de fazer as curvas e de frear. Além disso, as ultrapassagens com o modelo são muito mais rápidas.

Para se ter uma noção, você consegue acelerar de 0 a 100 km/h sem que isso demore mais que 7 segundos, segundo os dados passados pelo fabricante.

Rodas

A versão de entrada vem calçada em rodas de aro 17, que por sua vez são montadas em pneus 225/45 R. Isso ajuda o hatch esportivo apresentar uma estabilidade incomum, ainda mais contando com o sistema de vetorização de torque e outros comandos digitais.

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

Lembrando que agora há o opcional de levar as de liga leve aro 18 para dar uma diferenciada no modelo. Deu para notar o quanto a Volks se preocupou manter a característica da marca, mas ainda assim oferecer um carro com o visual esportivo à flor da pele.

Consumo de combustível

Que o Golf GTI continua bonitão e potente você já viu, mas a versão mais recente continua dando um show no quesito consumo de combustível.

A tecnologia embutida no veículo permite que o condutor opte pelo modo Eco, que visa dar uma “segurada” nos gastos excessivos. Porém, para ter resultados expressivos a direção deve ser mais branda. Ou seja, com menos pé no acelerador.

Dá para alcançar 12 km/l na estrada e 8/10 km/l na cidade dependendo do tipo de condução.

Suspensão

Com certa velocidade devemos assumir que dá para sentir alguns trancos ao trocar de marcha. Mas isso é quase nulo quando se está dirigindo com mais cautela.

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

E não adianta, diferente do modelo europeu, o GTI nacional dificilmente vai apresentar uma suspensão que tenha mais conforto do que estabilidade. Os tipos de asfalto que temos por aqui na maioria das regiões não permite uma melhoria nesse aspecto.

O que era bom ficou melhor

Antes de assumir nossas impressões finais, é bacana lembrar que a Volkswagen propôs, desta vez, melhorar o modelo que antes já era elogiável. A expectativa era que o grau de qualidade aumentasse significativamente e isso, para nós, se concretizou.

Parece mentira e soa até engraçado, mas não há como falar de Golf GTI comparando-o com algum outro modelo – a Honda até que tentou superar em alguns segmentos com o Civic, mas perde no conjunto da obra.

Testamos o Golf GTI, um canhão de 230 cavalos
Golf GTi | Foto: Eduardo Mikail

Quando se trata de carro esportivo, mas que garante eficiência na cidade também, o Golf GTI realmente parece ser um filho único e que, por isso, sempre surpreende.

Para saber mais informações sobre o Golf GTI e demais veículos na Volkswagen entre no site oficial da empresa.

Galeria de fotos do Golf GTI

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Engenharia 360

Eduardo Mikail

Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.

A meteorologia, como qualquer ciência que tenta prever o futuro, enfrenta grandes incertezas. No setor energético, as quedas de energia causadas por tempestades representam um enorme desafio. Entretanto, um algoritmo de Machine Learning está revolucionando essa realidade ao prever com precisão se uma tempestade provocará falta de energia. Saiba mais no artigo a seguir, do Engenharia 360!

Machine Learning
Imagem de Amol Mande em Pexels

O desafio das tempestades no setor energético

Normalmente, no setor energético, é preciso estimar o número de funcionários de plantão quando uma tempestade vai ocorrer. Afinal, ninguém gosta de ficar sem energia (tem gente que surta) e há locais onde ela não pode faltar, visto que o prejuízo é imenso (hospitais, supermercados, etc.).

O problema é conseguir prever qual o tamanho da tempestade para estimar o número de funcionários, já que ela pode mudar a qualquer momento. Se o número de funcionários é subestimado e a tempestade é devastadora, há um prejuízo enorme para a companhia energética. Por outro lado, se o número de funcionários é superestimado e a tempestade é fraca, o prejuízo é no número de horas pagas pelo serviço não utilizado.

A solução inovadora para prever quedas de energia

Com o algoritmo que usa Machine Learning, os pesquisadores conseguiram encontrar padrões em dados existentes que permitem fazer previsões para novas tempestades. O primeiro passo foi ensinar ao computador como categorizar as tempestades alimentando-o com dados de falta de energia. Os dados foram fornecidos por algumas companhias energéticas da Finlândia, onde a pesquisa foi desenvolvida.

As tempestades foram classificadas em quatro classes:

  • Classe 0: nenhuma queda de energia;
  • Classe 1: até 10% dos transformadores afetados;
  • Classe 2: até 50% dos transformadores afetados;
  • Classe 3: mais de 50% dos transformadores afetados.

Como o algoritmo de Machine Learning funciona

O primeiro passo foi alimentar o algoritmo com dados reais de falta de energia e tempestades. Ao identificar padrões em dados anteriores, o sistema aprendeu a prever o impacto das novas tempestades. Os resultados têm sido promissores, especialmente nas tempestades mais severas (classes 0 e 3). O algoritmo já consegue prever com precisão quando uma tempestade causará danos graves ou não terá impacto significativo.

Agora, os pesquisadores estão trabalhando para melhorar a precisão nas classes intermediárias (1 e 2), alimentando o modelo com mais dados.

Machine Learning
Imagem de Johannes Plenio em Pexels

O próximo passo para prever tempestades além do verão

O próximo desafio é aprimorar o modelo para que ele também seja eficaz durante o inverno. Na Finlândia, tempestades de inverno têm características diferentes das de verão, exigindo ajustes no modelo de Machine Learning. Com mais dados e ajustes nos métodos, o algoritmo poderá se adaptar às diversas condições climáticas, ampliando ainda mais sua precisão.


Fontes: Science Daily.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

Um robô macio não conectado, de poucos milímetros de tamanho, inspirado em uma água-viva (Scyphomedusae ephyra), e que pode realizar funções como o transporte de objetos e escavação de buracos, foi descrito na Nature Communications. Como a gente adora novidades em robótica, resolvemos contar um pouco aqui. Basicamente, o estudo mostrou que o robô pode manipular a água que flui ao redor de seu corpo para completar uma série de tarefas. Olha só:

água-viva
Imagem: nature.com

Robôs que podem nadar:

Apesar da existência de projetos robóticos em miniatura que têm a capacidade de nadar, funcionalidades avançadas, como a manipulação mais elaborada de objetos, são desafiadoras à medida que o tamanho do robô diminui. Isso ocorre devido a limitações no tamanho dos componentes internos. Nos universos de aplicação da engenharia, essa migração de escala é muito importante, tornando as tecnologias mais palpáveis ou permitindo inseri-las em universos que a gente não é capaz de enxergar. No caso de robôs capazes de nadar, é possível dizer que são promissores em aplicações biomédicas e ambientais. Você pode encontrar um pouco sobre materiais ativos acionados pela água aqui.

Redução do tamanho da água-viva robótica:

Nesse cenário de demanda, pesquisadores do Physical Intelligence Department, Max Planck Institute for Intelligent Systems, na Alemanha, projetaram e construíram um robô de alguns milímetros de tamanho. Ele foi feito conectando-se um núcleo de elastômero composto magnético (com um diâmetro de 3 mm) a oito abas dobráveis.

água-viva robô
Imagem: nature.com

Após a aplicação de um campo magnético oscilante, essas abas se contraem e se recuperam como uma água-viva nadadora. Além de nadar, seu robô semelhante a uma água-viva pode transportar seletivamente esferas de tamanhos diferentes para imitar a captura de alimentos, escavar contas finas para escapar de “predadores” ou objetos-alvo, misturar diferentes fluidos e gerar um caminho químico.

água-viva
Imagem: nature.com

Os autores do trabalho argumentam que seu design robótico também poderia ser usado como um sistema modelo para ajudar a entender como as mudanças no ambiente impactam a sobrevivência da água-viva ephyra, que o inspirou.


Fontes: Nature Asia.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Alguns engenheiros da Iowa State University e do Ames Laboratory parecem ter empolgado um pouco com a pesquisa, já que eles saíram imprimindo traços eletrônicos por toda parte, de pétalas de rosas até em gelatina. A empolgação foi tanta que eles criaram até uma galeria para mostrar o trabalho, que virou arte.

Na verdade, são todas aplicações da tecnologia de metal sob refrigeração desenvolvida pelo grupo de pesquisa. Tal tecnologia apresenta metal líquido (uma liga de bismuto, índio e estanho) aprisionado abaixo do seu ponto de fusão em camadas de óxido polido, criando partículas com cerca de 10 milionésimos de diâmetro. Sob pressão mecânica ou dissolução química, essas camadas são quebradas e o metal flui e solidifica, criando uma solda e imprimindo linhas condutoras e traços em todo tipo de material.
eletrônica flexível | tecnologia
Imagem: eurekalert.org

Um dos pontos interessantes da pesquisa é que ela começou como um exercício em sala de aula na turma de graduação. Um dos pesquisadores achou que seria interessante fazer com que os alunos fizessem o experimento. Ele ressalta, ainda, que é uma ferramenta de ensino benéfica, ainda mais que não é preciso resolver equações para fazer essa ciência sofisticada. É assim que os alunos aprendem algumas ferramentas e começam a resolver alguns dos desafios da eletrônica flexível.

Ao longo do tempo, as ideias foram florescendo e eles não pararam mais. Os pesquisadores aprenderam a fazer traços de metal em tudo. Os experimentos destacam a versatilidade dessa nova abordagem, permitindo que vários produtos sejam fabricados sem danificar o material base no qual as linhas metálicas são impressas.

eletrônica flexível
Imagem: news.iastate.edu

Atualmente, participam professores, alunos, ex-alunos de graduação e estudantes de pós-graduação em Engenharias e áreas correlatas. O projeto contou com apoio de fundos de startups universitárias para o desenvolvimento da pesquisa, além de bolsas de pesquisas em inovação da National Science Foundation.


Fontes: Phys.org; Science Daily.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

A gente busca informações sobre previsão do tempo, ou mesmo recebe notificações sobre isso com bastante frequência. Mas, por trás dessas respostas prontas quanto a riscos de tempestades, por exemplo, há meteorologistas trabalhando. Esses profissionais já usam Inteligência Artificial para acessar modelos e fontes de dados para rastrear formas e movimentos de nuvens, dentre outros parâmetros, que podem indicar tempestades severas ou demais situações que podem ser de risco.

nuvens
Imagem: db.erau.edu

Análise de imagens de satélite com Inteligência Artificial

Com conjuntos de dados climáticos cada vez mais amplos e diversificados, juntamente a prazos iminentes, é quase impossível monitorar todas as formações de tempestade, especialmente as de menor escala e maior interesse, isto é, em tempo real.

Agora, há um modelo de computador que pode ajudar os meteorologistas a reconhecer potenciais tempestades severas com mais rapidez e precisão. Queremos destacar neste artigo do Engenharia 360 o trabalho da equipe de pesquisadores da Penn State University (EUA), do AccuWeather, Inc. e da Universidade de Almería, na Espanha.

Eles desenvolveram uma estrutura baseada em classificadores lineares de aprendizado de máquina – um tipo de Inteligência Artificial – que detecta movimentos rotacionais em nuvens detectadas em imagens de satélite, que outrora poderiam passar despercebidas. Esta solução de IA foi executada no supercomputador Bridges no Pittsburgh Supercomputing Center.

De acordo com um dos meteorologistas que integrou o projeto, a melhor previsão incorpora o máximo de dados possível. No caso, há muito para absorver, pois a atmosfera é infinitamente complexa. Usando os modelos e os dados disponíveis, estamos fotografando a aparência mais completa da atmosfera. Quão completa? Bem, em seu estudo, eles trabalharam com mais de 50.000 imagens históricas de satélite dos EUA.

nuvens
Imagem: db.erau.edu

Veja Também: O Papel do Engenheiro de IA e Suas Responsabilidades no Mundo Contemporâneo

Identificação de padrões e formação de ciclones

Com esses dados, os especialistas identificaram e rotularam a forma e o movimento das nuvens em forma de vírgula. A saber, tais padrões de nuvens estão fortemente associados às formações de ciclones, que podem levar a eventos climáticos severos, como granizo, tempestades, ventos fortes e nevascas.

Em seguida, usando técnicas de aprendizado de máquina, os pesquisadores ensinaram os computadores a reconhecer e detectar automaticamente essas nuvens de interesse nas imagens de satélite.

Mas vejam bem, não é o algoritmo que fará a previsão do tempo. A técnica de IA apontará os padrões, ajudando os especialistas apontando em tempo real onde, em um oceano de dados, poderiam concentrar sua atenção para detectar o início do mau tempo.

O futuro da previsão do tempo com IA

De acordo com a equipe, “esta pesquisa é uma tentativa inicial de mostrar a viabilidade da interpretação baseada em inteligência artificial de informações visuais relacionadas ao clima para a comunidade de pesquisa”.

“Mais pesquisas para integrar essa abordagem com modelos numéricos de previsão do tempo e outros modelos de simulação provavelmente tornarão a previsão do tempo mais precisa e útil para as pessoas.”

Veja Também:


Fontes: Engineers Journal.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Kamila Jessie

Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.

Limites? Essa palavra só existe no cálculo, aparentemente. Pelo menos para o engenheiro que criou seu próprio pâncreas artificial.

Liam Zebedee é um engenheiro de software que simplesmente se cansou da vida com diabetes. Decidido, ele cortou sua bomba de insulina e resolveu que iria transformá-la em um pâncreas com tecnologia elevada.

Zebedee precisou encontrar e encomendar as peças, além de criar um software para a bomba se insulina inteligente (uma tarefa não tão difícil para um engenheiro de software). No final, ele compartilhou as fotos do seu equipamento e seu software, que é de código aberto.

pâncreas artificial
Imagem: interestingengineering.com

O objetivo era retomar o controle do seu corpo, saindo do incômodo de ficar dependente de médicos e hospitais que não lhe davam a devida atenção. Assim, ele projetou o pâncreas de forma que ele ficasse mais parecido possível com o órgão biológico.

O resultado foi tão fantástico que o pâncreas artificial é capaz de monitorar automaticamente quanto açúcar há no sangue, liberando a quantidade adequada de insulina, ao mesmo tempo, em que considera os efeitos de exercício físico, consumo de álcool, horas de sono e as flutuações imprevisíveis da resistência à insulina.

Parece bizarro e o próprio Zebedee admite que é. Tentar executar seu metabolismo em JavaScript não é para qualquer um. Porém, afirma que isso é, para ele, mais seguro que ir ao hospital.

pâncreas artificial
Imagem: interestingengineering.com

Se nós considerarmos toda a incerteza médica atrelada à parte humana, realmente, um pâncreas artificial pode ser uma boa solução. Porém, precisamos lembrar que também existe o risco de ocorrer algum problema no pâncreas artificial (bugs acontecem). Então, talvez o ideal seja unir o pâncreas artificial aos cuidados médicos e viver o mais próximo da normalidade, com incômodos mínimos causados pela doença.

No fundo, é exatamente isso que a tecnologia tenta fazer: promover melhor qualidade de vida. E nós, como engenheiros(as) e futuros(as) engenheiros(as), precisamos usar e abusar das nossas habilidades para encontrar a solução de problemas.


Fontes: Futurism.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.